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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATU SENSU”
PROJETO A VEZ DO MESTRE
A Língua Inglesa na Educação Infantil
Por: Claudia Costa Miranda Cunha
Orientador
Profª Mary Sue
Rio de Janeiro
2006
2
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATU SENSU”
PROJETO A VEZ DO MESTRE
A Língua Inglesa na Educação Infantil
Apresentação de monografia à Universidade
Candido Mendes como condição prévia para a
conclusão do Curso de Pós-Graduação “ Latu -
Sensu” em Educação Infantil e Desenvolvimento.
Por: Claudia Costa Miranda Cunha
3
AGRADECIMENTOS
Em primeiro lugar a Deus.
Aos professores do curso que transmitiram seus
conhecimentos e experiências profissionais.
A todos que contribuíram direta e indiretamente para a
realização deste trabalho, diretores e coordenadores,
profissionais de educação por acreditarem no meu
potencial dando me oportunidade de trabalho com a
Educação Infantil.
4
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho a minha família que durante todo o
decorrer do curso me apoiou; principalmente a minha
filha Ayla pela paciência e carinho.
5
RESUMO
A possibilidade da aprendizagem da Língua Inglesa em crianças que já
comecem a estabelecer um código de comunicação, ou seja de 1/2 até os 06
anos na Educação Infantil estimulando as inteligências múltiplas.
O objetivo maior do Educador deve ser o de DESPERTAR O INTERESSE
pela Língua Inglesa; através de atividades lúdicas que propiciem uma ampla
aprendizagem.
6
METODOLOGIA
A metodologia utilizada foi bibliográfica, apoiada pelos conhecimentos
adquiridos ao decorrer do curso, pelo apoio do orientador de monografia, pela
formulação de conceitos adquiridos ao longo da experiência profissional em
sala de aula, capacitações em congressos, seminários, feiras educacionais, e
ainda por vários diálogos com profissionais de educação.
7
SUMÁRIO
CAPÍTULO I 08
CAPÍTULO II 10
CAPÍTULO III 15
CONCLUSÃO 17
ANEXOS 20
BIBLIOGRAFIA 32
ÍNDICE 33
FOLHA DE AVALIAÇÃO 34
8
CAPÍTULO I
Diferença entre AQUISIÇÃO e APRENDIZAGEM DE LÍNGUA:
A aquisição da língua é o processo que ocorre como conseqüência de
uma comunicação natural, na qual as pessoas envolvidas estão mais
interessadas no sentido do que estão dizendo do que, propriamente, na forma
lingüística que está sendo usada. A aquisição da língua não é um processo
consciente. Portanto, o ensino de regras e a correção de erros não tem
qualquer efeito. As pessoas que adquirem uma língua não tem consciência
das regras lingüísticas que possuem e, em geral, corrigem seus erros através
de suas próprias “ percepções” e pelo uso da língua com outras pessoas.
De outro modo, a APRENDIZAGEM da língua é CONSCIENTE e parece
ter o propósito de ensinar regras explícitas e corrigir erros. Supõe-se então
que a aprendizagem é o conhecimento formal e consciente da língua e que é
utilizado para alterar o que quer que seja produzido pela aquisiçao.
Em outras palavras, o sistema adquirido é o que inicia a produção da
língua. O sistema aprendido funciona como um monitor, que modifica a língua
que vai ser utilizada ( ou mesmo antes dela ser utilizada).
Assim sendo, a criança que possui a oportunidade de “ adquirir” uma
segunda língua de maneira natural ( do mesmo modo como passou pela
aquisição de sua própria língua materna), fatalmente não sofrerá as “sanções”
que o posterior aprendizado lhe trará. Isto porque, segundo Piaget, durante o
seu “estágio de operações formais”, o adolescente começa a elaborar sobre as
regras que já possui e a ver suas próprias construções mentais como objeto de
reflexão. Nasce daí a auto-crítica, o medo de errar, a vulneralidade e,
consequentemente as “barreiras”.
