Ulisses
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ULISSES
ULISSE
S
por Alade Lisboa
ILUSTRAES
Juliana Bollini
por Alade L
isboa
Quem voc? Eu sou um pouco de tudo que encontrei no meu caminho. Costumam chamar-me de Ulisses ou de Odisseu.
Da guerra de Troia aoesperado reencontro com Penlope, AladeLisboa escolheu episdiossignifi cativos da picatrajetria do heri deHomero, para leitoresde todas as idades.
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por alade lisboa
ilustraes
Juliana Bollini
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5sumriO
O CaValO De trOia, 7
O gigante POlifemO, 17
as sereias, 26
CirCe, 35
nausCaa, 39
PenlOPe, 45
BiOgrafias, 52
Copyright 2013 texto Jos Carlos lisboa de Oliveira
Copyright 2013 ilustraes Juliana Bollini
editoresrenata farhat Borgesandr Carvalho
editora assistentelilian scutti
Produo editorialCarla arbex
Produo grf icaalexandra abdala
assistente editorialCsar eduardo Carvalho
Projeto grf ico e capathereza almeida
fotogra aleonardo Crescenti
tratamento de imagemmrcio uva
impressoCorprint
editado conforme o acordo Ortogrf ico da lngua Portuguesa de 1990.
1 edio, 2013
editora Peirpolis ltda.rua girassol, 128 | Vila madalena | 05433-000 | so Paulo/sPtel.: (11) 3816-0699 | fax: (11) 3816-6718www.editorapeiropolis.com.brvendaseditorapeiropolis.com.br
Dados internacionais de Catalogao na Publicao (CiP)anglica ilacqua CrB-8/7057
Oliveira, alade lisboa de, 1904-2006. ulisses / alade lisboa; ilustrado por Juliana Bollini. so Paulo: Peirpolis, 2013. il., color
isBn: 978-85-7596-304-3
1. literatura infantojuvenil 2. mitologia grega i. ttulo ii. Bollini, Juliana
13-0044 CDD 808.899282
ndices para catlogo sistemtico:1. literatura infantojuvenil mitologia grega
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O CaValO De trOia, 7
O gigante POlifemO, 17
as sereias, 26
CirCe, 35
nausCaa, 39
PenlOPe, 45
BiOgrafias, 52
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uma forte tempestade esteve a ponto de afundar o navio em que viajava com meus companheiros. s havia uma soluo: procurar a ilha mais prxima para desembarcar. e foi o que f izemos. Chegando ilha, comeamos a andar, at que avistamos uma grande caverna. assim que dela nos aproximamos, verif icamos que l havia grandes talhas de leite ainda fresco e outros sinais de que a caverna era habitada. ali entramos e ali permanecemos, eu e alguns poucos companheiros, quando veio chegando o dono daquela morada um gigante de imenso tamanho, com um olho s e bem no meio da testa, carregando ele, sozinho, uma pedra que vinte homens fortes no conseguiriam sequer levantar. acompanhava o gigante um rebanho de carneiros enormes. O gigante fez entrar os carneiros e fechou a entrada da caverna com a pedra. Corri ao seu encontro e lhe ofereci um pouco do vinho que eu trazia e, ento, pedi que me protegesse e a meus companheiros.
Polifemo, assim se chamava o gigante, gostou do vinho, mas no se podia esperar dele misericrdia, porque era comedor de homens e bichos.
em todo caso, prometeu que me comeria por ltimo. Perguntou o meu nome e eu respondi:
ningum.O gigante declarou: ningum ser o ltimo que comerei.
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Passaram-se seis dias e seis noites de terror. na stima noite resolvi defender-me: agucei a ponta de um pau e, enquanto o gigante dormia, feri-o no olho. aos gritos de Polifemo, habitantes da ilha se aproximaram para socorr-lo.
aconteceu que os amigos do gigante no podiam entrar porque a caverna estava fechada pela grande pedra. Quem teria fora para empurr-la? De fora os amigos perguntavam:
O que h por a, Polifemo?ele respondeu: amigos, ningum quer matar-me, ningum
me feriu enquanto eu dormia.e os amigos responderam: se ningum te magoa e se ests sofrendo, teus
sofrimentos vm de cima e no h remdio seno resignar-te.
e os amigos se foram. eu e meus companheiros continuvamos presos. De madrugada, Polifemo retirou a pedra para deixar seus carneiros pastarem, f icou ao lado vigiando e, como no via, passava a mo em cada carneiro que saa para evitar que ns fugssemos. tive uma inspirao: prendi meus homens contra a barriga dos carneiros, um a um, e agarrei-me ao maior carneiro, tambm pela barriga. e assim todos passamos pelo gigante e no fomos apanhados. J do lado de fora, corremos para nosso navio, preso ainda praia, e continuamos a navegar, rumo a taca, minha querida ilha grega.
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