UM CALENDÁRIO DE BOM SENSO PARA O FUTEBOL BRASILEIRO · Capítulo II – Um Calendário para os...

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UM CALENDÁRIO DE BOM SENSO PARA O FUTEBOL BRASILEIRO Propostas de Calendário a Serem Analisadas pelo Bom Senso Futebol Clube, pelo Futebol do Futuro e pela Comunidade de Nosso Futebol Luis Filipe Chateaubriand (Consultor de Conteúdo do Bom Senso Futebol Clube e do Futebol do Futuro)

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UM CALENDÁRIO

DE BOM SENSO

PARA O

FUTEBOL BRASILEIRO

Propostas de Calendário a Serem Analisadas pelo Bom Senso Futebol Clube, pelo Futebol do Futuro e pela Comunidade de Nosso Futebol

Luis Filipe Chateaubriand

(Consultor de Conteúdo do Bom Senso Futebol Clube e do Futebol do Futuro)

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Apresentação

Estávamos no ano de 1.989 e eu, com 19 anos e cursando a faculdade de Administração da Universidade Federal do Rio de Janeiro, escrevi meu primeiro trabalho sobre o calendário do futebol brasileiro. Era um trabalho sobre diversos assuntos relativos ao futebol, dentre os quais o indecente calendário de nosso futebol era o principal. Utilizei os escritos como equivalentes a uma monografia final de curso.

Passados quase 25 anos, o sentimento era de tristeza, muita tristeza, pois percebia que nada de essencial mudava no calendário do futebol brasileiro. Escrevi cinco livros a respeito (em 2.000, 2.001, 2.002, 2.009 e 2.011), fui solicitado pela Imprensa para falar a respeito, dei razoável número de entrevistas, escrevi dezenas de artigos opinativos em mídias consagradas, muitos elogiaram os livros, alguns criticaram. Mas, mudanças no cenário, nada muito digno de registro.

Já desiludido, e conformado com a ideia de que nada mudaria, ao final de 2.012 fui convidado para fazer parte de um grupo de pessoas ligadas à gestão do futebol, que se denominou Futebol do Futuro. Era um grupo com quase 20 profissionais da gestão no futebol, que se propunha a fazer uma consultoria gratuita para os entes do futebol brasileiro, sobre como fazer prosperar a atividade (mais detalhes em www.futeboldofuturo.net). Trabalhamos, com afinco, em três assuntos centrais: técnicas para a melhoria do jogo, gestão no futebol (o que incluía tanto aspectos de marketing, como aspectos financeiros) e, obviamente, melhorias para o calendário do futebol brasileiro.

Fiquei encarregado de escrever as três propostas alternativas do grupo ao pífio calendário atual de nosso futebol.

Pouco depois, em 2.013, surgiu um movimento que sacudiu o futebol brasileiro: O Bom Senso Futebol Clube. Também fui convidado a ser colaborador do grupo de jogadores, quanto a assuntos relativos ao calendário, e, assim, ajudei a desenhar a proposta do grupo.

Então, ao longo dos anos de 2.013 e 2.014, ajudei a construir quatro propostas de calendário para o futebol brasileiro: As três do Futebol do Futuro e a do Bom Senso Futebol Clube.

Me sinto honrado de ter participado de tais experiências e acredito que, em todos os casos, construiu-se propostas muitíssimo melhores, mas muito melhores mesmo, do que se tem no calendário do futebol brasileiro atual.

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A despeito disso, minha proposta predileta não é nenhuma das quatro que ajudei a desenhar.

No trabalho que fiz para o Bom Senso Futebol Clube, minha alçada de decisão não era tão ampla. Não estou me queixando disso: Se o movimento é do grupo de jogadores, a proposta tem que ser deles, não minha. Meu papel era o de dar contornos mais específicos ao que era decidido de forma mais genérica. As grandes ideias foram a criação de Copas Estaduais no lugar dos Campeonatos Estaduais, enxugando-se o calendário, e a criação de cinco séries para o Campeonato Brasileiro, permitindo a ocupação de todos os clubes profissionais ao longo do ano inteiro.

Diga-se, de passagem, que as lideranças do Bom Senso Futebol Clube são muito abertas a sugestões e, assim, muitas vezes, o que propus acabou sendo aceito pelo grupo. Outras vezes, isso não aconteceu. Como deveria ser: Sou colaborador do projeto, não dono do projeto.

Tenho certeza que meus amigos do Bom Senso Futebol Clube estão abertos a analisar propostas que julguem aceitáveis. E escrevo este documento para lhes trazer uma reflexão a respeito – que, tenho certeza, é bem-vinda.

No Futebol do Futuro, também tive autonomia para defender o que julgava apropriado, amplamente. Mas sempre tive ciência que, ali, meu papel era redigir o que o grupo decidisse, e não fazer valer minha proposta, para o grupo endossá-la. Quando fazemos parte de uma equipe, temos que jogar de acordo com o que a equipe deseja, e nos adaptarmos a ela.

O grupo Futebol do Futuro decidiu trabalhar com três cenários alternativos de calendário, independentemente se com adequação, ou não, ao calendário do futebol europeu. Em um dos cenários, os Campeonatos Estaduais passavam a ser divisões menores do Campeonato Brasileiro, jogados simultaneamente a estes. Em outro cenário, os Campeonatos Estaduais eram mantidos, mas apenas com dez datas. Em mais um cenário, os Campeonatos Regionais é que tinham dez datas, com os Campeonatos Estaduais sendo divisões menores destes.

Os amigos do Futebol do Futuro estão abertos a analisar boas propostas e perpassá-las à comunidade do futebol, também confio nisto. Também os convido, assim, a refletirem sobre o que neste documento se propõe.

Fiquei muito honrado por participar de projetos das notáveis Instituições, foram oportunidades profissionais incríveis. Contudo, devo dizer que as quatro propostas de calendário que ajudei a construir são muitos boas, bem melhores do que se tem, mas não são a minha proposta preferida.

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Minha proposta preferida é a que eu escrevo no presente livro. Um calendário que, em minha visão, e que gostaria de compartilhar com os leitores desta obra, é a solução para fazer, como eu já dizia em meus livros de 2.009 e de 2.011, os clubes grandes jogarem menos, os clubes pequenos jogarem mais, e todos eles jogaram ao longo de toda a temporada anual.

Independentemente das quatro propostas que ajudei a construir, e de outras que temos à disposição (como as dos meus amigos João Henrique Areias e Amir Somoggi, por exemplo), o calendário do futebol brasileiro continua sendo muito ruim. É acreditando na ideia de que estamos longe de ter um calendário ao menos razoável que escrevo este novo documento. Melhorar é preciso!

Continuo alimentando a esperança de que, algum dia, o futebol brasileiro terá um bom calendário. É na pretensão de ajudar a construí-lo que escrevo este novo livro.

O autor

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Um Calendário de Bom Senso para o Futebol Brasileiro:

Propostas de Calendário a Serem Analisadas pelo Bom Senso Futebol Clube, pelo

Futebol do Futuro e pela Comunidade de Nosso Futebol

Sumário

Apresentação

Capítulo I – Introdução

Capítulo II – Um Calendário para os Clubes Brasileiros

2.01) Como É e como Dever Ser

2.02) Campeonato Brasileiro Séries A e B

2.03) Campeonato Brasileiro Série C

2.04) Competições Periféricas

2.05) Copa do Brasil

2.06) Copa Libertadores da América e Copa Sulamericana

2.07) Recopa Sulamericana

2.08) Supercopa do Brasil

2.09) Mundial de Clubes

2.10) Projeto Final

Capítulo III – Um Calendário para a Seleção Brasileira

3.01) Como É e como Deve Ser

3.02) Eliminatórias da Copa do Mundo de Seleções

3.03) Campeonato da FIFA

3.04) Copa das Américas

3.05) Copa das Confederações

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3.06) Copa do Mundo de Seleções

3.07) Projeto Final

Capítulo IV – Questões Essenciais do Calendário Proposto

4.01) Benefícios do Modelo de Calendário Proposto

4.02) Principais Dúvidas Sobre o Calendário Proposto

4.03) Implantação do Projeto

Capítulo V – Conclusões

Anexo I – Impactos das Propostas para o Futebol da América do Sul

Anexo II – Proposta de Calendário para Duas Temporadas Consecutivas

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Capítulo I – Introdução À vista do cidadão comum, o futebol brasileiro representa o Brasil que dá certo. Afinal, somos o único país que esteve presente em todas as Copas do Mundo de futebol. Somos, também, o país de Pelé – o rei do futebol e cidadão mais conhecido do planeta – e de uma grande quantidade de craques. Somos, ainda, cinco vezes campeões mundiais de futebol, número de conquistas no principal torneio futebolístico do Mundo inalcançado por seleções de outros países. E, ainda, pela segunda vez, fomos o país sede da Copa do Mundo, em 2.014. Com um histórico destes, aparenta-se ter, em nosso país, o futebol como uma atividade muito desenvolvida, extremamente organizada, gerida de modo profissional… Totalmente falso! As conquistas do futebol brasileiro, ainda há pouco comentadas, são, unicamente, fruto do trabalho dos profissionais que atuam ligados às “quatro linhas”. Notadamente, do jogador de futebol brasileiro clássico – dotado de técnica, malícia e picardia incomuns. Do ponto de vista da gestão, o futebol brasileiro é atrasado: Não foi por causa da boa gestão do futebol brasileiro que chegamos ao que somos; foi apesar da má gestão do futebol brasileiro que chegamos lá. Vários problemas, resultado da má gestão, afetam o futebol brasileiro: Estádios precários (a despeito dos da Copa do Mundo); violência (dentro e fora do campo); livre atuação de cambistas na venda de ingressos; ação nociva de empresários, que extrapolam suas funções naturais; falta de profissionais qualificados nas divisões de base, mais preocupados em formar atletas medíocres do que em formar jogadores tecnicamente bons, o que vai de encontro à nossa escola futebolística; dirigentes de clubes despreparados e truculentos; divisão extremamente desigual das cotas de direitos de transmissão dos jogos; etc. Entretanto, um destes problemas parece central, e, sem dúvida, acaba por potencializar a intensidade dos demais: O calendário irracional! O calendário do futebol brasileiro é ruim, muito ruim! Já foi pior, mas, ainda assim, não está sequer em um patamar mediano. Enquanto não tivermos, no Brasil, um calendário decente, se continuará a ver o êxodo de nossos melhores jogadores para o exterior. Por seu turno, se conseguirmos reverter esta situação, tendo o melhor calendário possível, os clubes alcançarão receitas maiores, podendo manter os craques nacionais atuando por aqui. Mas, então, cumpre indagar: o que é um bom calendário? Para se responder a esta pergunta, deve-se desmembrar em três perspectivas a observação do calendário: A técnica, a comercial e a sistêmica.

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Do ponto de vista técnico, a ideia central é que o calendário não deve comprometer a saúde dos jogadores, ou seja, os jogadores precisam de tempo para treinamentos e descanso para que, estando em perfeitas condições físicas, possam apresentar melhor desempenho nas partidas, conforme o ideal do Bom Senso Futebol Clube. Assim, do ponto de vista técnico, bom calendário é o que:

• Garante um mês de férias aos jogadores. • Garante que os clubes terão um mês de pré temporada para treinamentos físicos,

técnicos e táticos, e jogos amistosos, propiciando aos jogadores a possibilidade de desenvolverem melhores condições de bom desempenho ao longo da temporada.

• Garante que o número de jogos por semana de cada clube, durante a temporada

regular (em seguida à pré temporada) nunca seja inferior a um, ou seja, zero (para que os jogadores não fiquem inativos por muito tempo, perdendo ritmo de jogo), nem superior a dois (para que o desgaste dos jogadores não seja excessivo e, assim, os jogadores não tenham queda de rendimento)1.

Do ponto de vista comercial, bom calendário é o que possa garantir aos quase 700 clubes profissionais brasileiros jogos oficiais durante cerca de dez dos 12 meses de um ano (dos dois meses restantes, cerca de um deve ser dedicado às férias dos jogadores, e cerca de mais um, à pré temporada), para que tenham atividades ao longo de uma temporada anual inteira, gerando receitas constantemente. Do ponto de vista sistêmico, bom calendário é: • O alinhado com o calendário do futebol europeu, o que permite que as transferências

de jogadores entre um mercado e outro se deem em épocas em que nenhum dos centros seja objeto das competições oficiais, dentre outras vantagens (possibilidade de confrontar grandes clubes europeus na pré temporada, falta de necessidade de interromper competições para retomá-las posteriormente, mais datas disponíveis para se estruturar o calendário sem sobreposições, etc).

• O em que as competições de seleções não coincidem com as competições de clubes,

com as referidas competições de seleções sendo realizadas em momentos nos quais os clubes não possuem jogos oficiais.

• O em que uma competição principal, normalmente o campeonato nacional, é jogada

aos fins de semanas que envolvem a temporada, ao passo que os meios de semanas são reservados às outras competições – para que esta competição principal seja valorizada, sendo disputada nas melhores datas do calendário, os referidos fins de semanas.

                                                                                                                         1  Na verdade, o ideal, do ponto de vista técnico, seria que os jogadores fizessem apenas uma partida por semana; contudo, isto se torna impraticável, devido ao número de competições existentes e à impossibilidade de se extinguir algumas delas; garantir que cada jogador faça um máximo de duas partidas por semana, assim, parece ser uma medida razoável, sobretudo se as competições de meios de semanas tiverem, preferencialmente, fórmulas de disputa de caráter eliminatório, o que diminui o tempo de duração da sequência de dois jogos por semana – e é o que proponho, na maior parte delas.  

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Daí, pergunto: existe um bom calendário no futebol brasileiro? A resposta é não: Nem do ponto de vista técnico, nem do ponto de vista comercial, nem do ponto de vista sistêmico. Em assim sendo, cabe constatar que: • Do ponto de vista técnico, não temos um bom calendário, pois pré temporada é algo

que quase inexiste no futebol brasileiro – a maioria dos clubes tem pouco mais de dez dias para realizá-la, anualmente – e o número de jogos por clube é excessivo para alguns clubes e acanhado para outros.

• Do ponto de vista comercial, não temos um bom calendário, pois os clubes que não

disputam o Campeonato Brasileiro em suas diversas divisões, a maioria, ficam “meses a fio” sem jogos oficiais. Assim, perdem os clubes, que ficam impossibilitados de usufruir receitas de bilheteria e patrocínio durante a maior parte do ano, e perdem os próprios jogadores, já que o clube que fica sem jogar boa parte do ano dissolve seu elenco e os jogadores ficam desempregados (cerca de 12 mil jogadores desempregados ao longo de nove meses do ano, no modelo atual). Além disso, os clubes que possuem atividades ao longo de todo o ano têm uma distribuição pouco atrativa dos jogos pelas datas, gerando efeitos negativos sobre as receitas.

• Do ponto de vista sistêmico, não temos um bom calendário, pois não temos nem o

calendário do futebol brasileiro alinhado ao calendário do futebol europeu (na Europa, de Julho de um ano até Junho do ano seguinte; aqui, de Janeiro a Dezembro do mesmo ano), nem a Seleção Brasileira joga apenas quando não há jogos oficiais de clubes brasileiros (vê-se, com frequência, por exemplo, a Seleção jogar em dias em que há rodada de algum campeonato, ou no dia anterior ou posterior), e nem o Campeonato Brasileiro é jogado apenas aos fins de semanas (boa parte das rodadas do Campeonato Brasileiro, quase metade, é jogada em meios de semanas).

Em resumo, muito se deve fazer para que o calendário do futebol brasileiro seja bom. Temos um calendário que beira o sofrível! Bem verdade é que houve melhorias, embora poucas, nos últimos anos, em termos de calendário: Se tem, no Campeonato Brasileiro da primeira e da segunda divisão, competições em turno e returno e por pontos corridos, o que mantém 40 clubes em atividade ao longo da maior parte da temporada; e o enxugamento da forma de disputa de algumas competições fez com que o número de jogos oficiais máximo que um clube pode fazer por ano (que ultrapassava os 100 jogos, nas décadas de 80 e 90 do século passado) passasse por uma ligeira redução. No entanto, graves problemas ainda persistem no calendário atual, a saber: a) Mais de 500 clubes jogam apenas os Campeonatos Estaduais durante a temporada

toda, em cerca de três meses, e ficam o resto da temporada sem jogar. Isso significa jogar, para a maioria desses clubes, menos de 20 jogos oficiais por temporada anual.

b) O número de datas necessárias para se cumprir o calendário atual é próximo a 90, o que ainda é alto. Pelo calendário de 2.013, um clube poderia fazer até 88 jogos

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oficiais em uma temporada anual. Em 2.014, esse número ainda poderia chegar a 84 jogos oficiais. Para 2.015, o previsto é que esse número chegue a 85 jogos.

c) Amistosos e competições oficiais que envolvem a Seleção Brasileira são jogados em

rodadas em que há, também, jogos de campeonatos que envolvem o futebol brasileiro. É comum, por exemplo, que quando a Seleção joga em uma quarta feira, haja rodada completa do campeonato em andamento na terça feira, ou que, quando a Seleção joga em um domingo, haja rodada completa do campeonato em andamento no sábado (entenda-se que, quando a Seleção joga, não deve haver rodadas de competições de clubes e, por sua vez, só se devem programar jogos da Seleção quando não há rodadas de competições entre clubes; qualquer coisa fora disto é falta de profissionalismo, pois se desfalca os clubes de seus principais jogadores, cedidos à Seleção).

d) Várias rodadas do Campeonato Brasileiro, em suas divisões, são jogadas em meios

de semanas, enquanto várias rodadas dos Campeonatos Estaduais são jogadas em fins de semanas. Em um calendário bem organizado, todas as rodadas do Campeonato Brasileiro – a competição mais importante – deveriam ser realizadas em fins de semanas, e todas as rodadas dos Campeonatos Estaduais – as competições menos importantes – deveriam ser realizadas em meios de semanas.

e) Como já assinalado, a pré temporada é algo que quase inexiste no Brasil, e isso não combina com calendário racional. A demanda do Bom Senso Futebol Clube por um mês de pré temporada é, assim, totalmente adequada.

f) Embora rara, a possibilidade de um clube jogar mais de duas partidas oficiais no período de uma semana, um contra senso, existe. A possibilidade de, por exemplo, um clube ter que jogar duas partidas pelo Campeonato Estadual e uma pela Copa Libertadores da América na mesma semana, totalizando três partidas na semana, é real, embora não seja frequente como já foi no passado.

g) A falta de alinhamento com o calendário do futebol europeu faz com que os clubes principais percam seus principais jogadores, transferidos para a Europa, perto da metade do Campeonato Brasileiro, desvalorizando a principal competição do calendário.

h) As competições são mal distribuídas ao longo do ano. Isso faz com que, por exemplo, as finais da Copa Libertadores da América sejam na mesma época, e jogadas simultaneamente, do início do Campeonato Brasileiro. O resultado disso é que os clubes envolvidos em alguma fase próxima ao final da competição jogam com o time reserva no início do Campeonato Brasileiro, desprestigiando-o (fácil seria resolver isso: Era só programar a realização da Copa Libertadores da América para que as datas desta competição, em meios de semanas, não sejam confinadas a um semestre, mas distribuídas ao longo de toda a temporada regular, coincidindo a época de início e de encerramento dessa competição com a época de início e encerramento do Campeonato Brasileiro).

i) Competições desinteressantes, como os Campeonatos Estaduais, ocupam muitas

datas no calendário.

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j) Várias competições são interpostas e jogadas nas mesmas datas, confundindo o torcedor.

Enfim, poderia continuar citando vicissitudes, mas as até aqui descritas parecem suficientes para mostrar que o calendário atual do futebol brasileiro não é bom! Melhorar é preciso – por isso que o Futebol do Futuro e o Bom Senso Futebol Clube clamam por mudanças! Este trabalho, assim, constitui-se em um projeto de aperfeiçoamento do calendário do futebol brasileiro. O primeiro capítulo, denominado “Introdução”, é o atual, prestes a se encerrar. O segundo capítulo, “Um Calendário para os Clubes Brasileiros”, constituir-se-á de uma metodologia para se construir, temporada a temporada, um calendário racional, que comporte o interesse de 700 clubes brasileiros2. O terceiro capítulo, “Um Calendário para a Seleção Brasileira”, mostrará uma metodologia de calendário para as competições que envolvem a Seleção principal, com o intuito de fazer com que os jogos da Seleção não coincidam com os jogos de competições de clubes. O quarto capítulo, “Questões Essenciais do Calendário Proposto”, versará sobre o detalhamento dos fatores mais críticos do trabalho. Enfim, o quinto capítulo, “Conclusões”, mostrará a síntese do projeto e sua relação com a realidade do futebol. Seguirão dois anexos, completando esta obra. Ao terminar este primeiro capítulo, devo escrever algo que será diretriz para as próximas linhas e páginas: Para proceder-se um bom calendário, equilíbrio é a palavra-chave. Clubes jogarem muito é ruim, gera desgaste de imagem. Clubes jogarem pouco também é ruim, incorre-se em falta de receitas. Ter poucos clubes que jogam muito e muitos clubes que jogam pouco é o pior dos mundos, e é próximo a isto que se está. É hora de mudar de rumo – nossa Seleção tomar uma goleada de 7 x 1 em semi final de Copa do Mundo realizada no Brasil não é acaso, mas resultado de imensos equívocos estruturais, sendo o mau calendário o principal deles.

                                                                                                                         2   No ano de 2.013, existiam 684 clubes profissionais no futebol brasileiro em atividade, conforme levantamento que este escriba fez para o Bom Senso Futebol Clube. A ideia é que alguns clubes amadores sejam profissionalizados, para se ter 700 clubes profissionais no Brasil.  

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Capítulo II – Um Calendário para os Clubes Brasileiros

2.01) Como É e como Deve Ser

As mazelas do calendário atual foram descritas genericamente no capítulo anterior, e detalhá-las seria algo chato aos olhos de quem lê. Em assim sendo, pouparei o leitor desse dissabor. Apenas é necessário retratar, de forma ligeira, como é o calendário atual, de 2.014. Ele é composto de 84 rodadas por temporada (sem contar o Mundial de Clubes, disputado em época de férias dos jogadores, no Brasil), a saber:

• Trinta e oito rodadas são destinadas ao Campeonato Brasileiro (Série A ou Série B; as Séries C e D são inclusas nessas 38 rodadas).

• Dezenove rodadas são destinadas aos Campeonatos Estaduais.

• Vinte e quatro rodadas são destinadas para a junção de Copa Libertadores da América, Copa Sulamericana e Copa do Brasil (pelas regras atuais, um clube brasileiro pode jogar apenas duas dessas três competições em uma mesma temporada, fazendo, no agregado, o máximo de 24 jogos).

• Duas rodadas são destinadas à Recopa Sulamericana.

• Uma rodada é destinada à inacreditável Copa Suruga.

Um dado pior do calendário atual: As 84 rodadas são realizadas em 94 datas (38 do Campeonato Brasileiro, 22 da Copa Libertadores da América com fase inicial da Copa do Brasil, 19 dos Campeonatos Estaduais, 12 da Copa Sulamericana com fase final da Copa do Brasil, duas da Recopa Sulamericana, uma da Copa Suruga), equivalentes a 47 semanas (considerando-se duas datas por semana). Sobram, portanto, cinco semanas, das 52 anuais totais, para se ter férias e pré temporada. Algo inconcebível, que obriga as Datas FIFA a serem jogadas simultaneamente às rodadas das competições.

Não é razoável que seja assim!

A partir deste dado, começo a estruturar o meu projeto. De meu ponto, o razoável é:

• Temos 52 semanas ou 52,5 semanas por temporada anual, o que corresponde a 104 ou 105 datas.

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• Quando houver 105 datas, exclui-se 21, onde não há jogos oficiais (ou nove nas férias, nove na pré temporada, três de recesso de passagem de ano; ou nove nas férias, oito na pré temporada, quatro de recesso de passagem de ano; ou nove de pré temporada, oito nas férias, quatro de recesso de passagem de ano). Sobram 84 datas.

• Quando houver 104 datas, exclui-se 20, onde não há jogos oficiais (ou oito nas

férias, oito na pré temporada, quatro de recesso de passagem de ano; ou nove nas férias, oito na pré temporada, três de recesso de passagem de ano; ou nove de pré temporada, oito nas férias, três de recesso de passagem de ano). Sobram 84 datas.

• Menos oito datas com jogos de Datas FIFA (quatro domingos e quatro quartas

feiras), sobram 76 datas – necessariamente, 38 domingos e 38 quartas feiras.

• Essas 76 datas, 38 semanas, que sobram são as que devem ser utilizadas para a maioria das competições (exceção do Mundial de Clubes).

Assim, as 76 datas são utilizadas em 76 rodadas de competições, da seguinte forma:

Competições Datas / Rodadas

Campeonato Brasileiro das Séries A, B e C 38

Copa Libertadores da América e Copa Sulamericana (simultâneas) 18

Copa do Brasil 09

Competições Periféricas3 09

Recopa Sulamericana 01

Supercopa do Brasil 01

Total 76

Note-se que estou preocupado em elaborar um método racional de datas, pois:

• Os 38 domingos são dedicados exclusivamente ao Campeonato Brasileiro e suas divisões, uma vez que se pode dizer que o Campeonato Brasileiro é a competição premium do calendário, devendo reservar para si as melhores datas.

• Das 38 quartas feiras, metade delas, 19 quartas feiras, são dedicadas a Competições Nacionais (nove, para a Copa do Brasil; nove, para as Competições Periféricas; uma, para a Supercopa do Brasil), distribuídas ao longo de toda a temporada.

                                                                                                                         3  Campeonatos Estaduais e Campeonatos Regionais, que devem, no agregado, ter número de datas de disputa reduzido.

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• Das 38 quartas feiras, outra metade delas, 19 quartas feiras, são dedicadas a

Competições Internacionais (18 para a Copa Libertadores e a Copa Sulamericana, jogadas simultaneamente; uma, para a Recopa Sulamericana), distribuídas ao longo de toda a temporada.

Cabe ressaltar, assim, que, pelo proposto, todas as competições se iniciam no começo da temporada, e todas elas (exceto as que têm uma rodada) se encerram ao final dela – propiciando atividades aos clubes durante todo o período da temporada anual e evitando que clubes joguem com equipes não titulares no Campeonato Brasileiro para se dedicarem às finais de outras competições – que é o que aconteceria se a competições não fossem alocadas em datas, ou rodadas, ao longo de toda a temporada.

E como fazer o Campeonato Brasileiro em 38 datas, ou rodadas? Como fazer a Libertadores e a Sulamericana nas mesmas 18 datas, ou rodadas? Como fazer a Copa do Brasil em nove datas, ou rodadas? Como fazer as Competições Periféricas em nove datas, ou rodadas? Como fazer a Recopa Sulamericana em uma data, ou rodada? Como fazer a Supercopa do Brasil em uma data, ou rodada? É o que responderei nas partes seguintes deste capítulo.

2.02) Campeonato Brasileiro Séries A e B

Então, a pergunta é: Como realizar o Campeonato Brasileiro em 38 datas, ou rodadas? No caso da primeira divisão, não há a menor dúvida: Da mesma forma que atualmente, apenas com algumas adaptações. No caso da segunda divisão, pode ser da mesma forma que a primeira divisão, mas também pode ser uma fórmula alternativa, também realizada em 38 rodadas. Escreverei, primeiro, sobre a primeira divisão, para, em seguida, escrever sobre a segunda. Em termos de primeira divisão, se há algo que parece acertado no que os dirigentes principais do futebol brasileiro fizeram nas últimas décadas, isto foi a adoção do Campeonato Brasileiro realizado em turno e returno e com pontos corridos. Confesso que tenho dúvidas se 20 clubes por divisão, como tem sido, é o número ideal. Alguns argumentam, não sem certa razão, que 22 clubes por divisão permitiria que mais mercados fossem contemplados. Outros preferem 18 clubes por divisão, o que abriria espaço para excursões dos clubes principais. Ainda há os que preferem 16 clubes por divisão, o que poderia permitir que as excursões dos clubes principais fossem maiores.

