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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM: O PAPEL DA ESCOLA E DA
FAMÍLIA
ROBERTA FERREIRA DA SILVA
RIO DE JANEIRO
2010
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM: O PAPEL DA ESCOLA E DA
FAMÍLIA
Apresentação de trabalho monográfico, como
requisito final para a conclusão do curso de
Pós-graduação “Lato Sensu” em
Psicopedagogia por Roberta Ferreira da Silva.
RIO DE JANEIRO
2010
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AGRADECIMENTOS
À Deus, criador de tudo e de todos. Aos meus pais, Paulo
e Meire e ao meu esposo Robson Wilson que me
apoiaram e me deram força.
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DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho a todas as alunas e professores do
curso de Psicopedagogia.
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RESUMO
Neste trabalho falaremos sobre as dificuldades de aprendizagem
específicas, a discalculia, a dislalia, a dislexia e a disortografia, dificuldades
essas, que a cada dia mais se fazem presente no cotidiano escolar das
crianças de nossa sociedade. Explanaremos ainda sobre as suas causas e
consequências. E como a família e a escola apresentam-se mediante estas
complicações. Pois, sabemos que o ambiente aonde a criança desenvolve-se
tem total influência na evolução das suas habilidades e potencialidades.
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METODOLOGIA
A metodologia utilizada para a realização deste trabalho foram
pesquisas bibliográficas e webgráficas.
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SUMÁRIO
INTODUÇÃO 8
CAPÍTULO I 13
O QUE É DIFICULDADE DE APRENDIZAGEM?
CAPÍTULO II 22
A ESCOLA
CAPÍTULO III 27
A FAMÍLIA
CAPÍTULO IV 31
A INTEGRAÇÃO ESCOLA/FAMÍLIA
CONCLUSÃO 35
ÍNDICE 39
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INTRODUÇÃO
O tema desta monografia é Dificuldades de aprendizagem e foi
delimitado em Dificuldades de aprendizagem e o papel da escola e da família.
A escolha deste tema seu deu a partir de observações em um ambiente
escolar. É notável o grande número de alunos que apresentam dificuldades
pedagógicas e como a escola e a família se portavam diante desta situação. As
crianças com dificuldades de aprendizagem não são crianças incapazes,
apenas apresentam alguma dificuldade para aprender.
São crianças que tem um nível de inteligência bom, não apresentam
problemas de visão ou audição, são emocionalmente bem organizadas e
fracassam na escola.
“Crianças com dificuldades de aprendizagem não são deficientes, não são incapazes e, ao mesmo tempo, demonstram dificuldades para aprender. Incapacidades de aprendizagem não devem ser confundidas com dificuldades de aprendizagem” (BELLEBONI, 2004, p. 11).
As dificuldades de aprendizagem referem-se não a um único distúrbio,
mas a uma ampla gama de problemas que podem afetar qualquer área do
desempenho acadêmico. As dificuldades são definidas como problemas que
interferem no domínio de habilidades escolares básicas, e elas só podem ser
formalmente identificadas até que uma criança comece a ter problemas na
escola. As crianças com dificuldades de aprendizagem são crianças
suficientemente inteligentes, mas enfrentam muitos obstáculos na escola. São
curiosos e querem aprender, mas sua inquietação e incapacidade de prestar
atenção tornam difícil explicar qualquer coisa a eles. Essas crianças têm boas
intenções, no que se refere a deveres e tarefas de casa, mas no meio de um
trabalho esquecem as suas instruções ou os objetivos.
Além da família, a escola é um dos agentes responsáveis pela
integração da criança na sociedade, é um componente capaz de contribuir para
o bom desenvolvimento de uma socialização adequada da criança, através de
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atividades em grupo, de forma que capacite o relacionamento e participação
ativa das mesmas, caracterizando em cada criança o sentimento de sentir-se
um ser social.
Se a criança não se envolve com o grupo ou este não a envolve,
promovendo uma interação, começa haver um baixo nível de participação e
envolvimento nas atividades e consequentemente, acontece o isolamento que
interferirá no desempenho escolar desta criança. O comportamento retraído de
uma criança no ambiente escolar também pode ser interferência do ambiente
familiar.
A escola tem uma tarefa importante no resgate da auto-imagem
distorcida e identidade da criança, por ter uma concepção socialmente
transmissora de educação, valores e de cultura, que transcende as habilidades
educacionais familiares, além da responsabilidade e competência em
desvendar para a criança o significado e o sentido do aprender.
As escolas devem buscar formas de prevenção nas propostas de
trabalho, preparar os professores para entenderem seus alunos, diferenciar um
a um, respeitar o ritmo de aprendizagem dos mesmos. A escola deve ser um
ambiente onde as crianças possam sentir-se bem, amadas e sempre alegres. A
metodologia da escola deve ser adequada, envolvendo seus alunos. E no
momento em que surgir algum problema com algum aluno é importante que
haja uma mobilização por parte da mesma, a fim de sanar a possível
dificuldade. A escola deve esforçar-se para a aprendizagem ser significativa
para o aluno, aproveitando os seus conhecimentos prévios e possibilitando
este aprendizado a partir de vivências. Com isso todos tem a ganhar: a escola,
a família e principalmente a criança. Esta será uma criança mais flexível, mais
motivada, mais interessada, pronta para receber o aprendizado.
A aprendizagem e a construção do conhecimento são processos
naturais e espontâneos do ser humano que desde muito cedo aprende a
mamar, falar, andar, pensar, garantindo assim, a sua sobrevivência humana.
Com aproximadamente três anos, as crianças são capazes de construir as
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primeiras hipóteses e já começam a questionar sobre a existência, sobre o
mundo que a cerca.
A aprendizagem escolar também é considerada um processo natural,
que resulta de uma complexa atividade mental, na qual o pensamento, a
percepção, as emoções, a memória, a motricidade e os conhecimentos prévios
estão envolvidos e onde a criança deva sentir o prazer em aprender.
Segundo Maria Lúcia Weiss, “a aprendizagem normal dá-se de forma
integrada no aluno, no seu pensar, sentir, falar e agir. Quando começam a
aparecer “dissociações de campo” e sabe-se que o sujeito não tem danos
orgânicos, pode-se pensar que estão se instalando dificuldades na
aprendizagem: algo vai mal no pensar, na sua expressão, no agir sobre o
mundo”.
Em poucas são as vezes que as dificuldades de aprendizagem têm
origens apenas cognitivas. Atribuir ao próprio aluno o seu fracasso,
considerando que haja algum comprometimento no seu desenvolvimento
psicomotor, cognitivo, lingüístico ou emocional (conversa muito, é lento, não faz
a lição de casa, não tem assimilação, entre outros.), desestruturação familiar,
sem considerar, as condições de aprendizagem que a escola oferece a este
aluno, os profissionais que a atendem e os outros fatores intra-escolares que
favorecem a não aprendizagem.
