UNIDADE 1 ROMA ANTIGA - EVL | “65 Anos de Amor...

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UNIDADE 1 ROMA ANTIGA - Características geográficas : A região é localizada na Península Itálica, no continente europeu. É banhada por três mares (Adriático, Tirreno e Mediterrâneo), e protegida ao norte pelos Alpes. 80% de seu território é constituído de planícies e 20% é montanhoso. O território possuia inúmeras terras férteis, clima quente, chuvas regulares, que favoreciam a prática da agricultura. - Ocupação do território italiano : Observe o mapa ao lado, ele mostra a localização dos primeiros povos que habitaram a Península Itálica: - Períodos históricos : Período da Monarquia (753 a.C. 509 a.C.) - Estrutura Política, paralela com a estrutura social: * Patrícios Elite proprietária de terras, eram os únicos com direito a cidadania; * Clientes Homens livres, mas dependentes dos patrícios; * Plebleus Homens livre, porém pobres e sem direitos políticos, mas eram a base da economia da região e eram a maior parte da população.

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UNIDADE 1 – ROMA ANTIGA

- Características geográficas:

A região é localizada na

Península Itálica, no continente

europeu.

É banhada por três mares

(Adriático, Tirreno e

Mediterrâneo), e protegida ao

norte pelos Alpes.

80% de seu território é

constituído de planícies e 20% é

montanhoso.

O território possuia inúmeras

terras férteis, clima quente,

chuvas regulares, que

favoreciam a prática da

agricultura.

- Ocupação do território italiano:

Observe o mapa ao lado, ele

mostra a localização dos

primeiros povos que habitaram a

Península Itálica:

- Períodos históricos:

Período da Monarquia (753 a.C. – 509 a.C.)

- Estrutura Política, paralela com a estrutura social:

* Patrícios – Elite proprietária de terras, eram os únicos com direito a cidadania;

* Clientes – Homens livres, mas dependentes dos patrícios;

* Plebleus – Homens livre, porém pobres e sem direitos políticos, mas eram a base da economia da região e eram a maior

parte da população.

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Os quatro primeiros reis foram latinos e o principal deles foi Rômulo, que durante seu governo invadiu o território dos

Sabinos (a principal ação deles lá foi o rapto das mulheres, já que a maior parte de sua população era constituída por

homens), a essa invasão se deu o nome de Rapto das Sabinas.

Os 3 últimos reis foram etruscos, eles apareceram logo após a invasão do território dos Italiotas. O principal rei etrusco foi

Tarquínio, o Soberbo. No ano de 509 a.C. ele foi deposto por um golpe da aristocracia senatorial patrícia, que objetivava dar

um fim nas intervenções da monarquia, nas atividades legislativas, o nome desse golpe foi o chamado Estupro de Lucrécia.

A partir daí se dá início a um novo período chamado de república.

Período da República (509 – 27 a.C.)

- Observe o esquema abaixo, ele demonstra a estrutura política de Roma neste período:

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- Religião:

Eles eram politeístas;

A religião possuia uma visão antropocêntrica de seus deuses, ou seja, seus deuses possuiam forma humana;

Pode-se dizer que usurparam a religião grega, em outras palavras, seus deuses eram os mesmos deuses gregos, mas eles

possuiam nomes diferentes. Um exemplo é o deus da guerra chamado de Ares na Grécia e depois chamdo de Marte em

Roma;

As divindades (boa parte delas) ganharam nomes dos planetas do Sistema Solar (Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpter,

Saturno, Urano, Netuno e Plutão [atualmente é classificado como “planeta anão”]);

Cultos Religiosos:

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- Senado romano:

- Sociedade romana na primeira metade da República:

- A luta dos plebeus

O choque entre patrícios e plebeus aumentava cada vez mais, na medida em que os plebeus exigiam seus direitos

realizando várias manifestações, como greves e revoluções.

Conquistas plebeias:

- Lei das Doze Tábuas (450 a.C.) – Foi a substituição do direito consuetudinário (as leis eram faladas e viam dos

costumes da sociedade local) por leis escritas e fixadas na frente do Senado. Este foi o primeiro código de leis escritas

romano;

- Lei Canuleia (445 a.C.) – Os plebeus ricos agora poderiam casar-se com patrícias;

- Lei Licínea-Sextia (366 a.C.) – A escravidão ocasionada por dívidas foi abolida e no cônsul (consulado) passou a

existir um cargo só de plebeus;

- Lei Ogulnia (300 a.C) – Os plebeus ganharam o direito de se tornarem sacerdotes e até pontífice máximo (sumo

sacerdote), o que promoveu uma igualdade religiosa;

- Lei Hortênsia (286 a.C.) – Dava poder legislativo às decisões da Assembléia da Plebe, também chamada de

plebiscito. Agora a estrutura política romana ficaria dessa maneira:

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- Guerras Púnicas (264 – 146 a..C)

O avanço romano sobre o Mediterrâneo, resultou no choque entre Roma e Cartago, e isso levou às Guerras Púnicas.

