Unesa -SGRS - Unidade 8 Aula 1
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Tratamento eTratamento eDisposição deDisposição de
ResíduosResíduosSólidosSólidos
Unidade 8: Técnicas deUnidade 8: Técnicas de
Tratamento e Disposição FinalTratamento e Disposição FinalProfª.: Eliana SgarbiProfª.: Eliana Sgarbi
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8.1 Formas de Disposição de8.1 Formas de Disposição deResíduos no Brasil e no MundoResíduos no Brasil e no MundoOs maiores geradores de lixo do
mundo: EUA: 210 milhões de toneladas/ano Japão: 100 milhões de
toneladas/ano Inglaterra: 40 milhões de
toneladas/ano França: 30 milhões de
toneladas/ano
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Como o lixo é destinadoComo o lixo é destinadopelo mundopelo mundo
Inglaterra e Alemanha: destinaçãofrequente de resíduos para
incineração visando a geração deenergia. EUA: 50% dos resíduos seguem para
aterros e a parcela restante édividida entre aterros ecompostagem (resíduos orgânicos).
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Os Resíduos Sólidos noOs Resíduos Sólidos noBrasilBrasil
Destinação Quantidade
Distritos com serviço de limpeza urbanae/ou coleta de lixo
8.381
Vazadouro a céu aberto (lixão) 5.993
Aterro controlado 1.868
Aterro sanitário 1.452
Aterro de resíduos especiais 810
Usina de compostagem 260
Usina de reciclagem 596
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8.2 Aterro Controlado8.2 Aterro Controlado Lixo disposto em valas, compactado
e recoberto por terra.
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8.3 Aterro Sanitário8.3 Aterro SanitárioDefinição:Processo utilizado para a disposição de
resíduos no solo, em especial o lixodomiciliar.Construído com base em normas
específicas, apresentando umaconfinação segura com a finalidadede minimizar os impactosambientais.
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Aterro SanitárioAterro SanitárioVantagens: Baixo custo.
Disposição adequada do lixo. Boa capacidade de absorção diária. Condições satisfatórias de
decomposição biológica da matériaorgânica.
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Aterro SanitárioAterro SanitárioFatores limitantes: Áreas próximas a comunidades.
Indisponibilidade de material para acobertura diária. Influência das condições climáticas.
Escassez de recursos humanoshabilitados para o gerenciamento donegócio.
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Classificação dos AterrosClassificação dos Aterros1. Aterros Comuns (lixões):Simples descarga de lixo, sem
qualquer tratamento.
2. Aterros Controlados:
Lixo disposto no solo e coberto commaterial inerte.
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Classificação dos AterrosClassificação dos Aterros3. Aterros Sanitários:Disposição do lixo com as seguintes
características: Sistema de drenagem de efluenteslíquidos percolados (chorume).
Impermeabilização das células(polietileno de alta densidade). Tratamento e drenagem do biogás.
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Aterros SanitáriosAterros Sanitários ±±característicascaracterísticas
Drenagem de águas pluviais ecobertura.
Monitoramento ambiental constante(topográfico e hidrogeológico).
Pátio de estocagem de materiais. Distância mínima de cursos d'água
(400 m). Alternativa brasileira: uso de valas
(municípios de pequeno porte).
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Aterros SanitáriosAterros Sanitários ±± ClassificaçãoClassificaçãoconforme técnica de operação:conforme técnica de operação:
Aterros de superfície: regiões planas.
Aterros de depressões: executadosem locais específicos (lagoas,mangues, locais com depressões eondulações).
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Os PréOs Pré--Requisitos para umRequisitos para umAterro:Aterro:
1. Levantamento de dados gerais: Dados populacionais.
Tipologia dos resíduos. Taxa de produção per capita. Dados pluviométricos.
Regime de temperatura.
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Os PréOs Pré--Requisitos para umRequisitos para umAterro:Aterro:
2. Escolha do terreno
Áreas de fácil acesso. Recursos hídricos (proximidade).
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Os PréOs Pré--Requisitos para umRequisitos para umAterro:Aterro:
3. Levantamento topográfico: Definição da área útil.
4. Levantamento geotécnico: Reconhecimento do perfil do solo e
subsolo (permeabilidade/constituição/ nível do lençol freático/etc.)
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8.4 Compostagem Aeróbica8.4 Compostagem Aeróbicae Anaeróbicae Anaeróbica
Definição:Ato ou ação de transformar resíduos
orgânicos, através de processosfísicos, químicos e biológicos, emuma matéria biogênica mais estável.
C omposto = fertilizante orgânicooriundo da compostagem.
