Cenografia - Roma

7/17/2019 Cenografia - Roma

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Heloisa Lyra Bulcão ı Lidia Kosovski ı Luiz Henrique SáUniversidade Federal do Estado do Rio de Janeiro UNIRIO :: CLA :: CENOGRAFIA I

O Teatro Romano:princípios arquitetônicos e cenográficos

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03 BIBLIOGRAFIA DA AULA:BIBLIOGRAFIA DA AULA:

• BERTHOLD, Margot. História mundial do Teatro [1968]. São Paulo: Ed. Perspectiva, 2005.

• CRABTREE, Susan & BEUDERT, Peter. Scenic art for the Theatre: history, tools and techniques.Focal Press, 1998.

• MACGOWAN, Kenneth & MELNITZ, William. The living stage. A history of the world theatrer .Englewood Cliffs: Prentice-Hall, 1955.

• ROBERTS, Vera Mowry. On stage. A history of theatre. New York: Harper & Row, 1962.

• VITRUVIO [Vitruvius Pollio]. Tratado de arquitetura [27 a.C.]. São Paulo: Editora Martins Fontes, 2007.




03 SUMÁRIO DA AULA:

[3.1] • Império Romano: ascensão e declínio

[3.2] • Teatro romano: origens, fases, dramaturgos

[3.3] • Elementos da Arquitetura Teatral e da Cenograa romana




03.1

ROMA “PRIMEVA”

Mito: os romanos foram descendentes

de Enéas de Tróia.

Realidade: eram descendentes de indo-

europeus (mais relacionados com Celtas

ou Gauleses).

Mito: os fundadores da cidade de

Roma foram os irmãos Rômulo e

Rêmulo, em 753 a.C.

Realidade: os primeiros romanos eram

descendentes culturais e políticos

dos Etruscos, dos quais se sabe muito

pouco.

753 a.C.: fundação do primeiro núcelo

de governo romano, a Cidade das Sete

Colinas.Antiga Itália e seus povos, séc. 8 - 6 a.C.

Império Romano: ascensão e declínio 03/43




ROMA REPUBLICANA

510 a.C.: início aproximado

Governada por um Senado e dirigida

por patrícios.

Luta por poder entre patrícios e

plebeus. Estes, nalmente, conseguem

vários direitos.

Período de desenvolvimento da legião

romana.

Conquistaram a maior parte da Itália

por volta de 264 a.C.

Entraram em contato com os gregos

que viviam na Magna Grécia (sul da

Itália).

Império Romano: ascensão e declínio 04/4303.1




ROMA NO SÉCULO II a.C.

Os romanos tornam-se uma potência

internacional, tanto militar quando

econômica.

Começam sua expansão ao leste.

Conquistam a Grécia na metade do

século II a.C.

Helenismo: integração das culturasgrega e romana.



http://slidepdf.com/reader/full/cenografia-roma 7/44Heloisa Lyra Bulcão ı Lidia Kosovski ı Luiz Henrique SáUniversidade Federal do Estado do Rio de Janeiro UNIRIO :: CLA :: CENOGRAFIA I

REVOLUÇÃO ROMANA

IMPÉRIO ROMANO

Ascensão de generais.

• Marius

• Sulla

• Pompeu (c. 62 a.C)

• Júlio César (morto em 44 a.C.)

• Octávio Augusto (restaura ao Senado

o controle de Roma em 27 a.C.)

Pax Romana:

200 anos de paz (27 a.C. - 180 d.C.).

Sucessão de imperadores:

Trajano, Adriano, Marco Aurélio.

Período de grande prosperidade e arte.

Autores: Virgílio, Horácio e Ovídio.




DIVISÃO ORIENTE / OCIDENTE

Em 286 d.C., o império foi dividido emdois por Diocleciano.