Ela foi dividida em três etapas:

- Primeira Guerra Púnica (264 – 241 a.C.): Vitória romana na qual resultou na conquista da Sicília, Córsega e Sardenha

e no controle do Mar Adriático;

- Segunda Guerra Púnica (218 – 202 a.C.): Vitória romana, mas antes desta Roma teve a maior derrota de sua

história, milhares de soldados foram mortos e três exércitos foram dizimados em três diferentes batalhas em território

romano, graças a uma audaciosa estratégia de avanço, feita pelo general cartagines Anibal, de avançar sobre domínio

romano pelos região dos Alpes. Anibal foi derrotado em Zama (202 a.C.) e finalmente Roma conquistou a região de Cartago;

- Terceira Guerra Púnica (150 – 146 a.C.): Vitória filnal romana, eles avançaram sobre o teritório de Cartago,

comandados por Scipião Emiliano. Agora de acordo com Roma, Cartago é de total propriedade romana. Além disso as

cidades de Cartago foram incêndiadas e foi jogado sal em suas terras, para deixalas inférteis.

Esse foi o primeiro passo para a foramação de um “estado do tamanho do mundo” (maior que o de Alexandre, o Grande)!

- Expansão territórial (consequências):

Roma passou a ser uma república escravista, já que conquistaram várias regiões eles escravizaram os nativos dela;

Aumantou o número de latifúndios;

Ocorreu uma crise no campo: Os pequenos proprietários não conseguiam competir com os latifundiários, o que levou ao

acontecimento de um êxodo rural;

Adquiriram riquezam e cobraram impostos dos povos das regiões conquistadas;

Apareceu um novo grupo social, formado por comerciantes e militares enriquecidos durante as guerras, e esta substituiu

a classe dos clientes;

A instabilidade social provocada pelos plebeus levou o Senado a buscar soluções para a crise (os plebeus realizavam

frequentemente revoltas nas cidades);

Tibério Graco (133 – 132 a.C.)

- Devolveu ao estado as terras públicas (ager publicos) que estavam sobre posse dos latifundiários;

- Fez uma reforma agrária (redistribuiu as terras de uma forma mais justa, o que acabou fazendo com que o número de

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plebeus nas cidades se reduzisse).

Caio Graco (123 – 122 a.C.)

- Criou a Lei Frumentária, que reduzia o preço do trigo e proibia o aumento do preço do pão;

- Tentou retomar a reforma agrária, mas foi um fracasso e Caio acabou que por sendo assasinado.

A crise só aumentou e Roma acabou vivendo um período de ditaduras com Mário e Sila (106 – 60 a.C.). Os ditadores

conseguiram enfraquecer o poder do Senado.

- O primeiro Triunvirato (60 – 54 a.C.)

Foram elegidos três governantes: Crasso, Pompeu e Júlio César, o grande problema era que todos os três eram

ambiciosos.

Pompeu almeja ser o único governante de Roma e eliminou Crasso, mas acabou morto por Júlio César, que percebeu o

que Pompeu planejava e a partir daí governou Roma só.

Período do Império (27 a.C. – 476 d.C.)

- Alto Império

Dinastia Julio-Claudiana (27 a.C. – 68 d.C.):

- Otávio Augusto

Teve um longo governo;

Recebeu os títulos de deus, cônsul perpétuo, entre outros;

Teve um reinado extremamente organizado do ponto de vista administrativo;

Dividiu o Império Romano em diversas províncias e nomeou pessoas de sua confiança para comandarem estas;

Consiguiu dar para Roma um equilíbrio sócio-político-econômico, dando um fim aos conflitos entre patrícios e

plebeus;

Subjugou o poder político que o Senado detinha, ou seja, o Senado tinha de obedecer as ordens do imperador;

Reduziu a sonegação de impostos;

Combateu a corrupção;

Por essas razões seu governo ficou conhecido como o Período da Pax Romana, que foi um período de paz, gerada

pelas armas e pelo autoritarismo, experimentado pelo Império Romano que iniciou-se quando Augusto, em 29 a.C., declarou

o fim das guerras civis e este período durou até o ano da morte de Marcus Aurelius, em 180 d.C.;

Após sua morte ele entra para a história como um grande líder/imperador.

Antes de sua morte decidiu que o próximo governante romano seria Tibério.

- Tibério

Não perdeu territórios e assim como Otávio, manteve controladas as revoltas;

Ele tinha baixa estima, e do nada ele afastou de roma e ficou em uma casa de campo, onde comunicou que nunca

mais voltaria para Roma e que tinha elegeido um ditador para seguir regiamente as ordens que ele determina-se. Tibério

passou dois anos nessa casa, até sua morte. Não se sabe a causa de sua morte;

Após sua morte, o ditador também foi retirado pelo Senado, e aí começou uma disputa pelo poder, já que Tibério

não deixou escrito quem deveria sucedê-lo ao cargo.

