Transportes & Negócios

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AÉREO Director Fernando Gonçalves • 23 de Fevereiro de 2009 • Semanal • Ano 10 • Nº120 MAN teve um ano positivo em Portugal Pág. 10 Ford Nova Ranger prometida para Genebra Pág. 10 “Chuva” de milhões transforma os portos de Aveiro e Leixões FERROVIÁRIO MARÍTIMO Iveco vende menos mas lucra mais Pág. 10 Vigo, Gijon e Nantes juntos nas AE do Mar Armadores anunciam aumentos no tráfego Europa-E. Oriente Pág. 5 Boeing entrega à Air France o primeiro B777 cargueiro Pág. 8 A PARTIR DESTA SEMANA A CP Carga já pode operar com as novas locomotivas da Siemens, eléctricas e com muito maior capacidade de tracção que as velhinhas diesel da Série 2 500. O investimento, de 100 milhões de euros, visa dotar a prometida futura empresa com capacidade para crescer no negócio da carga ao nível ibérico. Pág. 9 RODOVIÁRIO Antram reclama mais incentivos ao abate de veículos A Antram e o IMTT continuam a debater o plano de incentivos à redução da capacidade no trans- porte rodoviário de mercadorias. A associação dos transportado- res acha que o orçamento de dez milhões de euros previsto no PIDDAC não chega para fa- zer a diferença. Além disso, sugere mais incentivos às em- presas que abatam toda a frota. Mas avisa contra os riscos de abusos e aproveitamentos dos apoios. A celeridade na decisão das candidaturas e no pagamento dos incentivos são outras das propostas avançadas pela An- tram. Pág. 8 Pág. 2 e 5 Pág. 4

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Edição de 23 de Fevereiro de 2009

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TRANSPORTES & NEGÓCIOS 1

23 Fevereiro 2009

AÉREO

Director Fernando Gonçalves • 23 de Fevereiro de 2009 • Semanal • Ano 10 • Nº120

MANteve um anopositivoem Portugal

Pág. 10

FordNova Rangerprometidapara Genebra

Pág. 10

“Chuva” de milhões transformaos portos de Aveiro e Leixões

FERROVIÁRIOMARÍTIMO

Ivecovende menosmas lucramais

Pág. 10

Vigo, Gijon e Nantesjuntos nas AE do Mar

Armadores anunciam aumentosno tráfego Europa-E. Oriente

Pág. 5

Boeing entrega à Air Franceo primeiro B777 cargueiro

Pág. 8

A PARTIR DESTA SEMANA A CP Carga já pode operar com as novas locomotivas da Siemens,eléctricas e com muito maior capacidade de tracção que as velhinhas diesel da Série 2 500. Oinvestimento, de 100 milhões de euros, visa dotar a prometida futura empresa com capacidade paracrescer no negócio da carga ao nível ibérico.

Pág. 9

RODOVIÁRIO

Antram reclamamais incentivosao abate de veículosA Antram e o IMTT continuam adebater o plano de incentivos àredução da capacidade no trans-porte rodoviário de mercadorias.A associação dos transportado-res acha que o orçamento dedez milhões de euros previstono PIDDAC não chega para fa-zer a diferença. Além disso,sugere mais incentivos às em-presas que abatam toda a frota.Mas avisa contra os riscos deabusos e aproveitamentos dosapoios.A celeridade na decisão dascandidaturas e no pagamentodos incentivos são outras daspropostas avançadas pela An-tram.

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Marítimo

A inauguração da platafor-ma logística de Cacia e oanúncio do lançamento doconcurso para o prolonga-mento do molhe Norte fo-ram o pretexto para o Go-verno fazer, em Aveiro, obalanço dos mais de 242milhões de euros de inves-timentos no porto nortenho.O objectivo para 2015 é pra-ticamente duplicar o volu-me de negócios e acres-centar cinco milhões aos3,5 milhões de toneladasmovimentadas em 2008.

Dois anos e 12,1 milhõesde euros depois da con-signação da obra, a plata-forma logística de Caciaestá pronta a funcionar.Trata-se de uma platafor-ma de base ferroviária, pro-movida pela Refer, comum layout constituído ba-sicamente por um feixe derecepção/expedição decomboios e um outro delinhas de carga/descargaque asseguram a intermo-dalidade rodo-ferroviária.Numa área de 9,8 hecta-res, 6,3 estão reservadosà fixação de actividadeslogísticas e à realizaçãodas operações ferroviárias

de carga/descarga.No horizonte de 2015,

prevê-se que a nova infra-estrutura potencie a cria-ção de 200 postos de tra-balho e atinja um volumede negócios de mais demeio milhão de euros anu-ais. A plataforma funcio-nará como interface entreo ramal ferroviário de liga-ção do porto à rede ferro-viária nacional. O ramalestá ainda a ser construí-do, também por iniciativada Refer, que nele está ainvestir 73 milhões de eu-ros. A obra deverá estarconcluída no último trimes-tre deste ano.

Nessa altura, o porto deAveiro terá condições de“chegar” até região de Cas-tela e Leão, na vizinha Es-panha, através das linhasdo Norte e da Beira Alta e,futuramente, através da li-nha de velocidade elevadaAveiro-Salamanca, previs-ta na rede de Alta Veloci-dade mas ainda sem data

marcada para a sua con-cretização.

Já em Setembro próxi-mo deverá ficar concluídaa Via de Cintura Portuária,um investimento de quasesete milhões de euros, daresponsabilidade da APA,que facilitará o fluxo rodo-viário de cargas de/paraos diversos terminais, emparticular as novas infra-estruturas de granéis sóli-dos e líquidos.

Ao nível das acessibili-dades marítimas, o dia dapresença em Aveiro do pri-meiro ministro, do minis-tro das Obras Públicas eda secretária de Estadodos Transportes ficou mar-cado pelo anúncio do lan-çamento do concurso parao prolongamento do mo-lhe Norte, parte fundamen-tal do projecto mais amplode reconfiguração doacesso à barra do portoaveirense.