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Quantos por divisão? Dezesseis? Dezoito? Vinte e dois? Vinte? Qualquer desses números é aceitável: No máximo deles, ocupa-se melhor a temporada com competições oficiais; no mínimo deles, as competições oficiais são mais enxutas, e há um período generoso para excursões dos clubes principais. Mas, já há alguns anos, tem-se 20 clubes por divisão. Isso criou um hábito, um costume, deu à competição uma aura de estabilidade e de credibilidade. Então, mudar seria um risco que não vale a pena correr. Assim, defendo a ideia de que os 20 clubes por divisão devem ser mantidos. No caso da primeira divisão, como atualmente, todos jogam contra todos em turno e returno, são 19 rodadas no turno e 19 rodadas no returno, ou seja, 38 rodadas. A proposta, então, é que, como hoje, tenhamos o Campeonato Brasileiro da Primeira Divisão com 20 clubes. O modelo de disputa deve continuar sendo a prática de todos os clubes jogando entre si em turno e returno e com pontos corridos. Não se pense, entretanto, que o modelo atual do Campeonato Brasileiro da Primeira Divisão é perfeito. Algumas disfunções devem ser sanadas, a saber: a) Os quatro primeiros colocados da competição de primeira divisão classificarem-se para a Libertadores da temporada seguinte, como atualmente, é pouco, é algo que não condiz com a tradição do futebol brasileiro. Cinco clubes devem se classificar, por temporada, para a Libertadores. b) Os quatro últimos colocados de cada divisão irem para a divisão imediatamente inferior, por temporada, também é pouco. Vários clubes de bom nível de divisões menores pleiteiam uma vaga na divisão maior. Para aumentar os atrativos das competições das divisões menores, o acesso / descenso entre uma divisão e outra deve ser de cinco clubes4. c) É exagerado permitir que até o décimo primeiro colocado da primeira divisão classifique-se para a Copa Sulamericana – ou seja, um clube da “parte de baixo da tabela” pode classificar-se para uma competição internacional. Proponho que só se classifiquem para a Copa Sulamericana clubes que chegarem até a décima colocação na primeira divisão – mais precisamente, entre a sexta e a décima colocação. d) A tabela do Campeonato Brasileiro, em qualquer de suas divisões, possui imperfeições grosseiras, como clubes que jogam até quatro rodadas seguidas com, ou sem, o mando de campo. Isto deve ser corrigido. e) Principal problema: Várias rodadas do Campeonato Brasileiro, com suas divisões, são jogadas em meios de semanas. O Campeonato Brasileiro é a principal competição do calendário e, para ser valorizado, deve ser jogado apenas aos fins de semanas.

                                                                                                                         4  Boa parte dos jornalistas esportivos mais conceituados do Brasil defende que se tenha acesso e descenso de quatro clubes, mesmo, ou até de três. Embora eu acredite que o número de cinco clubes é mais apropriado, por trazer mais renovação por temporada para a Série A, esse é um debate que deve ser aprofundado.

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Resumindo: Embora o Campeonato Brasileiro esteja sendo disputado, na primeira divisão, com a fórmula correta, há diversas imperfeições a serem objeto de atenção. Então, começando a detalhar como deve ser o Campeonato Brasileiro, deve-se ter 20 clubes na primeira divisão e deve-se ter 20 clubes na segunda divisão – como atualmente. A primeira divisão deve ter a fórmula de disputa tradicional: Todos os clubes jogam entre si em turno e returno, com o clube campeão sendo o que conseguir somar, ao longo da competição, o maior número de pontos corridos. Devem ser, portanto, 19 rodadas no turno e 19 rodadas no returno, em um total de 38 rodadas – também como atualmente. A segunda divisão pode ter fórmula alternativa, detalhada mais adiante, também com 38 rodadas. Como dito anteriormente, parece-me insuficiente que, como acontece atualmente, apenas os quatro primeiros colocados da primeira divisão consigam uma vaga na Taça Libertadores da América da temporada seguinte. Partindo do pressuposto, que julgo razoável, que o número de clubes que disputa estas vagas até a última rodada da competição é, a grosso modo, o dobro do número de vagas, temos, na situação atual, oito clubes disputando as quatro vagas até a última rodada. Ora, se cinco clubes se classificarem para a Libertadores, seguindo a mesma linha de raciocínio, haverá dez clubes disputando as cinco vagas. E dez clubes são a metade do total de clubes de uma divisão do Campeonato Brasileiro. Ou seja: Tendo-se cinco classificados para a Libertadores, ao invés de quatro, consegue-se que metade dos clubes envolvidos na competição lutem por essas vagas até o fim do campeonato. Óbvio está que o mesmo raciocínio vale para a segunda divisão: O acesso dos cinco melhores da segunda para a primeira permite que dez clubes da segunda disputem estas vagas até o final do certame. Por divisão, dos dez melhores clubes, cinco se classificam para a divisão acima (ou para a Libertadores, no caso da primeira divisão), e cinco não são contemplados. Para o descenso, o raciocínio é similar. Ou seja, os cinco últimos colocados de cada divisão devem ser rebaixados para a divisão imediatamente posterior, na temporada seguinte. Assim, os dez piores clubes da primeira divisão lutam até o final do certame para não irem para a segunda divisão, da mesma forma que os dez piores clubes da segunda divisão lutam até o final do certame para não irem para a terceira divisão. Por divisão, dos dez piores clubes, cinco se livram do rebaixamento, e cinco são rebaixados. O objetivo desta medida é propiciar que, por divisão, os clubes possam ter objetivos a serem cumpridos até o final das competições, o que evita os conhecidos “jogos que não valem mais nada”5. Na medida que, por divisão, os dez melhores clubes lutam para estar entre os cinco primeiros (sendo premiados com o acesso e, no caso da primeira divisão, com a classificação para a Libertadores), e os dez piores lutam para não estar entre os

                                                                                                                         5  E se evita situações que suscitem desconfianças de “entregas de jogos”, como aconteceu nas temporadas de 2.009 e de 2.010.

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cinco últimos (para escaparem do rebaixamento), todos os 20 clubes de cada divisão têm objetivos a cumprir ao longo de todo o campeonato. Resumindo, a proposta para acesso e descenso é esta: • Os cinco primeiros colocados do Campeonato Brasileiro da Primeira Divisão

disputam a Taça Libertadores da América da temporada seguinte, da mesma forma que os cinco primeiros colocados do Campeonato Brasileiro da Segunda Divisão disputam o Campeonato Brasileiro da Primeira Divisão da temporada seguinte, da mesma forma que os cinco primeiros colocados do Campeonato Brasileiro da Terceira Divisão disputam o Campeonato Brasileiro da Segunda Divisão da temporada seguinte.

• Os cinco últimos colocados do Campeonato Brasileiro da Primeira Divisão disputam o Campeonato Brasileiro da Segunda Divisão da temporada seguinte, da mesma forma que os cinco últimos colocados do Campeonato Brasileiro da Segunda Divisão disputam o Campeonato Brasileiro da Terceira Divisão da temporada seguinte.

Pela proposta, as 38 rodadas devem ser realizadas em 19 fins de semanas entre Agosto (ou final de Julho, dependendo das circunstâncias) e Dezembro de um ano6 e em 19 fins de semanas entre Janeiro e Maio do ano seguinte7. Na primeira divisão, com turno e returno e pontos corridos, elaborar uma tabela racional para este tipo de competição parece algo fácil, mas as aparências enganam. A confecção de uma boa tabela para competições de 20 clubes e em pontos corridos inclui a necessidade da existência de três critérios, a saber: • Clubes rivais devem formar pares em situações opostas. Por exemplo: Se o

Flamengo RJ joga com o mando de campo, o Fluminense RJ deve jogar sem o mando de campo (e vice versa); tal situação deve-se dar, também, com Corínthians SP e Palmeiras SP, São Paulo SP e Santos SP, Grêmio RS e Internacional RS, Atlético MG e Cruzeiro MG, etc. A adoção desta medida evita que, a cada rodada, clubes do mesmo centro estejam na mesma situação, evitando o excesso ou a falta de jogos em uma mesma rodada em determinada praça (por exemplo, ao longo do Campeonato Brasileiro da Primeira Divisão, o Grêmio RS realizará 19 jogos em casa e o Internacional RS, também, em um total de 38 jogos realizados em Porto Alegre ao longo do certame. Como são 38 rodadas no certame, é melhor que se tenha um jogo em Porto Alegre a cada rodada do que se ter rodadas em Porto Alegre com dois jogos e rodadas sem nenhum). Em um campeonato de 20 clubes, é possível formar dez pares em situações opostas.

• Metade dos clubes deve fazer dez jogos com o mando de campo no turno e nove jogos com o mando de campo do returno. A outra metade deve fazer nove jogos

                                                                                                                         6 O primeiro domingo de Setembro e o primeiro domingo de Novembro devem ser excluídos destas datas, pois devem ser Datas FIFA, dedicadas às seleções. A quarta feira seguinte ao primeiro domingo de Setembro e a quarta feira seguinte ao primeiro domingo de Novembro também devem ser Datas FIFA. 7 O primeiro domingo de Fevereiro e o primeiro domingo de Abril devem ser excluídos destas datas, pois devem ser Datas FIFA, dedicadas às seleções. A quarta feira seguinte ao primeiro domingo de Fevereiro e a quarta feira seguinte ao primeiro domingo de Abril também devem ser Datas FIFA.  

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com o mando de campo no turno e dez jogos com o mando de campo no returno. Esta configuração garante um equilíbrio de situação entre os clubes disputantes.

• Nenhum clube deve fazer uma série maior de dois jogos seguidos em casa ou fora

de casa (o que estou chamando de jogar em casa ou fora de casa é ter ou não o mando de campo. Se há, em São Paulo, um jogo São Paulo SP x Corínthians SP, o Corínthians SP está jogando fora de casa – apesar de estar atuando em sua cidade – já que o mando de campo é do São Paulo SP), para se evitar que os clubes fiquem afastados de sua torcida por muito tempo, ou que fiquem perto de sua torcida repetidamente.

Como se vê, montar uma tabela para um campeonato de 20 clubes em turno e returno e com pontos corridos não chega a ser uma tarefa difícil. O difícil é montar uma boa tabela, já que se deve atender aos três critérios mencionados simultaneamente. Dá para fazer? Com certeza. Como? Eis uma alternativa (chamarei os clubes de time01, time02, time03,…, time20; os clubes que tiverem o mando de campo terão seu nome destacado em negrito): Primeira Rodada Time01 x Time20

Time02 x Time19 Time03 x Time18 Time04 x Time17 Time05 x Time16 Time06 x Time15 Time07 x Time14 Time08 x Time13 Time09 x Time12 Time10 x Time11

Segunda Rodada Time01 x Time19 Time02 x Time18 Time03 x Time17 Time04 x Time16 Time05 x Time15 Time06 x Time14 Time07 x Time13 Time08 x Time12 Time09 x Time11 Time10 x Time20

Terceira Rodada Time01 x Time18 Time02 x Time17 Time03 x Time16 Time04 x Time15 Time05 x Time14 Time06 x Time13 Time07 x Time12 Time08 x Time11 Time09 x Time20 Time10 x Time19

   

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Quarta Rodada

Time01 x Time17 Time02 x Time16 Time03 x Time15 Time04 x Time14 Time05 x Time13 Time06 x Time12 Time07 x Time11 Time08 x Time20 Time09 x Time19 Time10 x Time18

Quinta Rodada Time01 x Time16 Time02 x Time15 Time03 x Time14 Time04 x Time13 Time05 x Time12 Time06 x Time11 Time07 x Time20 Time08 x Time19 Time09 x Time18 Time10 x Time17

Sexta Rodada Time01 x Time15 Time02 x Time14 Time03 x Time13 Time04 x Time12 Time05 x Time11 Time06 x Time20 Time07 x Time19 Time08 x Time18 Time09 x Time17 Time10 x Time16

Sétima Rodada Time01 x Time14 Time02 x Time13 Time03 x Time12 Time04 x Time11 Time05 x Time20 Time06 x Time19 Time07 x Time18 Time08 x Time17 Time09 x Time16 Time10 x Time15

Oitava Rodada Time01 x Time13 Time02 x Time12 Time03 x Time11 Time04 x Time20 Time05 x Time19 Time06 x Time18 Time07 x Time17 Time08 x Time16 Time09 x Time15 Time10 x Time14

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Nona Rodada Time01 x Time12 Time02 x Time11 Time03 x Time20 Time04 x Time19 Time05 x Time18 Time06 x Time17 Time07 x Time16 Time08 x Time15 Time09 x Time14 Time10 x Time13

Décima Rodada Time01 x Time11 Time02 x Time20 Time03 x Time19 Time04 x Time18 Time05 x Time17 Time06 x Time16 Time07 x Time15 Time08 x Time14 Time09 x Time13 Time10 x Time12

Décima Primeira Rodada Time01 x Time10 Time02 x Time09 Time03 x Time08 Time04 x Time07 Time05 x Time06 Time11 x Time20 Time12 x Time19 Time13 x Time18 Time14 x Time17 Time15 x Time16

Décima Segunda Rodada Time01 x Time09 Time02 x Time08 Time03 x Time07 Time04 x Time06 Time05 x Time10 Time11 x Time19 Time12 x Time18 Time13 x Time17 Time14 x Time16 Time15 x Time20

Décima Terceira Rodada Time01 x Time08 Time02 x Time07 Time03 x Time06 Time04 x Time05 Time09 x Time10 Time11 x Time18 Time12 x Time17 Time13 x Time16 Time14 x Time15 Time19 x Time20

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Décima Quarta Rodada Time01 x Time07 Time02 x Time06 Time03 x Time05 Time04 x Time10 Time08 x Time09 Time11 x Time17 Time12 x Time16 Time13 x Time15 Time14 x Time20 Time18 x Time19

Décima Quinta Rodada Time01 x Time06 Time02 x Time05 Time03 x Time04 Time07 x Time09 Time08 x Time10 Time11 x Time16 Time12 x Time15 Time13 x Time14 Time17 x Time19 Time18 x Time20

Décima Sexta Rodada Time01 x Time05 Time02 x Time04 Time03 x Time10 Time06 x Time09 Time07 x Time08 Time11 x Time15 Time12 x Time14 Time13 x Time20 Time16 x Time19 Time17 x Time18

Décima Sétima Rodada Time01 x Time04 Time02 x Time03 Time05 x Time09 Time06 x Time08 Time07 x Time10 Time11 x Time14 Time12 x Time13 Time15 x Time19 Time16 x Time18 Time17 x Time20

Décima Oitava Rodada Time01 x Time03 Time02 x Time10 Time04 x Time09 Time05 x Time08 Time06 x Time07 Time11 x Time13 Time12 x Time20 Time14 x Time19 Time15 x Time18 Time16 x Time17

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Décima Nona Rodada Time01 x Time02 Time03 x Time09 Time04 x Time08 Time05 x Time07 Time06 x Time10 Time11 x Time12 Time13 x Time19 Time14 x Time18 Time15 x Time17 Time16 x Time20

Vigésima Rodada Time01 x Time02 Time03 x Time09 Time04 x Time08 Time05 x Time07 Time06 x Time10 Time11 x Time12 Time13 x Time19 Time14 x Time18 Time15 x Time17 Time16 x Time20

Vigésima Primeira Rodada Time01 x Time03 Time02 x Time10 Time04 x Time09 Time05 x Time08 Time06 x Time07 Time11 x Time13 Time12 x Time20 Time14 x Time19 Time15 x Time18 Time16 x Time17

Vigésima Segunda Rodada Time01 x Time04 Time02 x Time03 Time05 x Time09 Time06 x Time08 Time07 x Time10 Time11 x Time14 Time12 x Time13 Time15 x Time19 Time16 x Time18 Time17 x Time20

Vigésima Terceira Rodada Time01 x Time05 Time02 x Time04 Time03 x Time10 Time06 x Time09 Time07 x Time08 Time11 x Time15 Time12 x Time14 Time13 x Time20 Time16 x Time19 Time17 x Time18

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Vigésima Quarta Rodada Time01 x Time06 Time02 x Time05 Time03 x Time04 Time07 x Time09 Time08 x Time10 Time11 x Time16 Time12 x Time15 Time13 x Time14 Time17 x Time19 Time18 x Time20

Vigésima Quinta Rodada Time01 x Time07 Time02 x Time06 Time03 x Time05 Time04 x Time10 Time08 x Time09 Time11 x Time17 Time12 x Time16 Time13 x Time15 Time14 x Time20 Time18 x Time19

Vigésima Sexta Rodada Time01 x Time08 Time02 x Time07 Time03 x Time06 Time04 x Time05 Time09 x Time10 Time11 x Time18 Time12 x Time17 Time13 x Time16 Time14 x Time15 Time19 x Time20

Vigésima Sétima Rodada Time01 x Time09 Time02 x Time08 Time03 x Time07 Time04 x Time06 Time05 x Time10 Time11 x Time19 Time12 x Time18 Time13 x Time17 Time14 x Time16 Time15 x Time20

Vigésima Oitava Rodada Time01 x Time10 Time02 x Time09 Time03 x Time08 Time04 x Time07 Time05 x Time06 Time11 x Time20 Time12 x Time19 Time13 x Time18 Time14 x Time17 Time15 x Time16

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Vigésima Nona Rodada Time01 x Time11 Time02 x Time20 Time03 x Time19 Time04 x Time18 Time05 x Time17 Time06 x Time16 Time07 x Time15 Time08 x Time14 Time09 x Time13 Time10 x Time12

Trigésima Rodada Time01 x Time12 Time02 x Time11 Time03 x Time20 Time04 x Time19 Time05 x Time18 Time06 x Time17 Time07 x Time16 Time08 x Time15 Time09 x Time14 Time10 x Time13

Trigésima Primeira Rodada Time01 x Time13 Time02 x Time12 Time03 x Time11 Time04 x Time20 Time05 x Time19 Time06 x Time18 Time07 x Time17 Time08 x Time16 Time09 x Time15 Time10 x Time14

Trigésima Segunda Rodada Time01 x Time14 Time02 x Time13 Time03 x Time12 Time04 x Time11 Time05 x Time20 Time06 x Time19 Time07 x Time18 Time08 x Time17 Time09 x Time16 Time10 x Time15

Trigésima Terceira Rodada Time01 x Time15 Time02 x Time14 Time03 x Time13 Time04 x Time12 Time05 x Time11 Time06 x Time20 Time07 x Time19 Time08 x Time18 Time09 x Time17 Time10 x Time16

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Trigésima Quarta Rodada Time01 x Time16 Time02 x Time15 Time03 x Time14 Time04 x Time13 Time05 x Time12 Time06 x Time11 Time07 x Time20 Time08 x Time19 Time09 x Time18 Time10 x Time17

Trigésima Quinta Rodada Time01 x Time17 Time02 x Time16 Time03 x Time15 Time04 x Time14 Time05 x Time13 Time06 x Time12 Time07 x Time11 Time08 x Time20 Time09 x Time19 Time10 x Time18

Trigésima Sexta Rodada Time01 x Time18 Time02 x Time17 Time03 x Time16 Time04 x Time15 Time05 x Time14 Time06 x Time13 Time07 x Time12 Time08 x Time11 Time09 x Time20 Time10 x Time19

Trigésima Sétima Rodada Time01 x Time19 Time02 x Time18 Time03 x Time17 Time04 x Time16 Time05 x Time15 Time06 x Time14 Time07 x Time13 Time08 x Time12 Time09 x Time11 Time10 x Time20

Trigésima Oitava Rodada Time01 x Time20 Time02 x Time19 Time03 x Time18 Time04 x Time17 Time05 x Time16 Time06 x Time15 Time07 x Time14 Time08 x Time13 Time09 x Time12 Time10 x Time11

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Esta tabela confeccionada pode servir de modelo padrão para qualquer campeonato de 20 clubes onde todos jogam contra todos em sistema de pontos corridos, já que atende aos três critérios para uma boa elaboração já citados. Se não, vejamos: • Como proposto, cada clube tem o seu par8 (time01 com time20, time02 com time19,

time03 com time18, time04 com time17, time05 com time16, time06 com time15, time07 com time14, time08 com time13, time09 com time12 e time10 com time11).

• Metade dos clubes está jogando dez partidas com o mando de campo no turno e nove partidas com o mando de campo no returno. A outra metade está jogando nove partidas com o mando de campo no turno e dez partidas com o mando de campo no returno.

• Nenhum clube faz, por turno, uma sequência de três partidas em casa ou de três

partidas fora de casa. Este número chega, no máximo, a duas partidas. Logo, resta, tão somente, substituir os times numerados (time01, time02, time03, etc) pelos nomes dos clubes que se desejar. Desta forma, façamos um esboço imaginário, uma simulação, do que poderia ter sido o Campeonato Brasileiro da Primeira Divisão com os clubes que jogam esta divisão em 2.014. Campeonato Brasileiro da Primeira Divisão: Clubes: São Paulo SP, Santos SP, Palmeiras SP, Corínthians SP, Flamengo RJ, Fluminense RJ, Botafogo RJ, Chapecoense SC, Criciúma SC, Figueirense SC, Cruzeiro MG, Atlético MG, Grêmio RS, Internacional RS, Coritiba PR, Atlético PR, Bahia BA, Vitória BA, Sport PE, Goiás GO. Regulamento: Todos os clubes jogam entre si em jogos de ida e volta. O clube que somar maior número de pontos corridos é o campeão. Os clubes que chegarem nas cinco primeiras colocações disputam a Copa Libertadores da América da próxima temporada. Os clubes que chegarem entre a sexta e a décima colocação disputam a Copa Sulamericana da próxima temporada. Os clubes que chegarem nas cinco últimas colocações9 disputam o Campeonato Brasileiro da Segunda Divisão da próxima temporada. O total é de 38 rodadas. Numeração dos Clubes (sabendo-se o número de cada clube, pode-se elaborar a tabela da competição, conforme mostrei ainda há pouco): Time01 – Flamengo RJ; time02 – Botafogo RJ; time03 – Bahia BA; time04 – Goiás GO; time05 – Grêmio RS; time06 – Corínthians SP; time07 – Atlético MG; time 08 – Atlético PR; time09 – São Paulo SP; time10 – Chapecoense SC; time11 – Criciúma SC; time12 – Santos SP; time13 – Coritiba PR; time14 – Cruzeiro MG; time15 – Palmeiras SP; time16 – Internacional RS;

                                                                                                                         8  Uma das grandes polêmicas que têm sido discutidas no futebol brasileiro nos últimos tempos é sobre a possibilidade de se marcar clássicos estaduais para a última rodada do Campeonato Brasileiro da Primeira Divisão, com o intuito de se evitar as pretensas “entregas” de jogos. Neste esboço de tabela, os pares opostos jogam entre si na primeira e na última rodada do campeonato, tornando possível o retorno desta prática, que julgo apropriada.  9  Ou, quatro, ou três, isso pode ser objeto de debates. Prefiro cinco.

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time17 – Sport PE; time18 – Vitória BA; time19 – Figueirense SC; time20 – Fluminense RJ. Sobre o Campeonato Brasileiro da Primeira Divisão, era isto que precisava ser escrito. Agora, escreverei sobre o Campeonato Brasileiro da segunda divisão. A pergunta que deve estar na cabeça do leitor é: Por que o autor especula a possibilidade da segunda divisão não ser, como atualmente, em turno e returno e pontos corridos? Sou um defensor intransigente da fórmula de turno e returno e pontos corridos na primeira divisão. Na segunda divisão, acredito que esta fórmula pode ser utilizada, mas também há a hipótese de se utilizar uma fórmula alternativa. Qual o motivo? É que, perante as receitas que se pode auferir na segunda divisão, a disputa em pontos corridos, nesta divisão, é cara. Fazer a competição em pontos corridos na primeira divisão é viável, pois os custos incorridos são amplamente superados pelas receitas geradas. Mas, na segunda divisão, fazer a competição nestes moldes é gerar muito gasto para pouca receita. Nestas divisões, os clubes, de porte mais modesto, não geram receitas significativas de bilheteria, televisionamento e patrocínio, mas os custos são elevadíssimos, pela necessidade de se ter que jogar em distantes localidades, quando a disputa é em turno e returno e em pontos corridos. Tome-se, como exemplo, a segunda divisão de 2.014: Quatro clubes de São Paulo (Bragantino SP, Portuguesa SP, Ponte Preta SP, Oeste SP), dois clubes de Pernambuco (Náutico PE, Santa Cruz PE), dois clubes de Goiás (Atlético GO, Vila Nova GO), dois clubes de Santa Catarina (Joinville SC, Avaí SC), dois clubes do Ceará (Ceará CE, Icasa CE), dois clubes de Minas Gerais (América MG, Boa Esporte MG), dois clubes do Rio Grande do Norte (ABC RN, América RN), um clube do Mato Grosso do Sul (Luverdense MT), um clube do Maranhão (Sampaio Corrêa MA), um clube do Paraná (Paraná PR) e um clube do Rio de Janeiro (Vasco da Gama RJ). Agora, imagine-se, por exemplo, a Ponte Preta SP, tendo que viajar duas vezes a Recife (para jogar com Náutico PE e Santa Cruz PE), duas vezes a Goiânia (para jogar com Atlético GO e Vila Nova GO), duas vezes a Natal (para jogar com ABC RN e América RN), duas vezes a Fortaleza (para jogar com Icasa CE e Ceará CE), uma vez a São Luiz (para jogar com o Sampaio Corrêa MA) e uma vez para Cuiabá (para jogar com o Luverdense MT). Haja vôos (desgastante), haja gastos de hospedagem (por se ir jogar longe, tem que se chegar antes, para não haver risco do jogo não acontecer e, consequentemente, se gasta mais com hospedagem) e, sobretudo, haja gastos de locomoção! Por seu turno, imagine, por exemplo, o Icasa CE, tendo que viajar quatro vezes ao estado de São Paulo (para jogar com Portuguesa SP, Bragantino SP, Ponte Preta SP e Oeste SP), duas vezes ao estado de Minas Gerais (para jogar com América MG e Boa Esporte MG), duas vezes ao estado de Santa Catarina (para jogar com Joinville SC e Avaí SC), uma vez ao estado do Rio de Janeiro (para jogar com o Vasco da Gama RJ) e

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uma vez ao estado do Paraná (para jogar com o Paraná PR). De novo, haja vôos (desgastante), haja gastos de hospedagem (por se ir jogar longe, tem que se chegar antes, para não haver risco do jogo não acontecer e, consequentemente, se gasta mais com hospedagem) e, sobretudo, haja gastos de locomoção! Esse raciocínio colocado para Icasa CE e Ponte Preta SP vale para todos os clubes da Série B. Daí, minha singela pergunta é: Não seria mais inteligente regionalizar isso, apenas com uma fase final nacionalizada? Mas é preciso se ter cuidado: Regionalizar demais também não é bom. Grupos pequenos, clubes jogando pouco em cada grupo. Precisa-se garantir, a partir do Campeonato Brasileiro, um número mínimo de jogos para os clubes que o disputam, que os mantenha em atividade durante toda a temporada, aos fins de semanas. A ideia, então, é a seguinte: Os 20 clubes são divididos em dois grupos regionalizados, de dez clubes: o grupo A, com os dez clubes que estejam mais ao sul do país; o grupo B, com os dez clubes que estejam mais ao norte do país. Essa regionalização propicia brutal economia de gastos. Dentro de cada grupo de dez (A e B), todos jogam entre si em turno (nove rodadas), returno (nove rodadas), novo turno (nove rodadas) e novo returno (nove rodadas), em pontos corridos. Esta primeira parte, regional, dura 36 rodadas. Depois, vem a parte final, em duas rodadas, nacionalizada, assim jogada: • O primeiro do grupo A e o primeiro do grupo B jogam entre si, em dois jogos (um

na casa de cada um – quem tiver feito melhor campanha na fase de grupos joga a segunda partida em casa e podendo empatar as duas ou ganhar uma e perder outra pelo mesmo saldo de gols). Quem levar a melhor é o campeão da segunda divisão, e o desfavorecido, o vice campeão. Ambos se classificam para a primeira divisão.

• Não há necessidade de se fazer confronto entre o segundo do grupo A e o segundo do grupo B: Dos dois, o que tiver feito melhor campanha em seu grupo é o terceiro colocado, e o outro, o quarto. Ambos se classificam para a primeira divisão.

• O terceiro do grupo A e o terceiro do grupo B jogam entre si, em dois jogos (um na

casa de cada um – quem tiver feito melhor campanha na fase de grupos joga a segunda partida em casa e podendo empatar as duas ou ganhar uma e perder outra pelo mesmo saldo de gols). Quem levar a melhor é o quinto colocado da segunda divisão, e o desfavorecido, o sexto colocado. O quinto colocado se classifica para a primeira divisão10.

