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A Revista do Colégio São Judas Tadeu | Ano I – Nº 3 | ABR 2010 Eu Faço assim Mais que futebol e vôlei na Educaçao Física No mEu TEmpo... Três gerações formadas pelo São Judas oN- liNE A revista agora no site Tripé da Educação infanTil

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A Revista do Colégio São Judas Tadeu | Ano I – Nº 3 | ABR 2010

Eu Faço assimMais que futebol e vôlei na Educaçao Física

No mEu TEmpo...Três gerações formadaspelo São Judas

oN-liNEA revista agora no site

Tripé da Educação infanTil

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3Geração São Judas | abr.2010

Colégio SÃO JUDAS TADEURua Clark, 213 - Mooca

São Paulo - SP - 03167-070fone: 11 2174.6422 | Fax 11 2174.6424

[email protected] www.saojudas.br

SUPERVISÃO GERALIvan Galvão Bueno Trigueirinho

CONSELHO EDITORIAL

Cesar Farid HaddadDomingos da Silva BiondiErica Camocardi Licastro

Reginaldo Rodrigues de Oliveira

REVISÃOJosé Paulo Ferrer

PROJETO GRÁFICO

Fred [email protected]

IMPRESSÃODuocollore

www.duocollore.com.brfone: 11 2093.7879

CRIAÇÃO, COORDENAÇÃO E TEXTO

So Ham – Comunicação para Educaçãowww.sohamcomunicacao.com.br

fone: 11 3542.8322

A reprodução de textos desta edição é permitida, exclusivamente para uso editorial, desde que citada

a fonte. Textos assinados e fotos com crédito identificado somente podem ser reproduzidos com autorização, por escrito, de seus autores.

abril 2010 | Nº 3

RepoRtagem de Capa

Cuidados, educação e muita brincadeira: três ingredientes fundamentais da proposta pedagógica da Educação Infantil do São Judas 4

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expediente

No Meu TeMpo

Seu João, da cantina: 33 anos e muita história para contar

8eu Faço assiMAulas de Educação Física: mais que jogar futebol e vôlei

10aluNos RepóRTeResAlunos contam sua experiência no acampamento de fim de ano

10são Judas oN-liNeAgora, você pode ler on-line edições da Geração São Judas

10Fique poR deNTRoSaiba sobre cursos extracurriculares e um ex-aluno premiado

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escola cheia de Vida

Três gerações e seu vínculo com o complexo educacional

carta ao leitor a vez do leitor

Esta é a terceira edição da revista Geração São JudaS, um tra-balho que ganha força e se desenha para levar as informações mais relevantes a pais, alunos, funcionários e toda a comunidade escolar. Neste número, a reportagem de capa A cara da Educação Infantil revela a proposta da primeira etapa de ensino no Colé-gio. Brincar, cuidar e educar são as linhas mestras, que percor-rem o currículo direcionado aos pequenos.

Na seção Eu Faço Assim, um texto do professor César Farid, que explica o conteúdo das aulas de Educação Física. Os Alunos Repórteres desta edição são os irmãos Luccas e Luana Tolenti-no Allouche, respectivamente, do 6EFMA e do 7EFMA, que contam como se divertiram no NR Acampamentos, em Sapucaí Mirim (MG).

São Judas On-Line traz o caminho para você ler esta publicação e os números anteriores no site. Em Fique por Dentro, informa-ções sobre as opções de cursos extracurriculares e seus bene-fícios para a vida escolar. Leia também a respeito do Prêmio Lavoisier, concedido pelo Conselho Regional de Química, ao ex-aluno Lívio Oliveira, no início deste ano.

Maria Shirlei Garcia Barbosa conta sobre seu vínculo com o complexo educacional São Judas Tadeu. Ela é ex-aluna da Uni-versidade, onde seus três filhos também se formaram. Agora, os netos frequentam o Colégio. Conheça a trajetória de João Batista Gomes, que trabalha na cantina da escola há 33 anos, na seção Escola Cheia de Vida. Para finalizar, lembro que a seção de car-tas (aqui ao lado) é um meio de comunicação entre você, leitor, e nós. Participe!

