Transposição Do Rio São Francisco Rev 5

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Faculdade Pitágoras de Jundiaí Engenharia Civil Disciplina: Geologia Geral Professor Érico Francisco Innocente Adilson Alves dos Santos André de Oliveira Scalco Daiane Moreira Pimentel Regiane Fernanda de Abreu TRANSPOSIÇÃO DO RIO SÃO FRANCISCO

Transcript of Transposição Do Rio São Francisco Rev 5

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Faculdade Pitgoras de JundiaEngenharia CivilDisciplina: Geologia GeralProfessor rico Francisco Innocente

Adilson Alves dos Santos Andr de Oliveira Scalco Daiane Moreira PimentelRegiane Fernanda de Abreu

TRANSPOSIO DO RIO SO FRANCISCO

jUNDIA2014

Adilson Alves dos Santos Andr de Oliveira Scalco Daiane Moreira PimentelRegiane Fernanda de Abreu

TRANSPOSIO DO RIO SO FRANCISCO

Trabalho apresentado Faculdade Pitgoras de Jundia, Curso de Engenharia Civil, como parte dos requisitos para a obteno da Avaliao Parcial de composio da mdia bimestral da disciplina Geologia Geral.

Orientador: Prof. rico Francisco Innocente

JUNDIA2014

AGRADECIMENTOS

Este trabalho dedicado Faculdade Pitgoras de Jundia, em especial a ao nosso professor de Geologia, rico Francisco Innocente, alunos e demais pessoas que fazem parte dessa famlia.

RESUMO

BARONI, Polliana Lelin e SCAPANELLI, Sandra. Cenrio Atual da Exportao de Cxxxx Bxxxxx Brasileira para a Unio Europia. Jundia, Faculdade Pitgoras de Jundia, Kroton Educacional, 6 semestre de 2014. 54 p. Trabalho da disciplina Geologia Geral.

O presente trabalho aborda a problemtica da transposio do rio So Francisco e quais so os impactos gerados por esse projeto. Tendo em vista a sua dinmica ambiental, biodiversidade, histrico regional, alm do seu cenrio ambiental decorrentes das aes humanas. Visando compreender melhor essa dinmica nosso texto tenta resgatar historicamente a trajetria dessa bacia hidrogrfica e quais so seus impactos na tentativa de entender melhor seus dilemas e possibilidades na tentativa de alinhar o desenvolvimento socioambiental e uma melhor maneira de gesto desta bacia hidrogrfica.

Palavras-chave: Transposio. Impacto Social. Engenharia.

vii

LISTA DE ILUSTRAES

Figura 1 - Mapa temtico das grandes bacias mundiais, por oceano de drenagem; a cinza esto as bacias endorreicas...........................................................................13Figura 2 Nascente do Rio So Francisco Serra da Canastra MG....................15 Figura 3 - Mapa do acompanhamento da bacia do Rio So Francisco.....................16Figura 4 - Usinas hidreltricas no Rio So Francisco.................................................17Figura 5 Mdia das chuvas......................................................................................18Figura 6 - Mapa da bacia do Rio So Francisco........................................................18Figura 7 - Mapa dos pontos de transposio do Rio So Francisco ........................24Figura 8 - Charge da preocupao da famlia com a chegada da gua....................27Figura 9 Impactos negativos....................................................................................31Figura 10 - Seca no nordeste brasileiro......................................................................37Figura 11 Indice de desenvolvimento humano (IDH) nos estados brasileiros......39Figura 12 - Charge critica a transposio do rio So Francisco.................................42Figura 13 Mega projeto da Transposio do Rio So Francisco.............................44Figura 14 Projeto da transposio..........................................................................45Fig 15 - Um dos canais que est sendo edificado.....................................................46Figura 16 - Cabrob-PE Aqueduto Saco da Serra: operao de lanamento de concreto..................................................................................................................... 47Figura 17 Tnel no serto da Paraba......................................................................47Figura 18 Uma estao de bombeamento construda em u dos canais que est sendo edificado para a transposio do rio So Francisco, no municpio de Cabrob, no interior de Pernambuco..........................................................................................48Figura 19 - Barragem Xing Alagoas................................................................ 49

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

PAC: Plano Ambiental de construo ANA: Agencia nacional de guas DNOS: departamento nacional de obras e saneamento S.A: sociedade annima CBHSF: comit da bacia hidrogrfica do so Francisco FHC: Fernando Henrique Cardoso PCRBHSF: projeto de conservao e revitalizao da bacia hidrogrfica do so Francisco.MMA: ministrio do meio ambiente CNRH: conselho nacional de recurso hdrico.RIMA: relatrio de impacto ambiental.CONAMA: conselho nacional do meio ambiente.INCRA: instituto nacional de colonizao e reforma agrria.ONU: Organizao das naes unidas.CEPAT: centro de pesquisa e apoio ao trabalhadores.UFRN: universidade federal do rio grande do norte.IDH: ndice de desenvolvimento humano.IHU: Instituto Humanitas Unisinos IBAMA: instituto brasileiro do meio ambiente e dos recursos naturais.

LISTA DE SMBOLOS

KM:quilometro ao quadrado M/S: Metro cbico por segundos CM:centmetro M: metro cbico KM:quilometroM:metro%: valores representados em porcentagem.

sumrio

1Introduo91.1Objetivos101.1.1Objetivo Geral101.1.2Objetivo Especfico1001.2Metodologia do Trabalho (ou da pesquisa)111.3Justificativa112bacia hidrogrfica123a transposio do rio so francisco143.1Bacia Hidrogrfica do Rio So Francisco 14.3.2O que o Projeto193.3Contexto Histrico e Geogrfico213.4Impacto Ambiental263.4.1Impactos positivos273.4.2Impactos negativos283.4.3Programas Ambientais333.5Efeito Social373.6A Engenharia na Transposio453.6.1Disposies gerais474Consideraes finais51 referncias52

Introduo

O estudo apresentado mostra uma anlise a respeito da temtica da Transposio do Rio So Francisco. O projeto de transposio do rio debatido e discutido a mais de um sculo e continua gerando polmica. Consideramos que compreender a complexidade de toda essa dinmica ambiental, social e a engenharia utilizada na transposio nos possibilita um olhar mais crtico sobre o tema. De acordo com os defensores do projeto, a transposio tem como base resolver o problema da falta de gua do semirido nordestino, todavia os crticos deste projeto detm-se a uma discusso sobre os mrito de sustentabilidade do atual projeto e defendem uma transposio socialmente sustentvel.Visando compreender melhor essa dinmica nosso texto tenta resgatar historicamente a trajetria dessa bacia hidrogrfica e quais so seus impactos na tentativa de entender melhor seus dilemas e possibilidades dentro desse espao geogrfico.

1.1 Objetivos

1.1.1 Objetivo Geral

Abordar uma forma geral do projeto da transposio do Rio So Francisco, procurando esclarecer o seu ponto de vista histrico e geogrfico, os impactos ambientais e sociais visando a preocupao das influncias sobre as populaes locais e dos animais nativos, mostrar o projeto com suas vantagens e desvantagens e seu andamento atual, com seus respectivos custos iniciais e atuais.

1.1.2 Objetivo Especfico

Conceito histrico e geogrfico da transposio do Rio So Francisco;O impacto ambiental;O efeito social e poltico; A engenharia da transposio.

1.2 Metodologia do Trabalho (ou da pesquisa)

A metodologia de trabalho foi realizada atravs de todos o meios de pesquisas. Cada membro do grupo realizou buscas em sites governamentais, trabalhos j realizados, revistas, livros, vdeos sobre cada tema especifico com suas responsabilidades. O Adilson Alves dos Santos pesquisou sobre a engenharia da transposio, auxiliou de uma forma geral em todas as pesquisas, a edio do trabalho e revises. O Andr De Oliveira Scalco, pesquisou com o Impacto ambiental, auxiliando tambm de forma geral, na edio do cronograma, foi o nosso Gerente do trabalho. A Daiane Pimentel, pesquisou sobre o efeito social e poltico do projeto e edio dos slides no powerpoint. A Regiane Fernanda, pesquisou sobre o histrico da Transposio do Rio So Francisco, e tambm em algumas edies do trabalho.

1.3 Justificativa

Os motivos que nos motivaram a pesquisa, foi conhecer de forma geral o projeto da Transposio do Rio So Francisco em todo seu contexto histrico e geogrfico, impactos ambientais, sociais e polticos, principalmente no projeto da engenharia.