• Não há necessidade de se fazer confronto entre o quarto do grupo A e o quarto do

grupo B: Dos dois, o que tiver feito melhor campanha em seu grupo é o sétimo colocado, e o outro, o oitavo. Ambos permanecem na segunda divisão.

                                                                                                                         10  Caso o acesso seja de cinco clubes, como defendo.

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• Não há necessidade de se fazer confronto entre o quinto do grupo A e o quinto do grupo B: Dos dois, o que tiver feito melhor campanha em seu grupo é o nono colocado, e o outro, o décimo. Ambos permanecem na segunda divisão.

• Não há necessidade de se fazer confronto entre o sexto do grupo A e o sexto do

grupo B: Dos dois, o que tiver feito melhor campanha em seu grupo é o décimo primeiro colocado, e o outro, o décimo segundo. Ambos permanecem na segunda divisão.

• Não há necessidade de se fazer confronto entre o sétimo do grupo A e o sétimo do

grupo B: Dos dois, o que tiver feito melhor campanha em seu grupo é o décimo terceiro colocado, e o outro, o décimo quarto. Ambos permanecem na segunda divisão.

• O oitavo do grupo A e o oitavo do grupo B jogam entre si, em dois jogos (um na

casa de cada um – quem tiver feito melhor campanha na fase de grupos joga a segunda partida em casa e podendo empatar as duas ou ganhar uma e perder outra pelo mesmo saldo de gols). Quem levar a melhor é o décimo quinto colocado da segunda divisão, e o desfavorecido, o décimo sexto colocado. O décimo sexto colocado é rebaixado para a terceira divisão11.

• Não há necessidade de se fazer confronto entre o nono do grupo A e o nono do

grupo B: Dos dois, o que tiver feito melhor campanha em seu grupo é o décimo sétimo colocado, e o outro, o décimo oitavo. Ambos são rebaixados para a terceira divisão.

• Não há necessidade de se fazer confronto entre o décimo do grupo A e o décimo do

grupo B: Dos dois, o que tiver feito melhor campanha em seu grupo é o décimo nono colocado, e o outro, o vigésimo. Ambos são rebaixados para a terceira divisão.

Portanto, são 36 rodadas na fase classificatória (regional) e duas na fase final (nacional) – um total de 38 datas, ou rodadas. Todos os clubes jogam no mínimo 36 jogos e, no máximo, 38. Como a fase classificatória da segunda divisão é uma competição em dez clubes com turno (nove rodadas), returno (nove rodadas), novo turno (nove rodadas) e novo returno (nove rodadas) – total de 36 rodadas – faz-se mister mostrar um esboço de tabela para esta fase classificatória – que vale tanto para o grupo A como para o grupo B. Três critérios simultâneos são importantes, a saber: • Clubes rivais devem formar pares em situações opostas. Em um campeonato de dez

clubes, é possível criar cinco pares em situações opostas.

• Por turno, metade dos clubes deve fazer cinco jogos com o mando de campo e quatro jogos sem o mando de campo, e a outra metade deve fazer quatro jogos com o mando de campo e cinco jogos sem o mando de campo, com as situações se invertendo a cada turno.

                                                                                                                         11  Caso o descenso seja de cinco clubes, como defendo.

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• Nenhum clube deve fazer, por turno, uma série maior de dois jogos seguidos em

casa ou de dois jogos seguidos fora de casa, para se evitar que os clubes fiquem afastados de sua torcida por muito tempo, ou fiquem repetidamente com ela.

Dá para fazer? Com certeza. Como? Eis uma alternativa (chamo os clubes de time01, time02, time03,…, time10; os clubes que tiverem o mando de campo terão seu nome destacado em negrito): Primeira Rodada Time01 x Time10

Time02 x Time09 Time03 x Time08 Time04 x Time07 Time05 x Time06

Segunda Rodada Time01 x Time09 Time02 x Time08 Time03 x Time07 Time04 x Time06 Time05 x Time10

Terceira Rodada Time01 x Time08 Time02 x Time07 Time03 x Time06 Time04 x Time05 Time09 x Time10

Quarta Rodada Time01 x Time07 Time02 x Time06 Time03 x Time05 Time04 x Time10 Time08 x Time09

Quinta Rodada Time01 x Time06 Time02 x Time05 Time03 x Time04 Time07 x Time09 Time08 x Time10

Sexta Rodada Time01 x Time05 Time02 x Time04 Time03 x Time10 Time06 x Time09 Time07 x Time08

Sétima Rodada Time01 x Time04 Time02 x Time03 Time05 x Time09 Time06 x Time08 Time07 x Time10

Oitava Rodada Time01 x Time03 Time02 x Time10 Time04 x Time09 Time05 x Time08 Time06 x Time07

   

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Nona Rodada Time01 x Time02 Time03 x Time09 Time04 x Time08 Time05 x Time07 Time06 x Time10

Décima Rodada Time01 x Time02 Time03 x Time09 Time04 x Time08 Time05 x Time07 Time06 x Time10

Décima Primeira Rodada Time01 x Time03 Time02 x Time10 Time04 x Time09 Time05 x Time08 Time06 x Time07

Décima Segunda Rodada Time01 x Time04 Time02 x Time03 Time05 x Time09 Time06 x Time08 Time07 x Time10

Décima Terceira Rodada Time01 x Time05 Time02 x Time04 Time03 x Time10 Time06 x Time09 Time07 x Time08

Décima Quarta Rodada Time01 x Time06 Time02 x Time05 Time03 x Time04 Time07 x Time09 Time08 x Time10

Décima Quinta Rodada Time01 x Time07 Time02 x Time06 Time03 x Time05 Time04 x Time10 Time08 x Time09

Décima Sexta Rodada Time01 x Time08 Time02 x Time07 Time03 x Time06 Time04 x Time05 Time09 x Time10

Décima Sétima Rodada Time01 x Time09 Time02 x Time08 Time03 x Time07 Time04 x Time06 Time05 x Time10

Décima Oitava Rodada Time01 x Time10 Time02 x Time09 Time03 x Time08 Time04 x Time07 Time05 x Time06

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Décima Nona Rodada Time01 x Time10 Time02 x Time09 Time03 x Time08 Time04 x Time07 Time05 x Time06

Vigésima Rodada Time01 x Time09 Time02 x Time08 Time03 x Time07 Time04 x Time06 Time05 x Time10

Vigésima Primeira Rodada Time01 x Time08 Time02 x Time07 Time03 x Time06 Time04 x Time05 Time09 x Time10

Vgésima Segunda Rodada Time01 x Time07 Time02 x Time06 Time03 x Time05 Time04 x Time10 Time08 x Time09

Vigésima Terceira Rodada Time01 x Time06 Time02 x Time05 Time03 x Time04 Time07 x Time09 Time08 x Time10

Vigésima Quarta Rodada Time01 x Time05 Time02 x Time04 Time03 x Time10 Time06 x Time09 Time07 x Time08

Vigésima Quinta Rodada Time01 x Time04 Time02 x Time03 Time05 x Time09 Time06 x Time08 Time07 x Time10

Vigésima Sexta Rodada Time01 x Time03 Time02 x Time10 Time04 x Time09 Time05 x Time08 Time06 x Time07

Vigésima Sétima Rodada Time01 x Time02 Time03 x Time09 Time04 x Time08 Time05 x Time07 Time06 x Time10

Vigésima Oitava Rodada Time01 x Time02 Time03 x Time09 Time04 x Time08 Time05 x Time07 Time06 x Time10

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Vigésima Nona Rodada Time01 x Time03 Time02 x Time10 Time04 x Time09 Time05 x Time08 Time06 x Time07

Trigésima Rodada Time01 x Time04 Time02 x Time03 Time05 x Time09 Time06 x Time08 Time07 x Time10

Trigésima Primeira Rodada Time01 x Time05 Time02 x Time04 Time03 x Time10 Time06 x Time09 Time07 x Time08

Trigésima Segunda Rodada Time01 x Time06 Time02 x Time05 Time03 x Time04 Time07 x Time09 Time08 x Time10

Trigésima Terceira Rodada Time01 x Time07 Time02 x Time06 Time03 x Time05 Time04 x Time10 Time08 x Time09

Trigésima Quarta Rodada Time01 x Time08 Time02 x Time07 Time03 x Time06 Time04 x Time05 Time09 x Time10

Trigésima Quinta Rodada Time01 x Time09 Time02 x Time08 Time03 x Time07 Time04 x Time06 Time05 x Time10

Trigésima Sexta Rodada Time01 x Time10 Time02 x Time09 Time03 x Time08 Time04 x Time07 Time05 x Time06

Esta tabela confeccionada atende ao três critérios para uma boa elaboração já citados. Se não, vejamos: • Como proposto, cada clube tem o seu par (time01 com time10, time02 com time09,

time03 com time08, time04 com time07, time05 com time06).

• Por turno, metade dos clubes está jogando cinco jogos com o mando de campo e quatro jogos sem o mando de campo, com a outra metade jogando quatro jogos com

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o mando de campo e cinco jogos sem o mando de campo. Estas situações vão se alternando, por clube, a cada turno.

• Nenhum clube faz, por turno, uma sequência de três partidas em casa ou de três

partidas fora de casa. Este número chega, no máximo, a duas partidas. Na fase final, a situação fica assim: Trigésima Sétima Rodada Primeiro de A X Primeiro de B

Terceiro de A X Terceiro de B Oitavo de A X Oitavo de B

Trigésima Oitava Rodada (Mandos de Campo Invertidos)

Primeiro de A X Primeiro de B Terceiro de A X Terceiro de B

Oitavo de A X Oitavo de B Logo, resta, tão somente, substituir os times numerados (time01, time02, time03, etc) pelos nomes dos clubes que se desejar. Desta forma, façamos um esboço imaginário, uma simulação, do que poderia vir a ser o Campeonato Brasileiro da Segunda Divisão com os clubes que jogam esta divisão em 2.014. Campeonato Brasileiro da Segunda Divisão: Clubes Grupo A: Portuguesa SP, Bragantino SP, Ponte Preta SP, Oeste SP, América MG, Boa Esporte MG, Joinville SC, Avaí SC, Vasco da Gama RJ, Paraná PR. Clubes Grupo B: Santa Cruz PE, Náutico PE, Ceará CE, Icasa CE, América RN, ABC RN, Atlético GO, Vila Nova GO, Sampaio Corrêa MA, Luverdense MT. Regulamento: Todos os clubes de cada grupo jogam entre si em jogos de ida, de volta, de nova ida e de nova volta (36 rodadas), na fase classificatória (regional). Na fase final (nacional), decide-se campeão e vice, quinto e sexto colocados e décimo quinto e décimo sexto colocados (duas rodadas). Primeiro ao quinto colocado ascendem à primeira divisão, décimo sexto ao vigésimo colocado são rebaixados à terceira divisão. O total é de 38 rodadas, sendo que os clubes jogam um mínimo de 36 jogos e um máximo de 38 jogos. Numeração dos Clubes (sabendo-se o número de cada clube, pode-se elaborar a tabela da competição, conforme mostrei ainda há pouco): Grupo A: Time01 – Avaí SC; time02 – Portuguesa SP; time03 – Bragantino SP; time04 – América MG; time05 – Paraná PR; time06 – Vasco da Gama RJ; time07 – Boa Esporte MG; time08 – Oeste SP; time09 – Ponte Preta SP; time10 – Joinville SC. Grupo B: Time01 – Santa Cruz PE; time02 – Vila Nova GO; time03 – América RN; time04 – Ceará CE; time05 – Sampaio Corrêa MA; time06 – Luverdense MT; time07 – Icasa CE; time08 – ABC RN; time09 – Atlético GO; time10 – Náutico PE. Esse é o formato de Campeonato Brasileiro que idealizo para as duas principais divisões. Competições que deve ser o eixo do calendário, como acontece em todos os países civilizados, onde os campeonatos nacionais são a base de tudo. Competições que

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devem ser disputadas ao longo de toda a temporada, aos fins de semanas. Com isso, 40 privilegiados clubes têm a oportunidade de jogar de 36 a 38 partidas oficiais em fins de semanas durante a temporada regular (início de Agosto, ou final de Julho, ao final de Maio). 2.03) Campeonato Brasileiro Série C Então, a pergunta é: Como realizar o Campeonato Brasileiro da Terceira Divisão em 38 datas, ou rodadas (as mesmas que o Campeonato Brasileiro da Primeira Divisão e o Campeonato Brasileiro da Segunda Divisão)? Este certame merece peculiar atenção, porque é a partir dele que se pode viabilizar um bom calendário para os clubes pequenos de nosso futebol. Afinal, 40 clubes – os 20 de cada uma das duas divisões principais do Campeonato Brasileiro – têm atividades para a temporada inteira só com a principal competição nacional, pois esta é jogada durante praticamente toda a temporada. Mas, e os outros 660 clubes12? Ficariam sem nenhuma competição para ocupar os fins de semanas da temporada ao longo de seu curso? Isso não pode acontecer, porque representaria que centenas de clubes ficariam meses seguidos sem jogar, o que contribuiria para a penúria financeira das Instituições e o desemprego em massa de jogadores de futebol13. Esses 660 clubes, assim, jogarão, ao longo da temporada, o Campeonato Brasileiro da Série C. Este visa indicar os cinco clubes que ascenderão ao Campeonato Brasileiro da Segunda Divisão da temporada seguinte – assim como os cinco últimos do Campeonato Brasileiro da Segunda Divisão estarão, na temporada seguinte, disputando o Campeonato Brasileiro da Terceira Divisão, ou Série C14. Os 660 clubes serão divididos, na Fase Inicial, em 66 grupos micro regionalizados (para se reduzir gastos), de dez clubes. Dentro de cada grupo, os jogos serão em turno (nove rodadas), returno (mais nove rodadas), novo turno (mais nove rodadas) e novo returno (mais nove rodadas). Como se vê, essa Fase Inicial tem 36 rodadas, ou datas. Definido o clube campeão de cada um dos 66 grupos, vem a Fase Final: Dos 66 clubes campeões de grupos, os dois de melhor campanha decidem o título, em jogos de ida e volta (duas rodadas). A Fase Final, portanto, tem duas datas, ou rodadas.

                                                                                                                         12  Como explicado anteriormente, mostro um modelo de calendário que contempla o interesse de 700 clubes profissionais. Ao final de 2.013, fiz um levantamento do total de clubes brasileiros em atividade, a pedido do Bom Senso Futebol Clube, em que se demonstrava que havia 684 clubes em atividade no Brasil. Pode-se incentivar a profissionalização de clubes amadores, até se atingir o total de 700 clubes – sendo que 660 deles podem disputar a Série C. 13  Ainda segundo dados do Bom Senso Futebol Clube, os quais colaborei para pesquisar, atualmente cerca de 500 clubes ficam sem calendário depois de três meses de atividades, quando terminam os Campeonatos Estaduais, gerando desemprego de mais de 12 mil jogadores profissionais. 14 O acesso e descenso entre a Segunda Divisão e a Terceira Divisão também podem ser de três ou quatro clubes – isso deve ser debatido. Como alegado anteriormente, eu prefiro o acesso e descenso de cinco clubes por divisão.

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Os cinco melhores, entre os 66 clubes campeões de grupos micro regionalizados, são promovidos para o Campeonato Brasileiro da Série B, da mesma forma que os cinco últimos colocados do Campeonato Brasileiro da Série B são rebaixados para a Série C15. Há, portanto, 36 rodadas na Fase Inicial e duas rodadas na Fase Final, um total de 38 datas, ou rodadas, realizadas em 38 fins de semanas entre início de Agosto (ou final de Julho) de um ano e final de Maio do ano seguinte. O que o leitor pode indagar é: Do ponto de vista técnico, um campeonato com um formato deste tipo não pode ser desinteressante? Quem assim pensa, poderá alegar o seguinte: Se apenas cinco clubes podem ascender para a Série B, e não há fases de “mata mata” para se chegar a esses cinco clubes16, quais são os atrativos da Fase Inicial? Afinal, só o campeão de cada grupo da Fase Inicial pode se classificar para o acesso, e os grupos são de dez clubes. Não fica parecendo, então, que os clubes que não têm chances de vencer seus grupos estão jogando o certame apenas para “cumprir tabela” e, assim, este não teria atrativos? Contraponho com a seguinte resposta: A Série C não servirá apenas para indicar quem tem acesso à Série B, mas também para indicar 330 clubes (metade dos 660 clubes totais) que disputarão a Copa do Brasil da temporada seguinte. Isto porque, em cada um dos 66 grupos da Fase Inicial, os cinco melhores, dentre os dez do grupo, se classificam para a Copa do Brasil da temporada seguinte. Logo, temos que: • Nos 66 grupos de dez clubes, o clube campeão de cada grupo deve fazer a melhor

campanha possível para estar entre os dois clubes finalistas e, principalmente, entre os cinco clubes que ascenderão à Série B17.

• Nos 66 grupos de dez clubes, os dez clubes devem lutar para terminar nas cinco primeiras colocações, o que lhes garante vaga na Copa do Brasil da temporada seguinte.

Consequentemente, o interesse pela Série C não é apenas de se conseguir vaga na Série B da temporada seguinte, mas também na Copa do Brasil da temporada seguinte, dando estímulo para os clubes lutarem por boas colocações, em seus grupos, ao longo de todo o certame, e garantindo atividades relevantes para os 660 clubes ao longo de toda a temporada, ou seja, ao longo de pelo menos 36 fins de semanas, dos 38 disponíveis, da temporada. Outro ponto que merece atenção é que, com vistas a se ter custos por jogo reduzidos, os dez clubes de cada grupo não devem ser definidos de forma aleatória, mas sim serem micro regionalizados. Ou seja: Os dez clubes de um mesmo grupo devem ter locais de jogos o mais próximo entre si possível, geograficamente. Por exemplo: na cidade do Rio de Janeiro, onde resido, um grupo de dez clubes poderia conter América RJ, Bangu RJ,                                                                                                                          15 Se o acesso / descenso for, de fato, de cinco clubes. 16 Se o acesso / descenso for, de fato, de cinco clubes. 17 Se o acesso / descenso for, de fato, de cinco clubes.

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Campo Grande RJ, Madureira RJ, Olaria RJ, São Cristóvão RJ, Portuguesa RJ, Bonsucesso RJ, Ceres RJ, Barra da Tijuca RJ; todos estes clubes estão geograficamente localizados em um raio de 20 Km, o que significa que os custos que haverá quando jogarem entre si são ínfimos; o mesmo raciocínio deve-se dar ao momento de constituir todos os 66 grupos. O que o leitor pode perguntar, também, é: Por que, na Fase Inicial, 66 grupos de dez clubes e jogos em turno, returno, novo turno e novo returno, e não, por exemplo, 33 grupos de 20 clubes, com turno e returno somente? Por um motivo, apenas: Se os grupos são de dez clubes, não de 20, a região onde eles, os clubes, estarão jogando entre si será menor, o que diminuirá gastos de locomoção e de hospedagem. Um clube que seja eliminado na classificação da Fase Inicial faz 36 jogos. Um clube que chegue à última rodada da competição, pode fazer 38 jogos. Então, é fácil constatar que o mínimo de jogos de cada um dos 660 clubes é de 36 jogos, e o máximo, de 38 jogos. Eis, então, o esboço do torneio. Campeonato Brasileiro da Série C – Fase Inicial: • São 66 grupos micro regionalizados, onde se joga em turno, returno, novo turno e

novo returno (36 rodadas, ou datas). • A tabela de cada um dos 66 grupos deve seguir padrão igual ao da Fase Inicial da

Série B, mostrado no item 2.02 deste trabalho. Campeonato Brasileiro da Série C – Fase Final: • Em duas rodadas, ou datas, os dois melhores clubes campeões dos 66 grupos da

Fase Inicial decidem o título da Série C.

• Dos 66 campeões de grupos da Fase Inicial, os cinco melhores ascendem à Série B18.

Então, este é o Campeonato Brasileiro da Série C, colocando 660 clubes em ação de um intervalo de tempo que vai de 36 fins de semanas (para os clubes eliminados na classificação da Fase Inicial) a 38 fins de semanas (para os clubes que decidem o título), praticamente a temporada inteira, portanto.

2.04) Competições Periféricas Então, a pergunta é: Como realizar as Competições Periféricas em nove datas, ou rodadas?

                                                                                                                         18 Se o acesso / descenso for, de fato, de cinco clubes.

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Mas, além disso, cabe indagar: O que são Competições Periféricas? Como o nome já diz, são competições de importância menor, no conjunto das competições. Ou seja: Campeonatos Regionais e Campeonatos Estaduais. Antes de mais nada, devo dizer que não “morro de amores” pelos Estaduais, que considero competições tecnicamente pobres, comercialmente quase que inviáveis e, fora raras exceções, de resultados previsíveis. Nem mesmo o tão elogiado Campeonato Paulista me seduz, não me sinto estimulado a acompanhá-lo de perto. Então, seria o caso de extinguir os Estaduais? Acredito que seria uma tarefa por demais complicada, extremamente difícil, interesses políticos sustentam a sua manutenção, além da maioria dos torcedores ser contra a extinção. Mas, tipo de competições menos interessantes que são, merecem, ao menos, ser “enxugados”. Logo, Estaduais com quase 20 datas, ou rodadas, atualmente, devem ter o seu número de datas, ou rodadas, reduzido. Os Campeonatos Regionais (Copa do Nordeste, Copa Verde, Copa Sul / Minas, Copa Rio / São Paulo) são, inquestionavelmente, mais atrativos que os Campeonatos Estaduais, embora também possam ser considerados Competições Periféricas. A Copa do Nordeste voltou, e deve ser privilegiada. A Copa Verde foi criada (e, a propósito, foi uma ideia muito boa da Confederação Brasileira de Futebol), e deve ser valorizada. A Copa Sul / Minas e a Copa Rio / São Paulo devem ser recriadas. O que deve ficar claro é que Competições Periféricas não devem ocupar muitas datas no calendário, pois a maioria das datas deve ser reservada para as competições centrais. Nove datas, como proponho, parece estar de ótimo tamanho para competições de importância menor. Há diversas possibilidades: Dedicar-se as nove datas somente a Estaduais, sem haver Regionais; dedicar-se as nove datas aos Regionais, com os Estaduais sendo divisões menores dos Regionais; combinação dos dois tipos de certames, em nove datas; diversos formatos possíveis. Digo, com convicção: Qualquer modelo é válido, desde que não se extrapole as nove datas. No entanto, o que me parece mais apropriado é o seguinte: Que se tenha tanto as competições estaduais, como as competições regionais. As competições estaduais, para garantir que os grandes clássicos de cada estado acontecerão pelo menos uma vez na temporada. As competições regionais, porque são tecnicamente, e comercialmente, mais atraentes que as competições estaduais. Importante dizer: Seja para competições estaduais, seja para competições regionais, o fato de serem curtas é que garante algum sucesso comercial para estes certames. Competições Periféricas longas são, necessariamente, deficitárias.

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Meu projeto apresenta configurações diferentes para cada uma das seguintes regiões: Região Nordeste, Área Verde, Região Sul e Minas Gerais e Eixo Rio / São Paulo. Região Nordeste: Devem ser considerados os 36 clubes principais da região – os quatro principais de cada estado – que constituirão a Liga de Clubes do Nordeste, uma liga fixa com esses 36 clubes. Esses clubes são: • Da Bahia, Bahia, Vitória, Fluminense de Feira de Santana, Galícia. • De Sergipe, Sergipe, Confiança, Itabaiana, Lagarto. • De Alagoas, CRB, CSA, ASA, Coruripe. • De Pernambuco, Santa Cruz, Náutico, Sport, Salgueiro. • Da Paraíba, Botafogo, Auto Esporte, Treze, Campinense. • Do Rio Grande do Norte, ABC, América, Baraúnas, Potiguar de Mossoró. • Do Ceará, Ceará, Fortaleza, Icasa, Guarany de Sobral. • Do Piauí, River, Flamengo, Parnahyba, Piauí. • Do Maranhão, Sampaio Corrêa, Moto Club, Maranhão, Imperatriz. Os 36 clubes da Liga jogam a Copa do Nordeste, em cada temporada: Na primeira rodada, 28 clubes são sorteados para ficarem de stand bye, enquanto os outros oito são divididos em quatro grupos de dois, para, em jogo único, quatro se classificarem (uma rodada); na segunda rodada, os quatro clubes classificados juntam-se aos 28 clubes que estavam de stand bye antes, perfazendo 32 clubes, estes 32 clubes são divididos em 16 grupos de dois, para, em jogo único, 16 se classificarem (uma rodada); na terceira rodada, os 16 clubes são divididos em oito grupos de dois, para, em jogo único, oito se classificarem (uma rodada); na quarta rodada, os oito clubes são divididos em quatro grupos de dois, para, em jogo único, quatro se classificarem (uma rodada); na quinta rodada, os quatro clubes são divididos em dois grupos de dois, para, em jogo único, dois se classificarem (uma rodada); os dois clubes decidem o título em jogo único (uma rodada); total de seis rodadas, ou datas. O clube de melhor colocação no certame classifica-se para a Copa Sulamericana da temporada seguinte. Tem-se, também, os Campeonatos das Ligas Estaduais (Campeonato da Liga da Bahia, Campeonato da Liga de Sergipe, Campeonato da Liga de Alagoas, Campeonato da Liga de Pernambuco, Campeonato da Liga da Paraíba, Campeonato da Liga do Rio Grande do Norte, Campeonato da Liga do Ceará, Campeonato da Liga do Piauí, Campeonato da Liga do Maranhão). Nesses certames, os quatro clubes de cada estado jogam entre si em turno único, sendo campeão o clube que fizer melhor campanha (três rodadas). São, portanto, seis datas, ou rodadas, para a Copa do Nordeste, e três datas, ou rodadas, para as competições estaduais de Ligas no Nordeste, perfazendo nove datas, ou rodadas, assim esquematizadas: • Primeira Data – Primeira Rodada das Competições Estaduais. • Segunda Data – Primeira Rodada da Copa do Nordeste. • Terceira Data – Segunda Rodada da Copa do Nordeste. • Quarta Data – Segunda Rodada das Competições Estaduais. • Quinta Data – Terceira Rodada da Copa do Nordeste.

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• Sexta Data – Quarta Rodada da Copa do Nordeste. • Sétima Data – Terceira Rodada das Competições Estaduais. • Oitava Data – Quinta Rodada da Copa do Nordeste. • Nona Data – Sexta Rodada da Copa do Nordeste. Duas observações são importantes, a saber: • Na Copa do Nordeste, os jogos de “mata mata” são únicos, não de ida e volta.

Então, há que se definir um critério para se decidir onde será o jogo. Vários podem ser ventilados, mas o meu preferido é: Se faz um sorteio entre os dois clubes que vão jogar; quem ganhar o sorteio opta ou por ter o mando de campo ou por poder empatar para se classificar; cabe ao outro clube a outra vantagem. Exemplo: Digamos que o jogo é CRB AL x Vitória BA; há o sorteio, e o CRB AL vence-o; se o CRB AL optar por poder empatar, o jogo é em Salvador; se o CRB AL optar por jogar em Maceió, é o Vitória BA que pode empatar. Na final, entretanto, o clube de melhor campanha tanto tem o mando de campo como a possibilidade de empatar para ser campeão.

• Sobre as competições estaduais do Nordeste, por serem em turno único, também há alguns critérios possíveis para se decidir mandos de campos. Meu preferido: Quarto colocado da temporada anterior faz os três jogos que tem com o mando; terceiro colocado da temporada anterior faz dois jogos, dos três que tem, com o mando; segundo colocado da temporada anterior faz um jogo, dos três que tem, com o mando; primeiro colocado da temporada anterior não faz nenhum jogo, dos três que tem, com o mando. Em todos os casos, a renda auferida com bilheteria é dividida entre os clubes que jogam.

E os outros clubes da Região Nordeste, não citados entre os 36 principais? O que fazem nessas nove datas, ou rodadas? Para os outros clubes, cada Federação Estadual estruturará suas competições, sem os quatro principais clubes de cada estado. As Federações Estaduais são livres para: • Adotarem o número de divisões de seus campeonatos que lhes convier. • Adotarem o número de clubes participantes por divisão que lhes convier. • Adotarem as fórmulas de disputas para cada divisão que mais lhes convier. Cada Federação Estadual, no entanto, terá duas obrigações: A primeira é restringir as suas competições estaduais às nove datas pré estipuladas; a segunda é pensar formatos de disputa que permitam a todos os clubes envolvidos fazerem, ao menos, dois jogos nas competições estaduais. Região Verde: A chamada Região Verde deve abranger 12 estados, a saber: Os sete do Norte do Brasil (Tocantins, Pará, Amapá, Amazonas, Roraima, Acre, Rondônia); os quatro do Centro Oeste do Brasil (Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul); e o Espírito Santo.