As dificuldades de aprendizagem na escola podem ser consideradas
uma das causas que podem conduzir o aluno ao fracasso escolar. Não
podemos desconsiderar que o fracasso do aluno também pode ser entendido
como um fracasso da escola por não saber lidar com a diversidade dos seus
alunos. É preciso que o professor atente para as diferentes formas de ensinar,
pois, há muitas maneiras de aprender. O professor deve ter consciência da
importância de criar vínculos com os seus alunos através das atividades
cotidianas, construindo e reconstruindo sempre novos vínculos, mais fortes e
positivos.
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O aluno, ao perceber que apresenta dificuldades em sua aprendizagem,
muitas vezes começa a apresentar desinteresse, desatenção,
irresponsabilidade, agressividade, entre outras atitudes. A dificuldade acarreta
sofrimentos e nenhum aluno apresenta baixo rendimento por vontade própria,
se investigarmos encontraremos o “Q” da questão.
Durante muitos anos os alunos foram penalizados, responsabilizados
pelo fracasso, sofriam punições e críticas, mas, com o avanço da ciência, hoje
não podemos nos limitar a acreditar, que as dificuldades de aprendizagem, seja
uma questão de vontade do aluno ou do professor é uma questão muito mais
complexa, onde vários fatores podem interferir na vida escolar, tais como os
problemas de relacionamento professor/aluno, as questões de metodologia de
ensino, os conteúdos escolares e outras questões.
Este estudo se justifica por acreditar que os problemas de aprendizagem
interferem significativamente no rendimento escolar ou nas atividades da vida
diária que exigem habilidades de leitura, matemática ou escrita. Por esta razão,
neste trabalho, faremos um breve relato das dificuldades específicas de
aprendizagem, suas causas e consequências. E como a família e a escola são
extremamente importantes para a evolução da criança portadora desta
dificuldade.
Se a dificuldade fosse apenas originada pelo aluno, por danos orgânicos
ou somente da sua inteligência, para solucioná-lo não teríamos a necessidade
de acionarmos a família, e se o problema estivesse apenas relacionado ao
ambiente familiar, não haveria necessidade de recorremos ao aluno
isoladamente.
As primeiras aprendizagens se dão com os pais, estes são os primeiros
ensinantes, com eles aprendem-se as primeiras interações e ao longo do
desenvolvimento, o aperfeiçoa. Estas relações, já estão constituídas na
criança, ao chegar à escola, que influenciará consideravelmente no poder de
produção deste sujeito. É preciso uma dinâmica familiar saudável, uma relação
positiva de cooperação, de alegria e motivação.
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O problema que deu origem a esta pesquisa, foi como a instituição tem
se posicionado frente a esta questão, tornando-se necessário orientar aluno,
família e professor, para que juntos, possam buscar orientações para lidar com
alunos/filhos, que apresentam dificuldades e/ou que fogem ao padrão,
buscando a intervenção de um profissional para o melhor desenvolvimento
deste.
Este estudo tem como objetivo geral perceber o papel da escola e da
família como fator fundamental para o bom desenvolvimento da criança. E
como objetivos específicos reconhecer as dificuldades de aprendizagem
específicas, verificar a contribuição da escola no desenvolvimento da criança e
reconhecer a família como fator relevante para o bom rendimento da mesma.
Nesta introdução apresentamos a pesquisa, no primeiro capítulo
acompanharemos as características, causas e consequências de algumas
dificuldades de aprendizagem que são cada vez mais comuns em nossa
sociedade. No segundo capítulo, iremos acompanhar o papel da escola, o seu
posicionamento e a importância de ter um olhar atento e diferenciado com os
seus alunos. No terceiro capítulo falaremos da família, seus posicionamentos,
suas influências, o seu valor inestimável e como esta pode auxiliar as crianças
com dificuldades de aprendizagem. Já no quarto capítulo, iremos relatar um
pouco desta interação escola X família e como este companheirismo é
fundamental para o bom desenvolvimento da criança.
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CAPÍTULO I
O QUE É DIFICULDADE DE APRENDIZAGEM?
O fato de existirem crianças que não conseguem alcançar sucesso na
aprendizagem escolar tem incomodado muitos estudiosos das diversas áreas
do conhecimento. Muitos deles, segundo Campos (1997), analisando os
problemas de aprendizagem, chegaram a variados termos e definições, os
termos dificuldade ou problema de aprendizagem são os mais utilizados. A
dificuldade de aprendizagem refere-se a alguma desordem na aprendizagem
geral da criança provém de fatores reversíveis e quase sempre não tem causas
orgânicas.
Dificuldade de aprendizagem é um termo que se refere a um grupo de
transtornos que manifesta-se por dificuldades de grande significado na
aquisição e uso da escuta, fala, leitura, escrita, raciocínio ou habilidades
matemáticas, não desenvolvendo as competências necessárias para a sua
faixa etária. Podem surgir junto a essas dificuldades, problemas nas condutas
de auto-regulação, percepção, interação social e outras.
Dificuldade de aprendizagem, por vezes referida como desordem de
aprendizagem ou transtorno de aprendizagem, é um tipo de desordem pela
qual um indivíduo apresenta dificuldades em aprender efetivamente,
assimilando conteúdos com facilidade. A desordem afeta a capacidade do
cérebro em receber e processar informação e pode tornar problemático para
um indivíduo o aprendizado tão rápido quanto o de outro, que não é afetado
por ela.
Dentro das escolas, constantemente, encontra-se casos de crianças
com dificuldades de aprendizagem, as mais comuns são a Dislexia, a Dislalia,
a Disortografia e a Discalculia, conhecida como dificuldades de aprendizagem
específicas (nestas iremos nos aprofundar ao longo da pesquisa).
Um indivíduo com dificuldades de aprendizagem não apresenta
necessariamente baixo ou alto QI. Significa apenas que ele está trabalhando
abaixo da sua capacidade devido a um fator com dificuldade, em áreas como
por exemplo o processamento visual, auditivo ou oral, estas podem ser
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diagnosticadas através de testes específicos de inteligência e outras
avaliações. As dificuldades de aprendizagem normalmente são identificadas na
fase de escolarização, a partir do primeiro ano já se pode diagnosticar essas
dificuldades; por profissionais como psicólogos e psicopedagogos.
Os portadores de dificuldades de aprendizagem apresentam dificuldades
em desempenhar funções ou habilidades específicas. Entretanto, com o apoio
e intervenções adequadas e profissionais especializados, esses mesmos
indivíduos podem ter sucesso escolar e continuar a progredir em carreiras bem
sucedidas, e mesmo de destaque, ao longo de suas vidas.
Vygotsky (1989) afirma que o auxílio prestado à criança em suas
atividades de aprendizagem é válido, pois, aquilo que a criança faz hoje com o
auxílio de um adulto ou de outra criança maior, amanhã estará realizando
sozinha. Desta forma, o autor enfatiza o valor da interação e das relações
sociais no processo de aprendizagem.
É normal que uma criança enfrente problemas em habilidades como
leitura, escrita e lógica matemática no primeiro ano escolar, mas após esse
período, ela deve atingir um nível básico de competência. Se a criança
continua a encontrar dificuldades depois deste período, ela pode estar com
alguma dificuldade específica de aprendizagem. Cabe ao educador
desenvolver um olhar atento a alguns fatos que podem caracterizar a presença
de uma dificuldade de aprendizagem, pois quanto mais cedo tal dificuldade for
verificada, mais fácil e útil será o trabalho de intervenção, alcançando mais
rápido um resultado positivo.