Um abraço,

MaiS univerSidade

A revista está muito boa, mas sinto falta de mais informações sobre a Universidade São Judas Tadeu. É possível?Felipe Calado Delello e Lucas Magno Guerreiro, 8EFTA

BraçoS aBertoS

A reportagem de capa da edição passada A primeira palavra: bem-vindo, mostra a minha realidade. Para frequentar o 7º ano, eu e minha família procuramos por uma escola que desse continuidade à educação e aos princípios que fazem parte da nossa família. Encontramos o São Judas. Já passou um ano e estou integrada e muito feliz.Camila Alberissi, 8EFTA

SoBre adoleScência

Geração São Judas é uma importante ferramenta de comunicação sobre o que acontece na escola. Sugiro reportagens que tratem de assuntos como dificuldades de aprendizagem e psicologia com adolescentes.Giselda Rangel, mãe de Rebeca Rangel da Costa, 7EFTA

FotoS da Gente

A revista foi uma boa ideia, mas poderia ter mais imagens com os alunos e reportagens com o pessoal do Ensino Fundamental I e II.Luara B. Augusto, 7EFTA

Escola da primeira infância

Se quiser participar de nossa revista, escreva para [email protected] e sugira uma reportagem ou indique algum assunto de seu interesse para as seções.

Ivan TrigueirinhoDiretor do Colégio São Judas Tadeu

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C aro leitor,

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4 Geração São Judas | abr.2010 5Geração São Judas | abr.2010

reportagem de capa

4 Geração São Judas | abr.2010

Cuidados, educação e brincadeira... três ingredientes fundamentais que baseiam a proposta pedagógica da primeira etapa de ensino do Colégio São Judas Tadeu

D iversas áreas do conheci-mento têm munido a Edu-cação com importantes in-formações sobre a primeira

infância. Psicólogos, fonoaudiólo-gos, psicopedagogos, sociólogos, antropólogos e tantos outros pro-fissionais contribuem, com certa re-gularidade, ao compartilharem seus estudos sobre o tema. Na medicina, por exemplo, está provado que os di-ferentes estímulos são fundamentais para que o cérebro humano se desen-volva em todo o seu potencial.

Em outra ponta, as pesquisas econômicas revelam os impactos da Educação Infantil na vida de uma pessoa. O economista americano Ja-mes Heckman, vencedor no Prêmio Nobel, em 2000, mostrou em uma de suas investigações que crianças que frequentaram creches (até 3 anos de idade) e pré-escolas (de 4 a 5 anos) apresentam na idade adulta renda mais alta, além de probabilidades mais baixas de prisão, gravidez pre-coce e depender de programas de transferência de rendas do estado no futuro. Segundo ele, “quanto antes os estímulos vierem, mais chances a criança terá de se tornar um adulto bem-sucedido”.

O professor Alberto Mesquita, já falecido fundador do Colégio São Judas Tadeu, em 1971, começou a sentir falta da pré-escola em sua insti-tuição de ensino (leia a história sobre a criação da unidade Dente de Leite no quadro da página 7). Vale ressal-tar que isso aconteceu muito antes de esses estudos e, principalmente,

de a Educação Infantil ser reconhe-cida pela Constituição Federal como um dever do estado e um direito da criança, em 1988, e de se tornar a primeira etapa da Educação Básica (também composta pelos Ensinos Fundamental e Médio) por meio da Lei de Diretrizes e Bases da Educa-ção Nacional (LDB), em 1996.

Desde então, a instituição oferece um atendimento que tem o objetivo de promover o desenvolvimento in-tegral das crianças, respeitando suas características físicas, afetivas, emo-cionais, sociais e cognitivas. “Con-sideramos a individualidade, pois a criança é um ser que sente, pensa, se expressa e age de diferentes manei-ras”, explica a diretora Cibele Cor-telli Trigueirinho, diretora da Educa-ção Infantil.

aqui é aSSiM

A proposta da Educação Infantil do São Judas contempla o educar, o brincar e o cuidar, além de propor-cionar um espaço físico apropriado aos pequenos. “A cultura lúdica e a corporal têm espaço privilegiado em nosso currículo”, enfatiza a diretora. Destaque especial se dá ao brincar. “Consideramos esse o canal para a criança se relacionar com o mundo. É no jogo que ela assimila, recria a experiência sociocultural dos adultos e constrói seus próprios conhecimen-tos, experimentando e representando o mundo real.”

