Unidade 3 parte 3
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11/05/2015
1
Sistema Financeiro Internacional e a Política
Monetária
Unidade 3
Profa. Gisele F. Tiryaki
ECO 174 – Economia Monetária
FCE/UFBA
Sumário Intervenções no Mercado de Câmbio
Relação com a Oferta de Moeda
Relação com a Taxa de Câmbio
Balanço de Pagamentos
Regimes de Taxas de Câmbio e o Sistema Financeiro Internacional
11/05/2015
2
Intervenções no Mercado de
Câmbio
Intervenções no Mercado de
Câmbio e a Oferta de Moeda Agentes da economia:
Banco Central
Instituições bancárias
Público não-bancário
Agentes do mercado internacional
Intervenções no mercado de câmbio: ações deliberadas do BC para influenciar a taxa de câmbio
Mais um ativo para o BC: reservas internacionais
Objetivo: influenciar o valor da moeda doméstica
Venda de ativos estrangeiros: eleva o valor do Real
Compra de ativos estrangeiros: reduz o valor do Real
11/05/2015
3
Banco Central e as Reservas
Internacionais
Ativos Passivos
• Títulos do Governo • Moeda em Circulação
• Empréstimos concedidos às
instituições financeiras
• Ativos Estrangeiros
• Moeda estrangeira
• Títulos
• Reservas:
• Moeda mantida pelas
instituições financeiras
• Depósitos de
instituições financeiras no
BC
Banco Central e as Reservas
Internacionais Exemplo: BC quer reduzir o valor do Real e compra R$ 1 bilhão
em títulos de curto prazo emitidos por governos estrangeiros das
instituição financeiras
Banco Central
Ativo Passivo
Ativos Internacionais (+) R$ 1 bilhão Reservas bancárias (+) R$ 1 bilhão
O que acontece com a base
monetária?
11/05/2015
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Banco Central e as Reservas
Internacionais Exemplo: BC quer reduzir o valor do Real e compra R$ 1 bilhão
em títulos de curto prazo emitidos por governos estrangeiros do
público não-bancário
Banco Central
Ativo Passivo
Ativos Internacionais (+) R$ 1 bilhão Moeda em circulação (+) R$ 1 bilhão
Aqui também há um aumento da
base monetária...
Intervenções no Mercado de
Câmbio e a Oferta de Moeda
Tipos de intervenção:
Não-esterilizada: BC permite variações na base monetária
Esterilizada: BC não permite variações na base monetária
Compra/venda de ativos estrangeiros é acompanhada de operações
de venda/compra de títulos governamentais no mercado aberto
Banco Central
Ativo Passivo
Ativos Internacionais (+) R$ 1 bilhão
Títulos do Governo (-) R$ 1 bilhão Variação da Base Monetária = 0
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Intervenções no Mercado de
Câmbio e a Taxa de Câmbio
Minimização das flutuações nas taxas de câmbio: um dos
objetivos da política monetária
Moeda deprecia significativamente: elevação no custo com
importações, podendo levar à inflação
Moeda aprecia significativamente: bens produzidos no país
perdem competitividade
Intervenções:
Venda de ativos estrangeiros: deter depreciação da moeda local
Compra de ativos estrangeiros: deter apreciação da moeda local
Intervenções no Mercado de
Câmbio e a Taxa de Câmbio
Breve revisão conceitual...
