TRIBOS INDIGENAS

39
7/14/2019 TRIBOS INDIGENAS http://slidepdf.com/reader/full/tribos-indigenas 1/39 SITE: http://www.arara.fr/BBTRIBOS.html Tribos Indígenas Brasileiras Mapa do Brasil com a localização das tribos indígenas : 01 - Arara 02 - Araweté 03 -  Ashaninka 04 - Asurini 05 - Bororo 06 -  Enawenê  Nauê 07 - Guarani 08 -  Juruna/Yudj 09 - Kaapor 10 - Kayapó 11 -  Kalapalo 12 - Karajá 13 -  Kaxinawá 14 - Krahô 15 -  Mayoruna 16 -  Marubo 17 -  Matis 18 -  Matipu 19 -  Mehinak 20 -  Rikbakts 21 - Suruí 22 -  Tembé 23 -  Ticuna 24 -  Tiriyó 25 -  Waiana Apalaí 26 -  Waurá 27 - Wai Wai 28 -  Waiãpi 29 -  Ye'kuana AIMORÉ - Grupo não-tupi, também chamado de botocudo. Grandes corredores e guerreiros temíveis, foram os responsáveis pelo fracasso das capitanias de Ilhéus, Porto Seguro e Espírito Santo. Só foram vencidos no início do Século

Transcript of TRIBOS INDIGENAS

SITE: http://www.arara.fr/BBTRIBOS.html

Tribos Indgenas Brasileiras

Mapa do Brasil com a localizao das tribos indgenas :01 -Arara02 -Arawet03 -Ashaninka04 -Asurini05 -Bororo06 -Enawen Nau07 -Guarani08 -Juruna/Yudja09 -Kaapor10 -Kayap11 -Kalapalo12 -Karaj13 -Kaxinaw14 -Krah15 -Mayoruna16 -Marubo17 -Matis18 -Matipu19 -Mehinako20 -Rikbaktsa21 -Suru22 -Temb23 -Ticuna24 -Tiriy25 -Waiana Apala26 -Waur27 -Wai Wai28 -Waipi29 -Ye'kuana

AIMOR- Grupo no-tupi, tambm chamado de botocudo. Grandes corredores e guerreiros temveis, foram os responsveis pelo fracasso das capitanias de Ilhus, Porto Seguro e Esprito Santo. S foram vencidos no incio do Sculo XX.O nome "botocudo", derrogatrio e ofensivo, foi dado pelos portugueses a diversos povos histrica e geneticamente heterogneos do grupo lingstico macro-j que habitavam o nordeste de Minas Gerais, o sul da Bahia e o norte do Esprito Santo. Em comum, tinham o hbito de usar discos de madeira no lbio inferior e nos lbulos das orelhas para expandi-los de forma peculiar.AKUNTSU- Nomes alternativos: Akunt'suClassificao lingstica: TupariPopulao: 6 (Funasa - 2007)Local: RondniaOs ltimos seis sobreviventes dos chamados Akuntsu vivem em duas pequenas malocas prximas uma da outra, nas matas do igarap Omer, afluente da margem esquerda do rio Corumbiara, no sudeste de Rondnia. A rea constitui uma pequena reserva de mata outrora pertencente a uma fazenda particular interditada pela Funai no final dos anos 1980. Caracteriza-se por floresta equatorial de terra firme, razovel incidncia de pequenos morros, poucas nascentes e, assim como as demais reservas de mata de Rondnia, encontra-se seriamente ameaada por frentes agropastoris.ANAMB- Classificao lingstica: Tupi-guaraniPopulao: 132 ( 2000)Local: ParA lngua Anamb da famlia Tupi-Guarani. Nos anos 80, todos os Anamb com mais de 40 anos eram falantes da lngua indgena e quase todos os que estavam na faixa de 20 a 30 anos a entendiam, mas usavam correntemente o portugus. Vivem no alto curso do rio Cairari, um afluente do Moju, que corre paralelo ao baixo rio Tocantins, pela sua margem direita. Esto na Terra Indgena Anamb, com 7.882 hectares, homologada e registrada, situada no municpio de Moju, PA.APIAK- Nomes alternativos: ApiacClassificao lingstica: Tupi-guaraniPopulao: 192 (Funasa - 2001)Local: Amazonas, Mato Grosso, ParOs Apiak vivem no norte do Estado de Mato Grosso. Encontram-se dispersos ao longo dos grandes cursos fluviais Arinos, Juruena e Teles Pires. Parte deles reside em cidades como Juara, Porto dos Gachos, Belm e Cuiab. Tem-se notcia tambm da existncia de um grupo arredio. A maior parte de sua populao encontra-se aldeada na Terra Indgena Apiak-Kayab, cortada pelo rio dos Peixes. Os Apiak vivem na margem direita do rio e os Kayab, na margem esquerda. Os Apiak eram um povo numeroso, constituindo uma aldeia de at 1.500 pessoas, alm de outras tambm populosas.APINAY- Nomes alternativos: Apinaj, ApinagClassificao lingstica: Macro-GPopulao: 800 (1994 SIL)Local: Tocantins, perto de Tocantinpolis, 6 aldeiasAPURIN- Nomes alternativos: Ipurinn, Kangite, PopengareClassificao lingstica: ArawakPopulao: 2,000 (1994 SIL)Local: Amazonas, Acre; espalhados sobre 1600 kilmetros do Rio Purus, de Rio Branco at Manaus1 -ARARA- Nomes alternativos: AjujureClassificao lingstica: CaribePopulao: 195 (1994 SIL & ISA-98)Local: Par em 2 aldeiasOs Arara ficaram famosos por sua belicosidade e pelos trofus que capturavam dos corpos dos inimigos - cabeas para flautas, colares de dentes e escalpos de face. Mas h muito tempo tambm que sua facilidade de interao com o mundo exterior, e mesmo para a incorporao de estranhos ao mundo nativo chama ateno para outros aspectos de seu modo de vida. A superposio virtual entre a paixo guerreira e a disposio constante para o estabelecimento de relaes solidrias e generosas parece ter sido uma marca de um mundo Arara que hoje cede o passo s relaes de contato com o mundo dos brancos.As mulheres dessa tribo usam, como roupa, apenas uma espcie de cinto chamado uluri, feito de entrecasca de rvore. Se esse cinto se romper (por acaso), a mulher se sente desprotegida e nua. A presena deste cinto significa que a mulher no est sexualmente disponvel, e a aproximao s acontece quando ela o retira. Alguns desses povos j esto extintos. Sua lngua a tupi. No ritual de transio entre a infncia e a vida adulta, os meninos ficam reclusos na casa dos homens e tm que passar por sofrimentos fsicos e dar provas de fora. Embora no haja um espao fsico determinado, as meninas tambm tm que cumprir alguns rituais de passagem.2 -ARAWET- Nomes alternativos: ArauetClassificao lingstica: Tupi-GuaraniPopulao: 293 (em 2003)Local: no Estado do Par, prximo ao Igarap Ipixuna, afluente do XinguOs Arawet so um povo tupi-guarani de caadores e coletores da floresta de terra firme, que se deslocou h cerca de quarenta anos das cabeceiras do rio Bacaj, em direo ao rio Xingu, no Estado do Par. O nome "Arawet", inventado por um sertanista da Funai, no significa nada na lngua do grupo. O nico termo que poderia ser considerado uma auto-denominao bde, que significa "ns", a "gente", os "seres humanos".3 -ASHANINKA- Nomes alternativos: KampaClassificao lingstica: ArawakPopulao: 869 (CPI/Acre - 2004)Local: Acre (Breu, Amnia e Alto Envira)Os Ashaninka tm uma longa histria de luta, repelindo os invasores desde a poca do Imprio Incaico at a economia extrativista da borracha do sculo XIX e, particularmente entre os habitantes do lado brasileiro da fronteira, combatendo a explorao madeireira desde 1980 at hoje. Povo orgulhoso de sua cultura, movido por um sentimento agudo de liberdade, prontos a morrer para defender seu territrio, os Ashaninka no so simples objetos da histria ocidental. admirvel sua capacidade de conciliar costumes e valores tradicionais com idias e prticas do mundo dos brancos, tais como aquelas ligadas sustentabilidade socioambiental.Os ashaninkas so hoje, no Acre, a nica tribo que possui tecelagem prpria. Eles produzem cerca de 150 tipos de peas, como roupas e bolsas artesanais.4 -ASURIN- Nomes alternativos: Asurin do Trocar, autodenominam-se Akuwa, o que quer dizer a gente, nsClassificao lingstica: Da famlia Tupi-GuaraniPopulao: Em 2001, eram 303Local: Terra Indgena Trocar, j demarcada e homologada, a 24 quilmetros ao norte da sede do Municpio de Tucuru, no municpio de Baio, prxima cidade de Tucuru, margem esquerda do Rio Tocantins, no Tocantins (PA)Atividade predominante : Coletam mel e aa, para comercializar em pequena escala em Tucuru. Criam algumas cabeas de gado, mas apreciam a carne de caa como : anta, veado, caititu, cotia, macaco entre outras.Curiosidade: A caa uma atividade predominantemente masculina, porm, as mulheres tambm caam.Os Asurin usam espingarda para caar e anzis na pesca, alm de tarrafas e malhadeiras. Os Asurin se autodenominam Akuwa, que significa gente, ns e habitam a Terra Indgena Trocar, com 21.722 hectares demarcados e homologados, localizados no municpio de Baio, em Tucuru, no Par. Pertencem famlia lingstica Tupi-guarani, mas, atualmente, praticamente todos os Assurin falam com fluncia o portugus, principalmente jovens e crianas. No passado, formavam com o Povo Parakan um grande grupo tupi e teriam como regio de origem o Rio Xingu. Depois se deslocaram para leste ocupando as cabeceiras do Rio Pacaj e, mais tarde, as proximidades do Rio Trocar onde esto at hoje. Atualmente residem em uma nica aldeia a cerca de trs quilmetros da margem do Rio Tocantins. Gostam muito de jogar o futebol com os times da regio.Rituais : Todos os anos realizam o cerimonial denominado Morohaitawa onde so formados novos xams. A preparao de um homem para o xamanismo comea quando ele jovem participando das festas do tabaco. A atividade xamanstica intensa por isso todo homem assurin um pouco paj. Eles consideram Mahira nosso velho av como o criador dos serem humanos e responsvel pela instaurao da ordem na Terra, com poder de vida e morte sobre os humanos. Mahira tambm contribuiu para a Cultura transmitindo conhecimentos como cultivo da mandioca, confeco de flautas e msicas.ATIKUM- Nomes alternativos: AticumPopulao: 5.852 (Funasa - 2006)Local: Bahia, PernambucoA reserva Atikum, com uma rea de 15.276 hectares e uma populao de 3.582 ndios, est localizada na Serra do Um, no municpio de Carnaubeira da Penha, em Pernambuco.A presena dos indgenas na Serra do Um data provavelmente do sculo XIX. Segundo documentos de 1801, esses ndios, sob a denominao de Ums juntamente com outras tribos, foram aldeados no local onde permaneceram at 1819, quando a aldeia foi abandonada aps vrios conflitos.Em 1824, houve a disperso de diversos grupos indgenas pelo serto de Pernambuco, tendo os Um se dirigido para regio da Serra Negra.ATROARI- Nomes alternativos: Atruah, Atroa, Atrowari, Atroahy, Ki'nyaClassificao lingstica: CaribePopulao: 350 (1995 SIL)Local: Nos rios Alalau e Camanau na fronteira entre o estado de Amazonas e o territrio de Roraima. Tambm nos rios Jatapu e JauaperiAV-CANOEIRO- Nomes alternativos: Canoeiro, Cara-Preta, CarijClassificao lingstica: Tupi-guaraniPopulao: 16 (Funasa - 2006)Local: Gois, Minas Gerais, TocantinsPovo de lngua da famlia Tupi-Guarani que vivia entre os rios Formoso e Javars, em Gois. Em 1973, um grupo foi contatado. Foram pegos "a lao" por uma equipe chefiada por Apoena Meireles, e transferidos para o Parque Indgena do Araguaia (Iha do Bananal) e colocados ao lado de seus maiores inimigos histricos, os Java.Parte da rea indgena Av-Canoeiro, identificada em 1994 com 38.000 ha, nos municpios de Minau e Cavalcante em Gois, est sendo alagada pela hidreltrica Serra da Mesa, no rio Maranho.AW-GUAJ- Nomes alternativos: Aw, Wazaizara (Tenetehara), Aiay (Amanay), GwazClassificao lingstica: Tupi-guaraniPopulao: 283 (Funasa - 2005)Local: No Estado do Maranho, habitam a Terra Indgena Aw, no Municpio de Carutapera; ParAtividade predominante : praticam a agricultura itinerante, sendo a caa e a pesca, as formas mais importantes de sobrevivncia. comum se deslocarem para reas distantes, denominados como retiros de caa. Cultivam mandioca, arroz, milho, batata doce, car, banana, melo, melancia, feijo, cacau, laranja, maracuj. O uso do babau freqente principalmente em tempos de penria, quando usam o fruto para complementar a dieta.As origens desse povo so obscuras, mas acredita-se que os Guaj sejam originrios dos rios Gurupi, Guam e Capim no Estado de Tocantins. Provavelmente formavam junto aos Kaapor, Temb e Guajajara (Tenetehara) um grupo maior da famlia lingstica tupi-guarani naquela regio. Os que vivem na pr-Amazonia brasileira constituem um dos ltimos povos caadores e coletores no Brasil. Alm dos aldeados pela Funai, existe um certo nmero vivendo na floresta sem contato com a sociedade que no deve passar de 30 pessoas. Os primeiros contatos com o povo Guaj aconteceram em 1973. At ento, acredita-se que essa etnia tinha uma vida nmade subsistindo da caa de animais silvestres e da coleta de produtos florestais.Rituais : Na esfera religiosa, h participao complementar entre o homem e a mulher. o que acontece no cerimonial de viagem para o cu (oh iwa-beh) praticado durante o perodo da estiagem nas noites de lua cheia. Com a ajuda das mulheres, os homens so adornados com plumagens de aves para embarcar nessa viagem.