A seguir explanaremos sobre as dificuldades específicas de
aprendizagem, são elas: Discalculia, Dislalia, Dislexia e Disortografia.
1.1 - DISCALCULIA
Em concordância com o site Boas falas, discalculia é a dificuldade para
cálculos e números, de um modo geral os portadores não identificam os sinais
das quatro operações e não sabem usá-los, não entendem enunciados de
problemas, não conseguem quantificar ou fazer comparações, não entendem
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seqüências lógicas e outros. Esse problema é um dos mais sérios, porém ainda
pouco conhecido.
Os problemas na aprendizagem de Matemática que são apontados em
todos os níveis de ensino não são novos: De geração a geração a Matemática
ocupa o posto de disciplina mais difícil e odiada, o que torna difícil sua
assimilação pelos estudantes. Por isso, antes de falar em dificuldades de
aprendizagem em Matemática é necessário verificar se o problema não está no
currículo ou na metodologia utilizada.
Na discalculia, a capacidade matemática para a realização de operações
aritméticas, cálculo e raciocínio matemático, encontra-se inferior à média
esperada para a idade cronológica, capacidade intelectual e nível de
escolaridade do indivíduo.
As dificuldades da capacidade matemática apresentadas pelo indivíduo
trazem prejuízos significativos em tarefas da vida diária que exigem tal
habilidade. Em caso de presença de algum déficit sensorial, as dificuldades
matemáticas excedem aquelas geralmente a este associadas.
Diversas habilidades podem estar prejudicadas na discalculia:
• Linguísticas (compreensão e nomeação de termos, operações ou
conceitos matemáticos, e transposição de problemas escritos em
símbolos matemáticos).
• Perceptuais (reconhecimento de símbolos numéricos ou aritméticos, ou
agrupamento de objetos em conjuntos).
• De atenção (copiar números ou cifras, observar sinais de operação).
• Matemáticas (dar seqüência a etapas matemáticas, contar objetos e
aprender tabuadas de multiplicação).
Dificuldade na leitura, escrita e compreensão de números; em realizar
operações matemáticas, classificar números e colocá-los em seqüência; na
compreensão de conceitos matemáticos; em lidar com dinheiro e em
aprender a ver as horas, etc. Estes também estarão comprometidos.
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Na pré-escola, já é possível notar algum sinal do distúrbio, quando a
criança apresenta dificuldade em responder às relações matemáticas
propostas - como igual e diferente, pequeno e grande. Mas ainda é cedo para
um diagnóstico preciso. É só a partir dos 7 ou 8 anos, com a introdução dos
símbolos específicos da matemática e das operações básicas, que os sintomas
se tornam mais visíveis.
É importante chegar a um diagnóstico rapidamente para iniciar as
intervenções adequadas. O diagnóstico deve ser feito por uma equipe
multidisciplinar - Neurologista, Psicopedagogo, Fonoaudiólogo, Psicólogo -
para um encaminhamento correto. Não devemos ignorar que a participação da
família e da escola é fundamental no reconhecimento dos sinais de
dificuldades.
Porém, devemos ter muita cautela quanto ao diagnóstico da discalculia
ou qualquer dificuldade de aprendizagem. Apesar de o professor dizer que não
faz um diagnóstico da criança, ele estabelece que as dificuldades de
aprendizagem são possíveis transtornos específicos de aprendizagem, tendo
como causas a imaturidade, problemas psicológicos e sociais, justificado assim
o por quê da criança não aprender.
Antes de diagnosticar a discalculia, devem ser eliminadas outras causas
de dificuldades, como o ensino inadequado ou incorreto; os problemas com
visão; audição ou os danos ou doenças neurológicas e doenças psiquiátricas.
O diagnóstico discalculia é sempre apenas uma descrição do atual
estágio de desenvolvimento, aplicável por um período máximo de um ano.
Como a criança desenvolve, as dificuldades que existiam no ano anterior
podem ter minimizado ou quase desaparecem. Se a criança está recebendo
tratamento adequado, a possibilidade de desenvolvimento da capacidade
matemática é grande. No entanto, muitas vezes algumas partes das
dificuldades permanecem de uma forma suave. Por exemplo, as dificuldades
em recordar fatos numéricos. É comum que os estudantes continuem a ter
características destas dificuldades, de uma forma suave, em toda a vida adulta.
A capacidade de concentração, no entanto, geralmente melhora
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consideravelmente, e muitas vezes vem com a compreensão de conceitos
matemáticos e símbolos.
As avaliações são somente válidas por um tempo relativamente curto:
Um ano para crianças e adolescente e menos de dois anos para adultos.
Muitas vezes algumas partes das dificuldades permanecem de uma forma
suave, por exemplo, as dificuldades em recordar fatos numéricos. É habitual
que os estudantes irão continuar a ter características destas dificuldades, de
uma forma suave, em toda a vida adulta. Capacidade de concentração, no
entanto, geralmente melhora consideravelmente, e que muitas vezes vem com
a compreensão de conceitos matemáticos e símbolos.
1.2 – DISLALIA
A dislalia é um distúrbio da fala que se caracteriza pela dificuldade de
articulação de palavras: o portador da dislalia pronuncia determinadas palavras
de maneira errada, omitindo, trocando, transpondo, distorcendo ou
acrescentando fonemas ou sílabas a elas.
Quando se encontra um paciente dislálico, deve-se examinar os órgãos
da fala e da audição a fim de se detectar se a causa da dislalia é orgânica
(mais rara de acontecer, decorrente de má-formação ou alteração dos órgãos
da fala e audição), neurológica ou funcional (quando não se encontra qualquer
alteração física a que possa ser atribuída à dislalia).
A dislalia também pode interferir no aprendizado da escrita tal como
ocorre com a fala. A maioria dos casos de dislalia ocorre na primeira infância,
quando a criança está aprendendo a falar. As principais causas, nestes casos,
decorrem de fatores emocionais, como, por exemplo, ciúme de um irmão mais
novo que nasceu, separação dos pais ou convivência com pessoas que
apresentam esse problema (babás ou responsáveis, por exemplo, que dizem
“pobrema”, “Framengo”, etc.), e a criança acaba assimilando essa deficiência.
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É o transtorno de linguagem mais comum em meninos, e o mais
conhecido e mais fácil de se identificar. Pode apresentar-se entre os 3 e os 5
anos, com alterações na articulação dos fonemas. O diagnóstico de um menino
com dislalia revela-se quando se nota que é incapaz de pronunciar
corretamente os sons vistos como normais segundo sua idade e
desenvolvimento. Uma criança com dislalia pode substituir uma letra por outra,
ou não pronunciar consoantes.