Estes sentimentos podem causar atitudes desfavoráveis à aquisição de
uma segunda língua, onde não haverá condições de interação com a língua
9
devido aos bloqueios que o impedem de se arriscar e até de cometer erros,
parte importante e natural do processo.
Durante este estágio o adolescente também possui a capacidade de
criar uma gramática abstrata da língua, mas que, na maioria das vezes por ter
sido aprendida e não adquirida, não é usada para propósitos reais. Assim, a
língua não parece “fluir” , saltar da mente, com a mesma eficiência e facilidade
daquela aquisição que tenha se iniciado na infância.
10
CAPÍTULO II
Inteligências Múltiplas: Como essa nova teoria é aplicada ao ensino da
língua estrangeira.
A teoria das inteligências múltiplas foi elaborada a partir dos anos 80 por
pesquisadores da universidade norte-americana de Harvard, liderados pelo
psicólogo Howard Gardner. Sua origem é interessante. Acompanhando o
desempenho profissional de pessoas que haviam sido alunos fracos, Gardner
se surpreendeu com o sucesso obtido por eles.
Gardner passou então a questionar a avaliação escolar, cujos critérios não
incluem a análise das capacidades que, no entanto, são importantes na vida
das pessoas. Concluiu que as formas convencionais de avaliação apenas
traduzem a concepção de inteligência vigente na escola, limitada à valorização
da competência lógico-matemática e da linguística.
Gardner demonstrou, porém, que as demais faculdades também são produto
de processos mentais e que não há motivo para diferenciá-las do que
geralmente se considera inteligência. Assim, segundo uma “visão pluralista da
mente”, ampliou o conceito de inteligência única para o de um feixe de
capacidades. Para ele, “ inteligência é a capacidade de resolver problemas ou
elaborar produtos valorizados em um ambiente cultural ou comunitário”.
O psicólogo estabeleceu vários critérios para que uma inteligência seja
considerada como tal, desde sua possível manifestação em todos os grupos
culturais até a localização de sua área no cérebro. Ele próprio identificou sete
inteligências, mas não considera este número definitivo. Já se propõe, hoje
em dia, no mínimo o acréscimo de mais uma.
Não há como negar. A cada dia que passa é mais urgente saber Inglês. E
isso vale para todo mundo: “do estudante de classe média que viaja para o
exterior ao aluno de origem modesta que nem mesmo ao cinema costuma ir”.
A Língua estrangeira é ensinada para que os alunos conheçam a diversidade
11
cultural que existe no mundo”, afirma o pesquisador Lynn Mario de Souza do
Departamento de Letras de São Paulo, USP.
Nunca é demais mostrar aos seus alunos a importância de aprender Inglês.
Lembre a eles: Quem conhece o idioma tem acesso a mais informações.
1 - CORPORAL – CINESTÉSICA
É a inteligência que se revela como uma especial habilidade para utilizar o
próprio corpo de diversas maneiras. Envolve tanto o autocontrole corporal
quanto a destreza para manipular objetos ( cinestesia é o sentido pelo qual
percebemos os movimentos musculares, o peso e a posição dos membros).
Atletas, dançarinos, malabaristas e mímicos têm essa inteligência altamente
desenvolvida.
Pense no quanto o cérebro de Paula Silva, a Paula do basquete, trabalha para
que músculos e nervos realizem movimentos precisos e com a força
necessária às suas jogadas. Não é a toa que, aos 34 anos, campeã mundial e
medalha de prata nas Olimpíadas de Atlanta, a jogadora paulista é
considerada uma das melhores atletas do mundo.
2 – INTERPESSOAL
É a capacidade de uma pessoa dar-se bem com as demais, compreendendo-
as, percebendo suas motivações ou inibições e sabendo como satisfazer suas
expectativas emocionais. Esse tipo de inteligência ressalta nos indivíduos de
fácil relacionamento pessoal, como líderes de grupo, políticos, terapeutas,
professores e animadores de espetáculos.
