UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · • A filosofia de John Dewey, a Psicologia...
Transcript of UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · • A filosofia de John Dewey, a Psicologia...
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
FACULDADE INTEGRADA AVM
A INFLUÊNCIA DAS RECOMPENSAS E DOS BENEFÍCIOS
SOCIAIS DO DESEMPENHO INDIVIDUAL
Por: Anderson Guilherme de Oliveira Carlos dos Santos
Orientador
Prof.Sérgio Majerowicz
Rio de Janeiro. 30 de Julho de 2011.
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
FACULDADE INTEGRADA AVM
A INFLUÊNCIA DAS RECOMPENSAS E DOS BENEFÍCIOS
SOCIAIS DO DESEMPENHO INDIVIDUAL
Apresentação de Monografia à Universidade
Candido Mendes como requisito parcial para
obtenção do grau de especialista em Gestão
Empresarial.
Anderson Guilherme de Oliveira Carlos dos Santos.
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus, que me orientou nos momentos em que me conduziu à
perseverança.
Agradeço a minha família, minha esposa, meu irmão, que serei fonte de
orgulho em me ver nesta caminhada, a fim de obter o Diploma de Pós-
Graduação, me tornando um especialista em Gestão Empresarial.
Agradeço aos meus colegas de turma, que em meio a tantas avaliações e
sofrimentos, o que aparentava ser tão difícil se amenizava ao se distribuir as
tarefas entre os membros de nosso grupo os quais me ensinaram a trabalhar
em equipe.
Agradeço ao profº Sergio Majerowicz, que sempre esteve disposto em
transmitir seu conhecimento.
Agradeço aos desafios que passei, pois sem eles não seria o que sou hoje, já
que estes é que me fizeram acreditar que dificuldades existem para testar até
onde somos capazes de reagir.
DEDICATÓRIA
Dedico a minha Monografia a minha esposa Michele Santana Cosme dos Santos por estar ao meu lado nessa etapa de estudos e que confiou em mim , aos meus familiares pela paciência e ausências de alguns encontros em família, ao meu pai por ter me orientado ao caminho dos Estudos, ao profº Mário Manhães pelas Orientações em sala de aula , a prof ª Maria Lucia , ao profº Robson Vitorino, aos meus amigos do trabalho pela força em fazer e concluir a Pós – Graduação , aos meus amigos de infância .
SANTOS, Anderson. INFLUÊNCIA DAS RECOMPENSAS E DOS
BENEFÍCIOS SOCIAIS DO DESEMPENHO INDIVIDUAL. Monografia. 2011.
(Especialista em Gestão Empresarial) – Universidade Candido Mendes - AVM.
RESUMO O momento histórico que o mundo está passando é marcado por diversas mudanças em decorrência da era da Globalização que surge em um espaço onde não há limites geográficos. Uma nova concepção está sendo delineada pelas entradas globais de mercadorias, capitais e informações. Os progressos tecnológicos são símbolos marcantes, pois por meio deles a humanidade entrou na era da comunicação universal, revogando distâncias e viabilizando a produção de conhecimentos em tempo real. A motivação é uma apreciação que se evoca amiúde para explicar as variações de determinados comportamentos e, sem dúvida, mostra uma grande importância para a compreensão do comportamento humano, um estado interno resultante de uma necessidade que desperta certo comportamento. Neste sentido, este trabalho visa explanar acerca da motivação, bem como a utilização da de recompensas e benefícios sociais no desempenho individual dos funcionários como mola propulsora para se atingir um clima organizacional satisfatório, haja vista que tal ferramenta se constitui em um modo de se alcançar a motivação dos colaboradores. Palavras-chaves: transformações; motivação; recompensas e benefícios sociais; desempenho individual
SANTOS, Anderson. INFLUENCE OF SOCIAL REWARDS AND
BENEFITS OF INDIVIDUAL PERFORMANCE. Monograph. 2011.
(Expert in Business Management) - University Candido Mendes - AVM.
ABSTRACT The historical moment that the world is passing is marked with many changes as a result of the globalization era that emerges in an area where there are no geographic boundaries. A new concept is being outlined by the global entries for goods, capital and information. Technological developments are striking symbols, because through them mankind entered the age of universal communication, revoking distances and enabling the production of knowledge in real time. Motivation is an assessment that is often evoked to explain the variations of certain behaviors, and certainly shows a great importance for the understanding of human behavior, an internal state resulting from a need that triggers a certain behavior. In this sense, this paper aims to explain about the motivation and the use of rewards and social benefits in the performance of individual employees as springboard to reach a satisfactory organizational climate, given that this tool is one way to achieve the motivation of employees. Key words: transformations; motivation, rewards and benefits, individual performance.
LISTA DE FIGURAS
Figura 01 Teoria ERC (Existência, Relacionamento e Crescimento)................ 20
Figura 02 Vantagens dos benefícios sociais.....................................................
31
METODOLOGIA
A metodologia de qualquer trabalho científico parte de uma técnica a
ser empregada pelo pesquisador. Para Marconi e Lakatos (2008, p.176),
“técnica é um conjunto de preceitos ou processos de que se serve uma ciência
ou arte; é a habilidade para se usar esses preceitos ou normas”. A técnica é,
portanto, a forma pela qual se executa algo. De tal modo, a metodologia
empregada neste trabalho seguirá as seguintes etapas:
• Revisão da literatura existente sobre o assunto (livros,
periódicos, anais, materiais disponibilizados virtualmente);
• Fichamento dos materiais bibliográficos recolhidos;
• Estabelecimento de um sumário provisório;
• Elaboração do TCC;
• Adequação do trabalho as normas da ABNT.
Com isso, espera-se como resultado da pesquisa bibliográfica revelar
que as recompensas, sejam elas financeiras ou não (benefícios sociais),
podem influenciar positivamente na motivação dos seus funcionários.
SUMÁRIO INTRODUÇÃO............................................................................................ 11
CAPÍTULO I - PRESSUPOSTOS TEÓRICOS............................................... 13
1.1 As teorias que reformularam a gestão de recursos humanos.............. 13
1.2 As teorias motivacionais.......................................................................... 14
1.2.1 A Teoria De Maslow.................................................................................... 16
1.2.2 Teoria De Dois Fatores De Helzberb.......................................................... 18
1.2.3 Teoria ERC (Existência, Relacionamento e Crescimento).......................... 19
1.2.4 Teoria De McClelland.................................................................................. 21
1.2.5 Teoria Da Fixação De Objetivos.................................................................. 22
1.2.6 Teoria Do Reforço....................................................................................... 23
1.2.7 Teoria Da Equidade..................................................................................... 23
1.2.8 Teoria Da Expectativa................................................................................. 24
CAPÍTULO II - CONSIDERAÇÕES INICIAIS ACERCA DAS
RECOMPENSAS E BENEFÍCIOS SOCIAS...............................................
26
2.1 As recompensas........................................................................................ 27
2.2 Os benefícios............................................................................................. 29
2.3 Influência das recompensas e dos benefícios no desempenho individual....................................................................................................
32
2.4 Algumas tendências da remuneração..................................................... 38
2.4.1 Benefícios Flexíveis..................................................................................... 38
2.4.2 Remuneração Total (Total Rewards).......................................................... 39
2.4.3 Luvas........................................................................................................... 39
CAPÍTULO III - PLR - PARTICIPAÇÃO DOS LUCROS E
RESULTADOS............................................................................................
41
3.1 Salário ou recompensa como fator motivacional...................................... 45
3.2 Distribuição do lucro aos funcionários................................................... 46
3.3 Como implantar a PLR.............................................................................. 47
CONCLUSÃO............................................................................................. 48
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA................................................................ 50
ÍNDICE........................................................................................................ 54
INTRODUÇÃO
Avaliar e medir o desempenho individual dos funcionários atualmente
se remete a uma atitude gerencial extremamente importante para diagnosticar
e também entender as causas de problemas relacionados ao desempenho,
tanto de processos (de fabricação, de negócios, de criação e de decisão, etc.)
mais simples como de sistemas, ou mais complexos, como as organizações.
Deste modo, avaliar e mensurar o desempenho individual abarca,
inicialmente, a angariação de informações qualitativas e quantitativas sobre o
objeto em questão julgados oportunos, conforme o estabelecimento de
suposições ou objetivos tidos como essenciais para monitoramento da
performance organizacional. De uma forma geral, no âmbito organizacional, a
medição de desempenho pode ser definida como o processo de quantificar a
eficiência e a eficácia das atividades de uma empresa através de métricas ou
indicadores de desempenho.
A importância dessa análise de desempenho individual se faz relevante
na medida em que a procura pelo desenvolvimento econômico é mola
propulsora das organizações.
Sendo assim, o emprego de uma estratégia de recompensas pode
colaborar para a nutrição da vantagem competitiva, já que a partir de sua
implementação se pode mediar com eficiência o desempenho individual.
Trata-se, portanto, de a partir de um programa de recompensas avaliar
o quanto estas influenciam beneficamente o comportamento dos indivíduos, já
que dentre todos os aspectos que contribuem para o sucesso da organização
encontram-se as pessoas como uma das fontes de vantagem competitiva.
Não obstante, para que essas pessoas gerem valor para o negócio é
necessário que elas sejam motivadas a atingir as metas organizacionais.
Ocorre que, muitas vezes, as metas pessoais podem não estar em
consonância com as metas organizacionais, provocando assim uma
incongruência de metas. Tradicionalmente as organizações definem metas e
objetivos ao final do planejamento estratégico e processo orçamentário,
entretanto não basta ter apenas metas e objetivos definidos, é necessário que
as pessoas sejam motivadas a atingi-las, posto que quanto maior for à carga
de motivos que os seres humanos tiverem para ação, maior será o conjunto de
capacitações transformadas em ação prática.
Sendo assim, para um melhor entendimento acerca do tema em
estudo, o trabalho será estruturado da seguinte forma: segundo capítulo
versará acerca dos pressupostos teóricos que balizam o tema da presente
monografia, ou seja, serão abordadas teorias que modificaram o Recursos
Humanos, bem como vertentes que dizem respeito aos elementos
motivacionais nas organizações.