Império Romano do Ocidente:

• culturas extremamente diferentes

• múltiplos idiomas

• invasões de povos bárbaros• terras devastadas

• Queda do Império Romano do

Ocidente: 476 d.C., com a tomada de

Roma pelos hérulos.

O Império Romano do Oriente (Império

Bizantino) continuaria existindo até

1453, quando ocorreu a Queda de

Constantinopla.





Teatro Romano: origens, fases, dramaturgos 09/4303.2

A civilização romana foi uma grande

inuência, para nós, em termospolíticos, culturais, lingüísticos... e

teatrais.

Termos gregos:

teatro, drama, tragédia, comédia,

crítica, teoria, orquestração, cena

Termos romanos:

ator, circo, performance, nudez,

espetáculo, violência, jogo

No Teatro, não foram exatamente

inovadores, mas transmitiram a cultura

grega.

Para os romanos, o Teatro era um

divertimento, uma forma de lazer.

O Teatro não era uma arte para ser

levada a sério.

A dramaturgia romana começa com

traduções dos textos gregos.

1º período: Atividade dramático-

literária [séc. III e II a.C.] – peças

históricas e comédias em palcos

temporários de madeira.

2º período: Moldura arquitetônica

[séc. I a.C. a II d.C.]




Teatro Romano: origens, fases, dramaturgos 10/4303.2

Religião:

religião grega, com nomes adaptados,

mas sem grande alteração de caráter.

Racionalidade romana:

organização e técnica militar levados

aos aspectos religiosos e festivos.

Ludi romani:

festividade religiosa oficial consagrada

a Júpter [Zeus], Juno [Hera] e Minerva

[Atena].

Evocatio:cerimônia religiosa feita a cada

ocupação, chamando os deuses para

Roma.

Apropriação das culturas tomadas para

a manutenção do poder.

Teatro romano – instrumento de

poder.

Grécia: desenvolvimento da tragédia

nos festivais [Dionisíacas e Lenéas]

Roma: associa o teatro ao programa de

festividades

Dionísio “destronado”: Minerva, deusa

da sabedoria e das artes torna-se

patrona do teatro.




03.2

AS FASES DO TEATRO ROMANO

• Teatro italiano nativo [pré 240 a.C.]Fescennina carmina, phlyaces, farsa atelana

• Teatro literário [240 - 100 a.C.]

Plauto e Terêncio, tragédias republicanas

• Entretenimento popular [100 a.C. - 476 d.C.]

Circo, espetáculos, mimos [e Sêneca]

Discrepância entre as evidências textuais e

materiais: a maioria dos dramas romanos são do

período Republicano [200 - 100 a.C.], porém os

edifícios teatais datam de depois de 100 a.C.

Grandes espetáculos: destinados às classes mais

baixas.

Dramaturgia: peças escritas para as classes sociais

mais elevadas.

“leitores”X

“espectadores”

A dramaturgiaromana,

conseqüentemente,teve curta duração.

Teatro Romano: origens, fases, dramaturgos 11/43




03.2

TEATRO ITALIANO NATIVO

As formas mais antigas deste tipo deentretenimento vieram dos etruscos

[que dominaram a Roma primitiva entre

600 e 500 a.C.].

Improvisação de versos.

Farsa atelana

Personagens tipo:

Maccus [palhaço]

Bucco [fanfarrão]

Dossenus [glutão]

Pappus [velho louco]

pinturas emtúmulo etrusco





03.2

AO MESMO TEMPO EM QUE...

Aristótelesdescreve os princípios

da tragédia e dacomédia

Romaassiste aos primeiros

ludi-sceanici [modestos espetáculos

etruscos de mimos]





03.2

PLAUTO Titus Maccius Plautus [230 a.C. - 180 a.C.]

Dramaturgo romano, do período republicano.

Suas comédias são quase todas adaptações de

modelos gregos [comédia média]. 21 peças estão

preservadas, dentre as quais:

Estico [200 a.C.]

Persa [197 a.C.]

O soldado fanfarrão [197 a.C.]

