UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · Á Deus autor e consumador da minha fé, à...
Transcript of UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · Á Deus autor e consumador da minha fé, à...
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
TDAH X APRENDIZAGEM: A IMPORTÂNCIA DA LUDICIDADE
NO PROCESSO DE INTERVENÇÃO PSICOPEDAGÓGICA
Por: Priscilla Ferreira de Jesus
Orientador
Prof. Marcelo Saldanha
Rio de Janeiro
2012
2
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
TDAH X APRENDIZAGEM: A IMPORTÂNCIA DA LUDICIDADE
NO PROCESSO DE INTERVENÇÃO PSICOPEDAGÓGICA
Apresentação de monografia à AVM Faculdade
Integrada como requisito parcial para obtenção do
grau de especialista em Psicopedagogia.
Por: Priscilla Ferreira de Jesus
3
AGRADECIMENTOS
Á Deus autor e consumador da minha
fé, à minha filha Yara um presente de
Deus, à minha querida mamãe Marina
e a minha amada Igreja Ministério
C.R.E.I.A na pessoa do Apóstolo
Pitagoras Dias Lino, onde iniciei a
minha caminhada na área da educação
e descobrir que educar é um ato de
amor e doação.
4
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho a minha princesa e
amada filha Yara, à minha querida mãe
Marina pelo apoio,incentivo, amor,
carinho e dedicação e a família do meu
pai Jarbas ( in memória ) na pessoa da
minha tia Marilda e a toda a minha
família, muito obrigado !
RESUMO
5
Com um referencial teórico e bibliográfico, este trabalho propõe-se a
esclarecer de maneira clara e objetiva o que é TDAH, suas causas,
tratamento, diagnóstico e abordar o processo de aprendizagem do portador de
TDAH e de que forma ele se relaciona com o saber.
Menciona os problemas sofridos pelo portador de TDAH em seu
relacionamento familiar, no contexto escolar e no convívio com a sociedade
contemporânea.
A criança com TDAH, em suas atividades diárias, necessita de atenção
e concentração.
Neste trabalho veremos a importância da parceria da escola com os pais
dos portadores de TDAH.
È fundamental que os pais busquem orientação de um profissional
competente, pois ele é capaz de elaborar um diagnóstico, não deixando o
TDAH sem o acompanhamento necessário, para minimizar este transtorno
neurobiológico.
Ressaltamos também no decorrer deste estudo a importância do jogo
,do brinquedo e da brincadeira no universo infantil. E quando utilizamos a
ludicidade nas intervenções psicopedagógicas com o portador de TDAH, como
motivação, como socialização , como atividade, constituem um grande avanço
educacional, favorecendo o desenvolvimento psicomotor, cognitivo e social
dessa criança.
Por fim, sugerimos como se fazer uma intervenção psicopedagógica ,
através da ludicidade, com intuito de amenizar e ajudar o indivíduo a vencer
desafios e obstáculos tão presente na vida de um portador de TDAH.
METODOLOGIA
6
Pesquisa bibliográfica e documental, através de coletânea de livros,
documentos,vídeos,reportagens e entrevistas, baseado nos pressupostos
teóricos: Sara Pain, Alícia Fernandez, Nádia Bossa, Jean Piaget e Lev
Vygotsky, a pesquisa bibliográfica foi levantada com objetivo de abordar o
processo de aprendizagem do portador de TDAH e de que forma ele se
relaciona com o saber.
Através da intervenção psicopedagógica, utilizando a atividade lúdica
como recurso é possível, criar condições para que o TDAH retenha a sua
atenção e concentração durante suas atividades, assim como ajudá-lo a
organizar seus estímulos.
SUMÁRIO
7
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I - O que é TDAH ? 10
CAPÍTULO II - TDAH x Aprendizagem 13
CAPÍTULO III – O que é ludicidade ? 20
CAPÍTULO IV – A importância da ludicidade no processo de Intervenção Psicopedagógica 24 CAPÍTULO V– A família da criança com TDAH 31 CAPÍTULO VI –Sugestões práticas 35 CONCLUSÃO 41
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 42 ÍNDICE 44
FOLHA DE AVALIAÇÃO 46
INTRODUÇÃO
8
O TDAH,aparece na infância e se apresenta por sintomas de
inquietude,desatenção e impulsividade,onde uma intervenção
psicopadagógica com coerência e qualidade,através da ludicidade é uma
oportunidade para o TDAH aprender e desenvolver habilidades perante este
transtorno neurobiológico, de origem multifatorial, sendo o principal de causas
genéticas ,que acompanha o indivíduo por toda a sua vida, segundo Sara Pain
( 2011 ) acredito que “ No Brasil, e em alguns países latino-americanos que
conheço mais de perto, as dificuldades de aprendizagem enfrentadas pelas
crianças não indicam que elas sejam menos capazes, mas se devem aos
sistemas escolares, que continuam muito presos às técnicas de ensino e a
uma transmissão mecânica dos conhecimentos já prontos e acabados”.
Ensinar é mais que passar informações, compartilhar objetivos, tarefas,
significados e conhecimentos. É preciso compreender como os alunos
aprendem e tornar a aprendizagem significativa. Observe o esquema abaixo:
Mediante a intervenção psicopedagógica, acredito que a ludicidade
proporciona ao portador de TDAH uma aprendizagem mais interativa e lúdica.
UMA BOA INTERVENÇÃO, NECESSITA:
ALGO PARA VÊR. ALGO PARA SENTIR. ALGO PARA FAZER.
APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA
9
CAPITULO I
O QUE É TDAH ?
O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade o (TDAH) é um
transtorno neurobiológico, de origem multifatorial , sendo o principal de origem
10
genéticas ,que surge na infância e permanece ao longo da vida de um
indivíduo, ele se apresenta caracterizado por sintomas de desatenção,
hiperatividade e impulsividade causando prejuízos em pelo menos dois
contextos diferentes (geralmente em casa e na escola/trabalho).
Pesquisas feitas em vários países, entre 3% e 5% das crianças em
fase escolar foram diagnosticadas com este transtorno, sendo entre 30 a 50%
dos casos persistem até a idade adulta,outros estudos apontam diferenças
significativas na estrutura e no funcionamento do cérebro de pessoas com
TDAH, particularmente nas áreas do hemisfério direito do cérebro, no córtex
pré-frontal, gânglios da base, corpo caloso e cerebelo, podemos concluir que a
falta do diagnóstico, da intervenção e do tratamento adequado, outros
distúrbios vão se associando (comorbidades),gerando grandes danos na vida
profissional, pessoal, social e afetiva do indivíduo.
O Dicionário de Saúde Mental atual (DSM IV) subdivide o TDAH em
três tipos:
• TDAH com predomínio de sintomas de desatenção;
• TDAH com predomínio de sintomas de
hiperatividade/impulsividade e;
• TDAH combinado.
1.1 TDAH com predomínio de sintomas de desatenção
Este transtorno com predomínio de sintomas de desatenção ocorre
entre as meninas e parece apresentar, conjuntamente com o tipo combinado,
ocasionando uma taxa mais elevada de danos acadêmico,a pessoa desatenta apresenta,pelo menos seis das seguintes características:
- Não enxerga detalhes ou faz erros por falta de cuidado.
- Dificuldade em manter a atenção.
- Parece não ouvir.
- Dificuldade em seguir instruções.
- Dificuldade na organização.
- Evita / não gosta de tarefas que exigem um esforço mental prolongado.
11
- Freqüentemente perde os objetos necessários para uma atividade.