Taxa de câmbio nominal (ε): preço da moeda local em
termos da moeda estrangeira
ε = R$/US$ ou R$/€
Apreciação do Real: redução em ε
Depreciação do Real: elevação em ε
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6
Taxas de Câmbio Nominal – Brasil
(média mensal)
Fonte: BCB (2015)
0
0.5
1
1.5
2
2.5
3
3.5
4 ja
n/95
nov/
95
set/
96
jul/
97
mai
/98
mar
/99
jan/
00
nov/
00
set/
01
jul/
02
mai
/03
mar
/04
jan/
05
nov/
05
set/
06
jul/
07
mai
/08
mar
/09
jan/
10
nov/
10
set/
11
jul/
12
mai
/13
mar
/14
jan/
15
R$/
US$
Intervenções no Mercado de
Câmbio e a Taxa de Câmbio
Taxa de câmbio real mede o valor de uma cesta de bens e serviços
disponíveis no mercado doméstico em relação a uma mesma cesta
de bens e serviços disponíveis no outro país
Taxa de câmbio real: expressa em unidades de produtos
Onde ε = taxa de câmbio nominal, P = nível de preço doméstico e
P* = nível de preço externo
P
Pe
*
*
*
P
P
P
P
e
e
11/05/2015
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Taxa de Câmbio Real Efetiva –
Brasil (IPCA/US$)
Fonte: BCB (2015)
0
50
100
150
200
250 ja
n/88
fev/
89
mar
/90
abr/
91
mai
/92
jun/
93
jul/
94
ago/
95
set/
96
out/
97
nov/
98
dez/
99
jan/
01
fev/
02
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/03
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04
mai
/05
jun/
06
jul/
07
ago/
08
set/
09
out/
10
nov/
11
dez/
12
jan/
14
fev/
15
Jun
/19
94 -
100
Taxa Nominal versus Taxa Real:
Brasil
Fonte: BCB (2015)
0
50
100
150
200
250
0
0.5
1
1.5
2
2.5
3
3.5
4
jan/
95
dez/
95
nov/
96
out/
97
set/
98
ago/
99
jul/
00
jun/
01
mai
/02
abr/
03
mar
/04
fev/
05
jan/
06
dez/
06
nov/
07
out/
08
set/
09
ago/
10
jul/
11
jun/
12
mai
/13
abr/
14
mar
/15
Índ
ice
- B
ase:
Jan
/94
R$/
US$
Taxa Nominal Taxa Real
11/05/2015
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Intervenções no Mercado de
Câmbio e a Taxa de Câmbio
Exemplo: assuma que 1kg de laranjas é vendido a R$ 3,00 no Brasil
e a US$ 1,50 nos EUA. A taxa nominal de câmbio está em R$
2,98/US$
= 1,49 kg de laranjas americanas/kg
de laranjas brasileiras 3
50,1*98,2e
P
Pe
* 1e
10 e
1e
Cesta de bens relativamente (+) barata no exterior
Cesta de bens relativamente (+) cara no exterior
Intervenções no Mercado de
Câmbio e a Taxa de Câmbio Determinantes da taxa de câmbio real:
Preferências por bens domésticos ou estrangeiros
Produtividade: quanto maior a produtividade de um país, maior
a demanda por sua moeda
Barreiras ao comércio internacional: eleva a demanda por
moeda doméstica
Nível de preço doméstico e estrangeiro
Inflação: moeda doméstica é menos útil enquanto reserva de valor, o que
leva a uma depreciação da taxa de câmbio
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Intervenções no Mercado de
Câmbio e a Taxa de Câmbio
Teoria da paridade do poder de compra (PPP): uma unidade
de moeda local, quando convertida, deve possibilitar a
aquisição de uma mesma cesta de bens e serviços no mercado
doméstico e no mercado externo
Lei do preço único: se P > εP*, cresce a demanda pelos
produtos do mercado internacional, elevando P* até o ponto
em que os dois preços se igualem, para uma dada taxa de
câmbio nominal
Logo, εP* = P ou e = 1
Intervenções no Mercado de
Câmbio e a Taxa de Câmbio
Problemas:
Custos de transporte não são negligenciáveis
Mercadorias comercializáveis não são substitutos perfeitos
quando produzidos em países diferentes
Implicação: PPP é válida somente no longo prazo
Índice Big Mac:
Revista The Economist