Feito isso, o terceiro capítulo começará a expor de forma aprofundada
a questão das recompensas e dos benefícios sociais, trazendo conceituações
para os devidos esclarecimentos do tema e, ainda, mostrará algumas
tendências atuais sobre a remuneração.
Já o quarto capítulo terá como abordagem a escolha de uma forma de
recompensa mais bem sucedidas que a literatura, mediante a pesquisa
bibliográfica demonstrou, a participação dos lucros e resultados (PLR). Por fim,
o último capítulo trará as conclusões sobre a pesquisa realizada.
CAPÍTULO I
PRESSUPOSTOS TEÓRICOS
1.1 As teorias que reformularam a gestão de recursos humanos
A Teoria Administrativa passou por uma grande revolução conceitual: a
mudança da ênfase antes colocada na tarefa (pela Administração Científica) e
na estrutura organizacional (pela Teoria Clássica) para a ênfase nas pessoas
que trabalham ou que participam nas organizações (CHIAVENATO1, 2000).
A abordagem Humanística fez com que a preocupação com a máquina
e com o método de trabalho e a preocupação com a organização formal e os
princípios de Administração cedessem lugar para a preocupação com as
pessoas e os grupos sociais – dos aspectos técnicos e formais para os
psicológicos e sociológicos.
A Teoria das Relações Humanas (ou Escola Humanística da
Administração) surgiu nos Estados Unidos, como efeito das conclusões da
Experiência de Hawthorne, desenvolvida por Elton Mayo e colaboradores. Foi
um movimento de reação e oposição à Teoria Clássica da Administração
(CHIAVENATO2, 2000).
A Teoria Clássica almejara desenvolver uma nova filosofia empresarial,
uma civilização industrial, na qual a tecnologia e o método de trabalho
constituem as preocupações básicas do administrador. Contudo, apesar da
hegemonia da Teoria Clássica e do fato de não ter sido interrogada por
nenhuma outra teoria administrativa durante as quatro primeiras décadas do
século XX, seus princípios nem sempre foram pacificamente aceitos
(CHIAVENATO3, 1997).
1 CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à teoria geral da administração. Rio de Janeiro: Campus,
2000. 2 Ibidem. 3 CHIAVENATO, Idalberto. Gerenciando pessoas. São Paulo: Makron Books, 1997.
Em um país democrático como os Estados Unidos, os trabalhadores e
os sindicatos passaram a considerar a interpretação da Administração
Científica como um meio sofisticado de exploração de empregados a favor dos
interesses patronais. Igualmente, a Teoria das Relações Humanas nasceu da
necessidade de corrigir a tendência à desumanização do trabalho com a
aplicação de métodos científicos e precisos.
A Teoria das Relações Humanas tem suas origens nos seguintes fatos:
• A necessidade de se humanizar e democratizar a
Administração, libertando-a dos dogmas rígidos e mecanicistas da
Teoria Clássica.
• O desenvolvimento das ciências humanas, especialmente a
psicologia.
• A filosofia de John Dewey, a Psicologia Dinâmica de Kurt Lewin
foram essenciais para o humanismo na Administração. Elton Mayo é o
fundador da escola. Dewey e Lewin também contribuíram para sua
concepção. A sociologia de Pareto foi fundamental.
• As conclusões da Experiência de Hawthorne, realizada em
1927 e 1932, sob a coordenação de Elton Mayo, que puseram em
evidência os principais postulados da Teoria Clássica da Administração
(CHIAVENATO4, 1997).
1. 2 As teorias motivacionais
Os valores norteiam o comportamento dos indivíduos que trabalham na
organização e são responsáveis pelo sucesso individual e coletivo. As pessoas
bem sucedidas possuem uma visão viva de seus princípios pessoais; do
mesmo modo, uma organização bem-sucedida tem uma cultura organizacional
embasada em valores bem delineados.
O comprometimento deriva de uma conduta positiva dos
trabalhadores, e o melhor instrumento para conseguir a excelência é a mente
4 Op. Cit.
humana que explica e faz com que as coisas aconteçam, propondo progressos
e mudanças cogentes.
Assim, a motivação vem sendo alvo de grandiosos experimentos e
estudos por muitos autores que procuram modelos que elucidem mais
adequadamente o comportamento humano.
A abrangência da motivação e a sua aplicação estratégica têm levado
organizações ao sucesso. Por este motivo, muitas empresas procuram
compreender o que é motivação e especialmente o que motiva as pessoas, o
que faz com que certos indivíduos “vistam a camisa” da instituição, enquanto
outros são tão apáticos em relação à empresa em que trabalham.
Muitas são as linhas propostas e várias são as correntes que surgiram
no cotidiano no desejo de encontrar a melhor atitude de aplicar e construir uma
força de trabalho motivada.
Bowdich e Buono5 (2002) demonstram que um dos capitais problemas
em matéria do comportamento organizacional é saber por que os indivíduos se
comportam de um modo ou de outro em seu ambiente de trabalho.
Bergamini6 (1998), entretanto, argumenta que a motivação é um fator
inerente às pessoas, que nenhuma pessoa pode motivar outra. A motivação
passa a ser depreendida como prodígio comportamental singular e natural e
vem da seriedade que cada um dá ao seu trabalho, da acepção que é atribuída
a cada presteza desse trabalho e que cada indivíduo busca o seu próprio
paradigma de autoestima. Adotando esse raciocínio, alvitra-se que a falha de
grande parte das empresas está na carência de conhecimento de como lidar
com os seres humanos.
O que motiva é o alcançar de um desígnio, isto leva a uma motivação
para novos desafios, ou seja, são os aspectos do próprio trabalho que laboram
como fatores motivadores, já que o homem quer descobrir coisas, realizar-se,
modernizar-se, florescer e acrescentar realizações a sua existência.
5 BOWDITCH, James; BUONO, Anthony. Elementos de comportamento organizacional. São
Paulo: Pioneira, 2002. 6 BERGAMINI, Cecília Whitaker. Motivação nas organizações. São Paulo: Atlas, 1998.
Os elementos de contentamento são impulsionadores porque possuem
consequência positiva de melhorar a atuação do indivíduo. Nessa corrente, os
acontecimentos que aborrecem os trabalhadores não são unicamente o
adverso das que os satisfazem (BOWDITCH; BUONO7, 2002).
O que aborrece é absolutamente desigual daquilo que os satisfaz.
Destarte, a abolição de uma insatisfação não aludiu a criação de uma
satisfação, meramente existiu um cancelamento de insatisfação e não opera
como fator de motivação para aprimorar o desempenho (BOWDITCH;
BUONO8, 2002).
Logo os elementos de satisfação são tidos como influências positivas
na motivação para que os indivíduos alcance, altos índices de produtividade e
qualidade.
1.2.1 A Teoria De Maslow
Abraham H. Maslow, psicólogo e consultor americano, apresentou uma
teoria da motivação segundo a qual as necessidades humanas estão dispostas
em níveis, numa hierarquia de importância e influência. Nessa hierarquia das
necessidades (pirâmide de Maslow), encontram-se cinco níveis de
necessidades:
1) Necessidades fisiológicas: Necessidades de alimentação,
sono, repouso, abrigo, sexo, etc. Esse grupo de necessidades está
relacionado com a sobrevivência do indivíduo e com a preservação da
espécie.
2) Necessidades de segurança: Necessidades de segurança,
estabilidade, busca de proteção contra ameaça ou privação e a fuga ao
perigo.
7 Op. Cit. 8 Ibidem.
3) Necessidades sociais: Necessidade de associação, de
participação, de aceitação por parte dos companheiros, troca de
amizade, afeto e amor.
4) Necessidades de estima: Relacionadas com a maneira pela
qual a pessoa se vê e avalia. Envolvem a auto apreciação,
autoconfiança, a necessidade e aprovação social e de respeito, de
status, prestígio e consideração.
5) Necessidades de auto realização: São as necessidades
humanas mais elevadas e que estão no topo da hierarquia. São as
necessidades de cada pessoa realizar seu próprio potencial e de
autodesenvolver-se continuamente (ser constantemente mais do que é,
vir a ser tudo o que pode ser) (SAGLES; STRANS9, 2005).
Em outras palavras remetem tais necessidades a:
1) Necessidades Primárias: Necessidades fisiológicas e
necessidades de segurança.
2) Necessidades Secundárias: Necessidades sociais,
necessidades de estima e necessidades de auto realização (SAGLES;
STRANS10, 2005).
A teoria da hierarquia das necessidades de Maslow pressupõe os
seguintes aspectos:
1) Somente quando um nível inferior de necessidades está
satisfeito ou adequadamente atendido é que o nível imediatamente
mais elevado surge no comportamento;
2) Nem todas as pessoas conseguem chegar ao topo da pirâmide
de necessidades;
3) Quando as necessidades mais baixas estão razoavelmente
satisfeitas, as necessidades localizadas nos níveis mais elevados
9 SAGLES, Leonard; STRANS, George. Comportamento humano nas organizações. São Paulo:
Atlas, 2005. 10 Ibidem.
começam a dominar o comportamento. Contudo, quando a
necessidade de nível mais baixo deixa de ser satisfeita, ela volta a
predominar no comportamento, enquanto gerar tensão no organismo;
4) Cada pessoa possui sempre mais de uma motivação. Toda
necessidade está intimamente ligada com o estado de satisfação ou
insatisfação de outras necessidades. Seu efeito sobre o organismo é
sempre global e nunca isolado;
5) Qualquer comportamento motivado é um canal pelo quais
muitas necessidades fundamentais podem ser expressas ou satisfeitas
conjuntamente;
6) Qualquer frustração ou possibilidade de frustração de certas
necessidades passa a ser considerada ameaça psicológica. Essa
ameaça é que produz as reações gerais de emergência no
comportamento humano (SAGLES; STRANS11, 2005).
Nota-se que a teoria de Maslow é suficientemente bem estruturada
para poder oferecer um esquema orientador e útil para o comportamento do
administrador.
1.2.2 Teoria De Dois Fatores De Helzberb
A satisfação e a insatisfação no trabalho são fatores que demonstram o
quanto cada individuo pode estar ou não motivado, uma vez que a motivação é
um fator de consequência e que difere de uma pessoa para outra.