- Distrai-se com facilidade.
- Esquecimento nas atividades diárias.
1.2 TDAH com predomínio de sintomas de
hiperatividade/impulsividade
As crianças com TDAH com predomínio de sintomas de
hiperatividade/impulsividade, por outra visão, são mais impulsivas e
agressivas do que as crianças com os outros dois tipos, e tendem a
apresentar dificuldades de interação social, é definido se a pessoa apresenta
seis das seguintes características:
- Inquietação, mexendo as mãos e os pés ou se remexendo na cadeira.
- Dificuldade em permanecer sentada.
- Corre sem destino ou sobe nas coisas excessivamente (em adulto, há um
sentimento subjetivo de inquietação).
- Dificuldade em engajar-se numa atividade silenciosamente.
- Fala excessivamente.
- Responde a perguntas antes delas serem formuladas.
- Age como se fosse movida a motor.
- Dificuldade em esperar sua vez.
- Interrompe e se interrompe.
1.3 TDAH combinado
O tipo combinado está mais evidenciado e associado a esses sintomas
de desatenção, hiperatividade/impulsidade e apresentam maior prejuízo,
quando observado e comparado aos dois outros grupos.
1.4 TDAH x Comorbidades
12
Em alguns casos no portador de TDAH é possível diagnosticar
comorbidades, ou seja, outros transtornos que raramente se apresenta isolado,
Observe no quadro abaixo a classificação das comorbidades:
Comorbidades mais frequentes Comorbidades menos frequentes
Transtorno Opositivo-Desafiador
Transtorno de Conduta
Transtorno de Ansiedade
Transtorno de Humor Bipolar
Transtorno Depressivo
Transtorno de Tiques
Dislexia
Transtorno Obsessivo Compulsivo
Transtorno do Ciclo do sono
1.5 Diagnóstico do TDAH
O diagnóstico do TDAH é fundamentalmente clínico, baseado em
critérios operacionais claros e bem definidos,tais como: a coleta de dados com
os pais, com a criança e com a escola.
Para se diagnosticar um individuo com TDAH segundo as normas da
Associação Americana de Psiquiatria que publica o DSM, a pessoa tem que
ter seis dos nove sintomas de distração e seis dos nove sintomas de
hiperatividade.
Não se fala em cura para esse transtorno, justamente porque é uma
condição neurobiológica, mas se fala em tratamento, em acompanhamento,
em adaptação, em melhorar a qualidade de vida de quem sofre deste
transtorno.
CAPITULO II
TDAH X APRENDIZAGEM
2.1 O conceito de aprendizagem
13
Este capítulo apresenta reflexões sobre a capacidade de aprendizagem
de crianças com TDAH (Transtorno e Déficit de Atenção e Hiperatividade)
tomando como base as teorias do psicólogo Lev Vygotsky e do biólogo Jean
Piaget.
A aprendizagem é um processo de mudança de comportamento
adquirido pela experiência construída por fatores emocionais, cognitivos,
psicomotores e ambientais. Aprender é um fator resultante da integração entre
estruturas mentais e o meio ambiente. De acordo com a atual tendência
educacional, centrada na aprendizagem, o professor é co-autor do processo de
aprendizagem dos alunos. Nesse modelo centrado na aprendizagem, o
conhecimento é construído e reconstruído continuamente e gradativamente.
O professor exerce a sua função de mediador das construções de
aprendizagem. E mediar é intervir para promover mudanças. Como mediador,
o professor passa a ser comunicador, colaborador e incentivador da
aprendizagem do aluno.
O estudo da aprendizagem centrou-se em aspectos diferentes, de
acordo com as diversas correntes da Psicologia e Pedagogia,e com as
diferentes perspectivas que cada uma defendia.
As teorias que adquiriram maior destaque foram:
• as comportamentalistas (behavioristas) - a aprendizagem é
compreendida como a aquisição de comportamentos expressos, através de
relações mais ou menos mecânicas entre um estímulo e uma resposta, sendo
o indivíduo relativamente passivo neste processo.
• as cognitivistas – a aprendizagem é entendida como um processo
dinâmico de codificação, processamento e recodificação da informação, o
indivíduo é visto como um ser que interage com o meio.
• as humanistas - a aprendizagem é focada essencialmente no
caráter único e pessoal do individuo que aprende, em função das suas
experiências únicas e pessoais. O indivíduo que aprende tem um papel ativo
neste processo, mas a aprendizagem é vista muitas vezes como algo
espontâneo.
14
Quando a educação é construída pelo sujeito da aprendizagem, no
ambiente escolar prevalecem a construção de novas habilidades, caracterizado
pelas competências e atitudes significativas.
Em uma abordagem pedagógica, Paín (1992) relata que certos fatores
podem interferir, significativamente, no processo de aprendizagem, sendo
necessária muita atenção aos acontecimentos que representaram uma
mudança considerável para a criança e para a família. Estes quase sempre
estão ligados a uma perda, pois os lutos deterioram a aprendizagem e tornam
improdutivos todos os esforços empregados para dominar a situação anterior.
Para que as aprendizagens ocorram com sucesso, é preciso que o
educador considere, na organização do trabalho educativo:
• a interação com crianças da mesma idade e de idades diferentes
em situações diversas como fator de promoção da aprendizagem e do
desenvolvimento e da capacidade de relacionar-se;
• os conhecimentos prévios de qualquer natureza, que as crianças
já possuem sobre o assunto, já que elas aprendem por meio de uma
construção interna ao relacionar suas idéias com as novas informações de que
dispõem e com as interações que estabelece;
• a individualidade e a diversidade;
• o grau de desafio que as atividades apresentam e o fato de que
devam ser significativas e apresentadas de maneira integrada para as
crianças.
• a resolução de problemas como forma de aprendizagem.
2.2 A teoria de Lev Vygotsky
De acordo com Vygotsky (2004), a aprendizagem é um processo social.
É facilitada através das áreas de desenvolvimento proximal, isto é, da distância
entre a zona de desenvolvimento real, que se costuma determinar através das
soluções independentes de problemas, e o nível de desenvolvimento potencial,
ou seja, aquilo que o educando ainda não sabe, mas que pode aprender. A
zona de desenvolvimento proximal pode ser ilustrada através daquilo que o
15
educando faz hoje com auxílio de adultos, educadores ou mesmo de crianças
mais hábeis, mas que futuramente poderá fazer por si própria. Para Vygotsky,
as origens da vida consciente e do pensamento abstrato deveriam ser
procuradas na interação do organismo com as condições de vida social, e
nas formas histórico-sociais de vida da espécie humana.
A origem das mudanças que ocorrem no indivíduo, ao longo do seu
desenvolvimento, está seguro nos princípios, da sociedade, da cultura e na sua
história pessoal.
Piaget e Vygotsky concebem o processo de desenvolvimento de
maneiras diferentes, onde os pontos de divergência entre estes dois teóricos é
o referencial histórico-cultural.
O referencial histórico-cultural é uma nova maneira de compreender a
relação entre sujeito e objeto, no processo do conhecimento.
Enquanto no referencial construtivista o conhecimento se dá a partir da ação
do sujeito sobre a realidade (sendo o sujeito considerado ativo), para Vigotsky,
esse mesmo sujeito não é apenas ativo, mas interativo, porque constitui
conhecimentos e se constitui a partir de relações intrapessoais e interpessoais.
Trata-se de um processo que caminha do plano social - relações
interpessoais.Vygotsky defende que a criança aprende melhor quando é
confrontada com tarefas que impliquem um desafio.