Em curso, e com conclu-são prevista para o tercei-

Inauguradaa plataforma

logísticade Cacia

Acessibilidadesmarítimasconcluídasem 2011

Aveiro prepara-se para duplicar negóciose chegar aos 8,5 milhões de toneladas em 2015

Investimentos de 242 milhõescom 70 milhões dos privados

Investimentos de 242,7 milhões deeuros permitiram praticamente criar umnovo porto de Aveiro nos últimos anos.Criaram-se novos terminais,melhoraram-se as acessibilidadesterrestres – rodoviárias e ferroviárias -,estão a melhorar-se asacessibilidades marítimas, lançou-seuma plataforma logística, atraíram-senovos operadores.A grande fatia dos investimentosrealizados ou em curso é daresponsabilidade do Estado. Mas osprivados contribuíram também comcerca de 70 milhões de euros, comisso aproveitando de imediato aampliação das infraestruturas.Foi assim, por exemplo, no caso doterminal especializado para amovimentação de granéis sólidos. AAPA investiu 32 milhões de euros nacriação de uma frente de cais de 750metros, com fundos a -12 metros, eterraplenos de 26 hectaresinfraestruturados e com acessoferroviário. A Socarpor (Aveiro)correspondeu com um investimento dedez milhões de euros na instalação domais moderno terminal de granéisagro-alimentares do país.

Foi assim também com a construçãodo terminal especializado para amovimentação de granéis líquidos eparque logístico adjacente. A APAinvestiu 21 milhões de euros naconstrução de três postos deacostagem, com fundos de -12 metrose terraplenos de 66 hectares, comacesso ferroviário e esteiras para ainstalação de pipelines. A Prio (grupoMartifer) aplicou 58 milhões de eurosna instalação de um parque dearmazenagem, numa unidade deprodução de biocombustíveis e numparque de tancagem de combustíveis.Nas acessibilidades terrestres estão aser investidos 80 milhões de euros,sendo 73 milhões da responsabilidadeda Refer, aplicados no ramal de novequilómetros, entre o porto e a Linha doNorte, e quase sete milhões a cargo daAPA, para a conclusão da Via deCintura Portuária (terceira fase).À melhoria das acessibilidadesmarítimas estão destinados 30milhões de euros, a serem suportadospela administração portuária.A plataforma logística, pólo de Cacia,agora inaugurada, custou 12 milhõesde euros, pagos pela Refer.

ro trimestre, estão os tra-balhos de criação de umnovo canal exterior deacesso dos navios ao por-to, à cota de -12 metros. Oconcurso agora anuncia-do visa o prolongamento

do molhe Norte em 200metros, para garantir ascondições de abrigo donovo canal, numa emprei-tada de 30 milhões de eu-ros que deverá ser adjudi-cada ainda este ano e ficar

concluída até ao final de2011.

Com estas obras concluí-das, o porto de Aveiro po-derá receber navios de até10 metros de calado e 200metros de comprimento.

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Espanha e França for-malizam na próxima sex-ta-feira o apoio ao lança-mento de duas novas Auto-Estradas do Mar. É ainda,com mais de um ano deatraso, o resultado do con-curso promovido pelos doispaíses.

Um dos novos projectosligará Vigo a Nantes e seráoperado pela Transmedi-terránea. O outro unirá osportos de Gijon e Nantes eserá da responsabilidadeda Grimaldi Louis Dreyfus(GLD). Em ambos os ca-sos, os promotores rece-berão apoios públicos quepoderão chegar aos 30milhões de euros. Umadas contrapartidas é amanutenção dos serviçospor um período ininterrup-to de sete anos.

O projecto da Transme-diterránea dá pelo nomede Auto-Estrada do MarAtlântica e pretende sê-lona plena acepção do ter-mo. A ligação principal seráfeita entre os portos deVigo e Nantes St. Nazai-re, mas prevê uma exten-são a Sul, ao porto deAlgeciras, para captar trá-fegos provenientes doMediterrâneo, das Canári-as e do Norte de África. Osnavios percorrerão depoistoda a costa portuguesa.E de Nantes seguirão até

Le Havre, para aí fazerema ligação com os tráfegoscom origem/destino noBáltico.

O serviço deverá arran-car com dois navios, quepoderão subir até cinco,num prazo de cinco anos,de acordo com o projectoapresentado, no ano pas-sado, no Seminário deTransporte Marítimo doTRANSPORTES & NEGÓ-CIOS, pelo responsável doarmador espanhol, CarlosAlvarez-Cascos. No arran-que, estão previstas qua-tro saídas semanais, sen-do que o objectivo impostoé atingir saídas diárias.

A operação entre Vigo eNantes será alavancadapela indústria automóvel,nomeadamente pela fábri-ca da Citroën em territóriogalego. Mas os promoto-res olham também para omercado do Norte de Por-tugal para ajudar a encheros navios.

E Portugal também olhapara o projecto da Trans-mediterránea, a avaliarpelos termos do conviteàs manifestações de inte-resse lançado pelos go-vernos de Lisboa e de Pa-ris, onde se alude explici-tamente à possibilidade decriar serviços complemen-tares àquele.

A Auto-Estrada do Mar

Vigo, Gijon e Nantes-St. Nazairejuntos nas Auto-Estradas do Mar

Atlântica deveria ter arran-cado ainda no ano passa-do, mas o concurso hispa-no-francês atrasou-se e omercado modificou-se pro-fundamente, nomeada-mente com a crise do sec-tor automóvel. A Transme-diterránea desistiu entre-tanto de construir dois dosnavios que tinha previsto.

Ainda assim, o protocoloda próxima sexta-feira, queserá rubricado em Parispela ministra espanhola doFomento e pelo secretáriode Estado dos Transpor-tes francês não significaráo arranque imediato dosserviços. No caso de Vigo,tal acontecerá, provavel-mente, apenas dentro de“menos de um ano”, a ava-liar pelas palavras do pre-sidente do porto.

A ligação entre Gijon eNantes-St. Nazaire seráassegurada pela GrimaldiLouis Dreyfus, uma parce-ria que actualmente actuana ligação entre Itália eToulon. Os promotoresapostam na poupança de400 quilómetros relativa-mente ao percurso rodo-viário para captarem partedo tráfego de pesados. Noprimeiro ano, a expectati-va é transportar um milhãode toneladas, equivalen-tes aos 25 mil veículospesados projectados.