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Os Fertilizantes Hoje:Os Fertilizantes Hoje:
Valor relacionado à fraçãoinorgânica (nitrogênio, fósforo e
potássio).
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CompostagemCompostagem -- Histórico:Histórico:Usada na antiguidade pelos povos
orientais ± técnicas artesanais, nasquais se amontoavam os resíduospara fermentação e posteriorincorporação ao solo.
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A Compostagem no BrasilA Compostagem no BrasilUm número reduzido de usinas
operam em funcionamento pleno.
Razões principais: Inviabilidade econômica.
Incapacitação técnica.
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CompostagemCompostagem ±±Metodologia:Metodologia:
Tratamento Físico. Tratamento Biológico.
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Tratamento Físico:Tratamento Físico:1. Triagem manual e/ou mecânica do
lixo onde os componentes não-biodegradáveis são retirados da
massa.2. Resíduos restantes são triturados e
homogeneizados.
Adiciona-se lodo de esgoto ao lixo para favorecer a atividadebacteriana.
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Tratamento Biológico:Tratamento Biológico:Fermentação ou digestão de resíduos
pela ação dos microorganismospresentes ou inoculados (lodo deesgoto).
Podem ser empregados processosaeróbios, anaeróbios ou mistos.
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CompostagemCompostagem ±± Fatores deFatores deInfluênciaInfluência
Temperatura (ideal entre 23º C e70º C).
Aeração. Umidade. Qualidade dos microorganismos.
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8.5 Tratamento Térmico dos8.5 Tratamento Térmico dosResíduos Sólidos de Saúde (RSS)Resíduos Sólidos de Saúde (RSS)
Autoclave: realiza a esterilização avapor, destruindo osmicroorganismos.
Incineração: queima controlada,também com o objetivo de destruirintegralmente os microorganismos
presentes.
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8.6 Incineração8.6 Incineração
Prática antiga, que até a década de1970 consistia em empilhar resíduose atear fogo diretamente. As cinzaseram espalhadas no solo e por vezesusadas como adubo.
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IncineraçãoIncineraçãoDefinição:Queima do lixo em equipamentos
específicos.Os resíduos remanescentes (cinzas)são encaminhados para aterrossanitários ou mesmo reciclados.
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A História da IncineraçãoA História da Incineração 1874 ± Nottingham ± Inglaterra:
O Sistema de Fryer: forno onderesíduos eram dispostosmanualmente e incinerados comajuda de carvão.
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A História da IncineraçãoA História da Incineração 1920 ± EUA e Europa:
Mais de 300 incineradores municipaisinstalados.
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A História da IncineraçãoA História da Incineração Brasil:
1886 ± Bairro dos Tocos ± Manaus(AM) : 60 toneladas/ dia.
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IncineraçãoIncineração ±± NúmerosNúmerosAtuaisAtuais
EUA ± 86 incineradores construídosnos últimos 5 anos.
Brasil ± projeto da Companhia deEnergia de São Paulo paraconstrução de uma termoelétricamovida a lixo.
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O Processo de IncineraçãoO Processo de IncineraçãoCaracterística principal: redução de
peso e volume do resíduos, por meiode combustão controlada.
São gerados no processo:
CO2, SO2, N2, O2, H2O e cinzas eescórias (metais ferrosos em geral).
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Situações EspeciaisSituações Especiais Combustão incompleta: geração de
CO e particulados (fuligem e negrode fumo).
Dissociação do nitrogênio, formandoNO e N
2
O5
.
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Controle do Rendimento daControle do Rendimento daCombustãoCombustão
Princípios Básicos:
1. Regular a quantidade de ar paraatender às especificações doprojeto.
2. Transferir o máximo de calorgerado na combustão para omaterial a ser incinerado.
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Classificação dos ProcessosClassificação dos Processosde Incineraçãode Incineração
1. Incineração Estática ou deBatelada:
Funcionamento intermitente do forno.Estágios:a) Alimentação do forno.b) Combustão dos resíduos.
c) Resfriamento e Tratamento dos Gases eProdutos da Combustão.d) Emissão dos gases e escórias.
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Classificação dos ProcessosClassificação dos Processosde Incineraçãode Incineração
2. Incineração Dinâmica ou Contínua:funcionamento do forno é ininterrupto.
Estágios:a) Alimentação do forno.
b) Secagem dos resíduos.
c) Combustão dos resíduos.
d) Resfriamento dos gases.e) Filtragem e tratamento dos gases.
f) Emissão dos gases e escórias.
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Conceitos Teóricos daConceitos Teóricos daIncineraçãoIncineração
Reação química entre combustível ecomburente.
Controles importantes: Temperatura de ignição. Temperatura de inflamação. Controles de combustão:
Temperatura (800 a 1000 ºC);turbulência; tempo de permanência.
