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Severino Almeida, em entrevista especial: “A gente sempre vai viver lutando!” José Válido e Antonio Fritz visitam escolas no Peru e contam o que viram SINDMAR desarma Armação em Brasília durante embate histórico Estão querendo nos engolir! Revista do Sindicato Nacional dos Oficiais da Marinha Mercante SINDMAR • Nº 34 • Setembro | 2012

Transcript of Unificar34

  • Severino Almeida, em entrevista especial: A gente sempre vai viver lutando!

    Jos Vlido e Antonio Fritz visitam escolas no Peru e contam o que viram

    SINDMAR desarma Armao em Braslia durante embate histrico

    Esto querendo nos engolir!

    Revista do Sindicato Nacional dos Oficiais da Marinha Mercante SINDMAR N 34 Setembro | 2012

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    RESPEITO INTERNACIONAL (English version)Fundao Homem do Mar desperta interesse em comunidade martima mundial durante Conferncia em Cingapura ..........................78 DP BRASIL (English version) Fundao Homem do Mar organiza Conferncia pioneira no Brasil sobre Posicionamento Dinmico ........................................................................84 NO TOPO DO MUNDO (English version) Simuladores so atualizados e Centro de Simulao Aquaviria se mantm como o mais moderno do planeta...............................................................88 VISITANTES ILUSTRES NO CSA ....................................................................................96Ministro do Trabalho Brizola NetoPresidente da Universidade Martima Mundial, ProfessorBjrn Kjerfve (English version)Diretor de Portos e Costas, Vice-Almirante Ilques Barbosa JuniorSecretrio de Infraestrutura e Logstica do Paran, Jos Richa Filho

    MEMRIAPROFESSOR ALOSIO TEIXEIRAUma homenagem ao homem que ajudou a viabilizar o CSA ..................103

    JOAQUIM OLIVEIRA DA SILVAUm exemplo a ser seguido ..........................................................................................................117

    COLUNAS E ARTIGOSAGOSTO SANGRENTO. O Brasil entra na Segunda Guerra, por Marcus Vincius de Lima Arantes ........................................................................................10PRECAUES IMPORTANTES, por Marcos Coimbra .......................44E-NAVIGATION, por Diego Tavares ...........................................................................104MANTENDO A PROA, por Jos Serra .....................................................................108SRGIO BARRETO MOTTA ...............................................................................................110LTIMA PGINA, por Roberto Sander ..................................................................118 E MAISEditorial .....................................................................................................................................................................4Cartas ............................................................................................................................................................................7A Voz do Martimo .....................................................................................................................................8Tbua das Mars .............................................................................................................................................9Aviso aos Navegantes ............................................................................................................................12Dirio de Bordo ...........................................................................................................................................14Acordos Coletivos .....................................................................................................................................18

    SumrioPERFIL:

    A gente sempre vai viver lutandoSeverino Almeida fala de jornais, livros, internet e, claro, sobre o SINDMAR 64

    COMO UMA NEGOCIAO DE ACT?Tudo o que voc sempre quis saber e nunca perguntou ..........................20 A UNIO FAZ A FORASINDMAR inaugura Delegacia em Aracaju ...........................................................22 SINDMAR E PETROSConselheiro faz palestra sobre repactuao. Sindicato cobra correo de equvoco ............................................................................................................................24 TRABALHO E MATERNIDADESecretaria de Polticas para as Mulheres se rene com SINDMAR edebate questo da martima gestante ................................................................................26 UM BUARQUE NO MARTranspetro lana navio e ainda aguarda duas embarcaes lanadas no ano passado ...................................................................................................................30 XIV SEMINRIO DO SINDMARCom pblico recorde, encontro em Belm consolida poltica deaproximao com representados ...........................................................................................32

    HOMENAGEM ESPECIALComunidade martima celebra 25 anos de Comando do CLC Gondar ........................................................................................................................................43 VISITA AO PERUJos Vlido e Antonio Fritz visitam escolas peruanas e contam oque viram ..............................................................................................................................................................46 EMBATE HISTRICOSINDMAR desarma Armao em audincia no CongressoNacional .................................................................................................................................................................56 DENNCIASINDMAR encaminha ofcio ao Ministrio Pblico do Trabalho pedindo a instalao de Inqurito Civil contra a Elcano ........................62 SEM NOO!Jos Vlido participa de formatura de martimos e fica indignado com discurso de representante dos armadores ....................................................75

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    Como entender ou explicar, a esta altura do campeonato, algum confundir REB com bandeira de convenincia?

    Como no entender que o caso de ingresso de latinos americanos nada tem a ver com a RN 72, j que esta dirige-se a navios de bandeira estrangeiras?

    Como se consegue dar a mesma magnitude ao problema que envolve de um lado centenas de mi-lhares de martimos dispostos a trabalharem em vergonhosos contratos internacionais e do outro lado, estrangeiros sul-americanos que esto tripu-lando navios de bandeira brasileira que no pas-sam na regio de umas poucas centenas, neste mo-mento? Como no diferenciar a magnitude desses problemas? Como comparar quem trabalha pelo prato de comida com aquele que, at por deter-minao legal, no custar menos para o armador que o utilizar, do que ns?

    Essas e muitas outras dvidas, vises, enten-dimentos etc, que, na grande maioria, no esto altura da nossa capacidade cognitiva, nos chegam em dezenas de questionamentos dirios, ocupan-do boa parte do tempo de dirigentes e assessores, explicando o que a essa altura deveria ser encara-

    do como o bvio ululante. Perguntas e teorias que muito bem caberia a tripulantes de naves estelares vinda de uma longa travessia intergaltica possibi-litada pela navegao no tempo.

    Propositais ou no, fabricadas intencional-mente ou no, dever da direo sindical ser pre-cavida e suspeitar de todas as causas possveis. Uma delas que no tenhamos alcanado uma comunicao que motive nossos associados a se-rem bem informados. Estou referindo-me a quem quer ser bem informado. At por que nada se pode fazer com quem insiste a dedicar tempo a acompa-nhar um BBB da vida, do que rever obras-primas do gnio humano, apenas como exemplo. De igual forma nada se pode fazer com quem faz questo de se informar nos espaos becios possibilitados pela rede mundial de computadores. um direito, antes de ser uma lstima. Saber escolher impor-tante, mas estar disposto a sair do nvel de fofocas baratas e teorias que no resistem a maiores anli-ses, bastando para isso um mnimo de esforo de quem est se informando, fundamental. De outra forma se contentar a pagar conta telefnica com as chamadas para os BBB da vida.

    Despertando interesse para a boa e til informao

    Suspeitas na escassez de esforo em bem se informar algo que merece ateno da Diretoria do SINDMAR. Escassez desse tipo pode ser a explicao para tantos companheiros e companheiras confundirem nossa luta na defesa da RN 72 e RN 80 com o ingresso de estrangeiros da Amrica do Sul, notadamente peruanos, em nossas embarcaes de bandeira brasileira. Essa possibilidade nos leva perigosa hiptese de que teorias e mais teorias difundidas ao sabor da ignorncia proporcionada pela no disposio de bem se informar so geradas numa tal velocidade e volume que chegamos a nos perguntar se isto algo alm de gerao espontnea. Teriam empresas e/ou pessoas interesses em gerar tanta bobagem, cujo conhecimento nos chega geralmente atravs de perguntas via internet?

    A UNIFICAR, a partir dessa edio, est dando uma significativa contribuio para quem d im-portncia boa informao e agradeceria ser me-lhor motivado para isso. Estamos dando mais um passo no aperfeioamento de nossa to prestigiosa revista. Ela passa a ter um novo visual e um ende-reo prprio na internet, o que possibilitar nossos companheiros e nossas companheiras a ampliarem de forma rpida e eficaz mais informao sobre o tema objeto de interesse.

    Essas mudanas, alm de inegvel contri-buio da j antiga equipe de comunicao do SINDMAR, conta agora com o assessoramento de dois profissionais de imprensa cujos cur-rculos falam por si. Esses so os jornalistas Paulo Cezar Guimares, que trabalhou como reprter assistente de editor do jornal O Globo e assessor de Comunicao da Souza Cruz, foi scio-gerente de uma agncia de Comunicao durante 15 anos e professor de Jornalismo h 26 anos; e Silvio Tiriba, que trabalhou mais de 30 anos no Jornal do Brasil. Nessa edio temos ainda a colaborao de Cludio Duarte, um dos maiores ilustradores do pas, autor da capa.

    Essa mais uma contribuio da equipe SINDMAR para o engrandecimento da viso de nossos representados. Afinal, se desejamos con-tribuir para a existncia de uma grande Mari-nha Mercante no podemos pensar como ns, individual e coletivamente, no sermos grandes. Ns somos o material humano que lhe d nacio-nalidade, competncia e defesa. Se nos apeque-narmos no estaremos fazendo por merec-la e nela estar includa. Se nos apequenamos no te-remos foras para defend-la nem, menos ainda, contribuir para seu desenvolvimento. A gerao atravs de interao de coisas to dispares, como uma desejada autntica e forte Marinha Mer-cante brasileira, com consequentes respeitados e valorizados martimos brasileiros, estando esses sem condies de percepo das coisas mais b-vias, dos conhecimentos mais simples de serem obtidos, da prtica e comportamento ticos mais elementares, no pode ser uma interao com resultado positivo e construtivo.

    Boa leitura a todos e nossas tradicionais sau-daes marinheiras. n

    Editorial

    Severino AlmeidaPresidente do SINDMAR

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    ExPEDIENtEEDIO Assessoria de Comunicao do SINDMAR JORNALISMO Editor-executivo e reprter: Paulo Cezar Guimares Subeditor e reprter: Marcio Arruda Reprter fotogrfica: Luciana Aguiar Edio de arte e diagramao: Silvio Tiriba Reviso de texto: Shirlei Nabarrete Nataline Verso em ingls: Edson Areias Capa desta edio: Cludio Duarte Impresso: Wal Print Grfica tiragem de 16 mil exemplaresOs artigos assinados so de responsabilidade dos autores

    FILIADO

    Revista UNIFICAR Publicao do SINDMARSede: Av. Presidente Vargas 309/14, 15 e 16 andares

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    DIRETORIA SINDMARPRIMEIRO PRESIDENtE Severino Almeida Filho SEGUNDO PRESIDENtE Jos Vlido Azevedo da Conceio DIREtOR-SECREtRIO Odilon dos Santos Braga PRIMEIRO DIREtOR FINANCEIRO Nilson Jos Lima SEGUNDO DIREtOR FINANCEIRO Jailson Bispo Ferreira DIREtOR DE COMUNICAO Paulo Rosa da Silva DIREtOR PROCURADOR Marco Aurlio Lucas da Silva DIREtOR DE EDUCAO E FORMAO PROFISSIONAL Jos Nilson Silva Serra DIREtOR DE RELAES INtERNACIONAIS Darlei Santos Pinheiro DIREtOR DE PREVIDNCIA SOCIAL Nelson Nunes

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    Severino Almeida, em entrevista especial: A gente sempre vai viver lutando!

    Jos Vlido e Antonio Fritz visitam escolas no Peru e contam o que viram

    SINDMAR desarma Armao em Braslia durante embate histrico

    Esto querendo nos engolir!