Defronte a tal pressuposto, na década de 60, Helzberg elaborou sua
teoria acerca da motivação, que em muitos elementos se assemelhou à teoria
de Maslow. Entretanto, Herzberg não focalizou somente a psicologia individual,
abrangendo suas investigações sobre os motivos que influenciam o trabalho
dos indivíduos dentro da organização. Tal vertente ficou conhecida como teoria
11 Op. Cit.
da higiene-motivação, pois além de verificar necessidades inferiores
(higiênicas) que afetavam a satisfação dos operários, também se preocupava
com os aspectos superiores (motivacionais) dos mesmos (BERTOLINO12,
1998).
Na teoria da higiene-motivação, os aspectos de higiene são
qualificados por salário, gerência, condições de trabalho, normatizações e
maneira de gerir a empresa. Já os aspectos motivacionais são: sucesso
pessoal, consideração, responsabilidade, possibilidades de promoção e
autossatisfação.
Desta forma, observa-se que é possível pautar a teoria de Herzberg à
teoria de Maslow no que se refere à semelhança existente entre os aspectos
de higiene e fatores inferiores e, aspectos motivacionais e fatores superiores.
Assim, de acordo com Herberg13 (apud ROBBINS, 2002), os fatores
que levam a satisfação com o trabalho são diferentes e separados daqueles
que levam á insatisfação. Portanto, os executivos que procuram eliminar os
fatores que geram insatisfação podem conseguir a paz, mas não
necessariamente a motivação dos funcionários. Eles podem tranquilizá-los,
mais do que a motivá-los.
As organizações, por sua vez quando possui em seu escopo uma boa
gestão, atendendo todos os princípios básicos para o ambiente organizacional,
estão propensas a assegurar, no primeiro momento, a motivação do
funcionário novo que se insere ao meio, ou seja, é o cartão de visita da
empresa, onde uma breve análise superficial agrega valor ás pessoas pelo
espaço físico disponível.
1.2.3. Teoria ERC (Existência, Relacionamento e Crescimento)
12 BERTOLINO FILHO, Jorge. Tópicos atuais em administração: motivação. Campinas: Alínea,
1998. 13 ROBBINS, Stephen Paul. Comportamento organizacional. São Paulo: Printice Hall, 2002.
Essa teoria foi idealizada por Aldefer também na década de 60, no
intuito de retificar algumas falhas na teoria de Maslow. A teoria ERC é
composta por três níveis de necessidades, organizadas continuamente não em
hierarquia (SPECTOR14, 2003).
Figura 01 - Teoria ERC (Existência, Relacionamento e Crescimento)
Fonte: Costa15 (2005, p. 118)
O indivíduo na busca de crescimento pessoal demonstra maior
satisfação em relacionar-se e comunicar-se, tornando um profissional mais
qualificado, obtendo um ambiente de trabalho mais saudável, continuamente
terá forte desenvolvimento humano que por consequência, será uma pessoa
motivada agregando valores junto a organização.
O grupo da existência se refere aos nossos requisitos materiais
básicos. Isto inclui aqueles itens que Maslow chamou de necessidades
fisiológicas e segurança.
14 SPECTOR, Paul. Psicologia nas organizações. São Paulo: Saraiva, 2003. 15 COSTA, Flavio Rodrigues. Psicologia das organizações. Palhoça: UnisulVirtual, 2005.
O segundo grupo se refere as nossas necessidades de
relacionamento, o desejo de manter importantes relações interpessoais. Este
desejo de status e sociabilidade precisa da integração com outras pessoas
para ser atendido, e comparam-se as necessidades sociais de Maslow a aos
componentes externos de sua classificação de estima.
Finalmente, Alderfer identifica as necessidades de crescimento um
desejo intrínseco de desenvolvimento pessoal. Isto inclui os componentes
intrínsecos da categoria estima de Maslow, bem como as características
incluídas sob a auto realização (ROBBINS16, 2002).
As pessoas tendem a ter um conhecimento mais avançado, aberto a
novas ideias, onde o aspecto de crescimento psicológico é de extrema
necessidade até mesmo para o seu bom desempenho profissional e pessoal. O
bom relacionamento, a troca de informações, o trabalho em equipe, são
aspectos favoráveis na busca de conhecimento. Junto à experiência individual,
forma-se um estímulo motivador sendo um reduto de satisfação.
1.2.4 Teoria De McClelland
A obra de Mcclelland17 (1955), na ótica dos administradores,
provavelmente provocou grande inquietação no âmbito da literatura
especializada em administração.
Como Maslow e outros pesquisadores da motivação humana,
McClelland além de apresentar pontos em comum com outras teorias,
acrescentou três necessidades de caráter secundário e adquiridas socialmente:
o poder, a associação e a realização.
Com relação ao poder, este é uma necessidade de fazer com que os
indivíduos reajam de um modo que não o fariam espontaneamente.
Já a necessidade de associação é o desejo de relacionamento
interpessoais próximos e amigáveis. Geralmente, este tipo de necessidade está
16 Op. Cit. 17 MCCLELLAND, David. Studies in motivation. New York: Appleton-Century-Crofts, 1955.
marcado pela associação entre atuação e desempenho desejável, pois ao
traçar metas desafiadoras, o indivíduo propõe-se a alcançar seus objetivos de
maneira eficaz, com bom desempenho e consequente reconhecimento por
parte dos outros (MCCLELLAND18, 1955).
Quanto ao último tipo de necessidade, de realização, esta se remete a
procura da excelência de se realizar, de lutar pelo sucesso.
Portanto, as organizações ao atribuir em seu processo de gestão de
pessoas, o aspecto de satisfação as necessidades de realização, poder ou
associação, ou seja, de extrair o talento do individuo, seja ele de liderança ou
de desenvolver projetos sociais assegurando um melhor relacionamento dentro
e fora da organização lhes ofertando oportunidades para desempenhar funções
que possa realizar estes desejos internos terá motivação no trabalho.
Como se observou, a Teoria de McClelland trouxe reforços admiráveis
nas averiguações sobre motivação, visto que suas pesquisas dirigiram-se, em
boa parte, para o estudo da motivação em gerentes.
1.2.5 Teoria Da Fixação De Objetivos
Conforme Spector19 (2003, p. 53) a teoria da fixação de objetivos é
“possivelmente a teoria motivacional que tem sido mais útil para a psicologia
organizacional”. Seus precursores Locke e Latham relatam que o
comportamento humano é motivado por seus desígnios e seus objetivos, que
podem estar arrolados a comportamentos especiais.
Ainda de acordo com Spector20 (2003, p. 53) objetivos ou metas são
“aquilo que uma pessoa conscientemente deseja alcançar”. Na visão
organizacional, o pré-estabelecimento de objetivos pode ser uma ferramenta
competente para manter ou acrescer o desempenho no trabalho.
18 Op. Cit. 19 Op. Cit. 20 Ibidem.
Sendo assim, diante dos estudos de Locke e Latham, essa teoria
denota que a conquista de objetivos é que leva o individuo a ter motivação,
mediante a isso é que a pessoa consegue elaborar estratégias, executar
alguns planos ter certas atitudes e tomar algumas decisões para alcançar um
resultado positivo, pois a não conquista do mesmo faz com que o ser humano
se torne uma pessoa frustrada e desmotivada.
Existe pouca controvérsia sobre o fato de que objetivos claros e difíceis
conduzem a níveis mais altos de produtividade. Essa evidencia, nos leva a
conclusão de que a teoria da fixação de objetivos oferece uma das mais
poderosas explicações sobre esta variável depende. A teoria, entretanto, não
enfoca o absenteísmo, a rotatividade ou satisfação com o trabalho.
1.2.6 Teoria Do Reforço
A qualidade e a quantidade são muito relativas, pois ao mesmo tempo
em que pode se ter uma grande quantidade produzida ou atendida existe
pouca qualidade no produto ou serviço e vice-versa. Então o equilíbrio entre
ambas é que ajuda a ter um trabalho mais perfeito assim como a satisfação no
trabalho é voltada para manter pontos de equilíbrio (ROBBINS21, 2002).
Esta teoria tem um registro importante no papel de previsora de fatores
como qualidade e quantidade de trabalho, persistência de esforço,
absenteísmo, impontualidade e taxas de acidentes.
Mesmo não oferecendo muita explicação sobre a satisfação dos
funcionários, nem sobre sua decisão de deixar a empresa, esta por sua vez,
visa qualidade e quantidade de trabalho e auto eficácia e convicção individual
de que se é capaz ao realizar uma tarefa, ou seja, o comportamento é uma
função de suas consequências (ROBBINS22, 2002).
21 Op. Cit. 22 Ibidem.
1.2.7 Teoria Da Equidade
Mesmo Adams não desenvolvendo uma teoria de motivação
organizacional, mas sim social, suas bases epistemológicas tornaram-se
bastante úteis no contexto empresarial, proporcionando aos gestores maior
entendimento do comportamento dos trabalhadores.
Para Muchinski23 (2001, p. 89) essa teoria possui fundamentos
“perceptuais e sociais, porque a motivação é uma cátedra do quanto uma
pessoa vê a si mesma em comparação com os outros”.
Neste sentido, Spector24 (2003, p. 61) explana que:
Para Adams os trabalhadores que se encontram na situação de desigualdade (iniquidade) experimentam uma insatisfação e tensão emocional que eles procuraram diminuir. A desigualdade é um estado psicológico que surge nos funcionários quando eles se comparam com os outros. A teoria supõe que funcionários realizam comparações psicológicas de suas razões resultado/contribuição com a dos outros funcionários, ou seja, avaliam psicologicamente o quanto recebem do trabalho em relação as suas contribuições.
Na teoria da equidade, o processo de recompensa é o que motiva os
seus funcionários, onde a justiça de distribuição é a justiça percebida pela
quantidade e alocação das recompensas entre os indivíduos, e a justiça de
processo é a justiça percebida pelo processo utilizado para determinar a
distribuição das recompensas.
Esta teoria supõe que para a maioria dos trabalhadores a motivação é
influenciada significativamente pelas recompensas absolutas e justas, pois
quando uma injustiça é percebida pelo individuo, logo se tornará uma pessoa
frustrada e sem motivação.