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Devem ser considerados os 48 clubes principais da região – os quatro principais de cada estado – que constituirão a Liga de Clubes da Área Verde, uma liga fixa com esses 48 clubes. Esses clubes são: • Do Espírito Santo, Rio Branco, Desportiva, Vitória, Serra. • De Goiás, Goiás, Vila Nova, Atlético e Goiânia. • Do Distrito Federal, Brasiliense, Gama, Brasília e Ceilândia. • Do Mato Grosso do Sul, Novoperário, Comercial, CENE, Naviraiense. • Do Mato Grosso, Mixto, Operário de Várzea Grande, Cuiabá, Luverdense. • Do Amazonas, Nacional, Rio Negro, São Raimundo, Princesa do Solimões. • Do Acre, Rio Branco, Juventus, Independência, Plácido de Castro. • Do Pará, Remo, Paysandu, Águia Marabá, São Raimundo Santarém. • Do Tocantins, Palmas, Gurupi, Interporto, Araguaína. • De Rondônia, Ji Paraná, Ariquemes, Vilhena, Ulbra. • De Roraima, Atlético Roraima, Baré, São Raimundo, Náutico. • Do Amapá, Ypiranga, São José, Santos, Trem. Os 48 clubes da Liga jogam a Copa Verde, em cada temporada: Na primeira rodada, 16 clubes são sorteados para ficarem de stand bye, enquanto os outros 32 são divididos em 16 grupos de dois, para, em jogo único, 16 se classificarem (uma rodada); na segunda rodada, os 16 clubes classificados juntam-se aos 16 clubes que estavam de stand bye antes, perfazendo 32 clubes, estes 32 clubes são divididos em 16 grupos de dois, para, em jogo único, 16 se classificarem (uma rodada); na terceira rodada, os 16 clubes são divididos em oito grupos de dois, para, em jogo único, oito se classificarem (uma rodada); na quarta rodada, os oito clubes são divididos em quatro grupos de dois, para, em jogo único, quatro se classificarem (uma rodada); na quinta rodada, os quatro clubes são divididos em dois grupos de dois, para, em jogo único, dois se classificarem (uma rodada); os dois clubes decidem o título em jogo único (uma rodada); total de seis rodadas, ou datas. O clube de melhor colocação no certame classifica-se para a Copa Sulamericana da temporada seguinte. Tem-se, também, os Campeonatos das Ligas Estaduais (Campeonato da Liga do Espírito Santo, Campeonato da Liga de Goiás, Campeonato da Liga do Distrito Federal, Campeonato da Liga de Mato Grosso do Sul, Campeonato da Liga de Mato Grosso, Campeonato da Liga do Amazonas, Campeonato da Liga de Roraima, Campeonato da Liga do Acre, Campeonato da Liga de Rondônia, Campeonato da Liga do Amapá, Campeonato da Liga do Pará, Campeonato da Liga do Tocantins). Nesses certames, os quatro clubes de cada estado jogam entre si em turno único, sendo campeão o clube que fizer melhor campanha (três rodadas). São, portanto, seis datas, ou rodadas, para a Copa Verde, e três datas, ou rodadas, para as competições estaduais de Ligas na Área Verde, perfazendo nove datas, ou rodadas, assim esquematizadas: • Primeira Data – Primeira Rodada das Competições Estaduais. • Segunda Data – Primeira Rodada da Copa Verde. • Terceira Data – Segunda Rodada da Copa Verde. • Quarta Data – Segunda Rodada das Competições Estaduais. • Quinta Data – Terceira Rodada da Copa Verde.

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• Sexta Data – Quarta Rodada da Copa Verde. • Sétima Data – Terceira Rodada das Competições Estaduais. • Oitava Data – Quinta Rodada da Copa Verde. • Nona Data – Sexta Rodada da Copa Verde. Duas observações são importantes, a saber: • Na Copa Verde, os jogos de “mata mata” são únicos, não de ida e volta. Então, há

que se definir um critério para se decidir onde será o jogo. Vários podem ser ventilados, mas o meu preferido é: Se faz um sorteio entre os dois clubes que vão jogar; quem ganhar o sorteio opta ou por ter o mando de campo ou por poder empatar para se classificar; cabe ao outro clube a outra vantagem. Exemplo: Digamos que o jogo é Vila Nova GO x Paysandu PA; há o sorteio, e o Vila Nova GO vence-o; se o Vila Nova GO optar por poder empatar, o jogo é em Belém; se o Vila Nova GO optar por jogar em Goiânia, é o Paysandu PA que pode empatar. Na final, entretanto, o clube de melhor campanha tanto tem o mando de campo como a possibilidade de empatar para ser campeão.

• Sobre as competições estaduais da Região Verde, por serem em turno único, também há alguns critérios possíveis para se decidir mandos de campos. Meu preferido: Quarto colocado da temporada anterior faz os três jogos que tem com o mando; terceiro colocado da temporada anterior faz dois jogos, dos três que tem, com o mando; segundo colocado da temporada anterior faz um jogo, dos três que tem, com o mando; primeiro colocado da temporada anterior não faz nenhum jogo, dos três que tem, com o mando. Em todos os casos, a renda auferida com bilheteria é dividida entre os clubes que jogam.

E os outros clubes da Área Verde, não citados entre os 48 principais? O que fazem nessas nove datas, ou rodadas? Para os outros clubes, cada Federação Estadual estruturará suas competições, sem os quatro principais clubes de cada estado. As Federações Estaduais são livres para: • Adotarem o número de divisões de seus campeonatos que lhes convier. • Adotarem o número de clubes participantes por divisão que lhes convier. • Adotarem as fórmulas de disputas para cada divisão que mais lhe convier. Cada Federação Estadual, no entanto, terá duas obrigações: A primeira é restringir as suas competições estaduais às nove datas pré estipuladas; a segunda é pensar formatos de disputa que permitam a todos os clubes envolvidos fazerem, ao menos, dois jogos nas competições estaduais. Região Sul e Minas Gerais: Haverá quatro Ligas de clubes, a saber: • Liga do Rio Grande do Sul, com seis clubes fixos: Grêmio, Internacional,

Juventude, Caxias, Brasil de Pelotas, XV de Novembro de Campo Bom.

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• Liga de Santa Catarina, com seis clubes fixos: Figueirense, Avaí, Criciúma, Joinville, Chapecoense, Marcílio Dias.

• Liga do Paraná, com seis clubes fixos: Coritiba, Atlético, Paraná, Londrina, Grêmio

Maringá, J. Malucelli.

• Liga de Minas Gerais, com seis clubes fixos: Atlético, Cruzeiro, América, Vila Nova, Ipatinga, Boa Esporte.

Em cada uma dessas Ligas, os clubes jogarão o seu Campeonato (Campeonato da Liga do Rio Grande do Sul, Campeonato da Liga de Santa Catarina, Campeonato da Liga do Paraná, Campeonato da Liga de Minas Gerais). Os campeonatos serão jogados em turno único e por pontos corridos sendo campeão o clube de melhor campanha, consumindo cinco rodadas, ou datas. Há, também, a Copa Sul / Minas, que deve voltar a acontecer. São 16 clubes, a saber: • Quatro melhores do Campeonato da Liga do Rio Grande do Sul da temporada

anterior. • Quatro melhores do Campeonato da Liga de Santa Catarina da temporada anterior.

• Quatro melhores do Campeonato da Liga do Paraná da temporada anterior. • Quatro melhores do Campeonato da Liga de Minas Gerais da temporada anterior. Esses 16 clubes são divididos em oito grupos de dois para, em jogo único, ter-se oito classificados (uma rodada); os oito clubes são divididos em quatro grupos de dois para, em jogo único, ter-se quatro classificados (uma rodada); os quatro clubes são divididos em dois grupos de dois para, em jogo único, ter-se dois classificados (uma rodada); os dois finalistas decidem o título em jogo único (uma rodada). Tem-se quatro rodadas, ou datas, para se realizar o certame. São, portanto, cinco datas, ou rodadas, para as competições estaduais, e quatro datas, ou rodadas, para a Copa Sul / Minas, perfazendo nove datas, ou rodadas, assim esquematizadas: • Primeira Data – Primeira Rodada das Competições Estaduais. • Segunda Data – Primeira Rodada da Copa Sul / Minas. • Terceira Data – Segunda Rodada das Competições Estaduais. • Quarta Data – Segunda Rodada da Copa Sul / Minas. • Quinta Data – Terceira Rodada das Competições Estaduais. • Sexta Data – Terceira Rodada da Copa Sul / Minas. • Sétima Data – Quarta Rodada das Competições Estaduais. • Oitava Data – Quarta Rodada da Copa Sul / Minas. • Nona Data – Quinta Rodada das Competições Estaduais. Duas observações são importantes, a saber:

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• Na Copa Sul / Minas, os jogos de “mata mata” são únicos, não de ida e volta. Então,

há que se definir um critério para se decidir onde será o jogo. Vários podem ser ventilados, mas o meu preferido é: Se faz um sorteio entre os dois clubes que vão jogar; quem ganhar o sorteio opta ou por ter o mando de campo ou por poder empatar para se classificar; cabe ao outro clube a outra vantagem. Exemplo: Digamos que o jogo é Cruzeiro MG x Internacional RS; há o sorteio, e o Cruzeiro MG vence-o; se o Cruzeiro MG optar por poder empatar, o jogo é em Porto Alegre; se o Cruzeiro MG optar por jogar em Belo Horizonte, é o Internacional RS que pode empatar. Na final, entretanto, o clube de melhor campanha tanto tem o mando de campo como a possibilidade de empatar para ser campeão.

• Sobre as competições estaduais da Região Sul e Minas Gerais, por serem em turno único, também há alguns critérios possíveis para se decidir mandos de campos. Meu preferido: Sexto colocado da temporada anterior faz os cinco jogos que tem com o mando; quinto colocado da temporada anterior faz quatro jogos, dos cinco que tem, com o mando; quarto colocado da temporada anterior faz três jogos, dos cinco que tem, com o mando; terceiro colocado da temporada anterior faz dois jogos, dos cinco que tem, com o mando; segundo colocado da temporada anterior faz um jogo, dos cinco que tem, com o mando; primeiro colocado da temporada anterior não faz nenhum jogo, dos cinco que tem, com o mando. Em todos os casos, a renda auferida com bilheteria é dividida entre os clubes que jogam.

E os outros clubes da Região Sul e do estado de Minas Gerais, não citados entre os 24 principais? O que fazem nessas nove datas, ou rodadas? Para os outros clubes, cada Federação Estadual estruturará suas competições, sem os seis principais clubes de cada estado. As Federações Estaduais são livres para: • Adotarem o número de divisões de seus campeonatos que lhes convier. • Adotarem o número de clubes participantes por divisão que lhes convier. • Adotarem as fórmulas de disputas para cada divisão que mais lhes convier. Cada Federação Estadual, no entanto, terá duas obrigações: A primeira é restringir as suas competições estaduais às nove datas pré estipuladas; a segunda é pensar formatos de disputa que permitam a todos os clubes envolvidos fazerem, ao menos, dois jogos nas competições estaduais. Eixo Rio / São Paulo: Haverá duas Ligas de clubes, a saber: • Liga do Rio de Janeiro, com seis clubes fixos: Flamengo, Vasco da Gama,

Fluminense, Botafogo, América, Bangu.

• Liga de São Paulo, com 18 clubes fixos: Corínthians, Palmeiras, Santos, São Paulo, Portuguesa, Guarani, Ponte Preta, São Caetano, Santo André, Paulista, Botafogo, Internacional de Limeira, Bragantino, Ituano, Novorizontino, São José, XV de Piracicaba, União São João.

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Na Liga do Rio de Janeiro, os clubes jogarão o Campeonato da Liga do Rio de Janeiro. O campeonato será jogado em turno único e por pontos corridos sendo campeão o clube de melhor campanha, consumindo cinco rodadas, ou datas. Na Liga de São Paulo, os clubes jogarão o Campeonato da Liga de São Paulo. Serão três divisões de seis clubes cada uma. Em cada divisão, o campeonato será jogado em turno único e por pontos corridos sendo campeão o clube de melhor campanha (e com acesso / descenso de dois clubes por divisão), consumindo cinco rodadas, ou datas. Há, também, a Copa Rio / São Paulo, que deve voltar a acontecer. São 16 clubes, a saber: • Seis do Campeonato da Liga de São Paulo da Primeira Divisão e quatro melhores do

Campeonato da Liga de São Paulo da Segunda Divisão da temporada anterior. • Seis do Campeonato da Liga do Rio de Janeiro da temporada anterior.

Esses 16 clubes são divididos em oito grupos de dois para, em jogo único, ter-se oito classificados (uma rodada); os oito clubes são divididos em quatro grupos de dois para, em jogo único, ter-se quatro classificados (uma rodada); os quatro clubes são divididos em dois grupos de dois para, em jogo único, ter-se dois classificados (uma rodada); os dois finalistas decidem o título em jogo único (uma rodada). Tem-se quatro rodadas, ou datas, para se realizar o certame. São, portanto, cinco datas, ou rodadas, para as competições estaduais, e quatro datas, ou rodadas, para a Copa Rio / São Paulo, perfazendo nove datas, ou rodadas, assim esquematizadas: • Primeira Data – Primeira Rodada das Competições Estaduais. • Segunda Data – Primeira Rodada da Copa Rio / São Paulo. • Terceira Data – Segunda Rodada das Competições Estaduais. • Quarta Data – Segunda Rodada da Copa Rio / São Paulo. • Quinta Data – Terceira Rodada das Competições Estaduais. • Sexta Data – Terceira Rodada da Copa Rio / São Paulo. • Sétima Data – Quarta Rodada das Competições Estaduais. • Oitava Data – Quarta Rodada da Copa Rio / São Paulo. • Nona Data – Quinta Rodada das Competições Estaduais. Duas observações são importantes, a saber: • Na Copa Rio / São Paulo, os jogos de “mata mata” são únicos, não de ida e volta.

Então, há que se definir um critério para se decidir onde será o jogo. Vários podem ser ventilados, mas o meu preferido é: Se faz um sorteio entre os dois clubes que vão jogar; quem ganhar o sorteio opta ou por ter o mando de campo ou por poder empatar para se classificar; cabe ao outro clube a outra vantagem. Exemplo: Digamos que o jogo é Santos SP x Fluminense RJ; há o sorteio, e o Santos SP vence-o; se o Santos SP optar por poder empatar, o jogo é no Rio de Janeiro; se o Santos SP optar por jogar em Santos, é o Fluminense RJ que pode empatar. Na final,

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entretanto, o clube de melhor campanha tanto tem o mando de campo como a possibilidade de empatar para ser campeão.

• Sobre as competições estaduais do Eixo Rio / São Paulo, por serem em turno único, também há alguns critérios possíveis para se decidir mandos de campos. Meu preferido: Sexto colocado da temporada anterior faz os cinco jogos que tem com o mando; quinto colocado da temporada anterior faz quatro jogos, dos cinco que tem, com o mando; quarto colocado da temporada anterior faz três jogos, dos cinco que tem, com o mando; terceiro colocado da temporada anterior faz dois jogos, dos cinco que tem, com o mando; segundo colocado da temporada anterior faz um jogo, dos cinco que tem, com o mando; primeiro colocado da temporada anterior não faz nenhum jogo, dos cinco que tem, com o mando. Em todos os casos, a renda auferida com bilheteria é dividida entre os clubes que jogam (considere-se, no caso de São Paulo, que o rebaixado de pior campanha equivale ao segundo colocado da divisão para a qual é rebaixado, e que o outro rebaixado equivale ao primeiro colocado da divisão para o qual é rebaixado).

E os outros clubes do Eixo Rio / São Paulo, não citados entre os 24 principais (18 de São Paulo e seis do Rio de Janeiro)? O que fazem nessas nove datas, ou rodadas? Para os outros clubes, cada Federação Estadual estruturará suas competições, sem os seis principais clubes do estado do Rio de Janeiro e sem os 18 principais clubes de São Paulo. As Federações Estaduais são livres para: • Adotarem o número de divisões de seus campeonatos que lhes convier. • Adotarem o número de clubes participantes por divisão que lhes convier. • Adotarem as fórmulas de disputas para cada divisão que mais lhes convier. Cada Federação Estadual, no entanto, terá duas obrigações: A primeira é restringir as suas competições estaduais às nove datas pré estipuladas; a segunda é pensar formatos de disputa que permitam a todos os clubes envolvidos fazerem, ao menos, dois jogos nas competições estaduais. Competições Periféricas curtas, Regionais ou Estaduais, estorvam pouco o calendário e, de quebra, podem ter alguma atratividade. 2.05) Copa do Brasil Então, a pegunta é: Como realizar a Copa do Brasil em nove datas, ou rodadas? Acredito que a Copa do Brasil deve ser uma competição democrática, que incorpore muitos participantes, além de viável (não acrescenta muitas datas ao calendário) e competitiva (disputada em sistema eliminatório). Objetivamente, a Copa do Brasil é a oportunidade que os clubes pequenos devem ter para jogar com os clubes de maior porte em igualdade de condições. Vou além: Se queremos que a competição seja verdadeiramente democrática, os 86 clubes disputantes atuais devem ser acrescidos consideravelmente. Ou seja, a competição deve ter 370 clubes disputantes.

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Assim, proponho que a Copa do Brasil seja disputada por 370 clubes, a saber: • Os 20 clubes do Campeonato Brasileiro da Primeira Divisão da temporada anterior.

• Os 20 clubes do Campeonato Brasileiro da Segunda Divisão da temporada anterior.

• Os 330 clubes classificados do Campeonato Brasileiro da Terceira Divisão da

temporada anterior, conforme demonstrado quando apresentado este certame.

Inicialmente, jogam 228 clubes, com os outros 142 clubes ficando de stand bye. Os 142 que ficam de stand bye são:

• Os 20 clubes do Campeonato Brasileiro da Primeira Divisão da temporada anterior.

• Os 20 clubes do Campeonato Brasileiro da Segunda Divisão da temporada anterior.

• Os 66 clubes campeões de seus grupos do Campeonato Brasileiro da Terceira Divisão da temporada anterior.

• Os 36 clubes vice campeões de seus grupos de melhor campanha do Campeonato

Brasileiro da Terceira Divisão da temporada anterior.

Os outros 228 clubes são divididos em 114 grupos de dois clubes para, em jogo único, ser ter 114 clubes classificados (uma rodada). Observação: O critério para a formação dos grupos é a proximidade geográfica, para se reduzir custos. Os 114 clubes classificados juntam-se aos 142 clubes que estava de stand bye, perfazendo 256 clubes. Os 256 clubes são divididos em 128 grupos de dois clubes para, em jogo único, ser ter 128 clubes classificados (uma rodada). Observação: O critério para a formação dos grupos é a proximidade geográfica, para se reduzir custos. Os 128 clubes são divididos em 64 grupos de dois clubes para, em jogo único, ser ter 64 clubes classificados (uma rodada). Observação: O critério para a formação dos grupos é a proximidade geográfica, para se reduzir custos. Os 64 clubes são divididos em 32 grupos de dois clubes para, em jogo único, ser ter 32 clubes classificados (uma rodada). Observação: O critério para a formação dos grupos é a proximidade geográfica, para se reduzir custos.

Os 32 clubes são divididos em 16 grupos de dois clubes para, em jogo único, ser ter 16 clubes classificados (uma rodada). Os 16 clubes são divididos em oito grupos de dois clubes para, em jogo único, ser ter oito clubes classificados (uma rodada).

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Os oito clubes são divididos em quatro grupos de dois clubes para, em jogo único, ser ter quatro clubes classificados (uma rodada). Os quatro clubes são divididos em dois grupos de dois clubes para, em jogo único, ser ter dois clubes classificados (uma rodada). Os dois clubes finalistas decidem o título em um jogo, em uma cidade pré definida (uma rodada).

A ideia de fazer a final em um jogo com cidade previamente escolhida é a de levar um jogo decisivo para cidades que não estão acostumadas a assistir jogos decisivos. Assim, em determinada temporada, a final pode ser em Natal. Na seguinte, em Manaus. Na seguinte, em Juiz de Fora. Na seguinte, em Cuiabá. Na seguinte, em Caxias do Sul. Na seguinte, em Feira de Santana. Na seguinte, em Belém. Na seguinte, em Ribeirão Preto. E assim por diante. Cidades alternativas de nosso país passam, então, a serem “a capital do futebol brasileiro por um dia”. Bem ao estilo da Copa do Brasil. De acordo com os resultados obtidos na competição, o campeão da Copa do Brasil garante vaga na Libertadores da temporada seguinte, assim como o vice campeão garante vaga na Sulamericana da temporada seguinte. Na Copa do Brasil, os jogos de “mata mata” são únicos, não de ida e volta. Então, há que se definir um critério para se decidir onde será o jogo. Vários podem ser ventilados, mas o meu preferido é: Se faz um sorteio entre os dois clubes que vão jogar; quem ganhar o sorteio opta ou por ter o mando de campo ou por poder empatar para se classificar; cabe ao outro clube a outra vantagem. Exemplo: Digamos que o jogo é Treze PB x Flamengo RJ; há o sorteio, e o Treze PB vence-o; se o Treze PB optar por poder empatar, o jogo é no Rio de Janeiro; se o Treze PB optar por jogar em Campina Grande, é o Flamengo RJ que pode empatar. Na final, em local pré escolhido, o clube de melhor campanha tem a possibilidade de empatar para ser campeão. Em nove datas, ou rodadas, tudo se resolve. A Copa do Brasil deve significar a oportunidade dos clubes pequenos mostrarem seu valor em uma competição nacional. 2.06) Copa Libertadores da América e Copa Sulamericana Então, a pergunta é: Como realizar a Copa Libertadores da América e a Copa Sulamericana em 18 datas, ou rodadas? Isso pressupõe se fazer a Libertadores e a Sulamericana serem jogadas simultaneamente, nas mesma datas – assim como acontece com a Champions League e a Liga Europa, no Velho Mundo. Escreverei, primeiro, sobre a Libertadores e, em seguida, sobre a Sulamericana.

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A Copa Libertadores da América é uma competição que existe para dar espaço aos melhores clubes de cada país em suas respectivas competições nacionais da temporada anterior, propiciando a estes a chance de disputarem um torneio internacional relevante. Atualmente, a competição é disputada por 38 clubes, em 16 rodadas. Acredito que este número de rodadas pode ser alargado para 18, reduzindo-se o número de participantes para 32 – o que pode significar uma melhor qualidade técnica para o certame. Os 32 clubes devem ser assim selecionados: • Clube campeão da Libertadores anterior. • Clube campeão da Sulamericana anterior. • Seis clubes brasileiros. • Seis clubes argentinos. • Dois clubes uruguaios. • Dois clubes paraguaios. • Dois clubes chilenos. • Dois clubes bolivianos. • Dois clubes peruanos. • Dois clubes equatorianos. • Dois clubes colombianos. • Dois clubes venezuelanos. • Um clube mexicano (convidado). • Um clube norte americano (convidado). Cada país deve ter o seu critério para definir os clubes participantes da Libertadores. No caso brasileiro, os seis clubes da cota fixa de clubes do país devem ser: • Os cinco melhores do Campeonato Brasileiro da Primeira Divisão da temporada

anterior.

• O melhor da Copa do Brasil da temporada anterior.

Os 32 clubes devem ser divididos em oito grupos de quatro clubes para, em jogos de turno e returno, os dois melhores de cada grupo classificarem-se (seis rodadas). Tem-se 16 clubes classificados. Os 16 clubes classificados devem ser divididos em quatro grupos de quatro clubes para, em jogos de turno e returno, os dois melhores de cada grupo classificarem-se (seis rodadas). Tem-se oito clubes classificados. Os oito clubes classificados devem ser divididos em quatro grupos de dois clubes, sendo que se deve definir o melhor de cada grupo em jogos de ida e volta (duas rodadas). Os quatro clubes classificados devem ser divididos em dois grupos de dois clubes, sendo que se deve definir o melhor de cada grupo em jogos de ida e volta (duas rodadas).

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Enfim, os dois clubes classificados devem fazer a decisão do título em jogos de ida e volta (duas rodadas). Estas 18 rodadas, ou datas, devem ser disputadas em meios de semanas diluídos entre Agosto (ou final de Julho) de um ano e Maio do ano seguinte. Surge, então, uma questão relevante: A cada etapa eliminatória da competição, qual dos clubes possui o mando de campo no segundo jogo, e qual dos clubes possui o mando de campo no primeiro jogo? Simples: Dos dois clubes que forem jogar, o que fez melhor campanha nas duas fases de grupos agregadas joga a segunda partida com mando de campo, podendo empatar as duas (ou vencer uma e perder a outra pelo mesmo saldo de gols). Então, esta é a minha proposta para a realização da Taça Libertadores da América. O clube campeão do certame deve garantir vaga no Mundial de Clubes, realizado anualmente em algum país previamente escolhido. E o clube campeão deve garantir vaga na Libertadores da temporada seguinte. E outra pergunta é: Como realizar a Copa Sulamericana em 18 datas, ou rodadas, simultâneas à Libertadores? Atualmente, a competição é disputada por 47 clubes, em 12 rodadas (os clubes brasileiros, entretanto, a jogam em, no máximo, dez rodadas). Acredito que este número de rodadas pode ser de 18 (simultâneas à Libertadores), e ainda se alargando o número de participantes para 80, pelo motivo que, ao se alargar o número de clubes disputantes de cada país, valoriza-se as competições nacionais de cada um deles. Os 80 clubes devem ser assim selecionados por país: • Oito clubes brasileiros. • Oito clubes argentinos. • Oito clubes uruguaios. • Oito clubes chilenos. • Oito clubes paraguaios. • Oito clubes peruanos. • Oito clubes equatorianos. • Oito clubes colombianos. • Oito clubes bolivianos. • Oito clubes venezuelanos.

Cada país deve ter o seu critério para definir os participantes da Sulamericana – levando em consideração que devem ser os clubes de melhor desempenho nas competições nacionais imediatamente abaixo dos clubes selecionados para a Libertadores. No caso brasileiro, devem entrar cinco do Campeonato Brasileiro da Primeira Divisão da temporada anterior (da sexta à décima colocação), um clube de acordo com o resultado da Copa do Brasil da temporada anterior (lembrando que o melhor da Copa do Brasil da temporada anterior vai para a Libertadores), um clube de acordo com o resultado da Copa do Nordeste da temporada anterior e um clube de acordo com o resultado da Copa Verde da temporada anterior.

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Dos 80 clubes, os oito brasileiros e os oito argentinos ficam, a princípio, de stand bye. Assim, jogam a primeira fase 64 clubes. São 16 grupos de quatro clubes, com turno e returno e pontos corridos, classificando-se os dois melhores de cada grupo (seis rodadas). A configuração dos grupos é a seguinte: • Grupo 01: Quatro clubes uruguaios. • Grupo 02: Quatro clubes uruguaios. • Grupo 03: Quatro clubes paraguaios. • Grupo 04: Quatro clubes paraguaios. • Grupo 05: Quatro clubes chilenos. • Grupo 06: Quatro clubes chilenos. • Grupo 07: Quatro clubes colombianos. • Grupo 08: Quatro clubes colombianos. • Grupo 09: Quatro clubes equatorianos. • Grupo 10: Quatro clubes equatorianos. • Grupo 11: Quatro clubes peruanos. • Grupo 12: Quatro clubes peruanos. • Grupo 13: Quatro clubes bolivianos. • Grupo 14: Quatro clubes bolivianos. • Grupo 15: Quatro clubes venezuelanos. • Grupo 16: Quatro clubes venezuelanos. Os 32 clubes classificados da primeira fase se dividem em 16 grupos de dois, com jogos de ida e volta, tendo-se 16 classificados (duas rodadas). Os grupos são: • Grupo 17: Confronto entre dois dos quatro clubes uruguaios classificados da fase

anterior.

• Grupo 18: Confronto entre dois dos quatro clubes uruguaios classificados da fase anterior.

• Grupo 19: Confronto entre dois dos quatro clubes paraguaios classificados da fase

anterior.

• Grupo 20: Confronto entre dois dos quatro clubes paraguaios classificados da fase anterior.

• Grupo 21: Confronto entre dois dos quatro clubes chilenos classificados da fase

anterior.