    Revista do Sindicato Nacional dos Oficiais da Marinha Mercante SINDMAR N 34 Setembro | 2012

    Contagem de tempoDesembarquei hoje e informo que chegou a contagem de tempo aqui em casa. Meus sinceros agradecimentos a todos do SINDMAR pela eficincia e dedicao. Antonio Hilrio 2OM

    Ps-graduao a distnciaQuero registrar meus efusivos votos de parabns pela iniciativa da realizao do referido curso, na modalidade a distncia. Como sugesto, analisem a possibilidade da prtica de valores que possam viabilizar a participao de quem no possui condies financeiras no patamar que est sendo ofertado.Paulo Henrique Vilas Boas de Oliveira candidato a aluno do curso de ps-graduao em QSMS

    Prtico mais antigoLi que o Prtico do porto de Santos, Fbio Melo Fontes, o mais antigo do Brasil. Conhe-o o Fbio h mais de 30 anos. Excelente pro-fissional e exemplo de ser humano. Porm, no porto de Vitria, o Prtico Lery Pinto da Silva completou mais de 50 anos na funo.Carlos Alberto Correa Caldas Comandante

    Ilha no pontaNa edio de dezembro de 2011 da revista UNIFICAR, li a reportagem que trata do maior navio graneleiro. Observei um engano sobre o porto de Ponta da Madeira da Vale em So Lus, que est descrito como Ilha da Madeira.Augusto Cesar Magalhes especialista Martimo Porturio

    Em defesa da Log-InPrimeiro quero esclarecer que no sou do tipo patronal. Eu e Log-In simplesmente cumprimos o nosso Contrato de Trabalho, que est previsto que uso o meu conhecimento e habilidades de martimo a bordo de seus navios e, em retorno, a empresa me paga

    um salrio prefixado. Assim temos uma convivncia cordial.Em relao nota Poltica de Desmotivao na Log-In, publicada na seo Voz do Martimo da edio nmero 33 da revista UNIFICAR, teo as seguintes consideraes a respeito da empresa: h cerca de dez meses trabalho na Log-In e o que tenho vivenciado exatamente uma Poltica de Motivao, com a empresa atendendo s solicitaes de manuteno, dos Comandantes e dos Chefes de Mquinas. (...) Avarias ocorrem at em navios recm-sados de estaleiros.Jorge Kronemberger Capito de Longo Curso

    Todos juntosFico feliz em fazer parte de um Sindicato como esse, que atuante e que luta por nossos direitos!Fbio Nonato Eletricista

    Verde, amarelo, azul e brancoMesmo no estando trabalhando no momento, venho acompanhando a luta do nosso Sindica-to e noto louvvel esforo deste staff batalhador para no deixar nossa bandeira perder as cores.Francisco Regis Silva Costa Eletricista

    Verdade dos fatosMais uma palestra acaba e o SINDMAR deixa uma imagem melhor do que eu esperava. Ao contrrio do que est escrito sobre o Sindicato e o Presidente do mesmo em alguns blogs alheios, o que eu vi aqui foi uma dedicao e conhecimento imenso por parte dos palestrantes e membros do Sindicato (e do Severino tambm!).Alessandra Freitas

    Novos oficiaisQuero agradecer novamente a presena do SINDMAR na nossa formatura. Isso valoriza a nossa conquista e a mudana de categoria.Srgio Barroso da Luz 2ON

    CartasCartas para esta seo: [email protected]

    ERRATA:Na reportagem Explode corao, publicada nas pginas 26 e 27 da edio nmero 33 da revista UNIFICAR, os ex-tripulantes do NT Itajub se encontraram em 27 de janeiro em Cabedelo, Paraba.

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    A voz do Martimo

    Syndarma: nivelando por baixo

    A proposta do Syndarma de querer proibir ou retirar os brasileiros de navios estrangeiros para embarc-los em embarcaes de bandeira nacional simplesmente um absurdo! Eles querem acabar com a livre concorrncia no mercado de postos de trabalho. Muitas companhias que no so associadas a este sindicato patronal pagam remuneraes superiores com timas condies sociais. No devemos nivelar por baixo, e sim pela lei de oferta e procura e pelos melhores salrios e pelas condies so-ciais mais humanas.

    Syndarma: descaso com empregosParabenizo a Deputada Jandira Feghali pela defesa da manuteno da RN-72 e pelo compromisso em defesa de nossos empregos e garantia da soberania nacional. Esta parlamentar tem sangue de martima. No se pode trocar altos lucros por desemprego, conforme quer o Syndarma!

    Syndarma: retrocesso para prejudicar martimos brasileirosOs martimos brasileiros esto trabalhando em navios estrangeiros por conta de bons salrios e boas condies sociais oferecidas. O Syndarma quer que ns, martimos brasileiros, venhamos a trabalhar em pirangueiras. Isto retrocesso!

    SPM: luta por legislao especficaJ est na hora de regulamentar esta situao. Espero que todos ns possamos participar efetivamente deste Grupo de Trabalho, com envio de informaes preciosas para a formatao de uma lei que nos proteja no perodo de gestao. Gente, somos as maiores interessadas neste processo!

    Invaso dos hermanos preciso que o Sindicato permanea em alerta em relao presena macia de oficiais latinos, que cada vez mais esto a bordo de navios em nossas guas. Todo cuidado pouco para que no haja uma invaso de

    estrangeiros oriundos de pases que possuem acordos bilaterais ou do Mercosul. Pacto comercial uma coisa, mercado de trabalho outra!

    Grupo Wilson,Sons: soluo na JustiaQuando h atraso no desfecho da negociao de ACT, a empresa se beneficia em entregar os valores devidos a seus empregados. H caso em que h o descumprimento de algumas clusulas do acordo. Isso faz com que a gente tenha de ir para a Justia para obrig-la a dar o que nos de direito! Isto abusivo e injusto!

    Grupo Wilson,Sons: precisa de culos?Agradeo ao Sindicato por me manter sempre informado! Precisamos, realmente, saber o que est sendo negociado. Todos ns devemos participar ativamente da luta pelos nossos interesses coletivos! Ainda mais em se tratando de assuntos que o Grupo Wilson,Sons faz vista grossa, tais como pagamento de dobras, PL e dirias de cursos durante as folgas, entre outros...

    Pan Marine: pacincia tem limite! inadmissvel a lentido da Pan Marine durante o processo negocial para o ACT. Parece at que esta letargia proposital! Estou confiante de que quando esgotar a diplomacia, a empresa ir acordar para a importncia das nossas condies laborais. Friso, tambm, que o nosso Sindicato tem total apoio em suas decises sobre este assunto.

    Maersk: preferncia para quem de foraFiz uma entrevista na Maersk e fui chamada para assinar contrato. Nossa, como foi difcil lidar com os gringos! Foi bastante complicado, mas superei as dificuldades. Aps dois anos, percebi que nessa empresa eu no teria muitas chances de ascenso, visto que os gringos so extremamente patriotas; ou seja, no aceitavam brasileiros na funo de gerentes.

    Participe desta seo enviando reclamaes ou crticas para [email protected] Sua mensagem ser recebida pelo SINDMAR e seu nome ser mantido em sigilo

    Tbua das Mars

    Defesa do mercado martimo para os nacionaisFoi firme a postura dos Deputados Federais, Jandira Fe-ghali, Vicente Selistre e Sebastio Bala Rocha, durante audincia na Cmara Federal. Na ocasio, os Armado-res postularam desembarcar quase dois milhares de ofi-ciais e eletricistas brasileiros que atuam no offshore. Os Deputados defenderam os nossos postos de trabalho contundentemente!

    Mulher chefia Praa de Mquinas na TranspetroA Oficial Mercante Rosane Souza Sinimbu assumiu a Chefia da Praa de Mquinas do NT Sergio Buarque de Holanda, entregue em julho deste ano. A Chefe Rosane estava h oito anos embarcada no NT Itabuna; nos lti-mos cinco, era Subchefe. A 1OM Rosane da segunda turma de mulheres a primeira a ter alunas para o setor de Mquinas do Centro de Instruo Almirante Braz de Aguiar (Ciaba). O exemplo da Chefe Rosane, da seo de Mquinas, e da Comandante Hildelene, da seo de Nutica, deve ser seguido por todo efetivo feminino que integra a Marinha Mercante e pelas novas geraes.

    Demonstrao de respeito ao trabalhadorA Asso Martima Navegao e a Augusta Offshore nego-ciaram o Acordo Coletivo de Trabalho com o represen-tante dos oficiais e eletricistas mercantes, com o claro in-tuito de buscar um denominador comum que alcanasse a satisfao de todas as partes. O processo de negociao no foi moroso, evidenciando a preocupao das empre-sas em atender os pleitos dos trabalhadores.

    Uma nova chanceA Maestra, empresa que atua no mercado da cabotagem h pouco mais de dois anos, recuperou os antigos na-vios Neptunia Mediterrneo e Lloyd Atlntico, de triste histria, e que agora tm os nomes de Maestra Mediter-rneo e Maestra Atlntico. As embarcaes, juntamente com outros dois navios, esto operando normalmente, contrariando quem apostava no fracasso da empreita-da. A atitude de passar por cima do triste passado que marcou estes navios, colocando estas embarcaes para operar regularmente em guas brasileiras, merecedo-ra de aplauso.

    Agindo com responsabilidade e ticaA companhia de navegao Log-In Logstica Intermo-dal, que sucedeu a Log Star, aproveitou o corpo fun-cional martimo (tripulantes da antiga empresa) que se disps a continuar na nova companhia.

    Portos e Navios: parcialidade ou imparcial?A 9 edio da feira Navalshore, no Rio de Janeiro, promoveu debate sobre mercado de trabalho de oficiais mercantes. Os Armadores fo-ram convidados pela Portos e Navios a participar da discusso. Porm, o representante sindical dos trabalhadores, que contraponto nesta discusso, foi ignorado e sequer foi convidado. Ter sido um esqueci-mento proposital? A imparcialidade no passou perto.

    Maersk: desrespeitando o que acordouA Maersk insiste em desrespeitar os oficiais e eletricistas da Marinha Mercante brasileira. A companhia no segue as clusulas acordadas em Acordo Coletivo de Trabalho. Com tanto desrespeito aos trabalhadores, a imagem da companhia mudou: agora, a Maersk passou a ficar conhe-cida no mercado como a empresa que desrespeita os Acordos Coletivos de Trabalho. Com isso, os oficiais e eletricistas esto colocando a Maersk como ltima opo para emprego.

    A armao da Armao NacionalEm audincia realizada no dia 2 de agosto no Congresso Nacional, o Syndarma fez proposio de flexibilizar a NR-72, com o inequvoco in-tuito de permitir a substituio de milhares de oficiais brasileiros que atuam no segmento offshore. O objetivo? A substituio destes traba-lhadores por estrangeiros. Em outras palavras, a sociedade brasileira assistiu em Braslia ao pedido do Syndarma pelo desemprego de traba-lhadores brasileiros.