O talento da apresentadora de televisão Hebe Camargo para se relacionar
com seu público é um exemplo típico de inteligência interpessoal desenvolvida.
Uma das pioneiras desse setor profissional, há quatro décadas ela mantém
uma platéia cativa, fascinada pela simpatia do tipo “madrinha” falante e bem-
humorada que ela encarna semanalmente.
12
3 - INTRAPESSOAL
É a competência de uma pessoa para conhecer-se estar bem consigo mesma,
administrando seus sentimentos e emoções a favor de seus projetos. Enfim, é
a capacidade de formar um modelo real de si e utilizá-lo para se conduzir
proveitosamente na vida, característica dos indivíduos “ bem resolvidos”, como
se diz em linguagem popular.
Aos 76 anos, o presidente da África do Sul, Nelson Mandela, é exemplo de
como o equilíbrio pessoal pode determinar uma trajetória de vida. Libertado em
1990, depois de 27 anos de prisão do regime racista, ostentava uma inabalável
integridade moral e política. Imediatamente passou a negociar o fim da
segregação racial. Em 1993, ganhou o prêmio Nobel da Paz e, em 1994,
venceu a primeira eleição multirracial de seu país.
4 - LÓGICO - MATEMÁTICA
É a inteligência que determina a habilidade para o raciocínio dedutivo, para a
compreensão de cadeias de raciocínios, além da capacidade para solucionar
problemas envolvendo números e demais elementos matemáticos. É a
competência mais diretamente associada ao pensamento científico e ,
portanto, a idéia tradicional de inteligência.
O inglês Stephen Hawking, 55 anos, é um gênio do tipo lógico – matemático.
Doutor em Cosmologia, ocupa a cadeira de Issac Newton como professor de
Matemática da Universidade de Cambridge. Preso a uma cadeira de rodas por
causa de uma doença degenerativa, é considerado o mais brilhante astrofísico
desde Albert Einstein.
5 – MUSICAL
É a inteligência que permite a alguém organizar sons de maneira criativa, a
partir da discriminação de elementos como tons, timbres e temas. As pessoas
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dotadas desse tipo de inteligência geralmente não precisam de aprendizado
formal para exercê-la, como é o caso de muitos músicos famosos da música
popular brasileira.
Aos 49 anos, a paulista Rita Lee é um exemplo de fértil inteligência musical:
além de cantora e compositora, toca guitarra, flauta e harpa. Aos 18 anos,
formou um conjunto só de garotas. Pouco depois, integrou o grupo Os
Mutantes e, a partir dos anos 70, lançou-se com grande sucesso na carreira
solo.
6 – LINGUÍSTICA
Manifesta-se na habilidade para lidar criativamente com as palavras nos
diferentes níveis da linguagem (semântica, sintaxe), tanto na forma oral como
na escrita, no caso de sociedades letradas. Particularmente notável nos poetas
e escritores, é desenvolvida, também por oradores, jornalistas, publicitários e
vendedores, por exemplo.
O romancista baiano Jorge Amado, 78 anos, é dotado de excepcional
inteligência lingüística. Cria textos de valor artístico universal. É o mais
traduzido dos escritores brasileiros.
7 - ESPACIAL
É a capacidade de formar um modelo mental preciso de uma situação
espacial e utilizar esse modelo para orientar-se entre objetos ou transformar as
características de um determinado espaço. Ela é especialmente desenvolvida,
por exemplo, em arquitetos, navegadores, pilotos, cirurgiões, engenheiros e
escultores.
Imagine como o arquiteto carioca Oscar Niemeyer, 80 anos, projetou Brasília.
Onde nada havia, ele “viu” construções com formas e volumes variados,
definindo uma nova percepção do espaço urbano. Sua inteligência espacial
tornou-o capaz de prever e solucionar problemas, liberando seu potencial
criativo.
14
8 – PICTÓRICA
É a faculdade de reproduzir, pelo desenho, objetos e situações reais ou
mentais. É também de organizar elementos visuais de forma harmônica,
estabelecendo relações estéticas entre eles. Trata-se de uma inteligência que
se destaca em pintores, artistas plásticos, desenhistas, ilustradores e
chargistas.
