Univali - Elaboração de trabalhos acadêmicos-científicos

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    CadernosUniversidade do Vale do Itaja

    Pr-Reitoria de Ensino

    Cadernos

    de E

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    Ensi

    no

    Universidade do Vale do Itaja

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    Pedagogico

    ProjetoCssia Ferri

    Regina Clia Linhares HostinsCoordenao

    Elisabeth Juchem Machado LealSimone Ghis i FeuerschtteE laboraoJosiane da Silva DelvanLuciano Dalla GiacomassaColaborao

    Hildo Rocha NetoNilton Crdova

    FotografiaJos Roberto Azevedo Jnior

    CapaCamila Morgana Loureno

    Projeto Grfico

    Charlles Giovany FaquetiFbio Zella de Souza

    Jos Roberto Azevedo JniorEditorao E letrnica

    Exemplares: 1500

    Ficha catalogrfica elaborada pela Biblioteca Central Comunitria - UNIVALI

    FICHA CATALOGRFICA

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    Universidade do Vale do ItajaPr-Reitoria de Ensino

    ELABORAO DE TRABALHOS

    ACADMICO-CIENTFICOS

    Cadernos

    deEn

    sino

    ITAJA (SC

    Julho/2006

    Ano 2 - n 4

    Universidade do Vale do Itaja

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    Em julho de 2006 o texto deste documento (pginas 56, 58, 81, 87,89, 90, 91 e 92) foi atualizado para incorporao das alteraesreferentes apresentao de trabalhos acadmicos contidas nasegunda edio da NBR 14.724, de dezembro de 2005.

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    SUMRIO

    APRESENTAO .............................................................................................. 09

    PARTE I - Elaborao de trabalhos acadmico-cientficos .........................................101 INTRODUO .........................................................................................132 FICHAMENTO .........................................................................................152.1 Conceito ......................................................................................................... 152.2 Os propsitos do fichamento ............................................................................. 162.3 Procedimentos ................................................................................................. 172.3.1 Ficha bibliogrfica ........................................................................................... 172.3.2 Ficha de leitura ................................................................................................ 182.4 Avaliao ....................................................................................................... 203 RESENHA CRTICA .................................................................................213.1 Conceito ......................................................................................................... 213.2 Propsitos ....................................................................................................... 213.3 Procedimentos ................................................................................................. 223.4 A apresentao da resenha ............................................................................... 233.5 Avaliao ....................................................................................................... 244 PAPER, POSITION PAPER OU POSICIONAMENTO PESSOAL ........................254.1 Conceito ......................................................................................................... 254.2 Propsitos ....................................................................................................... 254.3 Procedimentos ................................................................................................. 264.4 Avaliao ....................................................................................................... 265 ARTIGO CIENTFICO ................................................................................275.1 Conceito ......................................................................................................... 275.2 Propsitos ....................................................................................................... 275.3 Procedimentos quanto elaborao ................................................................... 285.4 Procedimentos quanto forma de apresentao .................................................. 295.4.1 Elementos pr-textuais ....................................................................................... 305.4.2 Elementos textuais ............................................................................................ 305.4.3 Elementos ps-textuais ...................................................................................... 305.4.4 Indicativos dos tpicos (sees) do artigo cientfico ............................................... 315.5 Avaliao ....................................................................................................... 316 RELATRIO ............................................................................................336.1 Conceito ......................................................................................................... 336.2 Propsitos ....................................................................................................... 346.3 Tipos de relatrios ............................................................................................ 346.4 Procedimentos ................................................................................................. 356.5 Avaliao ....................................................................................................... 37

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    7 MEMORIAL ........................................................................................... 397.1 Conceito ........................................................................................................ 397.2 Propsitos ...................................................................................................... 397.3 Procedimentos ................................................................................................ 407.4 Avaliao ...................................................................................................... 41

    PARTE II - Orientaes e normas para apresentao de trabalhos acadmico-cientficos.................................................................................................................... 43

    1 CITAES ............................................................................................. 451.1 Regras gerais para citao ............................................................................... 451.2 Tipos de citao .............................................................................................. 461.2.1 Citao direta, textual ou literal ......................................................................... 461.2.2 Citao indireta: parfrase e condensao ......................................................... 471.2.3 Citao da citao .......................................................................................... 481.3 Alteraes na citao ...................................................................................... 501.4 Normas complementares para citao ............................................................... 521.5 Consideraes finais sobre as normas de citao ................................................ 532 RESUMOS DE TRABALHOS ACADMICO-CIENTFICOS .............................. 552.1 Exemplos de resumos ....................................................................................... 563 ELABORAO DE REFERNCIAS ............................................................ 573.1 Localizao das referncias .............................................................................. 573.2 Aspectos grficos das referncias ....................................................................... 583.3 Regras gerais para elaborao de referncias ..................................................... 593.3.1 Regras quanto autoria................................................................................... 593.3.2 Regras quanto ao ttulo e subttulo ..................................................................... 613.3.3 Regras quanto edio e editora ...................................................................... 623.3.4 Regras quanto ao local .................................................................................... 633.3.5 Regras quanto data ...................................................................................... 643.3.6 Regra quanto paginao ............................................................................... 643.4 Modelos de elaborao de referncias ............................................................... 653.4.1 Monografias ................................................................................................... 653.4.1.1 Monografias consideradas no todo .................................................................... 653.4.1.2 Monografias no todo em meio eletrnico ............................................................ 673.4.1.3 Partes de monografia ....................................................................................... 673.4.1.4 Parte de monografia em meio eletrnico ............................................................. 683.4.2 Publicaes peridicas ..................................................................................... 683.4.2.1 Publicao peridica como um todo ................................................................. 693.4.2.2 Partes de publicaes pridicas ....................................................................... 693.4.2.3 Artigo e/ou matria de publicaes peridicas .................................................... 703.4.2.4 Artigo e/ou matria de revista, boletim, dentre outros, em meio eletrnico .............. 703.4.2.5 Artigo e/ou matria de jornal ............................................................................ 713.4.2.6 Artigo e/ou matria de jornal em meio eletrnico ................................................ 713.4.3 Publicaes em eventos ................................................................................... 72

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    3.4.3.1 Eventos como um todo .................................................................................... 723.4.3.2 Eventos como um todo em meio eletrnico ......................................................... 723.4.3.3 Trabalho apresentado em evento ....................................................................... 733.4.3.4 Trabalho apresentado em evento em meio eletrnico ........................................... 733.4.4 Documentos jurdicos ...................................................................................... 743.4.4.1 Legislao ...................................................................................................... 743.4.4.2 Jurisprudncia ................................................................................................ 743.4.4.3 Doutrina ........................................................................................................ 753.4.4.4 Documento jurdico em meio eletrnico .............................................................. 753.4.5 Patente........................................................................................................... 753.4.6 Documento cartogrfico ................................................................................... 763.4.6.1 Documento cartogrfico em meio eletrnico ....................................................... 763.4.7 Documento iconogrfico .................................................................................. 773.4.7.1 Documento iconogrficoem meio eletrnico ........................................................ 773.4.8 Imagem em movimento .................................................................................... 783.4.9 Documento sonoro .......................................................................................... 783.4.10 Documento tridimensional ................................................................................ 793.4.11 Documento de acesso exclusivo em meio eletrnico ............................................. 793.4.12 Bula de remdio .............................................................................................. 803.4.13 Sries e colees ............................................................................................. 803.4.14 Notas ............................................................................................................ 804 ESTRUTURA DE TRABALHOS ACADMICO-CIENTFICOS ........................... 814.1 Elementos pr-textuais ...................................................................................... 814.2 Elementos textuais ........................................................................................... 844.3 Elementos ps-textuais ..................................................................................... 855 APRESENTAO GRFICA DE TRABALHOS ACADMICO-CIENTFICOS ....... 875.1 Formato ......................................................................................................... 875.2 Margens e espacejamento ................................................................................ 875.3 Paginao ...................................................................................................... 885.4 Ttulos e indicavos numricos ............................................................................ 885.5 Pargrafo ....................................................................................................... 895.6 Ilustraes ...................................................................................................... 895.7 Tabelas .......................................................................................................... 905.8 Equaes e frmulas ....................................................................................... 91REFERNCIAS ................................................................................................. 92APNDICES ..................................................................................................... 95Apndice A - Capa de trabalhos acadmico-cientficos .................................................... 96Apndice B - Folha de rosto de trabalhos acadmico-cientficos ....................................... 98Apndice C - Folha de aprovao de trabalhos acadmico-cientficos ............................. 100Apndice D - Exemplo de sumrio .............................................................................. 102Apndice E - Modelo de pgina de abertura (artigo cientfico) ........................................ 103

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    APRESENTAO

    Este conjunto de diretrizes metodolgicas apresentado aos professores e estudantesuniversitrios para o desenvolvimento det rabalhos didti co-cien t fi cos. Estasorientaes, ao focalizar os tipos de trabalhosacadmicos mais presentes no cotidiano doensino superior e os procedimentos bsicospara sua elaborao, tm como objetivofavorecer e estimular a produo escrita denossos alunos, desde os primeiros perodos,em todas as disciplinas. Parece-nos ser estauma condi o indi spensve l aodesenvol vimento da vi da in te lectualdisciplinada e produtiva, norteada porposturas e prticas de pesquisa, caractersticada formao superior.Eviden temente , a apr endizagem e odesenvolvimento do trabalho in telectualexigem conhecimentos de ordem tcnica,conceitual e lgica. Estas trs dimenses estoin timamente r elacionadas, pois umpensamento ou argumento apresentado peloaluno ou pesquisador sem apoio em processoslgicos pode no passar de uma idi asuperficial. Assim, o domnio de conceitosreelaborados, sob critrios lgicos e com oauxlio da tcnica, fator determinante parao al cance dos obj eti vos da formaouniversi tri a: aprender a pensar e,conseqen temente, a produzirconhecimentos. Certamente, o domnio dosaber e da cultura, dos mtodos e das tcnicasde reas especficas do conhecimento umaexigncia do ensino superior para vencer osuperficialismo e a falta de rigor cientfico naproduo e socializao do conhecimento.