    Pan Marine: exemplo que no deve ser seguidoSeguindo uma nefasta prtica adotada pela Tidewater, matriz nos Esta-dos Unidos, que insiste em no negociar Acordo Coletivo de Trabalho com sindicatos dos trabalhadores martimos norte-americanos, a Pan Marine quer seguir este mesmo caminho no Brasil. A empresa explicita seu desrespeito com os oficiais e eletricistas e faz fora para navegar em mquinas a r quando o assunto Acordo Coletivo de Trabalho. Tra-balhadores felizes e satisfeitos contam com proteo laboral e querem enxergar uma relao respeitosa com seu patro.

    Venha a ns... E ao vosso reino... Nada?A cada ano que passa, a ausncia de representantes das empresas de na-vegao em cerimnias de formatura, no s da EFOMM, mas de todos os demais cursos ministrados nos Centros de Instruo (Ciaga, no Rio de Janeiro, e Ciaba, em Belm), sentida pelos novos trabalhadores marti-mos. No prestigiar eventos de formatura entendido pelos formandos como descaso patronal por sua possvel futura mo de obra qualificada.

    Norsul e Elcano e Transpetro: toda fora avante para los hermanos!As companhias Norsul e Elcano e, por incrvel que parea, a Transpe-tro, em seus navios aliviadores, parecem no valorizar os trabalhadores brasileiros em seus quadros de mar. Estas empresas esto utilizando de forma agressiva a mo de obra martima de pases da Amrica Latina. A opo destas companhias entra na contramo do que existe no nosso setor, que tem profissionais extremamente qualificados.

    MAR ALTA MAR BAIXA

  • Revista UNIFICAR www.sindmar.org.br setembro de 201210 11 Revista UNIFICAR www.sindmar.org.br setembro de 201210

    Agosto sangrentoO Brasil entra na Segunda Guerra

    H 70 anos navios brasileiros eram torpedeados na costa brasileira por submarinos alemes

    Marcus Vinicius de Lima Arantes

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    Um dos perodos mais trgicos da nossa histria marti-ma verificou-se em agosto de 1942, quando um nico submarino ale-mo perpetrou um massacre na costa brasileira. Naquele ms de agosto de 1942, os dias foram muito dolorosos e as repercusses das agresses foram dramticas. At ento, excetuando-se a agresso ao Comandante Lyra por um submarino italiano, os ataques aos navios nacionais eram feitos longe dos olhos do sentimental povo brasileiro, a maioria no Mar do Caribe. Foi ento que chegou costa brasileira o submarino alemo U-507, enviado pelo Almirante alemo Karl Doenitz para uma misso es-pecificada pelo eufemismo de fazer manobras livres na costa brasileira.

    Comandado pelo sanguinrio Capito-de-Corveta Harro Schacht, o U-507 atacou cinco navios brasileiros na costa do Nordeste, provo-cando a morte de 607 pessoas. As trgicas consequncias das covardes agresses eram bem visveis e chocavam o povo cadveres de homens, mulheres e crianas apareciam nas praias chocando o povo brasileiro e famlias eram sacudidas pelas perdas irreparveis.

    O velho e moroso Baependy do Lloyd Brasileiro, comandado pelo Capito-de-Longo-Curso Joo Soares da Silva, foi a primeira vtima do carrasco alemo. Navegava de Salvador para Recife com uma guarnio de 73 homens e 233 passageiros. No incio da noite de 15 de agosto de 1942, o mercante brasileiro foi avistado pelo U-507, que disparou dois torpedos que o atingiram no costado de boreste e o fizeram adernar ra-pidamente. Em menos de cinco minutos o navio foi tragado pelo mar, no havendo tempo suficiente para as manobras de salvamento. Somente uma baleeira, por sorte dos seus 28 ocupantes, se desprendeu dos gan-chos quando o navio afundava. Fora da baleeira, muitos outros sobrevi-ventes se agarravam a destroos, na tentativa de se salvar. A angustiante situao foi agravada pelas condies do mar, violentssimo, encapelado e coberto de destroos. Terrveis e angustiantes gritos de socorro ecoavam pelo ar. Homens, mulheres e crianas morriam tragados pelo mar ou de-vorados por tubares. A nica baleeira com seus 28 ocupantes ficou deriva por toda a noite, com seus ocupantes enfrentando a fria do mar e o frio. Na manh do dia seguinte, ela chegou costa sergipana. Alm dos sobreviventes da baleeira, mais outros oito sobreviventes, agarrados a destroos, tambm conseguiram chegar costa.

    A vtima seguinte do submarino alemo foi o Araraquara, na-vio de carga e passageiros do Lloyd Brasileiro. Comandado pelo Capito-de-Longo-Curso Lauro Augusto Teixeira de Freitas, o Araraquara foi atacado pelo U-507 na costa de Sergipe, no mes-mo dia em que o Baependy tambm o fora. Da mesma forma que aconteceu com o Baependy, o rpido naufrgio do navio no dera tempo suficiente para que as baleeiras fossem arriadas. Como consequncia morreram 66 tripulantes, dentre eles o comandante Teixeira de Freitas, o Imediato Joo Fernandes Bio e 65 passageiros, totalizando 131 mortos. Os poucos sobreviventes que chegaram s praias da costa sergipana agarrados a destroos contaram histrias tristes de colegas que tiveram alucinaes provocadas pela sede e fome e se atiraram ngua, sendo impossvel salv-los.

    Depois foi a vez do Annibal Benvolo, comandado pelo Capito-

    -de-Longo-Curso Henrique Jacques Mascarenhas da Silveira. O navio foi atacado pelo U-507 um dia depois dos ataques ao Baependy e ao Araraquara, por volta das 4h da manh, quando seguia para Aracaju a apenas sete milhas da costa. Todos os 83 passageiros foram mortos, in-cluindo 16 crianas. O Comandante Mascarenhas foi um dos quatro so-breviventes do navio. Ele foi lanado ao mar e nadou desesperadamente at encontrar uma das baleeiras do navio que flutuava vazia. Conseguiu nela subir e se acomodou at o dia clarear. Encontrou mais dois tri-pulantes e os recolheu. Um outro tripulante conseguiu chegar praia agarrado a destroos. Demonstrando extrema coragem, o CLC Mas-carenhas voltou a comandar um outro navio na zona sujeita a ataques.

    A seguir, no dia 17, o Itagiba foi a outra vtima do algoz alemo. Este Ita da Costeira, comandado pelo Capito-de-Logo-Curso Jos Ricardo Nunes, navegava a cerca de 9 milhas do farol do Morro de So Paulo quando foi atacado. Desta vez, a grande maioria de tripulantes e passageiros conseguiu se salvar, a menos de 10 tripulantes e 26 passa-geiros. Um dos sobreviventes, o ento 3 Sargento Pedro Paulo de Fi-gueiredo Moreira dizia no trecho mais comovente da narrativa de sua trgica experincia como nufrago:

    Assisti a cenas que jamais pensei de presenciar na minha vida durante o tempo em que estive abraado aos destroos do navio. Vi companheiros meus serem puxados por tubares, dando gritos de dor e desaparecendo; outros mais fracos, perderam o juzo diante de tan-ta barbaridade, proferindo frases sem nexo, tais como: Eu quero caf; Espere minha me; Vou a p e desapareciam na profundeza do mar. Aps presenciar esse espetculo desesperador, nadei em direo a uma das baleeiras. Devido superlotao, a baleeira tombou lanando muita gente ao mar pela segunda vez, inclusive eu. Aps algumas horas de pavor e nervosismo, surge um iate, parece-me, enviado por Deus, o Aragipe, que presenciara o naufrgio do nosso navio e viera em nosso socorro, recolhendo a bordo todas as vtimas, levando-nos para a cida-de de Valena, na Bahia.

    A seguir foi a vez do Arar ser afundado pelo submarino ale-mo, no mesmo dia do ataque ao Itagiba. Seu comandante era o CLC Jos Coelho Gomes. Ao cair da tarde do dia 17, o Arar encontrou em sua rota nufragos do Itagiba, que fora torpedeado pelo U-507 h cerca de duas horas. O navio parou as mquinas e no momento que processava o salvamento dos 18 sobreviventes do Itagiba, rece-beu um torpedo do submarino alemo que o atingiu por boreste e o colocou a pique, matando 20 dos seus 35 tripulantes. Quis o desti-no que alguns dos nufragos do Itagiba recolhidos fossem tambm nufragos do Arar.

    As atrocidades cometidas pelo U-507, que mancharam de sangue a costa do Nordeste brasileiro, motivaram uma grande reao popular que culminou com a declarao de Estado de Beligerncia do Brasil contra as Potencias do Eixo no dia 31 daquele mesmo agosto fatdico de 1942.

    Marcus Vinicius de Lima Arantes oficial mercante e professor do CIAGA. autor do livro Torpedo, o Terror no Atlntico.

  • Revista UNIFICAR www.sindmar.org.br setembro de 201212 13

    Aviso aos Navegantes

    Curso complementarpara Oficiais oriundos do Acon/Acom

    Atendendo solicitao do SINDMAR encami-nhada pelo Ofcio 0694/2009, a Diretoria de Portos e Costas (DPC) desenvolveu cursos complementares, denominados Acon-C e Acom-C, que aumentaro a capacidade profissional dos Oficiais oriundos dos cur-sos Acon/Acom.

    Os Oficiais aprovados nos cursos Acon-C e Acom--C estaro habilitados a realizar os cursos de Aper-feioamento de Nutica e de Mquinas para Oficiais (APNT e APMA). Isto permitir aos Oficiais atingir as categorias mximas em suas Sees.

    As primeiras turmas Acon-C e Acom-C esto pre-vistas para serem ministradas ainda este ano.

    Embate histrico est no site do SINDMAR e no YouTube

    Na audincia pblica ordinria conjunta das Comisses CTASP (Trabalho, Administrao e Ser-vio Pblico) e CVT (Viao e Transporte), reali-zada na Cmara Federal, em Braslia, o Presiden-te do SINDMAR, Severino Almeida, combateu os ataques da Armao. Os empresrios ainda tentam convencer governo e sociedade com falsas afirma-es de que no h oficiais mercantes brasileiros no mercado nacional.

    O lder sindical foi contundente e mostrou dados de um srio estudo feito pela Schlumberger, provo-cando o fracasso de mais esta tentativa dos armadores.

    Para ver o vdeo do pronunciamento do Presiden-te Severino Almeida, navegue at a pgina de compar-tilhamento de vdeos, YouTube, e faa a busca pela pa-lavra SINDMAR. Se preferir, clique no menu Vdeos do site do seu Sindicato (www.sindmar.org.br).

    Segundo semestre com cursos no Centro de Simulao Aquaviria

    A Fundao Homem do Mar (FHM) j divulgou no site do Centro de Simulao Aquaviria (www.csaq.org.br) o calendrio dos cursos que sero mi-nistrados no segundo semestre de 2012. Todos os cursos sero realizados no CSA, que opera na Sede do SINDMAR, no Rio de Janeiro.

    A novidade desse ano, como j se sabe, o novo Passadio. Alm do j conhecido Passadio 1, o CSA inaugurou no primeiro semestre o Passadio 2. No mais, a excelncia dos cursos continua com Posicio-namento Dinmico Bsico (DPB), Posicionamento Dinmico Avanado (DPA), Posicionamento Din-mico Tcnico (DPT) e Combate Poluio nveis 1 e 2 (CBP1 e CBP2).