• Grupo 22: Confronto entre dois dos quatro clubes chilenos classificados da fase anterior.

• Grupo 23: Confronto entre dois dos quatro clubes colombianos classificados da fase

anterior.

• Grupo 24: Confronto entre dois dos quatro clubes colombianos classificados da fase anterior.

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• Grupo 25: Confronto entre dois dos quatro clubes equatorianos classificados da fase

anterior.

• Grupo 26: Confronto entre dois dos quatro clubes equatorianos classificados da fase anterior.

• Grupo 27: Confronto entre dois dos quatro clubes peruanos classificados da fase

anterior.

• Grupo 28: Confronto entre dois dos quatro clubes peruanos classificados da fase anterior.

• Grupo 29: Confronto entre dois dos quatro clubes bolivianos classificados da fase

anterior.

• Grupo 30: Confronto entre dois dos quatro clubes bolivianos classificados da fase anterior.

• Grupo 31: Confronto entre dois dos quatro clubes venezuelanos classificados da fase

anterior.

• Grupo 32: Confronto entre dois dos quatro clubes venezuelanos classificados da fase anterior.

Aos 16 clubes classificados nessa fase, são acrescidos os oito clubes brasileiros e os oito clubes argentinos que estavam de stand bye, perfazendo 32 clubes, novamente. Os 32 clubes se dividem em 16 grupos de dois, com jogos de ida e volta, tendo-se 16 classificados (duas rodadas). Os grupos são:

• Grupo 33: Confronto entre dois clubes brasileiros. • Grupo 34: Confronto entre dois clubes brasileiros. • Grupo 35: Confronto entre dois clubes brasileiros. • Grupo 36: Confronto entre dois clubes brasileiros. • Grupo 37: Confronto entre dois clubes argentinos. • Grupo 38: Confronto entre dois clubes argentinos. • Grupo 39: Confronto entre dois clubes argentinos. • Grupo 40: Confronto entre dois clubes argentinos. • Grupo 41: Confronto dos dois clubes uruguaios classificados da fase anterior. • Grupo 42: Confronto dos dois clubes paraguaios classificados da fase anterior. • Grupo 43: Confronto dos dois clubes chilenos classificados da fase anterior. • Grupo 44: Confronto dos dois clubes colombianos classificados da fase anterior. • Grupo 45: Confronto dos dois clubes equatorianos classificados da fase anterior. • Grupo 46: Confronto dos dois clubes peruanos classificados da fase anterior. • Grupo 47: Confronto dos dois clubes bolivianos classificados da fase anterior. • Grupo 48: Confronto dos dois clubes venezuelanos classificados da fase anterior. Os 16 clubes classificados se dividem em oito grupos de dois, com jogos de ida e volta, tendo-se oito classificados (duas rodadas). Os grupos são:

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• Grupo 49: Confronto entre dois clubes brasileiros. • Grupo 50: Confronto entre dois clubes brasileiros. • Grupo 51: Confronto entre dois clubes argentinos. • Grupo 52: Confronto entre dois clubes argentinos. • Grupo 53: Confronte entre o clube uruguaio e o clube paraguaio sobrantes. • Grupo 54: Confronto entre o clube chileno e o clube peruano sobrantes. • Grupo 55: Confronto entre o clube equatoriano e o clube colombiano sobrantes. • Grupo 56: Confronto entre o clube boliviano e o clube venezuelano sobrantes. Os oito clubes classificados se dividem em quatro grupos de dois, com jogos de ida e volta, tendo-se quatro classificados (duas rodadas). Os grupos são: • Grupo 57: Confronto entre dois clubes brasileiros sobrantes. • Grupo 58: Confronto entre dois clubes argentinos sobrantes. • Grupo 59: Confronto entre dois clubes vencedores dos grupos 53 e 54. • Grupo 60: Confronto entre dois clubes vencedores dos grupos 55 e 56. Os quatro clubes classificados se dividem em dois grupos de dois, com jogos de ida e volta, tendo-se dois classificados (duas rodadas). Os grupos são: • Grupo 61: Confronto entre os vencedores dos grupos 57 e 60. • Grupo 62: Confronto entre os vencedores dos grupos 58 e 59. Os dois clubes classificados decidem o título, em jogos de ida e volta (duas rodadas). Tem-se, portanto, 18 datas, ou rodadas, para se realizar a Copa Sulamericana, simultâneas à Libertadores. Como se pode ver, há toda uma preocupação com a logística dessa competição, reduzindo-se ao máximo os gastos necessários para realizá-la. Tanto assim o é que me preocupo em colocar clubes de um mesmo país jogando entre si até o momento mais prolongado possível da competição e, mesmo quando os confrontos passam a ser entre clubes de países diferentes, busca-se que esse confronto seja realizado entre clubes de países que são próximos entre si. Pode ser questionado por que todos os países têm o mesmo número de clubes. Alguns defenderão que países como Brasil e Argentina tenham mais clubes que o demais. Mas, não se deve esquecer, minha proposta de Libertadores já faz com que clubes brasileiros e argentinos estejam mais presentes nela do que clubes de outros países. Assim, a divisão igualitária de clubes por país na Sulamericana impede um desnível acentuado entre os países. Surge, então, uma questão relevante: Em cada etapa da competição, qual dos clubes possui o mando de campo no segundo jogo, e qual dos clubes possui o mando de campo no primeiro jogo?

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Na fase logo após a fase de grupos (sétima e oitava rodada), o clube de melhor campanha da fase de grupos faz o segundo jogo com o mando de campo e com a vantagem de empate ou de ganhar uma e perder outra com o mesmo saldo de gols. A partir daí, quando clubes que estavam de stand bye ingressam no certame, pode-se pensar na seguinte medida: Dos dois clubes que jogarem entre si, um deles poderá escolher ter o mando de campo no segundo jogo, e o outro, necessariamente, terá a vantagem de poder empatar as duas partidas (ou perder uma e ganhar a outra pelo mesmo saldo de gols) para se classificar. Como proceder isso? Sempre, quando se for decidir o local dos dois jogos, procede-se um sorteio entre os dois clubes que jogarão. O clube que vencer o sorteio decide se prefere ter o mando de campo no segundo jogo ou se prefere empatar os dois jogos (ou perder um e ganhar o outro pelo mesmo saldo de gols) para se classificar. Se optar por ter o mando de campo do segundo jogo, o outro clube joga podendo empatar os dois jogos (ou perder um e ganhar o outro pelo mesmo saldo de gols) para se classificar. Se optar por poder ter empates nos dois jogos (ou perder um e ganhar o outro pelo mesmo saldo de gols) como resultados que lhe classificam, o outro clube terá o mando de campo no segundo jogo. Um exemplo de como isso pode funcionar: Se o jogo for Botafogo RJ x Rosário Central ARG, procede-se o sorteio. Daí, uma das quatro situações acontecerá: • Rosário Central ARG ganha o sorteio, e opta pelo mando de campo no segundo

jogo. Nesse caso, o Botafogo RJ se classifica se empatar os dois jogos (ou se perder um e ganhar o outro pelo mesmo saldo de gols).

• Rosário Central ARG ganha o sorteio, e opta por poder empatar as duas partidas (ou perder uma e ganhar a outra pelo mesmo saldo de gols) para se classificar. Nesse caso, o Botafogo RJ tem o mando de campo do segundo jogo.

• Botafogo RJ ganha o sorteio, e opta pelo mando de campo no segundo jogo. Nesse

caso, o Rosário Central ARG pode empatar as duas partidas (ou perder uma e ganhar a outra pelo mesmo saldo de gols) para se classificar.

• Botafogo RJ ganha o sorteio, e opta por poder empatar as duas partidas (ou perder

uma e ganhar a outra pelo mesmo saldo de gols) para se classificar. Nesse caso, o Rosário Central ARG tem o mando de campo do segundo jogo.

Assim, em quase todos os jogos de ida e volta de dois clubes, há, anteriormente, o sorteio. A partir dele, ficará determinado qual dos dois clubes poderá empatar os dois jogos (ou perder um e ganhar o outro pelo mesmo saldo de gols) para se classificar, e qual deles terá o mando de campo do segundo jogo (o outro, obviamente, tem o mando de campo do primeiro jogo). Essa metodologia cria uma vantagem para cada lado, sendo justa, e, de quebra, elimina a possibilidade de ter que se definir classificados em prorrogação ou pênaltis. Há uma exceção, as finais: Nelas, o clube que, entre os dois finalistas, fez melhor campanha ao longo da competição carrega as duas vantagens, tanto faz o segundo jogo em casa, como pode empatar as duas partidas (ou ganhar uma e perder outra pelo

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mesmo saldo de gols) para ser campeão. Continuam não sendo necessários prorrogações e pênaltis. Então, esta é a minha proposta para a realização da Copa Sulamericana. O clube campeão do certame deve garantir vaga na Libertadores da temporada seguinte. Levando-se em consideração que, pelo que proponho, a Libertadores tem 32 clubes e a Sulamericana tem 80 clubes, são 112 clubes contemplados. Atualmente, a Libertadores tem 38 clubes e a Sulamericana, 47, em um total de 85 clubes contemplados. Portanto, o modelo proposto contempla mais clubes que atualmente, sendo democrático, mas, ao mesmo tempo, faz a competição mais importante, a Libertadores, ter menos clubes, melhorando o seu nível técnico. 2.07) Recopa Sulamericana Então, a pergunta é: Como realizar a Recopa Sulamericana em uma data, ou rodada? O confronto entre o clube campeão da Libertadores e o clube campeão da Sulamericana da temporada anterior deixa de ser em jogos de ida e volta, passando a ser em jogo único. Recomenda-se que, ano após ano, esse jogo seja em alguma cidade dos Estados Unidos, por razões comerciais. O clube que vencer esse jogo é o campeão. Havendo empate, sagra-se campeão o clube vencedor da Libertadores. 2.08) Supercopa do Brasil Competição que passará a ser disputada a partir de 2.015, acredito que seja bastante apropriada para a nossa realidade. Será o confronto entre o clube campeão do Campeonato Brasileiro da Primeira Divisão e o clube campeão da Copa do Brasil da temporada anterior, em jogo único. Recomenda-se que, ano após ano, esse jogo seja em alguma cidade brasileira, pré selecionada. O clube que vencer esse jogo é o campeão. Havendo empate, sagra-se campeão o clube vencedor da Série A. 2.09) Mundial de Clubes O Mundial de Clubes atual é realizado em Dezembro, o que não parece ser uma boa ideia: Clube campeão europeu tem que sair de seu continente, calendário em andamento, para ir jogá-lo; e, com a adequação de nosso calendário ao europeu, clube campeão da Libertadores, se brasileiro, tem que sair do seu continente, calendário em andamento, para ir jogá-lo. Isso não é recomendável. Sugiro, assim, que o Mundial de Clubes seja jogado no final de Maio e início de Junho. Clubes europeu e sulamericanos só o jogam em Junho, quando a temporada oficial já estiver encerrada (termina ao final de Maio). Propõe-se sete clubes para disputar o Mundial de Clubes, a saber: • Clube campeão europeu. • Clube campeão da Libertadores. • Clube campeão da CONCACAF. • Clube campeão africano.

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• Clube Campeão asiático. • Clube campeão oceânico. • Clube do país sede, previamente escolhido. O esquema de disputa pode ser este: Primeira Fase (Quinta Feira)

a) Campeão da Ásia x Campeão da Oceania b) Campeão da África x Campeão da CONCACAF

Segunda Fase (Domingo)

c) Vencedor de A x Vencedor de B

Terceira Fase (Quarta Feira)19

d) Vencedor de C x Campeão Europeu e) Campeão do País Sede x Campeão da Libertadores

Quarta Fase (Domingo)

f) Vencedor de D x Vencedor de E

Observação: Dos dois clubes que jogarem entrei si nesse certame, sempre haverá um que terá o empate como resultado favorável – o que tiver feito melhor campanha na competição que o classificou para disputar o Mundial de Clubes. Portanto, pode-se perceber que clubes europeus e sulamericanos só jogam em Junho e, assim, não têm sua temporada regular, de Agosto (ou final de Julho) a Maio, estorvada. Não considero jogos pelo Mundial de Clubes como parte integrante da temporada regular, por serem, pelo que propnho, realizados em Junho – mês que, na temporada que concebo, é de férias dos jogadores. Evidentemente, se algum clube brasileiro estiver envolvido nesta competição, só começa suas férias após jogar este certame. 2.10) Projeto Final Uma vez que já fiz as proposições para cada uma das competições, resta fazer uma proposta de distribuição destas ao longo da temporada. Antes disso, porém, uma ressalva deve ser feita: Como já foi afirmado neste documento antes, deve haver uma coincidência dos calendários americanos como o calendário europeu. Isto é vantajoso porque, assim, se facilita o trabalho das seleções nacionais de futebol. Como o calendário das competições oficiais de seleções é baseado no calendário dos clubes europeus, ao se fazer esta adaptação se está facilitando a preparação da Seleção Brasileira para a disputa de campeonatos oficiais (é sabido que a maioria das competições oficiais de seleções é marcada para os meses de Junho e Julho, quando os clubes europeus estão no período de recesso e início de temporada). Assim, proponho que se tenha uma estrutura de temporada similar à da Europa. Ou seja: A temporada deve começar em Julho, se encerrando em Junho do ano seguinte. A estrutura básica é esta: • Oito datas (quatro domingos e quatro quartas feiras) de Julho são para a pré

temporada (dependendo da situação, nove datas).

                                                                                                                         19  Primeira quarta feira de Junho.

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• Oito datas (quatro domingos e quatro quartas feiras) de Junho do ano seguinte são para as férias dos jogadores (dependendo da situação, nove datas).

• Oito datas (primeiro domingo de Setembro e quarta feria seguinte; primeiro

domingo de Novembro e quarta feira seguinte; primeiro domingo de Fevereiro e quarta feira seguinte; primeiro domingo de Abril e quarta feira seguinte) ao longo do período compreendido entre Agosto e Maio são Datas FIFA.

• Quatro datas entre final de Dezembro e início de Janeiro são para recesso

(dependendo da situação, três datas).

• Trinta e oito domingos entre Agosto (ou final de Julho) e Maio são para o Campeonato Brasileiro, nas suas três séries.

• Trinta e oito quartas feiras entre Agosto (ou final de Julho) e Maio são para outras

competições: Dezenove delas para Competições Nacionais (nove para Competições Periféricas, nove para a Copa do Brasil e uma para a Supercopa do Brasil) e 19 delas para Competições Internacionais (18 para Libertadores / Sulamericana e uma para Recopa Sulamericana). Fora as competições de uma data, ou rodada, as outras são distribuídas ao longo da temporada.

• Mundial de Clubes, no início de Junho, não faz parte da temporada regular.

O segundo anexo desta obra demonstra uma proposta de calendário para duas temporadas consecutivas: 2.018 (excepcional) e 2.018 – 2.019 (regular). Assim, deve-se passar a ter um calendário permanente de clubes, já que cada competição deve ter critérios fixos para o seu início e o seu final (o calendário atual também contém esta possibilidade, mas não de forma tão descritiva e regular como este, que proponho). Melhores possibilidades para o planejamento dos clubes devem ser uma decorrência lógica deste fato. Para encerrar este capítulo, e fazer um preâmbulo do próximo, devo dizer que o calendário de seleções deve ser adaptado ao calendário dos clubes. Bom calendário é o em que as datas de jogos das seleções não coincidem com as datas de jogos dos clubes, pondo fim às intermináveis discussões sobre liberação de jogadores para os jogos das seleções (se as datas dos jogos não coincidem, não há porque existir problemas com a liberação de jogadores). Note-se um detalhe importante: Primeiro, deve-se organizar o calendário dos clubes; é a partir das datas sobrantes do calendário dos clubes que se deve organizar o calendário das seleções. O clube é a Instituição máxima do futebol, é a própria razão de ser do esporte. Sem clubes fortes, seleções fortes pouco importam. Então, esta será uma premissa vital para a elaboração do calendário de seleções.

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Capítulo III – Um Calendário para a Seleção Brasileira

3.01) Como É e como Deve Ser

Um primeiro problema que se pode vislumbrar quando se comenta sobre o calendário das seleções em geral – e da Seleção Brasileira, em particular – é que sempre há coincidência de datas entre jogos de clubes e de seleções. Com isso, ou os clubes jogam desfalcados de suas principais estrelas quando estas estão servindo à Seleção, ou a Seleção joga desfalcada de titulares em cada jogo, o que impede que a equipe ganhe entrosamento. Grande problema, este: Sem um sentido de conjunto, mesmo seleções com destacadas potencialidades em termos de capacidades individuais acabam não rendendo o esperado.

Daí, a constatação: Se alguns jogadores são liberados para alguns jogos e outros não, como criar esse sentido de conjunto para a equipe? Não se deve esperar que sempre que uma seleção jogue, o faça com sua força máxima? Defendo a ideia de que mesmo os amistosos devem ser jogados pelos times principais. A questão é se saber fazer os amistosos na hora correta.

Como resolver a questão? Simples. Que as seleções façam o seu trabalho quando os clubes não estiverem participando de competições oficiais. Pelo que proponho, e como já acontece na Europa, os meses de Junho e Julho e as Datas FIFA (primeiro domingo de Setembro de cada ano, quarta feira seguinte, primeiro domingo de Novembro de cada ano, quarta feira seguinte, primeiro domingo de Fevereiro de cada ano, quarta feira seguinte, primeiro domingo de Abril de cada ano, quarta feira seguinte – total de oito Datas FIFA por temporada).

Logo, pode-se criar um consenso: Que as competições oficiais realizadas pelas seleções aconteçam nas Datas FIFA e em três semanas que incluam a segunda metade de Junho e o início de Julho; a primeira metade de Junho pode ser dedicadas à preparação física e técnica das equipes, o que inclui amistosos20.

Proponho que as Eliminatórias da Copa do Mundo de Seleções sejam jogadas em Datas FIFA ao longo de três anos (algumas destas Datas FIFA devem ser reservadas para amistosos, contudo). No período das competições de final de Junho e início de Julho, deve haver uma por ano, a saber:

                                                                                                                         20   Clubes que estiverem envolvidos no Mundial de Clubes, bem no início de Junho, liberam seus jogadores para a preparação assim que encerrarem suas participações nesse certame.

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• 2.019, 2.023, 2.027 e etc, o Campeonato da FIFA. • 2.020, 2.024, 2.028 e etc, a Copa das Américas. • 2.021, 2.025, 2.029 e etc, a Copa das Confederações. • 2.022, 2.026, 2.030 e etc, a Copa do Mundo de Seleções.

Resta escrever, então, como realizar cada um destes torneios. Antes de proceder esta tarefa, porém, devo fazer uma observação: Definitivamente, que se tire do futebol profissional a obrigação de ceder jogadores para as competições de futebol dos Jogos Panamericanos, dos Jogos Pré Olímpicos e dos Jogos Olímpicos. Só devem atuar nestas competições jogadores amadores, que não tenham vínculo contratual, e, mesmo dos amadores das categorias de base, os que não sejam utilizados regularmente pelos clubes profissionais. Devo dizer que, em tese, eu seria simpatizante da ideia de se poder jogar tanto o Pan como as Olimpíadas com a Seleção principal. Mas existem embaraços políticos entre a Instituição máxima que cuida destas competições, o Comitê Olímpico Internacional (COI), e a FIFA, Instituição máxima do futebol mundial. Portanto, é de bom tom que os jogadores profissionais – já bastante ocupados com extenso calendário de clubes e seleções – sejam liberados para jogar apenas as competições chanceladas pela FIFA. Aliás, e estendendo-me um pouco mais do que o escopo inicial, um clube de futebol brasileiro ter que liberar um valoroso jovem jogador para competições de sub-23, ou sub-20, ou sub-17, e não poder aproveitá-lo nas suas competições oficiais, também é um equívoco. Em minha visão, é o clube que deve decidir, de acordo com os seus interesses, se dispensa um jovem jogador vinculado a ele para jogar uma competição dessas, ou não. Voltando ao assunto em questão, jogadores profissionais ou amadores que os clubes brasileiros muito precisem não devem ser convocados para Pan, Pré Olímpico e Olimpíadas, para que os clubes não fiquem desfalcados em meio às suas competições. Segue a apresentação de cada competição. 3.02) Eliminatórias da Copa do Mundo de Seleções Pela minha proposta, as Eliminatórias da Copa do Mundo de Seleções devem ser jogadas em Datas FIFA nos três anos anteriores à Copa do Mundo de Seleções. No caso das Eliminatórias Sulamericanas, que é o que interessa ao futebol brasileiro, tudo parecido com o que é atualmente: As dez seleções da América do Sul jogam entre si em turno e returno, com pontos corridos. As cinco seleções de melhor colocação classificam-se para a Copa do Mundo de Seleções (ou apenas quatro, se um país da América do Sul for a sede da Copa seguinte). Observação Importante: Mesmo que uma seleção sulamericana seja o país sede da próxima Copa, deve jogar as Eliminatórias Sulamericanas. Assim, são nove seleções buscando quatro vagas na Copa (a outra é do país sede) e uma seleção, a do país sede, jogando para criar conjunto, manter o espírito competitivo e buscar a melhor posição possível no certame.

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Se são oito Datas FIFA por ano, utiliza-se seis delas (as seis primeiras; as duas últimas são dedicadas a amistosos). Então, em três anos – os três seguintes à última Copa do Mundo de Seleções, jogam-se as 18 rodadas (nove do turno e nove do returno). Em resumo, a proposta segue. Eliminatórias Sulamericanas da Copa do Mundo de Seleções: Seleções: Brasil (time01), Paraguai (time02), Chile (time03), Peru (time04), Bolívia (time05), Venezuela (time06), Equador (time07), Colômbia (time08), Uruguai (time09), Argentina (time10).

Rodada 01 Data FIFA Domingo Fevereiro

Ano 1 Pós Copa

Time01 x Time10 Time02 x Time09 Time03 x Time08 Time04 x Time07 Time05 x Time06

Rodada 02 Data FIFA

Quarta Feira Fevereiro

Ano 1 Pós Copa

Time01 x Time09 Time02 x Time08 Time03 x Time07 Time04 x Time06 Time05 x Time10

Rodada 03 Data FIFA Domingo

Abril Ano 1 Pós Copa

Time01 x Time08 Time02 x Time07 Time03 x Time06 Time04 x Time05 Time09 x Time10

Rodada 04 Data FIFA

Quarta Feira Abril

Ano 1 Pós Copa

Time01 x Time07 Time02 x Time06 Time03 x Time05 Time04 x Time10 Time08 x Time09

Rodada 05 Data FIFA Domingo Setembro

Ano 1 Pós Copa

Time01 x Time06 Time02 x Time05 Time03 x Time04 Time07 x Time09 Time08 x Time10

Rodada 06 Data FIFA

Quarta Feira Setembro

Ano 1 Pós Copa

Time01 x Time05 Time02 x Time04 Time03 x Time10 Time06 x Time09 Time07 x Time08

Rodada 07 Data FIFA Domingo Fevereiro

Ano 2 Pós Copa

Time01 x Time04 Time02 x Time03 Time05 x Time09 Time06 x Time08 Time07 x Time10

   

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Rodada 08 Data FIFA

Quarta Feira Fevereiro

Ano 2 Pós Copa

Time01 x Time03 Time02 x Time10 Time04 x Time09 Time05 x Time08 Time06 x Time07

Rodada 09 Data FIFA Domingo

Abril Ano 2 Pós Copa

Time01 x Time02 Time03 x Time09 Time04 x Time08 Time05 x Time07 Time06 x Time10

Rodada 10 Data FIFA

Quarta Feira Abril

Ano 2 Pós Copa

Time01 x Time02 Time03 x Time09 Time04 x Time08 Time05 x Time07 Time06 x Time10

Rodada 11 Data FIFA Domingo Setembro

Ano 2 Pós Copa

Time01 x Time03 Time02 x Time10 Time04 x Time09 Time05 x Time08 Time06 x Time07

Rodada 12 Data FIFA

Quarta Feira Setembro

Ano 2 Pós Copa

Time01 x Time04 Time02 x Time03 Time05 x Time09 Time06 x Time08 Time07 x Time10

Rodada 13 Data FIFA Domingo Fevereiro

Ano 3 Pós Copa

Time01 x Time05 Time02 x Time04 Time03 x Time10 Time06 x Time09 Time07 x Time08

Rodada 14 Data FIFA

Quarta Feira Fevereiro

Ano 3 Pós Copa

Time01 x Time06 Time02 x Time05 Time03 x Time04 Time07 x Time09 Time08 x Time10

Rodada 15 Data FIFA Domingo

Abril Ano 3 Pós Copa

Time01 x Time07 Time02 x Time06 Time03 x Time05 Time04 x Time10 Time08 x Time09

Rodada 16 Data FIFA

Quarta Feira Abril

Ano 3 Pós Copa

Time01 x Time08 Time02 x Time07 Time03 x Time06 Time04 x Time05 Time09 x Time10

Rodada 17 Data FIFA Domingo Setembro

Ano 3 Pós Copa

Time01 x Time09 Time02 x Time08 Time03 x Time07 Time04 x Time06 Time05 x Time10

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Rodada 18 Data FIFA

Quarta Feira Setembro

Ano 3 Pós Copa

Time01 X Time10 Time02 X Time09 Time03 X Time08 Time04 X Time07 Time05 X Time06

São, portanto, 18 rodadas, disputadas ao longo de três anos. As Eliminatórias Sulamericanas da Copa do Mundo de Seleções são necessárias e, do ponto de vista comercial, importantes para as Federações Nacionais. 3.03) Campeonato da FIFA Em todos os anos imediatamente posteriores às Copas do Mundo de Seleções (2.019, 2.023, 2.027 etc), pode ser jogado o Campeonato da FIFA, com todas as seleções campeãs do Mundo (oito seleções), no país da seleção que ganhou a Copa do Mundo de Seleções do ano anterior – como forma de homenageá-la. Deve ser uma competição de turno único, onde todos devem jogar entre si, com o campeão sendo o país que somar maior número de pontos corridos (sete rodadas). Devem ser três semanas de competição, realizadas nas últimas duas semanas de Junho e na primeira semana de Julho. Se, por exemplo, houvesse essa competição em 2.01121 (não foi possível para esse ano, nem será para 2.015, mas é possível para 2.019, 2.023, 2.027…), deveria ser jogada na Espanha (campeã do Mundo de Seleções em 2.010). A tabela da competição poderia, em uma simulação, ser a que segue. Campeonato da FIFA (Hipotética Competição de 2.011, na Espanha): Primeira Rodada (Sábado e Domingo)

Espanha x Brasil Argentina x Uruguai

Itália x Inglaterra Alemanha x França

Segunda Rodada (Quarta Feira e Quinta Feira)

Brasil x Uruguai Argentina x Inglaterra

Itália x França Espanha x Alemanha

Terceira Rodada (Sábado e Domingo)

Brasil x Inglaterra Argentina x França

Espanha x Itália Alemanha x Uruguai

   

                                                                                                                         21 Não escrevo sobre um hipotético certame desses para 2.015, mas sim como poderia ter sido ser realizado em 2.011, porque, ao momento que escrevo, a Copa do Mundo de 2.014 ainda não encontra-se encerrada – todos esperam, ansiosamente, pela final entre Alemanha e Argentina.