1.2.8 Teoria Da Expectativa
23 MUCHINSKY, Paul. Psicologia organizacional. São Paulo: Pioneira, 2004. 24 Op. Cit.
Robbins25 (2002, p. 162) minuta que: “a força da tendência para agir de
uma determinada maneira depende da força da expectativa de que esta ação
trará um resultado, e da atração que este resultado exerce sobre o individuo”.
Na teoria da expectativa para Robbins26 (2002, p.164) existem três tipos de
relações:
1) A relação esforço-desempenho: o individuo percebe que certa quantidade de esforço vai levá-lo ao desempenho. 2) A relação desempenho-recompensa: o grau em que o individuo acredita que um determinado nível de desempenho vai levá-lo a obtenção do resultado que se é desejado. 3) As relações recompensa-meta pessoais: o grau em que as recompensas organizacionais satisfazem as metas pessoais ou as necessidades do individuo, e a atração que estas recompensas potenciais exercem sobre ele.
Desta forma, nesta teoria o individuo é movido por uma expectativa, ou
seja, quanto de esforço deve ter para obter um desempenho favorável e
através do mesmo terá uma recompensa como estimulo que atenderá suas
necessidades pessoais devido a meta que foi alcançada, assim como terá um
resultado positivo para organização e em beneficio próprio também, por
desenvolver o seu crescimento pessoal estando motivado.
Vistas tais teorias, o próximo capítulo tratará de versar acerca das
recompensas e benefícios sociais como formas de influenciar positivamente a
motivação e o desempenho individual dos funcionários nas organizações.
25 Op. Cit. 26 Op. Cit.
CAPÍTULO II
CONSIDERAÇÕES INICIAIS ACERCA DAS
RECOMPENSAS E BENEFÍCIOS SOCIAS
No decorrer dos tempos à questão da remuneração adquiriu inúmeras
nuances. Inicialmente, a retribuição convertida em salários era feita através de
trocas em espécies, tais como: roupas, calçados, tecidos, carne, óleo dentre
outros elementos de uso comum da população.
Entretanto, com o passar dos tempos, mais precisamente com a
Revolução Industrial, como manifesta Calvo27 (2004) e com a evolução das
relações de trabalho, a retribuição foi sendo substituída pela moeda. Porém,
não havendo normas que obrigassem a contraprestação do trabalho
inteiramente em pecúnia, logo surgiram abusos do poder econômico,
principalmente no meio rural, em que os trabalhadores eram forçados a adquirir
bens de consumo nos armazéns do próprio empregador a preços elevados de
modo a sempre estarem devendo.
Eis então que em 1952 surge a Convenção n.º 95 de Proteção do
Salário, aprovada na 32ª reunião da Conferência Internacional do Trabalho. A
proteção do salário restringiu as prestações em espécie e determinou medidas
para que o valor a elas atribuído fosse justo, como define o Art. n.º 3:
Art. 3 - 1. Os salários pagáveis em espécie serão pagos exclusivamente em moeda de curso legal; o pagamento sob forma de ordem de pagamento, bônus, cupons, ou sob qualquer outra forma que se suponha representar a moeda de curso legal, será proibido (ILO28, 2004).
Desse modo, estabeleceu-se na referida Convenção que salário
significa a remuneração ou os ganhos suscetíveis de serem avaliados em
27 CALVO, Adriana Carrera. Aspectos trabalhistas dos programas de remuneração. Disponível em:
<http://www.mundojuridico.adv.br/html/artigos/documentos/texto646.htm>. Acesso em: 10 mai. 2011. 28 INTERNATIONAL LABOUR ORGANIZATION (ILO). Convenção n.º 95. Disponível em:
<http://www.ilo.org/public/portugue/region/ampro/brasilia/info/download/convencao95.pdf>. Acesso em: 10
mai. 2011.
espécie ou fixados por acordo ou pela legislação nacional, os quais são
devidos em virtude de um contrato de aluguel de serviços, escrito ou verbal,
firmado por um empregador a um trabalhador, seja por trabalho efetuado ou
pelo que deverá ser efetuado, seja por serviços prestados ou que devam ser
prestados (ILO29, 2004).
Neste contexto, a diferença entre salário e remuneração concerne em
dizer que enquanto o salário é ajustado no contrato de trabalho, a remuneração
pode ser composta de parcelas que vão surgindo no seu curso, tais como
prêmios, gratificações habituais, adicional por tempo de serviço, entre outros.
Em conformidade com Milkovich e Boudreau30 (2000), a remuneração
abarca o retorno financeiro e os serviços e benefícios tangíveis que os
empregados recebem como parte de pagamento em uma relação de trabalho.
Assim, a remuneração representa o total dos ganhos obtidos, incluindo os
valores recebidos de terceiros (CALVO31, 2004).
Ainda segundo Milkovich e Boudreau32 (2000), mesmo na sociedade do
conhecimento a remuneração ainda é o principal fator para atrair, manter e
motivar os colaboradores.
Não obstante, cabe lembrar que as decisões sobre esse assunto são
afetadas por variáveis internas e externas à organização, tais como a política
interna da organização, a economia, as regulamentações governamentais e os
sindicatos.
2.1 As recompensas
As recompensas podem ser financeiras (diretas e indiretas) e não
financeiras. As recompensas não financeiras referem-se aos fatores que
29 Op. Cit. 30 MILKOVICH, George; BOUDREAU, John. Administração de recursos humanos. São Paulo:
Atlas, 2000. 31 Op. Cit. 32 Op. Cit.
afetam a satisfação das pessoas com o sistema de remuneração, tais como:
oportunidades de crescimento profissional, reconhecimento e autoestima,
segurança no emprego, qualidade de vida no trabalho, promoções, entre outras
(MARRAS33, 2002).
Da mesma forma, as recompensas financeiras diretas são os salários
diretos, comissões, prêmios e bônus pagos pelas empresas em contrapartida a
um serviço prestado, podendo ser convencionado o pagamento por hora, dia,
semana, quinzena ou mês (MARRAS34, 2002).
Já as recompensas financeiras indiretas, por sua vez, são as férias,
DSR (descanso semanal remunerado), gratificações, gorjetas, horas extras,
13º salário, adicionais, entre outros benefícios definidos em convenções
coletivas do trabalho, como por exemplo, alimentação e transporte subsidiados,
seguro de vida, seguro saúde.
Diante desse quadro, a remuneração corresponde, portanto, à soma do
salário direto e do salário indireto, ou seja, tudo que o empregado recebe pelo
trabalho realizado.
Um sistema de recompensas indica uma proximidade com as práticas
mais modernas ou à prática de empresas que seguem a tendência de uma
remuneração mais estratégica que vai além do simples pagamento. O objetivo
desse sistema é gerenciar a compensação de acordo com a responsabilidade
dos trabalhadores, o conhecimento aplicado ao trabalho, o desempenho ou
contribuição para o resultado do negócio e pagar de acordo com o mercado
(VERGARA35, 2000).
Presentemente, os objetivos normalmente definidos pelas empresas
para um programa de recompensas (remuneração, incentivos e benefícios)
são:
• Alinhar a remuneração a resultados; • Alavancar resultados estratégicos;
33 MARRAS, Jean Pierre. Administração de recursos humanos: do operacional ao estratégico. 6ed.
São Paulo: Futura, 2002. 34 Ibidem. 35 VERGARA, Sylvia. Gestão de pessoas. 2 ed. São Paulo: Atlas, 2000.
• Comprometer todas as áreas da organização com os resultados; • Promover o aumento da produtividade; • Recompensar progressivamente a superação de metas; • Garantir a avaliação objetiva dos resultados; • Recompensar os resultados de equipe e promover a sinergia entre elas; • Contribuir para os processos de melhoria e inovação; • Reconhecer e recompensar os desempenhos superiores; • Contribuir para a eficácia organizacional; • Transformar custos fixos em variáveis; • Fortalecer uma imagem como empresa cidadã, atendendo aos preceitos legais (VERGARA, 2000, p. 45).
Alguns autores entendem que recompensa é um processo que envolve
todas as formas de pagamento ou de recompensas dadas aos empregados
decorrentes de seu emprego. Outros afirmam que remuneração é o pacote de
recompensas quantificáveis que um empregado recebe pelo seu trabalho e que
inclui três componentes: remuneração básica, incentivos salariais, benefícios,
definidos pela política salarial (CHIAVENATO36, 2000).
Opta-se então pela posição de que a remuneração é a parte financeira
direta ou indireta que cabe ao trabalhador. Quanto a recompensa, esta é a
justa distribuição do efeito da sinergia gerada pela adequada utilização dos
recursos. Pode ser definida, também, como a distribuição dos aspectos
financeiros e não financeiros (VERGARA37, 2000).
2.2 Os benefícios
Para Marras38 (2002, p. 34) os benefícios são: “o conjunto de
programas ou planos oferecidos pela organização como complemento ao
sistema de salários”. Os programas de benefícios atende a dois objetivos: o da
organização e o dos indivíduos.
36 Op. Cit. 37 Op. Cit. 38 Op. Cit.
Os objetivos organizacionais são satisfeitos quando a empresa garante
o atendimento das necessidades básicas, auxiliando na manutenção de baixos
índices de rotatividade e ausências, boa qualidade de vida dos funcionários,
redução de estresse, etc. Isso faz com que a empresa se torne competitiva no
mercado de trabalho (MARRAS39, 2002).
Assim, o atendimento das necessidades dos funcionários parte da
hipótese de que a empresa sabe o que é melhor para os funcionários, para
garantir o nível mínimo de qualidade de vida, como alimentação, assistência
médica, oferecidos como parte integrante de remuneração.
Para Baraça40 (2006, p. 09) os planos de benefícios sociais estão
geralmente apontados para certos objetivos. Os objetivos referem-se ás
expectativas de curto e longo prazos da organização em relação aos resultados
dos planos. Quase sempre, os objetivos básicos dos planos de benefícios
sociais são:
• Melhoria da qualidade de vida dos empregados; • Melhoria do clima organizacional; • Redução da rotação de pessoal e do absenteísmo; • Facilidade na atração e na manutenção de recursos humanos; • Aumento da produtividade em geral.