- A pgina sobre osndios Awno site Survival.BANIWA- Nomes alternativos: Baniva, Baniua, CuripacoClassificao lingstica: AruakPopulao: 5.811 (Dsei/Foirn - 2005)Local: AmazonasOs Baniwa vivem na fronteira do Brasil com a Colmbia e Venezuela, em aldeias localizadas s margens do Rio Iana e seus afluentes Cuiari, Aiairi e Cubate, alm de comunidades no Alto Rio Negro/Guaina e nos centros urbanos de So Gabriel da Cachoeira, Santa Isabel e Barcelos (AM). J os Kuripako, que falam um dialeto da lngua baniwa, vivem na Colmbia e no Alto Iana (Brasil). Ambas etnias aparentadas so exmias na confeco de cestaria de arum, cuja arte milenar lhes foi ensinada pelos heris criadores e que hoje vem sendo comercializada com o mercado brasileiro. Recentemente, tm ainda se destacado pela participao ativa no movimento indgena da regio. Esta corresponde a um complexo cultural de 22 etnias indgenas diferentes, mas articuladas em uma rede de trocas e em grande medida identificadas no que diz respeito organizao social, cultura material e viso de mundo.5 -BORORO- Nomes alternativos: Coxipon, Araripocon, Aras, Cuiab, Coroados, PorrudosClassificao lingstica: Bororo (Tronco Lingustico Macro-J)Populao: 1.392 (Funasa - 2006)Local: Mato GrossoAtividade predominante : So tradicionais caadores e coletores. Adaptaram-se agricultura da qual extraem sua subsistnciaCuriosidade : Dentro de cada cl h uma comunho de bens culturais (nomes, cantos, pinturas, adornos, enfeites, seres da natureza) que s podem ser usados pelos membros desse determinado cl a no ser que este direito seja participado a outras pessoas em pagamento por favores recebidos. Habitam a regio do planalto central de Mato Grosso e est distribudo em cinco Terras Indgenas demarcadas: Jarudore, Meruri, Tadarimana, Tereza Cristina e Perigara. Com uma histria de muita resistncia ao avano das frentes e expanso de territrios, a pacificao com o povo Bororo ocorreu no final do sculo XIX. Destacam-se pela confeco de seus artesanatos de plumagem (cocar e braadeiras em pena) e tambm pela pintura corporal em argila.Rituais : Os Bororo praticam diversos rituais como a Festa do Milho para celebrar a colheita do cereal, um alimento importante na nutrio dos ndios; Furao de Orelha e Lbios, alm do Ritual do Funeral, uma celebrao sagrada para todos que se consideram ndio (Boe).O funeral o que mais chama ateno pela complexidade, podendo durar at dois meses. A morte de algum pode provocar mudanas ou reforar as alianas. Mas a tribo obedece a uma organizao social rgida. So de lngua tronco macro-j, autodenominado boe. A aldeia dividida em duas partes - exare e tugaregue - que, por sua vez, se subdividem em cls com deveres muito bem definidos. Eles reconhecem a liderana de dois chefes hereditrios que sempre pertencem metade exare, conforme determinam seus mitos. Os antigos Bororo destribuam-se por extensa regio, compreendida entre a Bolvia, a Oeste, o rio Araguaia, o rio das Mortes, ao Norte, e o rio Taquari, ao Sul.CAET- Os deglutidores do bispo Sardinha viviam desde a Ilha de Itamarac at as margens do Rio So Francisco. Depois de comerem o bispo, foram considerados "inimigos da civilizao". Em 1562, Men de S determinou que fossem "escravizados todos, sem exceo".CARIJ- Seu territrio estendia-se de Canania (SP) at a Lagoa dos Patos (RS). Vistos como "o melhor gentio da costa", foram receptivos catequese. Isso no impediu sua escravizao em massa por parte dos colonos de So Vicente. Foram dizimados pelo trabalho forado nos canavias da baixada santista.Os Carijs construam suas casas cobrindo-as com cascas de rvores e j fabricavam redes e agasalhos com o algodo que cultivavam, forrando-as com peles e ataviando-as com plumas e penas. Acostumaram-se a ajudar todos os navios que lhe solicitassem auxlio, at que um dia, trados na sua boa f, acabaram considerando os brancos inimigos.DENI- Nomes alternativos: DaniClassificao lingstica: ArawPopulao: 875 (Funasa - 2006)Local: AmazonasCompreendem mais de 600 tribos indgenas que habitam uma plancie entre os Rios Purus e Juru, localizados no Amazonas. Considerados como Tribo Arawa, os Deni so parte do brao lingustico Aruak. A primeira meno aos Deni aparece no relatrio SPI de 1942. So divididos em grupos ou cls. Cada cl tem certa autonomia poltica, possuindo sua prpria auto-identidade: Bukure Deni, Kuniva Deni, Minu Deni, Varasa Deni, Hava Deni, Madija Deni. Devido ao baixo potencial agrcola do solo da floresta, os Deni equilibram sua dieta com a flora e a fauna selvagens. Os Deni so nmades e sua populao das aldeias oscila bastante, as aldeias so apenas uma agregao de grupos familiares e de famlias. Eles no possuem uma unidade inerente como comunidade. O Ciclo da Borracha, que se estendeu do fim do sculo XIX at 1940, foi a principal causa da rpida ocupao ocidental dos vales dos Rios Purus e Juru e dos consequentes e trgicos desaparecimentos, diretamente ou pela introduo de doenas, de muitas Tribos Indgenas do Amazonas. Durante o boom da borracha, estima-se que a populao indgena da regio do Rio Purus era de aproximadamente 40 mil indivduos.6 -ENAWEN-NAW- Nomes alternativos: Eram conhecidos como Salum, mas por meio dos vizinhos Pareci, em 1983, se descobriu a verdadeira denominao do grupo.Classificao lingstica: famlia ArukPopulao: 445 (Funasa - 2006)Local: Aldeia prxima ao Rio Iqu, afluente do Rio Juruena, no nordeste do Mato GrossoAtividade predominante : Pesca e coletaCuriosidade : Tradicionalmente no consomem caa e no tm o hbito de caar. O peixe considerado alimento nobre, fundamental nos rituais e objeto de troca nas relaes sociais e amorosas.Vivem em uma regio de vegetao variada, com cerrado e floresta tropical localizada no vale do afluente do Rio Juruena, a noroeste de Mato Grosso, municpio de Juna, Comodoro e Campo Novo dos Paresi. Vivem nesse territrio em uma nica aldeia perto do Rio Iqu. Dificilmente os Enawen-Naw deixam suas aldeias para contato com os no-ndios mantendo sua autonomia devido localizao geogrfica privilegiada e at hoje no falam o portugus. Os produtos da coleta complementam a alimentao e servem de matria-prima para enfeites, roupas e objetos. O mais importante o mel misturado com gua e consumido como refresco. Dentre os frutos, destacam-se castanha, buriti, bacaba e pequi. Tambm comem fungos (cogumelos selvagens), razes, alguns tipos de insetos e de larvas. Cascas, razes e folhas especiais so usadas como remdio.Produzem sal vegetal de palmeiras e panelas de barro. Da palha do buriti confeccionam cordas, cestos, peneiras, raquetes para assar peixes, saias, enfeites de braos e cobrem casas. De madeiras especiais fazem canoas, bancos, remos, arcos, flechas, fogo. Fabricam tambm redes, saias e pulseiras de algodo. um povo muito alegre e rico em diversidade musical e danas, bem como nas indumentrias que caracterizam sua peculiaridade.Rituais : Os Enawen-Naw so muito espiritualistas sendo que suas atividades econmicas so orientadas pelo calendrio ritual, pois acreditam que h um outro tipo de vida aps a morte.- A pgina sobre osndios Enawen Nawno site Survival.FULNI-- Nomes alternativos: Fulni, Furni, Forni, Carnij, Iat, YatClassificao lingstica: Ia-t, Macro-G, FulnioPopulao: 3.659 (Funasa - 2006)Local: Pernambuco - guas BelasOs Fulni so o nico grupo do Nordeste que conseguiu manter viva e ativa sua prpria lngua - o Ia-t - assim como um ritual a que chamam Ouricuri, que atualmente realizam no maior sigilo. Na parte central das terras da reserva indgena se encontra assentada a cidade de guas Belas rodeada totalmente pelo territrio Fulni. So mais de 2.900 ndios que vivem em Pernambuco.GAVIO- Nomes alternativos: Gavio do Me Maria, Gavio Parakatej, Gavio do OesteClassificao lingstica: JPopulao: 476 (Funasa - 2006)Local: ParEsse nome foi atribudo a diferentes grupos Timbira da regio do mdio Tocantins por viajantes do sculo XIX, que sempre falavam do carter guerreiro desses ndios. A denominao vem das penas de gavio usadas em suas flechas. Esses ndios foram muito reduzidos pelo contgio de doenas em seus primeiros contatos com os brancos. Uma das maiores tradies a corrida de toras: as equipes de revezamento (formada somente por homens), carregam troncos de buriti nos ombros. O mais importante no quem chega primeiro, o que vale mais o divertimento. A comemorao maior quando as equipes chegam juntas ou quase juntas. Cada indivduo recebe dois nomes e um deles no pode ser divulgado. Mostrar ao outro este segredo, significa transferir poder. Quando algum recebe o nome de um parente que j morreu carrega a responsabilidade de manter as caractersticas do antepassado e quem o escolhe assume o papel de padrinho com a funo de transmitir a cultura. Depois do casamento, por um perodo determinado, entre genro e sogra, nora e sogro, ficam proibidos de chamar o outro pelo nome.GOITAC- Ocupavam a foz do Rio Paraba. Tidos como os ndios mais selvagens e cruis do Brasil, encheram os portugueses de terror. Comedores de gente, guerreiros ferozes e arredios. As caractersticas mais citadas para definir os ndios goitacazes so tambm uma boa pista para entender por que se sabe to pouco sobre essa tribo, de grandes caadores e pescadores, que chegou ao litoral por volta do sculo II. Grandes canibais e intrpidos pescadores de tubaro. Eram cerca de 12 mil.GUAJAJARA- Nomes alternativos: Guazazara, Tenetehar, TenetehraClassificao lingstica: Tupi, Tupi-Guarani, Tenetehara (IV)Populao: 19.471 (Funasa - 2006)Local: Maranho, 81 aldeiasOs Guajajara so um dos povos indgenas mais numerosos do Brasil. Habitam 11 Terras Indgenas na margem oriental da Amaznia, todas situadas no Maranho. Sua histria de mais de 380 anos de contato foi marcada tanto por aproximaes com os brancos como por recusas totais, submisses, revoltas e grandes tragdias. A revolta de 1901 contra os missionrios capuchinhos teve como resposta a ltima "guerra contra os ndios" na histria do Brasil.7 -GUARANI- Nomes alternativos: Ava-Chiripa, Ava-Guarani, Xiripa, Tupi-GuaraniClassificao lingstica: Tupi-GuaraniPopulao: considerado um dos povos mais populosos no Brasil, com cerca de 27 mil ndiosLocal: Reserva Indgena do Rio Silveira, localizada em Boracia, divisa entre Bertioga e So Sebastio. Mas, existem aldeias Guarani em diversos estados como : Mato Grosso, So Paulo, Esprito Santo, Paran, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Par.Atividade predominante : praticam a agricultura de subsistncia plantando arroz, mandioca entre outros itens.Curiosidade : as danas, cantos e rituais so direcionados ao Deus Tup, pedindo proteo s pessoas e natureza. Valorizam a preservao do meio ambiente.Considerado um dos mais populosos povos indgenas no Brasil, foi um dos primeiros a manterem contato com os portugueses resistindo a qualquer imposio em sua cultura. Os Guarani foram os que mais resistiram e ainda resistem muito para manter seus costumes tradicionais como a lngua, as danas e, principalmente as manifestaes religiosas. Apesar do constante contato com os no-ndios, eles mantm suas caractersticas fsicas pois muitas aldeias no admitem a miscigenao. So agricultores de subsistncia plantando arroz, mandioca outros. Em muitas aldeias existem escolas onde o ensino bilnge.H, contudo, entre os subgrupos Guarani-andeva, Guarani-Kaiowa e Guarani-Mbya existentes no Brasil, diferenas nas formas lingsticas, costumes, prticas rituais, organizao poltica e social, orientao religiosa, assim como formas especficas de interpretar a realidade vivida e de interagir segundo as situaes em sua histria e em sua atualidade.