Transmediterráneae GLD operarãonovas ligações

Apoios públicoschegam aos

30 milhões de euros

Serviçosnão arrancamde imediato

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Cinquenta e um mi-lhões de euros é ocusto previsto para

o novo terminal de cruzei-ros do porto de Leixões,que deverá estar operacio-nal em 2011. A obra é emparte suportada pela Uni-versidade do Porto, queinstalará no edifício da garede passageiros algunsequipamentos do novo Par-que de Ciências e Tecno-logias do Mar.

Com o novo terminal, Lei-xões espera receber, em2015, 108 navios de cru-zeiro, que transportarãocerca de 110 mil passa-geiros, com isso gerandoreceitas externas de 6,5milhões de euros. O pas-so seguinte será elevar Lei-xões, de simples porto deescala, para um porto deturnaround, potenciando acomplementaridade com oaeroporto Sá Carneiro.

No ano passado, Leixõesrecebeu 53 navios, dosquais seis vieram pela pri-meira vez, e atraiu maisduas companhias. Mais de26 mil passageiros esca-laram assim o porto norte-nho. Uma melhoria signifi-cativa, cuja progressãoestá limitada no futuro pelafalta de condições: o ter-minal de cruzeiros apenaspode receber navios até220 metros, o que signifi-ca que a maioria dos “pa-lácios” flutuantes não cabeali.

O novo terminal localizar-se-á no molhe Sul do por-

Leixões investe 51 milhões num terminal de cruzeiros

to, do lado de Matosinhos,e disporá de um cais de340 metros, com fundosde -10 metros. As obrasmarítimas, de alargamen-to da bacia de rotação, deconstrução do cais e dacriação do aterro, deverãoiniciar-se em Julho.

Em Setembro será lança-do o concurso para a cons-trução do edifício que alber-gará a gare de passageiros.O seu custo estimado é de19 milhões de euros.

O complexo do terminalde cruzeiros compreende-rá ainda um porto de re-creio, com 170 lugares deatracação, e um cais paraos navios turísticos queoperam no Douro, visandocom isso potenciar as si-nergias entre as duas ac-tividades turísticas. Alémdo edifício do terminal pro-priamente dito.

O empreendimento de-verá estar concluído em2011 e custar 51 milhões

Um após outro, osprincipais players mun-diais anunciam aumen-tos de fretes nas liga-ções entre a Europa e oExtremo Oriente. A jus-tificação é igual paratodos: os preços caí-ram para níveis que nãochegam sequer para pa-gar os custos variáveisda operação.

Os aumentos anuncia-dos vigorarão já em Mar-ço ou em Abril. A Ha-pag-Lloyd, a MaerskLine, a MOL, a CMA-CGM e, mais recente-mente, a APL e a MSCtodas se propõem au-mentar os preços, nosdois sentidos. E novosaumentos estão já anun-ciados para o ano cor-

Fretes no E. Oriente – Europasobem em Março e em Abril

rente, ainda que semdata marcada.

No caso da APL, asubida aplicar-se-á apartir de 15 de Março,no sentido Europa-Ásia, e variará entre os100 e os 175 dólares/TEU. No sentido Ásia-Europa, os aumentosserão de 250 dólares/TEU, a partir de 1 deAbril.

A MSC, por seu turno,anunciou aumentos de50 e 100 dólares, paracontentores de 20’ e 40’de carga seca, e de 250e 500 dólares para con-tentores frigoríficos,nas ligações entre oNorte da Europa e oExtremo Oriente, já apartir de Março.

U. Porto instala-se dentro do porto

Plataforma logística avançaA disputa entre Leixões e Vigo “é uma batalha que está aser ganha”, sustentou o ministro Mário Lino, aludindo aocrescimento do movimento de mercadorias nos doisprincipais portos do noroeste peninsular. “Vigorepresenta menos de um terço de Leixões”, reforçou oministro das Obras Públicas, Transportes eComunicações, depois de sublinhar o recorde de maisde 15 milhões de toneladas movimentadas em Leixões,no ano passado.O ministro, que esteve com a secretária de Estado dosTransportes no lançamento do terminal de cruzeiros,lembrou os 90 milhões de euros investidos em Leixões,entre 2005 e 2008, e sublinhou os 150 milhões deeuros que serão ainda investidos, pela APDL e pelaRefer, na plataforma logística.No pólo 1, disse, está-se a trabalhar nos acessosrodoviários, e já foi emitida a declaração de impacteambiental, pelo que as expropriações avançarão deimediato para realizar a obra. Em Junho, será lançado oconcurso para a construção do pólo 2. E em Abrilarrancará o concurso para a selecção da entidadegestora da plataforma, acrescentou.

A Universidade do Porto vai instalar em Leixões váriosequipamentos do Parque de Ciência e Tecnologias doMar.O protocolo assinado, e que envolve também a Câmarade Matosinhos, prevê a ocupação de parte do edifício donovo terminal de cruzeiros com a instalação delaboratórios das várias entidades de investigação edesenvolvimento envolvidas no Parque, de gabinetesdos investigadores e de espaços de divulgação dasciências do mar. A Universidade do Porto suportará oscustos relativos à comparticipação nacional noinvestimento.Ainda dentro do perímetro portuário, mas em Leça, seráinstalado um centro de incubação de empresas ligadasàs ciências e tecnologias do mar. Para o efeito seráadaptado o antigo edifício da Sanidade Marítima. OCentro de Formação da APDL será também utilizadopara a realização de actividades lectivas.A criação do Parque de Ciência e Tecnologias do Marem Matosinhos compreende ainda a criação de umaresidência universitária, para alojamento dosinvestigadores convidados e outros. Um projecto a serdesenvolvido em parceria com a autarquia. E ainda,numa fase subsequente, a criação de um parqueindustrial, destinado a empresas ligadas à economia domar e às actividades da Universidade neste domínio.A Universidade do Porto tem hoje já mais de 300cientistas dedicados às questões do mar, sublinhou oreitor da instituição.

de euros.A intervenção no molhe

Sul de Leixões permitiráainda uma melhor integra-ção do porto na cidade deMatosinhos. Exemplo dis-so é a prevista criação deum percurso pedonal, aolongo de todo o molhe, atéao extremo da entrada dabacia do porto, para serusufruído pela população,independente da área por-tuária e do fluxo dos cru-zeiristas.