O professor deve proporcionar aos alunos a oportunidade de
amadurecerem as suas competências e conhecimentos, partindo daquilo que
eles já sabem, levando-os a interagir com outros alunos em processos de
aprendizagem cooperativa. Provavelmente, a maior veracidade da teoria de
Vygotsky está na ênfase que ele dá ao papel dos contextos culturais e da
linguagem no processo de aprendizagem.
2.3 A teoria de Piaget
16
O conceito de equilibração torna-se especialmente marcante na teoria
de Piaget, pois ele apresenta o fundamento que explica todo o processo do
desenvolvimento humano em uma visão biológica. Trata-se de um fenômeno
que tem, em sua essência, um caráter universal, já que é de igual ocorrência
para todos os indivíduos da espécie humana, mas que pode sofrer variações
em função de conteúdos culturais do meio em que o indivíduo está inserido.
Pode-se dizer que o "sujeito epistêmico" protagoniza o papel central do
modelo piagetiano, pois a preocupação da teoria é desvendar os mecanismos
processuais do pensamento do homem, desde o início da sua vida até a idade
adulta.
A teoria de Piaget identifica quatro estádios de desenvolvimento e um
conjunto de processos através dos quais a criança progride de um estádio a
outro:
1) Estádio Sensório-Motor ( do nascimento aos 2 anos) - a criança,
através de uma interação física com o seu meio, constrói um conjunto de
esquemas, que lhe permitem compreender a realidade e a forma como esta
funciona.Acriança desenvolve o conceito de permanência do objeto, constrói
alguns esquemas sensório-motores coordenados e é capaz de
fazer imitações genuínas, adquirindo representações mentais cada vez mais
complexas.
2) Estádio Pré-Operatório (2 - 6 anos) - a criança é competente ao nível
do pensamento representativo, mas carece de operações mentais que
ordenem e organizem esse pensamento. sendo egocêntrica e com um
pensamento não reversível.
3) Operações Concretas (7 - 11 anos) - conforme a experiência física e
concreta se vai acumulando, a criança começa a criar uma estruturas lógicas
para a explicação das suas experiências mas ainda sem abstração.
4) Operações Formais (11- 15 anos) - Como resultado da estruturação
progressiva do estádio anterior a criança atinge o raciocínio abstrato, sendo
capaz de pensar cientificamente.
17
Considera ainda que o processo de desenvolvimento é influenciado
por fatores como: maturação (crescimento biológico dos
órgãos), exercitação (funcionamento dos esquemas e órgãos que implica na
formação de hábitos),aprendizagem social (aquisição de valores, linguagem,
costumes e padrões culturais e sociais) e equilibração (processo de auto
regulação interna do organismo, que se constitui na busca sucessiva de
reequilíbrio após cada desequilíbrio sofrido).
A perspectiva de Piaget é frequentemente comparada com a de Lev
Vygotsky , que olhou mais para a interação social como fonte primária da
cognição e do comportamento
Se, para Piaget, a linguagem não exerceria primordialmente papel
cognitivo em novas explorações feitas pela criança, para Vigotsky, é ela quem
abre caminhos para a da Zona de Desenvolvimento Proximal, que, ajuda a
criança a atingir um nível de desenvolvimento real para uma área de
potencialidades, através da mediação realizada pelo "outro".
Assim sendo, Piaget argumenta que o desenvolvimento da moral
abrange 3 fases: (a) anomia (crianças até 5 anos), em que a moral não se
coloca as regras, são seguidas, porém o indivíduo ainda não está mobilizado
pelas relações bem x mal e sim pelo sentido de hábito, de dever;
(b) heteronomia (crianças até 9, 10 anos de idade), em que a moral é igual a
autoridade, ou seja, as regras não correspondem a um acordo mútuo firmado
entre os indivíduos, mas sim como algo imposto pela tradição e, portanto,
imutável; (c) autonomia, corresponde ao último estágio do desenvolvimento da
moral, em que há a legitimação das regras e a criança pensa a moral pela
reciprocidade, quer seja o respeito a regras é entendido como decorrente de
acordos mútuos entre os indivíduos.
2.4 TDAH x aprendizagem
O TDAH é identificado, na maioria das vezes, primeiramente durante a
idade escolar, geralmente aos sete anos de idade, pelas alterações de
comportamento da criança por consequência do transtorno, com o
18
comprometimento da atenção e sua difícil ou complicada relação com os
colegas em sala de aula. O TDAH costuma gerar enorme preocupação para os
pais e educadores. Crianças e adolescentes diagnosticados com TDAH são
rotineiramente taxados de “problemáticos”, “indisciplinados” ou, até mesmo,
“pouco inteligentes” (ABDA).
Caracterizando-se por um desequilíbrio das substâncias químicas do
cérebro, ou neurotransmissores reguladores da conduta. É esse desequilíbrio
bioquímico que impediria crianças de focar a atenção numa determinada
atividades, fazendo com que prestem igual atenção a todos os estímulos do
ambiente, inclusive àqueles que não são úteis, como por exemplo: conversas
na rua, as cores das roupas dos amigos e etc., fatos que as impedem de
manter a concentração e resolver a atividade que lhes está sendo solicitada.
A criança com Déficit de Atenção Hiperatividade tem plena
capacidade de desenvolver seu potencial. Porém, sempre que desloca a
atenção, deixa suas atividades incompletas, faltando a conclusão. Insiste-se no
papel do educador, cujo estímulo e atenção permanente é uma ferramenta
capaz de proporcionar seu maior aproveitamento e aprendizagem.
Segundo Wallon (1979):
O que permite à inteligência a essa transferência do plano motor para o plano especulativo não é evidentemente explicável no desenvolvimento do indivíduo (...) mas nele pode ser identificada [a transferência] (...) são as aptidões da espécie que estão em jogo, em especial as que fazem do homem um ser essencialmente social. (p.131)
Os novos tempos exigem um padrão educacional que esteja voltado
para o desenvolvimento de um conjunto de competências e de habilidades
essenciais, a fim de que os educandos possam fundamentalmente
compreender e refletir sobre a realidade, participando e agindo no contexto de
uma sociedade comprometida com o futuro.
19
O papel da escola é estimular as habilidades do educando sem
desvalorizar a sua cultura e seus conhecimentos prévios.
CAPITULO III
O QUE É LUDICIDADE ?
3.1. O conceito
A ludicidade é um tema que tem conquistado espaço na sociedade
contemporânea, principalmente na educação básica, por ser o brinquedo um
símbolo que representa a infância e seu uso permitirem um trabalho
multidisciplinar, que possibilita a produção do conhecimento, do
desenvolvimento e da aprendizagem do indivíduo.
O lúdico tem sua origem na palavra latina "ludus" que quer dizer "jogo”,
o termo lúdico estaria se referindo apenas ao jogar, ao brincar, ao movimento
espontâneo.
20
Com passar do tempo o lúdico deixou de ser simplesmente sinônimo de
jogo e passou a ser reconhecido como um recurso importante para a
aprendizagem humana. De modo que as implicações da necessidade lúdica
extrapolaram as demarcações do brincar espontâneo. (ALMEIDA).
Enquanto brinca, a criança está criando e desenvolvendo, dentre outros
fatores, o pensamento crítico e autônomo.
Negrine (2000) afirma que a capacidade lúdica está diretamente
relacionada a sua pré-história de vida. Acredita ser, antes de mais nada, um
estado de espírito e um saber que progressivamente vai se instalando na
conduta do ser devido ao seu modo de vida..