10.Bacia hidrogrfica

Uma bacia hidrogrfica ou bacia de drenagem de um curso de gua o conjunto de terras que fazem a drenagem da gua das precipitaes para esse curso de gua e rios menores que desaguam em rios maiores (afluentes).A formao da bacia feita atravs dos desnveis dos terrenos que orientam os cursos da gua, sempre das reas mais altas para as mais baixas.Essa rea limitada por um divisor de guas que a separa das bacias adjacentes e que pode ser determinado nas cartas topogrficas. As guas superficiais, originrias de qualquer ponto da rea delimitada pelo divisor, saem da bacia passando pela seo definida e a gua que precipita fora da rea da bacia no contribui para o escoamento na seo considerada. Assim, o conceito de bacia hidrogrfica pode ser entendido atravs de dois aspectos: rede hidrogrfica e relevo. Em qualquer mapa geogrfico as terras podem ser subdivididas nas bacias hidrogrficas dos vrios rios.Catalogaes de especialistas em geografia, de acordo com a maneira como fluem as guas, classificam as bacias hidrogrficas em: Exorreica, quando as guas drenam direta ou indiretamente para o mar; Endorreica, quando as guas caem em um lago ou mar fechado; Criptorreica, quando as guas desaguam no interior de rochas calcrias (so porosas), gerando lagos subterrneos (grutas), alm da formao de lenis freticos; Arreica, quando o rio seca em determinado momento do seu percuso.A bacia hidrogrfica usualmente definida como a rea na qual ocorre a captao de gua (drenagem) para um rio principal e seus afluentes devido s suas caractersticas geogrficas e topogrficas.A histria do homem sempre esteve muito ligada s bacias hidrogrficas: a bacia do rio Nilo foi o bero da civilizao egpcia; os mesopotmicos se abrigaram no vale dos rios Tigre e Eufrates; os hebreus, na bacia do rio Jordo; os chineses se desenvolveram s margens dos rios Yangtz e Huang Ho; os hindus, na plancie dos rios Indo e Ganges, apenas para citar os maiores exemplos.Os principais elementos componentes das bacias hidrogrficas so os divisores de gua (tergos), cristas das elevaes que separam a drenagem de uma e outra bacia, fundos de vale reas adjacentes a rios ou ribeiros e que geralmente sofrem inundaes, sub-bacias bacias menores, geralmente de alguma afluente do rio principal, nascentes local onde a gua subterrnea brota para a superfcie formando um corpo de gua, reas de descarga locais onde a gua escapa para a superfcie do terreno, vazo, recarga local onde a gua penetra no solo recarregando o lenol fretico, e perfis hidrogeoqumicos ou hidroqumicos caractersticas da gua subterrnea no espao litolgico.s vezes, as regies hidrogrficas so confundidas com bacias hidrogrficas. Porm, as bacias hidrogrficas so menores embora possam se subdividir em sub-bacias (por exemplo: a bacia amaznica contm as sub-bacias hidrogrficas dos rios Tapajs, Madeira e Negro), e as regies hidrogrficas podem abranger mais de uma bacia. Na figura abaixo segue um mapa temtico das grandes bacias mundiais.

Figura 1 - Mapa temtico das grandes bacias mundiais, por oceano de drenagem; a cinza esto as bacias endorreicas.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Bacia_hidrogr%C3%A1fica

A TRANSPOSIO DO RIO SO FRANCISCO

3.1 Bacia hidrogrfica do Rio So Francisco

Descoberto por Amrico Vespcio em 1502. Batizado com o nome do santo homenageado no dia de seu descobrimento. Extenso: 2.700 Km, com 168 afluentes. rea da bacia: 634 mil km2. Populao da Bacia do So Francisco: 13 milhes de pessoas (Censo 2000). A bacia do rio abrange 521 municpios ou 9% do total de municpios do pas.Consumo atual de gua da Bacia do rio So Francisco: 91 m/s, Vazo firme na foz: 1.850 m/sVazo mdia na foz: 2.700 m3/sVazo disponibilizada para consumos variados: 360 m/sVazo mnima fixada aps Sobradinho: 1.300 m/s Vazo firme para a integrao das bacias: 26 m/s (1,4% de 1.850 m/s)A bacia hidrogrfica do rio So Francisco formada pelo Rio So Francisco (principal curso d'gua) e seus afluentes. Esta bacia estende-se pelas regies Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste do Brasil. Ela de extrema importncia, pois a principal fonte de gua doce da regio Nordeste do Brasil. Estados onde ela est presente: Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Gois, Minas Gerais e Distrito Federal. O principal rio o So Francisco (conhecido como "Velho Chico"), que nasce na Serra da Canastra e desgua no Oceano Atlntico. Ele percorre 2.700 km.

Figura 2 Nascente do Rio So Francisco Serra da Canastra - MG

http://www.fazendapassaredo.com/parque-nacional-da-serra-da-canastra.html

Principais rios que formam a bacia: rio So Francisco (mais importante). Afluentes do rio So Francisco: rio Grande, rio Corrente, rio Paracat, rio Paraopeba, rio Abaet, rio das Velhas e rio Jequita. rea de drenagem: aproximadamente 640.000 km. Uso dos recursos hdricos da bacia: pesca, irrigao e gerao de energia eltrica atravs de usinas hidreltricas. Biomas presentes: Caatinga (na regio nordeste da Bahia); Cerrado (entre o sudoeste de Minas Gerais e norte da Bahia); Mata Atlntica (na regio da Serra da Canastra);

Figura 3 - Mapa do acompanhamento da bacia do Rio So Francisco

Fonte: http://arquivos.ana.gov.br/saladesituacao/BoletinsDiarios/SF_14-05-2014.pdf

Usinas Hidreltricas presentes: Paulo Afonso, Trs Marias, Xing, Sobradinho e Itaparica.

12Figura 4 - Usinas hidreltricas no Rio So Francisco

47Fonte: http://conhecendooriosaofrancisco.blogspot.com.br/2010/02/bacia-do-rio-sao-francisco.html

Quantidade de gua recebida atravs das chuvas: mdia de 1.030 milmetros.

Figura 5 Mdia das chuvas

Fonte: http://cbhsaofrancisco.org.br/

Figura 6 - Mapa da bacia do Rio So Francisco

Fonte: http://www.infoescola.com/geografia/rio-sao-francisco/

3.2 O que o Projeto?

$dateTool.format("dd/MM", $dateTool.toDate("EEE, dd MMM yyyy hh:mm:ss Z", $reserved-article-display-date.getData()), $locale)O Projeto de Integrao do Rio So Francisco com Bacias Hidrogrficas do Nordeste Setentrional um empreendimento do Governo Federal, sob a responsabilidade do Ministrio da Integrao Nacional. Tem objetivo de assegurar oferta de gua para 12 milhes de habitantes de 390 municpios do Agreste e do Serto dos estados de Pernambuco, Cear, Paraba e Rio Grande do Norte.A Integrao do rio So Francisco com bacias dos rios temporrios do Semi-rido ser possvel com a retirada contnua de 26,4 m/s de gua, o equivalente a apenas 1,42% da vazo garantida pela barragem de Sobradinho (1850 m/s), sendo que 16,4 m/s (0,88%) seguiro para o Eixo Norte e 10 m/s (0,54%) para o Eixo Leste.Nos anos em que o reservatrio de Sobradinho estiver com excesso de gua, o volume captado poder ser ampliado para at 127 m/s, aumentando a oferta de gua para mltiplos usos.Investimento:

O Projeto So Francisco hoje a maior obra de infraestrutura hdrica para usos mltiplos sendo executada diretamente pelo governo federal. O investimento de R$ 8,2 bilhes resulta do acrscimo de novas condicionantes ambientais exigidas pelo IBAMA - sero mais de R$ 900 milhes de recursos para esta rea -, da reviso de obras civis em decorrncia dos projetos executivos, dos gastos com eletromecnica e da superviso e gerenciamento da obra em funo do prolongamento do prazo.Metas de Concluso:

O Ministrio da Integrao Nacional estabeleceu, em 2011, um novo modelo de licitao, contratao e acompanhamento dos seis trechos de obras (Metas 1N, 2N, 3N, 1L, 2L e 3L).

As metas possuem os seguintes prazos de concluso:

Eixo Leste (Trecho V) META 1L - Meta Piloto (16 km):Compreende a captao no reservatrio de Itaparica at o reservatrio Areias, ambos em Floresta (PE). uma meta piloto para testes do sistema de operao. A Meta 1L apresenta 87,5% de concluso.Antigos Lotes: 9 e13.

META 2L (167 km): Inicia na sada do reservatrio Areias, em Floresta (PE), e segue at o reservatrio Barro Branco, em Custdia (PE). A Meta 2L apresenta 60,9% de execuo.Antigos Lotes: 9,10,11,12 e 13.

META 3L (34 km): Este trecho est situado entre o reservatrio Barro Branco, em Custdia (PE), e o reservatrio Poes, em Monteiro (PB). A Meta 3L apresenta 17,9% de execuo. Antigo Lote 12.