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Movimento PortuárioLEIXÕES

23.02 PORT DOURO CT PortmarFunchal

23.02 APOLO CT BoxlinesFunchal

24.02 GRACECHURCH CROWN CT MarmedsaCardiff, Liverpool

24.02 AQUARIUS CT Garland NavegaçãoRoterdão, Amesterdão

AQUARIUS CT Green IbéricaRoterdão

25.02 MSC LEANNE CT MSC PortugalAntuérpia (Norte da Europa, Reino Unido, Irlanda, Escandinávia, PaísesBálticos, Canadá, Mediterrâneo Oriental, Grécia, Turquia, Mar Negro,Paquistão), Dublin

25.02 LAGOA CT TransinsularLas Palmas, S. Vicente, Praia, Bissau

25.02 GRACECHURCH VENUS CT MarmedsaCastellon, Salerno, Piraeus, Limassol, Haifa, Ashdod, Mersin

25.02 EURO SQUALL CT K Line PortugalFelixtowe, Teesport, Gotemburgo, Aarhus, Hamburgo, Roterdão

25.02 INGA LENA CT Garland NavegaçãoVigo, Gijon, Bilbau, Cadiz, Valência, Barcelona

INGA LENA CT MaerskAlgeciras, Port Tangier

26.02 MARFEEDER CT Garland NavegaçãoVigo, Southampton, Roterdão

MARFEEDER CT Green IbéricaRoterdão

26.02 MADEIRENSE III CT NavexFunchal

26.02 KING BASIL CT MaerskAlgeciras

26.02 CMA-CGM GALILIEE CT MacAndrewsAdelaide, Bell Bay, Brisbane, Freemantle, Melbourne, Sidney, TasmanianPorts, Auckland, Littelton, Nelson, Port Chalmers, Tauranga, Wellington

27.02 OPDR LISBOA CT BurmesterRoterdão, Antuérpia, Hamburgo, Bremen, Felixtowe, Gdynia, Cork, Dublin,Helsínquia, Hamina, Kotka, Oslo, Larvik, Kristiansand, Trondheim,Gotemburgo, Estocolmo, Klaipeda, Tallin, Riga, S. Petersburgo

27.02 EL TEMERARIO CT DelphisVigo, Antuérpia, Roterdão

27.02 DIAMOND LAND CT NavexWalvis Bay, Cape Town, Joanesburgo, Port Elizabeth, East London, Durban(portos interiores), Richards Bay, Maputo, Beira, Nacala

27.02 CMA-CGM D. CARLOS MacAndrewsDamman, Riade, Barhein, Chiwan, Dalian, Hong Kong, Xingang, Tianjin,Yantian, Zhaoqing, Zhuhai, Abu Dabi, Ajeman, Dubai, Qhor Fakkan, Sharjah,Bandar Abbas, Kuwait, Mina Qaboos, Doha

27.02 CMA-CGM BERLIOZ CT MacAndrewsJeddah, Chittagong, Kompong Soam, Qingdao, Weihai, Xiamen, Busan,Calcutá, Chennai, Cochim, Haldia, Bangalore, Tutticorin, Visakhapatnam,Belawan, Jacarta, Semarang, Surabaya, Bintulu, Kota Kinabalu, Kuantan,Kuching, Miri-Sarawak, Pasir Gudang, Penang, Port Kelang, Sadakan, Sibu,Tawau, Yanfone, Singapura, Colombo, Papeete, Banguecoque, Laem Chabang,Kaoshiung, Keelung, Haiphong, Ho-Chi-Minh, Kuinhon

27.02 CMA-CGM AEGEAN CT MacAndrewsMumbai, Mundra, Nava Sheva, Carachi, Port Qasin

27.02 CMA-CGM MEDEA CT MacAndrewsNingbo, Shangai

27.02 MUMBAY EXPRESS CT MacAndrewsJebel Ali

28.02 MSC CRISTIANA CT MSC PortugalSines (Canárias, USA – Costa Atlântico Norte, USA – Atlântico Sul, USA –Costa Oeste, México, América Central, Caraíbas, América do Sul – Atlântico,América do Sul – Pacífico, África Ocidental, Angola, África do Sul, Grécia,Turquia), Valência (Norte de África, África Oriental, Índico, MediterrâneoOcidental, Golfo Pérsico, Extremo Oriente e Austrália, Mar Vermelho)

28.02 PATRICIA DELMAS CT CMA-CGMAbidjan, Luanda

28.02 CORVO CT NavexP. Delgada, P. Vitória, Horta, Pico, Velas, Graciosa

28.02 PONTA DO SOL CT TransinsularP. Delgada, Horta, P. Vitória

28.02 HELGALAND CT MacAndrewsHamburgo, Aarhus, Copenhaga, Tallin, Roterdão, Dublin, Reijkavic, Riga,Klaipeda, Aalesund, Bergen, Bodo, Brevik, Egersund, Floroe, Fredrikstad,Karvik, Oslo, Gdynia, Belfast, Felixtowe, Greenock, Liverpool, Archangelsk,Kaliningrad, Kronstadt, Moscovo, S. Petersburgo, Gotemburgo, Helsingborg

LISBOA

23.02 INSULAR CT TransinsularFunchal

23.02 INGA LENA CT Garland NavegaçãoVigo, Gijon, Bilbau, Cadiz, Valência, Barcelona

23.02 EURO SQUALL CT K Line PortugalFelixtowe, Teesport, Gotemburgo, Aarhus, Hamburgo, Roterdão

23.02 APPEN PAULA CT MarmedsaPointe Noire, Luanda

23.02 ITAL OCEANO CT Green IbéricaNova Iorque, Norfolk, Savannah, Miami

23.02 AQUARIUS CT Garland NavegaçãoVigo, Southampton, Roterdão, Amesterdão

AQUARIUS CT Green IbéricaRoterdão

24.02 PORT DOURO CT PortmarFunchal

24.02 APOLO CT BoxlinesFunchal

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25.02 MARFEEDER CT Garland NavegaçãoVigo, Southampton, Roterdão

