TRANSTORNO BIPOLAR DE HUMOR

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UNIVERSIDADE DE UBERABA MARIANA PORTILHO MACHADO MARIANA PROVAZI CUNHA OLIVEIRA RODOLFO LEMOS BORGES THIAGO HENRIQUE LUCIO PAIÃO TRANSTORNO BIPOLAR DE HUMOR

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Este artigo teve como objetivo mostrar aos alunos do Curso de Comunicação Social a importância do diagnóstico correto da doença, excluir os preconceitos sofridos por pacientes entre outros

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UNIVERSIDADE DE UBERABAMARIANA PORTILHO MACHADO

MARIANA PROVAZI CUNHA OLIVEIRA RODOLFO LEMOS BORGES

THIAGO HENRIQUE LUCIO PAIÃO

TRANSTORNO BIPOLAR DE HUMOR

UBERABA-MG

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2010UNIVERSIDADE DE UBERABA

MARIANA PORTILHO MACHADOMARIANA PROVAZI CUNHA OLIVEIRA

RODOLFO LEMOS BORGESTHIAGO HENRIQUE LUCIO PAIÃO

TRANSTORNO BIPOLAR DE HUMOR

Trabalho científico apresentado como parte das

avaliações da disciplina Novas Teorias da

Comunicação do curso de Comunicação Social

da Universidade de Uberaba, Uniube, orientado

pela Profª Ms. Elisa Muniz Barretto Carvalho.

UBERABA-MG2010

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TRANSTORNO BIPOLAR DE HUMOR

Palavras-chave: Transtorno bipolar, pré-conceitos, família e sociedade

Introdução:

Por ser um tema não reconhecido pela mídia e de difícil compreensão o grupo

achou necessário trazer para sociedade os verdadeiros conceitos e os

preconceitos existentes.

Conforme o dicionário técnico de Psicologia do autor Álvaro Cabral e Eva Nick,

(2006), “O Transtorno Bipolar de Humor é a existência simultânea de dois

fatores antagônicos afetando o comportamento do indivíduo”.

Para falar do Transtorno Bipolar de Humor, precisa-se relembrar os conceitos

que foram criados há alguns anos na psiquiatria, já que o termo bipolaridade é

uma evolução dos estudos da medicina.

A bipolaridade foi chamada de depressão maníaca, psicose maníaco-

depressivo, distúrbio bipolar e atualmente chamado de Transtorno Bipolar de

Humor (TBH).

O TBH é caracterizado de duas formas: como distúrbio ciclotímico e

aciclotímico. O distúrbio ciclotímico é caracterizado por um padrão crônico das

alterações de humor mais acentuadas que o normal.

Durante os períodos de depressão, os indivíduos se sentem isolados,

incapazes de sentir prazer e desinteressados. Dormem excessivamente e tem

déficits de concentração. Os períodos maníacos ou de euforia distinguidos pelo

oposto: a auto-estima fica elevada, vida social intensa, aumento na

produtividade, falta de sono e expansão da criatividade.

Os episódios depressivos são comuns, as alterações de humor podem durar

dias ou meses. Da mesma forma que elas podem se misturar, ou seja, ocorrem

ao mesmo tempo.

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A diferença do distúrbio aciclotímico é que os sintomas não acontecem de

formas cíclicas. O portador do Transtorno tem chances de suicídio.

O distúrbio pode surgir a partir de predisposições genéticas, do

desenvolvimento humano, agentes estressantes fisiológicos e psicossociais.

Os preconceitos são adquiridos através dos pré-conceitos sociais, ou seja,

conforme a bagagem cultural e conceitos prévios sobre determinado assunto.

No caso do indivíduo diagnosticado como bipolar, pequenas atitudes positivas

são consideradas excitantes do mundo. Por esse motivo os preconceitos

sociais os atingem de forma extrema.

Mas o que leva a tais pré-conceitos geradores do preconceito é a falta de

informação. O tema ainda não foi estampado na mídia, embora há livros sobre

o Transtorno Bipolar de Humor. Porém para estes, falta propaganda, uma vez

que a maioria dos leitores são psicólogos e psiquiatras.

Definição do Transtorno Bipolar de Humor

A doença é caracterizada por oscilações acíclicas e cíclicas que são

mudanças de humor, alterações dos estados de alegria e tristeza até

mudanças patológicas como depressão, hipomania e mania.