    A UNIVALI destaca, entre suas finalidades, odomnio da cincia e dos seus mtodos paraatingir novos patamares de qualidade. Se acincia o resultado do confronto, ou daarticu lao, da teoria com a empiria, odomnio da teoria condio imprescindvelpara o propsito de produo doconhecimento. A elaborao de trabalhosacadmicos - do fichamento, o maiselementar deles, ao artigo cientfico - permiteao estudante universitrio se exercitar emprticas essenciais atividade cientfica: abusca, o regi st ro e o uso do sabe r jacumulado e disponvel para propsitosprprios de construo do conhecimento. neste contexto que se insere a metodologiade trabalhos cientficos como instrumento tile per tinen te para a produo doconhecimento, no sem antes termos clarezado sentido poltico da formao no ensinosuperior: por qu, para qu, para quemestudamos e produzimos conhecimentos?Para buscar possveis respostas s questesacima, esta publicao traz subsdios elaborao de textos didtico-cientficos deforma lgica, visando criar novos hbitos eum novo olhar para a produo universitria,pois todo o conjunto de recursos que est nabase do ensino superior no pode ir alm desua funo de fornecer instrumentos parauma atividade criadora. (SEVERINO, 2000).

    Prof Amndia Maria de BorbaPr-Reitora de Ensino

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    Parte 1

    Elaborao de trabalhos acadmico-cientficos

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    A nfase que vem sendo colocada nasatividades de pesquisa articuladas ao ensinoe extenso, com vistas elevao do nivelde qualidade dos cursos superiores, requerque as atividades referentes investigao,sistemat izao e soci al izao doconhecimento deixem de ter no professor seuprinci pal protagoni sta e passem a sercompartilhadas por professores e alunos.Por outro lado, um dos desafios que hoje secolocam para a universidade consiste naformao de um profissional capaz de pensare agir num contexto de alta complexidade decorrente da natureza dos problemas comos quais nos defrontamos valendo-se paratanto da capacidade de analisar criticamentea realidade luz de conhecimentos tericose de atuar com competncia de modoautnomo e conseqente. Ao lado desse fato,deve -se considerar que a busca, aapropriao e o uso do conhecimento tcnico-cientfico so atividades permanentes nacarreira do profissional de nvel superior, dadaa necessidade de atualizao em face aosrpidos avanos da cincia.Para tanto parece ser indispensvel que osacadmicos se exercitem, desde os primeirosdias de sua trajetria acadmica, no uso deum instrumental terico-metodolgico quelhes possibilite o progressivo domnio dasprticas do trabalho intelectual, de modo ase tornarem no apenas consumidores comotambm produtores de conhecimento. Demo(1996, p.28-29) diz ser fundamental que osacadmicos:

    1 INTRODUO[...] escrevam, redijam, coloquem no papelo que querem dizer e fazer, sobretudoalcancem a capacidade de formular.Formular, elaborar so termos essenciaisda formao do sujeito, porque significampropriamente a competncia, medidaque se supera a recepo passiva doconhecimento, passando a participar comosujeito capaz de propor e contrapor[...]Aprende a duvidar, a perguntar, a querersaber sempre mais e melhor. A partir da,surge o desafio da elaborao prpria, pelaqual o sujeito que desperta comea aganhar forma, expresso, contorno, perfil.Deixa-se para trs a condio de objeto.

    Esse processo contribui decisivamente para aformao de prof issionais cu jo pe rfi lcompreende as competncias necessrias busca do conhecimento, sua adequadautilizao para a soluo dos problemas e elaborao de novos conhecimentos.A formao universitria, em todas as reasdo conhecimento, se faz, portanto, mediantea progressiva iniciao do aluno s prticasdo trabalho intelectual, atividade central navida acadmica. Essa iniciao compreendea aquisio gradativa de um conjunto decompetncias, de complexidade e sofisticaocrescentes, assim identificadas:- compe tnci as referen tes ao trato dacompetncias r efer entes ao t rato dacompe tnci as referen tes ao trato dacompetncias r efer entes ao t rato dacompetncias refe rentes ao trato da

    i nformaoin formaoinformaoin formaoinformao:- ler e compreender textos tericos, a

    competncia de maior importncia e suascompetncias subsidirias: identificar asfontes bibliogrficas mais relevantes darea; buscar e adquirir a informaonece ssri a para a real izao detrabalhos; registrar a informao e as

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    respect ivas fon tes bi bl iogrfi cas,documentais ou outras (fazer resumos,fichamentos, referncias);

    - competncias cognitivas:- refer entes ao raciocn io: iden tif icarproposies, estabelecer relaes, inferir,demonstrar (ou provar) por argumentao;

    - ligadas formao de conceitos: fazerdistines e conexes, explicar, definir;

    - referentes capacidade de interpretao:perceber implicaes, extrair significados,interpretar criticamente, parafrasear;

    - referentes s prticas de investigao:formular questes e hipteses, observar,auto-cor rigir-se (ou reformular oanteriormente formulado);

    - competncias necessrias capacidade deelaborao prpria:- analisar e apreciar criticamente textos

    tericos;- apresentar e discutir temas;- redigir: progredir do exerccio inicial sob a

    forma de re sumo, at chegar elaborao de texto prprio (resenhas,papers, artigos, projetos de pesquisa);subsidiariamente, dominar as praxes decitao e de referncia, bem como deapresentao de trabalhos acadmico-cientficos.

    Esse conjunto de competncias, no entanto,somente ser desenvolvido pelos acadmicosse estes tiverem oportunidades efetivas deexercit-las de modo gradativo, sistemticoe intensivo. E compete ao professor a todosos professores e no apenas aos professoresresponsveis pelas disciplinas de LnguaPortuguesa, ou de Metodologia Cientfica a

    criao dessas oportunidades em todas asdisciplinas.O texto ora apresentado pretende oferecer,tanto a professores como a acadmicos,orientaes bsicas para a elaborao detrabalhos acadmico-cientficos. So muitosos tipos de trabalhos acadmico-cientficosque pode riam se r incl u dos em umdocumento como este. No entanto, optou-sepelo fichamento, resenha crtica, paper, artigocien tfico, relatr io e memorial, por seconsiderar que so os tipos de uso maisfreqente nas vrias disciplinas dos cursos degraduao. Dessa forma, projeto e relatriode pesquisa, dissertao de mestrado e tesede doutorado, ou mesmo o ensaio, emboratambm sejam trabalhos acadmico-cientficos, no so aqui tratados.A primeira parte do documento trata dos tiposacima mencionados de trabalhos acadmico-cient f icos: seu conceito e propsitos, osprocedimentos para sua e laborao eorganizao e sugestes para sua avaliao.Na segunda parte so apresen tadasorientaes para elaborao e uso deci taes, de re sumos de ar ti gos e dereferncias, bem como normas relativas estrutura e apresentao grfica de trabalhosacadmico-cientficos.

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    2.1 Conceito

    2 FICHAMENTO

    O fichamento uma tcnica de trabalhointelectual que consiste no registro sinttico edocumentado das idias e/ou informaesmais relevantes (para o leitor) de uma obracientfica, filosfica, literria ou mesmo de umamatria jornalstica. Como o fichamentoconsiste no resultado do trabalho de leitura,alguns autores, a exemplo de Nunes (1997),preferem substituir esse nome pela expressorelatrio de leitura.Fichar um texto significa sintetiz-lo, o querequer a l eitur a atenta do texto, suacompreenso, a iden tificao das idiasprincipais e seu registro escrito de modoconciso, coerente e objetivo. Pode-se dizer queesse registro escrito o fichamento umnovo texto, cujo autor o fichador, seja elealuno ou professor. A prtica do fichamentorepresenta, assim, um importante meio paraexe rcitar a escrita, essencial para aelaborao de resenhas, papers, art igos,monografias de concluso de curso, etc.A impor tncia do fi chamento para aassimilao e produo do conhecimento dada pela necessidade que tanto o estudante,como o docente e o pesquisador tm demanipular uma considervel quantidade dematerial bibliogrfico, cuja informao tericaou factual mais significativa deve ser noapenas assimilada, como tambm registradae documentada, para utilizao posterior emsuas produes escri tas, sejam elas de

    iniciao redao cientfica (tais como osprimeiros trabalhos escritos que o estudante solicitado a produzir); de textos para aulas,palest ras ou confe rncias, no caso doprofessor; ou, ento, de elaborao damonograf ia de concluso de curso dograduando, da dissertao de mestrado oudo relatrio de pesquisa do pesquisador.A principal utilidade da tcnica de fichamento,portanto, otimizar a leitura, seja na pesquisacientfica como enfatiza Pasold (1999) ,seja na aprendizagem dos contedos dasdiversas disciplinas que integram o currculoacadmico, na Universidade.De acordo com Henriques e Medeiros (1999,p.100), o fichamento objetiva: a) identificaras obras consultadas; b) registrar o contedodas obras; c) regist rar as re fl exesproporcionadas pelo material de leitura; d)organizar as informaes colhidas.Assim sendo, os fichamentos ou relatrios deleitura, alm de possibilitar a organizao dostextos pesquisados e a seleo dos dados maisimportantes desses textos, funcionam comomtodo de aprendizagem e memorizao doscontedos, constituindo-se em instrumentobsico para a redao de trabalhos cientficos.

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    Seja como tcn ica auxiliar da pesquisabibliogrfica, seja como tcnica auxiliar deestudo de obras, artigos e textos tericos, ofichamento ser tanto mais eficiente quantomais claros forem para o estudante ou parao pesquisador os propsitos desse trabalho.Dependendo dos seus propsitos, podem serconsiderados dois tipos de fichamento:a) a)a) a)a) o fichamento que solicitado ao estudanteuniversitrio como exerccio acadmico, como propsito de desenvolver as habilidadesexigidas para o estudo e assimilao de textostericos, ou assimilar o contedo ou parte docontedo de uma disciplina; nesse caso ofichamento consiste, em geral, no registrodocumentado do resumo do texto indicadopelo professor.b)b)b)b)b) o fichamento que feito pelo estudante,pelo docente ou pelo pesquisador, no contextode uma pesquisa ou de uma re visobibliogrfica, com o propsito de registrarsistemat icamente e documentar asinformaes tericas e factuais necessrias elaborao do seu trabalho, que tanto podeser uma resenha, um artigo, uma monografia,um seminrio ou um relatrio de pesquisa.No primeiro caso fichamento como exerccioacadmico , o simples propsito de resumiro texto o propsito dominante. Assim, ocritrio organizador do fichamento ser dadopela prpria lgica do texto; nesse caso, ofichamento praticamente se identifica com o

    r esumo; di fer encia-se apenas na suaapresen tao, que pode ser numa fichamanuscrita ou numa folha digitada, mas que,em qualquer caso, deve apresen tar osindispensveis elementos de identificao, dosquais se falar mais adiante.No segundo caso fichamento no contextoda pesquisa ou da reviso bibliogrfica , ofichamento est a servio da pesquisa queo estudante, o docente ou o pesquisador seprops. Ora, como toda e qualquer pesquisaest centrada num tema, a deciso sobre oque retirar de um texto ou de uma obra eregistrar sob a forma de resumo ou de citao,ter como critrio selecionador os propsitostemticos dados pelo prprio tema dapesquisa e suas ramif icaes. So essespropsitos temticos que ori entam ofichador quando seleciona idias, conceitosou fatos que interessam resumir ou registrarnos f ichamentos que far das obrasselecionadas.Dessa forma, no primeiro tipo de fichamento(aaaaa) o raciocnio, a argumentao do autorda obra ou do texto que comanda o trabalhode resumo do fichador. No segundo tipo (bbbbb),so os propsitos temticos de quem estudaas obras consultadas que comandam aseleo das idias, conceitos, elementostericos ou factuais que integraro o resumo.