MARFEEDER CT Green IbéricaRoterdão

25.02 CORVO CT NavexP. Delgada, P. Vitória, Horta, Pico, Velas, Graciosa

25.02 OPDR TANGER CT NavexFelixtowe, Roterdão, Antuérpia

25.02 HMS SMETANA CT Garland NavegaçãoHalifax, Montreal, Toronto, Havana, St. Thomas Castilla, Veracruz, Altamira,Kingston, Rio Haina

25.02 TRIUMPH CT Hapag-LloydMontreal

25.02 DAL EAST LONDON CT MaerskEast London, Durban, Port Elizabeth

26.02 EL TEMERARIO CT DelphisVigo, Antuérpia, Roterdão

26.02 LAGOA CT TransinsularLas Palmas, S. Vicente, Praia, Bissau

27.02 MONTE BRASIL CT TransinsularP. Delgada, Pico, Velas, V. Porto

27.02 HELGALAND CT MacAndrewsHamburgo, Aarhus, Copenhaga, Tallin, Roterdão, Dublin, Reijkavic, Riga,Klaipeda, Aalesund, Bergen, Bodo, Brevik, Egersund, Floroe, Fredrikstad,Karvik, Oslo, Gdynia, Belfast, Felixtowe, Greenock, Liverpool, Archangelsk,Kaliningrad, Kronstadt, Moscovo, S. Petersburgo, Gotemburgo, Helsingborg

27.02 CMA-CGM GALILIEE CT MacAndrewsAdelaide, Bell Bay, Brisbane, Freemantle, Melbourne, Sidney, TasmanianPorts, Auckland, Littelton, Nelson, Port Chalmers, Tauranga, Wellington

28.02 GRANDE COLÓNIA CT-Ro GrimaldiDakar, Lomé, Cotonou, Lagos, Douala, Matadi, Boma, Pointe Noire, Luanda,Libreville, Salvador, Vitória, Rio de Janeiro, Santos, Paranaguá, BuenosAires, Zarate, Montevideu

28.02 ORION CT MaerskThamesport, Antuérpia, Bremerhaven

28.02 CMA-CGM D. CARLOS MacAndrewsDamman, Riade, Barhein, Chiwan, Dalian, Hong Kong, Xingang, Tianjin,Yantian, Zhaoqing, Zhuhai, Abu Dabi, Ajeman, Dubai, Qhor Fakkan, Sharjah,Bandar Abbas, Kuwait, Mina Qaboos, Doha

28.02 CMA-CGM BERLIOZ CT MacAndrewsJeddah, Chittagong, Kompong Soam, Qingdao, Weihai, Xiamen, Busan,Calcutá, Chennai, Cochim, Haldia, Bangalore, Tutticorin, Visakhapatnam,Belawan, Jacarta, Semarang, Surabaya, Bintulu, Kota Kinabalu, Kuantan,Kuching, Miri-Sarawak, Pasir Gudang, Penang, Port Kelang, Sadakan, Sibu,Tawau, Yanfone, Singapura, Colombo, Papeete, Banguecoque, Laem Chabang,Kaoshiung, Keelung, Haiphong, Ho-Chi-Minh, Kuinhon

28.02 CMA-CGM AEGEAN CT MacAndrewsMumbai, Mundra, Nava Sheva, Carachi, Port Qasin

28.02 CMA-CGM MEDEA CT MacAndrewsNingbo, Shangai

28.02 MUMBAY EXPRESS CT MacAndrewsJebel Ali

01.03 PATRICIA DELMAS CT CMA-CGMAbidjan, Luanda

01.03 CALA PULA CT Garland NavegaçãoLa Guaira, Puerto Cabello, Barranquilla, Cartagena, Puerto Limon, Cristóbal,S. Salvador, Puerto Cortes, S. Pedro Sula, Puerto Quetzal, Guanta, Rio deJaneiro, Santos, Buenos Aires, Montevideu, Assuncion, Rio Grande, S.Francisco do Sul, Fortaleza, Argel, Oran, Mersin, Lattakia, Tartous, Beirute,Alexandria

SETÚBAL

23.02 TBN Ro NavigomesSheerness

24.02 GR. BRETAGNA CT-Ro GrimaldiPortbury, Cork, Esbjerg, Wallhamn, Antuérpia, Southampton, Salerno, Malta,Piraeus, Izmir, Ashdod, Limassol, Alexandria

24.02 MANX LION CT PortmarLas Palmas, S. Vicente, Praia, Banjul, Conakry, Bissau

25.02 AUSTRALIAN HIGHWAY Ro NavigomesEmden, Santander

01.03 TBN Ro NavigomesSheerness

SINES

25.02 MSC TURCHIA CT MSC PortugalFreeport, Veracruz, Altamira, Houston, Port Everglades, Savannah, NewOrleans, Long Beach

25.02 WEC GOYA CT IberolinhasCanárias

WEC GOYA CT MSC PortugalCanárias (transbordo para África do Sul, Moçambique, Angola e ÁfricaOcidental)

26.02 MSC WASHINGTON CT MSC PortugalBoston, Nova Iorque, Baltimore, Norfolk, Charleston

28.02 MSC BRIANNA CT MSC PortugalIstambul, Izmir, Gemlik

MSC BRIANNA CT Hapag-LloydAstakos, Istambul, Izmir, Gemlik

20.02 MSC REBECCA CT MSC PortugalIstambul, Izmir, Gemlik

MSC REBECCA CT Hapag-LloydAstakos, Istambul, Izmir, Gemlik

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Os dez milhõesde euros previs-tos para incen-

tivar a redução da frotade pesados de merca-dorias apenas chegarãopara abater 5% dos veí-culos elegíveis: 900 a950 num universo demais de 18 mil com maisde dez anos, estima aAntram, que por issopede o reforço daquelaverba, para chegar pelomenos aos 10% do par-que visado.