-Histrias dos Guaranis de Santa Catarina-Ywy rupa: a territorialidade Guarani- A pgina sobre osndios Guaranino site Survival.HIXKARYANA- Nomes alternativos: Hixkariana, Hishkaryana, Parukoto-Charuma, Parucutu, Chawiyana, Kumiyana, Sokaka, Wabui, Faruaru, Sherewyana, Xerewyana, Xereu, HichkaryanaClassificao lingstica: CaribePopulao: 804 (censo de Maio, 2001)Local: Amazonas, Rio Nhamund acima at os rios Mapuera e JatapHUPDA- Nomes alternativos: Hupd, Hupd Mak, Jupd Mac, Mak-Hupd, Mac De Tucano, UbdClassificao lingstica: Maku (Puinave, Macro-Tucano)Populao: 1,208 no Brasil (1995 SIL); 150 na Colmbia (1991 SIL); 1,350 nos dois pasesLocal: Rio Auari, noroeste de AmazonasJ se tornou moeda corrente entre os regionais e na literatura etnogrfica sobre o Noroeste Amaznico a distino entre os chamados "ndios do rio", de fala Tukano e Arawak, e os "ndios do mato", de fala Maku.Enquanto os primeiros so agricultores que fixam suas aldeias nas margens dos rios navegveis, os Maku vagam nos divisores de gua, estabelecendo-se temporariamente onde encontram condies ecolgicas favorveis caa e adequadas ao modo como eles costumam resolver seus conflitos internos: "quando a gente se desentende, a gente se espalha no mato e fica l at a raiva passar."IKPENG- Nomes alternativos: Txiko, Txikn, Chicao, Tunuli, TonoreClassificao lingstica: KaribPopulao: 342 (Funasa - 2006)Local: Parque Xingu, Mato GrossoOs Ikpeng vieram para a regio dos formadores do Xingu no incio do sculo XX, quando viviam em estado de guerra com seus vizinhos alto-xinguanos. O contato com o mundo no indgena foi ainda mais recente, no incio da dcada de 60, e teve conseqncias desastrosas para sua populao, que foi reduzida em menos da metade em razo de doenas e morte por armas de fogo. Foram ento transferidos para os limites do Parque Indgena do Xingu e pacificados. Hoje em dia mantm relaes de aliana com as demais aldeias do Parque, mas constituem uma sociedade bastante peculiar. J no guerreiam mais, contudo ainda mantm no cerne de sua viso de mundo a guerra como motor no apenas da morte, mas de substituio dos mortos pela incorporao do inimigo no seio do grupo, sendo assim tambm reprodutora da vida social.JAMAMADI- Nomes alternativos: Yamamad, Kanamanti, CanamantiClassificao lingstica: ArawakPopulao: 884 (Funasa - 2006)Local: Amazonas, espalhados sobre 512.000 km2Os Jamamadi fazem parte dos povos indgenas pouco conhecidos da regio dos rios Juru e Purus que sobreviveram aos dois ciclos da borracha, em meados do sculo XIX. Nos anos 1960, foi previsto seu desaparecimento como grupo diferenciado, mas a partir daquela poca os Jamamadi conseguiram se recuperar, tanto em termos demogrficos quanto culturais.JARAWARA- Nomes alternativos: Jarura, Yarawara, JarauaraClassificao lingstica: ArawPopulao: 180 (Funasa - 2006)Data do incio do trabalho da SIL: 1987Local: Seis aldeias dentro da area indgena Jamamadi-Jarawara, no municpio de Lbrea, Amazonas. A reserva fica perto do rio Purus, acima de Lbrea e no lado oposto do rio.Os Jarawara pertencem aos povos indgenas pouco conhecidos da regio dos rios Juru e Purus. Eles falam uma lngua da famlia Araw e habitam apenas a Terra Indgena Jarawara/Jamamadi/Kanamanti, que constantemente invadida por pescadores e madeireiros.JUMA- Nomes alternativos: Yum, Katauixi, Arara, Kagwahiva, Kagwahibm, Kagwahiv, Kawahip, Kavahiva, Kawaib, KagwahiphAuto-denominao: KagwahivaClassificao lingstica: Tupi, Tupi-Guarani, Kawahib (VI)Populao: 5 (2002); Havia 300 em 1940Local: Amazonas, Rio Au, tributrio do MucuimOs Juma pertencem a um conjunto de povos falantes da famlia lingstica Tupi-Guarani denominado Kagwahiva. No sculo XVIII, provvel que os Juma somassem de 12 a 15 mil ndios. Aps sucessivos massacres e a expanso das frentes extrativistas, se viram reduzidos a poucas dezenas na dcada de 1960. Atualmente, restam apenas cinco indivduos: um pai com suas trs filhas e uma neta.8 - JURUNA- Nomes alternativos: Yudj, YurunaClassificao lingstica: JurunaPopulao: 362 (Funasa - 2006)Local: Mato Grosso, ParPovo indgena cuja lngua a nica representante viva da famlia Juruna, do tronco Tupi. Autodenominam-se Yudj; o nome Juruna significa, em Tupi-Guarani, bocas pretas, porque a tatuagem caractersticas desses ndios era uma linha que descia da raiz dos cabelos e circundava a boca. Na metade do sculo XIX tinham uma populao estimada em 2.000 ndios, que viviam no baixo rio Xingu. Um grupo migrou mais para o alto do rio, hoje em territrio compreendido pelo Parque do Xingu (MT).Segundo levantamento de mdicos da Escola Paulista de Medicina, que prestam servios de sade aos ndios do parque, em 1990 eram 132 pessoas. Alguns Juruna vivem dispersos na margem direita do mdio e baixo rio Xingu, e h um grupo de 22 ndios, segundo dados da Funai de 1990, que vive na Volta Grande do rio Xingu, numa pequena rea indgena chamada Paquiaba, no municpio de Senador Jos Porfrio, no sudeste do Par.Suas terras sero atingidas pela construo da Usina Hidreltrica de Belo Monte.9 -KAAPOR- Nomes alternativos: Urubu, Kamb, Urubu-Capor, Urubu-Kapor, Kaapor.Auto-denominao: Ka'aporClassificao lingstica: Tupi, Tupi-Guarani, Oyampi (VIII)Populao: 991 (Funasa - 2006)Local: Maranho10 aldeias espalhadas sobre 7168 km2. H quatro aldeias grandes, Z Gurupi, Ximbo Renda, Gurupi-una e gua PretaOs primeiros encontros de paz dos Kaapor com os brasileiros ocorreram em 1928 em Canind no rio Gurupi. Em 1928 era conhecido como Posto Indgena Pedro Dantas. Naquela poca, o Posto se encontrava na ilha na frente do local atual de Canind, do lado do Par. Veja as trs perspectivas sobre estes encontros neste website do Kaapor. Com a chegada de civilizao os Kaapor se retiraram para a selva at que a reserva presente foi demarcada. A populao estava estvel com cerca de quinhentas pessoas por muitos anos. Houve um censo feito pelo chefe do Posto Canind em 1968 e a populao foi enumerada em um pouco mais de quinhentas pessoas. Naquela poca, o chefe do posto foi a quase todas as aldeias e fez um censo. Mais um censo foi feito pelo chefe do Posto Turiau no final dos anos 70. Mais uma vez, foram enumerados em pouco mais de quinhentas pessoas. Desde ento a distribuio de medicamentos por vrios grupos ajudou a combater a mortalidade infantil, e tambm ajudou aos adultos a sobreviverem epidemias de gripe forte. Atualmente (2002) os Kaapor esto enumerados em cerca de oitocentas pessoas.Uma caracterstica interessante da lngua Kaapor foi o desenvolvimento de uma lngua de sinais entre eles. Existem vrios surdos-mudos entre eles que so capazes de se comunicar com outros que no so surdos-mudos. O povo desenvolveu uma lngua de sinais entre si (sistema de comunicao intra-tribal). Um surdo-mudo visitando uma aldeia distante tem capacidade de se comunicar com um membro de outra aldeia sem problema.Uma outra caracterstica interessante sua elaborada cerimnia de nomeao, com muitos enfeites de pena. No dia de nomear o(s) filho(s), esperam o nascimento do sol, e enfrentando o sol nascente o padrinho escolhido danar com uma criana em seus braos, tocando um apito feito do osso do p do gavio-real. Diversas crianas podem ser nomeadas durante esta cerimnia. O padrinho e o pai da criana tm ornamentos feitos de penas tais como um capacete feita das penas da cauda do pssaro japu, uma pea nos lbios decorada com a pena da cauda da arara como base, brincos, pulseiras, e s vezes faixas no brao tambm. Esta cerimnia est precedida por uma noite de bebedeira onde consomem quantidades grandes de cerveja feita de beiju (pur de mandioca tostada em bolinhos redondos) de banana ou de caju. A lngua Kaapor tem 14 consoantes e 6 vogais que so orais e podem ser nasais.KADIWU- Nomes alternativos: Kaduveo, Kadivu, Kadiveo, Mbaya-Guaikuru, Caduvo, Ediu-AdigClassificao lingstica: Mataco-GuaicuruPopulao: 1.629 (Funasa - 2006)Local: Mato Grosso do Sul, cerca da Serra da Bodoquena. 3 aldeiasOs Kadiwu, conhecidos como "ndios cavaleiros", por sua destreza na montaria, guardam em sua mitologia, na arte e em seus rituais o modo de ser de uma sociedade hierarquizada entre senhores e cativos. Guerreiros, lutaram pelo Brasil na Guerra do Paraguai, razo pela qual, como contam, tiveram suas terras reconhecidas.KAINGANG- Outras denominaes : Coroados, GuayansPopulao : 28.000 (Funasa - 2006)Lngua : famlia JLocal: Paran, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, So PauloDos Kaingang de So Paulo, que at o incio do sculo XX se mostravam hostis aos trabalhos da estrada de ferro So Paulo-Corumb, hoje sobrevivem 100 nos postos Icatu (Penpolis) e Vanure (Tup). Os Kaingang meridionais, habitam as reservas de diversos postos indgenas ou vivem espalhados pelos trs Estados sulinos:NoParan, nos postos Baro de Antonina (Arapongas), Queimadas (Reserva), Iva (Pitanga), Fioravante Esperana (Palmas), Rio das Cobras e Boa Vista ( Iguau), Apucarana (Londrina), Mangueirinha (Mangueirinha), Jos Maria de Paula (Guarapuava);EmSanta Catarina, no posto Xapec (Chapec), onde h uma subdiviso chamada Xoklng.;NoRio Grande do Sul, so 4.100 ndios distribudos nos postos Cacique Doble, Ligeiro, Nonoai e Guarita, Serrinha, Vontouro, Monte Caseiros, Inhacor, e Borboleta, esta ltima rea ainda no reconhecida, todos nos municpios do extremo noroeste do Estado.11 - KALAPALO- Populao : 504 (Funasa - 2006)Lngua : KaribLocal: Mato GrossoA vida social nas aldeias kalapalo um dos quatro grupos de lngua Karib que habita a regio do Alto Xingu, englobada pelo Parque Indgena do Xingu varia de acordo com as estaes do ano. Na estao seca, que se estende de maio a setembro, a comida abundante e tempo de realizar rituais pblicos, que costumam contar com muita msica e a participao de membros de outras aldeias. Na estao chuvosa, a comida torna-se escassa e a aldeia fecha-se nas relaes entre as casas e os parentes. No contexto multitnico do Parque Indgena do Xingu, os Kalapalo tm se destacado por uma participao ativa na vigilncia de seus limites, evitando a invaso de fazendeiros vizinhos.KAMAYUR- Outras denominaes : KamaiurPopulao : 492 (Funasa - 2006)Lngua : Tupi-guaraniLocal: Mato GrossoTribo de cerca de duzentas pessoas, vivem na regio dos formadores do rio Xingu, Mato Grosso do Norte. Esta populao indgena, da famlia lingstica tupi-guarani, vinda talvez das costas litorneas do Maranho, emigrou, muito provavelmente a partir do sculo XVII, para instalar-se progressivamente nesta regio seguindo outros grupos indgenas fugindo do contato com os portugueses (1870). Apesar