As vantagens dos benefícios sociais podem ser vislumbradas na figura
a seguir:
39 Op. Cit. 40 BARAÇA, Francisco José Loureiro. Avaliação e qualificação de funções, benefícios sociais e
condições de trabalho. Disponível em: <http://prof.santana-e-silva.pt>. Acesso em: 20 mai. 2011.
Figura 02 – Vantagens dos benefícios sociais
Fonte: Baraça (2006)
Nos dias atuais, os países desenvolvidos adotam planos de benefícios
flexíveis, tal modelo pressupõe uma empresa transparente, empregados
responsáveis com relação aberta entre eles, possibilitando análise e
discussões sobre a relação custos-benefícios entre ambos (CHIAVENATO41,
2000).
41 Op. Cit.
Por fim, os benefícios proporcionados pelas empresas podem ser
divididos em dois: benefícios compulsórios e benefícios espontâneos. Os
benefícios compulsórios são oferecidos pela organização atendendo as
exigências das leis de trabalho nacionais (MARRAS42, 2002).
Quanto aos espontâneos, estes são ofertados por vontade da
organização, geralmente com o intuito de atender as necessidades dos
empregados, tornando o perfil da remuneração atraente e competitiva no
mercado de trabalho tanto para atrair novos recursos humanos quanto para
manter os atuais (MARRAS43, 2002). Tais benefícios podem ser traduzidos em:
restaurante; seguro de vida; assistência médica; confraternização; cesta
básica; assistência odontológica.
2.3 Influência das recompensas e dos benefícios no desempenho
individual
O grau de comprometimento dos indivíduos, entendido como a
disposição para entrega da competência e para o constante enriquecimento
desta, com as questões estratégicas das organizações, passa a ser fator de
absoluta dependência para a construção de um ambiente de alta
competitividade e possibilidade de sucesso. Este comprometimento é que
definirá, especialmente, o nível de produtividade e da qualidade dos produtos e
serviços, a melhor utilização dos recursos organizacionais e a velocidade das
respostas para o ambiente.
Esse comprometimento será estabelecido se as pessoas que fazem
parte da organização entenderem que de tal postura resultarão benefícios em
termos de atendimento de suas expectativas. Há necessidade da percepção de
42 Op. Cit. 43 Ibidem.
vantagens concretas para elas no desenvolvimento do relacionamento com as
organizações (DUTRA44, 2002).
Segundo Dutra45 (2002, p. 25):
Atualmente, questiona-se duramente a eficácia de programas arrojados de benefícios e salários para gerar compromisso; esses programas geram apenas dependência e sentimento de gratidão que se mostram cada vez mais inadequados para suportar as pressões de um ambiente competitivo em escala global.
A explanação do aludido autor, mostra que os indivíduos têm uma nova
visão de relacionamento com as empresas e métodos antigos de recompensas
não têm se mostrado suficientes para o estabelecimento do comprometimento
necessário (HIPÓLITO46, 2001).
Esse processo ocorre uma vez que:
Surgem novas necessidades a serem satisfeitas como fruto do empenho no relacionamento organizacional. Necessidades ligadas à saúde física, mental, social e espiritual. Para tanto, as pessoas buscam maior autonomia no trabalho, e ambientes onde possam desenvolver seu potencial criativo (HIPÓLITO47, 2001, p. 43).
Nesse patamar de relacionamento entre as organizações e os
indivíduos surgem novas propostas de gestão que têm por objetivo a
otimização do relacionamento a fim de que sejam alcançadas ou
proporcionadas as condições para o atendimento das expectativas das
pessoas que fazem parte da organização e da própria organização ora
entendida como organismo vivo, sistema aberto em constante interação com o
meio e com necessidade de desenvolvimento para garantia de sua
sobrevivência e de seu sucesso.
44 DUTRA, Joel Souza. Gestão por competências: um modelo avançado para o gerenciamento de
pessoas. São Paulo: Gente, 2002. 45 Ibidem. 46 Op. Cit. 47 Ibidem.
Sendo assim, o desempenho dos trabalhadores também é influenciado
pelo sistema adotado pela empresa de recompensas ou benefícios, haja vista
que como bem relata Chiavenato48 (2000, p. 45):
Desempenho pode ser definido como ação ou conjunto de ações observáveis orientadas a um dado resultado. Durante muito tempo, especialistas afirmavam que a habilidade cognitiva seria o principal fator do desempenho no trabalho. Porém, estudos recentes nos mostram que a inteligência contribui apenas para uma parte dos bons resultados no trabalho, estando o bom desempenho associado também à criatividade, liderança, integridade, dedicação e cooperação.
Neste diapasão ressalta-se que vários são os fatores que podem afetar
o desempenho no trabalho. Dentre estes fatores pode-se citar a forma como a
empresa é dirigida, o relacionamento entre dirigentes e subordinados, e a
política de remuneração da organização.
Não se pode esquecer também, dos fatores motivacionais que de uma
maneira ou de outra acabam levando os funcionários a desempenharem
melhor ou pior o trabalho, a fim de atenderem de forma direta ou indireta suas
necessidades individuais.
Sendo assim, destaca-se que o desempenho no trabalho pode ser
influenciado por diversos fatores, dentre eles podemos destacar:
• Ambiente de trabalho: tipo de relacionamento interpessoal do grupo funcional, qualidade da comunicação com as chefias, suporte organizacional, meios disponíveis para a realização da ação, competição entre grupos, adequação do ambiente físico, política de remuneração; • Contexto extra organizacional: situação econômica do país, oferta de mão-de-obra, oferta de empregos, legislação trabalhista e similares; • Características organizacionais: clima e culturas organizacionais, políticas e práticas de administração e de administração de recursos humanos, sistemas de recompensas e de punições, incluindo sistemas funcionais e similares, relações de poder, resultados esperados pela organização como um todo e para um de seus elementos, atuação gerencial, formas de controle utilizadas na organização; • Características do trabalhador: personalidade, habilidades, conhecimentos, atitude, idade, sexo, escolaridade, motivações, estilo cognitivo, aparências pessoais e similares (CHIAVENATO, 2000, p. 50). •
48 Op. Cit.
Visto que os fatores que podem influenciar o desempenho no trabalho
são diversos, é necessário criar sistemas que avaliem o desempenho do
indivíduo na organização de maneira eficaz.
De acordo com Dutra49 (2002, p. 181), “a forma de valorização da
pessoa pela organização mais importante e mais complexa em termos de
gestão é fazê-lo pela remuneração.” A remuneração é percebida pelo indivíduo
como sua importância relativa para a empresa e seu status profissional para o
mercado, sendo uma forma de diferenciá-las quanto ao valor que agregam
para a empresa.
Chiavenato50 (2000) chama de “equilíbrio organizacional” o êxito da
organização em remunerar seus participantes com quantias adequadas de
incentivos na forma de benefícios, salários, prêmios de produção, etc., e
motivá-los a continuarem fazendo parte da organização, fazendo contribuições
e, com isto, garantindo a sua sobrevivência e crescimento.
Nestes moldes, criar e implementar sistemas de recompensa é um
aspecto fundamental da gestão de RH. Os sistemas de recompensa enfatizam
uma série de recompensas extrínsecas e intrínsecas. Haak51 (2000, p. 61)
considera que:
1) Extrínsecos: são todos os fatores externos ao trabalho em si, tendo como base um referencial ambiental, como o relacionamento com a chefia, as recompensas materiais, as políticas de recursos humanos. São os chamados fatores de satisfação; 2) Intrínsecos: são os fatores ligados diretamente ao trabalho realizado, às tarefas, como por exemplo, o grau de responsabilidade atribuído ao trabalhador para realizar seu trabalho, e o sentimento de realização com as tarefas. São os fatores que buscam significado ao trabalho realizado. São chamados de fatores de motivação.
Contudo, vale destacar que nem todos os autores comungam com a
ideia de que as recompensas motivam as pessoas e podem até alterar seu
49 DUTRA, Joel Souza. Gestão de pessoas: modelo, processos, tendências e perspectivas. São
Paulo: Atlas, 2002. 50 Op. Cit. 51 HAAK, Marianne. Programa de qualidade e a motivação para o trabalho. Revista de
Administração. São Paulo, v.35, n.3, p.60-70, julho/setembro, 2000.
comportamento de forma duradoura. Kohn52 (1995, p. 14), afirma que os
incentivos “uma versão daquilo que os psicólogos chamam de motivadores
extrínsecos, não alteram as atitudes subjacentes aos comportamentos”.
Para o referido autor, os incentivos são uma versão de motivadores
extrínsecos que não criam compromisso duradouro com nenhum valor ou ação.
Segundo o autor, os incentivos modificam temporariamente o comportamento
das pessoas, e isto se deve ao fato da motivação ter uma dinâmica de caráter
eminentemente interior.
Davidoff53 (2001) afirma que ao oferecer recompensas (incentivos
extrínsecos) para se engajar em determinados comportamentos às vezes
diminuem ou até extinguem os incentivos intrínsecos. Exemplifica: se uma
pessoa é paga para realizar algum trabalho que realmente aprecia fazer, pode
concentrar-se no dinheiro e sentir-se menos motivada pelo desafio, o que seria
o aspecto controlador das recompensas.
As recompensas podem ter um aspecto de feedback, que indica se a
pessoa foi boa o bastante para ganhá-la. Se o aspecto controlador for
dominante, a pessoa tenderá a perder o interesse por atividades
recompensadas, por isso deve-se ter cuidado com o tipo e a forma de
implementar as recompensas e benefícios.
Lorenz54 (apud BERGAMINI, 1998) que recebeu o prêmio Nobel de
1973, com o trabalho referente à motivação, propondo de que a motivação é
um processo interno no qual a energia motivacional brota das necessidades.
Bergamini55 (1998), também concorda com o autor, afirmando que fica
praticamente contraindicado ou improdutivo o uso de qualquer recurso que
proponha dirigir ou mesmo coagir o ser humano a adotar certos tipos de
reações comportamentais.
52 KOHN, Alfie. Por que os planos de incentivo não funcionam. Revista de Administração de
Empresas, São Paulo, v. 35, n. 6, p. 12-19, nov./dez. 1995. 53 DAVIDOFF, Linda. Introdução à psicologia. São Paulo: Makron Books, 2001. 54 Op. Cit. 55 Ibidem.