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Quarta Rodada (Quarta Feira e Quinta Feira)

Brasil x França Espanha x Argentina

Itália x Uruguai Alemanha x Inglaterra

Quinta Rodada (Sábado e Domingo)

Brasil x Alemanha Argentina x Itália Espanha x França

Inglaterra x Uruguai Sexta Rodada (Quarta Feira e Quinta Feira)

Brasil x Itália Argentina x Alemanha

França x Uruguai Espanha x Inglaterra

Sétima Rodada (Sábado e Domingo)

Brasil x Argentina Itália x Alemanha França x Inglaterra Espanha x Uruguai

Dessa forma, o Campeonato da FIFA deve ter 23 dias, ou pouco mais de três semanas, conforme dito anteriormente. A criação do Campeonato da FIFA pode fazer com que as grandes seleções do Mundo – as campeãs mundiais – se enfrentem em competições oficiais mais amiúde do que acontece atualmente. 3.04) Copa das Américas Em primeiro lugar, por que Copa das Américas, e não Copa América, como atualmente? É só pensar: A atual Copa América é muito parecida com as Eliminatórias Sulamericanas da Copa do Mundo de Seleções, havendo uma duplicidade de competições. Afinal, os países são os mesmos, apenas com a inclusão do México e de outro país convidado na Copa América. Ora, se se inclui mais seleções, das Américas do Norte e Central, e do Caribe, a competição ganha uma “roupagem” totalmente diferente das Eliminatórias Sulamericanas da Copa do Mundo de Seleções, sendo mais ampla, mais global – é o que proponho. Porém, aí, não é mais a Copa América, mas a Copa das Américas. Pela minha proposta, a Copa das Américas (jogada em 2.020, 2.024, 2.028 etc) deve ser disputada, em um país das Américas previamente escolhido, por 24 seleções, a saber: Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai, Colômbia, Chile, Equador, Peru, Bolívia, Venezuela, Porto Rico, República Dominicana, Jamaica, Trinidad e Tobago, Panamá, Costa Rica, Nicarágua, El Salvador, Honduras, Belize, Guatemala, México, Estados Unidos e Canadá. As 24 seleções devem ser divididas em oito grupos de três, com as três seleções do mesmo grupo jogando entre si, classificando-se para a fase seguinte a melhor seleção de cada grupo – se houver empate na campanha de duas ou três seleções, a de melhor colocação no ranking da FIFA levam vantagem (três rodadas).

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Como são oito grupos, com uma seleção classificadas em cada grupo, tem-se oito seleções classificadas. Estas são divididas em quatro grupos de dois para, em jogo único, classificar-se uma (uma rodada). Em seguida, as quatro seleções classificadas são divididas em dois grupos de dois para, em jogo único, classificar-se uma (uma rodada). Finalmente, as duas seleções finalistas decidem o título, em jogo único (uma rodada). São, portanto, seis rodadas no total, realizadas nas duas últimas semanas de Junho e na primeira semana de Julho do ano de disputa. Observação: Nas quartas de final, semifinal e final, sempre joga com a vantagem de poder empatar quem fez melhor campanha na fase anterior ou, quando a campanha na fase anterior for idêntica em todos os critérios de desempate, quem tem melhor posição no ranking da FIFA. Esquematicamente, deve-se ter a seguinte situação. Copa das Américas: Grupo A: Seleção01, seleção02, seleção03. Grupo B: Seleção04, seleção05, seleção06. Grupo C: Seleção07, seleção08, seleção09. Grupo D: Seleção10, seleção11, seleção12. Grupo E: Seleção13, seleção14, seleção15. Grupo F: Seleção16, seleção17, seleção18. Grupo G: Seleção19, seleção20, seleção21. Grupo H: Seleção22, seleção23, seleção24. A tabela da competição deve ser esta: Primeira Rodada (Quarta Feira e Quinta Feira)

Seleção01 x Seleção02 Seleção04 x Seleção05 Seleção07 x Seleção08 Seleção10 x Seleção11 Seleção13 x Seleção14 Seleção16 x Seleção17 Seleção19 x Seleção20 Seleção22 x Seleção23

Segunda Rodada (Sábado e Domingo)

Seleção01 x Seleção03 Seleção04 x Seleção06 Seleção07 x Seleção09 Seleção10 x Seleção12 Seleção13 x Seleção15 Seleção16 x Seleção18 Seleção19 x Seleção21 Seleção22 x Seleção24

   

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Terceira Rodada (Quarta Feira e Quinta Feira)

Seleção02 x Seleção03 Seleção05 x Seleção06 Seleção08 x Seleção09 Seleção11 x Seleção12 Seleção14 x Seleção15 Seleção17 x Seleção18 Seleção20 x Seleção21 Seleção23 x Seleção24

Quarta Rodada (Sábado e Domingo)

I) Vencedor de A x Vencedor de B J) Vencedor de C x Vencedor de D K) Vencedor de E x Vencedor de F L) Vencedor de G x Vencedor de H

Quinta Rodada (Quarta Feira e Quinta Feira)

M) Vencedor de I x Vencedor de J N) Vencedor de K x Vencedor de L

Sexta Rodada (Domingo) Vencedor de M x Vencedor de N Dessa forma, a Copa das Américas deve ter 19 dias, ou pouco menos de três semanas, conforme dito anteriormente. Essa é a Copa das Américas que proponho. 3.05) Copa das Confederações Pela minha proposta, a Copa das Confederações (jogada nos anos de 2.021, 2.025, 2.029 etc) deve ser disputada, no país da Copa do Mundo de Seleções seguinte, por oito seleções, a saber: Seleção do país sede da próxima copa; seleção campeã do Mundo; uma seleção da América do Sul, de acordo com o resultado da Copa das Américas anterior; uma seleção das Américas do Norte, Central e Caribe (CONCACAF), de acordo com o resultado da Copa das Américas anterior; uma seleção da Europa, de acordo com o resultado da Copa Europeia de Seleções anterior; uma seleção africana de acordo com o resultado da Copa da África de Seleções anterior; uma seleção asiática, de acordo com o resultado da Copa da Ásia de Seleções anterior; uma seleção da Oceania, de acordo com o resultado da Copa da Oceania de Seleções anterior. Deve ser uma competição de turno único, onde todos devem jogar entre si, com o campeão sendo o país que somar maior número de pontos corridos (sete rodadas). Devem ser três semanas de competição, realizadas nas últimas duas semanas de Junho e na semana inicial de Julho. Segue um esboço da competição. Copa das Confederações: Primeira Rodada (Sábado e Domingo)

País Sede da Copa x S. Campeã Mundial S. Sulamericana x S. Europeia S. CONCACAF x S. Africana

S. Asiática x S. Oceânica Segunda Rodada (Quartas Feiras e Quintas Feiras)

País Sede da Copa x S. Europeia S. Sulamericana x S. Africana S. CONCACAF x S. Oceânica

S. Asiática x S. Campeã Mundial  

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Terceira Rodada (Sábado e Domingo)

País Sede da Copa x S. Africana S. Sulamericana x S. Oceânica

S. CONCACAF x S. Campeã Mundial S. Asiática x S. Europeia

Quarta Rodada (Quartas Feiras e Quintas Feiras)

País Sede da Copa x S. Oceânica S. Sulamericana x S. Campeã Mundial

S. CONCACAF x S. Europeia S. Asiática x S. Africana

Quinta Rodada (Sábado e Domingo)

País Sede da Copa x S. Asiática S. Sulamericana x S. CONCACAF S. Oceânica x S. Campeã Mundial

S. Africana x S. Europeia Sexta Rodada (Quartas Feiras e Quintas Feiras)

País Sede da Copa x S. CONCACAF S. Sulamericana x S. Asiática

S. Oceânica x S. Europeia S. Africana x S. Campeã Mundial

Sétima Rodada (Sábado e Domingo)

País Sede da Copa x S. Sulamericana S. CONCACAF x S. Asiática

S. Oceânica x S. Africana S. Europeia x S. Campeã Mundial

Dessa forma, a Copa das Confederações deve ter 23 dias, ou pouco mais de três semanas, conforme dito anteriormente. Essa é a Copa das Confederações que proponho. 3.06) Copa do Mundo de Seleções A Copa do Mundo de Seleções deve ser realizada de quatro em quatro anos (2.022, 2.026, 2.030, etc), sempre nas duas últimas semanas do mês de Junho e na primeira semana do mês de Julho (atualmente, com um mês inteiro de competição, esta se torna muito “arrastada”, além de “roubar” uma semana de preparação dos clubes na pré temporada após a dita cuja). Assim, a primeira metade do mês de Junho deve ser de trabalhos preparatórios das seleções para o evento. Deve ser disputada por 32 seleções, assim constituídas22: • Dezessete seleções europeias. • Cinco seleções sulamericanas. • Três seleções africanas. • Três seleções de América do Norte, América Central e Caribe (CONCACAF).

                                                                                                                         22  O país sede da copa tem vaga assegurada. Assim, o continente de onde ele é originário deve ter disputa de uma vaga a menos nas eliminatórias. Exemplo: A Europa deve ter 17 vagas na Copa do Mundo de Seleções; se um país europeu é sede da Copa, apenas as outras 16 são selecionadas nas eliminatórias. Outro exemplo: A América do Sul deve ter cinco vagas na Copa do Mundo de Seleções; se um país sulamericano é sede da Copa, apenas as outras quatro são selecionadas nas eliminatórias. E assim por diante.  

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• Três seleções da Ásia. • Uma seleção da Oceania. Como dito anteriormente, acredito que um mês inteiro de competição acaba tornando-a “arrastada”. Portanto, defendo um modelo com duração um pouco menor, três semanas. Então, sem mudar a fórmula de disputa, é preciso “condensar” os jogos em menos dias disponíveis. Quanto à fórmula de disputa, basicamente a mesma que atualmente: As 32 seleções devem ser divididas em oito grupos de quatro, com elas jogando entre si em turno único, classificando-se as duas melhores de cada grupo (três rodadas; em caso de empate na classificação entre duas ou mais seleções em todos os critérios de desempate, levam vantagem as seleções melhores colocadas no ranking da FIFA). Se se classificam duas seleções em cada um dos oito grupos, há 16 seleções classificadas. Dessa forma, as 16 seleções classificadas devem ser divididas em oito grupos de duas seleções, classificando-se uma delas (uma rodada; em caso de empate, deve-se classificar a seleção com melhor colocação no ranking da FIFA). As oito seleções classificadas devem ser divididas em quatro grupos de duas seleções, classificando-se uma delas (uma rodada; em caso de empate, deve-se classificar a seleção com melhor colocação no ranking da FIFA). As quatro seleções classificadas devem ser divididas em dois grupos de duas seleções, classificando-se uma delas (uma rodada; em caso de empate, deve-se classificar a seleção com melhor colocação no ranking da FIFA). Enfim, os perdedores da fase anterior devem disputar o terceiro lugar, enquanto os vencedores devem decidir o título mundial (uma rodada; em caso de empate, devem ser terceira colocada e campeã as seleções com melhor colocação no ranking da FIFA). São sete rodadas ao todo. A seguir, mostro, esquematicamente, como pode funcionar a Copa do Mundo de Seleções. Copa do Mundo de Seleções: Grupo A: Seleção01, seleção02, seleção03, seleção04. Grupo B: Seleção05, seleção06, seleção07, seleção08. Grupo C: Seleção09, seleção10, seleção11, seleção12. Grupo D: Seleção13, seleção14, seleção15, seleção16. Grupo E: Seleção17, seleção18, seleção19, seleção20. Grupo F: Seleção21, seleção22, seleção23, seleção24. Grupo G: Seleção25, seleção26, seleção27, seleção28. Grupo H: Seleção29, seleção30, seleção31, seleção32. A tabela da competição deve ser esta: Primeiro Dia (Sexta Feira) Seleção01 x Seleção02

Seleção03 x Seleção04 Seleção05 x Seleção06 Seleção07 x Seleção08

 

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Segundo Dia (Sábado) Seleção09 x Seleção10 Seleção11 x Seleção12 Seleção13 x Seleção14 Seleção15 x Seleção16

Terceiro Dia (Domingo) Seleção17 x Seleção18 Seleção19 x Seleção20 Seleção21 x Seleção22 Seleção23 x Seleção24

Quarto Dia (Segunda Feira) Seleção25 x Seleção26 Seleção27 x Seleção28 Seleção29 x Seleção30 Seleção31 x Seleção32

Quinto Dia (Terça Feira) Seleção01 x Seleção03 Seleção02 x Seleção04 Seleção05 x Seleção07 Seleção06 x Seleção08

Sexto Dia (Quarta Feira) Seleção09 x Seleção11 Seleção10 x Seleção12 Seleção13 x Seleção15 Seleção14 x Seleção16

Sétimo Dia (Quinta Feira) Seleção17 x Seleção19 Seleção18 x Seleção20 Seleção21 x Seleção23 Seleção22 x Seleção24

Oitavo Dia (Sexta Feira) Seleção25 x Seleção27 Seleção26 x Seleção28 Seleção29 x Seleção31 Seleção30 x Seleção32

Nono Dia (Sábado) Seleção01 x Seleção04 Seleção02 x Seleção03 Seleção05 x Seleção08 Seleção06 x Seleção07

Décimo Dia (Domingo) Seleção09 x Seleção12 Seleção10 x Seleção11 Seleção13 x Seleção16 Seleção14 x Seleção15

Décimo Primeiro Dia (Segunda Feira) Seleção17 x Seleção20 Seleção18 x Seleção19 Seleção21 x Seleção24 Seleção22 x Seleção23

Décimo Segundo Dia (Terça Feira) Seleção25 x Seleção28 Seleção26 x Seleção27 Seleção29 x Seleção32 Seleção30 x Seleção31

Décimo Quarto Dia (Quinta Feira) I) Vencedor da A x I) Segundo de B J) Vencedor de B x J) Segundo de A

K) Vencedor de C x K) Segundo de D L) Vencedor de D x L) Segundo de C

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Décimo Quinto Dia (Sexta Feira) M) Vencedor da E x M) Segundo de F N) Vencedor de F x N) Segundo de E O) Vencedor de G x O) Segundo de H P) Vencedor de H x P) Segundo de G

Décimo Sétimo Dia (Domingo) Q) Vencedor de I x Q) Vencedor de J R) Vencedor de K x R) Vencedor de L

Décimo Oitavo Dia (Segunda Feira) S) Vencedor de M x S) Vencedor de N T) Vencedor de O x T) Vencedor de P

Vigésimo Dia (Quarta Feira) U) vencedor de Q x Vencedor de R Vigésimo Primeiro Dia (Quinta Feira) V) Vencedor de S x Vencedor de T Vigésimo Terceiro Dia (Sábado) Perdedor de U x Perdedor de V Vigésimo Quarto Dia (Domingo) Vencedor de U x Vencedor de V

Dessa forma, a Copa do Mundo de Seleções deve ter 24 dias de duração, ou pouco mais de três semanas, conforme já havia ressaltado. Essa é a Copa do Mundo de Seleções que proponho. 3.07) Projeto Final Minha preocupação central, em termos de calendário, é com os clubes. Incluí este capítulo no trabalho, escrevendo sobre as seleções, apenas para deixar claro que é possível conciliar um calendário de clubes com um calendário de seleções sem que haja prejuízos para nenhuma das partes. Dentro desta perspectiva, propus que as datas de jogos para seleções fossem arroladas nos períodos em que os clubes não estiverem realizando competições oficiais. Ofereci uma proposta de calendário para seleções compatível com este objetivo. Desta forma, criei uma estrutura permanente para o calendário de seleções. Veja-se como ficou o modelo. Anos de 2.019, 2.023, 2.027, etc: • Primeiro Domingo de Fevereiro: Data FIFA destinada à primeira rodada das

Eliminatórias Sulamericanas da Copa do Mundo de Seleções.

• Quarta Feira Seguinte ao Primeiro Domingo de Fevereiro: Data FIFA destinada à segunda rodada das Eliminatórias Sulamericanas da Copa do Mundo de Seleções.

• Primeiro Domingo de Abril: Data FIFA destinada à terceira rodada das

Eliminatórias Sulamericanas da Copa do Mundo de Seleções.

• Quarta Feira Seguinte ao Primeiro Domingo de Abril: Data FIFA destinada à quarta rodada das Eliminatórias Sulamericanas da Copa do Mundo de Seleções.

• Final de Maio: Convocação dos jogadores com vistas à disputa do Campeonato da

FIFA.

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• Primeira Metade de Junho: Preparação para o Campeonato da FIFA.

• Segunda Metade de Junho e Primeira Semana de Julho: Campeonato da FIFA.

• Primeiro Domingo de Setembro: Data FIFA destinada à quinta rodada das

Eliminatórias Sulamericanas da Copa do Mundo de Seleções.

• Quarta Feira Seguinte ao Primeiro Domingo de Setembro: Data FIFA destinada à sexta rodada das Eliminatórias Sulamericanas da Copa do Mundo de Seleções.

• Primeiro Domingo de Novembro: Data FIFA destinada a jogo amistoso.

• Quarta Feira Seguinte ao Primeiro Domingo de Novembro: Data FIFA destinada a

jogo amistoso. Anos de 2.020, 2.024, 2.028, etc: • Primeiro Domingo de Fevereiro: Data FIFA destinada à sétima rodada das

Eliminatórias Sulamericanas da Copa do Mundo de Seleções.

• Quarta Feira Seguinte ao Primeiro Domingo de Fevereiro: Data FIFA destinada à oitava rodada das Eliminatórias Sulamericanas da Copa do Mundo de Seleções.

• Primeiro Domingo de Abril: Data FIFA destinada à nona rodada das Eliminatórias

Sulamericanas da Copa do Mundo de Seleções.

• Quarta Feira Seguinte ao Primeiro Domingo de Abril: Data FIFA destinada à décima rodada das Eliminatórias Sulamericanas da Copa do Mundo de Seleções.

• Final de Maio: Convocação dos jogadores com vistas à disputa da Copa das

Américas.

• Primeira Metade de Junho: Preparação para a Copa das Américas.

• Segunda Metade de Junho e Primeira Semana de Julho: Copa das Américas.

• Primeiro Domingo de Setembro: Data FIFA destinada à décima primeira rodada das Eliminatórias Sulamericanas da Copa do Mundo de Seleções.

• Quarta Feira Seguinte ao Primeiro Domingo de Setembro: Data FIFA destinada à

décima segunda rodada das Eliminatórias Sulamericanas da Copa do Mundo de Seleções.

• Primeiro Domingo de Novembro: Data FIFA destinada a jogo amistoso.

• Quarta Feira Seguinte ao Primeiro Domingo de Novembro: Data FIFA destinada a

jogo amistoso.

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Anos de 2.021, 2.025, 2.029, etc: • Primeiro Domingo de Fevereiro: Data FIFA destinada à décima terceira rodada das

Eliminatórias Sulamericanas da Copa do Mundo de Seleções.

• Quarta Feira Seguinte ao Primeiro Domingo de Fevereiro: Data FIFA destinada à décima quarta rodada das Eliminatórias Sulamericanas da Copa do Mundo de Seleções.

• Primeiro Domingo de Abril: Data FIFA destinada à décima quinta rodada das

Eliminatórias Sulamericanas da Copa do Mundo de Seleções.

• Quarta Feira Seguinte ao Primeiro Domingo de Abril: Data FIFA destinada à décima sexta rodada das Eliminatórias Sulamericanas da Copa do Mundo de Seleções.

• Final de Maio: Convocação dos jogadores com vistas à disputa da Copa das

Confederações.

• Primeira Metade de Junho: Preparação da Copa das Confederações.

• Segunda Metade de Junho e Primeira Semana de Julho: Copa das Confederações.

• Primeiro Domingo de Setembro: Data FIFA destinada à décima sétima rodada das Eliminatórias Sulamericanas da Copa do Mundo de Seleções.

• Quarta Feira Seguinte ao Primeiro Domingo de Setembro: Data FIFA destinada à

décima oitava rodada das Eliminatórias Sulamericanas da Copa do Mundo de Seleções.

• Primeiro Domingo de Novembro: Data FIFA destinada a jogo amistoso.

• Quarta Feira Seguinte ao Primeiro Domingo de Novembro: Data FIFA destinada a

jogo amistoso. Anos de 2.022, 2.026, 2.030, etc: • Primeiro Domingo de Fevereiro: Data FIFA destinada a jogo amistoso.

• Quarta Feira Seguinte ao Primeiro Domingo de Fevereiro: Data FIFA destinada a

jogo amistoso.

• Primeiro Domingo de Abril: Data FIFA destinada a jogo amistoso.

• Quarta Feira Seguinte ao Primeiro Domingo de Abril: Data FIFA destinada a jogo amistoso.

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• Final de Maio: Convocação dos jogadores com vistas à disputa da Copa do Mundo de Seleções.

• Primeira Metade de Junho: Preparação para a Copa do Mundo de Seleções.

• Segunda Metade de Junho e Primeira Semana de Julho: Copa do Mundo de

Seleções.

• Primeiro Domingo de Setembro: Data FIFA destinada a jogo amistoso.

• Quarta Feira Seguinte ao Primeiro Domingo de Setembro: Data FIFA destinada a jogo amistoso.

• Primeiro Domingo de Novembro: Data FIFA destinada a jogo amistoso.

• Quarta Feira Seguinte ao Primeiro Domingo de Novembro: Data FIFA destinada a

jogo amistoso.

Encerro, assim, a parte do trabalho reservada ao calendário da Seleção Brasileira e, com isso, também encerro as propostas principais contidas neste trabalho. O próximo capítulo constitui-se em uma análise crítica do mesmo.

   

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Capítulo IV – Questões Essenciais do Calendário Proposto

4.01) Benefícios do Modelo de Calendário Proposto

A proposta ora apresentada tem o intuito de fazer com que o calendário do futebol brasileiro torne-se algo racional – entenda-se como racional fazer com que os clubes joguem, no mínimo, uma partida e, no máximo, duas partidas por semana ao longo de praticamente toda a temporada oficial.

Não é o que acontece atualmente, como não é o que historicamente tem acontecido em nosso futebol. O que costuma acontecer, normalmente, no futebol brasileiro, é isto:

• Muitos clubes ficam a temporada inteira jogando ininterruptamente (notadamente, os grandes clubes). Jogam, por vezes, mais de duas partidas por semana, durante parte da temporada23. Resultado: Jogadores machucados, pouca atenção da mídia, pouca atenção do torcedor.

• Outros clubes ficam grande parte da temporada sem jogar (notadamente, os clubes pequenos). Jogam regularmente ao longo dos Campeonatos Estaduais e, depois deles, ficam sem nada para fazer. Resultado: Desmanche de elencos, clubes sem receitas, jogadores de futebol sem emprego.

• Ainda há os clubes que jogam tresloucadamente durante uma parte da temporada,

para ficarem sem atividade nenhuma em outra parte. Não que as duas situações ainda agora demonstradas sejam boas, mas este é o pior dos mundos…

A irracionalidade do calendário do futebol brasileiro faz que não se enxergue o óbvio: Que tem de existir uma competição central, que seja disputada ao longo de toda a temporada, capaz de manter todas as agremiações em atividade durante o tempo de duração da temporada, sempre aos fins de semanas24; e que, em meios de semanas,

                                                                                                                         23  Há de se reconhecer que, a partir de 2.003, a situação está melhor, neste sentido. No entanto, ainda se encontra longe do razoável.

24  Neste caso, a situação de a partir de 2.003 mitigou o problema, mas não o resolveu, de forma alguma. Tanto é que o Campeonato Brasileiro não ocupa a quase totalidade do ano, mas pouco mais de seis meses dele. Ademais, muitas rodadas deste campeonato são em meios de semanas e, para se cumprir a diretriz que propus, deveriam ser aos fins de semanas.

 

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devem haver competições outras, preferencialmente de caráter eliminatório, na maior parte das rodadas.

É o que propus. Segundo meu projeto, o calendário apresentado tem as seguintes características:

• O clube que disputar mais jogos oficiais terá feito, no máximo, 76 partidas oficiais na temporada25: Trinta e oito pelo Campeonato Brasileiro (da primeira divisão), 18 pela Libertadores ou pela Sulamericana, nove pela Copa do Brasil, nove pelas Competições Periféricas, uma pela Recopa Sulamericana e uma pela Supercopa do Brasil.

• O clube que disputar menos jogos oficiais terá feito, no mínimo, 38 partidas: Trinta e seis pelo Campeonato Brasileiro (da segunda ou da terceira divisão) e duas pelas Competições Periféricas. Sabe-se que existem muitos clubes por aí que não chegam a fazer 20 jogos oficiais ao longo da temporada. Estes clubes, normalmente, jogam os Estaduais por três ou quatro meses, e só.

• É pouquíssimo provável que qualquer clube chegue a 70 jogos oficiais, pois os

clubes podem ir até o final em algumas competições dessas, mas é praticamente impossível que o mesmo aconteça em todas.

• Um clube grande pode, na verdade, jogar o máximo de 75 partidas oficiais na

temporada anual, ao invés de 76, pois, na primeira rodada da Copa do Brasil, clubes grandes não jogam.

• Historicamente, o máximo de partidas que um clube pode fazer ao longo da

temporada já foi de 100 partidas, ou mais. O falecido Calendário Quadrienal de 2.002 propunha 80 partidas, ou datas, ou rodadas, por ano, mas sem um método racional de distribuição das datas e dos jogos. No calendário atual, o de 2.014, um clube pode jogar até 84 partidas oficiais na temporada, o que é excessivo (e, no de 2.015, esse número chegará a 85 partidas). Portanto, reduzir-se a 76 jogos o limite de jogos oficiais por clube é um grande avanço.

• Os 12 clubes grandes do país, apesar de nunca disputarem mais de 75 partidas

oficiais por temporada, terão um mínimo de 44 partidas oficiais para cumprir: Trinta e oito pelo Campeonato Brasileiro, cinco pelas Competições Periféricas e uma pela Copa do Brasil. A principal queixa dos grandes clubes em relação a uma possível mudança de calendário é que estes não podem fazer poucos jogos por temporada,

                                                                                                                         25  Os jogos de clubes brasileiros pelo Mundial de Clubes não entram na conta, pois são realizados no início de Junho, período oficialmente dedicado às férias dos jogadores.

 

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sob pena de não obterem receitas no ritmo apropriado. Logo, um mínimo de 44 partidas, com a garantia de que nunca se ultrapassará 75, parece algo propício.

• Os 660 clubes profissionais da Série C jogam pelo menos 36 jogos nos 38 fins de

semanas disponíveis. Os 20 clubes do Campeonato Brasileiro da Segunda Divisão jogam, também, pelo menos 36 jogos nos 38 fins de semanas disponíveis. Os 20 clubes do Campeonato Brasileiro da Primeira Divisão fazem 38 jogos nos 38 fins de semanas disponíveis. Como se vê, os fins de semanas de praticamente toda a temporada ficam preenchidos.

• Os jogos em meios de semanas são, quase sempre, eliminatórios. Em outros termos:

Apenas alguns poucos clubes jogam na maior parte dos meios de semanas, a maioria deles concentra suas energias nos jogos de fins de semanas.

• Consequentemente, a temporada regular se estende entre Agosto de um ano (ou final

de Julho de um ano) e Maio do ano seguinte, com os clubes jogando, com certeza, um jogo por semana (nos fins de semanas) e podendo jogar, no máximo, outro jogo por semana (nos meios de semanas), mas não com tanta frequência como atualmente.

Tudo pré-definido, pensado anteriormente, estrategicamente montado para que não haja nem clubes que joguem toda hora, nem clubes que fiquem extensas épocas sem jogar. Uma tarefa que, apesar de não ser difícil de ser elaborada, nunca mobilizou a energia dos “cartolas” brasileiros…

Chegará o momento em que o futebol brasileiro terá o calendário que merece. Se, com a bagunça que aí está, somos penta, imagine-se com organização: Tomar de 7 x 1 em semi final de Copa do Mundo, nunca mais...

4.02) Principais Dúvidas Sobre o Calendário Proposto

Quando se discute o calendário do futebol brasileiro, diversas polêmicas vêm à tona. O que é normal, as pessoas têm opiniões divergentes sobre o formato das competições, a distribuição de datas, os clubes participantes de cada competição, e assim por diante.

Não tenho, portanto, a pretensão de julgar que o meu projeto não possa ser objeto de críticas e discordâncias. Sem dúvida, o será. Como também deve ser objeto de algumas indagações, às quais gostaria de responder claramente.

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Segue, portanto, uma série de perguntas que dizem respeito ao calendário por mim proposto. Óbvio está que o projeto pode ser objeto de algumas dezenas, para não dizer centenas, de interrogações, discordâncias, críticas – construtivas ou não – e tudo mais. Concentrar-me-ei, contudo, nas indagações que me parecem mais frequentes. Estas aparecem em seguida, com suas respectivas respostas.

1. É proposto que os clubes joguem um mínimo de 38 jogos oficiais por temporada e um máximo de 76 jogos oficiais por temporada. O número de 76 jogos por temporada para um clube não é muito alto?

Cumpre esclarecer que apenas um ou dois clubes podem chegar ao ponto de fazer 76 jogos oficiais em uma temporada, pela metodologia proposta, e que clubes grandes podem chegar ao máximo de 75 jogos oficiais. E, para isso acontecer, seria necessário que estes clubes disputassem todas as competições possíveis e chegassem ao final em todas elas – acompanho futebol há mais de 35 anos, e nunca vi isso acontecer.

Posto isto, o número é, realmente, alto, mas não excessivamente alto. Em países europeus, como a Inglaterra, este número é próximo a 70.