da diversidade de origens e de lnguas, essas tribos constituem-se hoje numa rea cultural definida: as tribos da rea do uluri ou as chamadas tribos xinganas, que ocupam a parte sul do Parque Indgena do Xingu. Ao norte vivem outras tribos, com algumas das quais os Kamayur mantiveram contatos espordicos, muitas vezes conflituosos, no decorrer de sua migraoKAMBIW- Outras denominaes : KambioaPopulao : 2 820 (Funasa - 2006)Local: PernambucoOs Kambiw, com uma populao de cerca de 1.100 ndios, vivem aldeados pela Fundao Nacional do ndio (Funai), numa rea de 2.700 hectares, localizada nos municpios de Ibimirim, Inaj e Floresta, na regio do Moxot, em Pernambuco.A reserva, criada em 1971, reuniu cerca de cem famlias que se encontravam vagando pela regio, devido s perseguies dos grande proprietrios de terra.KANELA- Outras denominaes : Canela, Ramkokamekr, Apanyekr, TimbiraLngua : Timbira Oriental, da Famlia JPopulao : 2.502 (Funasa - 2008)Local: MaranhoCuriosidade : Os Kanela tm um conjunto de ciclos rituais baseados na famlia. Entre os principais ritos esto o nascimento, puberdade, casamento, resguardo ps-parto e o luto. Na passagem da adolescncia, os meninos passam pela perfurao da orelha e as meninas ficam reclusas, quando ocorre a primeira menstruao.Os Kanela so compostos de cinco naes remanescentes dos Timbira Orientais, sendo a maior a dos Ramkokamenkr descendentes dos Kapiekran como eram conhecidos em 1820. O grupo Ramkokamenkr, que significa ndios do arvoredo de almcega atualmente se autodenomina com o nome portugus Canela. A principal aldeia Ramkokamenkr, Escalvado, conhecida pelos sertanejos e moradores de Barra do Corda como Aldeia Ponto e fica a cerca de 70 km a sul-sudeste dessa cidade, no Maranho. A Terra Indgena Kanela conta com 125.212 hectares demarcados e homologados. Dois fatos marcaram a vida desse povo. Em 1931, um fazendeiro instalou seu rebanho na rea e afugentou a principal fonte de alimentao que a caa. Iludindo os ndios, ofereceu-lhes uma festa em que foram embriagados e massacrados. Outro fato foi em 1963, quando um lder messinico fez o povo Kanela acreditar que haveria uma transformao : os brancos virariam ndios e estes se tornariam brancos. Seis deles morreram por determinao dos fazendeiros. O grupo possui uma cultura preservada mantendo equilibrado o relacionamento do indivduo com a natureza e a sociedade. As maiores expresses de arte so as formas musicais e as danas acompanhadas de cantos que hoje ocorrem nos perodos das grandes festas. Entre os Kanela, o urucum passado no corpo em situaes familiares, enquanto a tintura azul-escura do jenipapo usada somente em uma determinada situao cerimonial, jamais no dia-a-dia. Uma de suas tradies a Corrida de Toras com a participao de homens e mulheres considerados velozes. As toras para homens pesam mais de 100 quilos e para mulheres 80.Rituais : O conjunto de ciclos rituais acontece durante as festas e est baseado na participao de quase toda a sociedade. Meninos so introduzidos na classe de idade por quatro ou cinco festas de iniciao. Como passo principal para o casamento definitivo, a maioria das meninas entra como associada nos rituais masculinos para receber seus cintos de maturidade, necessrios para serem aceitas pelos parentes.12 -KARAJ- Outras denominaes : Xambio, Chamboa, Yn, CaraiaunaLngua : Karaj, de origem lingstica Macro-JPopulao : 2.532 (Funasa - 2006)Local: Gois, Mato Grosso, Par, Tocantins. Terra Indgena do Parque Nacional do Araguaia na Ilha do Bananal, TocantinsAtividade predominante : A alimentao da comunidade habitualmente retirada do Rio Araguaia e dos lagos. Apreciam alguns mamferos e demostram especial predileo na captura de araras, jaburus.Plantam : milho, banana, mandioca e melancia. Eles aproveitam tambm os frutos do cerrado, como o oiti e o pequi, e a coleta do mel silvestre.Curiosidade : Os Karaj preferem a monogamia e o divrcio censurado pelo grupo. Se a infidelidade do homem casado se torna pblica, os parentes masculinos da mulher abandonada batem no homem infrator perante toda a aldeia, numa grande ao dramtica, que pode tomar propores maiores com o acirramento de nimos entre os grupos domsticos envolvidos, resultando inclusive em queima da casa da famlia do marido infrator. Os Karaj possuem ntima relao com o Rio Araguaia que fonte de sua subsistncia. Segundo o mito da criao, os Karaj saram do fundo desse rio e ocuparam as terras perto das margens. Guardam muitas tradies demonstradas em cantos e festas. Uma de suas caractersticas a diferenciao entre a fala das mulheres e crianas e a dos homens, feitas atravs de fonemas e expresses especficas. So muito ricos na fabricao de seu artesanato arity e dos adornos isiywidyna. Destacam-se pelas plumagens, cestarias e cermicas.Rituais : Os rituais praticados so demonstrados pelos cantos como a Festa do Hetohoky, Casa Grande e tambm esto inseridos nas danas e lutas corporais ijesu onde principalmente os homens jovens usam a oportunidade para demonstrar fora e coragem. Outra festa a do Aruan em homenagem ao peixe da regio que eles crem proteger a todos os Karaj.KARIRI-XOC- Outras denominaes : Cariri-xocPopulao : 1.763 ( 2000)Local: AlagoasSituados na beira do Rio So Francisco, na cidade de Porto Real do Colgio, em Alagoas, a tribo Kariri-Xoc, e seus remanescentes continuam na sua luta pela resistncia cultural at os dias de hoje. So mais ou menos 2.400 pessoas em suas 200 famlias.KARIPUNA- Nomes alternativos: Karipna, Karipna do Ua, PatuwaClassificao lingstica: Crioulo (francs)Populao: 2.235 (Funasa - 2006)Local: Amap, na fronteira da Guiana FrancesaOs Karipuna fazem parte do complexo de povos indgenas da regio do baixo rio Oiapoque, que esto inseridos em redes amplas de intercmbio, que englobam famlias ndias ou no-ndias estabelecidas em aldeias e cidades vizinhas, no Brasil e na Guiana Francesa. A despeito de tratar-se de uma sociedade com fronteiras pouco precisas, fluidas e indefinidas, dados os constantes intercmbios, intercasamentos e realocaes das famlias, os Karipuna utilizam a expresso nosso sistema para definir um conjunto de prticas, conhecimentos e crenas que consideram prprias, englobando conhecimentos xamansticos e catlicos.KARITIANA- Nomes alternativos: CaritianaClassificao lingstica: Tupi, ArikemPopulao: 320 (2005)Local: RondniaOs Karitiana constituem um dos muitos grupos do estado de Rondnia ainda pouco estudados pela Antropologia. Nos ltimos anos, suas principais batalhas em nome de sua reproduo fsica e scio-cultural tm sido a reivindicao de ampliao de sua Terra Indgena e o investimento na educao escolar, como forma de reforar o ensino da lngua karitiana a nica remanescente da famlia lingstica Arikm , bem como de valorizao dos costumes e histrias que os particularizam como povo.KATUKINA- Nomes alternativos: TukunaClassificao lingstica: KatukinaPopulao: 450 (2007)Local: AmazonasDesigna dois grupos indgenas, da famlia Katukina, que autodenominam-se Peda Djap ("Gente da Ona"). Vivem em diversos grupos no rio Bi, afluente do Jata e Amazonas. Existem aproximadamente 220 ndios. Os Katukina de lngua da Famlia Pano, vivem no rio Envira, nas margens do rio Gregrio, juntamente com os Yawanaw, na rea indgena Rio Gregrio, Acre, e na rea indgena de Campinas. Os Katukina j foram chamados, por muitos viajantes, como "ndios barbados" por causa do costume de pintar a boca de preto. A troca de cnjuges bastante comum, mas os filhos sempre ficam com a me.KAXARARI- Nomes alternativos: KaxaririClassificao lingstica: PanoPopulao: 323 (Funasa - 2006)Local: Alto Rio Marmelo, tributrio do Rio Abuna, Acre, Rondnia, AmazonasO cacique Alberto Csar, 54, conta que Kaxarari nome atribudo pelos brancos, a autodenominao Run-cun e a lngua pertence famlia lingstica Pano. "Queremos resgatar as danas e a lngua. Velho que morreu h trs anos nunca viu a dana, mas guardou as histrias".Em 1924, uma epidemia de sarampo dizimou grande parte da populao, em 1957-58 eram 13 famlias. Hoje so cerca de 400 pessoas divididos em 4 comunidades: Pedreira, Paxiba, Barrinha e Marmelinho, que ocupam uma rea de 145 mil hectares demarcados em 1987.13 - KAXINAW- Nomes alternativos: Cashinau, Caxinau, Huni KuinClassificao lingstica: PanoPopulao: 4.500 (CPI/AC - 2004)Local: AcreOs Kaxinaw pertencem famlia lingstica Pano que habita a floresta tropical no leste peruano, do p dos Andes at a fronteira com o Brasil, no estado do Acre e sul do Amazonas, que abarca respectivamente a rea do Alto Juru e Purus e o Vale do Javari.10 -KAYAP- Nomes alternativos: Kaiap, Caiap, Gorotire, A'ukre, Kikretum, , Makragnotire, Kuben-Kran-Ken, Kokraimoro, Metuktire, Xikrin, KararaClassificao lingstica: JPopulao: 5.923 (Funasa - 2006)Local: Mato Grosso, ParTambm chamados de Caiap, um povo de lngua da famlia J. Distribui-se por 14 grupos: Gorotire, Xikrin do Catet, Xikrin do Bacaj, A'Ukre, Karara, Kikretum, Metuktire (Txu-karrame), Kokraimoro, Kubenkran-kn e Mekragnot. H indicaes de pelo menos trs outros grupos ainda sem contato com a sociedade nacional. As aldeias, identificadas pelo nome do grupo a que pertencem, so grandes para os padres da Amaznia: a dos Gorotire tem 920 pessoas, e h referncias histricas de aldeias com 1500 ndios. Eles mantm pouco contato entre as tribos e possuem uma estrutura cultural e social bastante homogenia, com poucas diferenas locais. A forma tradicional da aldeia um crculo de casas formando um ptio. No centro, fica uma casa que s utilizada para a reunio dos homens.KRAH- Nomes alternativos: Cra, KraClassificao lingstica: JPopulao: 2.184 (Funasa - 2006)Local: TocantinsNos seus dois sculos de contato com os brancos, os Krah tm vivido reviravoltas e inverses de situao: ora aliados dos fazendeiros, ora por estes massacrados em 1940; nos anos 50 seguiram um profeta que prometia transform-los em civilizados e em 1986 empenharam-se em uma reivindicao que implicava justamente no oposto, na sua afirmao tnica: foram em 1986 ao Museu Paulista, em busca da recuperao do machado semilunar, caro a suas tradies. Assduos viajantes s grandes cidades, cujas ruas e autoridades conhecem melhor que os sertanejos que os cercam, com freqncia telefonam a seus esquivos amigos urbanos a pedir miangas, tecidos e reses para abate, indispensveis execuo de seus ritos.KUIKURO- Nomes alternativos: Kuikuru, Guicur, Kurkuro, Cuicutl, Kalapalo, Apalakiri, ApalaquiriClassificao lingstica: Famlia Karib (Carib)Populao: 509 (Funasa - 2006)Local: Terra Indgena do Xingu no Mato GrossoAtividade predominante : a agricultura da mandioca e a pesca, so a base da alimentao. Tambm cultivam bata doce, milho, algodo, pimenta, tabaco, urucum e frutas como banana, melancia, mamo e limo.Considerado o povo com a maior populao no Alto Xingu, os Kuikuro habitam o sul da Terra Indgena do Xingu, prximo ao Posto Leonardo, perto do municpio de Querncia, no Mato Grosso. So cerca de 450 ndios que falam a lngua Kuikuro, pertencente ao tronco lingstico Karib (Carib). Hoje, habitam trs aldeias, sendo que a principal a Ipatse, onde vivem mais de 300 pessoas. Os povos do Alto Xingu no comem nenhum bicho de terra ou de pelo, exceto o macaco, uma espcie de Cebus. So excelentes nadadores e produzem artefatos como canoas, bancos, esteiras, cestos e adornos plumrios usados no dia-a-dia e em cerimoniais para pagamento de servios como a pajelana ou para selar uma aliana de casamento. A fabricao de um variado e