Oscilações acíclicas: As alterações acíclicas de

humor são mutações que acontecem com freqüência mais

comum. Resultando mudanças que podem variar em dias,

meses até anos para haver alguma variação no humor que

permanece constante.

Oscilações cíclicas: São mudanças repentinas e

acentuadas de humor, oscilando entre períodos de

depressão, maníacos e euforia. Que são sintomas por

padrões crônicos.

O que causa o Transtorno Bipolar de Humor

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O distúrbio pode ser desencadeado por emoções acentuadas e

ligadas ao estresse, traumas psicológicos e pré-disposição

genética, o transtorno ocorre sempre após os quarenta anos.

Sintomas do TBH

As manifestações são suscetíveis a percepção quando o paciente sofre de

crises maníacas e depressivas, que estão ligadas a agressividade,

alucinações e deslocamento social e restrição própria de contato externo.

Humor excessivamente animado, exaltado, eufórico,

alegria exagerada e duradoura;

Extrema irritabilidade, impaciência ou “pavio muito

curto”;

Agitação, inquietação física e mental;

Aumento de energia, da atividade, começando muitas

coisas ao mesmo tempo sem conseguir terminá-las

Otimismo e confiança exageradas;

Pouca capacidade de julgamento, incapacidade de

discernir;

Crenças irreais sobre as próprias capacidades ou

poderes, acreditando possuir muitos dons ou poderes

especiais;

Idéias grandiosas;

Pensamentos acelerados, fala muito rápida, pulando de

uma idéia para outra, tagarelice;

Facilidade em se distrair, incapacidade de se

concentrar;

Comportamento inadequado, provocador, intrometido,

agressivo ou de risco;

Gastos excessivos;

Desinibição, aumento do contato social, expansividade;

Aumento do impulso sexual;

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Agressividade física e/ou verbal;

Insônia e pouca necessidade de sono;

Uso de drogas, em especial cocaína, álcool e soníferos.

Três ou mais sintomas são apresentados na primeira semana, por exemplo; A

hipomania é o estado de euforia e não compromete tanto a capacidade do

paciente. Em algumas pessoas, passa despercebida, uma vez que pode ser

confundida com alegria e dura mais ou menos dois dias.

Humor melancólico, depressivo;

Perda de interesse ou prazer em atividades habitualmente

interessantes;

Sentimentos de tristeza, vazio, ou aparência chorosa/melancólica;

Inquietação ou irritabilidade;

Perda ou aumento de apetite/peso, mesmo sem estar de dieta;

Excesso de sono ou incapacidade de dormir;

Sentir-se ou estar agitado demais ou excessivamente devagar

(lentidão);

Fadiga ou perda de energia;

Sentimentos de falta de esperança, culpa excessiva ou

pessimismo;

Dificuldade de concentração, de se lembrar das coisas ou de

tomar decisões;

Pensamentos de morte ou suicídio, planejamento ou tentativas de

suicídio;

Dores ou outros sintomas corporais persistentes, não provocados

por doenças ou lesões físicas.

DEPRESSÃO: pode ser de intensidade leve, moderada ou grave,

dura em torno de semanas.

ESTADO MISTO: Sintomas depressivos e maníacos acentuados

acontecendo simultaneamente;

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Tratamento do TBH

Por ser uma doença que não existe cura é necessário o acompanhamento

psiquiátrico contínuo, para o controle dos medicamentos que tem efeitos

colaterais fortes.

Os mais comuns são, sonolência, déficit de atenção, aceleração dos

batimentos cardíacos e queda de pressão.

É necessário também sessões de terapias com psicólogo que o paciente

tenha afinidade, para que tenha interação entre ambos.

Pré-conceitos sociais X Preconceitos sociais

Conforme Nestor Garcia Canclini, autor da obra Cultura e Comunicação, a

cultura está em constante transformação, referencia-se da tradicional visão

patrimonialista. Em seu livro ele defende o conceito de relativismo cultural, pois

todas as culturas possuem formas próprias, que são intrínsecas embora sejam

estranhas devem ser respeitadas.

É comum o ser humano transformar tudo o que não lhe parece normal em

anomalia ou patologia. Por tal motivo segue abaixo uma pequena descrição

dos pré-conceitos e preconceitos sociais.