Andréia Guimarães Racioppi, mãe de Bruna Helena (4 anos), conta que não considerava o brincar importante H

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Crianças brincam na piscina de bolinhas: tempo garantido para o lúdico

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6 Geração São Judas | abr.2010 7Geração São Judas | abr.2010

dentro da escola. “Para mim, a brincadeira servia apenas para extravasar energia”, reconhece. “Com a entrada da Bruna na escola, percebi o quanto esse conceito era im-portante para o aprendizado e para ela ir bem na escola.” Estudos de diversos especialistas sobre o tema compro-vam as contribuições do lúdico para o desenvolvimento humano e, inclusive, o que a ausência dele poderia evi-denciar. Como toda criança se ocupa (ou deveria se ocu-par), principalmente, do brincar, se ela não se envolve em uma situação lúdica, pode haver algo errado com ela.

Além dos conteúdos escolares, o brincar também pos-sibilita outras aprendizagens. Por meio do jogo simbólico, os pequenos aprendem a conviver melhor dentro do gru-po, desenvolvendo o modo de enfrentar situações, apren-dendo a se controlar e a interagir com os pares. Flávia Kli-maitis, mãe de Rebecca, 5 anos, comprova isso. “Minha filha amadureceu emocionalmente. Antes, ela era bastante egoísta e achava que tudo pertencia a ela. Com a entrada no São Judas, ela passou a dividir suas coisas, ajudar as outras crianças, além de ser mais segura e menos tímida”, diz. “Esse foi, certamente, um trabalho da escola.”

Quando o assunto é alfabetização, Cibele é categórica. “Utilizamos, fundamentalmente, a proposta da médica italiana Maria Montessori (1870-1952) e conceitos de ou-tros teóricos como Henri Wallon (1879-1962), Jean Pia-get (1896-1980) e Lev Vygotsky (1896-1934)”. Isso signi-fica que, no Colégio São Judas Tadeu, o ler e escrever são trabalhados desde o infantil I (3 e 4 anos), com atividades em que eles aprendem a segurar o lápis, familiarizando-se com o ato da escrita. A contação de histórias, por outro lado, os aproxima da estrutura dos textos desde cedo. No Infantil II (4 e 5 anos), mesmo sem domínio total da escri-ta, as crianças já são estimuladas a escrever, como sabem, por meio de ditados e outras atividades de produção de textos individuais e coletivos. No fim do 1º ano do Ensi-no Fundamental (5 e 6 anos), todos estão alfabetizados, por meio de atividades interessantes e estimulantes.

A escola não adota apostila. “Todo o material que uti-lizamos foi feito com base na necessidade do público ma-triculado aqui. Apenas o encadernamos para facilitar o manuseio”, explana Cibele. “Inclusive, as atividades são revisadas no fim de todos os anos, outras são incorporadas e algumas são eliminadas, tudo de acordo com a avaliação da equipe pedagó-gica.” A metodologia é colocada em prática por meio de projetos, o que permite que os professores estruturem o ensino e a aprendiza-

gem com maior ar-ticulação de infor-m a ç õ e s , sem per-der de vista a individualida-de dos pequenos e a interdisciplinarida-de (atividades planejadas com base em conteúdos de duas ou mais disciplinas escolares) na construção do conheci-mento. Ano passado, o traba-lho desenvolvido foi Bichinhos de Jardim (veja a reportagem na edi-ção nº 2 da revista Geração São Ju-das). Este ano, Cibele prepara o projeto Arca de Noé, que pretende apresentar às crianças alguns animais do convívio cotidiano, como a tartaruga, a calopsita, o gato, o cachorro, entre outros bichos.

reSpeito à criança

Com a Lei nº. 11 274, de 6 de fevereiro de 2006, que alterou a LDB, ampliando o Ensino Fundamental para nove anos de duração, todas as escolas têm até este ano para matricular crianças de 6 anos no 1º ano. No São Ju-das, é assim e esse grupo continua sob a tutela da Edu-cação Infantil, mesmo estando matriculadas no 1º ano do Ensino Fundamental. A intenção foi garantir que os pequenos do 1º ano ainda possam desfrutar do mesmo espaço lúdico que seus colegas menores.