A partir disso, vamos ressaltar a importância do lúdico e como ele, os
jogos, os brinquedos e as brincadeiras podem ser importantes para o
desenvolvimento e para a aprendizagem das crianças portadoras do TDAH.
3.2. O jogo
O jogo pode ser observado como o resultado de um código linguístico
que funciona dentro de um contexto social,um sistema de regras e um objeto.
No primeiro aspecto, o sentido do jogo depende da linguagem de cada
grupo social e do sentido que cada sociedade lhe atribui. É este aspecto que
nos mostra porque, dependendo do lugar e da época, os jogos assumem
distintas significações .
No segundo aspecto, um sistema de regras permite identificar que,
quando alguém joga, esta executando as regras do jogo e, ao mesmo tempo,
desenvolvendo uma atividade lúdica.
No terceiro aspecto, refere-se ao jogo enquanto objeto ou seja o
brinquedo ( símbolo da infância ) .
Para Piaget (1976), o jogo na escola tem importância quando revestido
de seu significado funcional (...).
Assim Piaget classificou os jogos correspondendo a um tipo de estrutura
mental:
Ø Jogo de exercício sensório-motor
21
Ø Jogo simbólico
Ø Jogo de regras
3.3 O brinquedo
Diferente do jogo, o brinquedo supõe uma relação intima com a criança
e uma indeterminação quanto ao uso, ou seja, a ausência de um sistema de
regras que organizam sua utilização. (KISHIMOTO, 1994).
O brinquedo contém sempre uma ligação ao tempo de infância do adulto
com representações vinculadas pelas imaginações.
Com o brinquedo a criança experimenta, descobre, inventa, aprende,
estimula a curiosidade e a autonomia, proporciona o desenvolvimento da
linguagem, do pensamento , da concentração e da atenção.
O brinquedo traduz a realidade infantil, brincando, sua inteligência e sua
sensibilidade estão sendo estruturadas.
3.4 A brincadeira
A brincadeira é uma linguagem natural da criança e é importante que
esteja no contexto escolar, para que o indivíduo possa se colocar e se
expressar através de atividades lúdicas.
A brincadeira é uma forma de divertimento típico infantil, que não implica
em planejamento.
Envolve comportamentos espontâneos e prazerosos ,brincando a
criança se diverte, faz exercícios, constrói e aprende a conviver .
Segundo Vygostsk, a brincadeira possui três características: a
imaginação, a imitação e a regra.
3.5. O TDAH X ludicidade
22
As atividades lúdicas podem ser entendidas como situações em que as
crianças possam expressar diferentes sentimentos e emoções, podendo,
gradativamente, interagir com o outro, são tais atividades lúdicas que buscam
melhorar a socialização entre as crianças, fazendo com que vivenciem
situações de colaboração, respeito e trabalho em equipe.
Para que o lúdico traga esse benefício para o TDAH, é preciso que o
educador trabalhe junto com ele, proporcionando uma aprendizagem
significativa. Baseado nisto, Antunes (2002, p. 155-156) afirma que:
É fundamental enfatizarmos a importância do professor
literalmente "trazer a rua e a vida" para a sala de aula,
fazendo com que seus alunos percebam os fundamentos
da matéria que ensina na aplicação da realidade. Usar
uma construção em argila, móbiles ou montagens para
estudar o movimento ou perceber o deslocamento do ar,
tudo é uma serie de atividade, se refletidas e depois
idealizadas por uma equipe docente verdadeiramente
empenhada, transposta para uma estruturação de
projetos pedagógicos, podem facilmente se traduzir em
inúmeros recursos que associam a inteligência
cinestésico-corporal e outras ao fantástico mundo da
ciência, o delicioso êxtase pelo mundo do saber.
É por todos estes aspectos que o lúdico é uma necessidade do ser
humano em qualquer idade e não pode ser visto apenas como prazer, mas
como um aprendizado.
Brincando e jogando, a criança terá oportunidade de desenvolver
capacidades indispensáveis a sua futura atuação profissional e social, tais
afetividade, o hábito de permanecer concentrada e outras habilidades
perceptuais e/ou psicomotoras, pois brincando, a criança torna-se operativa
(AGUIAR, 1998).
Através de jogos, é possível trabalhar o cognitivo, o afetivo ,o social e o
psicomotor do educando que sofre desse distúrbio. O TDAH é considerado um
23
distúrbio infantil mais comum e é tido como a causa de alguns fracassos
escolares.
Para Alicia Fernandez (2001) não pode haver construção do saber, se
não se joga com o conhecimento. O jogo é um processo que ocorre no espaço
transicional, de confiança, de criatividade. É o onde se pode aprender. Através
do jogo a criança expressa agressão, adquire experiência, controla ansiedade,
estabelece contatos sociais como integração da personalidade e prazer.
Utiliza-se o jogo, com a finalidade de facilitar os exercícios escolares e
as intervenções psicopedagógicas.
CAPITULO IV
A IMPORTÂNCIA DA LUDICIDADE NO PROCESSO DE INTERVENÇÃO PSICOPEDAGÓGICA
4.1 Intervenção Psicopedagógica
A Psicopedagogia é um campo de estudos que está alcançando os
sujeitos que apresentam problemas ou distúrbios de aprendizagem. Segundo
Bossa (1994), a Psicopedagogia nasce com o objetivo de atender as
dificuldades de aprendizagem.
A Psicopedagogia tem por foco o trabalho com a aprendizagem, com o
conhecimento, sua aquisição e desenvolvimento e surgiu da necessidade de
uma melhor compreensão do processo de aprendizagem humana.
24
Historicamente, a intervenção psicopedagógica vem ocorrendo no
suporte às pessoas que apresentam dificuldades de aprendizagem, tanto no
diagnóstico quanto na terapia. Diante do baixo rendimento escolar, alunos são
encaminhados pelas escolas que frequentam, com o objetivo de sanar a causa
de suas dificuldades.
A questão fica, desde o princípio, centralizada em quem aprende ou não
aprende.
A aprendizagem é um fruto da história de cada sujeito e das relações
que ele consegue estabelecer com o conhecimento ao longo da vida, afirma
Bossa (2000).
Denominam-se atuação psicopedagógica as estratégias que visam à
recuperação das crianças,que apresentam dificuldades de aprendizagem, com
o objetivo de promover o seu pleno desenvolvimento cognitivo, afetivo e
psicomotor.
Fala-se de intervenção como uma interferência que um profissional da
área da saúde , tanto o psicopedagogo, quanto o educador realiza sobre o
processo de aprendizagem do sujeito, o qual pode estar apresentando
problemas/ dificuldades ou distúrbio de aprendizagem. Compreende-se que na
intervenção o procedimento adotado interfere no processo, com o objetivo de
compreendê-lo, explicitá-lo ou corrigí-lo.
Exemplifica-se como intervenções psicopedagógicas contar uma
história, realizar uma atividade lúdica , dentre outras, que o psicopedagogo
realiza com as crianças, com o objetivo de ajudá-las em seu processo de
desenvolvimento e aprendizagem.
Alicia Fernandez (2001) relata que todo sujeito tem sua modalidade de
aprendizagem e os seus meios para construir o próprio conhecimento, e isso
significa uma maneira muito pessoal para se dirigir e construir o saber.