Quando o bebê começa a falar, o fará emitindo os sons mais simples,
como o m ou o p. Não é para menos que o dizer mamãe ou papai não terá que
fazer muito esforço, desde quando receba estimulação. A partir daí, o bebê
começará a pronunciar sons cada vez mais difíceis, o que exigirá mais esforço
dos músculos e órgãos ligados à fala. É muito normal que as primeiras falas do
bebê, entre o 8º e o 18º mês de idade, apresentem erros de pronúncia. O bebê
dirá aua, quando pedir água, ou peta, quando quiser chupeta. Os bebês
simplificarão os sons para que facilitarem a pronúncia. No entanto, à medida
que o bebê adquira mais habilidades na articulação, sua pronúncia será mais
clara. Enquanto esse processo não se realiza, pode-se falar de dislalias.
A dislalia começa quando uma criança menor de 4 anos apresenta erros na
pronúncia, é considerado como normal, uma etapa no desenvolvimento da
linguagem infantil. Nessa etapa, não se aplica tratamentos, já que sua fala está
em fase de maturação. No entanto, se os erros na fala se mantém depois dos 4
anos, deve-se consultar um especialista em audição e linguagem, um
fonoaudiólogo, por exemplo.
Existem alguns tipos de dislalia, orgânicas, audiógenas, ou funcionais.
• Dislalia funcional é a mais frequente e se caracteriza incorretamente o
ponto e modo de articulação do fonema.
• Dislalia orgânica faz com que a criança tenha dificuldades para articular
determinados fonemas por problemas orgânicos. Quando apresentam
alterações nos neurônios cerebrais, ou alguma má formação ou
anomalias nos órgãos da fala.
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• Dislalia audiógena se caracteriza por dificuldades por problemas
auditivos. A criança se sente incapaz de pronunciar corretamente os
fonemas porque não ouvem bem. Em alguns casos, é necessário que
as crianças utilizem próteses.
Uma recomendação fundamental para impedir o desenvolvimento da
dislalia é para que os pais e familiares do dislálico não fiquem achando
engraçadinho quando a criança pronuncia palavras de maneira errada, como
“Tota-Tola”, ao invés de “Coca-Cola”.
1.3 - DISLEXIA
A dislexia é uma das mais comuns deficiências de aprendizado.
Segundo pesquisas realizadas, 20% de todas as crianças sofrem de dislexia –
o que causa com que elas tenham grande dificuldade ao aprender a ler,
escrever e soletrar. Pessoas disléxicas – e que nunca se trataram – lêem com
dificuldade, pois é difícil para elas assimilarem palavras. Disléxicos também
geralmente soletram muito mal. Isto não quer dizer que crianças disléxicas são
menos inteligentes; aliás, muitas delas apresentam um grau de inteligência
normal ou até superior ao da maioria da população.
A dislexia persiste apesar da boa escolaridade. É necessário que pais,
professores e educadores estejam cientes de que um alto número de crianças
sofre de dislexia. Caso contrário, eles confundirão dislexia com preguiça ou má
disciplina. É normal que crianças disléxicas expressem sua frustração por meio
de mau-comportamento dentro e fora da sala de aula. Portanto, pais e
educadores devem saber identificar os sinais que indicam que uma criança é
disléxica - e não preguiçosa pouco inteligente ou mau-comportada.
A dislexia não deve ser motivo de vergonha para crianças que sofrem
dela ou para seus pais. Dislexia não significa falta de inteligência e não é um
indicativo de futuras dificuldades acadêmicas e profissionais. A dislexia,
principalmente quando tratada, não implica em falta de sucesso no futuro.
Alguns exemplos de pessoas disléxicas que obtiveram grande sucesso
profissional são Thomas Edison (inventor), Tom Cruise (ator), Walt Disney
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(fundador dos personagens e estúdios Disney) e Agatha Christie (autora).
Alguns pesquisadores acreditam que pessoas disléxicas têm até uma maior
probabilidade de serem bem sucedidas; acredita-se que a batalha inicial de
disléxicos para aprender de maneira convencional estimula sua criatividade e
desenvolve uma habilidade para lidar melhor com problemas e com o stress.
O ideal seria que toda criança fosse testada para detectar se ela sofre
de dislexia. Porém, o sistema educacional brasileiro é deficiente e há uma falta
de recursos na maioria das escolas do País. Portanto, é importante que pais e
professores fiquem atentos aos sinais de dislexia para que possam ajudar seus
filhos e alunos.
O primeiro sinal de possível dislexia pode ser detectado quando a
criança, apesar de estudar numa boa escola, tem grande dificuldade em
assimilar o que é ensinado pelo professor. Crianças cujo desenvolvimento
educacional é retardatário podem ser bastante inteligentes, mas sofrer de
dislexia. O melhor procedimento a ser adotado é permitir que profissionais
qualificados examinem a criança para averiguar se ela é disléxica. A dislexia
não é o único distúrbio que inibe o aprendizado, mas é o mais comum.
São muitos os sinais que identificam a dislexia. Crianças disléxicas
tendem a confundir letras com grande freqüência. Entretanto, esse indicativo
não é totalmente confiável, pois muitas crianças, inclusive não-disléxicas,
freqüentemente confundem as letras do alfabeto e as escrevem de lado ao
contrário. Na Educação Infantil, crianças disléxicas demonstram dificuldade ao
tentar rimar palavras e reconhecer letras e fonemas. No primeiro ano, elas não
conseguem ler palavras curtas e simples, têm dificuldade em identificar
fonemas e reclamam que ler é muito difícil. Do segundo ao quinto ano, crianças
disléxicas têm dificuldade em soletrar, ler em voz alta e memorizar palavras;
elas também freqüentemente confundem palavras. Esses são apenas alguns
dos muitos sinais que identificam que uma criança sofre de dislexia.
Nunca é tarde demais para ensinar disléxicos a ler e a processar
informações com mais eficiência. Entretanto, diferente da fala – que qualquer
criança acaba adquirindo – a leitura precisa ser ensinada. Utilizando métodos
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adequados de tratamento e com muita atenção e carinho, a dislexia pode ser
derrotada. Crianças disléxicas que receberam tratamento desde cedo
apresentam uma menor dificuldade ao aprender a ler. Isso evita com que a
criança se atrase na escola ou passe a desgostar de estudar.
1.4 – DISORTOGRAFIA
A disortografia é a dificuldade na linguagem escrita e também pode
aparecer como conseqüência da dislexia. Suas principais características são:
troca de grafemas, desmotivação para escrever, aglutinação ou separação
indevida das palavras, falta de percepção e compreensão dos sinais de
pontuação e acentuação. Ela pode ser definida como o conjunto de erros da
escrita que afetam a palavra, mas não o seu traçado ou grafia. A disortografia é
a incapacidade de estruturar gramaticalmente a linguagem, podendo
manifestar-se no desconhecimento ou negligência das regras gramaticais,
confusão nos artículos e pequenas palavras, e em formas mais banais na troca
de plurais, falta de acentos ou erros de ortografia em palavras correntes ou na
correspondência incorreta entre o som e o símbolo escrito, (omissões, adições,
substituições, etc.).