Neste ano, inclusive, todos dessa etapa ganharam mais ambientes para explorar. As instalações da antiga unidade Dente de Leite foram transferidas para o prédio em que ficam os demais anos dos Ensinos Fundamental e Médio. Com isso, os pequenos, agora, têm acesso à mes-ma infraestrutura oferecida aos maiores, como piscinas e quadras. O espaço foi isolado dos outros níveis de ensino e o portão de acesso e o horário de entrada e de saída também foram diferenciados.

Além disso, a transição de uma etapa de ensino para a outra ficou mais fácil. Essa passagem sempre foi apontada como um problema, pois significa uma

grande mudança na vida da criança. No entan-to, os pais podem ficar mais tranquilos, já que

reportagem de capaAndréia (à esquerda), Bruna (ao centro) e Michele: família Racioppi na hora do lazer

Emerson (à esquerda), Rebecca (ao centro) e Flávia: pais e filha se divertem em passeio

Brinquedoteca do São Judas: espaço para a criatividade infantil

seus filhos, agora, têm a noção de que o mundo escolar é maior do que o espaço em que eles circulam na Educação Infantil. “Gostei da mudança porque eu não queria que a minha filha tivesse a mesma dificuldade que eu quando fui do pré para a 1ª série e precisei trocar de escola”, con-ta Andréia, mãe de Bruna. “Ela está em um ambiente que frequentará no futuro e, inclusive, se ela quiser, poderá cursar o Ensino Superior na mesma instituição.”

Para contribuir ainda mais com essa mudança, sempre no mês de agosto, a diretora do Ensino Fundamental I e II, Maria Conceição de Barros Santos Nogueira (mais co-nhecida como Tia Con), vai até a Educação Infantil para se apresentar. “Visito todas as salas e marco uma reunião com os pais”, explica. “No dia do encontro, eu e Cibele

fazemos uma atividade no auditório e aí agendamos mais duas reuniões –

uma para falar sobre a metodologia e outra para tirar dúvidas.” Depois que as

aulas iniciam, Conceição ainda faz ativida-des de sensibilização para garantir que todos

se sintam acolhidos – pais e filhos.O trabalho desenvolvido na Educação Infantil do São

Judas só é possível porque conta com profissionais alta-mente qualificados, que sempre contribuem com ideias inovadoras. Quinze minutos antes e mais quinze após as aulas, Cibele se reúne com sua equipe pedagógica para um bate-papo. Os encontros são apenas para socializar as metas e os acontecimentos diários. Uma vez por mês, a diretora reúne todos para tratar de assuntos gerais e sempre abre para a participação ativa da equipe. A pro-fessora Denise de Almeida Diogo Domingos está na es-cola há quinze anos e admite que gosta de trabalhar na instituição porque tem espaço para participar da propos-ta pedagógica. “Não raramente, vejo as minhas sugestões incorporadas ao dia a dia da escola”, diz. “Há respeito pelo trabalho do professor.”

A mesma parceria que se dá dos docentes com a esco-la acontece com as famílias. “Faço questão que os pais se sintam acolhidos por nós”, conta Cibele. “Sempre indico palestras e livros que julgo importantes na educação fami-liar.” A mãe de Rebecca, que também é fotógrafa e traba-lha o dia inteiro, conta que a filha, às vezes, faz um charme para ter a mãe mais tempo por perto. “A escola sempre me orienta como devo agir com a minha filha nesses momen-tos.” Esse é o papel da escola que entende que cada um merece ser desenvolvido no plano geral e, ao mesmo tem-po, atendido em suas características mais particulares. •

Um lUgar para os peqUenosEm março de 1971, o Colégio São Judas Tadeu já possuía 24 anos de tradição. Fazia parte do projeto o 1º grau e o Ensino Técnico, equivalente ao Ensino Fundamental e Profissionalizante de hoje. No entanto, o professor Alberto Mesquita sentia falta da pré-escola em seu leque de opções. Seu objetivo era cobrir todo o ciclo educacional (da pré-escola à faculdade) e oferecer, como diferencial, uma educação voltada para o desenvolvimento integral do aluno. Foi assim que convidou sua nora, a já falecida professora Thereza Cortelli Altenfelder Silva Mesquita, para dirigir os trabalhos da nova unidade. Assim, estava criada a Escola Dente de Leite, do Colégio São Judas Tadeu, que funcionava na Avenida Paes de Barros, na Mooca. Para atender melhor seu público, Thereza procurou uma especialização. Fez um curso particular e recebeu toda a orientação sobre a proposta montessoriana e ainda cursou Pedagogia.

