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UniFilRealização
RESUMO
O jornal Aletheia se fundamenta na perspectiva da construção de um espaço democrático para investigações relacionadas á Filosofia da Ciência. As reportagens As três
concepções de Ciência e a Breve Retomada da Ciência ao longo da História, são frutos de um estudo sobre a os tipos de concepções de Ciências bem como a analise da
história da Ciência. Já o item Pequenos Verbetes, foi produzido a pedidos de alunos, que demonstraram interesse que o Jornal trouxesse de forma bastante prática alguns
conceitos trabalhados em aulas. O jornal terá uma tiragem reduzida de exemplares, no entanto ficará disponível de forma online no blog de filosofia do Colégio Barão do Rio
Branco.
Palavras-chaves: Mídia, Filosofia da Ciência. OBEJTIVO
Investigar as características do saber científico, visando assim, uma compreensão mais ampla sobre os conceitos: método científico, demarcação da ciência bem como o
conceito de verdade no pragmatismo; Refletir e analisar sobre narrativa científica; Pesquisar a relação entre ciência e política e buscar pensar sobre a neutralidade da ciência.
Construir diversos gêneros textuais a partir de uma conceituação filosófica.
Jornal Aletheia.Área temática: Ciências Humanas e Sociais/Filosofia.
Colégio Estadual Barão do Rio Branco Alunos: Luciana Lissa Fujii e Victória Mattos.
Professora orientadora: Daniela Fernandes da Silva ima
Breve retomada da Ciência ao longo da história.
No decorrer do tempo, a ciência foi se modificando até chegar ao que seria hoje. Suas raízes advêm na Idade Antiga na qual
a filosofia era à base de conhecimento; as características da ciência antiga eram contemplativas e qualitativas (com raras
exceções). Era utilizada como base de formação do mundo pelos filósofos como Aristóteles.
Na idade média a ciência passa a ser vinculada com a Igreja Católica, que por sua vez comandava a disseminação do
conhecimento, sendo contemplativa. (novamente, com pequenas exceções de alguns pensadores que faziam uso da
experiência).
Foi, a partir da Idade Moderna que a ciência finalmente se desvincula da filosofia e da religião, passando a ter autonomia e
independência. Ela passa a ser experimental objetiva e esquematizada de forma generalizada, o grande destaque do período
é filósofo e matemático Galileu Galilei, proeminente divulgador do método científico moderno – observação, levantamento de
hipóteses, experimentação e se comprovada a hipóteses passasse para a generalização.
Dentro do período da Renascença, surgiram outros filósofos e cientistas que marcaram a história, tanto da humanidade
quanto da ciência, exemplos destes são os alquimistas que demonstram de fato a origem de nossa ciência contemporânea:
Paracelso – revolucionador da farmácia e medicina usou o mercúrio para combater a sífilis; Telésio – para conhecer a
natureza precisa-se adaptar ás suas próprias leis. Ainda há Giordano Bruno, que afirmou a infinitude do universo.
As Três Concepções de Ciência
Segundo Marilena Chaui (convite á Filosofia), historiadora e filósofa brasileira, existem três principais concepções de ciência
que se diferem entre si em alguns aspectos: Racionalista, Empirista e Construtivista.
Na concepção Racionlaista-que nasce com os gregos e se prolonga até o final do século XVIII- a ciência é comparada com a
matemática, um conhecimento racional dedutivo e demonstrativo, isto é; primeiramente há propriedade, previsões, entre
outros. Uma vez que o objeto já é conhecido pelo raciocínio, experiências são executadas apenas como forma de confirmar
as demonstrações teóricas existentes.
Diferente da concepção Racionalista (hipotética-dedutiva), a empirista defende a ideia de que a ciência é uma interpretação
dos fatos a partir de observações, experimentos e induções que conduzem á definição,ás propriedade e ás leis de
funcionamento do objeto. Portanto, é possível dizer que, na concepção empirista, a teoria científica é resultado de
observações e experimentações, e, assim, é uma concepção hipotética-indutiva.
Mesclado dois procedimentos (oriundos do Racionalismo e do Empirismo) a concepção Construtivista, por sua vez, defende
a ideia de um conhecimento que seja aproximativo e corrigível. Porém, diferente das duas primeiras concepções, que
afirmavam que a teoria científica era uma representação verdadeira da realidade, a concepção Construtivista pretende
apresentar uma verdade aproximada, sujeito á correções, modificações, entre outro, O ideal de cientificidade construtivista
exige o seguinte: Coerência entre os princípios que orientam a teoria; que o modelo dos objetos sejam construídos a partir da
observação e a experimentação, que os resultados obtidos possam corrigir os princípios da teoria, bem como alterar os
modelos construídos.
Pequenos Verbetes:
Verdade: De acordo com o Pragmatismo de James e Pierce “a verdade está
aqui ou lá desde que você acredite nela e aja conforme sua crença”, assim, a
verdade deve estar em consonância com a realidade e com as outras
verdades que são estabelecidas pelo contexto social. Além disso, há uma
dinâmica que envolve as verdades, pois elas podem ser alteradas por outras;
devem ser úteis, funcionais e práticas, características que definem o valor de
compra de uma verdade. Desa forma, perder valor de compra significa perder
o sentido utilidade na experiência, Em suma, “ideias são verdadeiras se
servem á solução imediata dos problemas” e se possuem consenso coletivo.
Círculo de Viena: (Wiener Kreis) integrado por filósofos e cientistas (Rudolf
Carnap, Otto Neurath, Philipp Frank, Hans Hann, Gustav Bergmann, Viktor
Kraft, Ludwig von Bertalanffy. Participaram W. V. Quine.), foi organizado por
Moritz Schlick em 1922. As reuniões do Círculo ocorriam regularmente todas
as semanas, até o advento do nazismo. Um dos objetivos do Círculo era
resolver o problema da linguagem no uso da ciência, deve ser formal e seguir
o princípios da lógica analítica; a ciência não deve ser estender em assuntos
metafísicos, uma vez que são vazios de significados. E os postulados
científicos devem ser verificados. Assim, os membros do Círculo de Viena
possuem uma concepção em comum: o positivismo lógico que se fundamenta
nas ideias empíricas tradicionais, no verificacionismo e na rejeição da
metafísica por ser considerado como despojada de significado. Nesse
sentido, o significado de uma proposição está intimamente ligado á
possibilidade de verificação.
REFERÊNCIAS
POPPER, K. R. A lógica da Pesquisa Científica. New York: Harper & Row, 1965.
SCHLICK, M. O fundamento do conhecimento. In: Os pensadores: Schlick e Carnap. São Paulo: Abril Cultural, 1980. p. 65-81.