Os pré-conceitos sociais são as opiniões sobre determinados

assuntos conceituais, que são considerados verdadeiros, no âmbito

social. A sociedade por intermédio da herança cultural passa conceitos

sobre distúrbios psicológicos, cognominando as como loucura, e que o

único tratamento passível de cura ou amenização, seria a internação. Os

estudos Culturais, implícita que decorrente a essa visão cultural de

herança, esses conceitos são usados de base para o conhecimento

popular, transformando-os nos pré-conceitos aqui explicitados.

Preconceito é um estado de abusão, palavra sedimentada de pré-

conceitos, o preconceito possui o significado de intolerância, ilusão e

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cegueira moral, que tem a alusão de ser contra algo, alguém ou gênero

definido. Nos estudos culturais é embasado também, na visão cultural de

herança, onde a diferença não era permitida e aceita.

Na vida de um bipolar a realidade social é sacrificada, pois há um afastamento

social a partir do transtorno e o afastamento social pelos pré-conceitos e os

preconceitos sem fundamentação, que leva tanto a família e pessoas próximas

a se afastarem por medo ou a intolerância.

Os preconceitos explícitos pela sociedade que liga o TBH a loucura e as crises

de violências constantes faz com que tanto na vida conjugal e a vida familiar se

torne inóspita ao paciente.

Mesmo após a pessoa tratada e medicada, os preconceitos ainda são

contínuos, por indivíduos que insistem ou não procuram entender que a pessoa

pode ter uma vida parcialmente normal, mesmo sendo bipolar. Taxando-as

como preguiçosas, desleixadas e sem cuidado nenhum. Estereotipando os

bipolares com termos limitativos como: “Você já tomou seu remedinho”, ligando

qualquer tipo de conversa, que não lhe faz sentindo a loucura.

“A diversidade cultural e as expressões dessa diversidade devem ser buscadas e garantidas, tendo como norte o fato de que a cultura é sempre dinâmica, móvel. Preservar o diverso ante o impacto avassalador de um mundo globalizado”. (VASCONCELOS, Luciana Machado. Interculturalidade. Disponível em http://www.cult.ufba.br/maisdefinicoes/INTERCULTURALIDADE.pdf)

Aplicações possíveis para amenizar o preconceito

A mídia é formadora de opiniões, devido ao público que alcança. E através

dela que os preconceitos e pré-conceitos sociais se amenizam na sociedade,

pois abrange características de assuntos considerados polêmicos,

demonstrando-os de forma mais fácil para compreensão destes.

Além de novelas, tele-jornais, documentários e filmes, o assunto deveria ser

divulgado com mais frequência na mídia e Ter maior publicação de livros

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sobre o transtorno, porém para um público fora da área profissional da

psicologia e saúde.

Enquetes

Foram feitas enquetes com os alunos da Universidade de Uberaba que

cursam Comunicação Social, Psicologia e Engenharia Civil, trabalhadores da

Rua Arthur Machado e funcionários da empresa Plasuber. Nela constam as

seguintes perguntas: nome, idade, grau de escolaridade e se o entrevistado

sabe o que é Transtorno Bipolar de Humor. O resultado segue nos gráficos

abaixo de acordo com a faixa etária.

Outra pesquisa foi feita com os alunos do 4º período de Comunicação Social

da Universidade de Uberaba, fundamentando o conhecimento do conceito,

classificação erronia de a quem aflige a bipolaridade e a qual faixa que se limita

o preconceito.

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Depoimentos

Em entrevista com a paciente Silvana Provazi Cunha Oliveira, 47 anos,

diagnosticada como Bipolar há oito anos, relata que tem horror aos

medicamentos, devido aos efeitos colaterais causados, como o aumento de

peso, raciocínio lento e falta de coordenação motora.

Entretanto a paciente já esta em estado avançado no tratamento, e se sente

uma pessoa fortalecida. “Hoje tenho uma visão diferente sobre a vida”, diz

Silvana.

Foi preciso vários anos de tratamento para as pessoas começarem a tratá-la

de forma com que Silvana se sentisse segura e uma pessoa normal. Ao saber

de sua doença a paciente relata que é como se estivesse acordando de um

sonho lentamente, iniciando uma busca para descobrir um meio de lidar com

TBH.

Nos dias atuais Silvana se atenta quando começa a pensar diferente ou

apresenta pensamentos obsessivos, pois desta maneira poderá evitar que uma

nova crise se manifeste.