rico artesanato hoje fonte de recursos para compra de bens como material de pesca, munies, miangas, combustvel e gneros alimentcios (arroz, sal, acar, leo, etc...)Rituais : Como os demais povos do Alto Xingu, os Kuikuro realizam e participam do Kuarup, um ritual em homenagem aos mortos. Entre os mitos, destaca-se a Iamaricum, celebrada pelas mulheres que se vestem com os adereos dos homens.O Kuarup um ritual dos grupos indgenas do Parque do Xingu para homenagear os mortos- Descrio do Kuarup da tribo Kuikuro Regio do Rio KulueneKULINA- Nomes alternativos: Kurna, Kolna, Curina ou Colina, MadihaClassificao lingstica: ArawaPopulao: 2.537 (Opan - 2002)Local: Acre, AmazonasSo tambm chamados de Kurna, Kolna, Curina ou Colina, e vivem em pequenos grupos. Quando se casa, o homem vive na casa da famlia da esposa e tem que trabalhar para retribuir a mulher. Cada casal tem a obrigao de gerar pelo menos trs filhos, ganhando o direito de construir uma casa separada e continuando juntos se desejar. Eles acreditam que a concepo acontece sem qualquer contribuio feminina, e para engravidar, a mulher tanto pode relacionar-se apenas com o marido ou ter vrios parceiros. Em qualquer dos casos, ela a nica responsvel pelos cuidados com a criana.Vivendo nas margens dos rios Juru e Purus, os Kulina destacam-se pelo vigor com que mantm suas instituies culturais, entre elas a msica e o xamanismo. Um exemplo disso que, apesar do antigo contato com brancos e da proximidade de algumas aldeias com centros urbanos, no se tem conhecimento de nenhum Kulina vivendo fora de suas terras.MAKUXI- Nomes alternativos: Macuxi, MacushiClassificao lingstica: KaribPopulao: 23.433 (Funasa - 2006); 9.500 (Guiana - 2001)Local: Roraima, GuianaLes Makuxi croient, comme leurs voisins Ingarik, quils descendent des enfants du soleil qui leur ont fait le don du feu mais aussi des maladies et des disgrces de la nature.- A pgina sobre osndios Makuxino site Survival.MAMAIND- Nomes alternativos: Nambikura do NorteClassificao lingstica: Nambikura, Nambikura do Norte, MamaindPopulao: 1.682 (Renisi - 2008)Local: Mato Grosso, na divisa de RondniaA maioria dos Mamaind vive atualmente em uma nica aldeia que rene cerca de 200 pessoas. Trata-se de uma aldeia grande em relao ao padro tradicional das aldeias nambiquara que tm em mdia entre 100 e 50 pessoas. Muitas famlias so compostas por indivduos provenientes de outros grupos Nambiquara do norte que se juntaram aos Mamaind em diferentes momentos.As casas tradicionais feitas de palha de buriti foram substitudas por casas de madeira cobertas com telhas de amianto no estilo das casas dos colonos regionais. Apenas a casa de recluso da menina pbere, um tipo de habitao temporria, continua sendo feita no estilo das moradias tradicionais.16 -MARUBO- Classificao lingstica: PanoPopulao: 1.252 (Funasa - 2006)Local: AmazonasEles esto em contato com a sociedade nacional desde 1870 e foram incorporados ao trabalho de explorao da borracha. O homem pode se casar com vrias mulheres (poligamia), e cada uma delas ocupa um espao bem definido na maloca. Por influncia dos missionrios, hoje, os mortos so sepultados em cemitrios, mas a cremao fazia parte dos antigos costumes desses ndios, eles comiam as cinzas com mingau para que o morto pudesse continuar entre eles. A nica exceo ocorre com as crianas de colo, que so enterradas geralmente entre as rvores. uma populao de 600 pessoas, que falam a lngua da famlia Pano e vivem ao longo dos rios Itu e Curu, na Amaznia, junto fronteira com o Peru.17 -MATIS- Nomes alternativos: Mushabo, Deshan MikitboClassificao lingstica: PanoPopulao: 322 (2008)Local: AmazonasEstimados em vrias centenas na poca dos primeiros contatos (final dos anos 70), os Matis, falantes de uma lngua Pano, no passavam de 87 em 1983. Todos os matis so monolnges. Andam nus, raspam a cabea, fazem orifcios labiais e auriculares e usam zarabatana. Vivem de caa pesca e coleta de produtos como o cacau e o buriti alm das roas de milho, macaxeira, pupunha e car.18 - MATIPU- Classificao lingstica: KaribLocal: Mato GrossoPopulao: 103 (Funasa - 2006)Os Matipu habitam a poro sul do Parque Indgena do Xingu, integrando a rede de trocas e cerimnias inter-societrias que envolve os dez povos da rea cultural do Alto Xingu. Entre estes, o grupo possui ainda maior identificao com os outros grupos de lngua Karib Kalapalo, Kuikuro e Nahuku , com quem mantm relaes privilegiadas de inter-casamentos e comrcio.

MAXAKALI- Nomes alternativos: Caposho, Cumanasho, Macuni, Monaxo, Monocho, Maxacalis, Monac, Kumanux, TikmunClassificao lingstica: Macro-G, MaxakaliPopulao: 1.271 (Funasa - 2006)Local: Minas Gerais, 160 km interior do litoral, 14 aldeiasOs Maxakal, enfrentam hoje o grande desafio de superarem as dificuldades decorrentes de sucessivas administraes autoritrias, o que se tem refletido nos graves problemas de embriagus, desajustes sociais e marginalizao econmica. A forma de luta adotada pelo grupo tem sido a de opor resistncia sistemtica a casamentos intertnicos e a mudanas na organizao social e no seu universo cultural, optando pela entropia e isolamento como ordenadores das suas relaes intertnicas.15 -MAYORUNA- Nomes alternativos: MatsClassificao lingstica: PanoPopulao: 1.592 (Funasa - 2006)Local: Amazonas- Os Mayoruna no so ainda totalmente conhecidos devido a distncia onde esto localizadas as suas aldeias. Anteriormente eles habitavam as cabeceiras do rio Glves (Peru), formador, juntamente com o rio Jaquirara, do rio Javari. Este, por sua vez, afluente pela margem direita do rio Solimes.19 -MEHINAKO- Nomes alternativos: Meinaco, Meinacu, MeinakuClassificao lingstica: AruakPopulao: 227 (Funasa - 2006)Local: Rio Kurisevo, Alto Xingu, Parque do Xingu, Mato GrossoHabitantes da rea cultural regio conhecida como Alto Xingu (englobada pelo Parque Indgena do Xingu), os Mehinako so parte de um amplo complexo de povos pouco diferentes entre si. O sistema especializado de trocas comerciais, os rituais intersocietrios e os padres de intercasamento a um s tempo enredam e particularizam os Mehinako das demais etnias que os circundam. Entretanto, em meio s suas semelhanas com outros povos alto-xinguanos, os Mehinako se consideram antes de tudo Mehinako, e se orgulham de ser uma comunidade humana especial.MUNDURUKU- Nomes alternativos: Mundurucu, Weidyenye, Paiquize, Pari, Caras-PretasClassificao lingstica: MundurukuPopulao: 10.065 (Funasa - 2002)Local: Amazonas, Mato Grosso, Par. 22 aldeiasPovo de tradio guerreira, os Munduruku dominavam culturalmente a regio do Vale do Tapajs, que nos primeiros tempos de contato e durante o sculo XIX era conhecida como Munduruknia. Hoje, suas guerras contemporneas esto voltadas para garantir a integridade de seu territrio, ameaado pelas presses das atividades ilegais dos garimpos de ouro, pelos projetos hidreltricos e a construo de uma grande hidrovia no Tapajs.Os Munduruku vivem em 32 aldeias, em trs reas no Par e Amazonas. Eles vivem da caa, pesca, coleta e agricultura. O grau de bilingismo dos Munduruku no muito alto, sendo o dos homens maior do que o das mulheres e crianas.Saiba mais sobre os ndios MundurukuNADB- Nomes Alternativos: Mak-Nadb, Mak, MacuAuto-Denominao: NadbClassificao lingstica: Mak, Nadb Populao: 2.603 (Dsei/Foirn - 2005)Local: 2 aldeias: Rio Uneiuxi e Rio Japur, AmazonasJ se tornou moeda corrente entre os regionais e na literatura etnogrfica sobre o Noroeste Amaznico a distino entre os chamados "ndios do rio", de fala Tukano e Arawak, e os "ndios do mato", de fala Maku. Enquanto os primeiros so agricultores que fixam suas aldeias nas margens dos rios navegveis, os Maku vagam nos divisores de gua, estabelecendo-se temporariamente onde encontram condies ecolgicas favorveis caa e adequadas ao modo como eles costumam resolver seus conflitos internos: "quando a gente se desentende, a gente se espalha no mato e fica l at a raiva passar."NAMBIKWARA- Nomes Alternativos: Anunsu, Nhambiquara, Nambikuara, NambiquaraClassificao lingstica: NanambikwraPopulao: 1.682 (Renisi - 2008)Local: Vivem nas Terras Indgenas Pirineus de Souza, Nambikwara e Vale do Guapor, no municpio de Comodoro, em Mato GrossoCuriosidade : esta etnia pratica o Xikunahity, conhecido como futebol com a cabea.Os Nambikwara tambm j foram chamados de Povos das Cinzas por dormirem no cho beira do fogo e amanhecerem cobertos por uma mistura de cinzas e areia. So vrios grupos da mesma famlia lingstica que receberam, genericamente, o nome de Nambikwara. Eles se diferenciam de outros grupos ticos pela lngua, pois falam vrios dialetos e contam com traos culturais marcantes e prprios.Rituais : Sua origem explicada pelo mito da pedra preta. Praticam o ritual da flauta sagrada que narra a histria do menino que se transformou em alimento para seu povo. Nesse ritual, tocam uma flauta nasal.Famosos na histria da etnologia brasileira por terem sido contatados oficialmente pelo Marechal Rondon e por terem sido estudados pelo renomado antroplogo Claude Lvi-Strauss, os Nambiquara vivem hoje em pequenas aldeias, nas altas cabeceiras dos rios Juruena, Guapor e (antigamente) do Madeira.Saiba mais sobre os ndios NambikuaraPALIKUR- Nomes Alternativos: Paricuria, Paricores, Palincur, Parikurene, Parinkur-Ine, PakwenClassificao lingstica: Aruk, Aruk do Norte, PalikurPopulao: 1.330 (Funasa - 2006)Local: Amap, Guiana FrancesaNo incio do sculo, aps a apropriao do territrio contestado pelo Brasil, os Palikur enfrentaram os maus tratos dos fiscais da aduana brasileira, que os recriminavam por no falarem o portugus e os acusavam de fazerem contrabando. Esta indisposio com o Brasil, decorrente das relaes comerciais estabelecidas h sculos entre os Palikur e franceses, lhes valeu o apelido de amis de franais, e funcionou como uma fora de atrao para parte da populao indgena, que passou a se estabelecer do outro lado da fronteira. Atualmente, os Palikur tm aldeias no Brasil e na Guiana Francesa e mantm constante trnsito entre a fronteira. A rede de relaes intra-tnicas se sustenta pelos laos de parentesco, alianas matrimoniais e trocas comerciais, a despeito das diferenas econmicas, polticas e sociais entre os dois pases.PANKARU- Nomes Alternativos: Pankararu-SalambaiaClassificao lingstica: Aruk, Aruk do Norte, PalikurPopulao: 179 (Funasa - 2006)Local: BahiaSua trajetria foi pontuada por uma sucesso de conflitos fundirios com grileiros e posseiros, que ainda no foram totalmente resolvidos. Alm de um histrico de opresso e marginalizao pela sociedade no-indgena, os Pankaru tm em comum com os demais grupos indgenas chamados "emergentes" o ritual secreto do "Tor", marca de identidade e resistncia cultural. Os pouco mais de 80 ndios desta tribo esto localizados no Oeste do Estado da Bahia, esquerda do Rio So Francisco. Falam a lngua portuguesa.PARECI- Nomes Alternativos: Paresi, HalitiClassificao lingstica: ArukPopulao: 838 (Funai - 2006)Local: Municpio de Tangar da Serra, Chapada dos Parecis, Mato GrossoAtividade predominante : caa, pesca e coleta de frutos silvestresCuriosidade : Para os Pareci, a bola tem suas peculiaridades, feita por eles, com seiva de mangabeira, um tipo de ltex, e mede cerca de 30 centmetros de dimetro. Eles tambm praticam oXikunahity, futebol de cabea. Vivem na Terra Indgena Paresi, um territrio de matas, campos e cerrados no municpio de Tangar da Serra, regio do Mdio - Norte do Mato Grosso, e