No longo prazo, as taxas de câmbio nominal devem se
movimentar de forma que o preço doméstico e externo de uma
mesma cesta de produtos se equalizem
Cesta: Big Mac
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País Preço do Big Mac
PPP Implícita
(P/P*)
Taxa de Câmbio
Sobre(+) / Sub(-)
Valorização em relação ao US$, %
Moeda Local 1 US$ =
EUA $ 4,79 --- 1 1
Austrália A$ 5,30 1,11 1,23 -9,8% Brasil Real 13,50 2,82 2,59 8,7% Inglaterra £ 2,89 0,60 0,66 -8.8% Canadá C$ 5,70 1,19 1,23 -3,1% Mexico Peso 49,00 10,23 14,62 -30,1% China Yuan 17,20 3,59 6,21 -42,2% India Rb 116,25 24,27 61,62 -60,6% União Européia € 3,68 0,77 0,86 -11%
Dados de Janeiro, 2015
Índice Big Mac
Big Mac Index
Janeiro de 2015
Link:
http://www.economist.com/
content/big-mac-index
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Big Mac Index
Janeiro de 2015
Link:
http://www.economist.com/
content/big-mac-index
Intervenções no Mercado de
Câmbio e a Taxa de Câmbio Taxas de câmbio no curto prazo: preço de ativos financeiros
domésticos denominados em moeda doméstica em termos do
preço de ativos financeiros estrangeiros denominados em
moeda estrangeira
Retorno do ativo doméstico: (1 + i)
Retorno do ativo estrangeiro: (1 + i* + ∆E(ε)/εt)
Ausência de barreiras à mobilidade do capital: paridade da taxa
de juros é válida
Ativos com mesmas características de risco, liquidez,
informação...
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Intervenções no Mercado de
Câmbio e a Taxa de Câmbio Taxas de câmbio no curto prazo: paridade da taxa de juros
(1 + i) = (1 + i* + ∆E(ε)/εt) ou i = i* + ∆E(ε)/εt
Efeito Fisher Internacional ε
Taxa de Retorno Esperada, em R$
R = i
R* = i* + ∆E(ε)/εt
Retorno de ativos domésticos:
independem da taxa de câmbio
Retorno de ativos estrangeiros:
taxa de juros internacional mais
a depreciação esperada do Real
Intervenções no Mercado de
Câmbio e a Taxa de Câmbio
ε
Taxa de Retorno Esperada, em R$
R = i
ε1
ε2
ε3
Em ε1: para uma mesma taxa de câmbio,
R > R* => somente faz sentido se espera-
se que a taxa de câmbio aprecie
Em ε2: para uma mesma taxa de câmbio,
R = R* => não se espera por variações na
taxa de câmbio
Em ε3: para uma mesma taxa de câmbio,
R < R* => somente faz sentido se espera-se que a taxa de câmbio deprecie
R* = i* + ∆E(ε)/εt
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Variações na Taxa de Juros
Doméstica e a Taxa de Câmbio
ε
Re, em R$
R = i
R* = i* + ∆E(ε)/εt
ε
R = i
R* = i* + ∆E(ε)/εt
R’ = i’
Re, em R$
R’ = i’
Redução da taxa de juros no
mercado doméstico:
depreciação da taxa de câmbio
Elevação da taxa de juros no
mercado doméstico: apreciação
da taxa de câmbio
Variações na Taxa de Juros
Internacional e a Taxa de Câmbio
ε
Re, em R$
R = i
R** = i** + ∆E(ε)/εt
ε
R = i
R* = i* + ∆E(ε)/εt
Re, em R$
Redução da taxa de juros no
mercado externo: apreciação da
taxa de câmbio
Elevação da taxa de juros no
mercado externo: depreciação
da taxa de câmbio
R** = i** + ∆ε/ε
R* = i* + ∆ε/ε
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Variações na Taxa de Juros e a
Taxa de Câmbio: Inflação Esperada
ε
R = i
R* = i* + ∆E(ε)/εt
Re, em R$
R’ = i’
R** = i* + ∆E(ε)/εt
Aumento na inflação esperada eleva a
taxa nominal de juros: i = r + πe
Aumento na inflação esperada deprecia
a moeda local: R* = i* + ∆ε/ε
Intervenções Não-Esterilizadas no
Mercado de Câmbio O que ocorre quando o BC compra títulos de curto prazo
emitidos por governos estrangeiros das instituição financeiras?