O fato é que, em um país em que sempre foi tradição o calendário com mais de 100 datas por temporada (e, ainda hoje, precisa-se de 84 datas), reduzir-se isso ao número de 76 é um grande avanço. Mas, algo próximo a isso, o Calendário Quadrienal, do início do século XXI, também fazia (80 datas). Não basta colocar pouco menos de 80 datas à disposição dos clubes: É preciso que estas datas sejam “recheadas” por competições bem concebidas.

Seria muito fácil “cortar” algumas das 76 datas, se fosse o caso: Bastava transformar todas as Competições Periféricas em eliminatórias simples, ao estilo “mata mata”. O ponto é que não vale a pena, pois, se assim fosse, os grandes clubes ficariam com um número mínimo de jogos por temporada aquém do que seria razoável, o que não acontece por terem que jogar, obrigatoriamente, algumas rodadas em competições estaduais (poucas, ressalte-se).

2. A proposta caminha, inequivocamente, para o sentido de se adaptar o calendário do futebol brasileiro ao calendário europeu. Isso não se consistiria em renunciar a um aspecto da cultura nacional, que são as férias em Dezembro?

Adaptar o calendário brasileiro ao europeu, ou mundial, permite fazer com que o período de nossa pré temporada seja o mesmo período que a de lá, que é quando

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acontecem as competições que envolvem seleções, majoritariamente. Portanto, adaptar o nosso calendário para que não haja competições de clubes no meio do ano (fora o Mundial de Clubes, uma exceção, o que não compromete o andamento do trabalho das seleções) é atitude que favorece a preparação da Seleção Brasileira para as competições que venha a disputar, já que a Seleção estará fazendo o seu trabalho quando os clubes estiverem inativos e, assim, estes também não ficam prejudicados.

Claro está que, no Brasil, todos preferem tirar férias em Dezembro, não em Junho. Mas essa mudança de calendário gerará benefícios à atividade econômica do futebol brasileiro como um todo e, consequentemente, os jogadores de futebol também serão beneficiados – o que compensa o fato de não tirarem férias no verão.

Alguns motivos para se adequar o calendário brasileiro ao calendário europeu são:

a) Coincidindo-se as temporadas europeia e brasileira, as pré temporadas também coincidem. Isso propicia que, nas pré temporadas, os grandes clubes brasileiros possam jogar amistosamente com grandes clubes europeus. O que, por sua vez, propicia que as marcas de nossos clubes possam ser divulgadas globalmente.

b) Problemas relativos a “janelas” de transferências de jogadores são mitigados, com os clubes brasileiros não precisando desmontar elencos em meio à temporada. Afinal, quando a “janela” de meio de ano acontecer, o futebol de clubes estará parado, no Brasil e na Europa (e, como se sabe, a “janela” de início de ano é muito menos nociva que a do meio do ano).

c) Sem a adequação preconizada, competições são obrigadas a serem interrompidas no

meio do ano, para que competições de seleções sejam jogadas, em alguns anos, para depois serem retomadas – o que não é bom.

d) Sem a adequação preconizada, em outros anos, competições de clubes continuam

enquanto as competições de seleções ocorrem, gerando concorrência de atratividade entre competições de clubes e competições de seleções – o que também não é bom.

e) Sem a adequação, sobram menos datas para distribuir as competições de clubes ao

longo da temporada, e tudo fica mais confuso e sobreposto. Com a adequação, pode-se distribuir melhor as competições ao longo da temporada, evitando-se os desconfortos citados. Um calendário gregoriano racional gera atividades para os clubes ao longo de nove meses (tira-se um mês para férias, um mês para pré temporada e um mês para preparação e jogos de competições de seleções) enquanto um calendário adequado ao europeu racional gera atividades para os clubes ao longo de dez meses (tira-se, apenas, um mês de férias e um mês de pré temporada; não é necessário tirar período dedicado às seleções, pois estas fazem o seu trabalho

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exatamente durante as férias e pré temporada de clubes) – obviamente, é melhor para os clubes terem dez meses de atividades, do que nove.

Cabe salientar, também, que há recesso, por este calendário apresentado, na época do Natal e Ano Novo, o que favorece os atletas.

3. É da tradição do futebol brasileiro se jogar algumas competições em um semestre do ano, e outras em outro semestre. Pela proposta feita, todas as competições propostas duram a temporada regular inteira (exceto as festivas, realizadas em uma rodada, logo no início da temporada). Isso não contraria outro aspecto de nossa cultura?

Existem aspectos de nossa cultura que devem ser contrariados, mesmo. Isso faz parte do espírito de qualquer reforma.

Ter uma competição, ou melhor, um conjunto de competições simultâneas sendo jogadas durante a temporada inteira é o segredo para manter todos os clubes profissionais em atividade durante a temporada integral, algo extremamente benéfico. É o caso de minha proposta, que mantém 700 clubes profissionais em atividade ao longo de toda a temporada (o que representa cerca de 17.500 empregos permanentes de jogadores profissionais ao longo de toda a temporada; imagine-se a quantidade de outros empregos diretamente gerados, e de empregos indiretos gerados), graças ao fato das competições se estenderem ao longo dela.

4. Pelo projeto de Campeonato Brasileiro apresentado, cada uma das duas divisões principais do Campeonato Brasileiro têm 20 clubes. Isso não torna a sua duração extremamente longa, inviabilizando um tempo maior para preparação e amistosos?

É bom lembrar que, na proposta, os clubes possuem um mês inteiro para isso, o mês de Julho, e isso não acontece, por exemplo, no calendário atual.

Posto isso, realmente, se tivéssemos um Campeonato Brasileiro com divisões de 16 clubes, teríamos 30 fins de semanas para disputá-lo, cerca de oito meses. Sobraria tempo para férias, pré temporada com dois meses (um de preparação física / técnica, outro para amistosos antes do início da temporada oficial) e mais de um mês para a Seleção Brasileira se preparar para as competições que disputasse.

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Seria uma solução tecnicamente perfeita, mas com dois problemas: Poucos clubes por divisão em um país de dimensões continentais e, principalmente, longo período de inatividade oficial para os clubes.

A solução de um Campeonato Brasileiro com divisões de 20 clubes requer 38 fins de semanas para a disputa, cerca de dez meses. Tem-se menor tempo para pré temporada e preparação da Seleção, mas, em compensação, os clubes permanecem em atividades oficiais por mais tempo. É, portanto, do ponto de vista comercial, uma alternativa mais interessante para quem realmente conta: Os clubes.

5. O projeto propõe que o Campeonato Brasileiro da Primeira Divisão seja disputado em turno e returno com pontos corridos. Isso não vai contra a cultura brasileira, mais uma vez, em que os torcedores gostam de assistir finais?

Continuará havendo finais para a Copa do Brasil, a Libertadores, a Sulamericana, os Regionais, outras divisões do Brasileiro. O que não faltarão são finais para o torcedor assistir. Nessas competições, que são eliminatórias (caso da Libertadores, da Sulamericana e da Copa do Brasil), as finais são uma decorrência óbvia.

Diferente deve ser a situação em campeonatos nacionais da primeira divisão, programados para durar a temporada inteira. Eles devem existir para garantir sequência de jogos e melhor planejamento dos diversos clubes. Nesse caso, então, é melhor se abdicar das finais, para se ter uma competição que seja “vitrine” para o resto do Mundo, por trazer a credibilidade e a meritocracia que só competições de pontos corridos podem propiciar.

6. Foi proposto que, a exemplo da Copa do Nordeste e da Copa Verde, houvesse a volta da Copa Sul / Minas e da Copa Rio / São Paulo. Isso é viável?

Indubitavelmente, isso é algo interessante, do ponto de vista comercial, uma vez que as competições regionais são mais atraentes que as competições estaduais. Fatores políticos, no entanto, obstaculizam essa possibilidade. Há que se saber o que se quer com o futebol brasileiro: Que seja uma atividade econômica próspera, gerando emprego e renda; ou que seja algo arcaico e ultrapassado.

7. Não seria melhor colocar as competições de meios de semanas sendo realizadas cada uma de sua vez, ao invés de intercalar rodadas de cada uma, ao longo da temporada regular inteira?

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Parece tentador dizer que sim, aparentemente isto seria uma forma mais organizada de arranjo. Das 38 quartas feiras, utilizar-se-ia a primeira para a Supercopa do Brasil, a segunda para a Recopa Sulamericana, as 18 seguintes para Libertadores e Sulamericana, as nove seguintes para a Copa do Brasil e as últimas nove para as Competições Periféricas. Ou algo parecido a isso.

Isso parece o melhor… mas não é! Se assim for, os clubes vão jogar desfalcados no Brasileirão, aos domingos, quando estiverem decidindo os Regionais ou Estaduais, Competições Periféricas, às quartas feiras. Os clubes vão jogar desfalcados no Brasileirão, aos domingos, quando estiverem decidindo a Copa do Brasil, às quartas feiras. Os clubes vão jogar desfalcados no Brasileirão, aos domingos, quando estiverem decidindo a Libertadores e a Sulamericana, às quartas feiras – pois os clubes optarão por colocar o time titular na competição que decidem, e o time desfalcado no Brasileirão. Essa metodologia de cada competição ter a sua sequência, sem se intercalar as datas, acaba ajudando a avacalhar o Campeonato Brasileiro, principal competição do calendário.

E, então, como se pode impedir que o Campeonato Brasileiro, principal competição do calendário, seja avacalhado? Fazendo todas as competições – sejam jogadas aos fins de semanas, sejam jogadas aos meios de semanas – começarem em Agosto (ou final de Julho, dependendo do ano) e terminarem em Maio, durante todo o período da temporada regular. Assim, todas entram em fase decisiva ao mesmo tempo e, assim, o Brasileirão não é desprestigiado pelas decisões das demais competições, simplesmente porque se encontra, na mesma época, em momento de decisão (obviamente, as competições de rodada única – Supercopa do Brasil e Recopa Sulamericana – não podem ser jogadas ao longo de toda temporada; sugiro que sejam jogadas logo ao início dela).

8. O Campeonato da Liga Paulista da Primeira Divisão ser disputado por apenas seis clubes não é um contra senso?

Acho que contra senso seria ter que estender o número de datas das Competições Periféricas, só para fazer um “Paulistão” maior, com mais clubes. O fato é que há nove datas, ou rodadas, para estas competições. O modelo com seis clubes na primeira divisão, tal qual proposto, permite utilizar cinco das nove datas (as outras quatro são para a Copa Rio / São Paulo), em um campeonato de relativamente satisfatório nível técnico, visto que disputado apenas pelos seis melhores paulistas.

9. Pelo modelo proposto, a Copa do Brasil deve ser disputada por 370 clubes, quando, hoje, é disputada por 86. Não seria inchar demais o certame?

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A Copa do Brasil é uma competição que existe para dar chances para os pequenos clubes chegarem a uma competição internacional, como a Libertadores e a Sulamericana, em pé de igualdade com os clubes grandes. Então, o mais justo é estender esta oportunidade ao maior número de clubes profissionais possível.

Ademais, pela proposta apresentada, a Copa do Brasil cumpre estratégico papel para se aumentar o interesse pelo Campeonato Brasileiro da Série C. Isso porque, dos 370 clubes propostos, 330 devem vir dos resultados da Série C da temporada anterior. Isso faz com que os clubes disputem a Série C com afinco, para conseguirem vaga na Copa do Brasil seguinte.

10. Ter-se a Copa do Brasil com fases em jogo único, ao invés de fases com jogos de ida e volta, é adequado?

Por que não? O grande problema de se fazer a Copa do Brasil com jogos de ida e volta é que se precisaria de 18 datas, ao invés de nove. Daí, possivelmente, teria que se sacrificar datas da pré temporada, indo em sentido contrário ao que propõe o Bom Senso Futebol Clube, ou seja, indo-se contra o interesse dos jogadores de futebol.

Diga-se, decidir-se vaga, ou título, em jogo único, ao invés de dois jogos, torna todos os jogos do certame decisivos. Não será por isso, por exemplo, que os confrontos da Copa da Inglaterra são jogos únicos? A refletir.

11. Copa Libertadores da América com 32 clubes e Copa Sulamericana com 80 clubes não é algo exagerado?

Depende do ponto de vista que se adota. Quando se critica que estas competições tenham, no agregado, este número de clubes, é porque, obviamente, clubes de baixo nível técnico acabarão as disputando.

Repare-se que, no que proponho para a Libertadores, o modelo tem até menos clubes do que atualmente: Trinta e dois no modelo que proponho, contra 38 no modelo atual. Ademais, entram mais clubes brasileiros e argentinos, em detrimento de clubes de outros países, aumentando o nível técnico do certame.

Para a Sulamericana, ter abundante número de clubes na competição permite, por tabela, se ter um bom número de clubes oriundos de cada país, e isso ajuda a valorizar as competições internas de cada país. Esse, aliás, é um dos maiores objetivos das

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competições internacionais em geral, mais facilmente cumprido com o alargamento do número de clubes.

Veja-se um detalhe muito importante: Atualmente, a Confederação Sulamericana de Futebol (CONMEBOL), tem 36 datas à sua disposição por ano, 22 para a Libertadores, 12 para a Sulamericana e duas para a Recopa Sulamericana. Pelo que proponho, a CONMEBOL passa a ter 19 datas por temporada anual: Dezoito para a Libertadores e Sulamericana jogadas em simultâneo e uma para a Recopa Suamericana (na verdade, como mostrarei no primeiro anexo deste documento, a CONMEBOL deve ter 38 datas neste modelo proposto, só que 19 delas incluem clubes brasileiros, e as outra 19 não incluem clubes brasileiros; portanto, envolvendo os clubes brasileiros, tem-se 19 datas). Ora, parece ser razoável que, se proponho a redução do número de datas para as competições da CONMEBOL, em contrapartida se dê a possibilidade de mais clubes serem contemplados nas competições. E, em minha proposta, isso acontece: O modelo atual contempla 85 clubes (38 na Libertadores e 47 na Sulamericana), enquanto o modelo que proponho contempla 112 clubes (32 na Libertadores e 80 na Sulamericana).

No caso específico do Brasil, passa-se a ter de seis a oito clubes brasileiros (contra cinco ou seis atuais) na Libertadores e oito clubes brasileiros na Sulamericana (contra seis, sete ou oito atuais). O que serve para valorizar as competições nacionais que classificam clubes para estes certames: Campeonato Brasileiro da Primeira Divisão, Copa do Brasil, Copa do Nordeste e Copa Verde.

12. O Campeonato Brasileiro da Série C com 660 clubes é necessário?

Inquestionavelmente, sim! Ao momento em que escrevo, o projeto da Confederação Brasileira de Futebol é ter Campeonato Brasileiro com 20 clubes nas três primeiras divisões, e com 40 clubes na quarta – um total de 100 clubes.

Ora, o futebol brasileiro não tem 100 clubes, mas perto de 700! E os outros clubes? Devem ficar com a sua atuação reduzida aos Estaduais? Não parece bom, em termos de engrandecimento das Instituições e de geração de emprego e renda.

Assim, pelo que proponho, 40 clubes disputam as duas divisões principais do Campeonato Brasileiro, e 660 clubes disputam a terceira divisão. Destarte, os 700 clubes permanecem ocupados ao longo dos fins de semanas da temporada regular.

O que se pode discutir é se ocupar os 700 clubes não pode ser feito com cinco divisões, e não três, como propõe o Bom Senso Futebol Clube. Ajudei a estruturar o modelo com

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cinco divisões para o Bom Senso Futebol Clube. Mas, pessoalmente, prefiro o modelo com três divisões, pelas seguintes razões:

• Alocando diversos clubes do país por terceira, quarta e quinta divisões, clubes de uma mesma área geográfica podem ficar em divisões diferentes, não jogando entre si. Alocando diversos clubes do país apenas pela terceira divisão, os clubes geograficamente próximos entrei si jogam entre si, fazendo parte do mesmo grupo – o que reduz substancialmente os gastos envolvidos.

• Um clube qualquer do país pode chegar à Série A em duas temporadas, desde que tenha méritos para tal. Com o modelo de cinco divisões, um clube da quinta divisão demoraria, com méritos, pelo menos quatro temporadas para chegar à Série A. Portanto, o modelo com as três divisões motiva mais os clubes que não os 40 das duas divisões principais.

De qualquer modo, o importante é deixar os 700 clubes em atividade ao longo de toda a temporada.

13. Não é caro fazer a Série C ao longo de toda a temporada?

Claro que não! O custo por jogo é irrisório, porque os grupos são micro regionais – são grupos de dez clubes, definidos por proximidade geográfica. Portanto, não há custos de hospedagens, nem de passagens aéreas – os gastos de locomoção são por via terrestre e com pequenos deslocamentos.

Qual o grande gasto de um jogo Olaria RJ x Madureira RJ? Qual é o grande gasto de um jogo Linense SP x Marília SP? Qual é o grande gasto de um jogo Rio Grande RS x Garibaldi RS?

Custos pequenos por jogo, permitindo ocupação para 660 clubes ao longo de toda a temporada, parece interessante.

14. É proposta uma fórmula alternativa aos pontos corridos para a disputa da Série B. Isso seria bom?

Essa fórmula de disputa alternativa para a Série B que proponho é uma forma de reduzir gastos do certame. Ao se ter dois grupos – um com clubes mais ao sul do país, outro com clubes mais ao norte do país – reduz-se despesas de locomoção e hospedagem.

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Mas, se se preferir continuar disputando a Série B por pontos corridos, não há problemas: Ambos os formatos consomem as mesmas 38 datas e envolvem os mesmos clubes.

Acho que, temporada a temporada, os próprios clubes que disputam a Série B podem decidir, em Conselho Arbitral, se, naquela temporada, jogarão em pontos corridos ou pelo método alternativo.

15. Por que, dentro das Competições Periféricas, as competições regionais devem ser sempre eliminatórias em jogo único?

Para se economizar datas, e se ter, assim, um calendário mais racional, do ponto de vista global. Se os certames regionais não forem eliminatórios de jogos únicos, precisar-se-á de mais datas para organizar o calendário. Consequentemente, a sonhada pré temporada de um mês preconizada pelo Bom Senso Futebol Clube tem que ser abandonada. Isso não pode acontecer.

Confesso que gostaria de ver os certames regionais sendo disputados pelo antigo formato do Campeonato Brasileiro da Série A: Turno único, com os melhores classificados jogando, em seguida, os playoffs. Acho um método de disputa bem interessante. Infelizmente, não há datas suficientes para utilizá-lo.

Por outro lado, o método de “mata mata” em jogo único pode ser bastante interessante, pois todos os jogos são decisivos. Não se deve esquecer que a Copa do Nordeste e suas altíssimas médias de público pagante tem exatamente um expressivo aumento dessas médias quando há a fase de “mata mata”, ou playoffs.

16. Acesso e descenso de cinco clubes por divisão não é exagero?

Não acredito. Ter acesso / descenso de cinco clubes entre as divisões do Campeonato Brasileiro permite mais mobilidade entre esses clubes, sendo algo mais democrático. Além disso, aumenta o interesse por cada divisão, pois há mais clubes precisando de bons resultados para não serem rebaixados.

No entanto, se o entendimento for que o acesso / descenso seja de apenas quatro, ou até três, clubes por divisão, isso não é algo a que me oponha frontalmente.

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17. Seria bom criar o Campeonato da FIFA?

Isso propiciará que as seleções campeãs mundiais joguem um interessantíssimo torneio entre si, na casa da última seleção campeã mundial (no ano anterior). Assim, de quatro em quatro anos, os principais confrontos do futebol mundial (Brasil x Argentina, Brasil x Itália, Brasil x Alemanha, Brasil x Inglaterra, Brasil x França, Brasil x Uruguai, Argentina x Itália, Argentina x Alemanha, Argentina x Inglaterra, Argentina x França, Argentina x Uruguai, Itália x Alemanha, Itália x Inglaterra, Itália x França, Itália x Uruguai, Alemanha x Inglaterra, Alemanha x França, Alemanha x Uruguai, Inglaterra x França, Inglaterra x Uruguai, França x Uruguai, Brasil x Espanha, Argentina x Espanha, Itália x Espanha, Alemanha x Espanha, Inglaterra x Espanha, França x Espanha, Uruguai x Espanha) serão, necessariamente, realizados, o que contribui para que estes grandes jogos aconteçam com frequência, gerando interesse dos amantes do futebol (há quanto tempo, por exemplo, não há um jogo oficial entre Brasil e Inglaterra?).

A competição deve ser, ainda, uma maneira de exaltar a última seleção campeã mundial pelo seu feito, uma vez que o certame dar-se-á na casa desta.

18. Nota-se que, no projeto, nenhuma competição contempla a possibilidade de se decidir classificação ou título em prorrogação ou pênaltis. Por que isso?

Considero que se decidir classificações para fases seguintes, ou até títulos (como nas Copas do Mundo de Seleções de 1.994, 2.006 e 2.010), por prorrogação ou pênaltis é algo nocivo ao futebol.

Prorrogação é um abuso contra o atleta, que se prepara fisicamente para jogar 90 minutos e se vê obrigado a jogar 120. O resultado são jogadores de futebol extenuados, incapazes de colocar em prática o seu melhor potencial.

Decisão por pênaltis não é loteria, mas é algo muito próximo a isso. Só se valoriza um fundamento importante do futebol, que é o chute. Passes, dribles, lançamentos, ultrapassagens, velocidade, posicionamento e capacidade coletiva ficam de fora. Acaba sendo comum que o time menos dotado tecnicamente tenha vantagem. Não tenho nada contra o time menos dotado tecnicamente levar vantagem, mas desde que tenha sido competente no jogo, não em uma fração limitadíssima deste.

Como mostrei ao longo do trabalho, há maneiras eficazes de se deixar de recorrer tanto à prorrogação, como aos pênaltis – tanto se optando por sorteio para contrapor possibilidade de empate como resultado positivo ao mando de campo, como ver quem

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teve mais mérito ao longo de fases anteriores de um mesmo torneio, como a utilização de rankings oficiais.

19. O projeto apresentado não privilegia os grandes clubes, em detrimento dos pequenos clubes?

O projeto representa, para os grandes clubes, uma solução melhor do que já tenha existido. Mas, de forma alguma, nega benefícios aos clubes pequenos.

Em primeiro lugar, o calendário proposto contempla os interesses de, e competições dedicadas a, 700 clubes. E então, óbvio, os pequenos clubes estão incluídos.

Em segundo lugar, o calendário proposto gera a possibilidade dos clubes pequenos jogarem, fim de semana a fim de semana, durante pelo menos nove meses e meio, via Série C – de Agosto de um ano a pelo menos meados de Abril do outro. No calendário atual, a maioria avassaladora dos clubes pequenos joga os Estaduais durante alguns meses, ficando sem jogos oficiais em relação à maior parte da temporada.

Em terceiro lugar, e pelos mesmos motivos, a garantia de que qualquer um dos 700 clubes vai fazer ao menos 38 partidas oficiais ao longo da temporada beneficia os clubes pequenos. Alguns deles jogam, atualmente, menos de 20 jogos oficiais por temporada.

Em quarto lugar, todos os clubes têm possibilidades de acesso ao Campeonato Brasileiro da Primeira Divisão, anseio geral. Os clubes mais competentes vão subindo de divisão, primeiro, passando pela Série C, depois, pelo Campeonato Brasileiro da Série B, até chegarem à Série A. Em duas temporadas, pode-se sair do patamar mais baixo para o patamar mais alto. Desde que tenha méritos, qualquer clube pequeno pode chegar às divisões mais avançadas, o modelo permite isso, em apenas duas temporadas.

Em quinto lugar, mesmo no limite dos estados, há a possibilidade de ascensão e, no caso, já que existem Campeonatos Estaduais descentralizados, geridos pelas Federações Estaduais.

Em sexto lugar, privilegio a Copa do Brasil, competição de excelência para os clubes pequenos, em que estes têm a possibilidade de assegurar vaga na Libertadores ou na Sulamericana da temporada seguinte. Proponho que o número de clubes participantes da Copa do Brasil suba de 86 para 370, um aumento espetacular. Assim, o número de pequenos clubes beneficiados por jogar esta competição é amplo.

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Encaro a proposta apresentada como uma forma de alavancar receitas para os grandes clubes e uma forma de ascensão esportiva para os pequenos clubes.

20. Esse calendário não é de nada! Joga-se ininterruptamente aos domingos e quartas feiras, como acontece atualmente! Não há nenhuma diferença! Se há, qual é?

Há várias diferenças entre o calendário proposto e o calendário atual. Em primeiro lugar, uma delas é que, enquanto no calendário atual um clube pode fazer até 84 jogos oficiais por temporada, no calendário proposto esse número chega a 76, uma redução de cerca de 10 % no número de jogos máximo de um clube (e, consequentemente, no número de jogos de cada clube grande, na medida que as competições em geral são mais enxutas).

Em segundo lugar, existem as Datas FIFA, tal qual no calendário atual. Acontece que, ao contrário do que acontece no calendário atual, proponho que as competições de clubes parem quando houver jogos de seleções, objetivo das Datas FIFA. Assim, também ao contrário do que acontece atualmente, os clubes não precisam atuar desfalcados de seus jogadores convocados para a Seleção e, de quebra, as oito Datas FIFA existentes ao longo de uma temporada acabam funcionando como uma folga para os jogadores não convocados, “quebrando” o ritmo pesado da sequência de jogos.

Em terceiro lugar, está claro que os clubes em que os jogadores fazem uma pré temporada decente estão mais preparados para lidar com a sequência de jogos do que clubes em que a pré temporada é exígua. Pois, ao contrário do calendário atual (que dedica pouco mais de dez dias à pré temporada), o calendário proposto aposta em uma pré temporada bem mais extensa: Um mês inteiro para treinamentos físicos e técnicos, jogos treinos e jogos amistosos. No modelo proposto, os clubes têm a possibilidade de melhorar a preparação para a sequência de jogos.

Em quarto lugar, deve-se dizer que a indesejável sequência de dois jogos por semana durante tempo prolongado é, no calendário proposto, algo reservado a pouquíssimos clubes. Como a grande maioria das competições de meios de semanas são eliminatórias ao estilo “mata mata”, no calendário proposto, só os clubes que vão se classificando prolongam a sequência (o que tem o ônus de se jogar mais, mas tem o bônus técnico e financeiro de se ir bem na competição em curso), a maioria deles vai sendo eliminada e, a partir daí, só jogam aos fins de semanas. Como se sabe, no calendário atual, os 40 clubes das duas divisões principais do “Brasileirão” são obrigados a, todos eles, fazerem uma sequência de “domingo – quarta – domingo” ao longo de entre dois e três meses (entre Junho e Agosto, exceto em ano de Copa do Mundo, quando a sequência é entre

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segunda metade de Julho e Setembro), ou seja, todos os clubes de elite são submetidos a esta “maratona” – não é o caso do que proponho, já que a sequência, na proposta, é apenas para os poucos clubes que forem se classificando nos certames eliminatórios.

Em quinto lugar, pelo calendário proposto, onde fica evidenciado um número de rodadas não eliminatórias razoável para uma quantidade considerável de clubes, em certames de meios de semanas, é nas competições estaduais. Ora, competições estaduais são as competições menos importantes do calendário. Então, os clubes podem poupar jogadores nas competições menos importantes, as estaduais, quando for o caso. Ao contrário do que acontece no calendário atual, em que os clubes que estão na parte final da Libertadores se veem obrigados a poupar jogadores no “Brasileirão”, competição central do calendário – o que, convenhamos, é muitíssimo pior!

Então, aceito que digam que minha proposta não é a melhor, ou que não é boa (estou aberto a ser convencido disso), mas não aceito, absolutamente, que se diga que a proposta é similar ao calendário atual.

Dúvidas e polêmicas, há muito mais do que estas. Mas é melhor parar por aqui, para não estender de forma demasiada a discussão.

4.03) Implantação do Projeto

O projeto é totalmente atemporal, podendo ser implementado a qualquer momento que se desejar. Tudo depende da vontade dos senhores que decidem os destinos do futebol brasileiro. Todavia, acho que o ano de 2.018 é emblemático, por ser ano de Copa do Mundo de Seleções. Assim, dois períodos são relevantes: Primeiro semestre de 2.018 e temporada de 2.018 – 2.019. Primeiro Semestre de 2.018: Devem ser usados 19 fins de semanas e 19 meios de semanas, entre segunda metade de Janeiro e Maio. Assim, proponho que os 19 fins de semanas e 19 meios de semanas do período sejam dedicados às 38 rodadas do Campeonato Brasileiro da Primeira Divisão Especial de 2.018, às 38 rodadas do Campeonato Brasileiro da Segunda Divisão Especial de 2.018 e às 38 rodadas do Campeonato Brasileiro da Terceira Divisão especial de 2.018 – todos já nos moldes propostos neste trabalho. Temporada 2.018 – 2.019: Deve ir de Julho de 2.018 a Junho de 2.019, já totalmente adaptada ao calendário que propus para ser permanente.