    2.2 Os propsitos do fichamento

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    So variados os tipos de fichas que podemser criados, dependendo das necessidades dequem estuda ou pesquisa. Severino (2000,p. 35-45), Eco (1988, p. 87-112), Leite(1985, p. 42-55) e Pasold (1999, p. 105-121) oferecem importan tes orientaesprticas sobre diferentes tipos de fichas e suaorganizao.As fichas, sejam elas de cartolina ou de papelA-4 (que substituram as de cartolina pelasfacilidades oferecidas pelos micros), devemconter trs elementos:- cabealho: no alto da ficha ou da folha, direita, um ttulo que indica o assunto ao quala ficha se refere; pode ser adotado o uso,aps o ttulo geral, de um subttulo;

    Exemplo de ficha bibliogrfica

    2.3 Procedimentos

    - referncia: o segundo elemento da ficha sera referncia completa da obra ou do textoao qual a ficha se refere, elaborada deacordo com a (NBR 6023:2002) da ABNT;

    - corpo da f icha, ou seja, o con tedopropriamente dito, que variar conforme otipo de fichamento que o estudante oupesquisador pretenda fazer.

    Embora muitos tipos de fichas possam serelaborados no contexto de uma pesquisa oude uma reviso bibliogrfica, como j foi dito,apenas dois tipos de fichas sero a seguirapresentados, por serem considerados osmais essenciais.

    2.3.1 Ficha bibliogrfica

    Destina-se a documentar a bibliografia relativaa um determinado assunto. O seu corpo podeser constitudo de poucas informaes, como,por exemplo, breve indicao do contedo daobra ou de sua importncia para algum

    aspecto do trabalho que o estudante ou opesquisador tem em andamento; importanteainda que conste a localizao da obra(biblioteca, arquivo pblico, etc.), para que aela se possa retornar caso haja necessidade.

    Metodologia da pesquisa / Pesquisa bibliogrfica

    NUNES, Luiz Antonio Rizzatto. Manual da monografia jurdica. So Paulo: Saraiva, 1997. 207 p.

    A 1a parte da obra contm orientaes metodolgicas para a elaborao e a apresentao da monografia no curso de graduao de Direito; a 2a parte trata da elaborao de dissertao de Mestrado e tese de Doutorado.

    Bibl. da UNIVALI

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    2.3.2 Ficha de leitura

    a pgina da obra onde se localiza esse ouaquele conceito, idia ou argumento, bemcomo distinguir as expresses ou palavras doautor da obra isto , as citaes, que deveroestar sempre entre aspas das expressesou palavras prprias do fichador. importantesalien tar que a incluso de citaes nofichamento no significa que este se confundacom um mero exerccio de recorte e colagemde trechos da obra.Pode ficar a critrio do professor, ao solicitardos alunos um fichamento, a deciso deincluir, ou no, ao seu final, um comentriosobre o te xto f ichado, que e xpre sse ainterpretao crtica do aluno sobre ocontedo do texto. Nesse caso, deve oprofessor ter claro que, para fazer a crtica deum texto ainda mais quando se trata de umtexto terico necessrio que o aluno jdisponha de um certo repertrio, sem o queessa crtica no passar de mera opinio,juzo de valor destitudo de fundamento.Para o estudante ou docente que faz umf ichamento no con tex to da pesquisabibliogrfica, pode ser til a incluso no textodas novas idias que foram surgindo durantea leitura, como sugere Hhne (1992, p. 64-65).A seguir se encontra um exemplo de ficha deleitura, contendo apenas resumo e citao (noexemplo, optou-se por colocar na margemesquerda da folha o nmero da pginacorrespondente ao trecho resumido paraident ificar sua localizao na obra; noentanto, outras formas podem ser adotadas.Ateno: o exemplo ilustra uma ficha deleitura em folha A-4).

    Esse tipo de ficha destina-se ao registrosint tico do contedo (ou de parte docontedo) das obras lidas. Para suaelaborao, devero ser seguidos os passosrecomendados por Severino (2000, p. 47-61)para a leitura e resumo de textos tericos queo leitor encontrar sintetizados pgina 21deste documento.O corpo da ficha consistir no resumoresumoresumoresumoresumo daobra ou da parte da obra que interessa aofichador. Assim sendo, dever apresentar ascaractersticas de um resumo de qualidade,ou seja:

    ser sucinto, seletivo e objetivo; respeitar a ordem das idias e fatos

    apresentados; utilizar linguagem clara, objetiva e

    econmica; apresentar uma seqncia corrente

    de f rases concisas, dir etas einterligadas.

    O corpo da f icha de leitur a pode serorgan izado de diferentes maneiras. Podeconter, por exemplo, apenas o resumo dasidias do autor e nenhuma citao oucomentrio pessoal do fichador, ou entopode apresentar o resumoo resumoo resumoo resumoo resumo, que sintetiza ocontedo, e as citaesas citaesas citaesas citaesas citaes, ou seja, transcriesmais significativas de trechos do contedo,sempre entre aspas e com indicao darespectiva pgina, o que tornaria a ficha maiscompleta.A organizao da ficha deve ser feita de talmodo que permita identificar posteriormente

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    Metod ologia cientfica Pesquisa q ualitativa

    GO LDENBERG, M. A arte de p esquisar: como fazer pesquisa qualitativa em Cincias Sociais. Rio de Janeiro: Reco rd, 199 7.

    16 Esclarecer o debate entre a sociolo gia pos itiv ista e a sociolo gia co mpreensiva til para s ituar a questo da uti lizao de m todos e tcnicas qualitativos nas Cincias Sociais. O s adeptos da abordagem qualitativa entendem que o mode lo de estudos das Cincias N aturais, baseado em processos quantificve is que se transformam em le is e explicaes ge rais, no so adequados e specificidade das Cincias Sociais, que pressupe uma metodologia prpr ia.

    17 Comte defendia a unidade de todas as cincias. Ass im , segundo ele, a pesquisa nas Cincias Sociais " uma atividade neutra e o bje tiva, que busca descobrir regularidades ou le is , em que o pesquisador no pode faze r julgamentos nem permitir que seus preconce itos e crenas co ntam inem a pesquisa". Para Durkheim, o fato social, ex te rno ao indivduo, independe da conscincia humana e deve s er tomado como c oisa. Via a cincia social como neutra e obje tiva, pois, para e le , suje ito e objeto do conhecimento es to radicalmente separados.

    18

    19

    A socio logia compreensiva, cujas razes esto no histor icismo alemo, distingue natureza e cultura e de fende procedimentos me todo lgicos dis tinto s para seus estudos . Dilthey , um de seus representantes , entende que os fatos so ciais no so quantificveis, po is cada qual tem um sentido prprio, necessitando ser compreendido em sua singular idade . Segundo ele, o mtodo das Cincias Naturais e rklren "busca generalizaes e a descoberta de regularidades" e o das Cincias Sociais verstehen "visa compreenso inte rpretativa das experincias dos indivduos dentro do contexto em que foram vivenciadas".

    (... ) Exemplo de f icha de lei tu ra Exemplo de ficha de leitura

  • 20...20...20...20...20...

    As orientaes para avaliao do fichamentoreferem-se ao primeiro tipo de fichamentomencionado no item 2.2, ou seja, aquele que solicitado como exerccio acadmico.As seguintes perguntas podero orientar oprofessor na avaliao do resumo:- O resumo sucinto e objetivo?- As idias principais do texto esto contidas

    no resumo?- O contedo do resumo mantm fidelidade

    ao texto? (ou h deturpao das idias?)- O resumo respeita a ordem das idias

    apresentadas pelo autor do texto?

    2.4 Avaliao

    - O resumo evidencia uma redao prpriado aluno? (ou consiste apenas najustaposio de uma sr ie de f rasesrecortadas do texto?)

    - A linguagem utilizada obedece a normaculta?

    - A interpretao crtica (no caso de ter sidosolicitada) pertinente e fundamentada oujustificada?

    - A obra fichada ou re sumida estcorretamente referenciada?

    - As normas tcnicas de apresentao detrabalhos acadmico-cientf icos foramobservadas?

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    ... 21 ... 21 ... 21 ... 21 ... 21

    3 RESENHA CRTICA

    A resenha deve levar ao leitor informaesobjetivas sobre o assunto de que trata a obra,destacando a cont ribu io do autor:abordagem inovadora do tema ou problema,novos conhecimentos, novas teorias. Portanto,a resenha deve conter:

    3.1 Conceito

    A resenha crtica consiste na apresentaosucinta e apreciao crtica do contedo deuma obra, ou seja, compreende o resumo eo comentrio de uma obra cientf ica ouliterria.

    3.2 Propsitos

    A resenha de obras cientficas , em geral,feita por cientistas que, alm do conhecimentoespecializado do tema, tm condies deemitir um juzo crtico. Quando realizadacomo um trabalho acadmico, tem opropsito de exercitar a capacidade decompreenso e de crtica do estudante.A resenha crtica tornou-se importante recursopara os pesquisadores e, de um modo geral,para as pessoas cuja atividade profissional oude estudo requer informaes sobre aproduo cientfica, artstica ou cultural emseu campo de interesse, em decorrncia,principalmente, da exploso deconhecimentos caracterstica da sociedadecontempornea.

    o resumo das idias principais da obra; uma apreciao crtica das informaes

    apresentadas e da forma como foramexpostas e de sua avaliao;

    uma justificativa da apreciao realizada.

    Mediante a leitura do resumo da obra e desua avaliao, que a resenha possibilita, oprofissional ou o estudante pode decidir sobrea convenincia ou no de ler (ou adquirir) aobra.