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9Geração São Judas | abr.2010

Além de esportes, a disciplina aborda conteúdos como saúde e ensina valores aos alunos

8 Geração São Judas | abr.2010

A Educação Física passou por uma gran-de transformação desde as últimas dé-cadas. Antes, era comum que as aulas da disciplina tivessem como objetivo a

formação do aluno baseada em performances e em resultados. Isso significava que só se destaca-vam os chamados “vencedores”, ou seja, o ensi-no era centrado em regras de jogos e em compe-tições esportivas, não abrindo espaço para outros saberes e outras maneiras de aprendizado.

Em função da nova proposta educacional, a Educação Física está mais preocupada com as características individuais do aluno, a inclusão, a sociali-zação e os valores éticos e morais. Isso se deve, muito em parte, ao maior interesse da mídia nos últimos anos em relação ao esporte. Eventos como a Copa do Mundo, os jogos olímpicos e os pan-americanos levam o assunto, em tempo real, para a casa e a vida da população por meio dos veículos de comunicação.

Em face dessa realidade, nós, educadores, podemos utilizar a popularidade do assunto para alargar as possibilidades educativas dos nossos estudantes. No Colégio São Judas Tadeu, a Educação Física abrange objeti-vos gerais (como o desenvolvimento corporal harmônico, a coordenação psicomotora, a criatividade, o movimento etc.) e os objetivos específicos (aspectos afetivos, psicomotores e cognitivos).

Isso significa dizer que não queremos apenas que o aluno desenvolva o corpo para correr, aumentar a re-sistência ou o fôlego. Nas aulas, os jovens têm a possi-bilidade de exercer suas habilidades sociais, como dar a vez a um colega, parar o jogo quando alguém se ma-chuca ou discutir sobre questões éticas quando alguém, propositalmente, infringe uma regra. Além disso, tam-

por Cesar Farid Haddad*

eu faço assim

* Cesar Farid Haddad é coordenador do Departamento de Educação Física do Colégio São Judas Tadeu.

bém abordamos questões ligadas à saúde e à alimentação dos estudantes.

Outros dois aspectos bastante trabalhados na discipli-na são relativos aos jogos competitivos e os colaborati-vos. Ambos são importantes no aprendizado dos alunos

e se prestam a objetivos diferentes. Na competição, a característica principal é a maximização, a per-formance e o cumprimento de regras pré-estabe-lecidas – conteúdos importantes para a formação

de crianças e jovens que estarão, em breve, na reali-dade competitiva do mundo lá fora, principalmente no

mercado de trabalho. Esses jogos mostram que a disputa é legítima, que vencer ou perder não são motivo de ver-gonha e que, independentemente do resultado, é preciso agir de forma ética e manter o que, no esporte, chama-mos de fair play (jogo limpo).

Já os jogos cooperativos visam a inclusão e a socializa-ção dos estudantes, pois o objetivo não é vencer o outro. Nesse caso, todos trabalham juntos para cumprir uma missão ou alcançar um objetivo. Essas habilidades são igualmente importantes para o treino para a vida, pois, até mesmo no campo profissional, hoje em dia ninguém consegue ter sucesso se não souber trabalhar em equipe.

Às vezes, ao serem indagados pelos pais sobre o que fizeram na aula de Educação Física, muitos alunos res-pondem: “Joguei bola” – ou algo do tipo. Porém, é im-portante que saibam que, por trás “da bola”, estão todos esses conteúdos mencionados. Nossa preocupação como educadores do Colégio São Judas Tadeu é, antes de mais nada, com a formação integral dos alunos, para que cada um se torne um cidadão consciente. •

Nas aulas, os jovens exercem

suas habilidades sociais, como

dar a vez a um colega, parar

o jogo quando alguém se

machuca ou discutir sobre

questões éticas.

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10 Geração São Judas | abr.2010 11Geração São Judas | abr.2010

H á 30 anos, dona Maria Shir-lei Garcia Barbosa, 72 anos, interrompeu o curso de Letras no 2º ano. “Fiquei

devendo isso a mim”, afirma. Em 1999, ela fez o processo seletivo da Universidade São Judas Tadeu para Psicologia e passou. “Fiquei surpre-sa, pois era muita concorrência”, lembra. Mesmo com o receio de estar em uma turma de gente mais jovem, ela encarou o desafio: foi a única a tirar dez na disciplina de psiquiatria, nunca sofreu discrimi-nação por parte dos colegas e, em 2004, colou grau.