A associação dos trans-portadores rodoviá-rios demercadorias consideraigualmente curta a majo-ração de 20% prevista naproposta do IMTT para asempresas que procedamao abate total da frota e,logo, cessem a activida-de. De acordo com a An-tram, tal majoração deve-ria ser no mínimo de 30%,se não mesmo de 40% ou50%.

E porque há o risco deos incentivos ao abatede veículos pesados se-rem canalizados para in-vestimentos em viaturasligeiras, ou para a cria-ção de novos operado-res de transporte de mer-cadorias, a Antram de-

fende o reforço das medi-das que impeçam o au-mento da capacidade ins-talada dos operadores,inviabilizem a criação denovas empresas pela em-presa beneficiária do in-centivo ou pelos seusquadros dirigentes, e obs-taculizem a transferênciade capacidade de cargapara os ligeiros.

Sobre as regras previs-tas na proposta de des-pacho elaborada peloIMTT para as condiçõesque as empresas têm decumprir para se candida-tarem aos incentivos, aassociação dos transpor-tadores lembra que mui-tas estão ainda com ca-sos pendentes relativosàs “ajudas de custo TIR”,sendo necessário salva-guardar essa situação. Ealvitra que as empresascom dívidas ao Fisco e àSegurança Social se pos-sam candidatar ao abatetotal, no pressuposto deque as verbas a recebersejam aplicadas naque-les pagamentos.

A Antram propõe aindao alargamento do prazopara a apresentação decandidaturas, de 20 para30 ou 40 dias úteis sobre

Antram quer mais incentivosao abate de pesados de mercadorias

a data de publicação dodespacho. E sugere afixação de prazos má-ximos para a aprecia-ção das candidaturas epara o pagamento dosrespectivos incentivos.Argumenta com a ur-gência da actual con-juntura económica ecom a existência da co-bertura orçamental parao projecto.

Os incentivos ao aba-te de veículos e ao can-celamento de matrícu-las e licenças visam osveículos com mais dedez anos de vida e va-riarão entre os 4 500 eos 12 500 euros por ve-ículo, em função do seupeso bruto, de acordocom a proposta do Go-verno. Cada empresanão poderá receber maisdo que 50 mil euros deincentivos, valor que po-derá subir até aos 60mil euros, com a majo-ração de 20%, caso detrate de uma situaçãode abate total da frota.

Os dez milhões de eu-ros de orçamento do pro-grama governamentalestão inscritos na pro-posta de PIDDAC parao corrente ano.

Os novos donos da Spa-nair projectam realizar umnovo aumento de capitaldestinado especificamen-te aos pequenos aforrado-res.

A operação, ainda semdata nem montante defini-dos, será levada a cabo “apreços populares, a partir

Spanair apela ao “capitalismo popular”de 200, 400 ou 800 euros”,referiu a propósito JoanGaspart, presidente daTurismo de Barcelona. Oobjectivo é, para além derecolher fundos, acentuara identidade catalã da ex-filial da SAS.

Gaspart garantiu que acompra da Spanair é um

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T&NTRANSPORTES & NEGÓCIOS

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AéreoRodoviário

Portugal, Espanha, Itáliae Grécia estão na mira daComissão Europeia, pornão terem ainda transpos-to para o direito interno alegislação comunitária re-lativa à tarifação da utiliza-ção das infra-estruturasrodoviárias.

Os quatro estados-mem-bros devem proceder ago-ra à adaptação da sua le-gislação nacional às re-gras comunitárias atéMaio próximo, sob penade incorrerem em procedi-mentos judiciais. O prazopara a transposição termi-

Comissão Europeia adverte Portugalnou a 10 de Junho do anopassado.

A directiva estabeleceum quadro comum comu-nitário para a imputaçãoaos transportadores rodo-viários de mercadorias doscustos decorrentes da uti-lização da infra-estrutura.

Na semana em que aBoeing entregou à AirFrance o primeiro B777cargueiro, Giovanni Bisig-nani avisou que a Airbus ea Boeing não deverão con-seguir entregar este anonem metade dos aviõesque fabriquem.

Segundo o director-geralda Iata, as companhiasaéreas estão a encontrarsérias dificuldades paragarantirem os financiamen-tos necessários à comprados aviões que têm enco-mendados. A culpa é dacrise financeira global e daescassez de crédito. Masa verdade, disse, é quemuitas operadoras tam-bém não vêem agora moti-vos para receber novosaparelhos, face à quebrade 22% no tráfego aéreointernacional.

À partida, as empresascompradoras pagam 70%do valor dos aviões nomomento em que recebemos aparelhos.

Tanto a Airbus como aBoeing têm como princi-pal objectivo para este ano

Iata: Construtores arriscam-se anão entregar metade dos aviões

combustível por toneladade carga do que qualqueraparelho da concorrência,além de garantir menorescustos de manutenção.

O novo aparelho vemcompletar a família de car-gueiros da Boeing, ondejá avulta o B747-400ER.Na Air France, assume-se como o substituto dosB747-400 cargueiros con-vertidos, de que a compa-nhia francesa possui ac-tualmente quatro unida-des.

evitarem, a todo o custo,ou o cancelamento de en-comendas, ou sequer oadiamento das entregasprevistas.

Apesar do cenário pessi-mista para o sector, a se-mana ficou marcada pelaentrega do primeiro Boeing777 cargueiro à Air Fran-ce. O novo aparelho é ca-paz de voar 9 038 quilóme-tros com 103 toneladas abordo. O construtor norte-americano garante que o777F consome menos

Air Francerecebeu oprimeiro

B777 cargo

negócio arriscado, masnão é uma operação políti-ca, recusando a depen-dência das ajudas públi-cas. O investimento, dis-se, é feito por muitos em-presários e investidorescatalães, e o objectivo éganhar dinheiro, e depres-sa.

Page 9: Transportes & Negócios

TRANSPORTES & NEGÓCIOS 9

23 Fevereiro 2009

Ferroviário

A Rússia aposta na utiliza-ção da tecnologia espanho-la dos intercambiadores pararesolver o problema da inte-roperabilidade entre a suarede ferroviária e a do restoda Europa Ocidental.