O cartunista mineiro Ziraldo Alves Pinto, 64 anos, autor de personagens
consagrados como o Pererê e o Menino Maluquinho, faz muito mais do que
coordenar traços bem-feitos. Dono de uma brilhante inteligência pictórica, ele
consegue sintetizar idéias completas até em detalhes do desenho.
15
CAPÍTULO III
O fato de que as crianças comecem naturalmente a adquirir sua língua
materna desde muito cedo sugere que também seja possível tirar proveito
desta maravilhosa facilidade para adquirir mais de uma língua. Existem, por
exemplo, em muitos países, crianças que são “bilíngües” de nascimento. É
freqüentemente o caso daquelas que nasceram em lares onde duas ou mais
línguas estão em uso o tempo inteiro, como acontece quando a mãe ou pai
não possuem a mesma língua materna.
Do ponto de vista auditivo e fonatório, tanto quanto do neurológico e
biológico, as crianças possuem tudo o que é preciso para a aquisição de duas
línguas ao mesmo tempo, mas é necessário assegurar que o contato com
cada uma dessas línguas seja o mais natural possível.
A importância fundamental da “motivação” das crianças no aprendizado
efetivo da língua não é uma descoberta recente. É bom, no entanto, assegurar
que o interesse que as crianças tenham no aprendizado que recebem não seja
somente, ou principalmente, relacionado ao intrínseco interesse do
aprendizado por si só.
Abaixo listamos os principais elementos do interesse das crianças:
. O desejo natural de comunicar-se (ainda presente após o aprendizado da
língua materna).
. O prazer de “brincar” com um novo código de comunicação.
. O prazer de aprender e entender “significados” e como a nova língua
funciona ( assim como descobrir como um brinquedo funciona).
. O prazer da descoberta de aspectos de outra cultura existentes na nova
língua ( músicas, poesias, estórias e aspectos variados da vida cotidiana).
A comunicação através da língua consiste em alternar atividades de
audição/compreensão e produção/expressão. Insistir, a todo custo e a toda
hora, na produção oral dos alunos pode ser um erro bastante sério se a
atenção necessária não tiver sido dada para se houver compreensão
16
apropriada ou não, do mesmo modo como acontece com o processo de
aquisição de nossa língua materna.
17
CONCLUSÃO
A IMPORTÂNCIA DA LÍNGUA INGLESA NA EDUCAÇÃO INFANTIL
O fato de que as crianças comecem naturalmente adquirir sua língua
materna, como resultado de um presente inato a todos os seres humanos para
a comunicação oral, sugere que pode ser possível aproveitar esta incrível
facilidade para se adquirir também uma outra Língua.
Aproveitar o período onde a criança se mostra capaz de uma grande
criatividade, surpreendente facilidade para discriminação auditiva e para
imitação, é oferecer a ela a oportunidade de tomar conhecimento de outro
código de comunicação diferente de sua língua materna. Mais do que ensinar
a língua inglesa, o objetivo maior do educador deve ser o de “despertar o
interesse pela língua”.
A ênfase na língua estrangeira não deve ser dada simplesmente a seus
componentes literários mas, principalmente, a seus aspectos culturais e
sociolinguísticos.
Outrossim, desde que todo aprendizado possa ser adquirido através de
atividades concretas, em jogos e brincadeiras motivantes, ao invés de aulas
permanentes expositivas, poderemos ter uma boa chance de encorajar as
crianças e despertar o interesse e desenvolver uma atividade positiva em
relação a língua estrangeira.
“ Uma língua não é somente uma “matéria” no sentido de ser como um
pacote de conhecimentos. Também não é apenas um conjunto de
informações. Ela é sempre uma parte fundamental do ser humano. É
perfeitamente possível, no entanto, tratar a língua como se ela fosse apenas
este pacote de conhecimentos, analisá-la e juntar exemplos variados de como
as pessoas a usam, para que serve, como ensiná-la, como aprendê-la. É até
mesmo possível usar essa análise e descobrirmos, nós mesmos, como usá-la.