    O site do CSA informa as datas de cada um dos cinco cursos. Ali mesmo, no site, possvel fazer o download com o arquivo com toda a programao desse segundo semestre de 2012.

    Mergulhando nas mdias sociais

    A poltica de encurtamento de distncias entre o SINDMAR e seus representados ganha mais um reforo: o Sindicato mergulha no universo das mdias sociais e inaugura sua conta oficial na pgina de relaciona-mentos Facebook. Associados e associadas do Sindicato, e inclusive todos do setor aquavirio e de demais segmentos da sociedade, podero entrar em contato com o SINDMAR por este site de relacionamento. Para encontrar o nosso Sindicato na rede fcil. Faam a busca pela palavra SINDMAR e naveguem pelo perfil SINDMAR Sindicato Nacional dos Oficiais da Marinha Mercante; e no se esqueam de curtir!

    Na correnteza da modernidade, o SINDMAR tambm abriu sua conta oficial no Twitter. Para seguir o Sindicato, basta encontrar o @SINDMAR, que a conta do Representante Sindical no microblog.

    Certificado de competncia

    A Diretoria de Portos e Costas (DPC) autorizou os Oficiais Mercantes a embarcarem com uma cpia au-tenticada do certificado e com o protocolo de entrada junto Capitania dos Portos ou DPC. A deciso benefi-cia o Oficial que est com seu certificado de competn-cia (DPC-1031) dentro do prazo de validade e que deu entrada no processo de revalidao desse certificado.

    A medida, tomada aps sugesto do SINDMAR, tem como propsito permitir que os Oficiais possam embarcar at a data- limite da validade do certificado, alm de atender ao prazo de entrada do processo de revalidao do certificado recomendado pela DPC. Atualmente, este prazo de trs meses antes da data de encerramento da validade constante no certificado.

    Ateno ao procedimento para inscrio no APMA

    Os 2OM e 1OM devem estar atentos ao correto preenchimento da CIR, inclusive no campo destinado potncia do navio em que esto embarcados.

    Esse procedimento tem como objetivo a comprovao de condies para inscrio no Curso de Aperfeioamento para Oficial de M-quinas (APMA), estabelecidas pela Diretoria de Portos e Costas.

    E assim foi feita a capa da UNIFICARO ilustrador Cludio Duarte, dos jornais Globo e Extra, e um dos mais premiados desenhistas brasileiros, o autor da ilustrao da ousada capa dessa edio da revista UNIFICAR. Destacamos aqui uma ideia de como Cludio desenvolveu a ilustrao. Caso queira saber e ver mais detalhes, visite o blog: revistaunificar.blogspot.com

    MAKING OFReproduo TVSINDMAR

    O cliente sugere uma imagem impactante e d como referncia uma boca aberta ou algo assim

    Depois de estudar um layout baseado na sugesto do cliente, comea o processo de montagem e arte encaminhada ao cliente

  • Revista UNIFICAR www.sindmar.org.br setembro de 201214 15

    Dirio de Bordo

    Comisso debate aplicao de normas para navegao fluvial

    Em reunio realizada na sede do SINDMAR, no Rio de Janeiro, representantes dos trabalhadores ma-rtimos, dos armadores e do Ministrio do Trabalho e Emprego, alm da Autoridade Martima, Antaq e ou-tras entidades ligadas ao setor martimo, integrantes da Comisso que estuda aspectos da Norma Regula-mentadora de Segurana e Sade no Trabalho Aqua-virio, a NR-30, debateram aplicabilidades da norma.

    Desta vez, a Comisso Permanente Nacional Aquaviria, que tem reunies trimestrais, se dedica

    s especificidades da rea fluvial. Aps debater am-plamente os assuntos, levamos nossas decises a uma Comisso Permanente Tripartite Temtica, em Bras-lia, para que se verifiquem as adequaes jurdicas, salienta o Auditor Fiscal do Trabalho, Emlio Magro, que o coordenador mesa das discusses. Magro ressaltou, ainda, que a importncia desse trabalho, alm do acompanhamento e a atualizao das normas, bem como o estabelecimento de padres de seguran-a e sade para os trabalhadores, a complementao da abrangncia dos mecanismos regulamentadores, o que, na prtica, d mais subsdios aos trabalhos de inspeo que garantem melhores condies laborais. No dia 12 de abril de 2012.

    Luciana Aguiar

    Formatura do CAAQ-I-ME no CiabaA formatura dos 26 alunos da turma CAAQ-I-ME

    (Curso de Adaptao para Aquavirios no mdulo em concentrao em eletricidade) do Ciaba aconteceu nas dependncias do Centro de Instruo Almirante Braz de Aguiar.

    O Comandante do Ciaba, Capito-de-Mar--e-Guerra Francisco Carlos de Almeida Gomes, capitaneou a cerimnia que reuniu amigos e fa-

    miliares dos formandos. O CMG Almeida Gomes congratulou cada um dos alunos que participa-ram desse curso. O primeiro aluno da turma foi Alexander Gomes da Silveira.

    O SINDMAR foi representado pelo Diretor de Re-laes Internacionais, Darlei Pinheiro, e pelo Diretor de Educao e Formao Profissional, Jos Serra. No dia 4 de maio de 2012.

    Imortal Joo Ubaldo prestigia concurso literrio

    A cerimnia de premiao do II Concurso Literrio 2ON Letcia Silva contou com a ilustre presena do membro da Aca-demia Brasileira de Letras Joo Ubaldo Ribeiro. A solenidade foi presidida pelo Vice-Almirante Leal Ferreira. Os premiados foram: Joo Pedro Santos Cavalcante, aluno do Ciaba, Saulo Dai-bes de Vasconcelos, Praticante de Oficial de Mquinas, e Bruna de Oliveira Pina, aluna do Ciaba. No dia 15 de maro de 2012.

    Turma conclui APNT no Ciaba

    Os 18 alunos e quatro alunas da turma do curso de APNT do Centro de Instruo Almirante Braz de Aguiar se formaram em maio. A solenidade de encerramento do curso de Aperfeioamento para Oficial de Nutica aconteceu nas dependncias do Ciaba, em Belm. O SINDMAR, representado pelo Diretor de Relaes Internacionais, Darlei Pinhei-ro, prestigiou a cerimnia e congratulou todos os 22 formandos da turma CLC Jacana Sales. O nome da turma lembra o Comandante que era professor da Escola de Formao e tinha forte atuao no nosso Sindicato. O CMT Jacana era reconhecido pelos companheiros por sua postura voltada para aes que beneficiassem o coletivo. O primeiro aluno da turma CLC Jacana Sales foi Marcio Espndola Pi-nheiro. No dia 25 de maio de 2012.

    Divulgao

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  • Revista UNIFICAR www.sindmar.org.br setembro de 201216 17

    Dirio de Bordo

    Juramento Bandeira

    Alunos e alunas do primeiro ano da Escola de Formao de Oficiais da Marinha mercante (EFOMM) do Centro de Instruo Almirante Braz de Aguiar, em Belm, fizeram Jura-mento Bandeira. A cerimnia, re-alizada no Ciaba, reuniu autoridades militares e civis. O Delegado Regional do SINDMAR na capital paraense, Darlei Pinheiro, participou da sole-nidade dos futuros oficiais mercantes.

    Duas semanas aps a cerimnia no Ciaba, o Centro de Instruo Almi-rante Graa Aranha, no Rio de Janeiro, organizou solenidade de Juramento Bandeira para os alunos e alunas do primeiro ano da Escola de Formao de Oficiais da Marinha Mercante. A cerimnia aconteceu no Ciaga e reu-niu autoridades e representantes sin-dicais martimos, como o Presidente do SINDMAR, Severino Almeida, o Segundo Presidente do Sindicato, Jos Vlido, e o Diretor de Educao e For-mao Profissional, Jos Serra. Nos dias 11 e 25 de maio de 2012.

    Luciana Aguiar

    Divulgao

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    O SINDMAR se reuniu com a Coordenao Nacional de Inspeo do Trabalho Aquavirio em Vitria para debater pontos pertinentes ao setor martimo. No encontro, que contou com a participao do Secretrio Nacional Emlio Magro, o Delegado Regional do SINDMAR em Fortaleza, Rinaldo Medeiros, discutiu questes trabalhistas e a RN-72.

    Logo depois, o Sindicato participou de en-contro com o Diretor-Presidente da Compa-nhia Docas do Esprito Santo (Codesa), Clovis Lascosque, e com o Diretor de Planejamento da Codesa, Danilo Queiroz. Nesta reunio, a Repre-sentao Sindical salientou os problemas de acesso aos portos enfrentados pelos tripu-lantes durante seus embarques e desembarques. No dia 23 de julho de 2012.

    A Capitania dos Portos de Alagoas realizou a sua Passagem de Comando. A cerimnia militar foi ca-pitaneada pelo Comandante do 3 Distrito Naval, Vice-Almirante Bernardo Jos Pierontoni Gamboa.

    O Capito-de-Fragata Andr Pereira Meire passou o Comando da Capitania dos Portos de Alagoas para o tambm Capito-de-Fragata Levi Alves da Silva. No dia 4 de julho de 2012.

    SRT-CE e SINDMAR debatem setorO SINDMAR se reuniu com o Coordenador da SRT-CE, Marcelino

    Mendes, e com o Superintendente Regional do Trabalho e Emprego no Ce-ar, Julio Brizzi, que ficou impressionado com a qualidade da publicao da revista UNIFICAR. No encontro, o Sindicato debateu assuntos ligados ao setor aquavirio brasileiro com os representantes do MTE. Durante a reu-nio, o Delegado Regional do Sindicato em Fortaleza, Rinaldo Medeiros, exps a importncia da questo da homologao por justa causa. A ao do Sindicato foi elogiada pelos presentes, que apontaram que a iniciativa poder servir de exemplo para padronizao para os demais sindicatos. No dia 12 de julho de 2012.

    Setor martimo em debate no Esprito Santo

    Troca de Comando na Capitania dos Portos AL

    Divulgao

  • Revista UNIFICAR www.sindmar.org.br setembro de 201218 19

    Acordos Coletivos

    (ACT)EMPRESA: NoRSulDE: 1 de fevereiro de 2012AT: 31 de janeiro de 2013PRINCIPAL CARACTERSTICA: O acordo fir-mado para os oficiais e eletricistas mercantes que tripulam os empurradores da Norsul traz um n-dice que ser aplicado para reajustar as remunera-es do pessoal de bordo. Dos trabalhadores que se manifestaram na votao, a maioria aprovou a proposta negociada com a companhia.

    EMPRESA: TRiAiNA DE: 1 de agosto de 2011AT: 31 de julho de 2012PRINCIPAL CARACTERSTICA: O documento assinado pelo SINDMAR aps autorizao de seus representados traz um percentual de reajuste remuneratrio que passou a ser aplicado a partir da data da vigncia desse Acordo. A proposta que originou esse ACT foi colocada em votao pelo Sindicato. O resultado mostrou que a maioria aprovou os termos debatidos e negociados com a Triaina.