Eixo Norte (Trecho I e II)

META 1N (140 km):Vai da captao do rio So Francisco, no municpio de Cabrob (PE), at o reservatrio de Jati, em Jati (CE). A Meta 1N apresenta 63,7% de execuo.Antigos Lotes: 1,2,3,4 e 8.META 2N (39 km): Comea no reservatrio Jati, no municpio de Jati (CE), e termina no reservatrio Boi II, no municpio de Brejo Santo (CE). A Meta 2N apresenta 25,2% de execuo.Antigo Lote: 5.META 3N (81 km):Estende-se do reservatrio Boi II, no municpio de Brejo Santo (CE), at o reservatrio Engenheiro vidos, no municpio de Cajazeiras (PB). A Meta 3N apresenta 54% de execuo.Antigos Lotes: 6,7 e 14.

Andamento das Obras:

As obras do Projeto de Integrao do So Francisco esto em andamento e apontam mais de 56,6% de avano. Esto em construo tneis, canais, aquedutos e barragens na maior obra de infraestrutura hdrica do pais. O empreendimento est previsto para ser concludo no final de 2015.O Projeto contempla ainda 38 aes socioambientais, como o resgate de bens arqueolgicos e o monitoramento da fauna e flora. O investimento nestas atividades de quase R$ 1 bilho.Atualmente, a obra emprega mais de 10.000 mil trabalhadores. Dos 16 lotes de obras, que compe as Metas, dois j esto concludos: o Canal de Aproximao do Eixo Norte e Leste.Atualmente, esto em atividades 14 lotes: Lote 1, em Cabrob (PE); 2,3 e 8, em Salgueiro (PE); Lote 4, em Verdejante (PE); Lote 5, em Brejo Santo (CE); Lote 6, em Mauriti (CE); Lote 7, em So Jos de Piranhas (PB); Lotes 9 e 13, em Floresta (PE); Lotes 10 e 11, em Custdia (PE); 12, em Sertnia (PE); e 14, em So Jos de Piranhas (PB).As obras do Eixo Norte funcionam 24 horas por dia: em Salgueiro (PE), em Cabrob (PE), em Jati (CE), em Mauriti (CE), em Brejo Santo (CE) e em So Jos de Piranhas (PB). Mais de 3 mil mquinas esto em funcionamento ao longo do empreendimento.

1. Contexto histrico e geogrfico

A ideia de transposio das guas existe desde o tempo de Dom Pedro II, j sendo vista, por alguns intelectuais de ento, como a nica soluo para a seca do Nordeste. Naquela poca, no foi iniciado o projeto por falta de recursos da engenharia. Ao longo do sculo XX, a transposio do So Francisco continuou a ser vista como uma soluo para o aumentar as disponibilidades em gua no Nordeste Setentrional. A discusso foi retomada em 1943 pelo Presidente Getlio Vargas.O primeiro projeto consistente surgiu no governo Joo Batista de Oliveira Figueiredo, quando Mrio Andreazza era Ministro do Interior, aps uma das mais longas estiagens da Histria (1979-1983) e foi elaborado pelo extinto Departamento Nacional de Obras e Saneamento (DNOS).Em agosto de 1994, o presidente Itamar Franco enviou um Decreto ao Senado, declarando ser de interesse da Unio estudos sobre o potencial hdrico bacias das regies semiridas dos estados do Pernambuco, Cear, Rio Grande do Norte e Paraba. Convidou o ento Deputado Federal pelo Rio Grande do Norte, Aluzio Alves, para ser Ministro da Integrao Regional e levar adiante a execuo do projeto. Fernando Henrique Cardoso, ao assumir o governo, assinou o documento "Compromisso pela Vida do So Francisco", propondo a revitalizao do rio e a construo dos canais de transposio: o Eixo Norte, o Eixo Leste, Serto e Remanso. Previa ainda a transposio do Rio Tocantins para o Rio So Francisco, grande projeto da poca do Ministro Andreazza.Tais projetos no foram adiante no Governo FHC, mas durante seu governo foram criados o Comit da Bacia Hidrogrfica do Rio So Francisco (CBHSF) e o Projeto de Conservao e Revitalizao da Bacia Hidrogrfica do So Francisco-PCRBHSF, ambos atravs do Decreto de 5 de junho de 2001. Estes rgos foram criados no marco do novo modelo de gesto dos recursos hdricos, expresso pela Lei das guas.[] Os Comits das Bacias, compostos por representantes dos estados e municpios cujos territrios contenham parte da bacia, dos usurios das guas e entidades civis de recursos hdricos que atuem na bacia, representam uma forma descentralizada e participativa da gesto dos recursos hdricos.Durante o primeiro mandato do Presidente Lula, o governo federal contratou as empresas Ecology and Environment do Brasil, Agrar Consultoria e Estudos Tcnicos e JP Meio Ambiente para reformularem e continuarem os estudos ambientais para fins de licenciamento do projeto pelo IBAMA.Os estudos foram conduzidos em duas frentes: Estudos de Insero Regional, que avaliou a demanda e a disponibilidade de gua no Nordeste Setentrional, considerando uma rea mais ampla que a beneficiada pelo empreendimento; e Estudos de Viabilidade Tcnico-Econmica, considerando o melhor traado dos canais, o planejamento e custo das obras, e a sua viabilidade econmica.Estas empresas foram responsveis pelos Estudos de Impacto Ambiental e pelo Relatrio de Impacto Ambiental, apresentados em julho de 2004, que contm a verso atual do projeto, agora intitulado Projeto de Integrao do Rio So Francisco com as Bacias Hidrogrficas do Nordeste Setentrional .Tambm em julho de 2004, o Plano Decenal de Recursos Hdricos da Bacia do So Francisco foi aprovado pelo CBHSF, durante reunio em Juazeiro, na Bahia, exceo do ponto que definiria o uso externo das guas da bacia, que foi postergado para uma reunio extraordinria, aps pedido de vistas pelo Secretrio de Recursos Hdricos do Ministrio do Meio Ambiente MMA, a fim de assegurar uma melhor avaliao pelo assunto.Durante esta reunio extraordinria, em outubro de 2007, as atribuies do Comit de Bacia para definir os usos das guas do rio So Francisco foi questionada pelo Secretrio do MMA, que props que tal matria fosse definida pelo Conselho Nacional de Recursos Hdricos, presidido pela ento Ministra do Meio Ambiente Marina Silva, no qual a maioria dos membros representante do governo.Ao votar a matria, o Comit considerou legtimas as suas atribuies e, por 42 votos contra 4, estabeleceu que as guas do So Francisco s poderiam ser utilizadas fora da Bacia em casos de escassez comprovada e para consumo humano e dessedentao animal. Atravs da resoluo 47/2005 (17/1), o Conselho Nacional de Recursos Hdricos (CNRH), aprovou o Projeto de Integrao do Rio So Francisco com as Bacias Hidrogrficas do Nordeste Setentrional. No entender da ANA Agncia Nacional de guas: "O comit de bacia rgo responsvel pela aprovao do plano da bacia onde so definidas as prioridades de obras e aes no mbito da bacia hidrogrfica e tem o papel de negociador, com instrumentos tcnicos para analisar o problema dentro de um contexto mais amplo. Todavia, a outorga de direito de uso da gua na bacia de responsabilidade dos rgos gestores estaduais e da ANA. A deliberao sobre aes que transcendem o mbito da bacia de responsabilidade do Conselho Nacional de Recursos Hdricos, rgo superior do sistema nacional de gerenciamento de recursos hdricos".Estabeleceu-se assim um conflito de competncias e interpretaes da lei que vem sendo alvo de disputas judiciais ainda em curso, o que atrasou o incio das obras.Em julho de 2007, o Exrcito Brasileiro iniciou as obras do Eixo Leste. O Consrcio guas do So Francisco, composto pelas empresas Carioca, S.A. Paulista e Serveng sero responsveis pelas obras do Lote 1 do Eixo Norte e a Camargo Correia executar as obras do Lote 9 do Eixo Norte. Os trechos sob a responsabilidade do Exrcito eram os nicos prontos em dezembro de 2013, um ano depois da data de compleo estimada no incio do projeto, em 2007. Quatro cidades - Salgueiro e Cabrob, em Pernambuco, Jati, no Cear, e So Jos de Piranhas, na Paraba - trabalhavam 24 horas em seus canais, mas no geral o ritmo era lento, e alguns municpios ainda contratavam operrios para as obras.[ Alguns dos canais concludos apresentam rachaduras e outros problemas de conservao, e devero ser refeitos. O projeto de transposio do Rio So Francisco um tema bastante polmico, pois engloba a suposta tentativa de solucionar um problema que h muito afeta as populaes do semi-rido brasileiro, a seca; e, ao mesmo tempo, trata-se de um projeto delicado do ponto de vista ambiental, pois ir afetar um dos rios mais importantes do Brasil, tanto pela sua extenso e importncia na manuteno da biodiversidade, quanto pela sua utilizao em transportes e abastecimento.