No entanto, para aprender uma língua, mais em nosso próprio propósito, do
que especificamente para objetivos literários, devemos estar envolvidos com
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ela como a uma experiência. Devemos torná-la humana, não um conjunto de
informações. E o único modo de fazê-lo é utilizando-a para real comunicação,
tornando-a viva, necessária, para que genuinamente possamos dar e receber
verdadeiras mensagens”.
Aplicada ao ensino da Língua estrangeira, ou de qualquer outra disciplina,
o aluno é estimulado a desenvolver todas as suas capacidades e o propósito
passa a ser o de desenvolver as inteligências e ajudar os alunos a atingir
objetivos de ocupação e diversão adequados ao seu espectro particular de
inteligências.
“Sempre envolvemos mais de uma habilidade na solução de problemas
embora existam predominâncias, portanto as inteligências se integram”.
Nessas relações complementares entre as inteligências é que está a
possibilidade de se explorar uma relação da outra. É o uso da chamada rota
secundária para se alcançar a rota principal de uma determinada inteligência.
Por exemplo: se uma criança tem dificuldade para memorizar números, mas é
musical, pode-se usar a música como rota secundária para ajudá-la na
memorização matemática.
Esta teoria que não constitui uma proposta pedagógica, mas que se traduz
num grande aliado para os educadores possibilita que, por exemplo sejam
exploradas o maior número de duvidades possível no ensino de uma língua
estrangeira, para, de alguma forma de buscar a aquisição da Língua. Assim é
que num projeto de aquisição ou iniciação ao idioma, deve se utilizar os
recursos da música, das histórias, dos jogos, das construções, do diálogo, do
recorte e colagem, dos livros, etc... com o objetivo de alguma forma estar
valorizando as variadas inteligências.
A importância fundamental da motivação dos alunos no aprendizado
efetivo da Língua Inglesa não é uma descoberta recente. Na verdade, antes
mesmo de definir atividades ou técnicas de trabalho, deve-se levar em conta
que uma língua estrangeira não pode ser aprendida simplesmente através de
imitação ou repetição mecânica e que, acima de tudo, deve-se priorizar os
interesses das crianças de acordo com sua faixa etária.
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A utilização de recursos tais como livros, músicas, trabalhos de pesquisa,
projetos, etc... são sempre úteis no sentido de abranger as diferentes maneiras
pelas quais os alunos são capazes de aprender. Isto significa explorar,
habilidades auditivas, visuais e cinestésicas ( no caso daqueles que precisam
estar “tocando” ou “construindo” para aprender determinados conteúdos).
Assim, o objetivo maior do trabalho com o idioma deve ser antes de tudo, o
de possibilitar ao aluno a descoberta de aspectos de outra cultura e o prazer
de aprender e entender com essa nova Língua funciona.
20
ANEXO I
PRODUZINDO O MATERIAL
REVISTA VEJA – AGO 1996
A CONSTRUÇÃO DO CÉREBRO
COMPROVAÇÃO CIENTÍFICA
Responda rápido: Qual a idade para começar a aprender uma Segunda
Língua?
Para responder a esta questão, já é possível contar a ajuda de conhecimentos
científicos, produzidos em laboratórios de neurologia. Pesquisadores de
diversas partes do mundo estão descobrindo que há etapas definidas para o
desenvolvimento do cérebro das crianças, e informam que a inteligência, a
sensibilidade e a linguagem podem e devem ser aprimoradas na escola, no
clube e, especialmente dentro de casa. E a maior surpresa: o gosto pela
ciência, pela arte e pelas línguas ocorre muito mais cedo do que se imaginava.
Em 1 quilo e 500 gramas de cérebro, a massa encefálica de um adulto, 100
bilhões de células nervosas estão em atividade. Cada uma liga-se a milhares
de outras em mais de 100 trilhões de conexões. A trama é precisa e delicada.