Almeida (1993), também considera que a aprendizagem ocorre no
vínculo com outra pessoa, a que ensina, “aprender, pois, é aprender com
alguém”. É no campo das relações que se estabelecem entre professor e o
aluno que se criam às condições para o aprendizado, seja quais forem os
objetos de conhecimentos trabalhados.
25
4.2 A função do psicopedagogo
O psicopedagogo é um profissional que atua em diversos campos como
escola, saúde e empresas.
O psicopedagogo tem como função descobrir a origem do
problema/dificuldade ou transtorno de aprendizagem, e baseado nela,
desenvolver atividades que estimulem as aprendizagens
significativas. Baseado nisto, Bossa ( 1994, p.23 ) afirma que :
.. cabe ao psicopedagogo perceber eventuais
perturbações no processo aprendizagem, participar da
dinâmica da comunidade educativa, favorecendo a
integração, promovendo orientações metodológicas de
acordo com as características e particularidades dos
indivíduos do grupo, realizando processos de orientação.
Já que no caráter assistencial, o psicopedagogo participa
de equipes responsáveis pela elaboração de planos e
projetos no contexto teórico/prático das políticas
educacionais, fazendo com que os professores, diretores
e coordenadores possam repensar o papel da escola
frente a sua docência e às necessidades individuais de
aprendizagem da criança ou, da própria ensinagem.
Para Vygotsky (1993) Todos os seres humanos são capazes de
aprender, mas é necessário que adaptemos a nossa forma de ensinar.
No Código de Ética e Estatuto da Associação Brasileira de
Psicopedagogia reza no seu artigo 6º os deveres fundamentais dos
psicopedagogos:
a) manter-se atualizado quanto aos conhecimentos científicos e técnicos que
tratem o fenômeno da aprendizagem humana;
b) zelar pelo bom relacionamento com especialistas de outras áreas, mantendo
uma atitude crítica, de abertura e respeito em relação às diferentes visões do
26
mundo;
c) assumir somente as responsabilidades para as quais esteja preparado
dentro dos limites da competência psicopedagógica;
d) colaborar com o progresso da Psicopedagogia;
e) difundir seus conhecimentos e prestar serviços nas agremiações de classe
sempre que possível;
f) responsabilizar-se pelas avaliações feitas fornecendo ao cliente uma
definição clara do seu diagnóstico;
g) preservar a identidade, parecer e/ou diagnóstico do cliente nos relatos e
discussões feitos a título de exemplos e estudos de casos;
h) responsabilizar-se por crítica feita a colegas na ausência destes;
i) manter atitude de colaboração e solidariedade com colegas sem ser
conivente ou acumpliciar-se, de qualquer forma, com o ato ilícito ou calúnia.
j) O respeito e a dignidade na relação profissional são deveres fundamentais
do psicopedagogo para harmonia da classe e manutenção do conceito público.
Esse é o papel do psicopedagogo, fazer uma leitura da situação para
poder diagnosticar os problemas/dificuldades ou transtornos da aprendizagem
humana e suas causas.
Ele levanta hipóteses através da análise de sintomas que o indivíduo
apresenta, ouvindo:
• A queixa da escola
• A queixa da família
• A queixa do educando
È fundamental que o psicopedagogo entenda o sujeito, além de
resgatar seu contexto histórico, para ajudá-lo a caminhar, vencendo suas
dificuldades que impeçam seu pleno desenvolvimento.
4.3 Ludicidade x Intervenção Psicopedagógica
27
A ludicidade é um recurso importante na intervenção pedagógica ,
primordialmente com crianças portadoras de TDAH.
Sendo o TDAH um distúrbio bastante frequente na idade escolar, pouco
se sabe sobre suas causas, apenas conhecemos suas manifestações
sintomáticas, porém é um termo bastante usado para descrever uma criança
com o comportamento agitado e desatento (BORGES, 1997).
As atividades lúdicas assumem um papel importante na
estruturação dos portadores de TDAH.
É no ato de brincar que a criança utiliza elementos da fantasia, da
realidade e começa a perceber o real do imaginário. E através da
ludicidade que ela desenvolve não só a imaginação, mas também
fundamenta afetos, elabora conflitos e ansiedade, explora habilidades
e a medida que assume múltiplos papéis, fecunda competência
cognitivas e interativas (ANTUNES,2004).
Segundo VYGOTSKY (1988), PIAGET (1990), WINNICOTTI (1971), o
jogo está presente como um papel de fundamental importância na educação,
principalmente na educação infantil. Além disso, o jogo traduz valores sociais
e culturais. Jogando, a criança estabelece vínculos afetivos, passa a entender
o mundo dos adultos, e isso irá ajudá-la a sair de seu egocentrismo inicial.
Conforme BROUGÈRE (1998), o jogo nos dá a oportunidade de
descobrir informações sobre o nosso meio que contribuem para nossa visão de
mundo, e para várias formas de aprendizagens. Então, porque não aprender
Matemática, Ciências, leitura, escrita, de uma forma lúdica , ou seja,
prazerosa, interativa e divertida,pois o prazer que sentimos ao jogar, ao
brincar, é imensurável.
O jogo chega a ser considerado por FREUD apud BOSSA, 2000 como
uma atividade criativa e curativa, pois permite à criança (re) viver ativamente as
situações dolorosas que viveram passivamente, modificando os enlaces
dolorosos e ensaiando na brincadeira as suas expectativas da realidade.
Por mais cansativo que seja o jogo, o prazer da vitória é gratificante.
(CHATEAU, 1987:128).
28
Uma intervenção para ser eficaz deve buscar a causa e o aparecimento
do sintoma, quais condições favorecem seu aparecimento.
Da mesma forma, dar excessiva ênfase às influências internas e
externas.
Como tão bem observou FERNÁNDEZ (2001) Brincando descobre-se à
riqueza da linguagem; aprendendo, vamos apropriando-nos dela.
A psicopedagogia mostra que é possível minimizar, os transtornos de
aprendizagem, através de intervenções psicopedagógicas , em que sejam
utilizadas atividades lúdicas.
Jogar é pôr a galopar as palavras, as mãos e os sonhos. (FERNÁNDEZ,
2001:36).
Para MAIA, (1993), o jogo está presente nas mais diversas fases e
atividades da vida humana, englobando desde o desenvolvimento físico,
psicomotor e cognitivo até o afetivo e social. (MAIA, 1993:36).
O educando, constrói sua relação com o lúdico, brincando, desde bebê,
através do convívio social e essa experiência é absorvida na interação com as
atividades lúdicas.
As brincadeiras são recursos importantes á transformação do
desenvolvimento da aprendizagem da criança.
O jogar é uma excelente maneira de perceber a relação entre ordem e
desordem, entre a organização e o caos, entre o equilíbrio e o desequilíbrio
dos sistemas biológicos e sociais (NOAL, 2004).
A criança que não tem oportunidade de brincar e relacionar-se com o
ambiente através de desafios, apresenta dificuldades no seu pleno
desenvolvimento.
Piaget (1990) classificou os jogos, sendo elas:
• Jogos de exercício sensório-motor: É ato de jogar de uma forma
natural. Inicialmente a atividade lúdica surge como uma série de
exercícios motores simples. Sua função é o próprio prazer, Estes
exercícios consistem em repetição de gestos e movimentos
simples pular, correr, etc. Embora estes exercícios comecem na
29
fase maternal e durem mais ou menos até os 2 anos, eles se
manifestam durante toda a infância e até na fase adulta. Por
exemplo, andar de bicicleta.