Figura 7 - Mapa dos pontos de transposio do Rio So Francisco no Nordeste.

Fonte: http://www.ecodebate.com.br/2012/08/06/tcu-aponta-irregularidades-e-indicios-de-superfaturamento-em-obras-da-transposicao-do-rio-sao-francisco/

O Rio So Francisco nasce na Serra da Canastra em Minas Gerais e, depois de passar por cinco Estados brasileiros e cerca de 2,7 mil km de extenso, desgua no Oceano Atlntico na divisa entre Sergipe e Alagoas.Considerado o rio da unidade nacional, o Velho Chico, como tambm chamado, passa por regies de condies climticas as mais diversas. Em Minas Gerais, que responde por apenas 37% da sua rea total, o So Francisco recebe praticamente todo o seu deflvio (cerca de 75%) sendo que nas demais regies por onde passa o clima seco e semi-rido.O projeto de transposio do So Francisco surgiu com o argumento sanar essa deficincia hdrica na regio do Semi-rido atravs da transferncia de gua do rio para abastecimento de audes e rios menores na regio nordeste, diminuindo a seca no perodo de estiagem.O projeto antigo, foi concebido em 1985 pelo extinto DNOS Departamento Nacional de Obras e Saneamento, sendo, em 1999, transferido para o Ministrio da Integrao Nacional e acompanhado por vrios ministrios desde ento, assim como, pelo Comit da Bacia Hidrogrfica do Rio So Francisco.O projeto prev a retirada de 26,4m/s de gua (1,4% da vazo da barragem de Sobradinho) que ser destinada ao consumo da populao urbana de 390 municpios do Cear, Pernambuco, Paraba e Rio Grande do Norte atravs das bacias de Terra Nova, Brgida Paje, Moxot, Bacias do Agreste em Pernambuco, Jaguaribe, Metropolitanas no Cear, Apodi, Piranhas-Au no rio Grande do Norte, Paraba e Piranhas na Paraba.O Eixo Norte do projeto, que levar gua para os sertes de Pernambuco, Paraba, Cear e rio Grande do Norte, ter 400 km de extenso alimentando 4 rios, trs sub-bacias do So Francisco (Brgida, Terra Nova e Paje) e mais dois audes: Entre Montes e Chapu.O Eixo Leste abastecer parte do serto e as regies do agreste de Pernambuco e da Paraba com 220 km aproximadamente at o Rio Paraba, depois de passar nas bacias do Paje, Moxot e da regio agreste de Pernambuco.Ambos os eixos sero construdos para uma capacidade mxima de vazo de 99m/s e 28m/s respectivamente sendo que, trabalharo com uma vazo contnua de 16,4m/s no eixo norte e 10m/s no eixo leste.Por outro lado, a corrente contra as obras de transposio do Rio So Francisco afirma que a obra nada mais que uma transamaznica hdrica, e que alm de demasiado cara a transposio do rio no ser capaz de suprir a necessidade da populao da regio uma vez que o problema no seria o dficit hdrico que no existe, o problema seria a m administrao dos recursos existentes uma vez que a maior parte da gua destinada a irrigao e que diversas obras, que poderiam suprir a necessidade de distribuio da gua pela regio, esto h anos inconclusas.Para se ter uma idia, o nordeste a regio mais audada do mundo com 70 mil audes nos quais so armazenados 37 bilhes de m de gua. Portanto, o problema da seca poderia ser resolvido apenas com a concluso das mais de 23 obras de distribuio que esto paradas nos municpios contemplados pela obra de transposio a um custo muito mais barato e vivel do que a transposio do maior rio inteiramente nacional.

1.5 Impacto ambiental

O rio So Francisco responsvel por boa parte da gerao de energia do pas e bastante navegvel, o que propicia eficincia no transporte de cargas. O So Francisco possui uma grande importncia econmica na regio por onde passa, pois usado para irrigao de plantaes e pesca. A sua importncia social o fornecimento de gua e de alimento (peixes) para a populao.Segundo oRelatrio de Impacto Ambiental(RIMA), divulgado pelo Ministrio da Integrao Nacional, o projeto visa ao fornecimento de gua para vrios fins, sendo que a maioria seria dedicada irrigao: 70% para irrigao, 26% para uso industrial e 4% para populao difusa. Prev-se que o sistema de transposio esteja em plena operao entre 15 e 20 anos do incio das obras.A rea de abrangncia dos impactos divulgados pelo RIMA compreende uma faixa ao longo dos canais de transposio com 5 km de largura para cada lado. Uma das crticas que se faz ao projeto a ausncia de estudos sobre os impactos na bacia doadora e seus afluentes e nas bacias receptoras.

Figura 8 - Charge da preocupao da famlia com a chegada da gua

Fonte: http://antesquixote.blogspot.com.br/2010/04/os-impactos-da-transposicao-nas.html

O RIMA relatou 44 impactos ambientais previstos devido obra. Destes 23 foram considerados os principais. So eles:

3.4.1 Impactos Positivos:

1. Aumento da gua disponvel e diminuio da perda devido aos reservatrios.2. Gerao de 5 mil empregos durante a construo da obra (quatro anos), sobretudo nas cidades onde sero implantados os canteiros de obras. Entretanto, ao trmino das obras, no haver um impacto significativo em termos de gerao de empregos.3. Aumento da renda e do comrcio das regies atingidas. Durante a obra, haver grande incremento no comrcio e renda nas cidades que abrigaro os canteiros de obra. A longo prazo, a elevao do emprego e renda viro da agricultura irrigada e da indstria, que sero consequncias da transposio.4. Abastecimento de at 12,4 milhes de pessoas das cidades, atravs de sistemas de abastecimento urbano j implantados, em implantao ou em planejamento pelas autoridades locais.5. Abastecimento rural com gua de boa qualidade. O projeto prev a construo de chafarizes pblicos em 400 localidades urbanas do serto inseridas na regio do projeto que no possuem sistema de abastecimento adequado.6. Reduo de problemas trazidos pela seca, como a escassez de alimentos, baixa produtividade no campo e desemprego rural. Estima-se que 340 mil pessoas seriam beneficiadas, sobretudo na Bacia do Piranhas-Au (39%) e na bacia do Jaguaribe (29%).7. Irrigao de reas abandonadas e criao de novas fronteiras agrcolas. Pode-se viabilizar, de acordo com os estudos realizados, aproximadamente161500hectares em 2025, sendo24400hectares para irrigao difusa ao longo dos canais e137100hectares para irrigao planejada.8. A qualidade da gua dos rios e audes das regies receptoras ser beneficiada com as guas do So Francisco.9. A oferta de gua ir ajudar a fixar cerca de 400 mil pessoas no campo.10. Reduo de doenas e bitos gerados pelo consumo de gua contaminada ou pela falta de gua. Estima-se que baixar em cerca de 14 mil o nmero de internaes provocadas por doenas de associao hdrica no ano de 2025 de uma previso de 53 mil na ausncia do projeto.11. Reduo da presso na infraestrutura de sade devido diminuio dos

3.4.2 Impactos negativos:

1. Perda do emprego da populao nas regies desapropriadas e dos trabalhadores ao trmino das obras.2. Modificao nos ecossistemas dos rios da regio receptora, alterando a populao de plantas e animais aquticos. A criao de ambientes aquticos distintos dos existentes e a alterao dos volumes de gua nos rios receptores promovero uma seleo das espcies.3. Risco de reduo da biodiversidade das comunidades biolgicas aquticas nativas nas bacias receptoras. A seleo entre as espcies exticas e nativas das regies receptoras pode impactar na reduo de espcies nativas.4. Introduo de tenses e riscos sociais durante a fase de obra. No incio das obras, prev-se a perda de emprego e renda nas reas rurais devido s desapropriaes, a remoo da populao das regies onde passaro os canais e a imigrao para as cidades em busca de emprego nas obras. Ao trmino da obra, a dispensa de trabalhadores pode ser foco de conflitos.5. A desapropriao das terras e o xodo das regies atingidas alterar o modo de vida e os laos comunitrios de parentesco e compadrio, que so muito importantes para enfrentar as condies precrias de vida de muitas comunidades.6. Circulao de trabalhadores por terras indgenas de duas etnias:TrukePipip, gerando interferncias indesejveis.7. Presso na infraestrutura urbana das cidades que iro receber os trabalhadores, aumentando a demanda por moradia e servios de sade.8. A regio do projeto possui muitosstios arqueolgicos, colocando-os em risco de perda devido s escavaes, nas reas a serem inundadas pelos reservatrios e no curso dos rios cujo volume ser aumentado.9. Desmatamento de 430 hectares de terra com flora nativa e possvel desaparecimento dohabitatde animais terrestres habitantes destas regies. As espcies da flora mais relevantes so caatinga arbrea e a caatinga arbustiva densa.10. Introduo de espcies de peixe prejudiciais ao homem na regio, comopiranhasepirambebas, que se alimentam de outros peixes e se reproduzem em gua parada.11. A diminuio dos volumes dos audes provocar a reduo da biodiversidade de peixes.12. Alguns rios no tm capacidade para receber o volume de gua projetado, inundando os riachos paralelos.