  • 22...22...22...22...22...

    inovadora?c) quanto ao estilo: conciso, objetivo, claro,

    coerente, pr eciso? A li nguagem correta?

    d) quanto forma: lgica, sistematizada?Utiliza recursos explicativos (ilustraes,exemplos, grficos, desenhos, figuras,etc.)?

    e) a quem se destina a obra: grande pblico,especialistas, estudantes?

    Nem sempre possvel ou necessrio darresposta a todas as perguntas ou itensrelacionados acima, o que muitas vezesdepende da obra resenhada, bem como dafinalidade ou destino da resenha. Para fins det rabalhos acadmicos, no entan to, soindispensveis os seguintes tpicos:- a referncia (aqui pode ser dispensado o

    item sobre preo da obra);- o resumo da obra;- as concluses do autor;- seu quadro de referncias;- a crtica do resenhista.Obs.: O resenhista poder (ou no) dar umttulo a sua resenha; se optar por intitular, ottulo dever guardar estreita relao comalgum atributo ou idia mais destacada daobra, segundo a percepo do resenhista.A elaborao de uma resenha crtica requera aquisio gradativa, pelo estudante, decompe tncias de l eitura, anlise e

    3.3 Procedimentos

    A resenha crtica deve abranger um conjuntodeterminado de informaes, de modo acumprir sua finalidade. O roteiro a seguirbaseia-se no modelo apresentado por Lakatose Marconi (1991, p. 245-246): RefernciaRefernciaRefernciaRefernciaReferncia: autor(es); ttulo; edio; local,

    editora e data de publicao; nmero depginas; preo.

    Credenciais do autorCredenciais do autorCredenciais do autorCredenciais do autorCredenciais do autor: informaes geraissobre o autor e sua qualificao acadmica,profissional ou especializada, ttulos, cargosexercidos, obras publicadas.

    Resumo da obraResumo da obraResumo da obraResumo da obraResumo da obra: resumo das idiasprincipais, descrio breve do contedo doscaptulos ou partes da obra. (As perguntasseguintes so orientadoras: de que trata aobra? O que diz? Qual sua caractersticaprincipal? Requer conhecimentos prviospara entend-la?).

    Concluso do autorConcluso do autorConcluso do autorConcluso do autorConcluso do autor: o autor apresenta (ouno) concluses? Caso apresente, quaisso elas? Onde se encontram (no final daobra ou no final dos captulos)?

    Quadro de referncias do autorQuadro de referncias do autorQuadro de referncias do autorQuadro de referncias do autorQuadro de referncias do autor: a quecorrente de pensamento o autor se filia?Que teoria ou modelo terico apia seuestudo?

    Crtica do resenhista (apreciao)Crtica do resenhista (apreciao)Crtica do resenhista (apreciao)Crtica do resenhista (apreciao)Crtica do resenhista (apreciao):a) como se situa o autor da obra em relao

    s escolas ou correntes cientficas oufilosficas; em relao ao contexto social,econmico, poltico, histrico, etc.?

    b) quanto ao mrito da obra: qual acon tr ibui o dada? As idi as sooriginais, criativas? A abordagem dosconhecimentos

    interpretao de textos cientficos. As diretrizesmetodolgicas que seguem, baseadas emSeverino (2000, p. 51-57), tm o propsitode organizar, sistematizar a abordagem de

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    ... 23 ... 23 ... 23 ... 23 ... 23

    A anlise textualA anlise textualA anlise textualA anlise textualA anlise textual: etapa em que o estudantefaz uma leitura atenta, porm corrida, do textopara identificar seu plano geral; buscar dadossobre o autor, sobre o vocabulrio (conceitos,termos fundamentais compreenso dotexto), os autores citados, marcar eesquematizar as idias relevantes.A anlise temticaA anlise temticaA anlise temticaA anlise temticaA anlise temtica: procura interrogar eidentificar do que fala o texto e qual o temade que se trata: como o autor problematizao tema? Que posio assume? Como expepasso a passo seu pensamento, ou seja,como se proce ssa seu racioc nio eargumentao? Qual a idia central? Quaisas idias secundrias?

    A anlise interpretativa: A anlise interpretativa: A anlise interpretativa: A anlise interpretativa: A anlise interpretativa: o estudan teprocura tomar uma posio a respeito dasidias enunciadas, explora sua fecundidadee mantm um dilogo com o autor. Procuraestabelecer uma aproximao, associao e/ou comparao com as idias temticas afinse com os autores que tenham desenvolvido amesma ou outra abordagem do tema.A anlise crticaA anlise crticaA anlise crticaA anlise crticaA anlise crtica: o estudante formula umjuzo crt ico, avaliando o texto pela suacoerncia interna, quer dizer, pela maneiracomo o autor desenvolve e aprofunda o tema.Avalia tambm sua originalidade, alcance,validade e con tribui o discusso doproblema.As anlises textual e temtica servem de basepara a elaborao do resumo, resumo, resumo, resumo, resumo, trabalhoacadmico distinto da resenha, o qual, noentanto, constitui uma etapa do trabalho deelaborao da resenha.

    Como trabalho acadmico, a resenha deveapresentar a seguinte estrutura:- Folha de rosto: Folha de rosto: Folha de rosto: Folha de rosto: Folha de rosto: a folha que apresenta os

    elementos essenciais identificao dotrabalho. Deve ser elaborada segundo omodelo constante do Apndice B.

    - TTTTTeeeeextoxtoxtoxtoxto: a referncia bibliogrfica da obraresenhada dever ser apresentada no inciodo texto. A redao da resenha obedecer,de um modo geral, a seqncia doselementos relacionados no item 3.3 acima.

    I sso no si gn if ica que o texto deva,obrigatoriamente, subdividir-se mediante ouso de subttulos de acordo com aqueleselementos; nas resenhas de boa qualidade,os dados sobre a obra, seu autor, o resumodo contedo, os aspectos tericos, bem comoa avaliao crtica do resenhista, aparecem,em geral, numa seqncia adequada,compondo um texto harmonioso, sucinto ede fcil leitura.

    3.4 A apresentao da resenha

    textos tericos, com vistas a obter o melhorproveito de seu estudo, tanto como preparopara a elaborao de resenhas, como deoutros trabalhos acadmicos.

  • 24...24...24...24...24...

    As seguintes perguntas podero orientar oprofessor na avaliao da resenha:- a resenha apresenta as idias principais daobra?

    - Aponta as caractersticas mais relevantes daobra?

    - A apresentao das idias principais sucinta e objetiva?

    - As informaes sobre o autor so suficientespara sua identificao?

    - As concluses do autor so comentadas/discutidas?

    - O posici onamento ( ter ico, pol tico,econmico, social) do autor discutido?

    - A crtica do resenh ista pertinente efundamentada ou justificada?

    - A linguagem utilizada na resenha respeita anorma culta?

    - A obra est corretamente referenciada?- As normas tcnicas de apresentao detrabalhos acadmico-ci entf icos foramobservadas?

    - RefernciasRefernciasRefernciasRefernciasReferncias: caso o resenhista tenha sevalido de outras obras para fundamentar aanlise da obra resenhada, esse item obrigatrio, devendo ser organ izadosegundo a NBR 6023:2002.

    Sendo a resenha um trabalho acadmicogeralmente pouco extenso e pouco ou nadasubdiv idido, o sumrio e lementodispensvel.

    Quanto apresentao grfica, devem serseguidas as orientaes comuns aos demaistrabalhos acadmicos.

    3.5 Avaliao

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    ... 25 ... 25 ... 25 ... 25 ... 25

    O paper, position paper ou posicionamentopessoal um pequeno texto sobre tema pr-determinado. Sua elaborao consiste nadiscusso, pelo autor, de resultados deestudos ou pesquisas cient ficas, artigosespecializados ou de informao geral, dentreoutros tipos de publicaes, fatos ou situaes

    4 PAPER, POSITION PAPER OUPOSICIONAMENTO PESSOAL

    4.1 Conceito

    No contexto da formao acadmica, oobjet ivo do pape r e stimular oaprofundamento de um de terminadoassunto, exercitando a linguagem cientficana elaborao de um texto. Esse tipo detrabalho tambm auxilia o desenvolvimentoda capacidade crt ico-analt ica e dacriatividade do aluno, pois requer que esteexpresse sua interpretao e compreenso doassunto apresentado.Em alguns casos, a el aborao doposicionamento pessoal gera outr asprodues acadmicas, como os artigoscientficos.

    4.2 Propsitos

    relacionados a assuntos pertinentes a umarea de estudo. Na elaborao de um paper,o autor desenvolve anlises e argumentaes,com objet ivi dade e clare za, podendoconsiderar, tambm, opinies de especialistas.

    O paper pode ser usado para consolidarcontedos trabalhados nas unidades de umadisciplina (atividade curricular); promover odebate em torno de um assunto, com basena anlise de pontos e contrapontos dediferentes autores ou obras estudadas pelosalunos. Alm disso, pode ser articulado aoutras estratgias de ensino utilizadas nadisciplina: aps a realizao de seminrios,jri simulado, estudos de caso ou participaoem palestras, o professor pode solicitar aoaluno a elaborao de um posicionamentopessoal como forma de avaliar aaprendizagem individual.

  • 26...26...26...26...26...

    Para a elaborao do paper pr ecisoconsiderar critrios relacionados ao contedoe forma, sistematizando-se determinadasetapas.Os aspectos a serem considerados quanto

    r elevantes; c) discusso dos pon tosr elevantes, levan tando argumentos,exemplos ilustrativos e mencionando idiascomuns ou contrrias de outros autores; d)s ntese concl usi va, remetendo aospropsitos expressos na apresentao.

    ao contedo abrangem:- Leitura: explorao e leitura de materiais

    relacionados ao tema, tais como: textos,artigos, registros ou anotaes de palestras,f ilmes, etc., a part ir dos quais serdesenvolvido o paper.

    - Planejamento do paper: compreende aelaborao de um roteiro ou esquema comas principai s i dias referentes a: a)apresentao do assunto e propsitos dopaper ; b) destaque dos pontos mais

    Para avaliar um trabalho do tipo paper pode-se buscar respostas para questes como:- as principais idias dos autores que serviram

    de base para o paper (quando for o caso)so apresentadas no texto?

    - O assunto/tema em discusso analisadocom profundidade?

    - As crticas e os argumentos apresentadosso fundamentados ou justificados de modoconsistente?

    4.3 Procedimentos

    A apresentao grfica do paper, como todot rabalho acadmico, segue os padresdescr itos no tpico 5 da Parte II destedocumento r eferen te s normas deapresentao de trabalhos cient ficos eacadmicos.