Graças a ela, o homem pensa, raciocina, lembra. Enxerga, ouve, aprende.
Emociona-se. Essa teia, porém, não vem pronta e acabada. Os 400 gramas
de massa cinzenta de um recém-nascido guardam os neurônios de toda uma
vida. As conexões, entretanto, ainda não estão totalmente desenvolvidas. E
elas não são etéreas, imateriais. A diferença de peso entre o cérebro de um
adulto e o de um bebê vem exatamente deste fato. As fibras nervosas
capazes de ativar o cérebro têm de ser construídas, e o são pelas exigências,
pelos desafios e estímulos a que uma criança é submetida, a maior parte entre
o nascimento e os 4 anos de idade.
MUITA GINÁSTICA - No início da formação cerebral, as células nervosas são
minúsculas. A distância entre elas, enorme. A célula só é neurônio depois de
21
alcançar seu destino. Ou seja, encontrar um outro neurônio, com que se
comunica. “As primeiras experiências da vida são tão importantes que podem
mudar por completo a maneira como as pessoas se desenvolvem”, disse o
neuropediatra Harry Chugani, professor da Universidade de Wayne, nos
Estados Unidos, em entrevista à revista americana Newsweek, que publicou
recentemente uma reportagem de capa sobre o tema. A conclusão: o
cérebro precisa de ginástica. Sem isso, por mais rica que seja a herança
genética recebida, nada feito.
Da mesma forma que um chip de computador, por mais potente que seja, é só
uma pastilha de silício, sem os programas que o fazem funcionar, o cérebro é
quase apenas uma massa cinzenta, sem as experiências que o fazem
aprender. O “quase” é proposital . O máximo que os determinantes genéticos
fazem com o cérebro é dotá-lo da capacidade de sustentar a vida. Ninguém
precisa aprender a manter a própria temperatura corporal ou a pressão arterial.
Também não se precisa ensinar um recém-nascido a respirar, fazer bater o
coração, recuar ante um beliscão ou sugar o leite materno. Essas
capacidades, que os neurologistas chamam de reflexas, são inatas. Pode-se
dizer que os 4 milhões de anos de vida sobre a Terra e de luta encarniçada
pela sobrevivência fixaram-se no “chip” como um programa preliminar, que
dispensa experiências próprias. E para aí. Tudo o mais tem que ser aprendido.
PLÁSTICO – Nos bebês, o cérebro é um órgão de grande plasticidade. Seus
dois hemisférios – o esquerdo e o direito – ainda não se especializaram. Isso
só acontecerá entre os 5 e 10 anos de idade. Mais ainda, dentro de cada
hemisfério, no nível do córtex cerebral, não se plugaram as terminações
nervosas responsáveis por dons elementares, como a fala, a visão, o tato, ou
tão refinadas quanto o raciocínio matemático, o pensamento lógico ou musical.
A prova? Se todas as funções cerebrais estivessem pelo nascimento, as
crianças vítimas de
uma lesão no lado esquerdo do cérebro, o responsável pela linguagem,
jamais deveriam recuperar o Dom da fala. Não é isso que se observa. Elas, em
geral, recuperam-se bem. Os adultos não. Sofrem seqüelas graves.
22
O motivo disso é que, nas crianças, como as conexões nervosas ainda estão
em formação, a desativação de uma parte do cérebro ( por uma lesão, por
exemplo) pode ser compensada por ligações neurais em outros pontos da
massa encefálica. Já nos adultos, vítimas de um derrame cerebral, em que a
modelagem está completa, a lesão tem poucas chances de ser compensada.
O impressionante, nessas pesquisas, é mostrar que o Dom de automodelagem
tem curta existência. Vai do nascimento até poucos anos de vida. “Já a partir
dos 12 anos, a recuperação é como a dos adultos, ou seja, longa e difícil”, diz
Paulo Henrique Bertolucci, professor da Universidade Federal de São Paulo.