Elevação nas reservas(aumento da base monetária) e redução da taxa
de juros no mercado doméstico
Quantidade de
Reservas, R
Selic
RO iRED
RD
Selic*
Selic**
ε
Re, em R$
R = i
R* = i* + ∆E(ε)/εt
R’ = i’
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Intervenções no Mercado de
Câmbio
Intervenções esterilizadas: não ocorre nenhum impacto no
mercado de reservas, nas taxas de juros ou nas taxas de
câmbio
Exceção: ativos domésticos não são substitutos perfeitos para
ativos estrangeiros (prêmio de risco cambial)
Implicação: intervenções esterilizadas não são diferentes de
intervenções não-esterilizadas
Controle de capital: torna ativos domésticos menos líquidos e,
portanto, reduz o grau de substituição entre ativos domésticos e
estrangeiros
Balanço de Pagamentos
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Balanço de Pagamentos O que é? Medida do fluxo de recursos privados e governamentais de um país e o
mercado internacional
Fluxos de bens, serviços, doações e ativos entre residentes e não-residentes
em um determinado período
Entrada de recursos no país: crédito (sinal positivo)
Saída de recursos no país: débito (sinal negativo)
Tipos de transações:
Comercialização de ativos reais: mercadorias e serviços
Comercialização de ativos financeiros: ações, títulos, empréstimos, compra e
venda de empresas
Principais componentes:
Balanço de Transações Correntes
Balanço de Transações de Capital e Financeiras
Registro das Transações
Balanço de Pagamentos nunca apresenta desequilíbrio: ferramenta
contábil de fluxo de caixa
Organização vertical: saldo do balanço de pagamentos é sempre
zero
Problema: informações das balanças de transação corrente e de
capital/financeiras são trabalhadas independentemente
Discrepâncias são registradas na rubrica Erros e Omissões
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Balanço de Transações Correntes Balança Comercial: registro da importação e exportação de mercadorias
Balança de Serviços: registro da aquisição e venda de serviços
Transporte de mercadorias, viagens internacionais, seguros, serviços
financeiros, royalties, licenças, aluguel de equipamentos, serviços
empresariais, profissionais e técnicos
Renda Líquida dos Fatores
Salários de não-residentes, renda de investimentos diretos (lucros,
dividendos, juros de empréstimos entre companhias) e de carteira
(dividendos, juros de títulos, juros de empréstimos)
Transferências Unilaterais de Fatores: doações de bens e moedas para
uso corrente (e.g. doações de agências internacionais e transferência de
patrimônio de migrantes são registrados na conta financeira/capital)
Balanço de Transações Correntes
Fonte: BACEN, 2014
-100000.00
-80000.00
-60000.00
-40000.00
-20000.00
0.00
20000.00
US$
Mil
hõ
es
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Balanço de Transações Correntes
Fonte: BACEN, 2015
-100000.00
-80000.00
-60000.00
-40000.00
-20000.00
0.00
20000.00
40000.00
60000.00
US$
Mil
hõ
es
Transações Correntes Balança Comercial Balança de Serviços
Rendas Líquidas de Fatores Transferências
Balanço de Transações de Capital
e Financeiras Conta de Capital: transferências unilaterais de ativos envolvendo o patrimônio
de migrantes e a aquisição/alienação de bens não financeiros intangíveis (cessão
de patentes e marcas)
Conta Financeira:
Investimento direto: controle explícito dos ativos (compromisso de longo
prazo)
Investimentos em carteira: sem controle sobre o gerenciamento dos ativos
Ações e títulos de renda fixa
Volatilidade excessiva: quase 30% mais volátil que o investimento direto!