Na mesma instituição, seus três filhos também se formaram. “Fiz Administração e Ciências Contábeis e participei da segunda turma de Direito da São Judas. Foi a minha formação que me abriu portas no mercado de trabalho e me propiciou a vida e a estabilidade que tenho hoje”, afirma Regina Célia Barbosa Bueno, filha de Dona Shirlei.

Foi por esse contato estreito e tão

significativo das duas que Regina decidiu matricular os filhos, Beatriz Barbosa Bueno, aluna do 7º ano, e Lucas Barbosa Bueno, do 5º ano, no Colégio São Ju-das Tadeu. “Antes de serem matricu-lados, os dois es-tavam em outra escola. Eram crian-ças retraídas e tinham experiências ruins. “Os professores aqui ensinam, brincam e nos chamam pelo nome. Na outra escola, nos chamavam ape-nas de aluno”, lembra Lucas.

Regina conta que, hoje, os dois adoram ir para a escola. “Fico feliz porque, se for a escolha de vida de-les, poderão estudar onde eu e mi-nha mãe nos formamos”, diz Regina. “É toda uma geração no São Judas. Quero fazer faculdade aqui e, quem sabe um dia, matricular meus filhos também”, diz Beatriz. •

no meu tempo...fique por dentro

Dona Maria Shirlei e os filhos se formaram na Universidade e, hoje, os netos estão no Colégio São Judas Tadeu

F oi a segunda vez que eu fui ao NR Acampamentos, que fica em Sapucaí-Mirim, sul de Minas Gerais, na Ser-

ra da Mantiqueira. E, claro, ado-rei. Foram várias atividades. Ao chegarmos ao acampamento, fo-mos muito bem atendidos pelos monitores, que eram educados e divertidos. Além das atividades, participamos de festas ótimas. Na minha opinião, a melhor de todas foi a festa a fantasia, pois cada um estava vestido de algum jeito diferente. Fiquei no quarto Paineira 5 e 6 e as meninas de lá eram bem animadas. Estou an-siosa já pensando no passeio do ano que vem. E não é qualquer passeio com quaisquer pessoas. Afinal, a turma do São Judas faz a diferença. •

Luana Tolentino Allouche , 7º EFMA

E ste ano foi a primeira vez que fui ao NR (de mui-tas que ainda irei, com certeza). Desde a entra-

da no ônibus senti um friozinho na barriga, pois percebi que se-ria um dos melhores passeios da minha vida. E a impressão se confirmou. No acampamento, muita diversão, jogos e futebol e a comida... Muito boa, por sinal! A estrutura do NR é demais. Uma boa viagem, com a galera do São Judas. Não posso dizer nada além de que esse passeio foi tudo de bom. •

Luccas Tolentino Allouche, 6º EFMA

aria Shirlei Garcia Barbosa tem 72 anos e se formou em psicologia em 2004

pela Universidade São Judas Tadeu. Desde então, seguiu fazendo cursos de extensão e também atendendo a aulas de teatro. Já foi entrevistada por diversos jornais e revistas, citada como exemplo de determinação em reportagens que falam sobre terceira idade, estudo e qualidade de vida.

Três geraçõespor aquinr na boca da galera

alunos repórteres

pRêmio melhoR alunoLívio Oliveira de Miranda, 17 anos, formou-se como técnico em química pelo Colégio São Judas Tadeu no ano passado e, em janeiro deste ano, devido ao bom desempenho escolar, recebeu o Prêmio Lavoisier de Química, patrocinado pelo Conselho Regional de Química. Durante a cerimônia de colação, Lívio foi surpreendido pelo anúncio de que havia recebido o prê-mio. “Achava que ele seria dado a um outro colega. Quando ouvi meu nome, tremi e fiquei muito emocionado. Ganhei uma medalha e um diploma de honra ao mérito”, conta. Para o jovem, os três anos em que estudou no São Judas foram inesquecíveis. “Foi onde fiz meus melhores amigos e onde tive os melhores professores, que estavam sempre a postos pra tirar minhas dúvidas e me orientar”, lembra. Lívio, agora, cursa tecnologia em materiais, na Fatec, e está exclusivamente dedicado aos estudos. Em breve, pretende estagiar na área.