Dos outros 21 impactos que constam no relatrio, somente o primeiro listado abaixo considerado positivo. Os demais so classificados como negativos, segundo a pgina 75 do RIMA. So eles:

1. Aumento da recarga fluvial dos aquferos.2. Modificao no regime fluvial do rio So Francisco.3. Reduo da gerao de energia eltrica no rio So Francisco.4. Perda das receitas municipais que so pagas como compensao aos municpios onde se concentram as usinas hidreltricas.5. Peixes e outros organismos aquticos so importantes na reconstruo da histria biogeogrfica das bacias hidrogrficas. A alterao dos ecossistemas pode impactar no conhecimento da histria da regio.6. Aumento das atividades de caa e diminuio da populao de espcies cinergticas devido ao desmatamento na fase de construo. Os animais ameaados por estas atividades so osanfbios,rpteis,mamferoseaves. Alguns destes animais encontram-se vulnerveis ou ameaados de extino regional, como otatu-bola, aona-pintada, omacaco-prego, otatu, oporco-do-matoe otatu-de-rabo-mole.7. Diminuio da diversidade de fauna terrestre.8. Perda de terras apropriadas para agricultura.9. Instabilizao das encostas no entorno dos corpos d'gua.10. Gerao ou incremento da eroso e carreamento de sedimentos durante a construo.11. Incio ou acelerao dos processos dedesertificaodurante a operao do sistema.12. Alterao do comportamentohidrossedimentolgicodos corpos d'gua.13. Risco deeutrofizaodos novos reservatrios.14. Risco de acidentes com a populao durante a obra devido ao trnsito de mquinas e equipamentos.15. Aumento de emisso de poeira durante a construo e operao do sistema.16. Conflitos nas reas de minerao pelas quais passaro as guas.17. Especulao imobiliria ao longo das vrzeas por onde passaro os canais.18. Risco de acidentes com animais peonhentos, sobretudo cobras.19. Aumento e/ou aparecimento de doenas: O aumento do nvel dos reservatrios e das guas nos rios pode provocar doenas relacionadas gua, comodenguee esquistossomose. O contato com os operrios das obras pode aumentar os casos dedoenas sexualmente transmissveis.20. Risco da proliferao de vetores: Os canais, reservatrios e audes so ambientes propcios ao hospedeiro da esquistossomose e vetores da dengue,malriaefebre amarela.21. A propagao das doenas acima pode pressionar os servios de sade na regio atingida.

necessrio afirmar que no calculvel em valores exatos os danos totais que este projeto poderia causar, portanto certo de que a lista acima umSumrio, de forma que a lista desses impactos tanto os positivos como os negativos estendem-se muito mais, alm dos pontos citados.

Figura 9 Impactos negativos

Fonte: http://www.agr.feis.unesp.br/fsp24092004.php

3.4.3 Programas ambientais

O RIMA prope ainda 24 programas ambientais a serem implementados, com a funo de preveno, atenuao e correo de impactos, bem como para monitorar e acompanhar as mudanas ambientais na regio. Alguns destes programas propostos visam garantir que os benefcios do Projeto sejam alcanados e a promoo das melhorias na qualidade de vida e ambiental da regio semirida por onde passaro os canais. A responsabilidade de execuo dos programas do empreendedor.

Os programas so os seguintes:

Programas de apoio s obras:

Plano Ambiental de Construo (PAC): Este programa define todas as medidas de preservao a serem adotadas durante a implantao do sistema de conduo das guas e medidas especficas para o restante do empreendimento. Programa de Treinamento e Capacitao de Tcnicos da Obra em Questes Ambientais, cujo objetivo sensibilizar os tcnicos e trabalhadores a respeito dos procedimentos de sade, segurana e meio ambiente adequados s obras. Programa de Identificao e Salvamento de Bens Arqueolgicos, com o objetivo de estudar o Patrimnio Cultural na rea envolvida, identificar os stios arqueolgicos e executar o salvamento arqueolgico do material coletado.

Programas de preservao de audes e rios do Semirido:

Programa de Indenizaes de Terras e Benfeitorias, com o objetivo de criar um plano de indenizao dos proprietrios das terras que sero ocupadas pelos canais. Programa de Reassentamento de Populaes, cuja meta propiciar s populaes a serem removidas condies sociais e econmicas no mnimo similares ou superiores s condies de vida atuais. Programa de Recuperao de reas Degradadas: Seu objetivo a restaurao ambiental nos locais afetados pela obra, executar a conteno de encostas da rede de drenagem e controlar os processos erosivos nas reas que sofrerem a interveno, controlar possveis focos de vetores e recuperar a paisagem aps as obras. Programa de Limpeza e Desmatamento dos Reservatrios, para manter a qualidade da gua nos reservatrios.

Programas compensatrios:

Programa de Apoio Tcnico s Prefeituras: A meta dar apoio tcnico e/ou financeiro s prefeituras de locais onde os efeitos do empreendimento sejam sentidos com mais intensidade. Para isto, prev-se a melhoria do sistema virio, obras de saneamento, construo de escolas rurais e urbanas, melhoria da infraestrutura de sade e esporte e lazer. Programa de Desenvolvimento das Comunidades Indgenas, cujo objetivo o suporte tcnico e financeiro s comunidades atingidas, atravs de apoio a alternativas de produo, reforo a atividades artesanais, melhoria nos servios de sade e saneamento e apoio aos projetos da comunidade. Programa de Compensao Ambiental, que visa atender Resoluo CONAMA n. 002/96 e Lei 9.985/2000, que estabelece que o empreendimento cuja implantao causa alteraes no meio ambiente deve destinar, como medida compensatria, um montante equivalente a, no mnimo, 0,5% do seu valor global para o custeio de atividades ou aquisio de bens para Unidades de Conservao. Para isto prev a preservao da vegetao de caatinga e a criao de Unidades de Conservao, bem como o apoio s j existentes. Programa de Conservao e Uso do Entorno e das guas dos Reservatrios: Este programa deve ser entendido como um instrumento de planejamento e gesto dos usos dos recursos naturais, relativo aos usos das guas e das reas de entorno dos reservatrios. Programa de Implantao de Infraestrutura de Abastecimento de gua s Populaes ao longo dos Canais: Este programa visa definir aes que viabilizem o acesso gua aos habitantes das reas rurais que margeiam os canais e reservatrios. Programa de Fornecimento de gua e Apoio Tcnico para Pequenas Atividades de Irrigao ao longo dos Canais para as Comunidades Agrcolas Programa de Apoio ao Desenvolvimento de Atividades de Piscicultura: visa promover o cultivo de peixes em tanques-rede para consumo local e em escala comercial. Programa de Apoio e Fortalecimento dos Projetos de Assentamentos Existentes ao longo dos Canais: Foram mapeados oito assentamentos rurais na regio do projeto, distribudas nos municpios deFloresta(PE),Cajazeiras(PB) eIpaumirim(CE). Prev-se a realizao de obras para disponibilizar a irrigao de 4 ha de terra por famlia de assentado nas regies em que o solo local seja considerado de qualidade e quantidade para as atividades agropecurias. Programa de Regularizao Fundiria nas reas do Entorno dos Canais: Segundo estudo do INCRA, na regio abrangida pelo projeto, cerca de 26% da rea registrada so posses, ou seja, so reas sem registro cartorial regular. Entretanto, a titularidade dos imveis ainda mais precria, pois apenas metade da rea rural se encontra registrada no INCRA. Este programa visa promover a regularizao fundiria das reas potencialmente irrigveis no entorno dos canais.

Programas de controle e monitoramento:

Programa de Monitoramento de Vetores e Hospedeiros de Doenas: Este programa prev aes para identificao e preveno de vetores e hospedeiros. Programa de Controle daSade Pblica, que prev a instalao de quatro subprogramas: Preveno da Violncia e Acidentes de Trnsito; Preveno de Doenas Sexualmente Transmissveis; Preveno de Acidentes com Animais Peonhentos;Preveno de Doenas de Veiculao Hdrica.Programa de Monitoramento da Qualidade da gua eLimnologia, que prev monitoramento constante da qualidade da gua em presena de algas txicas nos mananciais aquticos localizados na rea do projeto e, tambm, das alteraes na qualidade da gua prximas s cidades e s regies irrigadas. Programa de Conservao da Fauna e da Flora, cuja meta fornecer diretrizes para a conservao da flora e da fauna local e subsdios para sua gesto sustentvel. Programa de Preveno Desertificao, que prev aes como identificao de reas mais frgeis para a flora e a fauna, reduo do processo erosivo, recomposio e proteo dos solos nas reas degradadas, minimizao dos riscos de salinizao das guas e reduo da fragmentao da caatinga.