A comédia da marmita [195 a.C.]

Epídico [195 a.C.]

Anfitrião [194 a.C.]

Os prisioneiros [194 a.C.] A comédia dos burros [194 a.C.]

Caruncho [193 a.C.]

O cabo [192 a.C.]

As bacanas [189 a.C.]





03.2

TERÊNCIO Publius Terentius [185 a.C. - 159 a.C.]

Poeta e dramaturgo romano, autor de seis

comédias, todas baseadas em textos de

Menandro e Apollodorus de Carystus.

Andria [166 a.C.]

Hecyra [165 a.C.]

Heauton Timorumenos [163 a.C.]

Eunuchus [161 a.C.]

Phormio [161 a.C.]

Adelphoe [160 a.C.]





03.2

SÊNECA Lucius Annaeus Seneca [4 a.C. - 65 d.C.]

Um dos mais célebres escritores e intelectuais do

Império Romano. Escreveu tragédias baseadas

dos modelos gregos, principalmente em

Eurípides.

Hércules furioso

As troianas

Medéia

Hipólito

Édipo

Agamênon

TiéstesHércules Oetano

As fenícias

Fedra





O primeiro edifício teatral

Romano, feito em concreto,

só foi construído em 55 a.C.[Teatro de Pompeu - Roma].

Antes disso, os teatros eram

temporários – feitos em

madeira.

Palco quadrado com cerca de

1 metro de altura, com uma

escada lateral e fechado na

parte posterior por um telão

de fundo. Era montado emlugares de concentração de

público [praças, mercados].

Elementos da Arquitetura teatral e da Cenograa romana 18/4303.3




Por volta de 155 a.C. se

construiu, pela primeira vez,

uma scaenae frons adornadacom colunas.

Por volta de 100 a.C., bastidores

com pinturas naturalistas

começaram a ser usados como

cenograa [painéis que corriam

em trilhos e que poderiam ser

retirados facilmente pela lateral

da cena].

À esquerda do cenário, umaestátua do deus celebrado na

representação. Em caso de um

funeral, a efígie do defunto.





Por volta de 56 a.C., durante os

intervalos das representações, atuavamatores populares em farsas e cenas

burlescas.

Ocultava-se a scaenae frons com

um telão branco, também utilizado

antes do começo da representação

para surpreender o público com asuntuosidade do espaço.

Velarium: proteção contra intempéries,

sobre o edifício.

Siparium: telão sobre a scaenae frons.

Auleum: “cortina” que abria a cena.

Aplicação da engenharia naval romana.





55 a.C.: Pompeu pede aos senadores que

se construa um teatro em pedra [quenão poderia ser destruído, uma vez ser

um edifício também dedicado a Vênus].

Padrão arquitetônico que seria

seguido pelos futuros teatros romanos

[registrado por Vitrúvio, em seu tratadoDe Architectura].

Semi-círculo perfeito.

Palco mais elevado e mais profundo.

Scaenae frons: 2 ou 3 andares de altura,

com uma série de pórticos, colunas,

capitéis e esculturas.





As decorações em

telões pintados ouperiactos conviveram

com a cenograa xa,

arquitetônica, da scaenae

frons.

Devido à inclinação aoverismo dos espectadores

romanos, espetáculos

foram produzidos com

fontes que manavam

água, árvores e arbustos

naturais, além de efeitos

cênicos muito elaborados.





Em muitos teatros

romanos, a orchestra

foi impermeabilizada e

transformada em piscina

para que se pudessem

encenar balés e festivaisaquáticos.


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Merida, Espanha

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Pompéia

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Hierápolis, Turquia

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Aspendos, Turquia

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Aspendos, Turquia

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El d A i l d C 03 3




Transformação do

edifício teatral em arenas

completas, para combatesde gladiadores e feras.


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Coliseu, Roma

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Le Jem,Tunísia

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Le Jem,Tunísia

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