    Como todo trabalho acadmico, pode (oumesmo deve) conter citaes diretas e/ouindiretas que sustentem os argumentos doautor em relao ao tema em discusso. Almdisso, o paper deve apresentar em suaestrutura, de forma articulada, as etapas deintroduo, desenvolvimento e concluso. Issosignifica que o texto redigido sem divisesem subttulos, deixando-se claro, entretanto,o encadeamento entre as idias iniciais, aanlise do assunto e as concluses do seuautor. As referncias utilizadas no trabalhodevem ser apresentadas separadamente, aofinal do texto.

    4.4 Avaliao

    - A anlise das idias coerente/consistente?- As concluses so apresentadas de forma

    clara e objetiva?- H lgica na organizao geral do texto?- A linguagem utilizada obedece a norma

    culta?- As normas tcnicas de apresentao de

    t rabalhos acadmico-cien t fi cos sorespeitadas?

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    ... 27 ... 27 ... 27 ... 27 ... 27

    O artigo cientfico consiste em um texto queapresenta, discute e divulga idias, mtodose tcnicas, processos e resultados de pesquisacien t fi ca (bi bl iogrfi ca, documental,experimental ou de campo). Por sua reduzidadimenso e contedo, difere de trabalhoscientficos, como monografias, dissertaesou teses. Sua publicao em peridicosespecializados uma forma de divulgao doconhecimento produzido no meio cientfico eacadmico.

    5 ARTIGO CIENTFICO

    5.1 Conceito

    O artigo cientfico, ao apresentar de formacompleta, embora sucinta, os propsitos, osprocedimentos de uma pesqui sa, ametodologia empregada por seu autor e osresultados obtidos, possibilita ao leitor avaliara pesquisa realizada. Isso permite que outrospesquisadores, ou repitam a experincia confirmando ou no seus resultados , ou nelase baseiem, ampliando as discusses e oconhecimento sobre o assunto e inspirandonovas pesquisas.

    5.2 Propsitos

    De um modo geral, o artigo produzido paradivulgar resultados de pesquisas cientficas.Entretanto, esse tipo de trabalho tambm podeser elaborado com os seguintes propsitos,de acordo com Marconi e Lakatos (2001, p.88):- discutir aspectos de assuntos ainda pouco

    estudados ou no estudados (inovadores);- aprofundar discusses sobre assuntos j

    estudados e que pressupem o alcance denovos resultados;

    - estudar temticas clssicas sob enfoquescontemporneos;

    - aprofundar ou dar continuidade anlisedos resultados de pesquisas, a partir denovos enfoques ou perspectivas;

    Alm desses objetivos, o artigo cientfico podeabordar conceitos, idias, teorias ou mesmohipteses de forma a di scut i- los oupormenorizar aspectos.No contexto da formao acadmica, o artigocientfico tende a ser usado como estratgiade ensino para o desenvolvimento dacapacidade de sntese das experincias depesquisa realizadas pelo aluno. Ao produziro artigo, o aluno inicia uma aproximao aosconceitos e l inguagem cien tfica quenecessitar desenvolver no momento daelaborao do trabalho de concluso decurso.

    - resgatar ou refutar resultados controversosou que caracterizaram erros em processosde pesquisa, buscando a r esoluosatisfatria ou a explicao controvrsiagerada.

  • 28...28...28...28...28...

    No desenvolvimento (corpo do artigo), soapresentados os dados do estudo, explicandoe avaliando os resultados, comparando-secom outros estudos j realizados. O textocontm a exposio e a explicao das idiase do material pesqui sado e pode sersubdividido da seguinte forma: referenciaistericos da pesquisa (apresen tao deconcei tos si stemat izados com base nalit eratura); aspectos me todolgicos(caracterizao da pesquisa e da populao,se for o caso, e descrio dos mtodos,mater iais, tcn icas e equipamentosuti lizados); resul tados (apre sentao e

    A elaborao de artigos estimula, ainda, aanlise e a crtica de contedos tericos e deidias de diferentes autores, contribuindo paraque o aluno aprenda a sintetizar conceitos,

    Em termos de procedimentos para a escritade um artigo cientfico, necessrio observaros propsitos do trabalho a ser elaborado(vide item 5.2). Todavia, independente de terpropsitos distintos, o artigo cientfico deveapresentar a estrutura bsica que caracterizatodos os tipos de trabalhos cientficos ouacadmicos: introduo, desenvolvimento econcluso.Quando o artigo se refere comunicao deresultados de pesquisa, deve ser estruturadoda forma a seguir descrita.A introduo apresenta o assunto do artigo tema da pesquisa e seus objetivos, umasntese da metodologia utilizada na pesquisa,a justificativa do trabalho e suas limitaes.

    avaliao dos dados encontrados, podendo-se utilizar tabelas e ilustraes); discusso eanlise (confronto entre os resultados obtidosna pesquisa e o contedo abordado nosreferenciais tericos).No tpico das consideraes finais, que seconstitui como deduo lgica do estudo,destacam-se os seus re sul tados,relacionando-os aos objetivos propostos naintroduo. Podem ser includas sugestes ourecomendaes para outras pesquisas, pormde forma breve e sinttica.

    idias, conceitos, teorias, fatos ou outrosestudos, preciso que o autor:- rena as informaes e conhecimentos

    necessrios por meio de leituras (textos edocumentos), de fichamentos, registros deobservaes ou evidncias factuais;

    J no caso do artigo constituir-se como umaproduo ou comunicao escrita sobre

    5.3 Procedimentos quanto elaborao

    - sistematize um roteiro bsico das idias,iniciando com a apresentao geral doassunto e dos propsitos do artigo, seguidosda indicao das partes principais do temae suas subdivises e, por fim, destacandoos aspectos a serem enfatizados no trabalho.De acordo com Leal (2001, p.102), aelaborao deste plano til, em primeirolugar, para sistematizar a comunicao aser feita, evitando que o autor se percadurante a elaborao. Por out ro l ado,

    fazer comparaes, formular crticas sobreum determinado tema luz de pressupostoster icos ou de evidncias empricas jsistematizadas.

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    ... 29 ... 29 ... 29 ... 29 ... 29

    - no desenvolvimento do artigo, deve o autordividir o tema em discusso, para uma maiorclareza e compreenso por parte do leitor. pre ci so ev itar, porm, o e xce sso desubdivises, cujos ttulos devem ser curtos eadequados aos aspectos mais relevantes docontedo, motivando para a leitura. Valeressaltar que as divises, subdivises e ttulosdo artigo no garantem a sua consistnciaou importncia. necessrio que asreferidas partes e respectivas idias estejamarticuladas de forma lgica, conferindo aocon junto a indi spensvel unidade ehomogeneidade. (LEAL, 2001, p.106);

    O artigo cientf ico deve ser redigido comobjetividade, preciso, coerncia e estritaobservncia das regras da norma cu lta.Devem ser evitadas as grias, expressescoloquiais e que contenham juzos de valorou adjetivos desnecessrios. Tambm preciso evitar explicaes repetitivas ousuprfluas, ao mesmo tempo em que se devecuidar para que o texto no seja compactoem demasia, o que pode prejudicar a suacompreenso. A definio do ttulo do artigodeve corresponder, de forma adequada, aocontedo desenvolvido.

    - ao apresentar o artigo na introduo ,alm de descre ver os objet ivos e osfundamentos que orientam o trabalho, conveniente que o autor contextualize otema, destacando sua importncia tericaou prtica, as expectativas em relao a ele,bem como os limites do artigo quanto extenso e profundidade (LEAL, 2001,p.103). Ao f inal da int roduo deveapresentar, ainda, a forma como o artigoest organizado;

    - na concluso, o autor apresenta uma sntesedas principais idias trabalhadas no corpodo artigo, relacionando-as com os objetivospreviamente estabelecidos. Pode, tambm,mencionar eventuais implicaes ou efeitosa partir do contedo apresentado, sugerindoa continuidade das discusses a respeito.

    5.4 Procedimentos quanto formade apresentao

    A apresentao do artigo cientfico parapublicao cientfica impressa deve seguir asorientaes da NBR 6022:2003. Caso setrate de artigo a ser apresentado em eventos(congressos, seminrios, etc.) , convmobservar tambm os critrios e modelosestabelecidos por seus organizadores e/ou

    editores, pois, caso isso no acontea, corre-se o risco de comprometer a aprovao doartigo. A estrutura de artigos cien tficoscompreende elementos pr-textuais, textuaise ps-textuais.

    tambm auxilia como recurso pedaggicopara reflexo e organizao lgica dasidias a serem abordadas;

  • 30...30...30...30...30...

    5.4.1 Elementos pr-textuais

    - Ttulo e subttulo (se houver) figuram napgina de abertura do artigo, diferenciadostipograficamente ou separados por doispontos e na lngua do texto.

    - Nome do(s) autor(es) acompanhado(s) porbreve currculo qualificando-o(s) na rea deconhecimento do artigo. Segundo a NBR6022:2003, o currculo, assim como osendereos postal e eletrnico, podem serdispostos em rodap indicado por asteriscona pgina de abertura (vide modelo doApndice E), ou, ento, aps os elementos

    ps-textuais, onde tambm so colocadosos agradecimentos do(s) autor(es) (casosejam necessrios) e a data de entrega dosoriginais.

    - Resumo na lngua do texto, elaborado deacordo com a NBR 6028:2003 (seo 2da Parte II deste documento).

    - Palavras-chave na lngua do texto, cujaapresentao tambm deve observar a NBR6028:2003 (seo 2 da Parte II destedocumento).

    5.4.2 Elementos textuais

    Os el ementos textuais compreendem aintroduo, o desenvolvimento e a concluso,j detalhados na seo 5.3.

    5.4.3 Elementos ps-textuais

    - Ttulo e subttulo (se houver) em lnguaestrangeira, diferenciados tipograficamenteou separados por dois pontos, precedendoo resumo em lngua estrangeira.

    - Resumo em lngua estrangeira (obrigatrio):consiste na verso do resumo na lngua dotexto para idi oma de di vu lgaointernacional (vide seo 2 da Parte II destedocumento).

    - Palavras-chave em lngua estrangeira(obri gatrio): consiste na verso daspalavras-chave na lngua do texto para amesma lngua do re sumo em l ngua

    estrangeira (vide seo 2 da Parte II destedocumento).

    - Nota(s) explicativa(s) (elemento opcional):caso existam, so apresentadas em relaonica e consecutiva e numeradas comalgarismos arbicos.