Programas complementares para gesto do projeto:

Plano de Gesto, Superviso e Auditoria Ambiental Programa de Comunicao Social Programa de Educao Ambiental

Existe uma constante busca de equilbrio entre descarga lquida, eroso, transporte e deposio de sedimentos.Conforme Vieira (ibidem) as atividades humanas desenvolvidas no trecho de um rio podem alterar, de diferentes formas e intensidade, a dinmica desse equilbrio, com a construo de reservatrios e canalizaes, substituio de mata ciliar por terras cultivadas, urbanizao e explorao de alvios, modificando o comportamento da descarga e da carga slida do rio.As polticas pblicas de desenvolvimento regional adotadas e a opo por um modelo de desenvolvimento que prioriza o uso das guas do rio para irrigao e gerao de energia, em detrimento dos demais usos, atravs da implantao de grandes projetos hidreltricos, tm provocado profundas alteraes na bacia do rio So Francisco, rompendo o equilbrio dinmico natural do sistema fluvial.Logo mister pelos estudos de Oliveira (2007) e muitos outros que possveis projetos como o da transposio das guas do Rio So Francisco podem provocar muitos impactos ambientais que gerariam prejuzos sociais, econmicos, ambientais a nvel estadual e nacional. Ou seja, entre os muitos impactos ambientais que este projeto pode causar est a escassez de peixes, onde processos como este pode provocar alterao na reproduo dos peixes, causando sua escassez.Escassez pode surgir ainda no fornecimento de gua, se o projeto de alguma forma falhar, logo alguns estados e cidades passaro a sentir a falta da gua.Entre os impactos sociais, econmicos e at culturais, esto todos os reflexos que a falta de gua e de fonte de alimentao e fonte econmica que so os peixes podem causar, ou seja, faltando gua e peixe, faltaro qualidade de vida para os que desta gua e peixe, precisam, abalando naturalmente a economia e a vida social e cultural dos locais afetados.Conforme Oliveira (2007) outro impacto negativo possvelda transposio das guas do rio So Francisco o assoreamento causando problemas para a navegao, devido ao baixo nvel das guas.Tem-se ainda tericos que argumentam os contra a transposio das guas do rio So Francisco que a hidreletricidade apresenta uma situao particularmente difcil, o fato de sua capacidade de gerao ser determinada pelo volume de chuvas.Assim chuvas abaixo do esperado podem ter como conseqncia um dficit energtico, mesmo sem transposio, como j ocorreu entre os anos de 2000 e 2001. (VIEIRA, 2007)Naquele perodo devido h dois anos consecutivos onde s chuvas ficaram abaixo do esperado o Brasil enfrentou um dficit energtico de 20%. (OLIVEIRA, 2007)

1.6 Efeito Social

Em 2010 a Organizao das Naes Unidas (ONU) declarou o acesso gua potvel e ao saneamento bsico como um direito humano essencial. A deciso espelha a preocupao com a situao de quase 900 milhes de pessoas em todo o mundo sem acesso a fontes de gua limpa. Hoje somos mais de 6 bilhes de habitantes no planeta e cada um de ns precisa de no mnimo, 50 litros de gua por dia para se manter. Por outro lado, enquanto um europeu gasta em mdia 140 a 200 litros de gua por dia, em algumas regies da frica o consumo por pessoa no ultrapassa os 15 litros de gua por dia. No Brasil, este consumo tambm desigual. Alguns consomem como os europeus e outros como os africanos. Em 2013 o nordeste brasileiro enfrentou a maior seca dos ltimos 50 anos, atingindo mais de 1,4 mil municpios. J imaginou chegar em casa depois de um dia estressante de trabalho e no ter agu para tomar banho ou fazer o jantar? Quem mora no serto, vive essa rotina angustiante todos os dias pela falta de gua e at de alimentos. A seca um fenmeno meteorolgico, bastante estudado e difcil de ser previsto com antecedncia, no depende da nossa vontade porque ela resultado de condies geogrficas e climticas. Neste sentido, no existe combate seca; no mximo teremos que trabalhar em cima de projetos que tornem vivel conviver com ela, sem danos intensos a populao.

Figura 10 - Seca no nordeste brasileiro http://meliponariocamposverdes.blogspot.com.br/2013/05/entre-flores-e-espinhos-o-calvario-da.html

A fome no semirido nordestino est claramente associada seca e, mais precisamente, ao acesso gua para beber, para irrigar e para viver dignamente. O acesso gua a chave para combater fome. O governo j anunciou uma srie de medidas (Planos de ao, projetos, programas sociais...) para reduzir as consequncias da seca que atinge o nordeste; dentre elas est uma das maiores obras de construo civil j executada em nosso pas: A transposio do Rio So Francisco. Ao longo dos ltimos 150 anos foram apresentados diversos projetos indicando a transposio das guas do rio So Francisco como a soluo mais eficaz para resolver o problema da oferta de gua no semirido nordestino.O Projeto de Integrao da Bacia tem um claro e importante objetivo: dar segurana hdrica a uma populao de 12 milhes de pessoas e permitir o desenvolvimento social e econmico da regio. A perspectiva que cada brasileiro tem da transposio realmente muito divergente. Os ambientalistas, por exemplo, s se preocupam com a futura perca da flora e da fauna, mas se esquecem da quantidade imensa de animais e plantas que j morreram devido seca. O restante do pas acha que a seca no nordeste no interfere em sua vida, mas no levam em considerao que o preo da carne e do leite aumenta consideravelmente nesses perodos de seca. Os polticos acham que a Transposio apenas mais uma obra do pas que se arrasta por anos, e que tem a nica finalidade de aumentar os valores de suas contas bancrias nos parasos fiscais. O Nordeste brasileiro uma das regies com os piores ndices de Desenvolvimento Humano (IDH) e j foram investidos bilhes de dlares e no obtivemos resultados satisfatrios. Vrios projetos do governo falharam. A pobreza do povo aumentou e os rios e florestas esto morrendo. Quem vai assumir as responsabilidades dessa tragdia? Ser a poltica corrupta do nosso pas? Ou vo culpar as obras em atrasadas que j gastaram bilhes e bilhes de dlares como a transposio do rio so Francisco?O problema social do nordeste perpassa tambm por questes polticas. Muito pouco se faz para realmente melhorar as condies de vida do povo sertanejo. Medidas emergenciais como a distribuio de cestas bsicas pelos polticos no soluciona o problema e acaba sendo mais perversa, ao passo que no supre as reais necessidades da populao e causa uma dependncia da caridade poltica dos governantes. Portanto, para a soluo de tal problema, preciso garantir que a gua realmente se torne acessvel para a populao e no apenas aos latifndios. Para isso ser imprescindvel que as polticas de governo acompanhem esse objetivo.Figura 11 Indice de desenvolvimento humano (IDH) nos estados brasileiros.

