Trauma Cervical Priscila Rodrigues Silva Residente de Cirurgia Geral Hospital Federal Cardoso...
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Trauma Cervical
Priscila Rodrigues Silva
Residente de Cirurgia Geral
Hospital Federal Cardoso Fontes
Contém múltiplas estruturas vitais
Principais riscos a vida:
Pouca proteção anatômica de ossos, músculos e partes
moles
HEMORRAGIA
OBSTRUÇÃO DE VIAS AÉREAS
DIVISÕES ANATÔMICAS
DIVISÕES ANATÔMICASZonas Cervicais
DIVISÕES ANATÔMICASZonas Cervicais
LESÕES DA COLUNA CERVICAL
LESÕES LARINGOTRAQUEAIS
LESÕES VASCULARES
LESÕES FARINGOESOFÁGICAS
TÉCNICA DE EXPLORAÇÃO DO PESCOÇO
• Incisão oblíqua ao longo da borda anterior de M. esternocleidomastóideo - exploração unilateral
• Incisão do tipo “em colar” - exploração bilateral
LESÕES VASCULARES
• Comuns nos ferimentos penetrantes – 20% .
• Somente 3% dos ferimentos fechados
Abordagem:Hemostasia – pressão direta ou oclusão
digitalControle das extremidades proximal e
distal do vasoLesões arteriais: Desbridamento e reparo
primário Enxerto Ligadura
Lesões venosas: Reparo primário Ligadura
LESÕES LARINGOTRAQUEAIS
• Pouco comuns, mas potencialmente fatal
• Trauma penetrante: Borbulhamento e perda de ar pelo ferimento
Enfisema subcutâneo e mediastinalHemoptiseDispnéiaPneumotórax
• Trauma fechado : Exames complementares (TC, laringoscopia direta, broncoscopia)
AbordagemLesões traqueais: Desbridamento e
Fechamento primário Traqueostomia
Lesões da Laringe: Sutura das lacerações da mucosa
Redução das fraturas cartilaginosas
LESÕES FARINGOESOFÁGICAS
• Trauma penetrante (3,5-5,5%) ou trauma fechado (<0,1%)
Exames complementares: - Exame contrastado do esôfago
- Esofagoscopia
- TC
- Endoscopia transoperatória
Trauma Torácico
INTRODUÇÃO
• Causa importante de morte
• Toracotomia - 15-30% dos traumatismos penetrantes - <10% dos traumatismos fechados
• Hipóxia, Hipercapnia e acidose são resultados frequentes do trauma torácico
AVALIAÇÃO PRIMÁRIA
A – VIAS AÉREAS
• Avaliação da permeabilidade das vias aéreas e fluxo de ar
• Grandes traumas podem ser acompanhados por lesão de laringe
• Estridor, modificação da qualidade da voz
B- VENTILAÇÃO
• Tórax e pescoço expostos completamente• Avaliar movimentos respiratórios e ventilação
- Observação -Palpação - Ausculta
PNEUMOTÓRAX HIPERTENSIVO
Vazamento de ar para o espaço pleural por um sistema de “válvula unidirecional”
• Trauma fechado• Trauma
penetrante• Ventilação
mecânica• Iatrogênico
Alterações hemodinâmicas
Alterações respiratórias
HIPÓXIA
HIPERCARBIA
RETORNO VENOSO
Diagnóstico
CLÍNICO
Dor torácicaDispnéia importanteDesconforto respiratórioTaquicardiaHipotensãoAssimetria de hemitórax
Desvio de traquéiaAusência de MV
unilateralDistensão de jugularCianose (tardio)Timpanismo à
percussão
Colapso do pulmão do lado acometido
Abaixamento do diafragma
Desvio do mediastino para o lado contra lateral
retorno venoso
Compressão do pulmão contra lateral
Ampliação dos espaços intercostais do lado acometido
Radiografia de Tórax
Tratamento
Descompressão imediata
TORACOCENTESE
Segundo espaço intercostal
Linha hemiclavicular
Tratamento definitivo
DRENAGEM TORÁCICA EM SELO D’ÁGUA
Quinto espaço intercostal
A frente da Linha axilar média
PNEUMOTÓRAX ABERTO
- Grandes feridas da parede torácica 2/3 do diâmetro da traquéia(Comunicação do
espaço pleural com a atmosfera)
Alterações hemodinâmicas
Alterações respiratórias
- Curativo quadrangular fixado em 3 dos seus lados- Drenagem do tórax- Fechamento definitivo da lesão
• Lavagem da cavidade pleural + sutura da parede torácica
• Toracotomia
Tratamento:
TÓRAX INSTÁVEL
- Segmento da parede torácica não tem mais continuidade óssea com o resto da caixa torácica
Múltiplas fraturas de costelas
- 2 ou mais fraturas em 2 ou mais costelas consecutivas
- Alteração dos movimentos da parede torácica
Movimento paradoxal
- Contusão pulmonar adjacente HIPÓXIA
- Dor associada à restrição dos movimentos respiratórios
Diagnóstico
Movimentos torácicos assimétricos e descoordenados
Crepitação à palpaçãoRx tórax – fraturas costaisGasometria arterial Hipóxia
Tratamento
O2 umidificadoAnalgesia - Venosa
- Bloqueio nervo intercostal
- Peridural Intubação e Ventilação
C- CIRCULAÇÃO
Avaliar:
• Pulsos• Pressão Arterial• Coloração e temperatura da pela• Monitor cardíaco e Oxímetro de Pulso
HEMOTÓRAX MACIÇO
- Rápido acúmulo de 1.500ml de sangue ou 1/3 ou mais do volume sanguíneo do paciente na cavidade torácica
Causas:Ferimento penetrante com laceração de
vasos sistêmicos, hilares ou cavidades cardíacas
Trauma fechadoDiagnóstico:
ChoqueAusência de MVMacicez à percussão
Tratamento:Reposição do volume sanguíneo + descompressão
da cavidade torácica
DRENAGEM TORÁCICA
ATENÇÃO:Drenagem imediata >1.500ml ou 200ml/h por 2 ou 4 horas,
TORACOTOMIA
Identificar e corrigir a origem do sangramento
TAMPONAMENTO CARDÍACO
- Resulta mais comumente de ferimentos penetrantes- Pequena quantidade de sangue no saco pericárdico já
restringe a atividade e enchimento cardíaco
Acúmulo de líquido/sangue entre as membranas do pericárdio
Diagnóstico:
DIFÍCIL
TRÍADE DE BECK:o Pressão venosa
o Pressão arterial
o Abafamento das bulhas cardíacas
- Sinal Kussmaul- AESP- ECO/FAST/Janela pericárdica subxifóide
Tratamento: Evacuação imediata do sangue coletado no pericárdio
- PERICARDIOCENTESE: medida temporária
Introduzir agulha calibrosa entre o apêndice xifóide e a margem costal esquerda em um ângulo de 45˚ direcionada para o ombro esquerdo aplicando pressão negativa.
- CIRURGIA: inspeção do coração e reparo da lesões
AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA
Exame físico adicional mais profundoExames complementares: -Rx tórax
- ECG - TC - Broncoscopia - EDA
Identificar lesões que passaram despercebidas na avaliação primária
Pneumotórax simples
Hemotórax
Lesões da árvore tráqueo brânquica
Contusão cardíaca
Ruptura traumática da Aorta
Ruptura traumática do diafragma
OBRIGADA!