    - Referncias (obrigatrio): elaboradas deacordo com a NBR 6023:2002 (vide seo3 da Parte II deste documento).

    - Glossrio (opcional): deve ser organizadoem ordem alfabtica.

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    ... 31 ... 31 ... 31 ... 31 ... 31

    - Apndice(s) (opcional): texto ou documentoelaborado pelo autor, complementar ao seutrabalho. Os apndices so identificadospor letras maisculas consecutivas, seguidasde travesso e respectivo t tu lo (Ex.:APNDICE A - Questionrio).

    - Anexo(s) (opcional): texto ou documento noelaborado pelo autor do trabalho, quecomplementa, comprova ou ilustra seucon tedo; so identificados por let rasmaisculas consecut ivas, seguidas detravesso e respectivo ttulo (Ex.: ANEXO B- Estrutura organizacional da Empresa Alfa).

    5.4.4 Indicativo dos tpicos (sees)do artigo cientfico

    Os ttulos das partes ou sees que dividem otexto de um artigo cient fico devem seralinhados esquerda, precedidos pornumerao progressiva, conforme a NBR6024:2003 (vide seo 5.4 da Parte II destedocumento).

    Observao: na Parte II deste documento, olei tor encon trar ori entae s sobreelaborao/emprego de citaes (seo 1),siglas, equaes e frmulas, ilustraes etabelas (seo 5).

    O artigo cientfico pode ser avaliado segundoinmeros critrios, decorrentes dos objetivospropostos pelo professor. Normalmente, osartigos cientficos so elaborados por alunosque se encontram em fase final do curso degraduao, muito embora nada impea queo professor os solicite em etapas anteriores,adequando-o s possibilidades e recursos jdesenvolvidos por seus alunos.Para a avaliao de artigos cientficos, ento,podem ser descritos vrios critrios (AMR1 ,1999; FEITOSA, 2001; SEVERINO, 2000);tais como:a) Quanto ao contedo:- clareza na apresentao dos objetivos,

    justificativa e importncia do artigo;- identificao dos limites do artigo (definio

    do foco do artigo e dos aspectos que nosero abordados);

    5.5 Avaliao

    1 AmericanManagement

    Review(peridico

    americano queapresentadiretrizes

    bsicas parareviso de

    art igoscientficos).

    - clareza na especificao das unidades deanlise (como por exemplo: indivduo,organizao, sociedade);

    - demonstrao de conhecimento suficientesobre o assunto;

    - referencial terico claramente identificado,coerente e adequado aos propsitos doartigo;

    - ausncia de disperso ou de redundnciadas informaes/contedos;

    - apresentao de suposies (hipteses)sustentadas em teori as e cr enasconsideradas verdadeiras a part ir doparadigma do qual se ori gi nam; assuposies devem ser claras e justificadas;

    - coerncia en tre as in formaes e noencadeamento do raciocnio lgico;

    - ausncia de saltos de racioc nio na

  • 32...32...32...32...32...

    b) Quanto forma:- atendimento aos objetivos propostos;- objetividade, preciso e coerncia na escrita

    do texto;

    - uso fiel das fontes mencionadas no artigo,com a corr eta r elao com os fatosanalisados;

    - uso/seleo de literatura pertinente anlise;- linguagem acessvel;- un idade e art icu lao do texto

    (encadeamento lgico);- elementos de transio entre pargrafos

    adequados ao sentido e lgica doscontedos;

    - afirmativas unvocas, sem duplo sentido;- coerncia e padronizao dos termos

    tcnicos;- observncia das regras da norma culta;- uso correto de ci taes devidamente

    referenciadas;- adequao do ttulo ao contedo;- resumo claro e informativo;- observncia das normas de apresentao

    de um artigo.

    passagem de um pargrafo para outro, oude um conceito para outro;

    - elaborao de anlise e sntese diante deconcei tos ter icos semelhan te s e/oudivergentes;

    - uso adequado de exemplos complementarespara clarificar o significado do texto;

    - demonstrao de argumentos ou provassuficientes para apoiar as concluses;

    -\ ar ticu lao ent re sugeste s our ecomendaes e as di scussesapresentadas no texto;

    - ori ginali dade e i novao do assun toabordado;

    - postura t ica no tr ato do tema edesenvolvimento da anlise (imparcialidadee equilbrio).

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    ... 33 ... 33 ... 33 ... 33 ... 33

    Incluiu-se o rel atrio en tre os t ipos detrabalhos acadmico-cientficos por ser umamodalidade de trabalho escrito solicitada comalguma regularidade ao aluno de graduao,em diversas disciplinas, com vistas a umconjunto bastante variado de propsitospedaggicos, geralmente relacionados aatividades prticas visitas, viagens de estudo,exper imentos ou testes de laboratrio,observao de eventos, aplicao de umadeterminada tcnica, realizao de umainterveno ou procedimento especializado,etc. as quais, aps terem sido desenvolvidas,so complementadas ou concludas pelorelato de sua realizao. Embora seja utilizadocom fr eqncia, esse t ipo de tr abalhoacadmico por vezes tem sua elaborao

    negligenciada, seja no seu contedo, na suaorganizao ou apresentao, talvez por serconsiderado um t rabalho pequeno ourpido, de menor importncia, ou mesmopor no serem muito difundidas orientaespara sua elaborao.O relatrio de que se trata aqui umamodalidade de trabalho escrito que no seconfunde com o relatrio de pesquisa essedestinado exclusivamente comunicao dosresultados de uma pesquisa cientfica , oqual, embora seja um dos principais trabalhosacadmico-cientficos comumente realizadosna un iversidade, no abordado nestedocumento.

    6 RELATRIO

    A compreenso do que um relatrio podecomear pelo exame das definies que oslxicos oferecem. Em Michaelis (1998,p.1808) encontram-se as seguintes:

    1 Exposio, relao, ordinariamente porescrito , sobre a seqncia d e umacontecimento qualquer. 2 Descriominuciosa e circunstanciada dos fatosocorridos na gerncia de administraopblica ou de sociedade. 3 Exposio porescrito sobre as circunstncias em que estredigido um documento ou proje to,acompanhado dos argumento s quemilitam a favor ou contra a sua adoo. 4Parecer ou exposio de um voto ouapreciao. [...] 6 Qualquer exposiopormenorizada de circunstncias, fatos ouobjetos [...]

    6.1 Conceito

    Relatrio , ento, uma narrao, descrioou exposio de um evento qualquer (algo queocorreu e foi obse rvado, al go que foirealizado), de uma prtica ou de um conjuntode prticas, at mesmo de um objeto. Valesali en tar o detalhamento como umacaracterstica do relatrio, pois os termosminuciosa e circunstanciada so usados paraqualificar a descrio, em pelo menos umadas definies.

  • 34...34...34...34...34...

    Relatr ios podem te r os mais di versospropsitos: descrever ampla variedade deatividades realizadas, tais como, observaesde campo, procedimentos tcnicos, visitas,viagens, inspees, verificaes, medies,auditorias, avaliaes, vistorias, etc.; informarsobre o andamento de um projeto, de umaobra ou sobre as ativ idade s de umaadministrao; oferecer informaes eanlises sobre empresas, mercados, produtosou tecnologias; sobre reas promissoras domercado e tecnologias emergentes; exporconhecimentos aprofundados sobre umadeterminada instituio, ou ainda descreveratividades realizadas em laboratrio, emcampo, etc. (MARCONI; LAKATOS, 1999;SEVERINO, 2000).

    Considerando o largo uso de relatrios nosdiversos campos de atividades profissionais, importante que o acadmico aprenda,durante a sua formao, a elabor-los, poiscomo profissional certamente ser solicitado

    6.3 Tipos de relatrios

    Flres, Olmpio e Cancelier (1992, p.168-193) apresentam uma til t ipologia derelatrio, cuja sntese, elaborada segundo ospropsitos deste documento, apresenta-se aseguir. Inicialmente, as autoras classificam osrelatrios quanto estrutura e funo.Quanto estrutura (partes componentes),podem apre sentar difer entes n vei s deformalidade, desde o relatrio formalrelatrio formalrelatrio formalrelatrio formalrelatrio formal aquele que segue todas as normas de umtrabalho tcnico, tem forma de apresentaorigorosa, trata de assunto complexo e se

    destina a grandes audincias, como, porexemplo, o relatrio de uma Secretaria deEstado at o relatrio informalrelatrio informalrelatrio informalrelatrio informalrelatrio informal, que tratade um nico assunto, tm poucas pginas(s vezes uma nica) e uma apresentaobreve; entre esses dois extremos estariam osrelatrios semi-informaisrelatrios semi-informaisrelatrios semi-informaisrelatrios semi-informaisrelatrios semi-informais, de algumaextenso (5 a 15 pginas ou pouco mais),que j requerem uma apresentao tcnica,tratam de assunto de certa complexidade eapresentam concluses ou recomendaesfundamentadas em dados.

    a faz-lo, em diferentes situaes. A esserespeito, Barrass (1986, p.20) aconselha:No basta termos uma boa idia ou

    6.2 Propsitos

    O relatrio , por conseguinte, um documentoatravs do qual um profissional ou acadmicofaz o relato de sua prpria atividade ou dogrupo ao qual pertence. O obje tivo comunicar ao leitor a experincia acumuladapelo autor (ou pelo grupo) na realizao dotrabalho e os resultados obtidos.

    Dessa forma, na elaborao de um relatrio,qualquer que seja seu tipo, a preocupaomaior deve estar voltada para a eficincia dacomunicao.

    executarmos um bom trabalho; precisotambm sermos capazes de fazer com queoutras pessoas entendam o que estamosfazendo, porque o fazemos e com queresultados.

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    ... 35 ... 35 ... 35 ... 35 ... 35

    Quanto funo, os relatrios podem serinformativos e analticos.Os relatrios informativosrelatrios informativosrelatrios informativosrelatrios informativosrelatrios informativos transmitemin formaes sem anal is-l as ou fazerrecomendaes; so pouco extensos e,portanto, informais ou semi -in formais.Subdividem-se em:- relatrio informativo de progressorelatrio informativo de progressorelatrio informativo de progressorelatrio informativo de progressorelatrio informativo de progresso: tratado andamento de uma atividade ou ao;pode ser peridico (mensal, semestral, anual)ou abranger um perodo de tempo maior,demarcado, por exemplo, pelo incio etrmino de uma determinada ao ouprojeto;

    Os relatrios analticosrelatrios analticosrelatrios analticosrelatrios analticosrelatrios analticos so aqueles cujopropsito consiste em analisar fatos ouinformae s e apresentar concluses erecomendaes como deduo da anliserealizada.