    EMPRESA: H.DANTASDE: 1 de fevereiro de 2012AT: 31 de janeiro de 2013PRINCIPAL CARACTERSTICA: O acordo fir-mado vem com um ndice que ser aplicado como reajuste nas remuneraes dos representados do SINDMAR que pertencem ao quadro de mar da companhia. Dos 33 martimos que participaram da democrtica votao, 28 aprovaram a proposta, en-quanto trs se abstiveram. Isso significa que os ter-mos negociados com a empresa tiveram uma aceita-o de quase 85%.

    EMPRESA: ASSo MARTiMA E AuguSTA offSHoREDE: 1 de fevereiro de 2012AT: 31 de janeiro de 2014PRINCIPAL CARACTERSTICA: O Acordo Coletivo de Tra-balho 2012/2014 adota a previdncia privada para os oficiais e eletricistas mercantes. O documento tambm traz um percen-tual que ser aplicado nas remuneraes. A proposta de ACT, que originou esse Acordo, foi aprovada pela maioria dos mar-timos que participou do pleito.

    Todos os Acordos Coletivos de Trabalho foram assinados com empresas aps manifestao, em votaes realizadas a bordo e em terra, e aprovao dos representados do SINDMAR. Os arquivos em PDF dos ACTs foram enviados para as respectivas embarcaes das companhias diretamente relacionadas aos acordos firmados na ocasio das assinaturas para ampla consulta e devido uso por todos os representados

    (PR e PLR)EMPRESA: log-iNC O M E N T R I O : Aps grande esforo do SINDMAR, a Log--In se reuniu com seu Conselho de Admi-nistrao e concordou em reconhecer a dedi-cao de seus empre-gados martimos. O resultado foi a assina-tura de Termo Aditivo ao Acordo para a Participao dos Empregados nos Resultados (PR) para o exerccio 2011. O montante s seria pago aos empregados se o valor mnimo de Ebitda (lucro an-tes das despesas financeiras, depreciao, amortizaes e impostos) fosse atingido. De fato, o valor no alcanou o patamar necessrio. Prontamente, o SINDMAR mostrou companhia a importncia da PR para os oficiais e eletricistas. O pagamento da PR foi feito baseado exclusivamente nos indicadores de desempenho individual ou de equipe, conforme clusula terceira, item B, III.

    EMPRESA: PETRobRAS E TRANSPETRoCOMENTRIO: Aps as propostas serem aprovadas pelo corpo funcional martimo do Sistema Petrobras, o SINDMAR assinou os Acordos de quitao da Participao de Lucros e Resultados do exerccio 2011. Neste pleito, foram 46 os navios votantes. Isto significa que as tripulaes de 92% das embarcaes que esto ativas na frota Transpetro participaram efetivamente do processo de votao. Assim, 903 tripulantes aprovaram as propostas, 125 rejeitaram e 12 tripulantes abstiveram-se de votar. Isso equivale que pouco mais de 86% dos martimos que participaram da votao aprovaram os termos.

    Fotos de Luciana Aguiar

  • Revista UNIFICAR www.sindmar.org.br setembro de 201220 21

    Um sindicato forte de trabalhadores tem de ter grande poder de negociao com os empresrios. A fora consequncia direta da atuao de seus representados e da ao poltico-sindical da sua diretoria. Por trs da conquista de resultados positivos, h um enorme esforo de todos os envolvidos. A vitria s alcana-da se houver a participao ativa dos trabalhadores de categorias representadas por um sindicato.

    No SINDMAR, as negociaes de Acordo Coletivo de Traba-lho com as companhias de navegao so capitaneadas pelo Se-gundo Presidente da entidade sindical, Jos Vlido, e pelo Diretor Financeiro do Sindicato, Jailson Bispo. Durante qualquer processo que visa desaguar no ACT, os dois membros da Diretoria Execu-tiva do SINDMAR tm o suporte da Assessoria de Acordos Cole-tivos do Sindicato.

    Esse estratgico departamento tem grande importncia em qualquer processo, inclusive antes do incio das negocia-es com as empresas, atuando junto aos representados para obter os verdadeiros anseios do pessoal de bordo, formatando a pauta de reivindicaes. Este setor, que auxilia a Diretoria do SINDMAR, atuante, tambm, durante as rodadas mesa de negociao e no contato com os oficiais e eletricistas mercantes aps o Sindicato assinar o ACT.

    O incioDe posse dos itens pleiteados pelos oficiais e eletricistas mer-

    cantes, o Sindicato remete o documento para a empresa com o claro intuito de iniciar as negociaes do ACT. Atualmente, as companhias que negociam acordos para seus empregados do qua-

    dro de mar atuam nos segmentos de apoio martimo, navegao tradicional (cabotagem e longo curso), apoio porturio, dragagem, turismo nutico, cabotagem fluvial e plataformas.

    Essas negociaes no se limitam apenas a empresas que ini-ciam atividades em guas jurisdicionais brasileiras. O SINDMAR negocia no s acordos pioneiros para seus representados, mas renovaes de ACT e acompanhamentos para verificar se os itens acordados so cumpridos pelas empresas e pelos trabalhadores. H, tambm, todo um trabalho dedicado a retomada de negocia-es com companhias que, no passado, j tiveram acordos com o Sindicato.

    Independentemente do tipo de contato e do segmento de atuao da empresa, a negociao que a Representao Sindical desenvolve dividida em trs fases: pr-negociao, negociao e ps-negociao.

    Na fase inicial, o SINDMAR busca obter o maior nmero pos-svel de informaes provenientes dos oficiais e eletricistas mer-cantes. Nessa fase de pr-negociao, o Sindicato analisa o que praticado em termos de remunerao, benefcios, regime de traba-lho e gratificaes, dentre outros itens. Nessa etapa, o SINDMAR obtm informaes de seus representados a respeito das embarca-es e das condies de trabalho a bordo.

    Se houver rejeio, o Sindicato informa empresa o resultado do pleito e provoca um recomeo das negociaes. Caso a com-panhia insista em emperrar o processo e se recuse a promover o dilogo, os trabalhadores tm o direito legal de recorrer greve.

    Como uma negociao de ACT?

    A Diretoria auxiliada pela Assessoria de Acordos

    Coletivos de Trabalho na busca de conquistas para

    as categorias representadas pelo SINDMAR

    Terminologias

    Acordo Coletivo de Trabalho: convencionado por Sindicato de trabalhadores e empresa.

    Conveno Coletiva de Trabalho: acordada entre sindicato de trabalhadores e sindicato patronal.

    Contrato Individual de Trabalho: documento obrigatrio por ocasio de vnculo entre empregador e empregado.

    Data Base: data preestabelecida para um contrato coletivo de trabalho (Acordo ou Conveno). Vale por um ano ou, no mximo, dois.

    Dissdio: definio judicial sobre divergncia entre empregado e empregador.

    O meioPassada essa fase, o SINDMAR inicia a negociao

    propriamente dita com a empresa. Aps debates al-guns intensos e extremamente exaustivos , a Entida-de Sindical e a empresa formalizam uma proposta que sempre enviada para o pessoal de bordo e de terra que tem vnculo empregatcio com a companhia em questo. Somente depois disso iniciada a votao de-mocrtica. O trabalhador martimo o nico que de-cide se a categoria aceita ou recusa a proposta de ACT.

    O fimSe a proposta for aceita, o Acordo Coletivo de Tra-

    balho formalizado com as necessrias assinaturas dos representantes dos trabalhadores e patronal. Aps a celebrao do acordo, feito o registro do documen-to no Ministrio do Trabalho e Emprego.

    To importante quanto as fases at agora mencio-nadas o acompanhamento do Acordo Coletivo de Trabalho. Nessa fase ps-negociao, o SINDMAR ve-rifica o cumprimento das clusulas acordadas no ACT. nessa etapa que a participao dos representados, ao relatar situaes pessoais ou coletivas a bordo, funda-mental para que a empresa cumpra o determinado no acordo.

    Por tudo isso, no toa que a participao dos trabalhadores mercantes no dia a dia do Sindicato essencial para novas conquistas. Essa participao

    feita com contatos pessoais (na Sede e nas Delegacias do Sindicato), telefnicos, por e-mail ou durante as vi-sitas a bordo de embarcaes.

    O SINDMAR o representante legal sindical dos oficiais e eletricistas mercantes, sendo a voz dos ma-rtimos nas interlocues com as empresas de nave-gao que atuam em guas brasileiras. Porm, o Sin-dicato no apenas um canal de comunicao dos trabalhadores com o patronato. A representao des-sas categorias nas negociaes de ACT feita a partir da sintonia com seus representados, com estratgias e diretrizes para que conquistas sejam alcanadas.

    Olhando para popa, na ltima dcada, percebem--se os significativos avanos nas condies econmi-cas e sociais dos oficiais e eletricistas mercantes. Nos ltimos tempos, houve reduo gradativa e contnua da relao trabalho e repouso e a justa evoluo das remuneraes. Alm disso, o SINDMAR, contando com a participao ativa de seus representados, con-quistou adicionais por tempo de servio, indenizao de folgas, implantao do vale alimentao, que teve seus valores incrementados ao longo dos anos, e a ado-o de assistncia mdica e odontolgica, previdncia privada e seguro de vida. Os trabalhadores represen-tados pelo SINDMAR tambm conquistaram auxlios uniforme e educao, custeio de passagens, pr labore e instituio de clusula em ACTs que protege as com-panheiras durante o perodo de gestao. n

    Foto

    s: Lu

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    Agu

    iar

  • Revista UNIFICAR www.sindmar.org.br setembro de 201222 23

    Esta a quinta Delegacia na regio Nordeste que o SINDMAR inaugura Maranho, Cear, Paraba e Pernam-buco so as outras; isso sem contar que a Representao Sindical conta com unidades no Par, Esprito Santo, regio dos Lagos do Rio de Janeiro, So Paulo, Paran e Rio Grande do Sul. Alm da Sede no Rio de Janeiro, o SINDMAR tem, agora, 11 unidades.

    Na busca pela conscincia sindical, que um dos alicerces para a luta e conquista de melhorias para categorias profissio-nais, o Presidente do SINDMAR, Severino Almeida, afirma que o crescimento da entidade consequncia direta da atuao desta diretoria e da participao e colaborao de todos os nos-sos representados. O lder sindical destacou, ainda, que a unio dos trabalhadores tambm muito importante para o fortaleci-mento sindical.

    O Segundo Presidente do SINDMAR, Jos Vlido, destacou a posio estratgica da nova Delegacia no mapa do pas. Esta nova Delegacia est estrategicamente localizada, num estado que valoriza a atividade martima e estimula a vocao para o mar, definiu Vlido, que sergipano e demonstrou grande orgulho pela criao desta Delegacia. Vlido tambm solicitou que, em funo da indstria de petrleo e gs, Sergipe tem gran-de potencial de crescimento em curto prazo.

    A cerimnia de inaugurao da nova Delegacia do SINDMAR reuniu dezenas de pessoas, entre autoridades civis e militares. A solenidade de 7 de agosto tambm contou com a presena do Ca-pito dos Portos de Sergipe, Capito-de-Fragata Eron Gantoir, e do Gerente do Terminal da Transpetro no estado, Aronaldo Arago de Melo. Na ocasio, ambos elogiaram a iniciativa do SINDMAR.