• Jogos simbólicos: Aparece evidentemente entre os 2 e 6 anos. A
função desse tipo de atividade lúdica que consiste em satisfazer o
eu, tem como foco assimilar a realidade. A criança tende a
reproduzir nesses jogos as relações predominantes do seu meio
social , sendo uma maneira de se auto-expressar. Por exemplo,
jogos de faz-de-conta.
• Jogos de regras: Começa a surgir por volta dos cinco anos,
desenvolve-se principalmente na fase dos 7 aos 12 anos. Este
tipo de jogo continua durante toda a vida do indivíduo. O que
caracteriza o jogo de regras é a permanência de um conjunto de
leis imposto pelo grupo, O jogo de regra pressupõe a existência
do outro e este jogo aparece quando a criança deixa a fase
egocêntrica. Por exemplo,jogo de dama.
De acordo com a Revista Nova Escola (2000), os professores que têm
alunos hiperativos precisam de paciência e disponibilidade e principalmente
conhecimento sobre TDAH, pois eles exigem tratamento diferenciado, mais
atenção e uma rotina especialmente estimulante para estimular e desenvolver
a capacidade de atenção da criança.
Na idade escolar, a criança hiperativa começa a se aventurar no mundo
e já não tem a família para agir como amortecedor. O comportamento, antes
aceito como engraçadinho ou imaturo, já não é tolerado... Ela precisa agora
aprender a lidar com regras, a estrutura e os limites de uma educação
organizada e seu temperamento simplesmente não se ajusta muito bem às
expectativas da escola (GOLDSTEIN & GOLDSTEIN, 1996, p- 106) .
O jogo e a brincadeira fazem parte do universo infantil. E quando
utilizamos nas intervenções psicopedagógicas com os portadores de TDAH,
como motivação, como socialização , como atividade, constituem um
importante marco educacional, favorecendo o desenvolvimento psicomotor,
cognitivo e social dessa criança.
30
CAPITULO V
A FAMÍLIA DA CRIANÇA COM TDAH
As famílias devem atentar para alguns hábitos que
devem ser evitados e outros que, por outro lado deve ser
adotado para que os sintomas secundários, como: baixa
auto-estima e dificuldades com relacionamentos sejam
minimizados.
Russel
5.1 A família do TDAH
O comportamento da criança portadora de TDAH geralmente traz muitos
desconfortos para a família. Quando o portador de TDAH possui irmãos esses
desconfortos podem ser ainda maiores, pois normalmente os pais acabam
comparando seus filhos.
Os pais de crianças portadoras de TDAH (principalmente as não
diagnosticadas) podem apresentar um comportamento omisso ou culpa pelo
31
mal comportamento da criança, o que muitas vezes acaba por culminar até
mesmo conflitos entre o casal.
Por essa razão se faz necessário a busca pela informação, pela
orientação,e pelo diagnóstico de como lidar com essa situação.
Pais orientados e bem esclarecidos, costumam contribuir muito para o
tratamento de uma criança portadora do TDAH.
Segundo Borges (1997), a hiperatividade vem sendo bastante discutida
em virtude de acarretar sérios problemas de interação social, hoje em dia é
considerado um distúrbio que altera o comportamento e que mais é
diagnosticada na escola.
Hoje, cerca de 3% das crianças e de 1% a 1,5% dos adultos de todo o
mundo apresentam o TDAH, sendo a incidência maior entre o sexo masculino,
mas alguns especialistas consideram esse dado ainda em discussão.
É muito importante saber diagnosticar corretamente se a criança
realmente tem o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH)
para que ela receba atendimento adequado.
Conforme Borges (1997), o comportamento agitado da criança que
antes era tolerado pela família passa a ser inconcebível quando ela inicia a
escolarização, por ser a escola o primeiro espaço estruturado e com regras de
comportamento .
Geralmente, quando a criança não é diagnosticada e não recebe o
atendimento adequado, as suas relações com a família, vão ficando cada vez
mais difíceis, ela é muito observada e criticada, não consegue se sair bem em
suas atividades diárias.
Informa Goldstein (1996) que pais de crianças hiperativas devem
possuir uma compreensão realista dos tratamentos médicos e não médicos
adequados, e que não existe cura, porém, pais e educadores, podem
encontrar formas para ajudá-los a serem bem sucedidos.
A criança com TDAH, não é distraída ou agitada de propósito, ela
apresenta um transtorno, onde um trabalho multidisciplinar incluindo a
ludicidade com o psicopedagogo, será necessário para ajudar a criança a lidar
com suas dificuldades .
32
Segundo Borges (1997), a adaptação e ajustamento da criança
hiperativa necessitam de uma intervenção terapêutica.
Frequentemente os pais de uma criança com TDAH, são taxados de
negligentes com a educação desta criança.
Para alguns, um diagnóstico de TDAH provoca ira e raiva contra aqueles
que os culpam pela a falta de controle do problema dos filhos e ira voltada a
todos que garantam que nada estava errado. Quando os pais descobrem
finalmente que não são culpados, a ira e ressentimento não são reações
exageradas. (Barkley, p-152).
É aceitável e natural a reação de tristeza diante de um diagnóstico de
TDAH, quase todos os pais se angustiam com a perda do estado de
anormalidade de seu filho e chegam a pensar que o filho saudável, pode não
existir mais, daí percebem que o filho precisa de ajuda para lidar com a suas
dificuldades, e ser encorajado a vence-lás, proporcionando condições para que
a criança com TDAH se desenvolva bem e com naturalidade.
Segundo Bossa, é uma ilusão pensar que tal processo nos conduza, a
todos, a um único caminho. O tema da aprendizagem apresenta
tamanha complexidade que tem a dimensão da própria natureza
humana. (1994, p.9).
Quando os pais passam a aceitar o filho com suas limitações e
dificuldades , então saberão inseri-lo no seio familiar .
Segundo Goldstein (1994), um diagnóstico minucioso da hiperatividade
na infância deve incluir um histórico da família e do desenvolvimento do seu
filho.
Goldstein & Goldstein (1994.p. 78- 9) ignorar esses primeiros sinais de
hiperatividade representa um erro por parte dos pais e de nossa comunidade
médica e clínica. Embora uma intervenção precoce possa não curar a
hiperatividade ou temperamento difícil, ela pode representar um grande passo
no sentido de minimizar a extensa lista de problemas secundários
desenvolvidos por uma criança hiperativa.
Algumas sugestões para lidar com a criança com TDAH:
33
• No ambiente escolar, o educador deve procurar dar atividades
curtas para o educando. Se for demorada, é fundamental tentar dividi-la em
atividades menores para que o educando, não tenha a sensação de que é
longa de mais e que nunca vai acabar.
• Sempre valorize as coisas boas que a criança faz e as atividades
que não consegue cumprir ,pois ela precisa de incentivos.
• A criança precisa de organização. Um ambiente bem estruturado
ajudará na organização interna e externa da criança.
• Nunca dê mais que uma informação ao mesmo tempo. A criança
certamente se esquecerá de alguma informação.
• Ao se dirigir a criança, olhe sempre olhos nos olhos. Isso a
ajudará a manter a atenção e concentração no que você está falando.
• Repita sempre as informações, pois a criança necessita sempre
desta repetição.
34
CAPITULO VI
SUGESTÕES PRÁTICAS
Brincar com crianças não é perder tempo, é ganhá-lo; se
é triste ver meninos sem escola, mais triste ainda é vê-los
sentados enfileirados em salas sem ar, com exercícios
estéreis, sem valor para a formação do homem.