Derivativos: operações de swap, opções e futuros e os fluxos relativos aos
prêmios de opções
Outros investimentos: empréstimos de curto e longo prazo, moedas e
depósitos
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Balanço de Transações de Capital
e Financeiras
-60000.00
-40000.00
-20000.00
0.00
20000.00
40000.00
60000.00
80000.00
1990
1991
1992
1993
1994
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
Investimento Direto Investimento em Carteira Derivativos Outros Investimentos
Fonte: BACEN, 2015
Haveres da Autoridade Monetária Transações financeiras conduzidas pelo banco central: ouro,
moedas estrangeiras, títulos emitidos por outros governos,
depósitos em bancos estrangeiros e ativos do fundo monetário
internacional
Reservas internacionais:
Débito: aquisição de ativos estrangeiros pelo banco central
Exemplo: utilizar R$ para comprar ouro ou dólar
Crédito: venda de ativos estrangeiros pelo banco central
Exemplo: vender ouro ou dólar
Logo, uma variação negativa significa um aumento em reservas
cambiais
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Variações nas Reservas Cambiais
Fonte: BACEN, 2015
-100000
-80000
-60000
-40000
-20000
0
20000
1980 1982 1984 1986 1988 1990 1992 1994 1996 1998 2000 2002 2004 2006 2008 2010 2012 2014
US$
Mil
hõ
es
Balanço de Pagamentos – Total
Transações correntes e a conta de capital/financeira: balanço final
deve ser igual a zero
TC + CCF = 0
Diferenças: erros e omissões
Cada transação internacional envolve uma troca de bens, serviços ou
ativos financeiros entre países
Venda de aço pela Vale para a Europa
Vale usa euros para comprar equipamento importado: Caso 1
Vale usa euros para adquirir títulos emitidos pelo governo inglês: Caso
II
Vale troca euros no banco por reais:
o Banco vende euros para um importador: Caso III(a)
o Banco vende euros para o Banco Central: Caso III(b)
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Balanço de Pagamentos – Exemplo Caso I:
∆X > 0 e ∆M > 0, logo ∆TC = 0 e ∆CCF = 0
Caso II:
∆X > 0, logo ∆TC > 0
∆CCF < 0 (aquisição de ativos estrangeiros por residentes; saída
de recursos na rubrica investimento em carteira)
Caso III(a):
∆X > 0 e ∆I > 0, logo ∆TC = 0 e ∆CCF = 0
Caso III(b):
∆X > 0, logo ∆TC > 0
∆CCF < 0 (aquisição de ativos estrangeiros pelo Banco Central;
débito na rubrica haveres monetários)
Questão Como cada uma das transações abaixo afetaria o balanço de pagamentos
do Brasil:
O Banco Central vende euros e adquire reais de um banco nos EUA
∆CCF = 0: venda de moeda estrangeira pelo BC leva ao crédito na rubrica haveres
monetários e débito na rubrica outros investimentos (venda de ativos domésticos
por estrangeiros)
Bradesco vende euros e adquire reais de um banco nos EUA
∆CCF = 0: venda de moeda estrangeira pelo Bradesco leva ao registro simultâneo
de crédito e débito na rubrica outros investimentos (venda de ativos estrangeiros
por residentes e compra de ativos domésticos por estrangeiros)
Banco do Brasil paga juros de um empréstimo tomado em um banco alemão
∆Rendas Líquidas < 0, logo ∆TC < 0; ∆CCF > 0 (crédito em haveres da
autoridade monetária)
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Questão Como cada uma das transações abaixo afetaria o balanço de
pagamentos do Brasil:
CSN toma um empréstimo do Citibank nos EUA
∆CCF = 0: aquisição de empréstimo leva ao registro de (i) um crédito na
rubrica outros investimentos/empréstimos e (ii) débito na rubrica outros
investimentos/moedas e depósitos (se US$ são mantidos pela CSN) ou
débito em haveres da autoridade monetária
Petrobras contrata uma seguradora Americana para garantir suas operações de
exploração de petróleo na Nigéria
∆Balança de Serviços < 0, logo ∆TC < 0; ∆CCF > 0 (aquisição de ativos
estrangeiros por residentes para o pagamento dos serviços; crédito em
haveres da autoridade monetária)
Sistema Financeiro Internacional
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Um pouco de História
Padrão Ouro: 1876 – 1913
Crescimento do comércio e a necessidade de se
estabelecer um sistema formal para ajustes do comércio
internacional
Países estabeleceram regras fixas de conversão da
moeda nacional em ouro
Como a regra era mantida?