    Delegado Regional em Aracaju, Ariel Montero disse que o Sindicato pensa que a proximidade com os oficiais e os eletricistas mercantes fundamental para a continuidade da prtica de uma ao sindical efetiva. Por isso, a necessidade de o SINDMAR ter um brao em Sergipe.

    O Presidente Severino Almeida afirmou que a Delegacia precisa atender s necessidades dos associados por iniciativa prpria, ampliando a ao do SINDMAR e a capacidade de solucionar problemas.

    A nova delegacia do SINDMAR est localizada na Avenida Rio Branco, nmero 186 (Edifcio Ovido Teixeira), salas 1009 e 1010, no Centro de Aracaju. Os associados e associadas tam-bm podem entrar em contato pelo e-mail [email protected] ou pelo telefone (79) 3021-0259. n

    Unio faz a fora na novaDelegacia de AracajuColocando em prtica a poltica de expanso e ampliao da estrutura sindical, o SINDMAR inaugurou no dia 7 de agosto, em Aracaju, Sergipe, a nova Delegacia Regional para os oficiais e eletricistas mercantes. A unidade dos representados do Sindicato atende ao planejamento de abrir novas delegacias em pontos estratgicos do pas.

    A nova Delegacia Regional do SINDMAR, instalada no Edifcio Ovido Teixeira, em uma das avenidas mais importantes da capital sergipana, a quinta na regio Nordeste e a 11 unidade do Sindicato no pas

    Rio de Janeiro (sede e regio dos Lagos), So Paulo, Paran, Par, Esprito Santo, Rio Grande do Sul, Maranho, Cear, Paraba, Pernambuco e agora Sergipe. Investindo em pessoas nos lugares certos

    Severino Almeida, ao lado do Capito dos Portos de Sergipe, Capito-de-Fragata Eron Gantoir

    A nova Delegacia est estrategicamente localizada num estado que valoriza a atividade martima e estimula a vocao para o mar, definiu, orgulhoso, o sergipano Jos Vlido

    O crescimento da entidade consequncia direta da atuao desta diretoria e da participao e colaborao de todos os nossos representados (Severino Almeida, presidente do SINDMAR)

    Foto

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    divulg

    ao

  • Revista UNIFICAR www.sindmar.org.br setembro de 201224 25

    Conselheiro da Petros alerta para prejuzos da repactuao

    Com o intuito de esclarecer questes acerca da presso imposta pela Petros e pela Petrobras para participantes e assistidos firmarem uma nova e prejudicial repactuao do plano Petros, o Conselheiro da Fundao Petrobras de Seguridade Social (Petros), Paulo Teixeira Brando palestrou para meia centena de funcionrios aposentados e da ativa da estatal. Neste encontro, que aconteceu em 11 de setembro na Sede da Entidade Sindical, no Rio de Janeiro, o SINDMAR mostrou mais uma vez seu posicionamento contrrio repactuao. A defesa do Petros de Benefcio Definido (BD) uma posio histrica do SINDMAR.

    Os participantes do plano Petros BD que aderi-ram repactuao anterior perderam direitos histricos, adquiridos no contrato original e garantidos pela Cons-tituio Federal brasileira. Com a repactuao, os parti-cipantes e assistidos ingressaram em novo contrato que impe prejuzos a todos que aderiram.

    Com o nefasto objetivo de seduzir novos assistidos e participantes, a Petros voltou a promover nova repactu-ao, que veementemente rejeitada pelo SINDMAR. O Sindicato, que valoriza conquistas e direitos adquiridos, no pactua com o comportamento que visa esvaziar o plano Petros tradicional e, consequentemente, a perda de benefcios.

    H pouco mais de um ms, a Petros sugeriu, de for-ma infundada, que esta nova repactuao estaria dire-tamente ligada a compromissos firmados em 2011 no Acordo Coletivo de Trabalho. A verdade que no h qualquer indicao de compromisso ou incentivo a re-pactuao do plano Petros de Benefcio Definido. A re-pactuao nem assunto debatido mesa de negociao e, se fosse levado, seria imediatamente rechaado pelo Sindicato. O SINDMAR fervorosamente contrrio a qualquer repactuao. Qualquer proposta neste sentido provocar perdas irreparveis aos participantes, assisti-dos e dependentes do plano Petros BD.

    O SINDMAR luta com determinao pela manu-teno do antigo plano. O companheiro que dedicou anos, dcadas de trabalho Petrobras quer tranquilidade em sua aposentadoria, afirmou o Presidente do Sindica-to, Severino Almeida.

    O Conselheiro Paulo Brando destacou a importn-cia de negar a repactuao. O plano Petros o nico que tem correo pelo salrio. Isto uma garantia fantstica porque, desta forma, temos ganho real. Este o valor de no repactuar. No podemos abrir mo disto, alertou Brando. Quem no repactuou, manteve esta garantia. Quem optou pela repactuao, pegou garantias, direitos e benefcios e jogou tudo fora, completou.

    A lutuosa investida por esta repactuao provoca da-nos nocivos ao futuro do trabalhador. Eles querem ne-gociar nossos direitos. Se a oferta fosse boa, no estariam querendo comprar nossa conscincia. A repactuao prejudicial no s ao trabalhador, mas, tambm, a seus dependentes, disse Brando. n

    Aps denncias de oficiais e eletricistas mercantes, o SINDMAR cobra da Fundao Petrobras de Seguridade Social (Petros) uma fundamentada explicao para o estmulo que a entidade promove a seus participantes e assistidos a uma nova repactuao do Plano Petros. Segundo o documento enviado pela entidade, e de acordo com a viso da Petros, isso estaria diretamente ligado aos compromissos firmados em 2011 no Acordo Coletivo de Trabalho com a Petrobras.

    O Sindicato afirma veementemente que no h qualquer in-dicao de compromisso ou incentivo a repactuao do Plano Petros de Benefcio Definido para o novo Plano Petros.

    A Entidade Sindical ressalta que a defesa do Plano Petros de Benefcio Definido uma posio histrica do nosso Sindicato. Por inmeras vezes a nossa Representao Sindical destacou este posicionamento para a Petrobras e para a Petros.

    O SINDMAR cobra da Petros que corrija esta situao para evitar consequentes equvocos e, principalmente, evitar que os nossos representados sejam induzidos a irreparveis erros, afir-mou o Diretor-Procurador do Sindicato, Marco Aurlio.

    SINDMAR cobra da Petros a correo de equvoco

    Luciana Aguiar

    O SINDMAR luta com determinao pela manuteno do antigo plano. O companheiro que dedicou anos, dcadas de trabalho Petrobras quer tranquilidade em sua aposentadoria (Severino Almeida)

  • Revista UNIFICAR www.sindmar.org.br setembro de 201226 27

    O primeiro encontro entre os representan-tes do SINDMAR e a SPM em 2012 aconteceu em 25 de junho. Essa reunio contou com a participao do Grupo de Trabalho (GT) criado para discutir, elaborar e encaminhar propostas para a proteo aos direitos das mulheres da Marinha Mercante brasileira. O GT foi institudo pela Ministra da Secretaria de Poltica para Mulheres, Eleonora Menicucci, no ltimo 17 de maio, atravs da Portaria nmero 52.

    Esse Grupo de Trabalho formado pelo Conselho Nacional de Polticas para as Mulheres (CNDM), pelo SINDMAR e pela Marinha do Brasil, alm da prpria Secretaria e dos Ministrios da Previdncia Social, do Trabalho e Emprego, da Justia e da Sade. O GT tam-bm conta com a participao da FNTTAA, da Trans-petro e do Syndarma.

    Durante a reunio de junho, o Presidente do SINDMAR, Severino Almeida, detalhou as respon-sabilidades da profisso do mar, ressaltando que as mulheres da Marinha Mercante tm uma situao especfica por conta das peculiaridades que a profis-so martima exige. Para quem no da nossa rea, natural que no tenha um conhecimento amplo da vida marinheira. Por isso, relatamos as especificidades do tra-balho a bordo, incluindo as rotinas, responsabilidades e, sobretudo, o confinamento e o tempo a bordo, contou.

    O governo federal, por intermdio da Secretaria de Polticas para as Mulheres, precisa conhecer ainda mais a atividade martima para entender a urgncia de uma legislao especfica. As atividades das mulheres mercantes so atpicas e merecem ateno especial. A busca por uma legislao especfica para as martimas gestantes uma antiga luta do nosso Sindicato, afir-mou o Presidente do SINDMAR.

    A exposio desses detalhes feita pelo lder sindi-cal foi fundamental para o entendimento da Secretaria sobre o assunto.

    Para a Delegada Regional do Sindicato em Vitria, Laura Teixeira, o SINDMAR est diante de um desa-fio. Buscamos uma soluo abrangente para nossas companheiras e isso envolve tempo e participao de todos; no s das mulheres, mas, tambm, dos nossos representados. uma luta conjunta. Muitas compa-

    nheiras esto casadas com companheiros martimos.O SINDMAR no tem dvida de que preciso criar

    uma legislao brasileira. Todos ns gostaramos de ver um projeto do Executivo que desse proteo s mulheres em seus meses de gravidez. As atividades das mulheres mercantes so atpicas e merecem uma legislao especi-fica, reiterou o Presidente Severino Almeida.

    Hoje, no existem legislaes ou normas espe-cficas para proteo martima gestante. Em aes sindicais efetivas, os representados do SINDMAR conquistaram a instituio de clusula especfica para casos de trabalhadoras martimas em pero-do de gestao em Acordos Coletivos de Trabalho. Porm, tais clusulas protegem parcialmente a tra-balhadora, j que o Sindicato defende o imediato desembarque da martima com o claro objetivo de proteger sua sade e a do feto.

    Com o claro crescimento do efetivo feminino nas Escolas de Formao de Oficiais da Marinha Mercante, tanto no Rio de Janeiro quanto em Belm, urgente a de-finio de pontos que formaro a necessria lei para dar o justo apoio s mulheres que optam pela vida no mar e que tambm buscam a felicidade da maternidade.

    Hoje, h 114 mulheres (78 no Ciaga e 36 no Cia-ba) que se preparam para se tornar oficiais mercantes

    Secretaria de Polticas para as Mulheres se rene com SINDMAR e debate questo da martima gestante

    Com o inequvoco foco de mostrar a necessidade da criao de uma legislao que proteja as martimas em condio de gestantes, o SINDMAR se reuniu mais de uma vez nos ltimos meses com a Secretaria de Polticas para as Mulheres (SPM), a fim de expor as necessidades das companheiras que trabalham no mar e que tm o natural direito da maternidade.

    Trabalho e

    maternidadeThelma Vidalles

    Juliana Camelo/Ascom SPM

    Hildelene Lobato, comandante da Transpetro; Laura Teixeira, Delegada em Vitria; e Odilon Braga, Diretor-Secretrio na segunda reunio na sede da SPM

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  • Revista UNIFICAR www.sindmar.org.br setembro de 201228 29

    ao final de 2012. Dados apontam que, entre 2000, ano da primeira turma com mulheres, e 2010, o ingresso feminino nas Escolas de Formao cresceu 1.350%. Os nmeros se referem apenas s oficiais mercantes, cate-goria representada pelo SINDMAR. Porm, o nmero ainda maior se houver a anlise de mulheres de todas as categorias de bordo.