Comboios com a tecnolo-gia Talgo estão a ser opera-dos, de forma experimental,entre Munique e Moscovo, eos responsáveis da RDZ,operadora estatal russa,estão confiantes nos bonsresultados dos testes.

Tal como acontece emPortugal e Espanha, a bitolada rede ferroviária russa édiferente da bitola UIC (ediferente também da ibéri-ca), o que representa umalimitação ao desenvolvimen-to das ligações de Alta Ve-locidade entre aquele país eos países da Europa Oci-dental.

Espanha há muito desen-

Rússia adere aosintercambiadores

volveu, e vem aperfeiçoan-do, a tecnologia dos inter-cambiadores e dos rodadostelescópicos, que permite amudança de bitola semmudar de comboio, nemsequer parar a composição(pelo contrário, o abranda-mento da marcha tende aser cada vez menor).

A russa RDZ e as espa-nholas Renfe e Adif assina-ram no ano passado umacordo de cooperação parao desenvolvimento da AltaVelocidade naquele país.

A prazo, a Espanha deixa-rá de utilizar os intercambia-dores na sua rede, uma vezque o governo de Madridtem em curso um plano paraa conversão de toda a infra-estrutura ferroviária conven-cional, da bitola ibérica paraa bitola UIC, tirando partidoda instalação prévia das tra-vessas de dupla bitola.

A Metro do Porto preparapara o início da Primaveraa duplicação das ligações“expresso” na Linha B,entre o Porto-Trindade e aPóvoa de Varzim.

A cada hora, mas só atéàs 22 horas, haverá doisserviços expresso, commenos paragens nas es-tações intermédias e, logo,um menor tempo de via-gem. Em compensação,

Linha da Póvoa mais rápidao número de ligações comparagens em todas as 22estações da linha entre aPóvoa e a Senhora da Horabaixará de três para duaspor hora.

Estas mexidas preten-dem ir ao encontro dosinteresses dos passagei-ros das estações commaior afluência, mas acen-tuam o carácter suburba-no da ex-Linha da Póvoa.

Praticamente umano volvido so-bre a chegada a

Portugal das primeirasunidades, a CP Cargaprepara-se para come-çar a operar esta se-mana com as novas lo-comotivas eléctricas,garantida que foi a ho-mologação pelo IMTT.

Ao todo são 25 unida-des, da série 4 700, deconcepção Siemens,que substituirão as má-quinas da série 2 500,adquiridas nos anos 50.O investimento global éde 100 milhões de eu-ros, financiados em30% por capitais pró-prios e nos restantes70% pelo recurso a em-préstimos bancários,incluindo o Banco Eu-ropeu de Investimentos(que assegura 25% donegócio).

De acordo com a CP,estas locomotivas têmcaracterísticas técni-cas ao nível do maisavançado que se está aconstruir na Europa. Natransportadora nacio-nal, são as primeiraslocomotivas equipadascom freio de disco ecom um sistema detracção com converso-res electrónicos aIGBT’s (Insulated GateBipolar Transistor).

Mas uma das suas mai-ores vantagens é a capa-cidade de tracção acres-cida. As novas unidadespodem rebocar comboi-os de mercadorias de atémil toneladas, mesmo naLinha da Beira Alta, quetem o perfil mais difícil.

A colocação das novaslocomotivas eléctricaspermitirá ainda libertar asmáquinas diesel da sé-rie 2 500 para as opera-ções nos troços não elec-trificados, contribuindopara a eficiência da ope-ração ferroviária, sublinhaa empresa.

As primeiras três loco-motivas Siemens foramproduzidas em Munique,na Alemanha. As restan-tes foram montadas naunidade da EMEF. O con-trato com o construtorgermânico previa a trans-ferência de know-how.Todavia, para além damão-de-obra, a incorpo-ração nacional no pro-jecto resume-se pratica-mente à instalação desoftware desenvolvidopela NEC Portugal.

Em 2007, a CP Cargatransportou 10,5 milhõesde toneladas e realizouum volume de negóciosde 69,2 milhões de eu-ros. Os dados de 2008não são ainda conheci-dos, mas as projecções

CP Carga já pode operar as novas locomotivasda empresa apontavampara números na casados 76,6 milhões de eu-ros de volume de negóci-os e de 11,5 milhões detoneladas transportadas.

O mercado nacional re-presenta cerca de 90%do volume de cargastransportadas pela ope-radora ferroviária. No mer-cado internacional, Es-panha significa mais de90%, mas ficou-se pelos1,1 milhões de tonela-das (dados de 2007).

A CP Carga tarda emnascer como empresaautónoma, mas ainda as-sim os seus mentorestêm objectivos ambicio-sos: aumentar em 70% ovolume transportado até2015. E para isso apos-ta-se no mercado ibéri-co.

A realização de com-

boios mais longos emais pesados, é umadas condições para amelhoria da performan-ce operacional. As no-vas locomotivas sãouma ajuda nesse senti-do. E do lado de Espa-nha já se pensa a sérioem comboios de 600metros, o que tambémpoderá facilitar as coi-sas a prazo.

Desconhecem-se en-tretanto os resultadosdo grupo de trabalhocriado em meados doano passado, entre aCP Carga e a RenfeMercancias, para ex-plorar as possibilidadesde cooperação no mer-cado ibérico, nomeada-mente nas ligações en-tre portos da Penínsulae nos acessos a Ma-drid.

Os investimentos da CP em material circulante nãose restringem à compra de locomotivas para aunidade de negócios da carga.Para este ano está previsto o arranque de umambicioso programa de modernização e ampliaçãoda frota que beneficiará praticamente todas asáreas de actuação da empresa.O PIDDAC para este ano prevê uma primeiraprestação de cerca de 17 milhões de euros para acompra de automotoras para a CP Porto, para oserviço regional e para o longo curso.

Modernização de materialcirculante em marcha

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A Iveco obteve no anopassado receitasde 10,8 mil milhões

de euros, uma diminuiçãode 3,8% em relação a 2007causada principalmentepor menores volumes devendas na Europa. Global-mente, a marca italianaapresentou lucros de 838milhões de euros, mais 25milhões do que no anoprecedente.