Carlos Drummond de Andrade
6.1 Jogos e brincadeiras populares
Neste capítulo veremos alguns jogos e brincadeiras populares ,que
podem ser utilizadas como intervenções psicopedagógicas por um professor
ou um psicopedagogo competente no ambiente escolar, com objetivo de
trabalhar a atenção, concentração,coordenação motora,orientação temporal,
estruturação espacial,lateralidade, integração, socialização e etc..., para
ajudar no pleno desenvolvimento do portador de TDAH.
Concentração
Forma-se um círculo com o grupo de crianças. Cada criança escolhe o
nome de uma cor. A pessoa que está dirigindo a brincadeira começa: Atenção,
muita atenção, concentração, vai começar. Já começou! A dirigente olha para
uma criança e ela deve dizer imediatamente a cor que ela escolheu
anteriormente (por exemplo: vermelho). A dirigente olha para outra criança e,
35
se ela estiver atenta, também dirá a cor que escolhera. A criança que estiver
desatenta e não disser a cor que escolheu, sai da brincadeira. Ganha a criança
ou as crianças que responderem rapidamente, a cor escolhida.
Amarelinha
Esse jogo pode participar qualquer número de crianças. Risca-se no
chão, com carvão, giz, ou se for na areia, com um pedaço de pau ou telha,
uma figura que parece um boneco com uma perna só, de braços abertos, ou
um avião, como também é conhecido em algumas partes do Brasil. As quadras
da academia terminam com o céu (um círculo). São mais sete casas
numeradas. A criança que gritar antes a palavra PRIMEIRA inicia o jogo e a
ordem de quem vai jogar vai sendo gritada pelas outras crianças,
sucessivamente. A brincadeira consiste em jogar uma pedra na primeira casa e
ir pulando com um pé só e com as mãos na cintura todo o desenho, indo e
voltando, evitando-se pisar na casa onde está a pedra e pegando-a na volta.
Joga-se a pedra na segunda casa e assim sucessivamente até o céu (círculo).
A pedra jogada tem que parar dentro do espaço delimitado de cada quadra ou
casa. Ganha o jogo quem conseguir chegar ao céu, sem errar, ou seja
colocando a pedra no local correto, em todas as casas, fazendo todo o trajeto
sem colocar os dois pés ou pisar na linha do desenho. Pode-se também fazer
todo o trajeto sem jogar a pedra, levando-a em cima do peito de um dos pés ou
de uma das mãos, sem deixá-la cair. Quem errar espera a próxima jogada e
recomeça de onde parou. Há ainda uma outra etapa, onde se joga a pedra de
costas e se acertar uma casa, passa a ser seu proprietário. Ali, nenhum dos
adversários poderá mais pisar. Ganha quem tiver o maior número de “casas
próprias”.
Esconde-esconde
36
Uma criança é escolhida para contar até 31 com os olhos fechados em
um determinado local chamado de “manja”, enquanto as outras se escondem.
Após a contagem, ela tenta encontrar cada criança escondida e ao avistá-la
tem que dizer “batida fulano ou fulana”, tocando na “manja”. Se alguma das
crianças que se esconderam conseguir chegar na “manja” sem ser vista por
aquela que está procurando, fala alto “batida, salve todos” e quem está
procurando começa novamente a contar. Entretanto, se todos forem pegos,
escolhe-se outra criança para contar e começa-se todo o processo outra vez.
Rouba-bandeira
Os participantes são divididos em dois grupos com o mesmo número de
crianças. Delimita-se o campo e, em cada lado, nas duas extremidades, é
colocada uma bandeira (ou um galho de árvore). O jogo consiste em cada
grupo tentar roubar a bandeira do outro grupo, sem ser tocado por qualquer
jogador adversário. Quem não consegue, fica preso no local onde foi pego e
parado como uma estátua, até conseguir que um companheiro de equipe o
salve tocando-o. Vence o grupo que tiver menos participantes presos ou quem
pegar primeiro a bandeira, independente do número de crianças “presas”.
Passarás
Sem que o grupo de crianças participantes da brincadeira saiba, duas
crianças escolhem aleatoriamente dois nomes – podem ser de frutas, flores,
animais, etc. – e cada uma guarda o nome escolhido. Posicionam-se em pé,
uma de frente para a outra e, de mãos dadas, formam um arco. O grupo de
participantes forma uma fila que deverá ser encabeçada por uma criança maior
ou mais esperta que representará a mãe de todas elas. Esta criança puxará a
fila e passará por baixo do arco, cantando: - Passarás, passarás, algum deles
há de ficar. Se não for o da frente, deve ser o de detrás. A última criança da fila
fica “presa” entre os braços do “arco” e deve responder a pergunta: - Você
37
prefere uva ou maçã?(por exemplo). A opção escolhida levará a criança a ficar
atrás daquela que guardara aquele nome. A brincadeira mantém esta
seqüência até o último participante ficar “preso” e escolher a fruta. Ganha a
criança que tiver maior número de participantes na sua fila.
Adedanha
A brincadeira pode ter qualquer número de participantes. Precisa-se apenas de
papel caneta ou lápis. Faz-se uma lista ou quadro com 11 colunas e acima de
cada uma coloca-se um dos seguintes itens: nome de pessoa, lugar, animal,
cor, marca de carro, artista, fruta, verdura, flor, objeto, filme. Sorteia-se uma
letra e marca-se um tempo máximo (dois ou três minutos). Cada participante
terá que preencher todos os itens com palavras iniciadas pela letra sorteada.
Exemplo: se a letra sorteada for M:
Quem preencher todos os itens primeiro, mesmo sem utilizar todo o
tempo predeterminado, grita “Stop” e a rodada acaba. Ninguém pode escrever
mais nada. Faz-se então a contagem dos itens preenchidos por cada
participante. Cada item preenchido vale 10 pontos. Se mais de um participante
tiver colocado a mesma palavra para um determinado item, em vez de 10 só
terá 5 pontos cada um. Ganha o jogo quem obtiver maior número de pontos.
Cabra-cega
Escolhe-se uma das crianças para ser a cabra-cega. Coloca-se um venda
nos seus olhos, alguém faz com que ela dê vários giros e pede-se que ela
tente tocar ou segurar alguma das outras crianças participantes. Quem ela
conseguir tocar ou segurar primeiro, será a próxima cabra-cega. A norma tem
que ser combinada antes, se é só tocar ou tem que agarrar. A brincadeira deve
ser realizada em um espaço livre, com poucos obstáculos para que não haja
acidentes.
Jogo da velha
38
O tabuleiro é uma matriz de três linhas por três colunas.
Dois jogadores escolhem uma marcação cada um, geralmente
um círculo (O) e um xis (X).
Os jogadores jogam alternadamente, uma marcação por vez, numa
lacuna que esteja vazia.
O objetivo é conseguir três círculos ou três xis em linha, quer horizontal,
vertical ou diagonal , e ao mesmo tempo, quando possível, impedir o
adversário de ganhar na próxima jogada.
Quando um jogador conquista o objetivo, costuma-se riscar os três
símbolos.
Jogador xis (X) ganha,empate o jogo deu velha.
Cabo-de-guerra
Os participantes são divididos em dois grupos, com o mesmo número de
crianças. Cada grupo segura um lado de uma corda, estabelecendo-se uma
divisão na sua metade, de forma a permitir que cada grupo fique com o mesmo
tamanho de corda. É dado o sinal do início do jogo e cada grupo começa a
puxar a corda para o seu lado. O vencedor é aquele que durante o tempo
estipulado (um ou dois minutos) conseguir puxar mais a corda para o seu
lado.