Para a aludida autora, a motivação extrínseca funciona como um
condicionamento, como o proposto pelos teóricos comportamentalistas
representados por Pavlov e Skinner, que gera um processo motivacional mais
superficial. Comenta ainda que utilizar recompensas, tais como prêmios ou
recompensas salariais para motivar pessoas, é adotar a diretriz condicionante
como estratégia dos seus recursos humanos (BERGAMINI56, 1998). Por isso
as recompensas devem ter sempre um caráter motivacional intrínseco.
O fato é que um comportamento pode ser condicionado quando
reforçado. Reforço é qualquer estímulo que aumenta a probabilidade de uma
resposta (FADIMAN; FRAGER 571986).
Skinner (apud FADIMAN; FRAGER, 1986, p.195) afirma que “quando
um dado comportamento é seguido de uma dada consequência, apresenta
maior probabilidade de repetir-se.” Reforços primários são recompensas físicas
diretas e reforços secundários são estímulos neutros que associados a reforços
primários, atuam como recompensas. Um exemplo de reforço secundário é o
dinheiro, que não tem nenhum valor de recompensa em si, mas aprendemos a
associá-lo com vários reforços primários.
Desta feita, como afirmado anteriormente, para Bergamini58 (1998),
somente a motivação intrínseca é compatível com alguns procedimentos
administrativos adotados e valorizados atualmente, como aqueles voltados
para qualidade total. A motivação intrínseca só sofre pressão do interior do
indivíduo, e faz com que as pessoas se envolvam no que estão fazendo.
Para Kohn59 (1995, p. 15), as recompensas e as punições constituem
os dois lados da mesma moeda. A recompensa tem um efeito punitivo, porque,
segundo o autor, tanto quanto a punição declarada é manipuladora: “Faça isto
e você conseguirá aquilo” não é realmente muito diferente de “Faça isto e eis o
que acontecerá a você”. Não receber uma recompensa esperada, é o mesmo
56 Ibidem. 57 FADIMAN, James; FRAGER, Robert. Teorias da personalidade. São Paulo: Harbra, 1986.
1986. 58 Op. Cit. 59 Op. Cit.
que ser punido. Para o autor, “quanto mais a recompensa é desejada, mais
desmoralizadora é sua falta.”
Assim, é preciso que os gestores de RH tenham a ciência de que a
recompensa pela recompensa não motivam as pessoas intrinsecamente, mas
apenas as motivam a conseguir mais recompensa, corroendo a motivação
intrínseca, que poderia resultar em um ótimo desempenho.
Alguns estudiosos elucidam o efeito negativo que as recompensas mal
empregadas têm sobre a motivação intrínseca. Como elucubra Freedman60
(apud KOHN 1995) p. 19), “quanto maior o incentivo oferecido, mais
negativamente será vista a atividade pela qual o bônus foi recebido”. Segundo
Kohn61 (1995, p. 19), a pessoa que recebe a recompensa sem esforço pode
pensar: “se precisam me subornar para fazer isto, é porque deve ser alguma
coisa que eu não gostaria de fazer”.
Finalmente, é preciso entender, como bem argumenta Morin62 (2001),
que é o comprometimento com o trabalho o principal indicador de uma
organização eficaz e o comprometimento só acontece quando o funcionário
acha um sentido para o trabalho através do sentimento de realização obtido na
execução das tarefas através de seus talentos e competências, agregando
valor ao que faz.
2.4 Algumas tendências da remuneração
2.4.1 Benefícios Flexíveis
Este é um modelo de incentivos no qual as pessoas decidem quais são
os benefícios adicionais que desejam incorporar ao salário. Esse modelo
procura atender às necessidades individuais de seus empregados e
60 Ibidem. 61 Op. Cit. 62 MORIN, Estelle. Os sentidos do trabalho. Revista de Administração de Empresas, v. 41, n. 3,
jul./set. 2001.
dependentes. Existem três categorias de benefícios salariais, são elas: legal,
geral e flexível (MARRAS63, 2002).
Os benefícios legais são assegurados pela lei, tais como licença-
maternidade, salário-educação, entre outros. Os benefícios gerais são aqueles
oferecidos a todos os empregados com o objetivo de proporcionar saúde e
bem-estar, como assistência médica, vale-alimentação, previdência privada,
entre outros (MARRAS64, 2002).
Os benefícios flexíveis são aqueles oferecidos para
complementar os benefícios legais e gerais. Nessa categoria o empregado
personaliza seu pacote de benefícios, podendo escolher, inclusive, um plano
de assistência a fatalidades (MARRAS65, 2002).
Um gerente, por exemplo, pode receber uma quantia por mês
para ser usada na complementação do plano de assistência médica ou
odontológica, ou na creche dos filhos (MARRAS66, 2002).
2.4.2 Remuneração Total (Total Rewards)
O presente tipo de remuneração é aplicado em organizações que
oferecem um ambiente de trabalho motivador com programas de qualidade de
vida, treinamento, chefias acessíveis, horários flexíveis e programas de
reconhecimento. Esses benefícios são chamados de ganhos não mensuráveis,
de extrema importância para a retenção de bons profissionais. Este modelo foi
implantado na empresa InSystems, que oferece um programa de remuneração
total designado para atrair, reter e motivar seus colaboradores. A empresa
compreende que as pessoas são motivadas por suas necessidades individuais
63 Op. Cit. 64 Ibidem.
65 Op. Cit. 66 Ibidem.
e circunstanciais, bem como pelo trabalho que elas realizam (INSYSTEMS67,
2003).
2.4.3 Luvas
Este modelo empregado principalmente em ambientes esportivos que
beneficiava jogadores de futebol e presidentes de grandes empresas. Agora as
luvas estão sendo aplicadas em camadas intermediárias, especialmente no
setor financeiro. Entende-se por luvas a importância paga pelo empregador ao
atleta, na forma do que for convencionado, pela assinatura do contrato
(BOUDENS68, 2004).
Observadas tais vertentes, em meio a tantas, que propõem tipos de
recompensas que motivam intrinsicamente os colaboradores, o próximo
capítulo, tratará de expor algumas considerações sobre o PLR (Participação
nos Lucros e Resultados) método que foi escolhido por se encaixar no que
dizem os autores sobre a relação entre motivação e recompensas e benefícios.
67 INSYSTEMS. Total Rewards. Disponível em:
<http://www.insystems.com/Standard.asp?PageID=1659>. Acesso em: 10 mai. 2011. 68 BOUDENS, Emile. Relações de trabalho. Disponível em: <http://www.camara.gov.br>. Acesso
em: 20 mai. 2011.
CAPÍTULO III
PLR - PARTICIPAÇÃO DOS LUCROS E RESULTADOS
Sobre o que foi exposto anteriormente, percebe-se que o método
tradicional de remunerar o trabalho das pessoas correspondia a uma época de
estabilidade, época em que o pagamento era em grande parte determinado
pelo tempo de serviço e pela posição hierárquica.
Ao vincular o pagamento as variáveis de desempenho, como
produtividade individual e lucros da organização, transformam-se despesas de
mão-de-obra em custos variáveis.
Segundo Parnell69 (2000), há cinco razões para vincular o pagamento
ao desempenho profissional: o incremento da satisfação com o trabalho, tendo
em vista que todos os colaboradores participam do processo; o aumento da
produtividade, porque o pagamento é especificado conforme o comportamento
do colaborador; a redução do absenteísmo; a diminuição da rotatividade; e o
aumento da qualidade do trabalho.
Nesse sentido, a PLR apresenta-se como uma metodologia estruturada
que utiliza indicadores para ajudar a estabelecer metas de desempenho.
Segundo Kaplan e Norton70 (1997), essas metas de desempenho têm por
objetivo permitir que a organização aloque e priorize recursos, confirme ou
altere a direção de sua política, e reporte o sucesso ao alcance das metas. A
PLR traduz a visão e a estratégia da organização em um conjunto coerente de
medidas de desempenho.
69 PARNELL, Jean. Administração estratégica: conceitos. Tradução de Celso A. Rinoli e Lenita R.
Esteves. São Paulo: Atlas, 2000. 70 KAPLAN, Robert; NORTON, David. A estratégia em ação: balanced scorecard. 22 ed. Rio de
Janeiro: Elsevier, 1997.
A PLR refere-se ao alcance de metas relacionadas com a
produtividade, qualidade e outros fatores pertinentes à realidade de cada
empresa.
São vários os motivos para a implantação de um programa de PLR,
mas certamente a maior vantagem é a satisfação tanto do empregado quanto
do empregador, pois ambos têm ganhado com a implantação deste programa.
Os programas podem ser centrados nos lucros ou nos resultados e
podem ser calculados de diversas formas, mas, em geral, os modelos
utilizados buscam alavancar os resultados das empresas através do
comprometimento dos funcionários.
De acordo com Krauther71 et. al. (apud BERGER & BERGER, 2005, p. 04),
Nos planos de participação nos lucros, as importâncias pagas pelas empresas aos seus empregados são retiradas do lucro da empresa. Estes planos são baseados em uma medida de retorno ou de lucro, e podem ter vários formatos: a empresa pode pagar uma porcentagem fixa de seus lucros contábeis após impostos; pode dividir uma porcentagem do lucro que exceder uma medida de retorno; pode pagar uma porcentagem do lucro que exceder o lucro orçado.
Sendo assim, o plano de participação nos lucros da empresa trata de
um fator motivacional muito eficiente, levando as pessoas a trabalharem em
equipe uma vez que o beneficio está vinculado ao desempenho individual.
Ainda parafraseando Krauther72 et. al. (2005, p. 05), os planos de
participação nos resultados,
(...) ligam uma parte da remuneração dos empregados à conquista de melhorias de desempenho organizacional ou de equipes. Estes programas são baseados em aumentos sobre desempenho histórico envolvendo uma medida de desempenho e o cálculo de um bônus. Estas medidas de desempenho devem ser baseadas em fatores sob o controle dos empregados.
Diante de tais pressupostos, as organizações começam a mudar a
forma de remuneração aos seus empregados, passando da remuneração fixa
71 KRAUTHER, Elizabete; BASSO, Leonardo Fernando Cruz; KIMURA, Herbert. Estratégias
associadas aos planos de participação nos lucros e resultados para geração de valor para as empresas.