    Ao optar pelo ingresso de mulheres nas EFOMM, o pas no se preparou para proteger as trabalhadoras gestantes deste setor. preciso rever esta questo, pois o incremento do efetivo feminino nos ltimos anos exige relaes de trabalho respeitosas; e respeito tam-

    bm amparar o efetivo do quadro de mar com leis que proporcionem tranquilidade para todos desenvol-verem seus trabalhos a bordo. A luta por conquistas na questo que envolve martimas gestantes no deve ser somente das mulheres, mas de todos.

    A falta de uma legislao especfica que trate de ques-tes das trabalhadoras martimas nos perodos de ges-tao promove a opo empresarial pela contratao de homens. A atitude patronal provoca uma indesejada eva-so das martimas do setor. Pelo obstculo imposto por algumas companhias ou pela preocupao de aumentar a famlia e no ter qualquer respaldo legal, h martimas

    que buscam opes de trabalho fora das embarcaes, abandonando o sonho de uma vida dedicada ao mar.

    Enquanto debates ocorrem na capital federal, as companheiras de bordo aguardam ansiosas um des-fecho feliz para esse processo, que longo e requer competncia de todos os envolvidos, para que desgue numa lei eficaz e que realmente proteja as martimas gestantes. Para a Comandante Hildelene Lobato Bahia, o momento requer luta.Responder a essa necessidade um desafio essencial em nossa carreira.

    A 2ON Isabelle Mendoza disse que importante que as tripulantes comecem a ter conscincia sobre todos os

    aspectos que envolvem a gravidez e se mobilizem na dis-cusso desse assunto. J a 2ON Raquel Oldrini Fernan-des disse que toda tripulante mulher conhece os riscos da profisso. Apesar de a nossa profisso ser exercida em um ambiente de risco para o desenvolvimento de uma gravidez, ter essa questo definida e estabelecida pela lei nos traria mais motivao pela segurana criada, contou Raquel. As trabalhadoras martimas brasileiras, com com-petncia, j atingem altas funes na carreira, como a Ofi-cial Ticiana Fabrcia Moreira Coelho, que Comandante no offshore. O pas no pode ficar sem ter uma legislao especfica que proteja estas trabalhadoras. n

    Trabalho e

    maternidadeTrabalho e

    maternidadeArquivo SINDMAR

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    Nas reunies com o SPM, Severino Almeida e outros dirigentes do Sindicato mostram especificidades do trabalho da martima mercante para representantes da Secretaria divulgando detalhes sobre a atividade martima

    As martimas j atingem altas funes na carreira, como a Oficial Ticiana Fabrcia Moreira Coelho, que Comandante no offshore. O pas no pode ficar sem ter uma legislao especfica que proteja estas trabalhadoras

  • Revista UNIFICAR www.sindmar.org.br setembro de 201230 31

    Com 183 metros de comprimento e capacidade para transportar 56 milhes de litros de combustveis, o Srgio Buarque de Holanda o tercei-ro navio do Programa de Modernizao e Expanso da Frota (Promef) entregue subsidiria para trans-porte martimo da Petrobras.

    Na solenidade, o Ministro de Minas e Energia, Edison Lobo, entregou o pavilho nacional ao Comandante da embarcao, 1ON Renato Ramos Diniz. Filha do homenageado, Cristina Buarque entregou o Dirio de Bordo Chefe de Mqui-nas, 1OM Rosane Sinimbu, enquanto o Imediato do navio, 2ON Patrick Arevalo, recebeu das mos do Presidente da Transpetro, Srgio Machado, a

    Buarque deHolanda lanado ao marAps uma espera de quase 20 meses, o navio Srgio Buarque de Holanda, lanado em 19 de novembro de 2010, finalmente iniciou suas operaes. O Estaleiro Mau entregou a embarcao de produtos Transpetro durante cerimnia realizada em 9 de julho na unidade da indstria naval em Niteri. O navio, que homenageia o famoso historiador, morto em 1982, foi o 200 construdo pelo Estaleiro Mau.

    Srgio Buarque deHolanda no foiapenas o pai do Chico, da Micha, da Cristina e da Ana. O escritor autor de Razes doBrasil, um dos trsclssicos maisrecomendados paraquem quer entendera histria do Pas

    bandeira da subsidiria para transporte martimo da Petrobras.

    O Sindicato deseja bons ventos, mares tranqui-los e operaes seguras tripulao do novo navio, inclusive para a Chefe de Mquinas. A Oficial Ro-sane Souza Sinimbu a primeira Chemaq de uma embarcao da Transpetro a operar na cabotagem brasileira.

    Logo depois do encerramento da solenidade de entrega, o Srgio Buarque de Holanda iniciou sua viagem inaugural. A embarcao navegou rumo ao porto de Mucuripe, em Fortaleza, para realizar sua primeira operao de descarregamento de combust-veis. De acordo com a Transpetro, o navio transferiu

    4,4 milhes de litros de leo diesel para o terminal da companhia.

    Das cinco embarcaes lanadas pelo Promef, apenas trs foram entregues os navios Rmulo Al-meida e Jos Alencar no esto em operao. A Trans-petro espera que essas embarcaes comecem a nave-gar ainda este ano.

    O SINDMAR aposta no sucesso do Promef, que prev a construo de mais embarcaes da navega-o tradicional nos prximos anos. No entanto, to importante quanto a construo e entrega dos navios tripul-los com trabalhadores martimos brasileiros, pois esse o nico caminho para termos uma forte e autntica Marinha Mercante brasileira. n

    Os outros quatro navios lanados pelo Promef so:l Joo Cndido: lanado pelo Estaleiro Atlntico Sul em 7 de maio de 2010 e entregue em 25 de maio de 2012;

    l Celso Furtado: lanado pelo estaleiro Mau em 24 de junho de 2010 e entregue Transpetro em 25 de novembro de 2011;

    l Romulo Almeida: lanado pelo estaleiro Mau em 30 de junho de 2011, esse navio ainda no foi entregue;

    l Jos Alencar: lanado em 12 de dezembro de 2011, essa embarcao tambm no foi entregue

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    Com novo pblico recorde, Seminrio consolida poltica de

    Em 14 edies realizadas pelo SINDMAR, os Seminrios tm levado conscincia de classe e troca de informaes, suscitando a participao ativa dos representados no dia a dia das questes de interesse coletivo. Ao longo dos anos, mais de mil pessoas, entre Oficiais, Eletricistas Mercantes, docentes das Escolas de Formao e futuros oficiais de todos os estados brasileiros, nos quais o SINDMAR mantm delegacias, participaram do evento. O recorde foi alcanado na ltima edio realizada no Par, no Hotel Priv do Atalaia, em Salinas, com mais de uma centena de participantes.

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    Texto e fotos: Luciana Aguiar

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  • Revista UNIFICAR www.sindmar.org.br setembro de 201234 35

    No decorrer das 19 horas de realizao do Seminrio foram inmeros os importantes assuntos abordados. Alguns deram origem a dinmicos deba-tes que, certamente, sero fatores multiplicadores nas conversas entre os que participaram e os que no pu-deram estar presentes.

    O Presidente do SINDMAR, Severino Almeida, associou a realizao contnua dos Seminrios ne-cessidade de fortalecer a conscincia coletiva das ca-tegorias representadas pelo Sindicato diante dos de-safios de mercado. Quando se tem conhecimento de determinado assunto, a tendncia valoriz-lo. E para influenciar o cenrio no qual estamos inseridos, pre-cisamos compreender o quanto nossas aes pessoais influenciaro em nossa imagem coletiva. Se formos coletivamente fortes, sem dvida seremos respeita-dos, enfatizou.

    Alm de abordar a atividade martima e seus dife-rentes segmentos, como as diferenas existentes entre contratos, Acordos Coletivos de Trabalho e conven-es coletivas, o Segundo Presidente do SINDMAR, Jos Vlido, ressaltou que as inmeras conquistas que obtivemos ao longo desses anos foram resultados das nossas aes coletivas. preciso compreender que, em muitas situaes, nossas decises, atitudes e imagem pessoais tambm refletiram o conceito da nossa classe.

    Na palestra de abertura do evento, o Delegado Re-gional do Sindicato em Belm, Darlei Pinheiro, desta-cou a influncia da ao sindical em diversas questes de interesse cotidiano dos representados. Influen-ciamos diversas iniciativas locais em prol dos nossos representados e esse um trabalho dirio e contnuo, afirmou.

    Ao palestrar, o Assessor para Acordos Coletivos de Trabalho, Edemir Ramos, destacou que as nego-ciaes para os ACTs so feitas de forma estratgica e que por isso, importante que os nossos represen-tados e representadas compreendam que isso acon-tece em um ritmo prprio. Entender isso e buscar manter-se em sintonia conosco, informando-se, mas tambm, munindo o Sindicato com informaes de interesse coletivo, fundamental para um bom des-fecho nas negociaes.

    O Diretor-Procurador do SINDMAR, Marco Au-rlio da Silva, abordou questes jurdicas e debateu itens com os participantes do Seminrio. O Diretor explicou casos e salientou que o Departamento Jur-dico, localizado na Sede do nosso Sindicato, est dis-posio para auxiliar todos os associados e associadas em questes trabalhistas.

    o coNHEciMENTo NoS lEvA MAiS loNgE

    Ao abordar a histria da Marinha Mercante Bra-sileira, o Consultor Jurdico da CONTTMAF, Edson Areias, salientou que cada associado e cada associada se manifesta atravs das aes do Sindicato. Areias, que Chefe de Mquinas, afirmou que a fora da en-tidade sindical expressa a fora da base representada.

    Durante palestra, o Capito de Longo Curso, Jones Soares, questionou a qualidade das informaes aos

    quais muitos tm acesso. O conhecimento nos leva mais longe. E devemos buscar o entendimento das ques-tes que so realmente importantes para ns junto ao Sindicato. O SINDMAR no deve ser lembrado, apenas, quando se precisa dele, mas, antes, devemos acompa-nhar suas aes e constru-las em conjunto com a nossa Representao Sindical, no dia a dia, salientou.

    A Delegada Regional do Sindicato, que atualmente atua no Esprito Santo, Laura Teixeira, abordou a neces-sidade de um maior engajamento de jovens e mulheres nas questes sindicais. A proteo dos nossos postos de trabalho responsabilidade de todos ns, no somente do Sindicato, lembrou ao acrescentar que diante dos grandes desafios que os oficiais e as oficiais mercantes tm pela frente, a participao dos jovens e das mulhe-res nos aspectos polticos que envolvem a luta dos in-teresses coletivos das categorias ainda muito tmida.

    Os Diretores do SINDMAR Jos Serra e Odilon Braga palestraram sobre as aes do Departamento de Educao e Formao Profissional do Sindicato e a im-portncia da manuteno e atualizao dos cadastros dos associados e associadas. Isso tem grande impor-tncia para aes estratgicas em prol das categorias representadas pelo Sindicato.