Chapada dos Paresis, regio de matas, campos, cerrados, montanhas e planaltos, assentada nos divisores das bacias dos rios do Prata e Amazonas. Esses ndios sofreram com a abertura da BR-364, ligando o pas de norte a sul atravessando seu territrio. O contato trouxe doenas e grandes perdas de terras, cultura e valores tnicos que eles lutam para preservar at hoje. Segundo o mito da criao, os Pareci saram de dentro de uma pedra no Campo Novo dos Parecis liderados pela entidade mtica Wazare e se espalharam pela chapada dividindo-se em trs grupos: os Kaxiniti (parte oriental), os Waimar (central) e os Kozarini, (ocidental).Saiba mais sobre os ndios PareciPATAX- Nomes Alternativos: Patax H-h-heClassificao lingstica: Maxakali, do tronco Macro-JPopulao: 2.219 (Carvalho - 2005)Local: Bahia, em Barra Velha, Coroa Vermelha e Monte PascoalVive no sul da Bahia, em Barra Velha, Coroa Vermelha e Monte Pascoal, em zona economicamente valorizada (cacau e turismo), nos municpios de Porto Seguro e Santa Cruz Cabrlia e nas reas indgenas Mata Medonha e Imbiriba. Em 1990, eram aproximadamente 1.600 ndios.Curiosidade : Esse povo sofreu muito devido ao contato com os portugueses, que chegaram at a proibi-los de falar sua prpria lngua e de praticar seus rituais religiosos e culturais. Com pouco mais de 6 mil pessoas, o povo Patax luta para recuperar suas terras e pelo resgate de sua identidade e reconhecimento como um povo indgena, apesar das perdas ocasionadas pelo contato com a sociedade no-indgena. Os patax vivem na regio interna faixa litornea dos estados de Minas Gerais e Esprito Santo e na Bahia. Alguns deles ainda falam a lngua do tronco Macro-J, mas o portugus predomina nas aldeias. Entre seus rituais, ainda praticam a tradicional dana chamada Tor. Tem um artesanato rico e variado.Em sua totalidade, os ndios conhecidos sob o etnnimo englobante Patax Hhhe abarcam, hoje, as etnias Baen, Patax Hhhe, Kamak, Tupinamb, Kariri-Sapuy e Gueren. Habitantes da regio sul da Bahia, o histrico do contato desses grupos com os no-indgenas se caracterizou por expropriaes, deslocamentos forados, transmisso de doenas e assassinatos. A terra que lhes foi reservada pelo Estado em 1926 foi invadida e em grande parte convertida em fazendas particulares. Apenas a partir da dcada de 1980 teve incio um lento e tortuoso processo de retomada dessas terras, cujo desfecho parece ainda longe, permanecendo a Reserva sub-judice.POTIGUARA- Nomes Alternativos: Potiguar = "Comedores de camaro", de pety, "camaro" e guara, "comedor"Classificao lingstica: Tupi-Guarani, do complexo ritual do TorPopulao: 11.424 (Funasa - 2006)Local: Cear, ParabaSenhoreavam a costa desde So Lus at as margens do Parnaba, e das margens do Rio Acara, no Cear, at a cidade de Joo Pessoa, na Paraba. Exmios canoeiros, inimigos dos portugueses, seriam uns 90 milPovo guerreiro, da terra de Acajutibir, os Potiguara constituem um grande exemplo de luta entre os povos indgenas no Nordeste brasileiro. Sua histria de contato com a sociedade no indgena remonta ao incio da colonizao. Hoje, procuram manter o vigor de sua identidade tnica por meio do reaprendizado da lngua Tupi-Guarani, do complexo ritual do Tor, da circulao de ddivas nas festas de So Miguel e de Nossa Senhora dos Prazeres, na produo dos idiomas simblicos do sangue e da terra e na produo cultural dentro da prtica do turismo tnico.20 - RIKBAKTSA- Nomes alternativos: Aripaktsa, Erikbatsa, Erikpatsa, Canoeiro, Orelhas de PauClassificao lingstica: RikbaktsPopulao: 1.117 (Funasa - 2006)Local: Mato Grosso, confluncia dos rios Sangue e Juruena, Japuira na beira do leste do Juruena entre os rios Arinos e Sangue, e Posto Escondido na beira do oeste do Juruena 700 kilmetros ao norte. 9 aldeias e 14 colnias.Os Rikbaktsa, conhecidos como "Orelhas de Pau" ou "Canoeiros", tidos como guerreiros ferozes na dcada de 1960, enfrentaram um processo de depopulao que resultou na morte de 75% de seu povo. Recuperados, ainda hoje impem respeito populao regional por sua persistncia na defesa de seus direitos, territrio e modo de vida.SATER-MAW- Nomes alternativos: Maue, Mabue, Maragua, Satar, Andira, ArapiumClassificao lingstica: Tupi, Mawe-SaterePopulao: 9.156 (Funasa - 2008)Local: Par, Andir e outros rios. Talvz tambm em Amazonas. Mais de 14 aldeiasOs Sater-Maw ou Sater-Mau, vivem na regio dos vales dos rios Marau e Andir (Amazonas), distribudos por aldeias, com uma populao de 5.800 pessoas. Eles so conhecidos como os introdutores do guaran na regio. Tm uma forte tradio agrcola e comemoram o fim da colheita com o tarub, uma bebida fermentada to forte que pode causar embriaguez por at um ms. A formiga tem um significado especial e muito respeitada por esses ndios. Uma das espcies, a tocandira, considerada como divindade e usada nos rituais de passagem. A picada extremamente dolorosa, mas para demonstrar coragem, os meninos tem que colocar a mo dentro de uma espcie de luva cheia dessas formigas e resistir dor, para depois disso, serem considerados adultos. Apesar dos 300 anos de contato com a sociedade nacional, mantm a prpria lngua, organizao social, usos e costumes.Os Sater-Maw se vem como inventores da cultura dessa planta, auto-imagem justificada no plano ideolgico por meio do mito da origem, segundo o qual seriam os Filhos do Guaran. O guaran o produto por excelncia da economia Sater-Maw, sendo, dos seus produtos comerciais, o que obtm maior preo no mercado. possvel ainda pensar que a vocao para o comrcio demonstrada pelos Sater-Maw se explique pela importncia do guaran na sua organizao social e econmica.21 -SURU- Nome: Suru de RondniaNomes alternativos: Aikewara, Sorors, MudjetreAuto-denominao: Pater, PaiterClassificao lingstica: Tupi-guarani, Mond, SuruPopulao: 264 (Funasa - 2006)Local: Par, Rondnia, na fronteira entre Rondnia e Mato GrossoOs Suru foram contatados pela primeira vez em 1969. No se sabe com certeza quantos suru havia naquela poca, mas calcula-se que pelo menos metade deles morresse de sarampo, tuberculose, e hepatite B durante os primeiros cinco anos aps o contato inicial.O primeiro censo, feito na dcada de 70, mostrou entre 200 e 300 indgenas suru. No ano de 1988, havia por volta de 450. No ltimo rescenseamento em 1999, havia 840 suru. A populao desta etnia continua a crescer desde os primeiros anos de contato, quando o grupo ficou bem dizimado.Existe somente um dialeto da lngua suru. H apenas umas pequenas diferenas quanto pronncia de alguns sons. Estas diferenas esto se tornando cada vez mais visveis entre os jovens e os mais idosos. Fala-se cada vez mais portugus, e com esta mudana esto entrando muitos emprstimos na lngua. As nicas diferenas quanto ao uso da lngua pelos dois sexos ocorrem com termos relacionados a parentesco e s funes do corpo.SUY- Nomes alternativos: Sui, KisdjClassificao lingstica: JPopulao: 351 (Funasa - 2006)Local: Parte setentrional do Parque Nacional do Xingu, no Norte de Mato GrossoOs ndios Suy vivem na Parte setentrional do Parque Nacional do Xingu, no Norte de Mato Grosso, com uma populao de 140 pessoas. Falam uma lngua que pertence ao ramo setentrional da famlia lingstica J, e partilham muitos traos da organizao social e cultural com os outros membros dessa famlia lingstica. So mais intimamente relacionados aos Apinay, aos Kayap setentrionais, e aos Timbira. Os Suy so menos relacionados em termos de lngua e cultura aos J centrais (incluindo os Xavante e os Xerente) e os J meridionais (incluindo os Kaingang e os Xokleng). Alm dos produtos de suas roas, os Suy vivem da caa, da pesca e da coleta. Como conseqncia do contato com as frentes de expanso, a populao Suy talvez seja apenas 2O% do que foi outrora (1980). Isso se deve a massacres, a envenenamento e s repetidas epidemias que devastaram os dois ramos do grupo at sua pacificao em 1959 e 1969, respectivamente. A perda populacional levou a uma consolidao de todos os Suy numa nica aldeia. Na ltima dcada, porm, sua populao tem crescido rapidamente; desenvolveram um sentimento de identidade tnica cada vez nais forte.TABAJARA- Viviam entre a foz do Rio Paraba e a ilha de Itamarac. Aliaram-se aos portugueses. Deviam ser uns 40 milTEMB- Nomes alternativos:Classificao lingstica: Tupi-guaraniPopulao: 1.425 (Funasa - 2006)Local: Maranho, Par0s Temb tm sido obrigados a conviver com centenas de famlias de posseiros em suas terras e sofrem os efeitos da atuao irregular de madeireiros, fazendeiros e empresrios. Entretanto, longe de conformarem-se com essa situao, esse povo tm lutado pela desocupao de seu territrio e reinvidicado seus direitos junto aos rgos pblicos e poderes locais.TEMIMIN- Ocupavam a ilha do Governador, na baa de Guanabara, e o sul do Esprito Santo. Inimigos dos tamoios, aliaram-se aos portugueses. Sob liderana de Araribia, foram decisivos na conquista do Rio. Eram 8 mil na ilha e 10 mil no Esprito Santo.ndios Temimims do Esprito SantoTAMOIO- Os verdadeiros senhores da baa de Guanabara, aliados dos franceses e liderados pelos caciques Cunhambebe e Aimber, lutaram at o ltimo homem. Eram 70 mil.TENHARIM- Nomes alternativos: Tenharem, TenharinAuto-denominao: KagwahivaClassificao lingstica: Tupi-guaraniPopulao: 699 (Funasa - 2006)Local: Amazonas.Os Diahi moram no rio Marmelos, os Karipuna no Posto Rio Jaci Paran em Rondnia, os Morerebi no Rio Preto e Marmelos. 2 aldeiasPovo indgena de lngua Tupi-Guarani, que costumam enterrar os mortos debaixo dos pisos das casas. Acreditam que o esprito permanece morando no local e usando os utenslios que possua quando era vivo. Para pescar, eles colocam dentro d'gua um pedao de madeira com desenho dos peixes que querem capturar. Fazem isso sempre debaixo de rvores frutferas, mas acreditam que a fartura da pescaria explicada unicamente pelos desenhos. Eles s no pescam o boto e o peixe-boi por serem considerados alimentos sagrados (tabu).TERENA- Nomes alternativos: Terna, Tereno, EtelenaClassificao lingstica: ArawakPopulao: 19.961 (Funasa - 2006)Local: Mato Grosso do Sul, em 20 aldeias e 2 cidadesO povo Terena mora principalmente no estado de Mato Grosso do Sul, ocupando reas entre Campo Grande, ao leste, e o Rio Miranda, ao oeste. Residem em mais ou menos vinte aldeias, havendo as maiores concentraes nas seguintes reas:1. Cachoeirinha/Moreira, na vizinhana de Miranda2. Taunay-Bananal, entre Miranda e Aquidauana que fica uma hora de nibus das duas cidades3. Limo Verde, na rea de Aquidauana4. Buriti e outras aldeias perto, na vizinhana de Campo GrandePopulao: aproximadamente 20,000.A SIL comeou a trabalhar entre os Terena em 1957. Naquela poca, pensava-se que este grupo j tivesse sido bastante assimilado na sociedade brasileira. A sua antiga estrutura poltica tribal j no funcionava mais, e a maioria dos seus costumes e crenas tradicionais no estavam sendo praticados mais. Em ocasies especiais como no Dia do ndio, 19 de abril, ainda fazem a Dana da Ema com as suas sete peas. Na regio conhecida como a dana do Bate-Pau. Embora os Terenas sejam um povo basicamente agricultor, mudanas significantes tm ocorrido durante os ltimos cinqenta anos. Com maior nfase agora em adquirir uma boa educao escolar, h maior diversidade hoje em dia na maneira que ganham a vida.23 - TICUNA- Nomes alternativos: Tikuna, TukunaClassificao lingstica: TikunaPopulao: 35.000 (2008)Local: AmazonasMaior etnia da Amaznia brasileira, conta com uma populao de 20.135 indivduos, que