http://basegeografica.blogspot.com.br/2010_09_01_archive.html

Segundo os grandes especialistas que defendem o projeto, ha transposio provocar, em longo prazo, um significativo aumento dos nmeros referentes a emprego e renda na regio. Quase 13 milhes de pessoas que vivem em centros urbanos passaro a ser abastecidos de gua para o consumo dirio. Cerca de 400 pequenos centros urbanos, espalhados pelo interior do Nordeste, recebero chafarizes pblicos. reas abandonadas por falta de irrigao na zona rural voltaro a se tornar produtivas, criando novas fronteiras agrcolas. At 2025, cerca de 160 mil hectares se tornariam produtivos. As guas do So Francisco tambm melhorariam a qualidade das guas nas chamadas "regies receptoras", o que traria inmeros benefcios em termos de sade pblica, inclusive com uma drstica diminuio do nmero de bitos, porm, como tudo na vida, a transposio tambm trar malefcios; O gegrafo Aziz Ab'Saber argumentou que "o Nordeste Seco abrange um espao fisiogrfico sociambiental de 750.000 km, enquanto que a rea que receber somam apenas alguns milhares de quilmetros . Segundo o governo, 12 milhes de pessoas sero beneficiadas e a irrigao de polos agrcolas aquecer a economia e aumentar o nmero de empregos. Na opinio de Aziz Ab'Saber, Sero os fazendeiros pecuaristas que tero gua disponvel para o gado, nos cinco ou seis meses que os rios da regio no correm. Nesse sentido, os maiores beneficirios sero os proprietrios de terra, residentes longe, em apartamentos luxuosos em grandes centros urbanos. Enquanto o governo refora que as margens do rio So Francisco sero revitalizadas e que o tratamento de gua diminuir a poluio, os ambientalistas dizem que o projeto causar danos fauna e flora da regio, e que sero desmatados 430 hectares de vegetao nativa.Em uma entrevista dada ao globo rural, Dom Luiz Flvio Cappio diz que rio So Francisco est anmico e reforou as crticas transposio. Segundo ele a finalidade do projeto era a segurana hdrica para os grandes projetos agroindustriais de empresas nacionais e transnacionais. Era um projeto essencialmente econmico e que a finalidade do projeto no era o atendimento das necessidades do povo, mas atender as de um projeto econmico. Ele defendeu a ideia da necessidade de levar gua para o povo que padece no nordeste, mas enfatizou que existiram alternativas sugeridas por um rgo do prprio governo, que a ANA [Agncia Nacional de guas]. O Atlas do Nordeste, lanado pela agncia, um conjunto de projetos hdricos para abastecimento das comunidades de toda a regio, incluindo principalmente uma rede de adutoras e a recuperao de audes. Seria um programa eficiente de distribuio hdrica em regies carentes. O que se observa, que os elementos da natureza se transformaram em recursos, ou melhor, dizendo, em mercadoria. Assim a gua do rio So Francisco, virou uma mercadoria, s nos resta saber quem poder pag-la e usufru-la. Alm disto, algumas questes no podem ser esquecidas como: quem sero os verdadeiros beneficiados por essa transposio do rio So Francisco?A quem interessa essa transposio? Ser que a transposio resolver o problema da seca e do desenvolvimento das populaes pobres do nordeste? preciso desconfiar quais de fato so os interesses que esto por trs de todo esse projeto. Se as respostas a essas questes no forem positivas, a transposio do rio So Francisco no passar de uma obra faranica, planejada com recursos pblicos onde os benefcios sero destinados a um pequeno grupo detentores de poder econmico e poltico desta regio, enquanto que a populao ribeirinha continuar olhando para o cu a espera de melhores condies de vida.Em uma analise elaborada pelo Instituto Humanitas Unisinos IHU, com o apoio do Centro de Pesquisa e Apoio aos Trabalhadores CEPAT, afirmou que a obra de transposio do rio so Francisco foi um grande erro. (Empreiteiras vidas por mais recursos, obras paradas, cronograma adiado, problemas com licitaes, aumento bilionrio nos custos, canais rachados, tneis desabando, deslizamento de solo, empregos frustrados e caatingas devastadas). A transposio do Rio So Francisco se transformou em um grande atoleiro e eu no vejo nenhuma perspectiva de ela ser concluda, pois as obras esto praticamente paradas em vrios trechos, declara Joo Abner, professor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) em entrevista ao IHU. Segundo ele, nenhum agricultor que, hoje, recebe gua do carro-pipa receber gua da transposio desse rio, porque a gua vai escoar em grandes rios, vai para as maiores barragens da regio e ser utilizada pelo agronegcio. Nos ltimos dias, a transposio do So Francisco voltou ao noticirio pelo vis do escndalo em que se transformou. A transposio j o mais caro dos projetos do Programa de Acelerao do Crescimento (PAC). S no governo Dilma Rousseff, os preos aumentaram 71% e saltaram para R$ 8,2 bilhes. A obra se transformou num ralo do dinheiro pblico. Na opinio de Joo Abner, com um tero do custo da transposio do rio So Francisco seria possvel construir um grande sistema de abastecimento de gua para atender a todo o Nordeste e abastecer todas as casas da regio. A obra se transformou num mico nas mos de Dilma, uma das heranas malditas deixadas por Lula. Na opinio de Joo Suassuna, engenheiro-agrnomo e pesquisador da Fundao Joaquim Nabuco, de Recife, a transposio caracteriza-se como um projeto tecnicamente ruim, socialmente preocupante e politicamente desastroso.Entre as vrias vozes que se levantou contra a transposio, uma, sobretudo lembrada, a de dom Luiz Cappio, bispo de Barras (BA). Cappio, em seus dois jejuns, em 2005 e 2007, chamou a ateno para os equvocos da obra e profetizou que a mesma era um grande erro e que no seria concluda. Em uma das entrevistas que concedeu ao IHU, em 2008, dom Luiz Cappio afirmou que a transposio no ir acontecer porque mentirosa, antitica, anti-socal, injusta e economicamente inaceitvel. Cappio dizia na oportunidade: "O projeto socialmente injusto porque vai beneficiar um pequeno grupo, enquanto que projetos alternativos podem beneficiar quase toda a populao do Nordeste do semirido. Ela ecologicamente insustentvel porque, enquanto o projeto de transposio agride a realidade do Rio So Francisco, os projetos alternativos so altamente sustentveis. E a transposio eticamente inaceitvel porque mentirosa, enquanto os projetos alternativos esto a para poder atender as necessidades do povo". Em outra entrevista ao IHU em 2010, Cappio reafirmou: O tempo mostra a verdade de todas as coisas e vai mostrar o significado da nossa luta.O Professor Joo Abner afirmou na entrevista dada ao IHU que a historia de associar a transposio com a seca a maior fraude que existe. O projeto para (...) uso econmico. Na verdade, a gua da transposio ser utilizada para consumo industrial (na regio litoral e metropolitana) e para consumo agrcola Alm de alimentar a indstria da seca, a transposio quando pronta, ou parcialmente pronta, beneficiar o agronegcio ou o hidronegcio.

Figura 12 - Charge critica a transposio do rio So Francisco

Fonte: http://www.luizberto.com/2013/04/page/16

Durante o desenvolvimento da pesquisa, me deparei em uma situao de contradies de ideia, pois inicialmente o projeto apresentou argumentos positivos que beneficiariam a populao, alm do desenvolvimento local que sou totalmente a favor, mas com o aprofundamento no tema impossvel no analisar criticamente as verdadeiras intenes da poltica do nosso pas. to normal sermos enganados e manipulados por uma mdia barata que tem por inteno lanar problemas sociais que nos prendem a um cenrio irreal, portanto fui estudar os relatos sobre a Indstria da seca e o mapeamento dos canais que a transposio vai alcanar e realmente difcil de acreditar que um projeto que tinha argumentos com finalidade social, se transformou completamente em um projeto que tem por nica finalidade o desenvolvimento econmico dos estados nordestinos e que infelizmente no vo trazer os resultados esperados para a populao Iludida do serto. Encontrei o depoimento de um cidado nordestino e achei importante apresentar no trabalho:

No s no Nordeste que as obras no chegam ao final. Alis, este um argumento muito vago igualmente as afirmaes de Joo Abner acham que h preconceito por parte de algumas pessoas ao afirmarem isso, pois o Cear construiu e terminou durante um sculo, um conjunto enorme de audes de grande e mdio porte em todo seu territrio, contudo este conjunto no tem uma fonte, um rio perene. Joo Abner na verdade no tem apresentado argumentos tcnicos realmente vlidos e convincentes para definir essa obra como cara e pouco eficiente. Transpor guas de um rio no algo novo e nem to pouco uma obra desnecessria, por exemplo, se no fosse transposio de guas do rio Colorado nos Estados Unidos a cidade de Fnix no teria gua suficiente para abastecer sua populao, seria invivel viver nela, pois se encontra em uma regio semirida. E o caso brasileiro no Nordeste ainda mais grave e de maior amplitude, tendo em vista que s a regio metropolitana de Fortaleza j tem cerca de 4 milhes de habitantes, e o Cear no tem guas subterrneas,nem rios perenes durante todo ano, o sistema de audes em um perodo de seca prolongada pode apresentar graves problemas, uma vez que alm da taxa de evaporao alta do espelho de gua, no existe segurana hdrica nenhuma. Como abastecer 4 milhes de pessoas se houver seca prolongada? logicamente no d para utilizar carros pipas devido a dimenso populacional. Ser que uma obra que visa a necessidade bsica de gua para milhes de pessoas pode ser considerada cara? O trem bala entre o Rio/So Paulo vai custar cerca de 50 bilhes, d para fazer 10 transposies do Rio So Francisco, ou seja o que existe na verdade falta de sensibilidade e uma eterna perseguio de parte da impressa Rio/So Paulo contra os nordestinos. Visto que tecnicamente a obra vivel e socialmente tem um importncia muito grande para ser considerada cara. E para finalizar todos os argumentos contra essa obra so apenas sensacionalismo barato de pessoas que desejam se aparecer e no conhecem o assunto de forma plena.Aps a leitura deste argumento de um cidado comum em defesa transposio do rio So Francisco, fica claro a ideia de que se realmente o projeto tivesse a finalidade de abastecer 4 milhes de pessoas com a gua, obviamente a obra no seria cara, pois na balana o custo beneficio seria maior, afinal gastamos dinheiro publico com tanta coisa desnecessria, como aquisio de novos trens quando no se tem malha ferroviaria suficiente para trafegar, construo de estdios, quando no se tem hospitais para atender a populao e por ai vai... A questo no seria apenas o dinheiro gasto, o impacto ambiental e os diversos problemas que esse projeto trouxe a sociedade, mas sim a verdadeira finalidade do projeto, que ser comprovado com seu trmino que est previsto para o final de 2016 no qual descobriremos quem realmente ser beneficiado pelo to esperado Marco do governo Lula: A transposio do rio So Francisco.