O método de ensino não adequado, (utiliza frequentemente o ditado, não
se ajusta as necessidades diferenciais e individuais dos alunos, não
respeitando o ritmo de aprendizagem do sujeito). Professores devem estimular
a memória visual através de quadros com letras do alfabeto, números, famílias
silábicas. Não exigir que a criança escreva vinte vezes a palavra, pois isso de
nada irá adiantar. Não reprimir a criança e sim auxiliá-la positivamente.
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CAPÍTULO II
A ESCOLA
“Toda a arte de ensinar é apenas a arte de acordar a curiosidade natural nas mentes jovens, com o propósito de serem mais tarde”.
Anatole France
É papel da escola formar cidadãos, dar ao alunos os ensinamentos de
que eles necessitam para viver e trabalhar neste mundo de evolução, bem
como orientá-los para a vida. Isso só acontece, se a escola definir como meta,
o trabalho crítico com os conteúdos a ser estudados pelos educandos. Através
de um trabalho crítico e da busca pelo exercício da cidadania, a escola deve
mostrar às novas gerações a importância de cada indivíduo e seu papel na
sociedade, enquanto cidadãos conscientes de seus direitos e deveres. É
preciso que a escola compreenda que também é seu papel, dar ao aluno
condições para se inserir no meio social. É preciso atentar para a evolução do
mundo e orientar o estudante para a vida.
O professor, por sua vez, deve considerar no exercício de sua função o
aluno como sujeito de múltiplas relações, que por estar em processo de
formação, deve ser considerado em sua totalidade. Assim, deve assegurar ao
educando uma formação crítica, capaz de levá-lo a refletir sobre temáticas
cotidianas e interferir positivamente em seu meio e, sobretudo, em sua vida
para transformá-la. As informações nos chegam, hoje, rapidamente e o que
antes demorava uma década para mudar, nos dias atuais ocorre da noite para
o dia.
Dessa forma e diante da quantidade de informações e da facilidade de
acesso a estas, deve o professor, conduzir o aluno de forma que possa o
aprendizado ser mútuo e repleto de paixão. O professor deve “traduzir” os
ensinamentos de forma que o aluno se sinta dentro de uma inesquecível
“viagem” e dessa forma possa assegurar a produtividade do ensinamento,
sempre utilizando-se da criticidade no ensino e aprendizagem dos conteúdos
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“Os conteúdos escolares são necessários, mas para que possam promover a aprendizagem, o professor precisa saber distinguir por quais meios esses conteúdos são acessíveis às crianças. Tudo depende da etapa de desenvolvimento. Sem conhecer as características que definem tais etapas, torna-se mais difícil ensinar a criança de modo que ela aprenda”. (SEBER,1995, p. 231).
Os docentes devem se preocupar, também, com a arte do ensinar
(didática). Não basta ser um bom pesquisador, necessário se faz que seja,
também, um bom transmissor de conhecimentos e formador de opinião.
Porém, os problemas de aprendizagem aparecem constantemente na
escola e se manifestam de diferentes formas dentro da mesma, sintomas
divergentes se apresentam para revelar que algo não vai bem. Cada criança é
única na sua forma de ser, de aprender, bem como de não aprender. Muitos
professores questionam porque alguns alunos aprendem e outros não, se a
forma de ensinar é a mesma.
Mas, certamente não são os meus vínculos estabelecidos entre
professor e todos os alunos, porque cada criança tem um temperamento,
comportamento, família, valores e cultura diferente. Alunos que conversam
muito se desconcentram e não participam são chamados à atenção, e quase
sempre são carregados de broncas e ameaças, destruindo a auto-estima da
criança. E um vínculo é fundamental para a boa aprendizagem.
Mas não é somente o aluno que sai prejudicado nesta relação
conturbada, o professor também apresenta sintomas que interferem no seu
equilíbrio.
“De acordo com pesquisas do Instituo Academia de Inteligência, no Brasil, 92% dos professores estão com três ou mais sintomas de estresse e 41% com dez ou mais. É um número altíssimo, indicando que quase metade dos professores não deveria estar em sala de aula, mas internados em uma clinica antiestresse”. (CURY, 2003,p.62)
24
Refletir sobre sintomas apresentados pelos professores e pelo aluno é
uma grande oportunidade para repensar a prática pedagógica. Situações de
desgaste experimentadas pelo professor, chamando a atenção do aluno a todo
momento, podem evidenciar um conjuntos de fatores inadequados, que
poderão ser consequência de erros na prática pedagógica, tais com: má
organização do espaço em sala de aula, má distribuição do tempo, para a
realização das atividades e das avaliações incoerentes. Não deixando de
considerar que muitas vezes o estresse docente que advém de longas jornadas
de trabalho, desgaste com a coordenação e com alunos, condições
inapropiadas (falta de material, utilização ainda do giz, agravando problemas
de voz).
“Professores em escolas desestruturadas, sem apoio material e pedagógico, desqualificados pela sociedade, pelas famílias, pelos alunos não podem ocupar bem o lugar de quem ensina tornando o conhecimento desejável pelo aluno. É preciso que o professor competente e valorizado encontre o prazer de ensinar para que possibilite o nascimento do prazer de aprender. A má qualidade do ensino provoca um desestímulo na busca do conhecimento”. (WEISS, 2003, p.18).
Não é só o comportamento agitado da criança que influencia nesta
escalada negativa . O aluno quieto demais, calado, pode estar entre aqueles
que não aprendem bem. Por serem tímidos, nuncam se manifestam,
permanecendo com dúvidas, tendo como consequência o baixo rendimento
escolar. Muitas vezes a escola não abre espaço para estes alunos, e a timidez
os impede de se posicionarem. Ao invés de serem estimulados com recursos
diversos, o olhar do professor, normalmente, atenta-se apenas para os alunos
extrovertidos e desenibidos.
Todos os alunos são capazes de aprender, é claro, de forma diferente e
com um olhar diferenciado, desta forma , o professor poderá descobrir o que
cada um tem de especial, ajudando-os a desenvolver novas competências e
habilidades.
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“O não-aprendiz não requer tratamento Psicopedagógico, na maioria dos casos. A intervenção do Psicopedagogo dirigir-se-à fundamentalmente a sanar a instituição educativa”. (FERNÁNDEZ,1991,p.82).
Crianças gostam de pensar e quando lhe são fornecidos meios para
estimular seu raciocínio, surgem oportunidades para desenvolver o seu
potencial. Quando o professor traz os termos acadêmicos já prontos, sem
antes estimular seu raciocínio de seus alunos, está interferindo em uma
elaboração do pensamento da criança. Se ao contrário, o professor começar a
aula com um diálogo, sondando o que sabem sobre determinado assunto,
sobre o que tal coisa quer dizer, ou como algo funciona. O professor terá a
oportunidae de saber o que os alunos conhecem e depois da aula verificar o
que os mesmos aprenderam, podendo identificar o modelo de aprendizagem
do aluno, bem como onde está a falha, se em sua metodologia ou na forma da
criança aprender.
Alguns professores costumam atribuir problemas de aprendizagem a
conflitos familiares, quando o aluno possui uma mãe acoólatra ou depressiva,
ou um pai agressivo, por exemplo. São problemas que de fato, contribuem
muito para desencadear a dispersão, a falta de concentração, a baixa auto-
estima e o desinteresse pela aprendizagem.