FECHANDO JANELAS - A partir dessas constatações, os neurobiologistas
começaram a estudar o que chamaram de “janelas de oportunidades”. Da
mesma forma que o sentido da visão depende de conexões feitas até os dois
anos, e que os circuitos da linguagem se consolidam até um máximo de 10
anos, eles julgaram lícito cogitar que outros dons podiam ter também janelas
de oportunidade que, uma vez exploradas, conduziriam a adultos com
determinadas capacidades. Na revista NATIONAL GEOGRAPHIC, o
neurobiologista Gerald Edelman, do Instltuto de Neurociência de La Jolla, na
Califórnia, comparou esta situação a uma espécie de luta pela sobrevivência
dos neurônios. Se usados e bem-sucedidos, eles fixam-se como instrumentos
do pensamento. Se mantidos inertes, é como se morressem.
A revista NEWSWEEK usa uma imagem que pode parecer assustadora, mas
que reflete bem o que os cientistas estão dizendo: a cada velinha de
aniversário que uma criança assopra, é como se ela estivesse fechando
janelas de oportunidade, que jamais serão abertas uma Segunda vez. Essa
hipótese, antiga, parece tão sedutora que múltiplos centros de pesquisa se
lançaram em sua exploração. Confirmado. Musicalidade, raciocínio lógico-
matemático, inteligência espacial, capacidades relativas ao movimento do
corpo,entre outras, dependem de circuitos que são plugados logo na primeira
infância, época em que a criança aprende a aprender. O tempo é essencial. “
Não se pode ultrapassar a idade da maturação cerebral”, afirma o
neuropediatra Mauro Muszkat, professor da Universidade Federal de São
23
Paulo. Imagens tomográficas do cérebro de crianças desde o nascimento até
os 12 meses de vida mostram esse esforço emocionante que as crianças
fazem para amadurecer. Desde o nascimento, a massa encefálica vai
acelerando seu nível metabólico e intensifica-se a atividade mental. As
mesmas imagens, quando coletadas num adulto de 28 anos, porém, mostram
que o tempo joga contra.
LINGUAGEM - Ao nascer, um bebê é capaz de ouvir e identificar as nuances
entre fonemas de todas as línguas. Entre o sétimo e o décimo mês de vida,
porém, os sons articulados pela criança já correspondem a fonemas da língua
materna. “Com um ano de vida, a criança perdeu muito a capacidade de
identificar sons diferentes dos de sua língua nativa”, diz o neurologista Luiz
Celso Vilanova. Os bebês ficam quase que surdos para sons ausentes de sua
língua familiar. Na medida em que os circuitos neurais vão se ligando para, por
exemplo, a língua portuguesa, a criança tem menos facilidade de identificar
fonemas característicos de outras línguas.
A pesquisadora americana Patrícia Kuhl, da Universidade de Washington,
encontra assim a explicação para a dificuldade em se adquirir uma Segunda
língua sobretudo após os 10 anos de idade. “Aprender, aprende”, afirma
Erasmo Casella, neurobiologista infantil do Hospital das Clínicas em São
Paulo. “Mas sempre com sotaque, ou com maiores dificuldades”. Até o terceiro
ano de idade, afirma o doutor Muszkat, a facilidade na aquisição da língua
estrangeira é até quatro vezes maior do que entre os adultos. Cientificamente,
portanto, está provado: é mais fácil aprender um idioma na primeira infância”!
( FRAGMENTO DE TEXTO DA REVISTA “VEJA”/ 1996 SOBRE A
CONSTRUÇÃO DO CÉREBRO).
24
ANEXO 2
ENTREVISTA
JORNAL O GLOBO - PROJETOS DE MARKETING – FEV/2003 – P.3
“ Inglês: O melhor patrimônio para os filhos”
Virene Matesco - Professora da FGV
A professora e coordenadora de projetos da Fundação Getúlio Vargas (FGV),
Virene Matesco, é categórica quando questionada sobre a importância do
ensino do inglês: “ é o melhor patrimônio que os pais podem deixar para os
filhos”, responde na hora. O conselho ela mesma levou ao pé da letra – seus
três filhos, já adultos, começaram a estudar inglês junto com o processo de
alfabetização. E ela mesma conquistou seu primeiro emprego, há 30 anos, no
Ministério da Fazenda, graças ao domínio da língua.