ocupam cerca de 70 aldeias s margens do rio Solimes, no Estado do Amazonas. Outra parte do grupo vive no Peru. As meninas, quando ficam menstruadas, so submetidas a um ritual de iniciao, que sempre acontece na lua cheia, representando a bondade, a beleza e a sabedoria. Nesta festa, os ndios fabricam mscaras de macacos e monstros e enfeites para as virgens. Um dos ndios usa uma mscara com cara de serpente e incorpora o esprito do principal personagem do ritual, um monstro que vivia na gua. Durante os festejos, o monstro faz gestos obscenos que divertem a tribo. Ele tambm ronda o cubculo onde fica a menina, batendo com um basto no cho. Durante trs dias e trs noites, essa garota protegida por duas tias que aproveitam o tempo dando conselhos de como ser uma boa mulher Tikuna: respeitar o marido, ser ativa e trabalhadeira.Com uma histria marcada pela entrada violenta de seringueiros, pescadores e madeireiros na regio do rio Solimes, foi somente nos anos 1990 que os Ticuna lograram o reconhecimento oficial da maioria de suas terras. Hoje enfrentam o desafio de garantir sua sustentabilidade econmica e ambiental, bem como qualificar as relaes com a sociedade envolvente mantendo viva sua riqussima cultura. No por acaso, as mscaras, desenhos e pinturas desse povo ganharam repercusso internacional.Saiba mais sobre os ndios TikunaTIRIY- Nomes alternativos: Tiri, Trio, Tarona, Yawi, Pianokoto, PianoClassificao lingstica: KaribPopulao: 1.156 (Funasa - 2006)Local: Amap, ParOs Tiriy que vivem no Brasil compartilham a faixa oeste do Parque Indgena de Tumucumaque (PIT), desde o final dos anos 1960, com os grupos Katxuyana e Txikuyana, assim como com alguns membros dos grupos Ewarhuyana e Akuriy. Algumas famlias tiriy encontram-se na faixa leste do PIT, convivendo mais com os Aparai e Wayana que habitam no mdio e alto curso do rio Paru de Leste. No Suriname, onde vivem em maior nmero que no Brasil, os Tiriy encontram-se nos rios Tapanahoni, Sipariweni e Paroemeu.A experincia de convvio dos Tiriy com no-ndios, tanto no Brasil quanto no Suriname, se deu em um perodo relativamente recente, tendo ocorrido a partir de meados dos anos 1950 por iniciativa de militares e missionrios. A partir dos anos 1990, alm dos militares e missionrios, passaram a atuar na regio outras agncias governamentais e no-governamentais.TREMEMB- Populao: 2.049 (Funasa - 2006)Local: CearGrupo no-tupi, que vivia do sul do Maranho ao norte do Cear, entre os dois territrios potiguares. Grande nadadores e mergulhadores, foram, alternadamente, inimigos e aliados dos portugueses.Eram cerca de 20 mil.Os Trememb foram citados em documentao histrica e em diversas obras do perodo colonial, tendo sido aldeados em certas misses, tanto no Maranho como no Cear, muitas vezes convivendo e fundindo-se a outras etnias tambm aldeadas pelos religiosos. Almofala foi o mais conhecido aldeamento dos Trememb, tendo sido fechado na segunda metade do sculo XIX. Em 1857, suas terras foram doadas aos ndios da antiga povoao, mas acabaram sendo invadidas gradativamente por latifundirios. Contudo, a populao indgena continuou vivendo na mesma regio, inclusive mantendo o ritual do torm. Chamados de caboclos ou descendentes de ndios pelos regionais, os Trememb passaram reivindicar o reconhecimento oficial de sua identidade tnica a partir da dcada de 1980. Em 2003, a Terra Indgena Trememb Crrego do Joo Pereira foi a primeira a ser homologada no estado do Cear.TRUK- Populao: 4.169 (Funasa - 2006)Local: Ilha da Assuno no mdio So Francisco, municpio de Cabrob - PernambucoOs remanescentes dos Truk, cerca de 826 ndios, vivem a 18 quilmetros da cidade de Cabrob, numa rea de 1.650 hectares, na regio do rio So Francisco, em Pernambuco.A agricultura seu principal meio de subsistncia. Cultivam, principalmente, o arroz e a cebola. Na falta de chuvas as lavouras so irrigadas. Alm do cultivo da terra, a nica fonte de renda se limita a biscates na cidade de Ibimirim.Habitantes seculares da Ilha da Assuno, no rio So Francisco, os Truk tiveram suas terras apropriadas desde pelo menos o sculo XVIII por poderes municipais, eclesisticos e posteriormente estaduais. Nos dias de hoje, a comunidade truk luta pela concluso do processo de reconhecimento oficial de seu territrio, bem como pela expulso de posseiros no-indgenas e de narcotraficantes, uma vez que est localizada no chamado Polgono da Maconha no serto pernambucano.TUKANO- Nomes alternativos: TucanoClassificao lingstica: TukanoPopulao: 6.241 (Dsei/Foirn - 2005)Local: AmazonasSo tambm chamados de Tucano, e a famlia lingstica Tukno dividida nos ramos ocidental, que compreende lnguas faladas no Peru, Equador e Bolvia; e oriental, com as lnguas Barasna, Desna, Karapan, Kubwa, Pir-Tupya, Surina, Tukno e Wanno, faladas desde a Colmbia at o Brasil, no Noroeste da bacia Amaznica. So extremamente vaidosos, gastam dias e esforos para capturar aves de plumagens belas, coloridas e variadas para fazer adornos. Eles tambm gostam de modificar as cores originais dando comidas especiais para as aves ou aquecendo as penas, processo conhecido como tapiragem. Usam at duas dezenas de aves para um nico adorno. Estes enfeites so usados em rituais e aqueles que usam as peas mais bonitas so muito prestigiados pela tribo.Os ndios que vivem s margens do Rio Uaups e seus afluentes Tiqui, Papuri, Querari e outros menores integram atualmente 17 etnias, muitas das quais vivem tambm na Colmbia, na mesma bacia fluvial e na bacia do Rio Apapris (tributrio do Japur), cujo principal afluente o Rio Pira-Paran. Participam de uma ampla rede de trocas, que incluem casamentos, rituais e comrcio, compondo um conjunto scio-cultural definido.TUPINAMB- Consituam o povo tupi por excelncia. As demais tribos tupis eram, de certa forma, suas descendentes, embora o que de fato as unisse fosse a teia de uma inimizade crnica. Os tupinambs propriamente ditos ocupavam da margem direita do rio So Francisco at o Recncavo Baiano. Seriam mais de 100 mil.Conhecidos tambm como Tamoio ou Tamuya, viviam numa faixa de litoral que ia da atual cidade de Ubatuba, no litoral norte de So Paulo, a Cabo Frio, no estado do Rio de Janeiro. "Tamoio" significa av, o mais velho, e "Tupinamb" talvez signifique o primeiro, o mais antigo. Os Tupinamb viviam sobretudo no estado do Rio de Janeiro, onde se calcula um total de 6 mil pessoas. O conjunto da nao Tupinamb nessa regio no deveria ultrapassar 10 mil pessoas.Trs traos principais marcavam este povo: a inteligncia, a guerra e a abertura para o novo.Eram pessoas muito curiosas e observadoras. Um frade francs, Claude dAbbeville, que teve contato com um grupo Tupinamb, no Maranho, escreveu: "Imaginava que iria encontrar verdadeiros animais ferozes, homens selvagens e rudes. Enganei-me totalmente. So grandes discursadores, possuem muito bom senso e s se deixam levar pela razo, jamais sem conhecimento de causa".Saiba mais sobre os ndios Tupinamb

Gravura em cobre de Theodor de Bry. Dana ritual dos Tupinamb.No centro, trs pajs com mantos de penas, cintos e diademas.TUPINIQUIM- Populao: 1.950 (Funasa - 2006)Local: Bahia, Espirito SantoOs Tupiniquim so, entre inmeros povos indgenas, dos mais citados e paradoxalmente mais desconhecidos no Brasil. Foram os ndios vistos por Cabral. Viviam no sul da Bahia e em So Paulo, entre Santos e Bertioga. Eram 85 mil.25 -WAIANA APALAI- Nomes alternativos: Apalai, Apalay, Appirois, Aparathy, Apareilles, Aparai, WaianaClassificao lingstica: KaribPopulao: 317 (Funasa - 2006)Local: Norte do Par, Guiana Francesa e Suriname, Amap, Parque do Tumucumaque, 3,8 milhes de hectares (equivalente a rea da Blgica)Os Aparai e os Wayana so povos de lngua karib que habitam a regio de fronteira entre o Brasil (rio Paru de Leste, Par), o Suriname (rios Tapanahoni e Paloemeu) e a Guiana Francesa (alto rio Maroni e seus afluentes Tampok e Marouini). No Brasil, eles mantm h pelo menos cem anos relaes estreitas de convivncia, coabitando as mesmas aldeias e casando-se entre si. Por conseguinte, muito comum encontrar referncias a essa populao como um nico grupo, embora sua diferenciao seja reivindicada com base em trajetrias histricas e traos culturais distintos.27 - WAI-WAI- Nomes alternativos: Waiwai, UaiaiClassificao lingstica: KaribPopulao: 2.914 (Zea - 2005)Local: Amazonas, Par, Roraima, GuianaPovo de lngua da famlia Karb.Vivem na rea indgena Nhamund-Mapuera, na fronteira do Par com o Amazonas, e Waiwai, em Roraima.A populao constituda por uma mistura de vrias tribos atradas e assimiladas por eles ao longo dos anos, entre as quais as dos Karafawyana, dos Kaxuyana e dos Hixkariana. Em 1990, segundo a Funai, somavam um grupo de aproximadamente 1250 ndios que vivem nas reas indgenas Nhamund-Mapuera, no oeste do Par, e Wai-Wai em Roraima.Fazia parte da cultura deles a troca de mulheres capturadas de outras aldeias, consideradas como trofus de guerra. Com a chegada dos holandeses que colonizaram o Suriname, antiga colnia nas Guianas, os ndios estabeleceram este mesmo tipo de relao, trocando mulheres por artigos europeus. Os holandeses se utilizaram desta prtica para conseguir com que os ndios, ao invs de trazer mulheres, capturassem os escravos negros fugidos.28 - WAIPI- Nomes alternativos: Wayampi, Waypi, Oyampi, Oiampi, Oyampik, GuayapiAuto-denominao: WaipiClassificao lingstica: Tupi, Tupi-Guarani, Subgrupo 8, WayampiPopulao: 905 (Apina/Funai - 2008)Local: Vrias aldeias nos tributrios do rio Amapari na parte leste do Amap e nos rios Oiapoque e Camopi na Guiana Francesa; h tambm uns poucos falantes no rio Paru Leste, na parte nordeste do Par, BrasilWajpi o nome utilizado para designar os ndios falantes desta lngua Tupi que vivem na regio delimitada pelos rios Oiapoque, Jari e Araguari, no Amap. So os mesmos Guaiapi, mencionados na regio do baixo rio Xingu, sua rea de origem, desde o sculo XVII.WAIMIRI ATROARI- Nomes alternativos: Kinja, Kia, Uaimiry, CrichanAuto-denominao: Waimiri AtroariClassificao lingstica: KaribPopulao: 1.120 (PWA - 2005)Local: Amazonas, RoraimaSo uma etnia do tronco lingstico Karib, cujo territrio imemorial de ocupao se localiza ao sul de Roraima e norte do Amazonas. Eram mais conhecidos como Crichans, quando segmentos expansionistas travaram seus primeiros contatos com eles, sobretudo a partir do Sculo XIX. Nos primrdios desses contatos, h duas estimativas sobre a populao: uma que os dava como sendo seis mil pessoas; e a outra, em torno de duas mil. Suas terras eram prdigas em produtos de grande importncia comercial para a poca, atraindo assim a cobia de colonizadores. A demografia dos Waimiri Atroari, que, em 1987, era de 374 pessoas, chegou a crescer registrando em 1999 830 ndios.Os Waimiri Atroari, durante muito tempo, estiveram presentes no imaginrio do povo brasileiro como um povo guerreiro, que enfrentava e matava a todos que tentavam entrar em seu territrio. Essa imagem contribuiu para que autoridades governamentais transferissem a incumbncia das obras da rodovia BR 174 (Manaus-Boa Vista) ao Exrcito Brasileiro, que utilizou de foras militares repressivas para conter os indgenas. Esse enfrentamento culminou na quase extino do povo kinja (autodenominao waimiri atroari). A interferncia em suas terras ainda foi agravada devido a instalao de uma empresa mineradora e o alagamento de parte de seu territrio pela construo de uma hidreltrica. Mas os Waimiri Atroari enfrentaram