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Sistemas de IncineraçãoSistemas de IncineraçãoOs mais conhecidos:
Tepee; Du Pont; Munich; Düsseldorf; Martin;
CESP ± Brasil ± Usina Termoelétrica deLixo.
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Pontos Positivos daPontos Positivos daIncineraçãoIncineração
Redução de volume de resíduos (até90%).
Destruição dos microorganismospresentes. Geração de energia calorífica, que
pode ser transformada em energiaelétrica ou vapor.
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Pontos Negativos daPontos Negativos daIncineraçãoIncineração
Produz resíduos remanescentes da queima(escórias), os quais necessitam dedestinação final.
Libera gases tóxicos que necessitam detratamento. Não serve para vidros, metais ou matéria
orgânica.
Produz efluentes decorrentes da lavagemdos gases e das escórias.
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8.7 Aterros Industriais8.7 Aterros Industriais Requerem projeto e execução mais
elaborados que os aterros sanitários,especialmente se recebem resíduosperigosos. Isto quer dizer:impermeabilização rigorosa de suabases (mantas plásticas especiais) e
cobertura impermeável para ascélulas já preenchidas.
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Aterros IndustriaisAterros IndustriaisPontos a ComentarPontos a Comentar
Condições de implantação similaresàs dos aterros sanitários quanto aoacesso, vizinhança, coleta e
tratamento de lixiviados e percoladose cobertura. Monitoramento permanente, a fim de
se minimizar as chances decontaminação de solo e águassubterrâneas.
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Aterros IndustriaisAterros IndustriaisPontos a ComentarPontos a Comentar
Deve-se evitar a disposição deresíduos muito úmidos e pastosos, afim de reduzir ao mínimo aquantidade de lixiviados a produzir.
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Aterros IndustriaisAterros IndustriaisRequisitosRequisitos
A localização deve ser a mais de 200 mdos corpos d'água superficiais;
O nível de água do lençol freático na sua
cota mais elevada deve observar umadistância mínima de 2,5 m da base doaterro.
O aterro não deve situar-se à margem de
rodovias, estradas e vias de uso comum(mínimo de 20 m de distância a partir dafaixa de domínio).
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Aterros IndustriaisAterros IndustriaisRequisitosRequisitos
Vida útil não inferior a 5 anos; Direção predominante de ventos no
sentido oposto ao das áreas maisdensamente povoados; Priorizar solo com permeabilidade
baixa (argiloso) ± maior garantiaoperacional e menores custos deprojeto.
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8.8 Co8.8 Co--ProcessamentoProcessamento
Definição:Aproveitamento de resíduos industriais
e/ou matéria-prima em fornos dealta temperatura.
Ex: inserção dos resíduos nos fornosde clínquer da indústria cimenteira.
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CoCo--ProcessamentoProcessamento
Definição:Aproveitamento de resíduos industriais
e/ou matéria-prima em fornos dealta temperatura.
Ex: inserção dos resíduos nos fornosde clínquer da indústria cimenteira.
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Histórico do CoHistórico do Co--processamentoprocessamento
Prática com cerca de 30 anos. Resíduos mais destinados: pneus,
borras de refino de petróleo, soloscontaminados, equipamentos deproteção individual usados, refugosde produção da indústria
farmacêutica, embalagens plásticas,etc.
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Restrições do CoRestrições do Co--processamentoprocessamento
Não podem ser co-processados:
Resíduos hospitalares.
Resíduos radioativos. Resíduos domésticos.
Resíduos corrosivos.
Pesticidas.
Explosivos.
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Pontos Positivos do CoPontos Positivos do Co--processamentoprocessamento
Destruição integral dos resíduos, quesão incorporados ao produto daindústria co-processadora.
Custo competitivo.
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Pontos Negativos do CoPontos Negativos do Co--processamentoprocessamento
Restrições para os resíduos (nemtodos estão aptos ao processo).
Distância das indústrias co-processadoras (elevado custo dotransporte).
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8.9 Aproveitamento Energético8.9 Aproveitamento Energéticodo Lixodo Lixo--CombustívelCombustível
Associado muitas vezes a processos deincineração, através de caldeiras,onde o vapor é gerado em função da
troca de calor com os gases decombustão.Este vapor pode ser utilizado
diretamente ou transformado emenergia elétrica por meio deinstalações especiais, como turbinas.
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8.10 Auditorias em8.10 Auditorias emReceptores de ResíduosReceptores de Resíduos
Principais finalidades:1. Conhecer previamente o receptor
do resíduo antes da destinação domaterial;2. Registrar formalmente a inspeção
para uso em eventuais processos judiciais no futuro.