Qual a importância de se estudar inglês?
O estudo de um idioma de se estudar inglês?
O estudo de um idioma é tão necessário quanto o conhecimento da língua
nativa – além de ser hoje um requisito exigido pela maioria das empresas. Se
duas pessoas estiverem disputando a mesma vaga, com qualificação idêntica,
a que tiver domínio de uma língua estrangeira vai levar vantagem.
Quando deve ser iniciado o aprendizado de um segundo idioma?
Este é o maior investimento que os pais podem fazer em seus filhos. E quanto
mais cedo começar, melhor. Não obstante seja um item que pesa no
orçamento familiar, é a melhor herança que se pode deixar para um filho, junto
com a educação tradicional.
O domínio de uma Segunda língua sempre foi importante, mas ganhou peso
com a evolução da tecnologia, não?
25
Com certeza. Ganhou status com a globalização da economia, mas desde o
início da revolução tecnológica, a partir dos anos 90, e depois o surgimento da
internet, a importância ficou mais visível, mas evidente. Hoje se percebe, de
fato, a falta que o conhecimento da língua faz.
26
ANEXO 3
FOTOS
JARDIM ESCOLA PEQUENO TORCEDOR
RUA OSCAR WEINSCHENK, 191 – VILA DA PENHA - RJ
FOTO A - TRABALHO SOBRE CORES A TURMA DE CLASSE
ESPECIAL
I.M. - MUSICAL
27
FOTO B - GRUPO DE JARDIM I
TRABALHO SOBRE A HISTÓRIA
I.M. - INTERPESSOAL
28
GRUPO FARIA BRITO
RUA JEAN PAUL SATRE Nº 600
BARRA DA TIJUCA - RJ
FOTO C – JARDIM II
TRABALHO DE EXPRESSÃO CORPORAL
I.M. - CINESTÉSICA
29
FOTO D - MATERNAL
TRABALHANDO ORIENTAÇÃO ESPAÇO / TEMPORAL
I.M. INTER / INTRAPESSOAL
30
FOTO E - JARDIM III
TRABALHANDO COM VISITAS
I.M. - LÓGICO - MATEMÁTICO
31
FOTO F – ALFABETIZAÇÃO
TRABALHANDO COM OS ALIMENTOS
I.M. - NATURALISTA
OBS: I.M. SIGNIFICA DE ACORDO COM AS INTELIGÊNCIAS MÚLTIPLAS.
AS FOTOS FORAM CLASSIFICADAS DE ACORDO COM O PRINCIPAL
OBJETIVO, MAS PODERÁ TER MAIS CLASSIFICAÇÕES.
32
BIBLIOGRAFIA
Asher, James – The extenction of second language learning in American
Scholls.
Second language acquisition and second language learning.
Prenthee Hall International
Halliwell - Teadring English in Primary Classroom
Revista Nova Escola – abril de 1997 e agosto de 1999
Gardner, Howard – Inteligências Múltiplas
Piaget, Jean - Biologia e Conhecimento Porto Res
- Para onde vai a educação?
- Lisboa – Livros Horizonte.1990
- Kesselving, Thomas – Vozes – SP
Brewster, Jean / Ellis Gail / Girard , Denis
- The primary English Theacher”s Guide
33
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 2
AGRADECIMENTO 3
DEDICATÓRIA 4
RESUMO 5
METODOLOGIA 6
SUMÁRIO 7
CAPÍTULO I 8
CAPÍTULO II 10
CAPÍTULO III 15
CONCLUSÃO 17
ANEXOS 20
BIBLIOGRAFIA 32
INDICE 33
34
FOLHA DE AVALIAÇÃO
Nome da Instituição:
Título da Monografia:
Autor:
Data da entrega:
Avaliado por: Conceito: