Obtención de espectros de la piel mediante espectroscopía ...
Um Experimento Simples Usado Para Identificar a ... fileinstrumentos compreendem uma antena sniffer...
Transcript of Um Experimento Simples Usado Para Identificar a ... fileinstrumentos compreendem uma antena sniffer...
Universidade Tecnológica Federal do Paraná - UTFPR
Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciência e Tecnologia - PPGECT
II Simpósio Nacional de Ensino de Ciência e Tecnologia
07 a 09 de outubro de 2010 ISSN: 2178-6135
Artigo número: 97
Um Experimento Simples Usado Para Identificar a Susceptibilidade Eletromagnética
André Luís Lui
Resumo
Este trabalho propõe apresentar um ensaio simples, que tem por finalidade auxiliar na identificação de ruídos ocasionados pela Interferência Eletromagnética (IEM) de modo a minimizá-lo ou eliminá-lo totalmente. Após realizar uma leitura cuidadosa da teoria da Compatibilidade Eletromagnética (CEM), buscou-se aplicar estes conhecimentos, nas análises realizadas a partir dos ensaios. Estes ensaios, visavam identificar numericamente a susceptibilidade apresentada por alguns equipamentos eletroeletrônicos, especificamente a telefonia móvel e a rede wireless (padrão 802.11). Apresenta-se ainda, uma descrição dos instrumentos utilizados para a aquisição dos sinais. Estes instrumentos compreendem uma antena sniffer e um analisador de espectros vetoriais. Desta forma, buscou-se comparar os dados obtidos pelo analisador de espectros vetoriais com as especificações vigentes na Comissão Federal de Comunicação (FCC). A metodologia desenvolvida baseia-se na realização de dez ensaios em condições bastante semelhantes. Ela foi escolhida com base nos objetivos deste trabalho, que buscou comparar os dados obtidos com a normatização adotada. Os resultados encontrados demonstraram que a telefonia móvel apresentou uma discrepância nos níveis ideais de frequência, extrapolando os limites aceitáveis de interferência.
Palavras-chave: Compatibilidade Eletromagnética, radiofrequência,
normas, Comissão Federal de Comunicação.
Universidade Tecnológica Federal do Paraná - UTFPR
Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciência e Tecnologia - PPGECT
II Simpósio Nacional de Ensino de Ciência e Tecnologia
07 a 09 de outubro de 2010 ISSN: 2178-6135
Artigo número: 97
Abstract
This paper proposes to present a simple assay, which aims to help identify noises caused by Electromagnetic Interference (EMI) to minimize it or eliminate it altogether. After performing a careful reading of the theory of Electromagnetic Compatibility (EMC), we attempted to apply this knowledge, the analysis made from the tests. These tests were aimed at identifying the susceptibility numerically by some electronic equipment, especially mobile telephony and wireless (802.11). It also presents a description of instruments used for signal acquisition. These instruments include a sniffer antenna and a spectrum analyzer vector. Thus, we sought to compare the data obtained by the vector spectrum analyzer with the specifications in force at the Federal Communications Commission (FCC). The methodology is based on the performance of ten trials in conditions very similar. She was chosen based on the objectives of this study, which sought to compare the results with norms adopted. The results showed that mobile telephony had a discrepancy in the optimal levels of frequency, beyond the acceptable limits of interference.
Keywords: Electromagnetic Compatibility, Radio Frequency, standards,
Federal Communications Commission.
Universidade Tecnológica Federal do Paraná - UTFPR
Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciência e Tecnologia - PPGECT
II Simpósio Nacional de Ensino de Ciência e Tecnologia
07 a 09 de outubro de 2010 ISSN: 2178-6135
Artigo número: 97
Introdução
Os primeiros indícios de Interferências Eletromagnéticas (IEM) ocorreram durante a
segunda guerra mundial (1939-1945), conforme relatado em Poul (1992). O uso de dispositivos
eletrônicos em equipamentos de navegação, bem como em radares, ampliaram os casos de
interferências entre rádios de comunicação e de navegação em aeronaves. O problema mais
significativo de Interferências Eletromagnéticas (IEM) ocorreu com o aumento e a difusão de
componentes eletrônicos, tais como o transistor bipolar (1950), os sistemas integrados de circuito
(CI) (1960) e o chip microprocessador (1970). Consequentemente, com notou-se um aumento no
espectro da frequência dos sinais digitais, torno-o mais carregado principalmente nos setores de
telefonia móvel e banda larga. Atualmente, há uma necessidade de se estabelecer padrões
eficientes e adequados de normatização.
O principal evento que trouxe a tona os problemas relacionados à Compatibilidade
Eletromagnética (CEM) foi à introdução de processamento digital de sinais de computação. Perto
do final da década de 1970, a tendência de substituição do processamento de sinais analógicos
pelo processamento digital começou a acelerar. Quase todas as funções eletrônicas estavam
sendo executadas digitalmente com uma velocidade de processamento de sinais maior, uma
miniaturização e comutação dos Circuitos Integrados (CI’s). Isto significava que, a densidade do
ruído era uma fonte rica em conteúdo espectral (comutação de ondas), tornando-se bastante
grande.
Na tentativa de controlar e amenizar os efeitos oriundos das interferências do sinal digital,
estabeleceu-se em 1979 - nos Estados Unidos - um regulamento, que exigia limitação nas
emissões eletromagnéticas de todos os dispositivos digitais. Para fiscalizar essas interferências
eletromagnéticas (IEM) criou-se a Comissão Federal de Comunicações (FCC) (POUL, 1992), que
controlava e regulamentava padrões toleráveis relativos às influências dos dispositivos digitais,
que deveriam ser inferiores a certos limites estabelecidos pela comissão.
Em Compatibilidade Eletromagnética, a utilização de antena sniffer e de analisador do
espectro vetorial, possui duas finalidades básicas:
1) Aquisição de sinais;
2) Blindagem.
Para que a aquisição de sinais seja eficiente, deve-se determinar a distância em que está
sendo gerado este sinal. Assim, uma normatização eficiente visa a definição de parâmetros de
Universidade Tecnológica Federal do Paraná - UTFPR
Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciência e Tecnologia - PPGECT
II Simpósio Nacional de Ensino de Ciência e Tecnologia
07 a 09 de outubro de 2010 ISSN: 2178-6135
Artigo número: 97
Compatibilidade Eletromagnética (CEM).
Um pouco de Teoria
Os padrões toleráveis das emissões, simplesmente buscavam tentar limitar a poluição
eletromagnética. Nesse sentido, a Compatibilidade Eletromagnética (CEM) é um requisito para
tentar assegurar a confiabilidade de todos os equipamentos, preocupando-se com a geração,
transmissão e recepção da energia eletromagnética.
Entende-se que os regulamentos estabelecidos pela Comissão Federal de Comunicações
(FCC), buscam amenizar as manifestações negativas da Compatibilidade Eletromagnética (CEM).
Como se observa, o estabelecimento de normatizações é um ponto positivo, posto que inibe
inúmeras perturbações que podem afetar o sinal, poluindo-o de forma incontrolável e
indesejável. Esta situação ocasionou inúmeros problemas durante o desenvolvimento dos
ensaios. O objetivo deste trabalho foi utilizar a classe de norma A (residencial) e B (industrial) no
Laboratório de Radiofrequencia e Compatibilidade Eletromagnética (LabCem) da Universidade
Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR). Por este motivo, não se buscou nenhum estudo com
algum experimento mais elaborado, nem tampouco a criação de equipamentos, devido ao seu
custo elevado.
Portanto, utilizou-se uma antena de rede wireless, tendo em vista que a finalidade era
medir a taxa de emissão eletromagnética, com o auxilio do sinal emitido por este equipamento e
captado pelo analisador de espectro vetorial. Este estudo se justifica, na tentativa de
compreender sob a ótica da Compatibilidade Eletromagnética, o funcionamento de um
equipamento eletro-eletrônico - presente em diversos ambientes - e de que forma ele pode gerar
uma interferência em outro equipamento, conforme será apresentado posteriormente.
Para captar as ondas de campos eletromagnéticos gerados pela rede wireless e pela
telefonia móvel, adaptou-se inicialmente uma antena sniffer, assim conhecida a antena que faz a
captura dos sinais para o analisador vetorial de espectro. Optou-se pela sua construção, porque o
laboratório na qual foram desenvolvidos os ensaios não possuía a mesma.
Conforme mencionado acima, a antena sniffer é uma ferramenta muito utilizada para a
medida de campos magnéticos e eletromagnéticos próximos. Particularmente, para confecção da
mesma foi utilizado um cabo coaxial blindado.
A forma de funcionamento desta antena é proporcional à tensão induzida e a área do loop
Universidade Tecnológica Federal do Paraná - UTFPR
Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciência e Tecnologia - PPGECT
II Simpósio Nacional de Ensino de Ciência e Tecnologia
07 a 09 de outubro de 2010 ISSN: 2178-6135
Artigo número: 97
(laço) do anel de captura, e este por sinal é proporcional ao fluxo do campo magnético (H)
transiente, ou seja, a variação do fluxo magnético que passa pela mesma.
Para localizar a fonte de radiação, basta conhecer a frequência, de modo que o campo (H)
pode ser calculado pela tensão induzida.
A intensidade do campo elétrico (E) pode ser expressa pela equação:
(1)
Fonte: Carobi, (2000).
Onde, E é a intensidade do campo dado em dB(µV/m), I é a corrente induzida dada em mA, A
é a área do loop da antena em m², f é a frequência do sinal irradiado em MHz e r é a distância
entre a fonte e a antena, dada em metros.
O limite da faixa de frequência pode ser calculado pela seguinte equação:
(2)
Fonte: Carobi, (2000).
Onde b é o raio do loop e é o comprimento de onda no espaço livre.
Para a haste da antena, foi utilizado um cabo coaxial RGC-58 com impedância de 70 ohms,
medindo 200 mm de comprimento, o qual possui uma malha de blindagem.
O loop é formado pelo condutor rígido do cabo coaxial, com as seguintes dimensões: b =
13,5 mm, a= 0,5 mm, A= 490,87 mm, o qual não possui blindagem. Com base na equação (2),
pode-se calcular o comprimento de onda, mínimo recomendado para a antena em questão.
nm
(3)
Fonte: Carobi, (2000).
Este valor limita a faixa de frequência de operação da antena em até 4,2 Ghz. Para realizar
as medições utilizou-se o analisador de espectro vetorial (HAMEG-HM 5530), no qual foi
Universidade Tecnológica Federal do Paraná - UTFPR
Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciência e Tecnologia - PPGECT
II Simpósio Nacional de Ensino de Ciência e Tecnologia
07 a 09 de outubro de 2010 ISSN: 2178-6135
Artigo número: 97
conectado a antena sniffer. Deste modo, conseguiu-se visualizar os níveis de sinais emitidos pelos
equipamentos.
Foram mensurados os seguintes equipamentos: Access point (Wireless) e um celular GSM,
utilizando-se a antena sniffer, conforme verificado na figura 1.
Figura 1. Antena Sniffer
Fonte: Pesquisa do autor (2010).
Normas Técnicas
Um dos procedimentos encontrados por conselhos e organizações referentes à questão da
Compatibilidade Eletromagnética (CEM), para reduzir ao máximo a interferência de um
determinado emissor em um receptor, ambos podem ser equipamentos eletrônicos, é realizar
ensaios para determinar a forma de organização adequada destes equipamentos. Buscou-se uma
padronização considerando-se as características de construção dos mesmos, mais
especificamente regras de construção dos equipamentos descritas em formas de padrões pré-
estabelecidos. Estes padrões passam a vigorar como normas de Compatibilidade Eletromagnética
(CEM), conforme mencionado por Cabral e Mühlen (2005). Uma das formas mais eficazes de
evitar fenômenos de IEM é construir os equipamentos com características que os tornem
compatíveis uns com os outros em condições pré-estabelecidas. Para isso é necessário definir
regras de construção e protocolos de funcionamento, descritos na forma de normas de
compatibilidade eletromagnética (CEM). Diversos organismos em todo o mundo se empenharam
na criação de tais normas (CABRAL, MÜHLEN, 2005, p1.).
O presente trabalho foi elaborado levando-se em consideração a norma da Federal
Comunications Commission (FCC). Esta norma regula a emissão eletromagnética de equipamentos
Universidade Tecnológica Federal do Paraná - UTFPR
Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciência e Tecnologia - PPGECT
II Simpósio Nacional de Ensino de Ciência e Tecnologia
07 a 09 de outubro de 2010 ISSN: 2178-6135
Artigo número: 97
digitais, estabelecendo limites para rádio interferência conduzida e irradiada. Conforme descrição
da figura 4, os equipamentos se dividem em duas classes na norma da Federal Comunications
Commission (FCC), sendo elas:
Classe A – Equipamentos utilizados em ambientes industriais e comerciais;
Classe B – Equipamentos utilizados em ambientes residenciais.
Figura 4 – Limites FCC Classe A e Classe B para emissões irradiadas.
(Fonte: Sitio FCC)
Para uma maior compreensão, ao transferir energia através dos fios condutores de
alimentação do aparelho receptor, diz-se que a Interferência Eletromagnética (IEM) é conduzida.
Quando ocorre através do ar, sem conexão direta, chama-se Interferência Eletromagnética (IEM)
radiada. Quando há transferência de cargas elétricas diretamente de um equipamento ou de um
corpo para outro, ocorre uma descarga eletrostática. Qualquer uma dessas formas de
Interferência Eletromagnética (IEM) pode produzir perturbações no funcionamento do
equipamento receptor (CABRAL; MÜHLEN, 2005).
Ensaio I – Access Point (wireless)
Universidade Tecnológica Federal do Paraná - UTFPR
Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciência e Tecnologia - PPGECT
II Simpósio Nacional de Ensino de Ciência e Tecnologia
07 a 09 de outubro de 2010 ISSN: 2178-6135
Artigo número: 97
Equipamento WI-FI padrão (IEEE 802.11). A faixa estabelecida foi definida entre 1.8GHz a
3.0GHz, para que pudéssemos observar o comportamento de distribuição do nosso mensurando,
nas quais se buscou representar, o momento em que ocorreu a transição de dados pelo sistema.
O software utilizado para demonstrar a alteração do espetro do sinal, é provindo do
analisador vetorial HAMEG-HM 5530. Disponível pelo sitio do fabricante, o analisador. Portanto,
para uma visualização mais adequada, buscou-se reproduzir os testes com o analisador HAMEG-
HM 5530, para demonstrar os ensaios em um computador pessoal (PC).
Figura 2. Teste realizado com o access point - eixo X = intensidade de
campo elétrico (µV/m), eixo Y = frequência (GHz).
Fonte: Pesquisa do autor (2010).
Para esta análise determinou-se uma rotina de dez testes com taxas e tempos distintos
para cada teste. A repetição visou identificar a ocorrência de erros no processo de medição do
mensurando.
Comparando, portanto que a amostra com e a homologação (norma) da Comissão Federal
de Comunicação (FCC), obtivemos, que esta amostragem do mensurando atingiu um índice no
limite da norma estabelecida, ou seja, atingindo 47dB(µ V/m) na frequência de 2.44GHz. O que
remete a um funcionamento de acordo com o especificado em norma técnica sem uma interação
que possa perturbar outro equipamento.
Ensaio II – Telefonia Móvel
Universidade Tecnológica Federal do Paraná - UTFPR
Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciência e Tecnologia - PPGECT
II Simpósio Nacional de Ensino de Ciência e Tecnologia
07 a 09 de outubro de 2010 ISSN: 2178-6135
Artigo número: 97
A telefonia móvel tem crescido e se popularizado nos últimos anos. Esse crescimento em
especial concentrou-se mais nas áreas de grande urbanização, fazendo parte diariamente do
cotidiano de milhares de pessoas, devido a sua praticidade e comodidade oferecida. Um dos
problemas é a utilização da telefonia em ambientes que requerem um cuidado maior. Os efeitos
da interferência eletromagnética (IEM) são particularmente bastante preocupantes,
especialmente quando os mesmos ocorrem em ambientes de grande periculosidade (ambientes
industriais próximos a gases inflamáveis), ou em ambientes hospitalares nos equipamentos
conhecidos na área como equipamentos eletromédicos (EEM), devido ao fato destes
equipamentos estarem monitorando funções vitais de um paciente ou mesmo dando suporte a
vida de pacientes.
Muitos equipamentos médicos atualmente operam sob baixos níveis de tensão e corrente;
as induções eletromagnéticas espúrias são então proporcionalmente mais significativas e lesivas.
Equipamentos médicos microprocessados (presentes nos hospitais cada vez em maior número)
tendem a ser mais susceptíveis às IEM, não só oriundas de telefonia celular, mas também de
rádios de comunicação interna (usados pelos serviços de segurança e manutenção), redes de
informática wireless, outros equipamentos médicos e de radiodifusão, transformadores, motores,
descargas eletrostáticas, linhas de transmissão de energia (CABRAL; MUHLEN, 2001, p.1).
Esta preocupação fez com que se justificasse nosso segundo processo de ensaios
relacionados à Interferência Eletromagnética gerada pela telefonia móvel celular. Outra
importância destes ensaios levantada é o fato de trabalhos como estes tendem a colaborar com o
conhecimento, que nem sempre é sequer divulgado.
Para comprovar esse indicio foram feitos ensaios com um aparelho celular da marca
Motorola F3, conforme figura 8, a uma distancia de 3 metros da antena sniffer (ver figura 3),
apresentando a variação captada pelo analisador vetorial de espectros (89441A) quando o celular
está recebendo uma ligação em um dos ensaios.
Para avaliar a existência e poder atribuída à determinada fonte que pode ocasionar uma
Incompatibilidade Eletromagnética (IEM), novamente adotou-se os padrões da norma IEC-CISPR,
radiação eletromagnética neste caso. O objetivo dessa etapa foi confrontar a intensidade do
campo elétrico produzido pelo telefone celular.
Prescreve-se que estes devem ser projetados para operar sem alterações funcionais na
presença de intensidades de campo elétrico de até 3 µV/m na faixa de frequências de 26 MHz a 1
Universidade Tecnológica Federal do Paraná - UTFPR
Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciência e Tecnologia - PPGECT
II Simpósio Nacional de Ensino de Ciência e Tecnologia
07 a 09 de outubro de 2010 ISSN: 2178-6135
Artigo número: 97
GHz. O módulo do campo elétrico medido com o analisador de espectro foi comparado com o
módulo do campo elétrico calculado.
Para evidenciar a condição de campo distante e a adequação do ambiente de medidas:
quanto mais próximos os resultados experimentais dos teóricos, menor a influência de
interferências ambientais (KIMEL & GERKE, 1995).
(4)
Fonte: Cabral & Mühlen (2002).
Em que: |E| = intensidade do campo elétrico [V/m]; Pt = potência transmitida pela fonte
[W]; d = distância entre o ponto de medida e a fonte [m].
A potência de emissão do telefone celular não é fixa. Ela é ajustada pela estação de rádio
base (ERB) com a qual o telefone celular está em comunicação. Assim, em condições normais de
operação, é praticamente impossível medir a intensidade do campo elétrico produzido pelo
telefone celular já que esta é variável e depende da qualidade da comunicação com a estação de
rádio base (ERB). Assim, “para a realização das medidas é necessário fixar a potência de saída dos
telefones celulares em um valor independente do comando da ERB. Isto é possível através de um
código de programação próprio de cada aparelho” (CABRAL; MUHLEN, 2002, p.141-149).
Portanto em nosso ensaio utilizamos novamente o analisador HAMEG-HM 5530 para
demonstrar os gráficos obtidos segundo normas da IEC-CISPR
Universidade Tecnológica Federal do Paraná - UTFPR
Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciência e Tecnologia - PPGECT
II Simpósio Nacional de Ensino de Ciência e Tecnologia
07 a 09 de outubro de 2010 ISSN: 2178-6135
Artigo número: 97
Figura 3. Teste realizado com o access point - eixo X = intensidade de
campo elétrico (µV/m), eixo Y = frequência (GHz).
Fonte: Pesquisa do autor (2010).
O analisador mostra na figura 3, que a três metros (3m) da fonte; há grandes índices de
intensidade, registrando níveis bem superiores aos limites estabelecidos pela norma FCC, para
equipamentos classe B (linha azul). A intensidade máxima atingiu o valor 79,8dB V /m) para a
frequência de 1,72 GHz.
Conclusões
Os resultados alcançados e perseguidos em nossos objetivos, traduzem-se em um primeiro
momento, no crescimento oportunizado no âmbito do conhecimento com que este trabalho está
relacionadoa. Cabe reiterar que foram atinjidos alguns pontos de interesse, como o conhecimento
básico do funcionamento de um aparelho dedicado a análises de intrumentos eletrônicos.
Acredita-se que os resultados aqui apresentados, possam oferecer suporte teórico para
outros estudos, preservando-se e cada dia mais o ambiente democratizado experienciado na
academia, de forma a ampliar ainda mais a bagagem de conhecimentos dos acadêmicos em geral.
Tenciona-se a partir desse trabalho, oportunizar novas pesquisas vinculadas ao tema,
considerando-se que este trabalho permitiu o desenvolvimento e a formação dentro de um
processo de ensino de qualidade.
Universidade Tecnológica Federal do Paraná - UTFPR
Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciência e Tecnologia - PPGECT
II Simpósio Nacional de Ensino de Ciência e Tecnologia
07 a 09 de outubro de 2010 ISSN: 2178-6135
Artigo número: 97
Porém, alguns pontos que não foram possíveis de serem atingidos em nosso trabalho, está
relacionado ao fato de que o equipamento não foi calibrado. Desta forma, não se foi possível
emitir um laudo técnico satisfatório ou que fosse válido. Outro ponto negativo que percebeu-se,
relaciona-se ao cuidado com o material público. Durante a pesquisa houve-se a necessidade de
utilizar cabos de conexão ao equipamento que não foram encontrados naquele momento,
requerendo assim que fossem muitas vezes improvisados.
O que vale ressaltar, foi ampliação dos conhecimentos de maneira proveitosa, com
algumas dificuldades, mas que podem ser melhoradas. O tema não é algo muito simples, no
entanto, com dedicação e estudos mais aprofundados podem trazer novos conhecimentos. Em
relação aos resultados, percebe-se em nossos ensaios, que foi possível atingir indices de
Incompatibilidade Eletromagnética (IEM) na telefonia celular, cuja preocupação fundamental
consitia em estar sempre em conssonância com as normas técnicas, não somente as usadas neste
trabalho. Nesse sentido existem diversos centros de estudos referentes a elaboração das mesmas,
como é o caso do brasil onde se tem a norma ABNT/NBR-IEC, que se deriva e detem-se em
prevenir por meio de ensaios, a propagação de possiveis equipamentos fora dos padrões
estabelecidos no país.
Nosso trabalho objetivou analisar e comparar através dos ensaios, as normas e os
equipamentos, seu comportamento eletromagnetico em um meio de interação com o ser
humano. Como ensaios realizados sobre a questão da Compatibilidade Eletromagnética e, porque
estas Interferências Eletromagnéticas representam uma preocupação relevante em nosso meio.
Buscamos retratar situações cotidianas, engajados nos referenciais sobre o assunto da
Incompatibilidade Eletromagnética (IEM). Nossa espectativa com este trabalho, foi alcançada na
medida em que dedicamo-nos ao estudo atentando para a necessidade de um olhar mais rigoroso
sobre questoes que se apresentam tão próximas de nossa realidade cotidiana e cuja resolução
podem ser decisivas as condições de bem-estar social.
Esse trabalho representa apenas um passo de uma longa caminhada, pois tencionamos
continuar nossas esperiências e discussôes sobre o tema, para que questões mais complexas
tomem corpo a partir das necessidades cotidianas, principalmente onde as Interferências
Eletromagnéticas (IEM) ofereçam riscos de grande proporção, questões estas que a nosso ver
devem ser encaradas sob um caráter renovador de criticidade.
Existem ainda várias facetas a serem exploradas nessa área do conhecimento. Esperamos
que este trabalho seja mais um passo em busca do entendimento para essas e outras questões
Universidade Tecnológica Federal do Paraná - UTFPR
Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciência e Tecnologia - PPGECT
II Simpósio Nacional de Ensino de Ciência e Tecnologia
07 a 09 de outubro de 2010 ISSN: 2178-6135
Artigo número: 97
pertinentes a Incompatibilidade Eletromagnética. E para concluir entendemos que esta pesquisa
nos fez entender que mais no que a necessidade de estabelecimento de normatizações a partir
dos problemas de incompatibilidade Eletromagnética, podemos pensar esses problemas a partir
de uma perspectiva sócio-cultural, onde o homem é um ente fundamental deste processo.
Referências Bibliográficas
ABNT NBR-IEC 60601-1-2 (1997), Norma colateral: Compatibilidade Eletromagnética Prescrições e Ensaios em Equipamentos Eletromédicos, São Paulo: Associação Brasileira de Normas Técnicas, p. 3-12. Cabral, S. C. B; Mühlen, S. S. Interferência eletromagnética em equipamentos médicos ocasionada por telefonia celular. Revista Brasileira de Engenharia Biomédica. V.18, n. 3, p. 141-149, set/dez 2002. Carobi, C.F.M. The High Frequency Behavior Of The Shield In The Magnetic-Field Probes.IEEE Trans University of Florence, Firenze,ITA, 2000. IEC-CISPR 16-1 (1993), Radio Disturbance and Immunity Measuring Apparatus, Geneva: International Electrotechnical Comission, p. 15-73. Huang, H. S. and Lu, C. N (1994). Efficient Storage Scheme and Algorithms for W matrix Vector Multiplication on Vector Computers. IEEE Transactions on Power Systems, Vol.9, No. 2; pp. 1083- 1094. Kostenko, M. and Piotrovsky, 1970, L., Electrical Machines, part 2, Mir, Russia. Kimel, W., Gerke, D. (1995), Electromagnetic Compatibility in Medical Equipment: A Guide for Designers and Installers, New York: IEEE, p. 03-20. Lin, S.L. and Van Ness J.E (1994). Parallel Solution of Sparse Algebraic Equations. IEEE Transactions on Power Systems, Vol.9, No. 2, pp. 743- 799. Marquadt, D.W., June 1963, "An Algorithm for Least-squares Estimation of Nonlinear Parameter" - J. Soc. Indust. Appl. Math., vol. 11, n° 2, pp. 431-441. Monticelli, A. (1983). Fluxo de Carga em Redes de Energia Elétrica. Edgar Blucher, Rio de Janeiro - RJ. Morelato, A; Amaro,M. and Kokai,Y (1994). Combining Direct and Inverse Factors for Solving Sparse Network Equations in Parallel. IEEE Transactions on Power Systems, Vol. 9, No. 4, pp. 1942- 1948. Paul, C. (1992), Introduction to Electromagnetic Compatibility, John Wiley & Sons, Inc., New York: John Willey & Sons, p. 01-213.
Universidade Tecnológica Federal do Paraná - UTFPR
Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciência e Tecnologia - PPGECT
II Simpósio Nacional de Ensino de Ciência e Tecnologia
07 a 09 de outubro de 2010 ISSN: 2178-6135
Artigo número: 97
Lui, A. L: acadêmico de Automação Industrial pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná.
Membro do Grupo de Pesquisa em Análise e Processamento de Energia (Procen).