Quando surgem dificuldades de aprendizagem, raramente, em um
primeiro momento a escola assume algum tipo de responsabilidade. Em geral,
não considera a posibilidade de uma inadequação no currículo, no sistema de
avaliação, na metodologia, falha no vínculo entre professor/aluno ou uma falha
na comunicação entre os membros da escola.
Além da compreensão do respeito ao ritmo da criança e da
paciência, a metodologia aplicada em sala de aula deve ser criativa, porque
crianças com problemas em casa realmente propensas a se desconcentrarem
mais, bem como uma criança com défict de atenção, porém uma aula dinâmica
já é um grande passo para conseguir segurar a atençao destas crianças.
26
A escola enquanto instituição detentora do saber precisa compreender
sua importância na formação de um sujeito que atua em uma sociedade e deve
contribuir positivamente para que esse saber seja trabalhado de forma
democrática, independentemente de qual grupo social ele pertença.
Outro olhar que prejudica o aluno é a grande quantidade de alunos em
sala de aula. Isto impede que o professor dirija um olhar mais atento aos
alunos, ou alguns em particular, que precisam de maiores cuidados. Este olhar
é de fundamental importância, tanto quanto a escuta, até mesmo para perceber
que o emocional da criança pode estar bem. Como diz Fernadéz (1991),
“escutar não é sinônimo de ficar em silêncio, como olhar não é ter olhos
abertos. Escutar, receber, aceitar, abrir-se, permitir, empregnar-se”
O conhecimento é quem assegura, ao indivíduo, o respeito a sua
maneira de pensar e agir, ser. No momento, o que é considerado de maior
importância na elevação social, no atual momento de grandes e significativas
mudanças globais. Não um conhecimento compartilhado, mas um saber amplo,
duradouro, crítico e emancipatório. E isso só é possível, se a escola abrir as
portas para uma educação cidadã, que respeite as experiências vividas por
seus alunos.
É preciso repensar o papel da escola e do professor na construção do
saber crítico do aluno. Somente através de uma educação que valorize o saber
crítico é que teremos mais cidadãos preparados para a vida, para enfrentar os
desafios que são impostos cotidianamente por uma sociedade globalizada e
excludente.
Escolas e professores, não podem “fechar os olhos” para a exclusão
social que tanto tem contribuído para as mazelas sociais. O papel de ambos,
escola e professor, pode contribuir significativamente para que tenhamos uma
sociedade mais justa, um mundo mais humano e uma vida mais feliz. Claro, em
parceria com a família.
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CAPÍTULO III
FAMÍLIA
O aprendizado não é adquirido somente na escola, é construído pela
criança em contato com o social, junto com sua família e no mundo que o
cerca. A família é o primeiro vínculo com a criança e é responsável por grande
parte de sua educação, e de sua aprendizagem, e por meio desta
aprendizagem ela é inserida no mundo cultural, simbólico e começa a construir
seus saberes. Na realidade atual, o que temos observado é que as famílias
estão meio perdidas, não sabendo lidar com situações novas: pais que
trabalham o dia todo fora de casa, pais que brigam o tempo todo,
desempregados, usando drogas, pais analfabetos, separados e mães solteiras.
Essas famílias acabam transferindo para a criança, e esta entra num processo
de dificuldade, e acabam depositando toda a responsabilidade para a escola,
sendo que, em decorrência disso, presenciamos gerações cada vez mais
dependentes, e a escola tendo que desviar de suas devidas funções para
poder suprir outras necessidades. Cabe ai, ao profissional intervir junto à
família das crianças que apresentam dificuldades de aprendizagem, por meio
de uma entrevista e de uma anammese com essa família, para tomar
conhecimento de informações sobre sua vida orgânica, cognitiva, social e
emocional.
É preciso observar que esta atitude investigadora, de fato, prossegue
durante todo o trabalho, na própria intervenção, com o objetivo de observação
ou acompanhamento da evolução do sujeito. Às vezes, quando o fracasso
escolar não está associado às desordens neurológicas, a família tem grande
participação nesse fracasso. Percebe-se nos problemas, lentidão de raciocínio,
falta de atenção, e desinteresse. Esses aspectos precisam ser trabalhados
para se obter melhor rendimento intelectual.
A família desempenha um papel importante na condução e evolução do
problema acima mencionado, muitas vezes não quer enxergar essa criança
com dificuldades que muitas vezes está pedindo socorro, pedindo um abraço,
um carinho, para chamar a atenção para o seu pedido, a sua carência. Esse
vínculo afetivo é muito importante para o desenvolvimento da criança.
28
Sabemos que uma criança só aprende se tem o desejo de aprender, e para
isso é importante que os pais contribuam nesse processo.
É cobrado da criança que esta seja bem sucedida. Porém quando este
desejo não si realiza, surge a frustração e a raiva que acabam colocando a
criança num estado de menos valia, e proporcionando as dificuldades de
aprendizagem.
O desenvolvimento do ser humano ocorre simultaneamente nos níveis
emocional, físico, de pensamento e de linguagem e, para que ele aconteça,
participam fatores da própria criança, como a maturidade neurológica, por
exemplo, e fatores ambientais, presentes nas relações estabelecidas com o
espaço físico e com as pessoas com as quais a criança convive.
A família tem papel fundamental nesse desenvolvimento, fornecendo os
primeiros relacionamentos da vida do bebê, onde ocorrem as primeiras trocas
de sensações, emoções e linguagem, desde os primeiros momentos de vida.
A mãe ou a pessoa que assume os cuidados com o bebê acaba
entrando em uma “sintonia fina” de comunicação que lhe permite um grau de
compreensão da linguagem da criança, a ponto de perceber, através das
diferentes inflexões do choro, se o bebê está com fome, ou sono, por exemplo.
Nessa relação, a criança, por sua vez, também vai interpretando a
comunicação da mãe, comparando-a com a sua própria e evoluindo
lingüisticamente até que emita as primeiras palavras com significado.
É importante perceber que o pai, a partir de um determinado momento
passa também a fazer parte desse relacionamento, que inicialmente é feito
mais com a figura materna, e que sua participação é primordial no processo.
A linguagem é uma das aprendizagens infantis, entendendo-se o conceito de
aprendizagem como um processo de contínua adaptação ao meio. Esse
processo é construído pela criança durante o seu desenvolvimento e está, no
início da vida, basicamente relacionado ao ambiente familiar.
O bebê, inicialmente possui reflexos que lhe garantem a sobrevivência,
como, por exemplo, o reflexo de sucção que possibilita sua alimentação .
29
Depois, ele inicia a aprendizagem, passando de reflexos para comportamentos
aprendidos, como, por exemplo, sugar objetos pelo prazer da sensação que
produzem. A evolução acontece a partir dos reflexos, que transformam-se em
comportamentos aprendidos que, posteriormente, chegam ao nível da
representação mental, ou seja, da capacidade de pensar sobre as pessoas,
objetos e situações na ausência física deles. A representação mental inicia-se
mais tarde, aproximadamente aos dois anos de idade.
Durante os seus primeiros anos, a criança aprende habilidades que
serão importantes por toda a vida, tais como andar, comunicar-se através da
fala, controlar esfíncteres (não necessitar mais de fraldas) e comer utilizando
as próprias mãos, dentre outras.
Nas situações em que ocorrem essas aprendizagens, nas quais a
criança encontra-se geralmente no ambiente familiar, são desenvolvidas
também formas de aprender que influenciarão a aprendizagem futura,
influenciando-a até a vida adulta.
Quando esse processo ocorre de forma adequada, a aprendizagem
acontece de forma equilibrada, contudo, há situações familiares que não
favorecem esse desenvolvimento. Em uma família onde, por exemplo, não são
dados à criança o amor, a atenção, o tempo e as condições necessárias para
que ela brinque, explore os objetos e situações, experimente sensações e
aprenda com elas, pode ocorrer o desenvolvimento de um tipo de
aprendizagem superficial, que pode levar a dificuldades de aprendizagem
escolar ou alterações de linguagem.
Como podemos perceber que os membros da família, em especial as
figuras materna e paterna, são muito importantes e o ideal é que sempre se
tenha em mente a promoção do contato com a criança, levando em conta as
mudanças atuais na sociedade e as exigências econômicas, que fazem com
que cada vez menos se tenha tempo para o contato familiar.
Em casos de dificuldades de aprendizagem, é sempre importante
procurar ajuda profissional, para que se possa, além de trabalhar com a criança
30
no sentido de favorecer sua aprendizagem, compreender também os aspectos
familiares envolvidos e orientar os pais para que possam estimular o
desenvolvimento do filho de forma adequada.
É importante saber que, ainda que os pais disponham de pouco tempo
para estar com os filhos no dia-a-dia, vale mais um contato de dez minutos
diariamente com qualidade do que passar um dia inteiro com a criança ao final
de um mês como forma de recuperar o tempo perdido.
Os relacionamentos entre pais e filhos devem ser verdadeiros e ocorrer
de forma prazerosa para todos, pois não basta estar em um mesmo espaço
físico, é necessário que haja uma interação, na qual exista comunicação de
sentimentos e idéias para que se possa estimular a aprendizagem.
É preciso também que a família respeite a criança, no seu estágio de
desenvolvimento, em relação a seus sentimentos, sem, contudo, deixar de
transmitir valores ou de colocar a ela os limites necessários, o que é
fundamental para que ela aprenda não só conteúdos escolares, mas que possa
conviver em sociedade. Adaptando-se com sucesso, realizando
transformações e, principalmente, sendo mais feliz.
Quantas vezes a escola observa alguns comportamentos, sinaliza a
família que algo não vai bem, que é necessário procurar um especialista para
uma avaliação, e a não família nada faz. Muitos ainda se chateiam, chegando
a retirar a criança da escola. A criança vai para outra instituição de ensino, mas
lá acontece a mesma coisa, o que leva, muitas vezes, a uma nova recolocação
da criança, perpetuando-se a situação. O resultado disso é um agravamento
tanto do emocional quanto da aprendizagem escolar, pois, quando a criança
começa a criar vínculos, ela é retirada da escola, sendo obrigada a iniciar um
novo processo de adaptação.
A família deve fazer todo esforço para que a criança consiga superar
suas dificuldades, apresentando elevação em sua auto-estima, refletindo esta
melhora em seu aprendizado alcançando um bom rendimento escolar.
31
CAPÍTULO IV
A IMPORTÂNCIA DA INTEGRAÇÃO ESCOLA / FAMÍLIA
Atualmente, vive-se numa época em que a desintegração dos valores
são os maiores obstáculos para o ser humano. Valores como ética e cidadania
estão sendo banidos e deixados muitas vezes de fora da formação dos
indivíduos. Nesse sentido, instituições sociais como a família e a escola não
podem deixar que isso continue a acontecer sem fazer nada para mudar a
situação. Assim, é preciso uma integração dessas duas instituições com
objetivos em comum e com pessoal responsável e metodologias adequadas
para se tentar resgatar esses valores tão importantes na formação do caráter
dos educandos.
A parceria entre escola X família é de suma importância para o pleno
desenvolvimento infantil e a função do professor como mediador e condutor de
práticas educativas que possam gerar o pleno desenvolvimento do aluno.
Assim sendo, o objetivo principal da educação hoje é favorecer uma
participação que gere compromisso da família com a aprendizagem e o
sucesso escolar do seu aluno e compromisso da escola com a inserção
curricular do ambiente cultural da família e da comunidade. Essa parceria
assegurará, em última instância, o pleno cumprimento da função social da
escola.
Inicialmente, pode-se afirmar que nos dias atuais a escola não pode
viver sem a família, e a família não pode viver sem a escola, pois, é através da
interação desse trabalho em conjunto, que tem como objetivo o
desenvolvimento do bem-estar e da aprendizagem do educando, os quais
contribuirão na formação integral do mesmo.
Pensar em educação de qualidade hoje, é preciso ter em mente que a
família esteja presente na vida escolar de todos os alunos em todos os
sentidos, ou seja, é preciso uma interação entre escola e família. Nesse
sentido, escola e família possuem uma grande tarefa, pois nelas é que se
formam os primeiros grupos sociais de uma criança.
32
Envolver os familiares na elaboração da proposta pedagógica pode ser a
meta da escola que pretende ter um equilíbrio no que diz respeito à disciplina
de seus educandos.
No entanto, apesar das diferentes metodologias hoje utilizadas, os
aspectos comportamentais não têm melhorado, ao contrário, em sala de aula, a
indisciplina e a falta de respeito só têm aumentado, os problemas continuam,
ou melhor, se agravam cada vez mais, pois além do conhecimento em si estar
sendo comprometido para ensinar o mínimo, está sendo necessário, antes de
tudo, disciplinar, impor limites e, principalmente, dizer não.
A questão que se impõem é: até quando a escola sozinha conseguirá
levar adiante essa tarefa? Ou melhor, até quando a escola vai continuar
assumindo isoladamente a responsabilidade de educar? Compreendemos com
Lançam (1980 apud BOCK, 1989, p.143) que (...) a importância da primeira
educação é tão grande na formação da pessoa que podemos compará-la ao
alicerce da construção de uma casa. Depois, ao longo da sua vida, virão novas
experiências que continuarão a construir a casa/indivíduo, relativizando o poder
da família.
São questões que merecem, por parte de todos os envolvidos, uma
reflexão, não só mais profunda, mas também mais crítica. Portanto, também
não se pode continuar ignorando a importância fundamental da família na
formação e educação de crianças.
Entretanto, é preciso analisar a sociedade moderna, observando-se que
uma das mudanças mais significativas é a forma como a família atualmente se
encontra estruturada. Aquela família tradicional, constituída de pai, mãe e filhos
tornou-se uma raridade. Atualmente, existem famílias dentro de famílias. Com
as separações e os novos casamentos, aquele núcleo familiar mais tradicional
tem dado lugar a diferentes famílias. Além disso, essa mesma sociedade tem
exigido, por diferentes motivos, que pais e mães assumam posições cada vez
mais competitivas no mercado de trabalho. Então, enquanto que, antigamente,
as funções exercidas dentro da família eram bem definidas, hoje pai e mãe,
além de assumirem diferentes papéis, conforme as circunstâncias saem todos
os dias para suas atividades profissionais e vendo seus filhos somente à noite.