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Na Libertadores de 2.018 – 2.019, os seis clubes Brasileiros (sem contar campeão da Libertadores e campeão da Sulamericana de 2.017) devem ser o clube campeão da Copa do Brasil de 2.017, três melhores clubes do Campeonato Brasileiro da Primeira Divisão de 2.018 e dois melhores clubes do Campeonato Brasileiro da Primeira Divisão de 2.017.

Na Sulamericana de 2.018 – 2.019, os oito clubes Brasileiros devem ser: • Quatro clubes pela classificação do Campeonato Brasileiro da Primeira Divisão de

2.018.

• Quatro clubes pela classificação do Campeonato Brasileiro da Primeira Divisão de 2.017.

Na Copa do Brasil de 2.018 – 2.019, os 370 clubes devem ser (já no formato proposto): • Vinte do Campeonato Brasileiro da Primeira Divisão Especial de 2.018.

• Vinte do Campeonato Brasileiro da Segunda Divisão Especial de 2.018. • Trezentos e trinta melhores do Campeonato Brasileiro da Terceira Divisão Especial

de 2.018. Os clubes que devem disputar a Copa Sul / Minas da temporada 2.018 e 2.019 devem ser: • Quatro melhores do Campeonato Gaúcho de 2.017, dentre os seis da Liga Gaúcha.

• Quatro melhores do Campeonato Catarinense de 2.017, dentre os seis da Liga

Catarinense.

• Quatro melhores do Campeonato Paranaense de 2.017, dentre os seis da Liga Paranaense.

• Quatro melhores do Campeonato Mineiro de 2.017, dentre os seis da Liga Mineira.

Os clubes que devem disputar a Copa Rio / São Paulo da temporada 2.018 – 2.019 devem ser:

• Dez melhores do Campeonato Paulista de 2.017, dentre os 18 da Liga Paulista.

• Seis da Liga Carioca.

De resto, esta temporada (2.018 – 2.019) deve ser tal qual a minha proposta de calendário. Então, as temporadas de 2.019 – 2.020, 2.020 – 2.021, 2.021 – 2.022, e assim por diante, devem ser integralmente da forma que propus neste documento.

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Como se vê, a transição para o modelo proposto pode ser feita, a um só tempo, rapidamente e sem traumas. Estou chegando ao fim da apresentação de minhas propostas de calendário para as competições que envolvem o futebol brasileiro. Este trabalho constitui-se em uma tentativa para se resolver um grave problema. Contudo, não será surpresa se os “cartolas” decidirem deixar tudo como está. Afinal, somos penta campeões. Deve estar tudo muito bem, não é mesmo? Levarmos uma impiedosa goleada de 7 x 1 em semi final de Copa do Mundo em que somos anfitriões é só uma casualidade, não é mesmo?

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Capítulo V – Conclusões

Embora seja interessado pelo assunto desde que tinha de 13 para 14 anos, nos idos de 1.999, quando tinha 29 anos, tive a ideia de escrever, pela primeira vez, um livro a respeito do calendário do futebol brasileiro. Era uma época em que se apostava muito no nosso futebol, considerado uma atividade promissora, com grande potencial de desenvolvimento. Naqueles tempos, a Lei Pelé havia sido aprovada no Congresso Nacional, trazendo esperanças para o esporte em geral e o futebol, em particular. Acreditava-se em uma série de fatos novos que poderiam ter surgido, tais como: • Gestão dos clubes mais democrática e transparente.

• Vultoso aporte de recursos na atividade do futebol, vindos, sobretudo, de

investidores estrangeiros.

• Estreitamento dos laços de parceria com as redes de televisão.

• Aposentadoria de “cartolas” tradicionais, adeptos de uma mentalidade arcaica e ultrapassada.

• Organização do calendário, como mecanismo de ampliação do interesse público,

facilitando a obtenção de receitas. Uma primeira leitura, superficial, nos diz que nada disso aconteceu: A gestão dos clubes continua sendo quase um segredo de Estado, verdadeira “caixa preta”, não há transparência; os investimentos estrangeiros vieram e se foram, não confiaram em um ambiente em que as “regras do jogo” não são claras; quanto às televisões, ainda não há um modelo de transmissão dos jogos que seja considerado satisfatório, e a divisão das cotas de transmissão é extremamente desigual entre os clubes; embora haja alguma renovação, os “cartolas” tradicionais estão aí mesmo, mandando em clubes, federações e confederações; o calendário continua ruim, apesar de melhorias pontuais, mas muitíssimo aquém do necessário. Chega um momento em que o copo d’água transborda: Tomar uma indignante goleada da Alemanha em Copa do Mundo é uma decorrência da má gestão. Por falar nisso, o futebol alemão fez a sua revolução. Por que não fazemos a nossa? Está tudo perdido? Nem tanto. Em meio a gente reacionária, vícios quase intransponíveis, interesses particulares prevalecendo sobre os dos clubes, temos novidades: Em alguns clubes, grupos de mentalidade renovada chegaram ao poder; existem destacados espaços da mídia esportiva que exercem um trabalho de vanguarda, em prol da moralização e da reforma; o crescente interesse de alunos por cursos de gestão esportiva mostra que há gente interessada em ter uma perspectiva empresarial da atividade referida.

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O novo está aí mesmo. Não que vá suplantar a carcomida estrutura atual com facilidade, mas paciência e perseverança podem fazer os reformadores ganharem o jogo. No caso específico do calendário, a grande esperança está depositada no entendimento, por parte das nascentes lideranças dos grandes clubes, de que é preciso se privilegiar uma estrutura em que haja um limite de jogos por temporada e, dentro deste limite de jogos, os grandes clubes devem jogar entre si com a maior frequência possível. Deve-se lembrar, também, que a criação do Bom Senso Futebol Clube e do Futebol do Futuro colocou em xeque a ineficaz estrutura, estabelecendo novos parâmetros para a gestão do futebol brasileiro, com a reforma do calendário sendo parte essencial disso. Faço parte desses grupos, e muito me orgulho disso! Temos condições de estabelecer uma Liga Nacional muito forte, extremamente vigorosa, como não é possível acontecer em qualquer outro país do Mundo. Temos condições de estabelecer ligas estaduais e regionais atuantes, representativas, porta vozes de clubes de torcida, tradição e com potencial arrecadador. O calendário é o aspecto central para que tenhamos o futebol brasileiro bem gerido: O bom calendário gera mais receitas de bilheterias; o bom calendário gera mais receitas de televisionamento; o bom calendário gera atrativos para jogos serem transmitidos no exterior; o bom calendário atrai patrocinadores, que têm uma noção muito boa de quantas vezes poderão expor sua marca ao longo da temporada; o bom calendário permite que a matéria prima de tudo, os jogadores, seja bem cuidada e protegida. Não quero, pretensiosamente, afirmar que o meu projeto de calendário é o melhor possível dos que se tem notícia. Mas acredito que, dentro de minhas limitações, concebi um bom projeto. Seria importante que esta iniciativa estimulasse outros autores com interesse no tema a falarem sobre os seus projetos, que houvesse uma grande discussão democrática, enfim, que da quantidade se extraísse a qualidade. Quando falo da elaboração de um calendário racional e de estrutura profissional, indiretamente defendo a visão de que o futebol é um negócio. Para ser mais preciso, digo que existe uma dimensão negócio no futebol. Nos últimos anos, tem sido comum a crítica ao futebol de negócios. Alguns autores dizem que a dimensão negócio tirou o brilho do futebol, que se acha mais mecânico, mais burocrático, mais chato. Trata-se de uma relação causa / efeito imprópria: O futebol pode não ser, do ponto de vista técnico, o que era há algumas décadas, o que, aliás, é uma pena; mas, com certeza, não é porque seja “de negócios”. A palavra negócio significa negar o ócio, portanto, trabalho. E, pelo que se saiba, trabalho não destroi nada… Negócio é tudo que existe para viabilizar as atividades de empresas ou, de uma forma mais moderna, organizações. Mas organizações só se viabilizam quando se atende às necessidades dos clientes. Logo, os negócios existem para atender os clientes.

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E, no futebol, os clientes são os torcedores. Consequência óbvia: Se negócios existem para atender às necessidades dos torcedores, não podem ser ruins. Arrisco, mesmo, dizer que – ao contrário – o que falta ao futebol brasileiro é uma verdadeira visão de negócios. Mudar é preciso. Mas há gente nova no pedaço, o que me deixa mais confiante (o Futebol do Futuro e o Bom Senso Futebol Clube provam isso). Há que se tentar. No Brasil, o futebol é importante demais para ser mal tratado como vem sendo. Tentar mudar é, mais do que um ideal, um dever.

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Anexo I – Impactos das Propostas para o Futebol da América do Sul À primeira vista, este modelo de calendário pode desagradar à Confederação Sulamericana de Futebol, a CONMEBOL. Isto porque, atualmente, a CONMEBOL conta com 36 datas para organizar seu calendário por temporada anual (22 para a Libertadores, 12 para a Sulamericana e duas para a Recopa Sulamericana) e, pelo que proponho, aparentemente a CONMEBOL teria apenas 19 datas para suas competições (18 para a Libertadores e a Sulamericana, disputadas simultaneamente, e uma para a Recopa Sulamericana). Então, a CONMEBOL poderia se opor a esta proposta, por destinar a esta Instituição apenas 19 datas, ao invés de 36. Devo dizer que não proponho que a CONMEBOL tenha 19 datas para a temporada anual, mas sim 38 – ou seja, mais do que as 36 atuais. Só que clubes brasileiros estão inclusos em 19 delas (18 da Libertadores e Sulamericana, jogadas simultaneamente, e uma da Recopa Sulamericana). As outras 19, estas são destinadas a competições que seriam criadas, envolvendo clubes dos outros nove países da América do Sul. Destarte, proponho que a CONMEBOL tenha 38 quartas feiras, entre Agosto (ou final de Julho) de um Ano e Maio do ano seguinte, disponíveis para suas competições, assim distribuídas: 19 para competições a serem criadas, 18 para a Libertadores e a Sulamericana realizadas simultaneamente, e uma para a Recopa Sulamericana. As competições a serem criadas pela CONMEBOL, chanceladas e geridas por esta Instituição, seriam competições a envolverem clubes de regiões da América do Sul. Mais precisamente: Copa Platina (envolvendo clubes da Argentina e do Uruguai), Copa CONMEBOL Sul (envolvendo clubes do Chile, do Paraguai e da Bolívia) e Copa CONMEBOL Norte (envolvendo clubes da Colômbia, do Equador, do Peru e da Venezuela). Segue um resumo descritivo de cada um desses certames, a serem criados pela CONMEBOL. Copa Platina: Número de Clubes Participantes: Catorze fixos (dez argentinos e quatro uruguaios). Clubes Participantes: River Plate ARG, Boca Juniors ARG, Independiente ARG, Racing ARG, San Lorenzo ARG, Vélez Sarsfield ARG, Estudiantes ARG, Argentinos Juniors ARG, Newell´s Old Boys ARG, Rosário Central ARG, Peñarol URU, Nacional URU, Defensor URU, Danúbio URU. Forma de Disputa: Os 14 clubes jogam entre si em turno único, classificando-se os oito melhores (13 rodadas). Os oito classificados fazem quartas de finais em dois jogos (duas rodadas). Os quatro classificados fazem semi finais em dois jogos (duas rodadas). Os dois finalistas decidem o título em dois jogos (duas rodadas). Total de Rodadas: Dezenove.

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Copa CONMEBOL Sul: Número de Clubes Participantes: Catorze fixos (seis chilenos, seis paraguaios e dois bolivianos). Clubes Participantes: Colo Colo CHI, Universidad Chile CHI, Universidad Catolica CHI, Cobreloa CHI, Union Española CHI, Audax Italiano CHI, Olimpia PAR, Cerro Porteño PAR, Libertad PAR, Guarani PAR, Nacional PAR, Sol de América PAR, Bolivar BOL, The Strongest BOL. Forma de Disputa: Os 14 clubes jogam entre si em turno único, classificando-se os oito melhores (13 rodadas). Os oito classificados fazem quartas de finais em dois jogos (duas rodadas). Os quatro classificados fazem semi finais em dois jogos (duas rodadas). Os dois finalistas decidem o título em dois jogos (duas rodadas). Total de Rodadas: Dezenove. Copa CONMEBOL Norte: Número de Clubes Participantes: Catorze fixos (seis colombianos, três equatorianos, três peruanos, dois bolivianos). Clubes Participantes: Millionarios COL, America Cali COL, Deportivo Cali COL, Atletico Nacional COL, Atletico Junior COL, Once Caldas COL, Barcelona EQUA, Emelec EQUA, LDU EQUA, Alianza Lima PER, Sporting Cristal PER, Deportivo San Martin PER, Caracas VEN, Deportivo Tachira VEN. Forma de Disputa: Os 14 clubes jogam entre si em turno único, classificando-se os oito melhores (13 rodadas). Os oito classificados fazem quartas de finais em dois jogos (duas rodadas). Os quatro classificados fazem semi finais em dois jogos (duas rodadas). Os dois finalistas decidem o título em dois jogos (duas rodadas). Total de Rodadas: Dezenove. Com a criação dessas competições, a CONMEBOL só tem a ganhar. Em primeiro lugar, porque passa a ter 38 datas por temporada anual para estruturar suas competições, ao invés de 36. Em segundo lugar, porque isso cria vagas para uma série de clubes sulamericanos disputarem competições patrocinadas pela Instituição, clubes que poderiam não disputar competições patrocinadas pela CONMEBOL se houvesse apenas Libertadores e Sulamericana. E, em terceiro lugar, porque as competições em si são atraentes, uma vez que lidam com rivalidades de clubes de países vizinhos (sobretudo a Copa Platina).

Com isso fica viabilizado que os clubes brasileiros participem das competições internacionais em 19 datas, sem que a CONMEBOL tenha que reduzir suas datas, e até ampliando-as. Bom para a CONMEBOL, que passa a contar com um conjunto de competições mais atraente do que atualmente, e bom para o futebol brasileiro, que,

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estando disponível para disputar competições internacionais em 19 datas, pode estruturar seu calendário de forma mais apropriada. Condição essencial, entretanto, para se adotar estes calendários no contexto sulamericano é que os países sulamericanos, em geral, adotem um modelo de calendário adequado ao europeu. Bom número de países já possui essa adequação na América do Sul, como Argentina, Uruguai e Chile. Infelizmente, a Argentina ensaia o retrocesso: Nesse país, o formato das competições está sendo modificado, e o calendário, que é adequado ao modelo europeu, voltará a ser gregoriano. Me parece ser um erro sem tamanho. Mas, como minha proposto de reforma do calendário é para ser implantada a partir da segunda metade de 2.018, há tempo dos gestores do futebol argentino refletirem sobre o que estão fazendo. Minha sugestão para o futebol argentino é: • Que utilizem, temporada a temporada, os mesmos 38 domingos que proponho para

o futebol brasileiro. Desses 38 domingos, os seis primeiros são para a Copa da Argentina (que, atualmente, já é disputada em seis rodadas) e os outros 32 são para o Campeonato Argentino (que, pelo modelo novo de campeonato que foi decidido na Argentina, tem exatamente 32 rodadas).

• Que utilizem, temporada a temporada, as mesmas 38 quartas feiras que proponho para o futebol brasileiro. Dessas 38 quartas feiras, 19 delas são para a Copa Platina, 18 delas são para a Libertadores e Sulamericana simultaneamente realizadas e uma delas é para a Recopa Sulamericana.

Se os argentinos assim procederem, e esta proposta de criação de Copas Regionais Sulamericanas for aceita, os calendários brasileiro, argentino e da CONMEBOL ficam inteiramente alinhados – o que é bom para todas as partes envolvidas.

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Anexo II – Proposta de Calendário para Duas Temporadas Consecutivas Segue, abaixo, uma proposta de calendário de clubes para a temporada de ajuste de 2.018 e para a temporada subsequente, de 2.018 – 2.019, que já passaria a ser jogada pelo formato proposto nesta obra. 2.018:

Data Dia da Semana Atividades 03/01/2.018 Quarta Feira Pré Temporada 07/01/2.018 Domingo Pré Temporada 10/01/2.018 Quarta Feira Pré Temporada 14/01/2.018 Domingo Pré Temporada 17/01/2.018 Quarta Feira Pré Temporada 21/01/2.018 Domingo Brasileiro Transição (Três Séries) – Rodada 01 24/01/2.018 Quarta Feira Brasileiro Transição (Três Séries) – Rodada 02 28/01/2.018 Domingo Brasileiro Transição (Três Séries) – Rodada 03 31/01/2.018 Quarta Feira Brasileiro Transição (Três Séries) – Rodada 04 03/02/2.018 Domingo Brasileiro Transição (Três Séries) – Rodada 05 07/02/2.018 Quarta Feira Brasileiro Transição (Três Séries) – Rodada 06 10/02/2.018 Domingo Brasileiro Transição (Três Séries) – Rodada 07 14/02/2.018 Quarta Feira Brasileiro Transição (Três Séries) – Rodada 08 17/02/2.018 Domingo Brasileiro Transição (Três Séries) – Rodada 09 21/02/2.018 Quarta Feira Brasileiro Transição (Três Séries) – Rodada 10 24/02/2.018 Domingo Brasileiro Transição (Três Séries) – Rodada 11 28/02/2.018 Quarta Feira Brasileiro Transição (Três Séries) – Rodada 12 04/03/2.018 Domingo Brasileiro Transição (Três Séries) – Rodada 13 07/03/2.018 Quarta Feira Brasileiro Transição (Três Séries) – Rodada 14 11/03/2.018 Domingo Brasileiro Transição (Três Séries) – Rodada 15 14/03/2.018 Quarta Feira Brasileiro Transição (Três Séries) – Rodada 16 18/03/2.018 Domingo Brasileiro Transição (Três Séries) – Rodada 17 21/03/2.018 Quarta Feira Brasileiro Transição (Três Séries) – Rodada 18 25/03/2.018 Domingo Brasileiro Transição (Três Séries) – Rodada 19 28/03/2.018 Quarta Feira Brasileiro Transição (Três Séries) – Rodada 20 01/04/2.018 Domingo Brasileiro Transição (Três Séries) – Rodada 21 04/04/2.018 Quarta Feira Brasileiro Transição (Três Séries) – Rodada 22 08/04/2.018 Domingo Brasileiro Transição (Três Séries) – Rodada 23 11/04/2.018 Quarta Feira Brasileiro Transição (Três Séries) – Rodada 24 15/04/2.018 Domingo Brasileiro Transição (Três Séries) – Rodada 25 18/04/2.018 Quarta Feira Brasileiro Transição (Três Séries) – Rodada 26 22/04/2.018 Domingo Brasileiro Transição (Três Séries) – Rodada 27 25/04/2.018 Quarta Feira Brasileiro Transição (Três Séries) – Rodada 28 29/04/2.018 Domingo Brasileiro Transição (Três Séries) – Rodada 29 02/05/2.018 Quarta Feira Brasileiro Transição (Três Séries) – Rodada 30 06/05/2.018 Domingo Brasileiro Transição (Três Séries) – Rodada 31 09/05/2.018 Quarta Feira Brasileiro Transição (Três Séries) – Rodada 32 13/05/2.018 Domingo Brasileiro Transição (Três Séries) – Rodada 33 16/05/2.018 Quarta Feira Brasileiro Transição (Três Séries) – Rodada 34 20/05/2.018 Domingo Brasileiro Transição (Três Séries) – Rodada 35 23/05/2.018 Quarta Feira Brasileiro Transição (Três Séries) – Rodada 36

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27/05/2.018 Domingo Brasileiro Transição (Três Séries) – Rodada 37 30/05/2.018 Quarta Feira Brasileiro Transição (Três Séries) – Rodada 38 03/06/2.018 Domingo Férias 06/06/2.018 Quarta Feira Férias e Mundial de Clubes (Sulamericanos) 10/06/2.018 Domingo Férias e Mundial de Clubes (Sulamericanos) 13/06/2.018 Quarta Feira Férias 17/06/2.018 Domingo Férias 20/06/2.018 Quarta Feira Férias 24/06/2.018 Domingo Férias 27/06/2.018 Quarta Feira Férias 2.018 – 2.019:

Data Dia da Semana Atividades 01/07/2.018 Domingo Pré Temporada 04/07/2.018 Quarta Feira Pré Temporada 08/07/2.018 Domingo Pré Temporada 11/07/2.018 Quarta Feira Pré Temporada 15/07/2.018 Domingo Pré Temporada 18/07/2.018 Quarta Feira Pré Temporada 22/07/2.018 Domingo Pré Temporada 25/07/2.018 Quarta Feira Pré Temporada 29/07/2.018 Domingo Pré Temporada 01/08/2.018 Quarta Feira Supercopa do Brasil – Uma Rodada 05/08/2.018 Domingo Brasileiro (Três Séries) – Rodada 01 08/08/2.018 Quarta Feira Recopa Sulamericana – Uma Rodada 12/08/2.018 Domingo Brasileiro (Três Séries) – Rodada 02 15/08/2.018 Quarta Feira Competições Periféricas – Rodada 01 19/08/2.018 Domingo Brasileiro (Três Séries) – Rodada 03 22/08/2.018 Quarta Feira Libertadores e Sulamericana – Rodada 01 26/08/2.018 Domingo Brasileiro (Três Séries) – Rodada 04 29/08/2.018 Quarta Feira Copa do Brasil – Rodada 01 02/09/2.018 Domingo Primeira Data FIFA 05/09/2.018 Quarta Feira Segunda Data FIFA 09/09/2.018 Domingo Brasileiro (Três Séries) – Rodada 05 12/09/2.018 Quarta Feira Libertadores e Sulamericana – Rodada 02 16/09/2.018 Domingo Brasileiro (Três Séries) – Rodada 06 19/09/2.018 Quarta Feira Competições Periféricas – Rodada 02 23/09/2.018 Domingo Brasileiro (Três Séries) – Rodada 07 26/09/2.018 Quarta Feira Libertadores e Sulamericana – Rodada 03 30/09/2.018 Domingo Brasileiro (Três Séries) – Rodada 08 03/10/2.018 Quarta Feira Copa do Brasil – Rodada 02 07/10/2.018 Domingo Brasileiro (Três Séries) – Rodada 09 10/10/2.018 Quarta Feira Libertadores e Sulamericana – Rodada 04 14/10/2.018 Domingo Brasileiro (Três Séries) – Rodada 10 17/10/2.018 Quarta Feira Competições Periféricas – Rodada 03 21/10/2.018 Domingo Brasileiro (Três Séries) – Rodada 11 24/10/2.018 Quarta Feira Libertadores e Sulamericana – Rodada 05 28/10/2.018 Domingo Brasileiro (Três Séries) – Rodada 12 31/10/2.018 Quarta Feira Copa do Brasil – Rodada 03

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04/11/2.018 Domingo Terceira Data FIFA 07/11/2.018 Quarta Feira Quarta Data FIFA 11/11/2.018 Domingo Brasileiro (Três Séries) – Rodada 13 14/11/2.018 Quarta Feira Libertadores e Sulamericana – Rodada 06 18/11/2.018 Domingo Brasileiro (Três Séries) – Rodada 14 21/11/2.018 Quarta Feira Competições Periféricas – Rodada 04 25/11/2.018 Domingo Brasileiro (Três Séries) – Rodada 15 28/11/2.018 Quarta Feira Libertadores e Sulamericana – Rodada 07 02/12/2.018 Domingo Brasileiro (Três Séries) – Rodada 16 05/12/2.018 Quarta Feira Copa do Brasil – Rodada 04 09/12/2.018 Domingo Brasileiro (Três Séries) – Rodada 17 12/12/2.018 Quarta Feira Libertadores e Sulamericana – Rodada 08 16/12/2.018 Domingo Brasileiro (Três Séries) – Rodada 18 19/12/2.018 Quarta Feira Competições Periféricas – Rodada 05 23/12/2.018 Domingo Brasileiro (Três Séries) – Rodada 19 26/12/2.018 Quarta Feira Recesso de Mudança de Ano 30/12/2.018 Domingo Recesso de Mudança de Ano 02/01/2.019 Quarta Feira Recesso de Mudança de Ano 06/01/2.019 Domingo Brasileiro (Três Séries) – Rodada 20 09/01/2.019 Quarta Feira Libertadores e Sulamericana – Rodada 09 13/01/2.019 Domingo Brasileiro (Três Séries) – Rodada 21 16/01/2.019 Quarta Feira Copa do Brasil – Rodada 05 20/01/2.019 Domingo Brasileiro (Três Séries) – Rodada 22 23/01/2.019 Quarta Feira Libertadores e Sulamericana – Rodada 10 27/01/2.019 Domingo Brasileiro (Três Séries) – Rodada 23 30/01/2.019 Quarta Feira Competições Periféricas – Rodada 06 03/02/2.019 Domingo Quinta Data FIFA 06/02/2.019 Quarta Feira Sexta Data FIFA 10/02/2.019 Domingo Brasileiro (Três Séries) – Rodada 24 13/02/2.019 Quarta Feira Libertadores e Sulamericana – Rodada 11 17/02/2.019 Domingo Brasileiro (Três Séries) – Rodada 25 20/02/2.019 Quarta Feira Copa do Brasil – Rodada 06 24/02/2.019 Domingo Brasileiro (Três Séries) – Rodada 26 27/02/2.019 Quarta Feira Libertadores e Sulamericana – Rodada 12 03/03/2.019 Domingo Brasileiro (Três Séries) – Rodada 27 06/03/2.019 Quarta Feira Competições Periféricas – Rodada 07 10/03/2.019 Domingo Brasileiro (Três Séries) – Rodada 28 13/03/2.019 Quarta Feira Libertadores e Sulamericana – Rodada 13 17/03/2.019 Domingo Brasileiro (Três Séries) – Rodada 29 20/03/2.019 Quarta Feira Copa do Brasil – Rodada 07 24/03/2.019 Domingo Brasileiro (Três Séries) – Rodada 30 27/03/2.019 Quarta Feira Libertadores e Sulamericana – Rodada 14 31/03/2.019 Domingo Brasileiro (Três Séries) – Rodada 31 03/04/2.019 Quarta Feira Competições Periféricas – Rodada 08 07/04/2.019 Domingo Sétima Data FIFA 10/04/2.019 Quarta Feira Oitava Data FIFA 14/04/2.019 Domingo Brasileiro (Três Séries) – Rodada 32 17/04/2.019 Quarta Feira Libertadores e Sulamericana – Rodada 15 21/04/2.019 Domingo Brasileiro (Três Séries) – Rodada 33 24/04/2.019 Quarta Feira Copa do Brasil – Rodada 08

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28/04/2.019 Domingo Brasileiro (Três Séries) – Rodada 34 01/05/2.019 Quarta Feira Libertadores e Sulamericana – Rodada 16 05/05/2.019 Domingo Brasileiro (Três Séries) – Rodada 35 08/05/2.019 Quarta Feira Competições Periféricas – Rodada 09 12/05/2.019 Domingo Brasileiro (Três Séries) – Rodada 36 15/05/2.019 Quarta Feira Libertadores e Sulamericana – Rodada 17 19/05/2.019 Domingo Brasileiro (Três Séries) – Rodada 37 22/05/2.019 Quarta Feira Copa do Brasil – Rodada 09 26/05/2.019 Domingo Brasileiro (Três Séries) – Rodada 38 29/05/2.019 Quarta Feira Libertadores e Sulamericana – Rodada 18 02/06/2.019 Domingo Férias 05/06/2.019 Quarta Feira Férias e Mundial de Clubes (Sulamericanos) 09/06/2.019 Domingo Férias e Mundial de Clubes (Sulamericanos) 12/06/2.019 Quarta Feira Férias 16/06/2.019 Domingo Férias 19/06/2.019 Quarta Feira Férias 23/06/2.019 Domingo Férias 26/06/2.019 Quarta Feira Férias 30/06/2.019 Domingo Férias As temporadas seguintes devem seguir um padrão de distribuição de datas o mais parecido possível com este modelo proposto para a temporada 2.018 – 2.019.