Sua filha Danielle Provazi Cunha Oliveira, 19 anos, estudante de Psicologia da

Universidade de Uberaba, relata que não há uma boa aceitação proveniente

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dos familiares, já que falta informação sobre a bipolaridade é perceptível. “Nós

familiares precisamos transmitir o amor que sentimos para o paciente. Já que

quando há o amor tudo se torna mais fácil”, emociona-se a filha caçula de

Silvana.

Nos momentos de crise a paciência dos familiares é fundamental em conjunto

do amor e muita dedicação com o paciente. Pois ele poderá não ter noção ou

“senso” do que está fazendo.

Daniele ressalta que os preconceitos são provenientes pela falta de informação

e a falta de interesse em conhecer o que é o transtorno. Os preconceitos

internos, que ocorrem entre a família, também são parecidos com os

preconceitos que têm a sua origem de lado de fora, no mundo social aberto,

pois as atitudes do paciente não são consideradas normais e tudo que não é

normal é mal visto.

TBH também é TOC

O TOC é um transtorno mental incluído pelo Manual Diagnóstico e Estatístico

de Transtornos Mentais da Associação Psiquiátrica Americana (DSM-IV),

classificado como uns dos transtornos de ansiedade. Ele se manifesta sob a

forma de alterações do comportamento (rituais ou compulsões, repetições,

excitações), dos pensamentos (obsessões como dúvidas, preocupações

excessivas) e das emoções (medo, desconforto, aflição, culpa, depressão).

O TBH é um TOC mental, pairando na imagem de repetição de pensamentos

bons e ruins. A Terapia mais indicada para pessoas com TOC é a terapia

cognitiva comportamental, no qual a resposta gradual pode ser progressiva

quando há melhor aceitação por parte do paciente que tem a doença e é

tratado, afirma a Psicóloga Janete Tranquila Gracioli.

Essa terapia associada ao uso de medicamentos (farmacoterapia) geralmente

há uma redução efetiva dos sintomas.

As sessões são conduzidas para aliviar o sofrimento psíquico, em muitos casos

existem as limitações do uso do relato verbal, expressão verbal, utilizamos de

outros recursos que a terapia contempla como o inventario de controle e

observação dos sintomas: dos medos, dos rituais, dos comportamentos

repetitivos, da necessidade de simetria de forma a verificar o grau, a

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intensidade, a profundidade de cada um, mapeando todos os sintomas,

técnicas de dessensibilização sistemática, onde o comportamento é controlado

por regras que vamos passando para o paciente, técnica de modelação do

comportamento, porém cada sessão tem efeito especifico e variáveis que

dependem do ambiente e do padrão de comportamento e do estado interno do

paciente. Mas todas as sessões têm como objetivo monitoramento do

comportamento.

A periodicidade de cada sessão depende de cada paciente e o avanço de seu

transtorno, se faz uso de medicamento e sua aceitação.

A aceitação do paciente é fundamental para o sucesso do tratamento, a

motivação gera adesão para que cumpra as prescrições pelo psiquiatra –

psicólogo.

Geralmente nos casos moderados duram 12 semanas (3 à 6 meses), conforme

os resultados já pode-se ver uma redução do comprometimento psicossocial do

paciente, dependendo das técnicas utilizadas cada sessão pode durar de 2 à 3

horas.

O uso dos medicamentos é a primeira opção de tratamento, o mais comum são

os anti-depressivos, porém podem ocasionar variados efeitos colaterais, por

exemplo: sedação, apatia, falta de memória, falta de percepção, falta de

ânimo, dores leves no corpo, apetite desregulado e fadiga. Em alguns

pacientes levam anos para encontrar o medicamento correto, ou seja, que não

lhe cause efeitos colaterais negativos.

O importante é utilizar os medicamentos de forma adequada e qualquer reação

que foge ao controle perguntar ao médico.

Assim explica a Psicóloga e professora do curso de Comunicação Social e

Psicologia, Janete.