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Toda essa situação acaba gerando uma série de sentimentos
conflitantes. Assim, é preciso que a instituição escolar esteja preparada para
enfrentar esses desafios que o mundo exterior está cada vez mais
proporcionando ao contexto familiar e à escola.
Essa constatação leva-se a refletir sobre as dimensões da inter-relação
escola-família no âmbito da comunidade e se intenta verificar a possibilidade
de operacionalizar uma orientação que possa refletir a viabilização de uma
inter-relação mais efetiva.
Geralmente a iniciação das pessoas na cultura, nos valores e nas
normas da sociedade começam na família. Para que o desenvolvimento da
personalidade das crianças seja harmonioso é necessário que seu ambiente
familiar traduza uma atmosfera de crescente progressão educativa. Todavia,
nota-se que todas as instituições e especialmente a escola deve não só apoiar
e respeitar os esforços dos pais e responsáveis pelos cuidados, atenção e
educação das crianças, e que devem também colocar-se em posição efetiva de
gerar iniciativas dirigidas à elevação e aprimoramento social e educacional de
seus educandos e respectivas famílias.
escola por sua maior aproximação às famílias constitui-se em instituição
social importante na busca de mecanismos que favoreça um trabalho avançado
em favor de uma atuação que mobilize os integrantes tanto da escola, quanto
da família, em direção a uma maior capacidade de dar respostas aos desafios
que impõe a essa sociedade. Como diz Paro (1997, p.30)
"a escola deve utilizar todas as oportunidades de contato com os pais, para
passar informações relevantes sobre seus objetivos, recursos, problemas e
também sobre as questões pedagógicas. Só assim, a família irá se sentir
comprometida com a melhoria da qualidade escolar e com o desenvolvimento
de seu filho como ser humano."
Quando se fala em vida escolar e sociedade, não há como não citar o mestre
Paulo Freire (1999 p. 18), quando diz que
" a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a
sociedade muda. Se opção é progressista, se não se está a favor da vida e não
da morte, da eqüidade e não da injustiça, do direito e não do arbítrio, da
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convivência com o diferente e não de sua negação, não se tem outro caminho
se não viver a opção que se escolheu. Encarná-la, diminuindo, assim, a
distância entre o que se diz e o que se faz".
Essa visão, certamente, contribui para que se tenha uma maior clareza
do que se pode fazer no enfrentamento das questões sócio-educativas no
conjunto do movimento social. As ações de caráter pedagógico que as escolas
podem dirigir para favorecer às famílias devem fazer parte de seu projeto e
para que isso possa acontecer é fundamental que as ações em favor da família
sejam desenvolvidas e presididas pelos princípios da convergência e da
complementaridade.
A escola tem necessidade de encontrar formas variadas de
mobilizações e de organização dos alunos, dos pais e da comunidade,
integrando os diversos espaços educacionais que existem na sociedade. No
Parágrafo único do Capítulo IV do Estatuto da Criança e do Adolescente
(BRASIL, 1990), encontramos que "é direito dos pais ou responsáveis ter
ciência do processo pedagógico, bem como participar da definição das
propostas educacionais", ou seja, trazer as famílias para o convívio escolar já
está prescrito no Estatuto da Criança e do Adolescente o que esta faltando é
concretizá-lo, é pôr a Lei em prática. Família e escola são pontos de apoio ao
ser humano; são sinais de referência existencial. Quanto melhor for a parceria
entre ambas, mais significativos serão os resultados na formação do educando.
A participação dos pais na educação formal dos filhos deve ser constante e
consciente. Vida familiar e vida escolar são simultâneas e complementares.
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CONCLUSÃO
Diante da pesquisa realizada, observa-se que a educação, sendo uma
prática social, não pode restringir-se a ser puramente teórica, sem
compromisso com a realidade local e com o mundo em que sua clientela está
inserida. A orientação ao educando precisa estar voltada para estratégias que
irão possibilitar a cada um deles a assumir efetivamente os valores humanos
com consciência e responsabilidade para que seja agente de transformação na
realidade em que está inserido.
Desse modo, nota-se que a instituição escolar com toda a sua equipe
possui uma grande tarefa: A de não deixar que o ambiente escolar seja
meramente espectador dos problemas. Nesse sentido, conclui-se que uma
escola de qualidade deve ser o objetivo de qualquer profissional comprometido,
portanto este deve perseguir os objetivos propostos, refletindo em uma
efetividade social e, para tanto, a escola deve ter claro o que quer, estruturar e
programar o melhor possível para seus alunos, captando ao máximo os
recursos que dispõe (físicos, humanos e financeiros), unindo a energia de
todos os envolvidos para ser cumpridora de seus objetivos éticos e sociais.
A família tem um importante papel no desenvolvimento do sujeito,
pricipalmente no que diz respeito à afetividade, condição necessária ao
crescimento integral da criança. A família que oferece um ambiente livre de
críticas, ameaças exigências estará proporcionando um bom equilíbrio à
criança. Se pensarmos em crianças com problema de aprendizagem como
aquelas que são influênciadas negativamente, por algum fator externo,
chegaremos a conclusão que alguma situação contribui para um prejuizo neste
sentido
A escola tem um importante papel , devendo proporcionar um ambiente
que trabalhe a auto-estima, o respeito pelas diferenças, a auto-confiança, a
aceitação do erro como condição normal à aprendizagem. Estimular a
curiosidade, ouvir as crianças naquilo que elas desejam saber , trazendo
sentido à aprendizagem. É importante que não só os professores, mas
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também os demais funcionários da escola se coloquem com seres passíveis de
erro, sabendo reconhecê-los, visando o desenvolvimento integral do aluno.
A escola precisa ser inclusiva no que diz respeito a crianças com
dificuldades de aprendizagem, que muitas vezes são rotuládas de preguiçosas
e destraídas, quando na realidade , são vitímas de situações que não
dependeram delas.
“Ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo, os
homens se educam entre si, mediatizados pelo mundo”. Freire
(1999, p. 68)
37
BIBLIOGRAFIA
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FERNANDEZ, A. A inteligência aprisionada: Abordagem psicopedagógica clínica da criança e sua família. Porto Alegre: Artes Médicas, 1990. FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1999.
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http://www.alobebe.com.br
http://www.mp.go.gov.br/ancb/documentos/Educacao/Textos_diversos
http://www.educador.brasilescola.com
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ÍNDICE INTRODUÇÃO 9 CAPÍTULO I O QUE É DIFICULDADE DE APRENDIZAGEM? 13 1.1-Discalculia 14
1.2-Dislalia 17
1.3- Dislexia 19
1.4- Disortografia 21
CAPÍTULO II
A ESCOLA 22
CAPÍTULO III
A FAMÍLIA 27
CAPÍTULO IV
A INTEGRAÇÃO ESCOLA/FAMÍLIA 31
CONCLUSÃO 35