    O Delegado Regional do Sindicato, em Pernam-buco e Sergipe, Ariel Montero, abordou a questo da tica profissional e pessoal para o fortalecimento das imagens profissional e institucional. As pessoas se mostram e so definidas por suas aes. Portanto, preciso lembrar que o xito ser resultado da ao de cada representado nesse trabalho coletivo. A postura tica e profissional de cada um ir refletir a nossa ima-gem enquanto instituio, salientou.Continua na prxima pgina

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    Para influenciar o cenrio no qual estamos inseridos, precisamos compreender o quanto nossas aes pessoais influenciaro em nossa imagem coletiva. Se formos coletivamente fortes, sem dvida seremos respeitados (Severino Almeida)

  • Revista UNIFICAR www.sindmar.org.br setembro de 201236 37

    Os assuntos abordados aqui no so somente atuais, mas, sobretudo, necessrios. preciso que nossos companheiros e companheiras estejam atentos para a questo da mo de obra estrangeira na nossa atividade. A defesa do nosso mercado de trabalho sempre foi uma preocupao do Sindicato, porm hoje, mais do que nunca, faz-se necessrio que essa seja uma preocupao de todos ns. E esmiuar o porqu disso e como isso pode influenciar o nosso futuro foi uma das questes mais importantes abordadas aqui neste evento.Naaman Sousa de Figueiredo, CLC

    As pessoas precisam entender que o que abordado aqui uma realidade, no teoria. Muitos ainda precisam estar atentos para os perigos que rondam os nossos postos de trabalho e buscar uma maior integrao com o Sindicato e uma participao mais ativa na defesa de interesses que so de todos.

    No toa que o 14 Seminrio. A continuidade na realizao desses eventos expressa o interesse dessa instituio em fazer com que os seus representados acordem para a realidade e a encarem de forma mais consciente.Carmen Costa de Figueiredo, esposa do Comandante Naaman e Colaboradora voluntria da CTB

    Esse evento foi extremamente interessante! Muitos desconhecem o esforo que feito pelo SINDMAR, em diversos aspectos. Por trs da realidade que vemos na Sede e nas Delegacias, existe muito esforo pessoal e muitas lutas polticas. Sinto-me orgulhoso pelo meu Sindicato! Trabalho em uma companhia italiana e vejo que muitos italianos gostariam de ter uma organizao sindical como a que ns temos. Mas, para fortalec-la ainda mais, precisamos nos conscientizar de que no exerccio da nossa atividade profissional cada atitude espelha

    Ao final deste Seminrio, participantes revelaram impresses e destacaram os aspectos mais marcantes do encontro.

    a imagem de toda uma categoria. Ento, primar pelo bom desempenho profissional, agindo com hombridade e compromisso em nosso dia a dia fundamental.Marco Antnio da Rocha Branco, 1ON

    Especialmente para ns, alunos, esse evento foi extremamente importante! Na Escola, no temos muito contato com a realidade do mercado e as vises que temos sobre as aes sindicais so bem restritas. A nossa atividade profissional feita por inmeras especificidades, inclusive, nos pontos de real interesse de aes polticas e sindicais. Aqui, nesse Seminrio, tivemos a oportunidade de conhecer esses detalhes e nos informar sobre como podemos influenciar positivamente nesse processo de defesa dos interesses das nossas categorias. O nosso Sindicato, antes de ser um patrimnio financeiro, um patrimnio poltico, e, para melhor defend-lo,

    precisamos conhec-lo.Wanderson Raoni Juc Azevedo, aluno da EFOMM

    O Seminrio um evento muito importante, produtivo e faz um alerta para as nossas categorias. Os assuntos foram abordados de uma maneira muito dinmica e contundente! Vale a pena participar! Este j o terceiro evento aqui no Par do qual eu participo!Paulo Vinicius, CCB

    Ao realizar eventos como esse, o SINDMAR est fazendo um investimento nos seus representados. E este investimento se refletir em conhecimento para ns. Aqui, h uma troca intensa de informaes e este intercmbio favorece a renovao. Esse um momento especial de aprendizado e espelha o fato de que o Sindicato no se acomoda.Jos Ribamar Vieira, CLC

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    Com novo pblico recorde, Seminrio consolida poltica de

    Representantessindicais destacam temas diversos tais como autoestima profissional, tica e importncia da sintonia entre representados e Sindicato. Em sentido horrio: Edson Areias, Odilon Braga, Darlei Pinheiro, Jos Vlido e Ariel

    (Em sentido horrio): Participante Donge Arvie, palestrante Jones Soares, participante Jos Lobato e palestrante Edemir Ramos

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    Essa est sendo uma oportunidade muito importante para conhecer o panorama, no somente do nosso mercado de trabalho, mas tambm sobre a atividade martima em si. Cheguei aqui com uma percepo totalmente diferente, pois estava muito segura do mercado de trabalho no qual iria atuar. Contudo, vimos que este um cenrio que precisa da nossa participao para se manter. Sou muito grata ao Sindicato por este evento. E grata, tambm, pela minha representao sindical ser constituda por uma equipe forte e tica. Como mulher mercante, aceito o desafio do Sindicato de buscar uma maior participao, porque temos muitos desafios pela frente! No basta ser associado, precisamos empreender aes conjuntas em prol das causas coletivas. Espero que, como categoria, a gente se fortalea cada vez mais e, para isso, a informao correta, de qualidade, muito importante.Viviane Alexandre, ASON

    O Seminrio desmistifica ideias sobre

    sindicalismo. Aqui pudemos entender o porqu de tudo e como podemos contribuir para melhorar ainda mais as nossas condies laborais.Paula Pagliarini, ASON

    Agradeo e parabenizo o Sindicato pela realizao deste evento e em todos os sentidos. admirvel a estrutura e o nvel da organizao sindical de que dispomos hoje. Aqui tive a alegria de reencontrar colegas e me informar. Tenho orgulho de ser mercante e de ser representado por uma instituio to forte e atuante!lvaro Carlos dos Santos Cardoso, CCB

    Muitos ingressam nesta atividade apenas pelo aspecto financeiro. Contudo, ao longo dos anos, no h como no se encantar e no sentir orgulho pela nossa profisso! E aqui tivemos a oportunidade de conhecer realmente a nossa organizao sindical, o que me faz ter ainda mais orgulho de ser um futuro oficial da Marinha Mercante Brasileira! Este Seminrio

    foi uma experincia nica, til e muito gratificante.Vtor Moraes, aluno EFOMM

    Sou professor h 30 anos e essa a primeira vez que participo de um seminrio sindical. As palestras foram muito objetivas e esclarecedoras e agradeo ao Sindicato pelo convite. preciso lembrar que, sem luta no se consegue nada. E ns precisamos nos interessar pela nossa profisso em todos os aspectos.Jorge Lobato dos Santos, docente EFOMM

    Esse evento foi muito importante para mim, e acredito que, para muitos aqui, foi fundamental conhecer efetivamente o SINDMAR e saber como podemos contribuir com uma participao mais ativa nas questes de interesse coletivo. Quando chegamos aqui, a nossa principal preocupao era saber o que o Sindicato estava fazendo em nosso favor. Porm, samos daqui nos questionando justamente o oposto: o que ns podemos fazer para fortalecer ainda mais o

    SINDMAR? Essa deve ser uma preocupao de todos ns como categorias organizadas.Moara de Souza Lima, aluna da EFOMM

    No nosso dia a dia, temos acesso a inmeras informaes. Contudo, nem sempre a informao que nos chega de qualidade. Aqui neste Seminrio, tivemos um aprendizado muito importante e enriquecedor. Parabenizo o SINDMAR por essa realizao.Donge Arvie Dissoudou Bagneda, 2OM

    Sou muito grato por tudo que a Marinha Mercante tem me proporcionado. Na minha vida, tudo o que consegui foi empurrando gua. E o Sindicato sempre me auxiliou em diferentes fases da minha carreira, desde a documentao necessria para o embarque at a proteo do meu posto de trabalho. Devemos fortalecer e preservar o SINDMAR cada vez mais!Natanael Pantoja, 2ON

    (Em sentido horrio): Jovens participantes, palestrante Laura Teixeira, participantes Lucyana e Fbio Rollim e Jos Ribamar

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    Com novo pblico recorde, Seminrio consolida poltica de

    (Em sentido horrio): Marco Antnio Branco, Moara Lima, assim como o casal Carmen e Naaman Figueiredo, alm de Wanderson Raoni, participaram do evento. Marco Aurlio, ao palestrar, destacou aes jurdicas

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    Estar aqui foi muito gratificante. No somente pela oportunidade de rever amigos e dirimir dvidas com a Diretoria do Sindicato, mas, sobretudo, pelas valiosas informaes que recebemos aqui.Adenauer da Silva, 1OM

    Foi muito gratificante participar deste evento. Em nossas idas e vindas ao Sindicato impossvel conhecer todas as aes nos quais o trabalho sindical est envolvido. E aqui tivemos a oportunidade de conhecer o que realmente est acontecendo. Para mim, que agora estou voltando atividade martima aps um afastamento de cinco anos, foi muito bom ter acesso s informaes que nos foram passadas aqui, alm de ter tido a alegria de reencontrar companheiros de profisso.Adalberto Santos Paes, 2OM

    Agradeo ao Sindicato por ter me proporcionado a oportunidade de estar neste evento, pois os temas apresentados aqui foram muito interessantes! Saio daqui motivada a congregar outras companheiras de profisso a se engajarem mais nas questes polticas de interesse das nossas categorias, agindo para apoiar o SINDMAR no que for preciso.Lucyana Rollim, 2ON

    A conscientizao de que precisamos nos unir para proteger os nossos postos de trabalho foi o tema que mais me chamou a ateno. A partir deste evento, a minha percepo sobre sindicalismo mudou completamente. Precisamos nos unir cada vez mais para sermos uma categoria cada vez mais forte.Newton de Souza, 1OM

    Agradeo ao Sindicato por todo apoio demonstrado j aqui neste evento. reconfortante perceber que o SINDMAR valoriza no somente a memria dos companheiros que o constituram, mas tambm, valoriza a famlia e, consequentemente, o futuro de cada um de ns. Precisamos nos unir em conscincia, em objetivos comuns e ideais para que possamos ser ainda mais fortes.Fbio Rollim, 2ON

    muito importante o Sindicato estar promovendo eventos assim, pois estimulam a troca de conhecimento e informam os associados sobre o real cenrio no qual estamos inseridos.Mauro Noblat, CCB

    Mais um evento acaba e o SINDMAR deixou uma imagem melhor do que eu esperava. Ao contrrio do que est escrito sobre o Sindicato em blogs alheios, o que eu vi aqui foi uma dedicao e conhecimento imenso por parte dos palestrantes e membros do Sindicato. Alm disso, apesar do alto nvel do hotel e da organizao, tudo foi feito com muita simplicidade e verdade. Foi cansativo, realmente, mas, valeu pena aprender tantas coisas novas e ver que o Sindicato se preocupa com todas as questes que envolvem os mercantes e, principalmente, as mulheres mercantes. Espero que tenham mais desses Seminrios.Alessandra Vasconcelos, aluna da EFOMM

    (Em sentido horrio): Natanael Pantoja e participantes. Os Seminrios so, ainda, uma oportunidade de rever amigos, como o grupo que aparece na foto: Newton de Souza, junto com a esposa, e o colega Mauro Noblat

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    Com novo pblico recorde, Seminrio consolida poltica de

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