O número global de ma-trículas cifrou-se nas 192143 unidades, uma que-bra de 9,2% comparativa-mente com o ano de 2007.As entregas sofreram umacontracção significativa nosegundo semestre do anoem comparação com oprimeiro.

Na Europa Ocidental, fo-ram entregues 125152 ve-ículos (-15,1%), comquebras em todos os prin-cipais mercados euro-peus, em particular em Itá-

Iveco vende menos mas lucra maislia (-19,4%), Espanha (-37,5%), Alemanha (-14,2%), França (-5,7%) eGrã-Bretanha (-3,2%). NaEuropa de Leste, a quebradas entregas foi de 5,4%.Contrariamente, nos mer-cados da América Latina,a marca italiana continuaem grande expansão, comum crescimento de 21,6%no volume de vendas.

Na Europa Ocidental, omercado dos veículos compeso de +2,8 toneladasregistou, em 2008, umadiminuição de 6,9% relati-vamente a 2007. A redu-ção do número de matrí-culas no segmento VCLenvolveu os veículos ligei-ros e médios, enquanto aprocura de veículos pesa-dos se manteve alinhadacom o ano precedente. Aprocura foi caracterizadapor uma forte contracçãoem Espanha (-37,5%), emItália (-6,9%) e na Grã-

Bretanha (-2,5%), tendocrescido ligeiramente emFrança e na Alemanha.

A quota de mercado daIveco na Europa Ociden-tal situou-se nos 9,9% (-0,5 pontos percentuais emrelação a 2007). No seg-mento dos comerciais li-geiros, a quota caiu 0,3pontos percentuais, devi-do ao aumento da procurade furgões, na sua maio-ria satisfeita com a ofertade veículos de derivaçãoautomóvel. A quota nosegmento dos veículosmédios desceu 1,3%, so-bretudo devido à concor-rência “low price”. A quotano segmento dos veícu-los pesados registou umadiminuição de 1%.

Em 2008, o efeito da que-bra dos volumes de ven-das foi compensado pe-los melhores preços - ob-tidos graças ao reposicio-namento competitivo - e

pela redução do custo doproduto. Foram efectua-das acções de contençãodos custos de estruturaao longo do ano, de modoa responder prontamenteà queda da procura. Arentabilidade das receitassubiu de 7,3% em 2007

A Ford vai apresentar noSalão de Genebra a novapick-up Ranger, que seráproduzida na Tailândia. Anova geração estará dis-ponível nos mercados eu-ropeus já a partir do mêsde Abril, numa gama comtrês variantes da cabina(simples, longa e dupla) equatro níveis distintos deequipamento (XL, XLT, Li-mited e o topo de gamaWildtrak).

A pick-up do construtoramericano manterá as va-riantes de tracção inte-gral 4x4 e 4x2, associa-das a caixas de cinco ve-locidades, manuais ou au-tomáticas, propondo doismotores turbodiesel equi-pados com tecnologiacommon-rail. O bloco Du-ratorq 2.5 TDCi debita 143cv e apresenta um bináriode 330 Nm. Por sua vez, oDuratork 3.0 TCDi, desen-volve 156 cv de potênciamáxima e 380 Nm na zona

Nova Ford Ranger mostra-se em GenebraCom 790 veículos pesa-

dos vendidos, dos quais645 camiões, mercadoonde obteve um cresci-mento de 6,1% e umaquota de 11,71%, a MANalcançou um volume devendas de aproximada-mente 90 milhões de eu-ros, muito semelhante aodo ano de 2007, mas comos resultados a cresce-rem 50%. Os responsá-veis da marca em Portu-gal consideram, por isso,que “apesar de já se sen-tirem as consequênciasda crise financeira, 2008foi um ano muito positivopara a MAN”.

As novas gamas pesa-das da marca alemã, lan-çadas nos mercados eu-ropeus na recta final de2007, estão a ter um enor-me sucesso em Portu-gal, tendo sido vendidos292 camiões TGX e 242TGS (534 unidades no

conjunto das duas ga-mas). Da gama média TGMforam vendidos 65 cami-ões e 46 da mais ligeira, oTGL.

O longo curso represen-tou perto de metade dasvendas totais MAN, com310 unidades, e a gamade camiões de estaleiro econstrução foi líder abso-luta de segmento no mer-cado nacional, com 178unidades. Na distribuiçãopesada, o registo foi de 96unidades, incluindo 62 ve-ículos municipais; e na dis-tribuição ligeira foram co-

Ano positivo para a MAN Portugal

mercializadas 46 unida-des, incluindo 21 veícu-los municipais.

No que toca às pers-pectivas para 2009, aMAN admite que o mer-cado de camiões tam-bém irá regredir em Por-tugal. Mas os seus res-ponsáveis dizem contarcom “os bons argumen-tos das novas gamaspesadas TGS e TGX”,para além de preveremque as gamas baixa emédia, TGL e TGM, terãoum peso maior ao nívelde quotas de mercado.

da novos espaços de ar-rumação.

Com um peso rebocávelmáximo de 3 000 kg, oconstrutor manteve nanova geração uma gene-rosa altura ao solo e bonsângulos de ataque e desaída.

O Salão de Genebra rea-liza-se entre 5 e 15 deMarço.

plana da curva de binário.Para além de um novo

design exterior que confe-re à Ranger uma maiorelegância, associada aalguns detalhes de con-cepção desportiva, a gamaoferece também de sériesistemas de áudio comMP3, tomada de 12V, arcondicionado e vidroseléctricos. Apresenta ain-

VeículosComerciais

para 7,8% em 2008.Em 2008, a Iveco lançou

o novo modelo de camiãoda gama média Eurocar-go, renovou o Eurocargo4x4, apresentou dois no-vos veículos todo-o-terre-no ligeiros (Massif e Cam-pagnola), e o dumper rígi-

do RD50 Iveco Astra. Deassinalar também a apre-sentação, na R.P. China,em parceria com a SAIC,do veículo pesado 908,topo de gama da produçãolocal, e da versão 2008 doveículo ligeiro Power Dai-ly.