Monografia. Pós Graduação. São Paulo: Mackenzi, 2005. 72 Ibidem.
para a variável. Funcionando também como uma forma de resolver os
problemas de incentivo aos empregados dentro das empresas, fazendo com
que os empregados, a partir de metas de resultados ligados com a empresa,
possam obter adicionais aos seus salários fixos.
Elaborando assim um plano de incentivo ao colaborador que possa
motivar e premiar a superação dos atuais índices de produtividade e de
eficiência, objetivando melhoria do resultado final da empresa, implantando um
programa de participação nos lucros como forma de se atingir este objetivo
sem que os empregados se considere pressionados a melhorar sua
performance, uma decisão de fundamental importância para o sucesso das
metas almejadas, decisão que se não for tomada com critério, pode colocar a
perder toda a magia envolvida na adoção de um plano de participação nos
lucros ou nos resultados como ferramenta de motivação.
Segundo Benhame73 (2007, p. 01):
No mundo empresarial globalizado e competitivo cada vez mais as empresas buscam formas de motivar seus empregados, ao mesmo tempo em que melhoram sua atuação e posição no mercado. Planos de beneficio, premiações, bônus, todas as formas existentes de motivação devem ser implantadas com bastante cuidado para não criar problemas ao invés de soluções.
De outro modo, para Bergamini74 (1990), quando a organização utiliza
somente o método de recompensa “dinheiro” impõem uma conduta errônea em
seus funcionários, pois ele produzirá só no sentido que terá uma recompensa
monetária, sendo uma condição fixa da empresa, que mais tarde se quiserem
mudar esta forma de recompensa, terá diversas dificuldades de transformar a
cultura que já foi engessada dentro da organização. E talvez tenha que
recomeçar do zero com novas pessoas, pois o processo transformação é muito
mais trabalhoso e demorado.
A concepção de remuneração deve ser trabalhada para que
futuramente as pessoas e seus administradores, tenham mais consciência de
73 BENHAME, Maria Lúcia. Sobre a participação nos lucros e resultados. Disponível em:
<http//www.zap.com.br/empregos> Acesso em: 20 mai. 2011. 74 BERGAMINI, Cecília. Motivação: mitos, crenças e mal-entendidos. São Paulo: Pioneira, 1990.
seu papel na organização, no que ela contribui para o país e para si mesma
pelo seu amadurecimento de ideias, ou seja, no seu processo de evolução
humana.
Neste sentido Archer75 (1997, p. 24) salienta que “um motivador nada
mais é do que um motivo – uma necessidade, por definição”.
Consequentemente, o que motiva são as necessidades, anseios e
expectativas do indivíduo em vez de o que é oferecido pelo meio ambiente. A
oferta coloca em ação a pessoa-alvo apenas se ela quiser satisfazer seus
motivos. Ou seja, se seu intelecto decidir pela aceitação.
Assim, o aspecto motivacional do funcionário precisa ser considerado,
o individuo que é pressionado a aceitar metas excessivamente elevadas
podem ficar desmotivados pela impossibilidade de atingi-las e deixar de realizar
melhorias de menor impacto, porém relevantes.
A economista Fernanda Della Rosa76 (2006, p. 01) constatou acerca da
implantação da PLR que:
Quando bem implantada, a PLR pode resultar num acréscimo de motivação adicional que conduz os colaboradores a um maior comprometimento, o que geraria uma melhor produtividade. (...) Em mercados extremamente competitivos onde a qualidade dos produtos e serviços precisa ser cada vez mais aprimorada e desenvolvida, o diferencial humano torna-se fundamental, pois é através do empenho dos colaboradores que se alcançam melhores resultados.
Já para Chiavenato77 (2005) as recompensas visam incentivar as
contribuições das pessoas aos objetivos e a lucratividade da organização,
capaz de provocar impacto direto na sua capacidade de atrair, reter e motivar
os funcionários.
Na ótica de Davis78 (1992, p. 65):
Quando as pessoas entram numa organização, trazem consigo certas forças e necessidades que afetam seu desempenho na
75 ARCHER, Earnest. Mito da motivação. São Paulo: Atlas, 1997. 76 DELLA ROSA, Fernanda. Participação nos Lucros ou Resultados. Disponível em:<
http://www.milenio.com.br/ milenio/empregos/materia7.asp> Acesso em: 20 mai. 2011. 77 CHIAVENATO, Idalberto. Comportamento organizacional: a dinâmica do sucesso das
organizações. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005. 78 DAVIS, Keith. Comportamento humano no trabalho. São Paulo: Pioneira, 1992.
situação de trabalho. Algumas vezes são facilmente perceptíveis, mas frequentemente tais forças e necessidades são difíceis de determinar e satisfazer, além de variarem enormemente de uma pessoa para outra. Torna-se útil então entender como as necessidades criam tensões que estimulam o esforço de desempenho, gerando-se assim a satisfação via recompensas.
Portanto, os administradores devem tomar cuidado com este tipo de
situação para que não haja injustiças que consequentemente gera frustrações
e desmotivação por parte dos funcionários que automaticamente interfere no
crescimento da empresa.
São vários os motivos para a implantação de um PLR, mas certamente
a maior vantagem é a satisfação tanto do empregado quanto do empregador,
pois ambos têm ganhado com a implantação deste programa. Mas para
garantir o sucesso da implantação do PLR ou outra forma de remuneração
variável, é importante conhecer e garantir os fatores de sucesso, tais como a
indicação de metas de desempenho que são fundamentais e devem ser
convergentes com as diretrizes e os objetivos estratégicos do negocio, bem
como a clareza de definição destas metas.
3.1 Salário ou recompensa como fator motivacional
O salário pode ser configurado tão somente como um condicionante
para atendimento das necessidades primarias, no entanto este fato varia dentro
da participação de cada individuo, ou seja, muitos funcionários que vêm no
dinheiro a possibilidade de satisfazerem melhores suas necessidades
extrínsecas, como na obtenção de produtos ou serviços, melhores da vida, etc.
(CHIAVENATO79, 2005).
Para o autor possíveis condições de aumento de salário são tratadas
como sendo um fator motivacional, em outros aspectos há aqueles funcionários
que se encontram em harmonia com o salário que ganham, pois as suas
necessidades relativas e importantes para ele já se encontram satisfeitas e não
79 Op. Cit.
almejam um aumento de salário, mas somente a manutenção do mesmo, estes
funcionários podem ser motivadas mas não em específico referente a salário.
Pode-se dizer que o dinheiro é um fator motivacional intrínseco de cada
individuo onde cada um determina qual a importância de se ganhar mais ou
menos e o quanto isso pactua nas suas fontes de motivação, o quanto a
pessoa está disposta em melhorar suas atividades na propensão de um
possível aumento de salário bem como em uma promoção a outro cargo onde
o salário seja mais alto (DAVIS80, 1992).
Destarte, o salário pago em relação ao cargo ocupado, constitui
somente uma parcela do pacote de compensações que as organizações
costumam oferecer a seus funcionários. A remuneração geralmente é feita por
meio de muitas outras formas além do pagamento em salário.
3.2 Distribuição do lucro aos funcionários
Sendo este sistema um modo pelo qual uma organização distribui
anualmente entre seus funcionários certa proporção de seus lucros, ele se
constitui em uma forma de remuneração variável.
A definição esta sujeita às metas pretendidas pela empresa ao adotar o
programa. Se ele foi entendido como uma obrigação legal, ou uma ferramenta
capaz de diminuir pressões sindicais, a tendência será a implementação de um
modelo baseado nos lucros (GONÇALVES81, 1996).
Entretanto, se a finalidade for aumentar a motivação dos funcionários,
a escolha será por um plano de participação em resultados. Neste caso, a
organização escolhe um ou mais indicadores, que melhor se ajustem aos seus
objetivos estratégicos (GONÇALVES82, 1996).
80 Op. Cit. 81 GONÇALVES, Renato. Participação dos trabalhadores nos lucros ou resultados das empresas.
Rio de Janeiro: BNDES, 1996. 82 Ibidem.
3.3 Como implantar a PLR
Diante da pesquisa bibliográfica, pode-se perceber que para ser bem
sucedida, a implantação da PLR deve seguir uma metodologia que considere
os seguintes aspectos, aqui baseados em Krauther83 et. al. (2005):
• Cada empresa deve ter o seu sistema próprio;
• Enfatizar os resultados e não os lucros;
• Definir metas estratégicas, táticas e operacionais;
• Utilizar indicadores simples, usuais e confiáveis;
• Estabelecer uma periodicidade adequada;
• Proporcionar clareza e simplicidade;
• Ressaltar a objetividade;
• Abrangência do programa, envolver todos os funcionários;
• Diferenciação das recompensas;
• Manter o programa sempre em alta.
Portanto, a empresa sendo um sistema aberto está inserida numa
sucessiva troca com o meio onde se encontra. Ela influencia e é influenciada
por esse meio. Assim, com o empreendedorismo do mercado, a empresa
precisa, constantemente, se adequar a novas conjunturas, agenciando
transformações internas e, sobretudo, no seu comportamento organizacional.
83 Op. Cit.
CONCLUSÃO
Estudar o desempenho individual através das recompensas e
benefícios é procurar entender quais são as razões ou motivos que influenciam
o desempenho das pessoas, sendo estes um propulsor da qualidade exigida. A
Gestão de Pessoas já estava amadurecendo essa idéia, por muito tempo,
concluindo que este era o momento certo para fazer a parceria empresa-
funcionário e assim, iniciar um novo desafio para suas equipes.
A fórmula eficaz é àquela capaz de aguçar o espírito de equipe entre
os empregados e estimular a ajuda mutua entre eles. Além de gerar uma
cobrança por melhor desempenho. Tudo isso com uma mecânica simples e
transparente, para que possa ser facilmente assimilada por todos.
Se a participação e o envolvimento dos funcionários são fundamentais
para o sucesso de uma empresa, independente do mercado e do tamanho,
nada mais justo, então, do que dividir estes bons resultados. Mas não se trata
apenas de uma questão de justiça.