Depoimento do Psiquiatra Dr. Carlos Nico

Em conversa com o Psiquiatra Dr. Carlos Nico o diagnóstico do transtorno

bipolar é puramente clínico, ou seja, pelos sintomas apresentados. Não existe

um exame laboratorial no auxilio diagnóstico. No TBH, o paciente passa por

fases: mania ou hipomania e depressão. Há subtipos de transtorno bipolar:

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forma clássica; a ciclagem

rápida, aonde o paciente apresenta quatro ou mais crises no ano; o estado

misto, em que o paciente apresenta concomitantemente sintomas de

depressão e de mania ou hipomania. Tanto a fase maníaca quanto a

depressiva podem, em crises graves, provocar sintomas psicóticos como

alucinações e delírios.

O tratamento para a doença é medicamentoso. Realizado com os chamados

estabilizadores do humor. O primeiro estabilizador, que ainda é o mais

utilizado é o carbonato de lítio. Posteriormente foram surgindo outros,

como os anticonvulsivantes: depakote, tegretol, trileptal, lamictal, e os

antipsicóticos como risperidona, zyprexa, seroquel, geodon e outros. A

psicoterapia ajuda nos conflitos intrapsíquicos.

De uma maneira geral todos apresentam principalmente no inicio efeitos

colaterais. Com o lítio pode aparecer tremores, aumento da frequência

urinária, diarréia, aumento de peso, alterações renais, cardíacas e da

tireóide, por isso a importância dos exames de sangue. Os

anticonvulsivantes podem provocar sonolência, aumento de peso, alterações

no hemograma e nas enzimas do fígado, estes sintomas também podem

aparecer com o uso de antipsicóticos, que também provocam tremores. Por

isso a importância da avaliação médica e a realização de exames de sangue

específicos, eletrocardiograma (no caso do lítio).

O ideal é não se usar antidepressivo na depressão bipolar, pelo risco de causar

o que chamamos de virada maníaca, o paciente sai da depressão e entra na

euforia. Muitas vezes é preciso usá-lo, mas sempre associado a um

estabilizador do humor. É preciso que o paciente vá ao médico, pelo menos de

dois em dois meses, quando estiver estabilizado.

Não há comprovação cientifica a respeito de que o lítio é causador do câncer.

O que ele pode provocar é um aumento da glândula tireóide, ou a formação de

nódulo nesta, precisa de tratamento e acompanhamento.

Considerações Finais

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Os estudos culturais mostram o aprendizado abstrato que a sociedade

demonstra, construindo assim uma imagem ruim sobre o transtorno bipolar de

humor. A diversidade cultural construiu maneiras para abolir pensamentos

preconceituosos sobre o tema e diversos.

A ação midiática ainda não abordou o tema de maneira perspicaz e com a

profundidade merecida.

A nossa herança cultural, desenvolvida através de inúmeras gerações sempre

nos condicionou a reagir depreciativamente em relação ao comportamento

daqueles que fogem aos padrões aceitos pela sociedade, descriminando os

comportamentos desviantes.

O que impõe hoje, a partir da noção contingente, contextualiza e relacional da

identidade, é garantir que a multiplicidade e a diversidade sejam preservadas,

que a cultura, como uma longa conversa entre partes distintas, permita que

convivam sujeitos dos mais diferentes matizes.

“A cultura é um meio persuasivo utilizado

pelas elites para promover o

consentimento relativo ao exercício da

hegemonia”. (SAID)

Canclini alerta sobre os conceitos que se confundem “diferença e

desigualdade”, que na sociedade atual se entrelaçam, na objetividade de

conversas que infligem intrinsecamente na realidade sócio-econômica que

transparece nas praticas culturais.

As falhas comportamentais atuais se fomentam na realidade das escolas, que

vem do conhecimento etimológico que ferem a ética social.

Na área da psicologia, psiquiatria e medica ainda não oferecem tratamento

eficaz adequado aos portadores do transtorno, demonstrando a pouca atenção

a problemática.

Considerando como razão solucionável a partir da sub-cultura que emergem

em novos contingentes.

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REFERÊNCIAS CABRAL, Álvaro; NICK, Eva. Dicionário Técnico de Psicologia. 14º Ed. Cultrix. 2006. São Paulo. DAVIDOFF, LINDA L. Introdução à Psicologia. 3º Ed. Pearson Markron Books. 2001. São Paulo. Disponível em: <http://www.psicosite.com.br/tra/hum/bipolar.htm>. Acesso em: 31 maio 2010.

SUGESTÃO DE LEITURA

W., Marina, Não sou uma só: Diário de uma Bipolar. 1ª Ed.Nova Fronteira. 2006

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