- Calígua

Desestruturou Roma econômicamente;

Exigiu que o Senado aprovasse a Lex Majestatis (dizia que o poder do imperador está acima de qualquer outro

tipo de poder, e não poderia ser desafiado);

Profanou os templos fazendo orgias neles, e desrespeitou o Senado entrando nele a cavalo e nomeando este

como senador, o nome do cavalo era Incitatus;

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Possuia problemas mentais;

Ele foi assasinado pela guarda que ele mesmo criou, a Guarda Pretoriana.

- Cláudio

Reestabeleceu a desordem que Calígua havia deixado em Roma;

Foi o primeiro dos imeradores a buscar novas conquistas. Ele conquistou as regiões da Gália e da Germânia;

Foi um excepcional administrador romano;

Era toxicomania, vontade anormal de ingerir substâcias tóxicas ou drogas;

O maior erro de sua vida foi apaixonar-se por uma mulher chamada Agripina, que não era sua esposa. Cláudio

tramou o assasinato de sua esposa, mas o que aconteceu foi que ela matou ele, e quem assumiu o governo foi seu filho Nero

(filho de Agripina).

- Nero

Apesar do início de seu governo ter sido estável, o resto deste foi

muito instável. Ele manteve um relacionamento difícil com o Senado e usou

o Lex Majestatis;

Foi o primeiro impedor a perseguir os cristãos, o que significa que

o número de cristão já era bem elevado;

*Motivo: Os cristãos dizem que Deus tem o poder supremo sobre

todas as coisas na Terra, e Nero por achar que ele era mais poderoso que

qualquer um, deu início a essa perseguição. (O cristianismo confrontava o

império).

Foi atribuído a ele o incêndio de Roma, diz-se que esta foi uma

tentativa de eliminar os cristãos, que estavam em Roma (Não se sabe a

causa real desse incêndio);

Ele teve um desequilíbrio mental grave causado por um mulher,

uma pebléia, que recusou-se a se casar com com ele. Nero, perdidamente

apaixonado, mandou raptá-la, mas mesmo assim ela disse “Você pode me

possuir, mas nunca terá meu coração”, após receber esse “toco imperial”

ele não a matou, mas a libertou! Enlouquecido Nero, se matou.

Dinastia dos Antoninos (96 d.C. – 192 d.C.)

- Alexandre

Fez novas conquistas territoriais (Invadiu a Inglaterra, pela da França); Edito Perpétuo: Oraganização das leis romanas, em um novo código jurídico (Codex Adrianus), que durou por todo o período do Império Romano;

- Trajano

Seu governo foi marcado pela máxima expansão do Império Romano; Depois de seu reinado Roma não avançou mais territorialmente; Construiu o Thermas, o novo fórum e urbanizou alguns bairros de Roma.

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- Baixo Império

Foi o período em que Roma perdeu poder, até cair em 476 d.C.. A partir do ano 303 d.C., o império passou a sofrer constantes invasões dos povos Barbáros; Durante este período se destacaram os imperadores:

1º - Diocleciano:

Durante seu governo Roma estava passando por uma grave crise, e a inflação não parava de subir, daí os romanos começaram a fazer revoltas, forçando o imperador a criar o Edito Máximo, para conter estas; Edito Máximo: Dizia que todo o preço do trigo e dos gêneros alimentícios mais simples, foi proibido de sofrer aumento; Criou um sistema chamado tetrarquia, que dividia o império em quatro áreas admistrativas, veja o mapa abaixo:

2º - Constantino:

Fundou a cidade de Constatinopla; Edito de Milão: Liberou o culto aos cristãos, que a partir de então eles não seriam mais perseguidos (a religião cristã poderia ser praticada em Roma); Um dos principais cercos enfrentados por Constatino ocorreu em Constatinopla, realizado pelos Turcos.

3º - Teodósio

Edito de Tessalônica: Oficializava o cristianismo, como religião oficial no império; * Mesmo com o Edito de Tessalônica os deuses romanos não foram extintos! O cristianismo agora era a religião do império, não das pessoas. Dividiu o Império Romano em dois:

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- Cultura romana

A arquitetura era, dentre todas, o principal meio de manifetação artística dos romanos. As construções, por eles feitas serviam para satisfazer as necessidades do império; O direito evoluiu com o passar do tempo: No começo era consuetudinário, e era falado (período monárquico) depois passaram a ser escritas (período republicano) com as conquistas romanas apareceu um novo conjunto de lei chamado Jus Gentium, que extendia os direitos em Roma, para todo o resto do Império (período imperial); Para as fulturas gerações foi deixado pelos romanos o Latim, que se ramificou em diversas das línguas atuais como: o português, o espanhol, o francês, o italiano e o romeno;

No principio havia na religião duas formas de culto: o doméstico e o público (período monárquico), depois ela passou a ser uma religião de estado, com uma hierarquia de sacerdotes (período republicano) e após isso ocorreu a divinização do imperador (período imperial). O cristianismo também estava presente em Roma, mas sua prática só foi liberada, com o aperecimento do Edito de Milão.