1.7 A Engenharia na Transposio

Levar a gua do rio So Francisco para o Nordeste no fcil. A gua tem que vencer 722Km de terreno rido e ngreme e ser elevada a cerca de 300m de altura (no Eixo Leste) e 180m (no Norte). Par isso sero usadas, ao todo, 8 estaes de bombeamento, 591km de canais e 12 tneis.

Figura 13 Mega projeto da Transposio do Rio So Francisco

Fonte: http://oabelhudo.com.br/2012/10/transposicao-do-sao-francisco-o-orcamento-aumenta-e-a-obra-nao-sai/

Os canais suportam at 127m/s de gua, mas o governo garante que s sero retirados 26,4,3/s do rio (1,4% da vazo mdia).As usinas de Jati e Atalho servem para recuperar dois teros da energia gatas nas estaes de bombeamento.A engenharia dos eixos de integrao consiste em canais abertos, de seo trapezoidal varivel, os maiores sendo de 25 metros de largura e 5 de profundidade, impermeabilizados com geomembrana protegida por uma camada de 5 cm de concreto. Nas regies de travessia de riachos e rios sero construdos aquedutos. Para ultrapassar regies de maior altitude, sero construdos tneis. Para chegar ao seu destino, as guas devem vencer barreiras impostas pelo relevo. Nove estaes de bombeamento para elevar a gua sero construdas: trs no Eixo Norte, para vencer altitudes de 165 m e seis no Eixo Leste, onde as guas sero elevadas altitude de 304 m. Est prevista ainda a construo de 30 barragens ao longo dos canais, que funcionaro como reservatrios de compensao para permitir o escoamento da gua mesmo durante as horas em que o bombeamento esteja desligado (3 a 4 horas por dia).Figura 14 Projeto da transposio

http://piniweb.pini.com.br/construcao/noticias/transposicao-do-rio-sao-francisco-79461-1.aspx

Fazer a transposio e manter a estrutura funcionando tm custos altos. Isso encarecer a gua para o consumidor. O custo final da gua ser R$ 0,013 por 1000 litros (m). Entretanto, como os reservatrios podero trabalhar com menores volumes, sero reduzidas as perdas por evaporao e haver um ganho de gua antes perdida para o Sol. Esse ganho de gua, estimado em24000litros por segundo, foi denominado de sinergia hdrica e baratear o custo mdio da gua transposta.

Disposies Gerais Canal: uma vala artificial, que pode ou no estar revestida de material que lhe d sustentao e que se destina a passagem dagua.Figura 15 - Um dos canais que est sendo edificado

http://www.pensamentoverde.com.br/meio-ambiente/quais-as-consequencias-da-transposicao-do-rio-sao-francisco/Aqueduto: um canal ou galeria, subterrneo ou superfcie, e construdo com a finalidade de conduzir agua. Os aquedutos so normalmente edificados sobrearcadasou sob plataformas de vias de comunicao.

Figura 16 - Cabrob-PE Aqueduto Saco da Serra: operao de lanamento de concreto.

Fonte: https://www.google.com.br/search?q=aqueduto+transposi

Tnel: uma passagem, normalmente subterrnea, que possibilita ou facilita o acesso a um determinado local. Podem ser construes realizadas pelo ser humano ou eventualmente pela prpria ao da natureza. No caso dos tneis utilizados para transporte, usualmente ligam duas sees de uma estrada, via frrea ou rua, podendo tratar-se ainda de tneis subaquticos.

Figura 17 Tnel no serto da Paraba

Fonte: http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=1329213&page=56Estaes de Bombeamento: As estaes de bombeamento, antes de qualquer coisa, servem para filtrar a gua, separando-a de todo material que levado junto com as guas da chuva at os mares, lagos e rios. Desta forma elas evitam que garrafas pet, lixo, cachorro morto, vceras de frango e outras coisas, que so lanados, poluam o meio ambiente, pois todo o material recolhido pelas estaes recolhido e jogado no lixo.

Figura 18 Uma estao de bombeamento construda em u dos canais que est sendo edificado para a transposio do rio So Francisco, no municpio de Cabrob, no interior de Pernambuco.

Fonte: http://noticias.uol.com.br/album/2014/02/10/transposicao-rio-sao-francisco.htm#fotoNav=11

Barragens: Umabarragem,audeourepresa, uma barreira artificial, feita emcursos de guapara a reteno de grandes quantidades de gua. A sua utilizao sobretudo para abastecer de gua zonasresidenciais,agrcolas,industriais, produo de energia eltrica (energia hidrulica), ou regularizao de umcaudal.

Figura 19 - Barragem Xing - Alagoas

Fonte: http://www.semarh.se.gov.br/comitesbacias/uploads/img4843eac5271ec.jpg

Consideraes finais

Com o desenvolvimento deste trabalho onde abordamos a transposio do Rio So Francisco em seu contexto histrico, geogrfico, seus impactos ambientais, a engenharia do projeto. Podemos conhecer o benefcio da transposio e que, segundo o governo federal, de ajudar as famlias que residem no semi-rido nordestino. Por ser um rio perene fornecer gua a outros intermitentes favorecendo o desenvolvimento da agropecuria e indstria na regio. O risco que o So Francisco necessita de uma avaliao ambiental para constatar se h perigo para as populaes que vivem a sua margem e usam-no como meio de subsistncia, alm do impacto ecolgico que poder levar a longo prazo. O problema da seca no nordeste e preocupao antiga. D. Pedro II possua projetos para combat-la. Hoje possumos tecnologia avanada e, na minha opinio, a transposio enfraquecer o volume de gua do "Velho Chico". Existem alternativas melhores que necessitam apenas de boa vontade poltica.

Referncias

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SALA DE SITUAO

!.

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##

#

#Traipu

Piranhas

Juazeiro

Pirapora

Petrolina

Bom Jesus da Lapa

UHE XING

UHE ITAPARICA

UHE SOBRADINHO

UHE TRS MARIAS

Legenda

# UHEs!( Postos fluviomtricos

!. CidadesBacia do So Francisco

Acompanhamento da Bacia do Rio So Francisco

Data Cota mdia Vazo mdia

cm m/s

11/05 195 617

12/05 196 622

13/05 195 617

*14/05 194 613

Posto So Romo

Data Cota mdia Vazo mdia

cm m/s

11/05 110 794

12/05 107 781

13/05 104 769

*14/05 103 763

Posto Bom Jesus da Lapa

Data Volume til Qaflu Qdeflu

% m/s m/s

11/05 26,26 1.030 953

12/05 26,06 1.000 1.021

13/05 25,87 1.000 1.071

14/05 S/INF. S/INF. S/INF.

UHE Itaparica

Data Cota mdia Vazo mdia

cm m/s

11/05 102 1.192

12/05 103 1.203

13/05 105 1.218

*14/05 104 1.210

Posto Propria

Data Cota mdia Vazo mdia

cm m/s

11/05 138 1.208

12/05 137 1.203

13/05 138 1.208

*14/05 138 1.212

Posto Juazeiro

14/05/2014

Data Cota mdia Vazo mdia

cm m/s

11/05 216 695

12/05 212 675

13/05 217 701

*14/05 218 706

Posto So Francisco

Data Cota mdia Vazo mdia

cm m/s

11/05 49 925

12/05 45 904

13/05 41 882

*14/05 39 872

Posto Morpara

(*) s 7:00 hs

(*) s 7:00 hs

(*) s 7:00 hs

(*) s 7:00 hs

(*) s 7:00 hs

(*) s 7:00 hs

Data Volume til Qaflu Qdeflu

% m/s m/s

11/05 57,10 1.040 1.180

12/05 57,00 980 1.174

13/05 56,89 960 1.154

*14/05 56,79 S/INF. S/INF.

UHE Sobradinho

Data Qaflu Qdeflu

m/s m/s

11/05 986 1.195

12/05 1.042 1.194

13/05 1.186 1.179

14/05 S/INF. S/INF.

UHE Xing

Data Volume til Qaflu Qdeflu

% m/s m/s

11/05 17,27 144 260

12/05 17,20 148 259

13/05 17,17 203 259

14/05 S/INF. S/INF. S/INF.

UHE Trs Marias

(*) s 6:00 hs

Fontes de Dados:

Obs.: Os dados utilizados no esto consistidos e

esto sujeitos a alterao.

Usina Hidreltrica de Itaparica - PE

Usina Hidreltrica de Trs Marias - MG