SoSSego paRa oS paiSMatricular os filhos nos cursos extracur-riculares do São Judas é uma boa alternativa em meio à metrópole congestionada e vida corrida e regida por horários. Porém, mais que uma opção prática, os cursos também têm importância na formação dos estudantes. Por meio de atividades esportivas e artísticas, eles desenvolvem habilidades e competências essenciais para o desempenho escolar e para a vida.

Futsal Masculino – 2ª e 4ª feira / 3ª e 5ª feira Horários: das 17h50 às 18h50

Futsal Feminino – 2ª e 3ª feira Horários: das 11h45 às 12h45

Futsal Kids (Dente de Leite) – 6ª feira Horários: das 17h50 às 18h50

Dança – 3ª e 6ª feira / 2ª e 4ª feira Horários: das 12h às 13 / das 17h50 às 18h50

Natação Kids (Dente de Leite) – 6ª feira Horários: das 17h50 às 18h50

Natação (turmas mistas) – 2ª e 3ª feira / 2ª e 4ª feira / 3ª e 5ª feira Horários: das 11h45 às 12h45 / das 17h50 às 18h50

Tae Kwon Do (turmas mistas) – 2ª e 4ª feira / 3ª e 5ª feira Horários: das 11h45 às 12h45 / das 17h50 às 18h50

Voleibol – 2ª e 3ª feira / 3ª e 5ª feira Horários: das 11h45 às 12h45 / das 17h50 às 18h50

Teatro – 4ª feira Horários: das 10h às 12h / das 13h às 15h

Geração São Judas no ar

Fotos: arquivo pessoal

Já está disponível uma página exclusiva com as edições anteriores da revista Geração São Judas. Acesse o site do colégio e confira reportagens, artigos e notas das edições números 1 e 2 da publicação. Na área, basta clicar sobre a imagem da capa escolhida e automaticamente a revista poderá ser lida em formato PDF (que também pode ser salvo no seu computador). Faça a sua coleção de Geração São Judas também em formato digital!

São Judas on-line | www.csjt.com.br

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Dona Shirlei com as colegas de turma na colação

de grau e as três gerações: avó, filha e netos no SJ

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escola cheia de vida

“ N aquela época, quando eu via uma garrafinha de vidro no chão, eu saía correndo pra buscar. Era um perigo e eu ficava de olho, pois sempre tinha um aluno levado que, se eu demorasse, acaba-

ria chutando a garrafa. Daí já viu, né?”, conta João Batis-ta Gomes, 62 anos, funcionário da cantina do Colégio São Judas Tadeu há 33 anos.

Pelos números, dá para perceber que seu João dedicou mais da metade da sua vida trabalhando no Colégio. E, segundo ele, do cargo de atendente da cantina ele não sai tão cedo. Ama o que faz, principalmente porque trabalha com crianças. E sempre foi assim. Tirando a algazarra e a pressa dos alunos em serem atendidos no balcão, pouca coisa mudou. As garrafinhas de vidro foram extintas, a preferên-cia da clientela pelos lanches diminuiu e os salgados caíram no gosto popular. Mas a fome da garotada, que sai da sala

de aula e encontra no pátio o cheirinho de comida boa, conti-nua a mesma...

Haja energia para atender a todos! “Não me sinto cansa-do. Gosto de estar aqui, no meio das crianças, conversando, trabalhando, colocando a turma em ordem na hora de ser-vir. Para falar a verdade, nem gosto de tirar férias e ficar em casa. Sinto falta da bagunça. É como se a escola fosse a minha família”, confessa.

E o carinho dele pelos alunos não é de mão única. Como o Colégio é local de votação, muitos são os egressos que apare-cem pela escola em dia de eleição. A cantina abre e é dia de re-encontros. “Fico impressionado como ele se lembra de alguns pelo nome e sobrenome. Os ex-alunos cumprimentam, con-versam, comem e matam as saudades. Ele é muito querido”, diz Jorge Alexandre Carvalho Licastro, gerente da cantina e, ele mesmo, um ex-aluno com boas lembranças do seu João. •

Servindo com amorSeu João, da cantina, trabalha no São Judas há 33 anos, desde o tempo em que as garrafas de refrigerante eram de vidro