Boca-de-forno
Escolhe-se uma criança para ser o comandante ou o Mestre, que solicita
ao resto dos participantes o cumprimento de uma missão. A brincadeira
começa com o Mestre gritando: - Boca-de-forno! Todos respondem: Forno! -
Tirando bolo! Todos respondem: Bolo! - O Senhor Rei mandou dizer que... e
indica uma porção de idas e vindas a diversos locais, na busca de galhos de
plantas, flores, vários objetos ou qualquer tipo de tarefa a ser cumprida. As
39
crianças disparam todas e se movimentam para cumprir a missão. A
brincadeira é parecida com uma gincana, mas sem um ganhador.
Telefone sem fio
Na roda de muitas pessoas, quanto mais pessoas mais engraçado ela
fica, o primeiro inventa secretamente uma palavra e fala - sem que ninguém
mais ouça - nos ouvidos do próximo (à direita ou à esquerda). Assim, o
próximo fala para o próximo e assim por diante até chegar ao último. Quando
a corrente chegar ao último esse deve falar o que ouviu em voz alta.
Geralmente o resultado é desastroso e engraçado, a palavra se deforma ao
passar de pessoa para pessoa e geralmente chega totalmente diferente no
destino. É possível competir dois grupos para ver qual grupo chega com a
palavra mais fielmente ao destino.
Passa anel
As crianças se colocam em fila, lado a lado, sentadas ou em pé, com
as mãos unidas. Uma delas é escolhida para passar o anel que está entre as
mãos da criança.
Inicia-se o jogo com a criança que está com o anel, passando de uma em uma
das crianças, tentando deixar o anel por entre mãos unidas: "Tome este
anelzinho e não diga nada a ninguém".
Após ir em todas as crianças, ela já deverá ter deixado o anel com uma delas.
Após isso, a criança que estava com o anel e que o passou a outra, pergunta a
qualquer uma das crianças, menos àquela que esta com o anel: Com quem
você acha que está o anel? Se a criança escolhida acertar, deverá pagar uma
prenda.
O anel pode ser substituído por uma pedrinha.
40
CONCLUSÃO
O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade o (TDAH) é um
transtorno neurobiológico, sendo o principal de origem genéticas ,que surge na
infância e reflete com clareza na fase escolar e permanece ao longo da vida de
um educando, ele se apresenta caracterizado por sintomas de desatenção,
hiperatividade e impulsividade causando prejuízos em sua vida academica
social e familiar.
A criança com Déficit de Atenção Hiperatividade tem plena capacidade
de desenvolver suas habilidades. Porém, quando desloca a atenção e
concentração, deixa suas tarefas incompletas, faltando a conclusão.
Então surge o papel do educador, cujo estímulo e atenção
frequentemente é uma ferramenta capaz de proporcionar a aprendizagem de
um indivíduo portador de TDAH.
Utiliza-se o jogo, com o objetivo de facilitar as tarefas escolares e as
intervenções psicopedagógicas.
O jogo e a brincadeira fazem parte do mundo infantil. E quando
utilizamos nas intervenções psicopedagógicas com os portadores de TDAH,
como motivação, como socialização , como tarefa,como integração, constituem
um importante progresso educacional, favorecendo o desenvolvimento pleno
dessa criança.
Quando os pais passam a aceitar um filho TDAH, com suas limitações,
então saberão conviver todos juntos no seio familiar , sem grandes transtornos.
Alguns jogos e brincadeiras populares, acretido que podem e devem ser
executados como pequenas intervenções psicopedagógicas, por um
profissional competente no contexto escolar, com alvo de trabalhar a atenção,
concentração,coordenação motora,raciocíneo lógico-matemático,integração e
socialização, para ajudar na maturação do portador de TDAH, pois toda a
criança tem o direito de brincar, ser feliz e alcançar o desenvolvimento pleno
para conviver nesta sociedade contemporanea.
41
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
BOSSA, Nádia. A Psicopedagogia no Brasil: contribuições a partir da prática.
Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 1994.
FERNANDEZ, Alicia. A inteligência aprisionada: abordagem psicopedagógica
clínica da criança e sua família. Porto Alegre: Artes Médicas, 1990
FERNÁNDEZ, A. O saber em jogo. A psicopedagogia proporciando autorias de
pensamento. Porto Alegre, Artmed, 2001.
FREITAS, M.T.A. de. Vygotsky e Bakhtin: Psicologia e Educação: um
intertexto. São Paulo: Editora Ática, 2000.
GASPAR, Lúcia; BARBOSA, Virgínia. Jogos e brincadeiras infantis
populares. Pesquisa Escolar Online, Fundação Joaquim Nabuco, Recife.
Disponível em: <http://basilio.fundaj.gov.br/pesquisaescolar/>. Acesso em: Ex:
5 jan. 2012.
GOLDSTEIN, Sam. Hiperatividade: como desenvolver a capacidade de
atenção da criança. São Paulo: Papirus, 1998. 246 p.
LAJONQUIÈRE. Leandro de. De Piaget a Freud: para repensar as
aprendizagens: a (psico) pedagogia entre o conhecimento e o saber.
Petrópolis, RJ: Vozes: 1992.
MASINI, Elcie F. Salzano (orgs). Psicopedagogia na Escola buscando
condições para a aprendizagem significativa. São Paulo: Ed. Unimarco, 1994.
140p.
PAÍN, S. Diagnóstico e Tratamento dos Problemas de Aprendizagem. 4ª ed.
Porto Alegre, RS: Artmed, 1992.
42
PORTO, Olívia. Psicopedagogia Institucional: teoria, prática e assessoramento
psicopedagógico./ Olívia Porto.- Rio de Janeiro: Wak Ed., 2006.
SILVA, Ana Beatriz B. Mentes Inquietas. Rio de Janeiro: Napads, 2003. 224 p.
TOPAZEWSKI, Abram. Hiperatividade: como lidar? São Paulo: Casa do
Psicólogo, 1999. 89 p.
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 2
43
AGRADECIMENTO 3
DEDICATÓRIA 4
RESUMO 5
METODOLOGIA 6
SUMÁRIO 7
INTRODUÇÃO 8
CAPÍTULO I
O QUE É TDAH ? 10
1.1 TDAH predomínio de sintomas de desatenção 10 1.2 TDAH predomínio de hiperatividade impulsividade 11 1.3 TDAH combinado 12 1.4 TDAH X Comorbidades 13 1.5 Diagnóstico do TDAH 12
CAPÍTULO II
TDAH X APRENDIZAGEM 13
2.1 O conceito de aprendizagem 13 2.2 A teoria de Lev Vygotsky 15 2.3 A teoria de Piaget 16 2.4 TDAH X aprendizagem 18
CAPÍTULO III
O que é ludicidade ? 20
3.1 Conceito 20 3.2 O jogo 20 3.3 O brinquedo 21 3.4 A brincadeira 22
CAPÍTULO IV
A importância da ludicidade no processo de Intervenção Psicopedagógica
24
44
4.1 Intervenção psicopedagógica 24
4.2 A função do psicopedagogo 25
4.3 Ludicidade x Intervenção psicopedagógica 27
CAPÍTULO V
A família da criança com TDAH 31
5.1 A família do TDAH 31
CAPÍTULO VI
Sugestões práticas 35
6.1 Jogos e brincadeiras populares 35
CONCLUSÃO 41
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 42
ÍNDICE 44
FOLHA DE AVALIAÇÃO 46
45