    - relatrio informativo de posio ou derelatrio informativo de posio ou derelatrio informativo de posio ou derelatrio informativo de posio ou derelatrio informativo de posio ou destatusstatusstatusstatusstatus: descreve ocorrncias ou fatos relativosa um determinado momento, ou em data

    previamente estabelecida (ex.: relatrio sobrea situao dos estoques de uma empresa);

    - relatrio informativo narrativorelatrio informativo narrativorelatrio informativo narrativorelatrio informativo narrativorelatrio informativo narrativo: faz oregistro de ocorrncias ou eventos; nessamodalidade encontram-se os relatrios dev iagem, de v isita e os relatriosadministrativos.

    6.4 Procedimentos

    A estrutura e a organizao de um relatriosero variveis assim como so variveis ostipos de relatrios, em decorrncia de seusobjetivos e destinao.A elaborao de um relatrio se inicia por umareflexo sobre sua finalidade; para isso soteis trs perguntas:- o que deve ser relatado? Da resposta a

    esta pergun ta resu lta um roteiro ouesquema do contedo do relatrio;

    - para quem deve ser relatado? Esta perguntapode ajudar a decidir quanto ao tipo derelatrio (formal, informal ou semi-informal),nvel de complexidade e aprofundamento docontedo, estilo da redao, etc.;

    - por que deve ser relatado? Esta perguntaauxil ia a decidir se o re latri o ser informativo ou analtico e a esclareceraspectos rel at ivos abordagem e

    A seguir apresentam-se dois roteiros possveispara o corpo do relatrioo corpo do relatrioo corpo do relatrioo corpo do relatrioo corpo do relatrio, com a ressalvade que a estrutura dos relatrios formais (e,se for o caso, dos semi-informais) obedecers orientaes constantes do tpico 4 -Estrutura de trabalhos acadmico-cientficose sua apresentao grfica obedecer, sejaqual for o tipo de relatrio, as normas contidasno tpico 5 - Apresentao grf ica detrabalhos acadmico-cientficos, da Parte IIdeste documento.

    A Elementos pr-textuais (conforme tpico4 da Parte II)

    1 Roteiro

    t ratamento das i nformaes e/ouconcluses e recomendaes a seremapresentadas.

  • 36...36...36...36...36...

    2 Roteiro1 Dados de identificao2 Descrio do problema3 Aparelhagem ou equipamento4 Procedimento(s)5 Resultado dos testes6 Anlise dos resultados7 ConclusesRefernciasApndices / Anexos

    2 Finalidade da atividade3 Descrio da atividade4 Concluses/recomendaes5 Assinatura do(s) autor(es)

    C Elementos ps-textuais Referncias (caso existam) Apndices / Anexos

    Quando se t ratar de um rel atrio deexperincias realizadas em laboratrios,construo/teste ou verificao de mquinas,aparel hos ou si stemas, que pode se rcaracterizado como um relatrio do tipoinformal ou semi -informal, sugere-se aestrutura a seguir. Nota-se que, conforme aextenso do relatrio, os elementos pr-textuais podero ser limitados ao mnimoindispensvel: se o relatrio tiver 2 ou 3pginas, basta a folha de rosto, sendo osumrio dispensvel; com maior nmero depginas, alm da folha de rosto, deve conterum sumrio.

    B Elementos textuais:1 Dados de identificao

    - quando e onde: identificam o local e adata em que a atividade relatada foirealizada;

    - o qu: identifica a atividade realizada.

    importante lembrar que o roteiro dorelatrio deve ser adaptado s necessidadesda disciplina ou aos propsitos da atividaderealizada. Os roteiros aqui apresentadosacima so sugestes para que o professorpossa, a partir dessas idias, criar o modelode relatri o que melhor con temple asnecessidades de formao do seu aluno.A melhor maneira de relatar a seqncia dedesenvolvimento de uma atividade cuidarpara que a exposio seja clara, o estilosimples, preciso e objetivo, marcado pelo usode termos tcnicos adequados, pela correoda linguagem, pela ausncia de perodoslongos, detalhes desnecessrios, adjetivaoexcessiva.

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    ... 37 ... 37 ... 37 ... 37 ... 37

    - O ttulo do relatrio diz explicitamente doque ele trata?

    - O plano do relatrio permite conduzir o leitorpor meio de uma demonstrao eficaz, eseu sumrio reflete isso?

    - O relatrio se limita ao essencial, afastandoo suprfluo ou no-pertinente?

    Para assegurar que nada tenha sido esquecidona verso final do relatrio, Laville e Dionne(1999) sugerem a seguinte verificao, quetanto pode ser usada pelo acadmico paraverificar se seu trabalho est bem feito, antesde entreg-lo ao professor, como pode ser umroteiro adequado para que este avalie osrelatrios elaborados por seus alunos.

    - escrito em um estilo simples e preciso?- O leitor encontra nele todas as informaes

    e referncias de que precisa para assegurar-se da boa conduo da testagem ou daatividade realizada?

    - As regras de apresentao (citaes, notase referncias, etc.) so aplicadas de formametdica e homognea?

    - As tabelas e f iguras, se houver, soapresentadas de maneira uniforme, comseus ttulos e legendas?

    6.5 Avaliao

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    7 MEMORIAL

    Para Severino (2000), o memorial umaautobiografia em que se articulam os dadosdo curriculum vitae, con figurando umanarrativa histrica e reflexiva sobre a trajetriaacadmico-profissional do autor. elaboradocom base numa percepo qualitativa esignificativa do caminho percorrido quecaracteriza a histria do autor. Consiste,portanto, em um relato circunstanciado,minucioso e anal tico das at iv idadesprofissionais desenvolvidas pelo autor nocaso daqueles que se dedicam v idaacadmica, o relato destaca os trabalhos depesquisa, ensino e extenso realizados bemcomo de sua vida profissional como um todoe das perspectivas que percebe ou planejapara a continuidade de seu trabalho no futuro.

    O memorial compreende a explicitao daintencionalidade do autor, ret ratando asubjetividade, as motivaes e as escolhas queo levaram a construir uma determinadahistria profissional. Parte de uma reflexointrospectiva, portanto, e constitui um relatocrtico, de carter avaliativo autoavaliativo um pouco confessional, o que no significadizer que de sua elaborao esteja ausente anecessria dose de objetividade, marca detodo trabalho acadmico. Apresenta, ainda,as perspect ivas futuras que o autor templanejado quanto ao seu percurso profissional um plano de trabalho , podendo esboar,complementarmente, os resu ltados queespera alcanar.

    7.1 Conceito

    7.2 Propsitos

    Quando elaborado para fins de concurso deingresso ou de promoo na carreira, ouai nda para f ins de concorr er a umapremiao, o memorial tem o propsito defornecer informaes para o julgamentoqualitativo do candidato. Nesse sentido, podeser definido como um texto que relata eventosnotveis da trajetria do autor, bem comorealizaes pessoais dignas de permaneceremna memria da sociedade ou da instituio aque pertence.O memorial tem sido uma exigncia emdeterminados concursos para o magistriosuperior de diversas instituies universitrias,como tambm para o ingresso ou para o

    exame de qualificao de cursos de ps-graduao notadamente os de doutorado de muitas universidades.A deciso das Autoras deste documento deapresentar o memorial entre os tipos detrabalhos acadmico-cientficos foi motivada,principalmente, pelo desejo de oferecerori entaes sobr e sua elaborao aosacadmicos, os quais, uma vez formados,precisaro, conforme as circunstncias,elaborar e apresentar o registro analtico desua formao e trajetria profissional, paraconcorrer a postos no mercado de trabalho,ou se habilitar a promoes na empresa ouinstituio a cujos quadros pertenam.

  • 40...40...40...40...40...

    No entanto, alm de servir a tais finalidades,o memorial pode constitu ir uma valiosaproduo acadmica como t rabalhoconclusivo de curso, pelo seu carter reflexivo,

    Para a elaborao do memorial precisoconsiderar as seguintes sugestes:- deve-se adotar a forma de um relato

    cronolgico, analtico e crtico, situando osfatos e acontecimentos no contexto scio-cultural mais amplo, caracterizando ahistria particular do autor;

    - re comenda-se que o memori al se jaelaborado na primeira pessoa do singular,o que permite ao autor enfatizar o mritode suas realizaes;

    - deve-se sintetizar a narrativa dos eventosmenos marcantes e dar nfase aos maissignificativos a critrio do autor e luz dasfinalidades do prprio memorial;

    - utilizam-se subdivises com tpicos/ttulospara marcar as etapas da t rajetriapercorrida, ou para destacar os aspectosou fatos mais significativos, estruturandodessa forma o memorial;

    - finaliza-se o memorial com a indicao dosrumos que o autor pretende assumir, de

    analtico e autocrtico. com vistas a atendera esse duplo propsito que as orientaes aseguir foram elaboradas.

    7.3 Procedimentos

    forma a evidenciar sua articulao com ahistria pr-relatada.

    Embora o memorial seja caracterizado comoum relato reflexivo e avaliativo de um caminhopercorrido pelo autor, tanto em sua formaocomo em sua profisso, indispensvel queesse relato contenha informaes referentesa:

    relevante na elaborao do memorial deixarclaro, particularmente quando este se destinaa finalidades acadmicas, em quais condiesfor am obt idos os t tu los da formaoacadmica, as circunstncias tericas esociais que predominaram no momento daexecuo do projeto de dissertao ou tese.A caracterstica crtica do memorial conduzseu autor avaliao dos resultados obtidos

    -ensino: desempenho didtico, orientaode monografias, dissertaes, teses epesqui sas de in iciao ci ent f ica;

    - atividades tcnico-cient ficas, artstico-cul tu rais e de pre stao de serv iosespecializados: produo cientfica, tcnicaou artstica, resultados de pesquisas, cursose atividades de extenso, participao embancas e xaminadoras, prestao deconsultoria especializada;

    - atividades de administrao: participaoem rgos colegiados, comits executivos,cientf icos ou tecnolgicos no mbitofederal, estadual, municipal ou privado,exe rccio de funes de direo,coordenao e/ou assessoramento.