a situao, negociaram com os brancos e hoje tm assegurados os limites de sua terra, o vigor de sua cultura e o crescimento de sua gente.26 -WAUR- Nomes alternativos: Wauj, Uaura, AuraClassificao lingstica: ArawakPopulao: 410 (Funasa - 2006)Local: Parque Xingu, Mato GrossoOs Waur moram na regio sul do Parque Indgena do Xingu e figuram entre as nove comunidades indgenas que possuem a cultura xinguana. Embora a cultura seja a mesma, as lnguas faladas nesta regio vm duma variedade de famlias lingsticas. Estas lnguas no so mutuamente inteligveis, mas muitos dos ndios so multilnges, falando ou entendendo vrias das lnguas do grupo cultural.Os Waur vivem numa aldeia principal, dirigem tambm uma aldeia agrcola e um Posto Indgena de Vigilncia. A populao Waur da aldeia principal anda por volta de 340, mas tambm h alguns Waur vivendo em outras aldeias devido a casamentos inter-tnicos. As mulheres e crianas Waurs e mais da metade dos homens so quase monolnges. Poucos sabem bem o portugus, e o portugus que sabem serve principalmente para compras e vendas.Os Waur so notrios pela singularidade de sua cermica, o grafismo de seus cestos, sua arte plumria e mscaras rituais. Alm da riqueza de sua cultura material, esse povo possui uma complexa e fascinante mito-cosmologia, na qual os vnculos entre os animais, as coisas, os humanos e os seres extra-humanos permeiam sua concepo de mundo e so cruciais nas prticas de xamanismo.XAVANTE- Nomes Alternativos: Xavnte, Shavante, Chavante, Auwe, Awen, Akwe, AkwenAuto-Denominao: AuwClassificao lingstica: Macro-J, JAgrupamento Akwn, XavantePopulao: 13.303 (Funasa - 2007)Local: Serra do Roncador, na parte leste do Mato Grosso, 60 aldeiasLngua : Auwen, do tronco lingstico Macro-JA lngua Xavante contm 13 consoantes e 13 vogais das quais quatro so nasais. Termos de honra e carinho so usados com referncia a outros, como os parentes por afinidade e os netos. Muitos destes relacionamentos chaves so atualmente refletidos na gramtica da lngua. Por exemplo, ao falar diretamente ao genro, um homem usar a forma gramtica indireta (terceira pessoa) em vez das formas da segunda pessoa.Atividade predominante : caa, pesca, coleta de frutos e palmeirasCuriosidade : A organizao cultural desse povo permanece intacta, e praticam a cerimnia de Furao da Orelha. Os Xavante so famosos tambm pelas suas Corridas de Tora de Buriti, onde os dois cls competem numa espcie de corrida de revezamento, carregando por alguns kilmetros troncos de buriti que pesam at 80 kilogramas.Os Xavante vivem em seis reservas demarcadas, no leste mato-grossense, zona norte oriental do planalto do Brasil Central. A regio tem grande rede hidrogrfica formada pelas bacias dos afluentes dos rios Kuluene-Xingu e das Mortes-Araguaia. dessa regio de floresta tropical, mato e savana, com rvores baixas e altas, que os ndios retiram o alimento e os materiais para seus artesanatos, armas, instrumentos musicais e as ocas dispostas em forma circular. Se alimentam de caas, frutos, palmeiras e pescados.Rituais : Sua organizao cultural e social permanece ainda intacta como danas, cantos, pinturas corporais e cerimnias coletivas como o Daporedzapu (Furao de Orelha), que incluem os longos e complexos ritos de iniciao para meninos, culminando na cerimnia de furar orelha no qual pequenos paus so inseridos no lbulo das orelhas dos iniciados. Estes paus so usados e em tamanhos progressivamente maiores durante o resto das vidas deles.Uma aldeia tradicional construda com as casas dispostas em forma de ferradura de cavalo, dando-se o seu lado aberto para o rio. O domnio da mulher a casa, cujo abertura sempre d para o centro da aldeia.As mulheres tecem um tipo de cesta incrivelmente forte, a qual elas usam para carregar os nens recem-nascidos. A ampla ala da cesta passa pela testa da mulher, enquanto a cesta mesma fica deitada nas costas dela, livrando assim, as mos da mulher para outros trabalhos.XET- Nomes Alternativos: Hta, Cchet, SetClassificao lingstica: Tupi-guaraniPopulao: 86 (da Silva, C.L. - 2006)Local: Serra dos Dourados, ParanOs Xet so uma etnia em extino, localizados na regio da Serra dos Dourados.Xet, Hta, Chet, Set, Sset, Ar, Yvapar e at Botocudo so as denominaes pelas quais os Xet podem ser identificados na literatura, relatos de viajantes e fontes documentais que tratam da presena de povos indgenas no espao que hoje constitui o Estado do Paran. Habitantes originais do noroeste paranaense, o territrio tradicional dos Xet conhecido como Serra dos Dourados, principalmente no espao compreendido ao longo do rio Iva.Os Xet foram a ltima etnia do estado do Paran a entrar em contato com a sociedade nacional. Na dcada de 40, frentes de colonizao invadiram seu territrio, reduzindo-o drasticamente. No final dos anos 50, estavam praticamente exterminados. Hoje so oito sobreviventes dispersos nos estados do Paran, Santa Catarina e So Paulo.XOKLENG- Nomes Alternativos: Bugres, Botocudos, Aweikoma, Xokrn, Kaingang de Santa Catarina, Aweikoma-KaingangClassificao lingstica: JPopulao: 887 (Funasa - 2004)Local: Santa CatarinaOs ndios Xokleng da TI Ibirama em Santa Catarina, so os sobreviventes de um processo brutal de colonizao do sul do Brasil iniciado em meados do sculo passado, que quase os exterminou em sua totalidade. Apesar do extermnio de alguns subgrupos Xokleng no Estado, e do confinamento dos sobreviventes em rea determinada, em 1914, o que garantiu a "paz" para os colonos e a conseqente expanso e progresso do vale do rio Itaja, os Xokleng continuaram lutando para sobreviver a esta invaso, mesmo aps a extino quase total dos recursos naturais de sua terra, agravada pela construo da Barragem Norte. Da famlia lingustica J, hoje vivem pouco mais de 750 ndios.XUCURU- Nomes Alternativos: Xukuru do OrorubClassificao lingstica: TupiPopulao: 3 254 (Funai - 1992)Local: PernambucoOs Xucuru, com uma populao atual de cerca de 3.500 ndios, vivem na serra do Ororub, numa rea de 26.980 hectares, no municpio de Pesqueira.De acordo com vrios pesquisadores, o nome da serra Ororub possui diversas origens e significados: seria uma corruptela de uru-yb fruta dos urus, onomatopaico de vrias pequenas perdizes; viria de "orouba", uma palavra oriunda do cariri; seria de origem tupi, vindo de uru-ub fruta do pssaro ou ser corruptela de arara-ub ou, ainda, poderia dizer respeito expresso designativa da primeira tribo tapuia-cariri localizada na serra.Sua presena na serra do Ororub, vem desde a poca da colonizao portuguesa, como o comprovam alguns documentos. Provavelmente nunca tenham se afastado do local.YANOMAMI- Nomes alternativos: Yanoama, Yanomani, Ianomami, Yanommi, Waic, Waik, Yanoam, Yanomam, Yanomam, Surara, Xurima, ParahuriClassificao lingstica: YanomamiPopulao: 15.682 (Funasa - 2006)Local: Posto Waic, Rio Uraricuera, Roraima; Posto Toototobi, Amazonas; Rio Catrimani, RoraimaPovo constitudo por diversos grupos cujas lnguas pertencem mesma famlia, no classificada em troncos. Denominada anteriormente Xirina, Xirian e Waik, a famlia Yanomami abrange as lnguas Yanomami, falada na maior extenso territorial, Yanomm ou Yanom, Sanum e Ninam ou Yanam, as quatro com vrios dialetos. Os Yanomami vivem no oeste de Roraima, no norte do Amazonas e na Venezuela, num total de 20 mil ndios. o ltimo povo indgena das Amricas que conseguiu sobreviver mantendo seu patrimnio cultural e social. Seus membros, 7822 indivduos, vivem dos dois lados da fronteira entre o Brasil e a Venezuela, prximo ao Pico da Neblina. Os Yanomami abrem vrias trilhas para ligar as diferentes aldeias com as reas de caa, os acampamentos de vero e as roas recentes e antigas. Eles fazem um constante rodzio entre esses lugares e com isso, a floresta se recupera com rapidez. Todos da tribo moram numa imensa casa coletiva e as crianas ocupam um lugar de destaque, suas necessidades so prontamente atendidas e seus pedidos sempre levados em conta. Embora haja um intercmbio freqente de mulheres e produtos, cada uma das aldeias tem completa autonomia poltica e administrativa. Esses ndios queimam os seus mortos e comem as cinzas. Eles acreditam que os espritos, que podem ser bons ou maus, habitam as plantas e animais. Os garimpeiros disputavam suas terras desde 1987, atrados pelas grandes reservas de diamante, ouro, cassiterita e urnio, colocando em risco a sobrevivncia do povo Yanomami. Em 1990, o governo brasileiro adotou medidas de proteo s terras indgenas, iniciando a retirada dos garimpeiros.- A pgina sobre osndios Yanomamino site Survival.YAWALAPITI- Nomes alternativos: IaualapitiClassificao lingstica: Famlia ArukPopulao: 222 (Funasa - 2006)Local: Terra Indgena do Parque Xingu, em Posto Leonardo, em Mato GrossoAtividade predominante : vivem da pesca, caa, roas de milho, batata doce, car e mandioca. A caa reduzida a algumas aves comestveis como jacu, mutum, macuco e pomba.Curiosidade : Eles tm o costume de trocar utenslios com os Aweti, com os quais tambm trocam mulheres.Pequenos e robustos, os Yawalapiti vivem s margens de uma grande lagoa na Terra Indgena do Parque Xingu, a cerca de cinco quilmetros do Posto Leonardo. Os Yawalapiti aproveitam todos os recursos da regio. Usam fibras de buriti para confeccionar redes e cestos, sap para cobertura das casas, taquara para flechas, razes e folhas como remdios. As mulheres cuidam do fornecimento da gua para a aldeia, fiam o algodo, tecem as redes e esteiras de espremer mandioca, preparam a pasta do urucum, o leo de pequi e a tinta de jenipapo usados na ornamentao corporal.Entre as caractersticas comuns aos povos do Xingu esto o rico artesanato com belssimos colares, cermicas e cestarias, a ndole pacfica e os traos semelhantes na cultura como pinturas artesanais, corporais e produo alimentar, alm de serem excelentes msicos e danarinos.Rituais : Como outros povos do Alto Xingu, eles se destacam na demonstrao do Huka Hulka, luta corporal masculina praticada desde criana, alm da Yamarikum (lutas femininas).29 - YE'KUANA- Nomes alternativos: YekuanaClassificao lingstica: KaribPopulao: 430 (Moreira-Lauriola - 2000)Local: Amazonas, RoraimaOs Ye'kuana, antigos viajantes na Amaznia, na floresta e na cidade, mostram como a articulao de espaos diferentes, dentro e fora de seu territrio tradicional, cria uma dinmica que longe de descaracterizar sua identidade, pode favorecer um sistema de criao e manuteno de redes de apoio, de trocas econmicas, de informao e de projetos econmicos e sociais.YUHUP- Nomes alternativos: Mak-yahup, Yhup, Yahup, Yahup Mak, "Maku"Classificao lingstica: MakuPopulao: 360 no Brasil (1995 MTB); 600 em total (1986 SIL)Local: Amazonas, num tributrio do Rio Vaups. Talvez tambm na ColmbiaZO'

Serge Guiraud- Nomes alternativos: PoturuPopulao: 177 (2003)Local: entre os rios Cuminapanema e Erepecuru, norte do ParLngua da famlia Tupi-Guarani do tronco Tupi. Toda sua populao monolngue, com excesso de alguns jovens que aprenderam algumas palavras em portugus, ouvindo os funcionrios da Funai falar no rdio.Modos de Vida: Como outros povos da regio das Guianas, os Zo' apresentam uma estrutura social descentralizada, marcada pela autonomia poltica e econmica do grupo local. Em uma mesma aldeia podem habitar mais de um grupo local. Cada casa abriga uma famlia nuclear ou duas unidades que ocupam espaos separados na habitao, cada uma com seu fogo. Suas atividades econmicas dividem-se em dois movimentos: rel