As recompensas e benefícios são importantes estratégias para garantir
a motivação e produtividade. Este é um eficiente caminho para vincular a
produtividade ao resultado.
A questão fundamental na recompensa é como ela deve ser distribuída
entre as pessoas que trabalham para a empresa. Quais devem ser os critérios
da organização para diferenciar, por meio das recompensas oferecidas, as
pessoas com as quais mantêm relações de trabalho. Normalmente, os critérios
utilizados têm como referencia o mercado de trabalho e os padrões internos de
equidade (DUTRA84, 2004).
A organização deve elaborar uma lista de recompensa a ser realizada
durante toda a trajetória profissional, havendo critérios para cada recompensa
84 DUTRA, Joel Souza. Competências: conceitos e instrumentos para a gestão de pessoas na empresa moderna. São Paulo: Atlas, 2004.
a ser efetuada de forma justa e padrão, mantendo a estabilidade motivacional
ao desempenhar suas atividades, atendendo as necessidades e promovendo o
crescimento organizacional, muitas organizações acreditam que pelo fato de
pagarem bons salários aos seus empregados, quer dizer que a mesma os
valoriza.
Talvez a falta de informação ou interesse por parte de algumas
organizações pelo processo de competência para trabalhar o fator de
valorização de pessoas não deixa que as organizações implementem certos
tipos de programas. Sendo assim, as empresas devem procurar estabelecer
um programa que realmente agregue benefícios para todos.
Para garantir o sucesso da implantação de um programa de
remuneração, é importante conhecer e garantir os fatores de sucesso, tais
como a indicação de metas de desempenho que são fundamentais e devem
ser convergentes com as diretrizes e os objetivos estratégicos do negocio, bem
como a clareza da definição destas metas.
Outros pontos importantes a serem considerados são total
comprometimento da liderança, simplicidade e flexibilidade, clareza e
objetividade, alinhamento com as diretrizes estratégicas da organização,
indicadores de desempenhos consistentes e focados na realidade e no
momento especifico da organização, metas desafiadoras e comunicação e
transparência.
Observados tais critérios, certamente as organizações poderão motivar
seus colaboradores através de instigadores intrínsecos, os quais determinarão
o desempenho individual colaborando para um melhor alcance das metas e
objetivos esperados pela empresa e seus administradores.
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
ARCHER, Earnest. Mito da motivação. São Paulo: Atlas, 1997.
BARAÇA, Francisco José Loureiro. Avaliação e qualificação de funções,
benefícios sociais e condições de trabalho. Disponível em: <http://prof.santana-
e-silva.pt>. Acesso em: 20 mai. 2011.
BENHAME, Maria Lúcia. Sobre a participação nos lucros e resultados.
Disponível em: <http//www.zap.com.br/empregos> Acesso em: 20 mai. 2011.
BERGAMINI, Cecília. Motivação nas organizações. São Paulo: Atlas, 1998.
BERGAMINI, _____. Motivação: mitos, crenças e mal-entendidos. São Paulo:
Pioneira, 1990.
BERTOLINO FILHO, Jorge. Tópicos atuais em administração: motivação.
Campinas: Alínea, 1998.
BOUDENS, Emile. Relações de trabalho. Disponível em:
<http://www.camara.gov.br>. Acesso em: 20 mai. 2011.
BOWDITCH, James; BUONO, Anthony. Elementos de comportamento
organizacional. São Paulo: Pioneira, 2002.
CALVO, Adriana Carrera. Aspectos trabalhistas dos programas de
remuneração. Disponível em: <http://www.mundojuridico.adv.br/html/artigos>.
Acesso em: 10 mai. 2011.
CHIAVENATO, Idalberto. Comportamento organizacional: a dinâmica do
sucesso das organizações. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005.
CHIAVENATO, _______. Recursos humanos. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2000.
CHIAVENATO, _______. Introdução à teoria geral da administração. Rio de
Janeiro: Campus, 2000.
CHIAVENATO, _______. Gerenciando pessoas. São Paulo: Makron Books,
1997.
COSTA, Flavio Rodrigues. Psicologia das organizações. Palhoça: UnisulVirtual,
2005.
DAVIDOFF, Linda. Introdução à psicologia. São Paulo: Makron Books, 2001.
DAVIS, Keith. Comportamento humano no trabalho. São Paulo: Pioneira, 1992.
DELLA ROSA, Fernanda. Participação nos lucros ou resultados. Disponível
em:< http://www.milenio.com.br/ milenio/empregos/materia7.asp> Acesso em:
20 mai. 2011.
DRÜGG, Kátia; ORTIZ, Dayse. O desafio da educação: a qualidade total. São
Paulo: Makron Books, 1994.
DUTRA, Joel Souza. Competências: conceitos e instrumentos para a gestão de
pessoas na empresa moderna. São Paulo: Atlas, 2004.
DUTRA, ________. Gestão de pessoas: modelo, processos, tendências e
perspectivas. São Paulo: Atlas, 2002.
DUTRA, ________. Gestão por competências: um modelo avançado para o
gerenciamento de pessoas. São Paulo: Gente, 2002.
FADIMAN, James; FRAGER, Robert. Teorias da personalidade. São Paulo:
Harbra,1986.
GIL, Antônio Carlos. Gestão de pessoas: enfoque nos papéis profissionais. São
Paulo: Atlas, 2001.
GIL, ____________. Como elaborar projetos de pesquisa. 3 ed. São Paulo:
Atlas, 1993.
GONÇALVES, Renato. Participação dos trabalhadores nos lucros ou
resultados das empresas. Rio de Janeiro: BNDES, 1996.
HAAK, Marianne. Programa de qualidade e a motivação para o trabalho.
Revista de Administração. São Paulo, v.35, n.3, p.60-70, julho/setembro, 2000.
HIPÓLITO, José Antônio Monteiro. Administração salarial: a remuneração por
competências como diferencial competitivo. São Paulo: Atlas, 2001.
INSYSTEMS. Total Rewards. Disponível em: <http://www.insystems.com/>.
Acesso em: 10 mai. 2011.
INTERNATIONAL LABOUR ORGANIZATION (ILO). Convenção n. 95.
Disponível em: <http://www.ilo.org/public/portugue/region/ampro/brasilia>.
Acesso em: 10 mai. 2011.
KAPLAN, Robert; NORTON, David. A estratégia em ação: balanced scorecard.
22 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 1997.
KOHN, Alfie. Por que os planos de incentivo não funcionam. Revista de
Administração de Empresas, São Paulo, v. 35, n. 6, p. 12-19, nov./dez. 1995.
KRAUTHER, Elizabete; BASSO, Leonardo Fernando Cruz; KIMURA, Herbert.
Estratégias associadas aos planos de participação nos lucros e resultados para
geração de valor para as empresas. Monografia. Pós Graduação. São Paulo:
Mackenzi, 2005.
MARRAS, Jean Pierre. Administração de recursos humanos: do operacional ao
estratégico. 6 ed. São Paulo: Futura, 2002.
MCCLELLAND, David. Studies in motivation. New York: Appleton-Century-
Crofts, 1955.
MILKOVICH, George; BOUDREAU, John. Administração de recursos humanos.
São Paulo: Atlas, 2000.
MORIN, Estelle. Os sentidos do trabalho. Revista de Administração de
Empresas, v. 41, n. 3, jul./set. 2001.
MUCHINSKY, Paul. Psicologia organizacional. São Paulo: Pioneira, 2004.
PARNELL, Jean. Administração estratégica: conceitos. Tradução de Celso A.
Rinoli e Lenita R. Esteves. São Paulo: Atlas, 2000.
ROBBINS, Stephen Paul. Comportamento organizacional. São Paulo: Printice
Hall, 2002.
SAGLES, Leonard; STRANS, George. Comportamento humano nas
organizações. São Paulo: Atlas, 2005.
SPECTOR, Paul. Psicologia nas organizações. São Paulo: Saraiva, 2003.
VERGARA, Sylvia. Gestão de pessoas. 2 ed. São Paulo: Atlas, 2000.
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO..................................................................................... 02
AGRADECIMENTO..................................................................................... 03
DEDICATÓRIA............................................................................................ 04
RESUMO..................................................................................................... 05
ABSTRACT................................................................................................. 06
LISTRA DE FIGURAS................................................................................. 07
METODOLOGIA.......................................................................................... 08
SUMÁRIO.................................................................................................... 09
INTRODUÇÃO............................................................................................ 11
CAPÍTULO I - PRESSUPOSTOS TEÓRICOS............................................ 13
1.1 As teorias que reformularam a gestão de recursos humanos..................... 13
1.2 As teorias motivacionais.............................................................................. 14
1.2.1 A Teoria De Maslow.................................................................................... 16
1.2.2 Teoria De Dois Fatores De Helzberb.......................................................... 18
1.2.3 Teoria ERC (Existência, Relacionamento e Crescimento).......................... 19
1.2.4 Teoria De McClelland.................................................................................. 21
1.2.5 Teoria Da Fixação De Objetivos.................................................................. 22
1.2.6 Teoria Do Reforço....................................................................................... 23
1.2.7 Teoria Da Equidade..................................................................................... 24
1.2.8 Teoria Da Expectativa................................................................................. 24
CAPÍTULO II - CONSIDERAÇÕES INICIAIS ACERCA DAS RECOMPENSAS E BENEFÍCIOS SOCIAS................................................
26
2.1 As recompensas........................................................................................ 27
2.2 Os benefícios............................................................................................. 29
2.3 Influência das recompensas e dos benefícios no desempenho individual.. 32
2.4 Algumas tendências da remuneração......................................................... 38
2.4.1 Benefícios Flexíveis..................................................................................... 38
2.4.2 Remuneração Total (Total Rewards).......................................................... 39
2.4.3 Luvas........................................................................................................... 40
CAPÍTULO III - PLR - PARTICIPAÇÃO DOS LUCROS E RESULTADOS............................................................................................
41
3.1 Salário ou recompensa como fator motivacional......................................... 45
3.2 Distribuição do lucro aos funcionários......................................................... 46
3.3 Como implantar a PLR................................................................................ 47
CONCLUSÃO.............................................................................................. 48
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA.................................................................. 50
ÍNDICE........................................................................................................ 54