    - formao, aperfeioamento e atualizao:cursos, estgios de aperfeioamento,especializao e atualizao, participaoem congressos, simpsios, seminrios eoutros eventos;

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    ... 41 ... 41 ... 41 ... 41 ... 41

    Alm dos aspectos referentes ao contedo quej foram apontados, deve-se cuidar que omemorial tenha uma apresentao esmerada,atraente, o que requer, quanto aos seusaspectos fsicos, um projeto grfico de bomgosto, uma impresso cu idadosa,encadernao sbria, etc. Por outro lado, omemorial pode se destacar, principalmente,pelo esmero na redao do texto, comoobserva Frana (1999, p.34):

    Alguns memoriais vo muito alm dasimples apresentao das habilitaespessoais e profissionais do candidato, comtextos to ricamente elaborados que ostrans formam em verdadeiras obrasliterrias.

    Por fim, convm salientar que, apesar de suacrescente utilizao, nota-se ainda uma certaconfuso entre memorial e curriculum vitae.Enquanto este consiste em um conjunto deinformaes sobre as habilitaes do autor,apresentado de forma seqencial e semcomentrios, o memorial um relato datrajetria de uma pessoa, abrangendo suaformao e atuao profissional, apresentadode forma crtica.

    em sua trajetria profissional e acadmica,a parti r da qual elabora um rel atocontextualizado, que reflita as condies esituaes em que se desenrolou sua histriaprofissional. No entanto, o autor precisa semanter aten to para o tom do rel ato,lembrando que tanto a falsa modstia comoo excessivo elogio comprometem a qualidadedo memorial, que deve se destacar por umaauto-avaliao equilibrada.A boa organizao de um memorial essencial para o julgamento das atividadesdo autor, pois ele a justificativa documentaldo seu desempenho profissional e acadmico.A avaliao deve ser feita em cada etapa dorelato, expressando as contribuies e perdasde cada momento, atribuindo diferentes pesosaos distintos eventos do passado. O autorprecisa estar atento para

    retratar, com maior segurana possvel,com fidelidade e tranqilidade, a trajetriareal que foi seguida (...). Relatada comautenticidade e criticamente assumida,nossa histria de vida nossa melhorreferncia. (SEVERINO, 2000, p.176).

    7.4 Avaliao

    A seguir relaciona-se uma srie de perguntasque podero orientar o professor na avaliaodo memorial (caso este tenha sido solicitadoaos alunos como trabalho acadmico), comotambm auxiliar o prprio autor do memorialna avaliao do seu relato.- O relato destaca os aspectos mais relevantes

    da t rajetr ia do autor? A r elevnciaatribuda a esses aspectos justificada/fundamentada?

    - O conjunto das informaes sobre o autore sua apreciao crtica oferecem elementossuf icientes para a apreciao de suatrajetria?

    - O texto evidencia o equilbrio entre oadequado destaque aos xitos obtidos e ameno aos eventuais insucessos?

    - O autor descreve sua trajetria de modoaprofundado, contextualizando-a emrelao a aspectos tericos, polticos,econmicos e/ou sociais?

  • 42...42...42...42...42...

    - A organizao do texto obedece tanto aseqncia cronolgica dos eventos como oencadeamento lgico de fatos eargumentos?

    - Os elementos de transio entre pargrafosso adequados ao sentido e lgica docontedo?

    - Apresenta adequadamente as perspectivasfuturas para sua atuao, relacionando-ascom a trajetria pregressa?

    - O contedo ev idencia uma ref lexocriteriosa realizada pelo autor sobre suatrajetria?

    - A redao do texto precisa e coerente?- A linguagem utilizada respeita a norma

    culta?- A narrativa feita na primeira pessoa do

    singular?- As normas tcnicas de apresentao de

    trabalhos acadmico-cientf icos foramobservadas?

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    ... 43 ... 43 ... 43 ... 43 ... 43

    Parte 2

    Orientaes e normas paraapresentao de trabalhos

    acadmico-cientficos

  • 44...44...44...44...44...

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    ... 45 ... 45 ... 45 ... 45 ... 45

    1 CITAES

    So as descries ou menes (contedos ouinformaes) contidas em um texto extradasde uma outra fonte. So utilizadas parasustentar, terica e empiricamente, o trabalhoapresentado. As citaes podem ser diretas,indiretas ou citao de citao; suaelaborao deve seguir as orientaes danorma NBR 10520:2002 Informao eDocumentao; Citaes em Documentos;Apresentao, da ABNT.Pode-se afirmar que todo trabalho acadmicoou tcnico de carter cient fico sempreapresenta citaes.

    De fato, da prpria natureza da pesquisasituar-se em relao a outras, inspirando-se nelas, nelas buscando apoio para seuspontos de vista, nelas encontrandoilustraes, exemplos e modelos. (LAVILLE;DIONNE, 1999, p. 259).

    Usam-se citaes quando se transcrevemtrechos de alguma obra ou se util izaminformaes j publicadas, com o propsitode esclarecer ou complementar as idias que

    esto sendo expostas. Assim, as citaes tantopodem ser usadas com o objetivo de reforarargumentos como para expor posiescont rrias quelas que esto sendodefendidas.Em trabalhos tcnico-cientficos exige-se rigorna apli cao das praxes de citao,diferentemente de textos literrios, nos quais permitida uma apresentao mais livre.Quanto quantidade de citaes a seremusadas em um trabalho, mesmo Umberto Eco(1988, p.121) considera difcil determinar[...] se se deve citar com profuso ou comparcimnia. Depende do tipo de tese. Emtodo o caso, observa que a citao no podeser uma manifestao de preguia de quemest elaborando uma dissertao ou uma tese,que deixa para os outros a apresentao deidias ou de informaes.

    As informaes sobre a obra mencionadapodem aparecer no corpo do texto ou em notade rodap (sistema numrico). Recomenda-se o uso no corpo do texto (sistema autor-data), deixando para o rodap out rasinformaes, tais como: esclarecimentospontuais do texto, t raduo de palavrasestrangeiras, significado de expresses tpicas,etc.

    Importante!Importante!Importante!Importante!Importante! Qualquer que seja o sistemaadotado, deve ser seguido em todo o trabalho,fazendo-se a correlao com a lista dereferncias (sistema autor-data) ou notas derodap (sistema numrico).Para ident ificao de fon te da citaoapresenta-se o nome do autor, seguido peladata de publicao da obra e nmero dapgina.

    1.1 Regras gerais para citao

  • 46...46...46...46...46...

    Obs. 1: de acordo com a NBR 10520:2002,a indicao da pgina obrigatria paracitao direta.Obs. 2: no primeiro exemplo, a entrada nocaso, o nome do autor deve ser grafadocom letras maisculas; no segundo exemplo,o nome do autor faz parte da frase, sendografado com maiscula e minsculas (NBR10520:2002). Vale ressaltar, tambm, que ouso do ponto final aps as citaes deveatender s regras gramaticais.

    1.2 Tipos de citao

    1.2.1 Citao direta, textual ou literal

    ou

    As citaes diretas longas (aquelas com maisde trs linhas) devem constituir um pargrafoindependente, com recuo de 4cm da margemesquerda, fonte e espaamento interlinearmenores, sem emprego de aspas, como nosexemplos que seguem:

    Ao escolher e delimitar o tema de pesquisa o mestrando deve atentar para oque diz Eco (1988, p.10): quanto mais se restringe o campo, melhor e commais segurana se trabalha.

    aquela em que se reproduz no texto a idia original da obra que est sendo consultada.Quando se trata de citaes curtas (at trs linhas), so inseridas no texto, como nos exemplosseguintes:

    Ao escolher e delimitar o tema de pesquisa o mestrando deve ter presente quequanto mais se restringe o campo, melhor e com mais segurana se trabalha.(ECO, 1988, p.10).

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    ... 47 ... 47 ... 47 ... 47 ... 47

    1.2.2 Citao indireta: parfrase econdensao

    Marconi e Lakatos (2001, p.102) apresentam algumas orientaes relativas elaborao do projeto de pesquisa. Dentre elas, destaca-se a identificaodo tema a ser estudado, que reconhecido como

    [...] o assunto que se deseja provar ou desenvolver. Pode surgir de umadificuldade prtica enfrentada pelo coordenador, da sua curiosidade cientfica,de desafios encontrados na leitura de outros trabalhos ou da prpria teoria.Pode ter sido sugerido pela entidade responsvel pela parte financeira, portanto,encomendado, o que no lhe tira o carter cientfico, desde que no interfirano desenrolar da pesquisa; ou seja, se encaixar` em temas muito amplos,determinados por uma entidade que se dispe a financiar pesquisas e que promoveuma concorrncia entre pesquisadores, distribuindo a verba de que dispe entreos que apresentam os melhores projetos.

    Consiste em se reproduzir o pensamento doautor (idias alheias, portanto) utilizando-sede palav ras prpri as. geralmenteempregada quando se pretende apresentar,de modo reduzido ou abreviado, as idias deum autor sem recorrer citao direta. Comose trata de idias alheias, a referncia fonte obrigatria pois, caso ela no seja feita,tem-se um caso de plgio. Nas citaesindiretas, a indi cao da(s) pgina(s)consultada(s) opcional, conforme a NBR10520:2002.

    A parfrase a forma de citao indireta que,normalmente, no altera, em tamanho econtedo, a escrita do texto origi nal,caracteri zando-se pela substitui o dealgumas de suas palavras ou expresses. Aoparafrasear, restaura-se total ou parcialmenteo texto fonte, processo que exi ge suainterpretao para reconstruo de um novotexto. Nesse sentido, portan to, segundoCompagnon (1996, p.34), o trabalho dacitao [...] uma produo de texto [...].

    Uma tese deve revelar o domnio dos conceitos utilizados e um certo conhecimentoda literatura tcnica. O assunto no deve estar solto no espao, mas colocadono seu contexto. Todavia, o domnio dos conceitos se revela no seu uso aolongo da anlise e no na infindvel seqncia de definies de diferentes autores.(CASTRO, 1978, p. 319).

  • 48...48...48...48...48...

    Citao indireta (parfrase):

    Citao indireta (condensao):

    A definio do problema de pesquisa crucial no processo de pesquisa, pois ela que servir de guia para as etapas posteriores (LAVILLE; DIONNE, 1999).

    Considera-se que a determinao e a explicitao do problema constituemoperaes decisivas no processo de pesquisa. Isso porque a partir daconscientizao do problema e de suas implicaes que o pesquisador sercapaz de planejar e desenvolver adequadamente as etapas subseqentes dapesquisa. (LAVILLE; DIONNE, 1999).

    Um outro modo de escrever a citao indireta a condensao, em que se faz uma sntesedo texto que se quer citar, sem alterar o seusignificado, porm apresentando apenas asprincipais idias do autor. Esta forma de usode citao interessante, pois pressupe

    maior articulao de leitura por parte do autordo trabalho, j que, para que consigasintetizar as idias do tex