Países eram obrigados a trocar a moeda nacional por ouro pela
tarifa estabelecida, sempre que demandado
Implicação: sistema de câmbio fixo
Um pouco de História
Padrão Ouro: 1876 – 1913
Problema de câmbio fixo: política monetária passiva
Exemplo: Assuma que a taxa de câmbio tivesse que ser mantida fixa em
R$1/US$ em função das reservas de ouro dos países
Caso houvesse uma aumento na demanda por produtos estrangeiros:
pressão de depreciação da taxa de câmbio
Reação da autoridade monetária? Colocar US$ no mercado
Implicações?
o Quantidade de R$ em circulação diminui
o Deflação e recessão
Problema do padrão ouro: descoberta de reservas de ouro
impactavam significativamente nas taxas de câmbio
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Um pouco de História
Período entre as Guerras até o final da 2ª Guerra: 1914 – 1944
Durante a 1ª Guerra: o comércio e o fluxo livre de ouro entre os
países foi interrompido
Padrão ouro foi abandonado e as taxas de câmbio tornaram-se livres:
problemas com especulação no mercado de câmbio
Entre Guerras: padrão foi restabelecido
Impacto: Grande depressão (tentativas do Banco Central Americano de
evitar a saída de ouro com a elevação da taxa de juros levou à crise
financeira)
Um pouco de História O sistema de Bretton Woods: 1945 – 1971
Taxas de câmbio dos diversos países estabelecidas em termos do
US$, podendo sofrer ajustes
Dólar: taxa de conversão ao ouro de US$35 por 29 gramas de
ouro
Estabilidade do sistema: garantia de conversão do dólar em ouro
Economia forte
EUA mantinham a maior parte das reservas de ouro na época
Criação do FMI: desequilíbrios externos e o papel de
“emprestador de último recurso”
Criação do Banco Mundial: empréstimos de longo prazo e a
promoção do desenvolvimento econômico
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Um pouco de História
Colapso de Bretton Woods:
Economia americana no final dos anos 60: déficits persistentes
no balanço de pagamentos
Implicação: necessidade de fluxos contínuos de dólares para
pagamentos de compromissos internacionais
Outros países: excesso de dólares e perda de confiança na
conversibilidade do dólar em ouro
1971: reservas de ouro americanas caíram em 30% nos
primeiros sete meses do ano
Nixon suspende as compras e vendas de ouro
Taxas de câmbio passaram a flutuar e houve uma desvalorização
real do dólar
Sistema Atual
Vários regimes de taxa de câmbio:
Inexistência de moeda doméstica
Regime de “currency board” (Comitê da Moeda): retorno ao
conceito de padrão ouro
Taxas de câmbio fixas
Taxas fixas com bandas horizontais
“Crawling pegs”: reajustes anunciados previamente a uma taxa
fixa
Taxas flutuantes gerenciadas
Taxas flutuantes independentes
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Taxas de Câmbio: Fixas ou
Flutuantes?
Depende das prioridades...
Taxas fixas
Estabilidade dos preços internacionais: promoção do comércio
internacional e redução de riscos
Ajuda no controle da inflação: políticas monetárias e fiscal
restritivas
Problemas:
Necessidade de grandes quantidades de reservas internacionais
Necessidade de ajustes recorrentes: mudanças na estrutura da
economia e nas relações comerciais
Mudança administrativa: normalmente tardia e abrupta
Taxas de Câmbio: Fixas ou
Flutuantes?
Taxas flutuantes
Maior independência das políticas fiscal e monetária: liberdade
para minimizar problemas com desemprego e baixo crescimento
econômico
Mudanças na estrutura da economia e nas relações comerciais
são internalizadas gradualmente e eficientemente
Problemas:
Maior suscetibilidade aos choques internacionais
Instabilidade e risco