Trabalho Sobre WMS

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ INSTITUTO POLITÉCNICO GRADUAÇÃO EM LOGÍSTICA EMPRESARIAL Luciano Barbosa de Souza Eduardo Silva da Conceição Paulo Cesar Coelho Santiago GESTÃO DA INFORMAÇÃO EM ARMAZÉNS Rio de Janeiro, 10 de abril de 2006.

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INSTITUTO POLITÉCNICO UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ Luciano Barbosa de Souza Eduardo Silva da Conceição Paulo Cesar Coelho Santiago Rio de Janeiro, 10 de abril de 2006. Trabalho de acadêmico apresentado na Universidade Estácio de Sá, como requisito para obtenção de grau para a primeira prova, na disciplina Gestão de Informação em Logística, do 2º Período. Rio de Janeiro, 10 de abril de 2006.

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ

INSTITUTO POLITÉCNICO

GRADUAÇÃO EM LOGÍSTICA EMPRESARIAL

Luciano Barbosa de Souza Eduardo Silva da Conceição Paulo Cesar Coelho Santiago

GESTÃO DA INFORMAÇÃO EM ARMAZÉNS

Rio de Janeiro, 10 de abril de 2006.

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GESTÃO DA INFORMAÇÃO EM ARMAZÉNS

Trabalho de acadêmico apresentado na Universidade Estácio de Sá, como requisito para obtenção de grau para a primeira prova, na disciplina Gestão de Informação em Logística, do 2º Período.

Rio de Janeiro, 10 de abril de 2006.

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SUMÁRIO

1 – INTRODUÇÃO 2 – OBJETIVO 3 – JUSTIFICATIVA 4 – SINOPSE HISTÓRIA DA LOGÍSTICA

4.1 - Anos 70 4.2 - Anos 80 4.3 - Anos 90

5 – GESTÃO DE ESTOQUE

5.1 - Conceito e Tipos de Estoques 5.2 - A Dicotomia da Gestão de Estoques 5.3 - Índices para Gestão de Estoques 5.4 - Just in Time e Postergação

6 – WMS – SISTEMA DE GESTÃO DE ARMAZÉNS 6.1 – Objetivos do WMS 6.1.1 – Aumentar a precisão das informações de estoque

6.1.2 – Aumentar a velocidade e Qualidade das operações dos centros de distribuição

6.1.3 – Aumentar a produtividade do pessoal e dos equipamentos do armazém

6.2 – Características de um software WMS

6. 2.1 – Facilidade de interfaceamento com sistemas ERP de mercado ou

próprios 6.2.2 – Possibilidade de administrar múltiplos locais de estocagem 6.2.3 – Possibilidade de administrar mercadorias de diferentes proprietários 6.2.4 – Utilização de sistemas de coletas de dados por rádio freqüência 6. 2.5 – Utilização de sistemas de movimentação de mercadorias

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6. 2.6 – Utilização do conceito de convocação ativa 6.3 – Funcionalidades de um software WMS

6. 3.1 – Rastreabilidade das operações 6.3.2 – Inventários físicos rotativos e gerais 6. 3.3 – Planejamento e controle de capacidades 6. 3.4 – Definição de características de uso de cada local de armazenagem 6. 3.5 – Sistema de classificação dos itens 6. 3.6 – Controle de lotes, liberação de quarentenas e controle de qualidade 6. 3.7 – Separação de pedidos (picking) 6. 3.8 – Interfaceamento com clientes e fornecedores 6. 3.9 – Cálculo de embalagens de despacho, expedição e listas de conteúdo 6.3.10 – Controle de rotas e carregamento de veículos

6.4– A Implantação do Sistema WMS 7 – CONCLUSÃO 8 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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1 – INTRODUÇÃO

O trabalho a seguir está dividido em três partes. Destina-se ao esclarecimento quanto às necessidades da GESTÃO DA INFORMAÇÃO em soluções logisticas. De conteúdo abrangente, a primeira parte explicará, de maneira clara e objetiva, o surgimento, a evolução, o aprimoramento e a importância logística na historia da humanidade. A segunda parte dará uma visão da GESTÃO DE ARMAZÉNS, como ela é feita hoje por intermédio de conceitos logísticos. A terceira e última parte abrangerá o sistema WMS “Warehouse Management System” como uma ferramenta fundamental no controle das informações e sua aplicação.

2 - OBJETIVO O objetivo deste trabalho é dissertar sobre a importância da gestão de informações na logística focando-se a gestão de armazéns e como ferramenta na tomada de decisões de todos os níveis da empresa.

3 - JUSTIFICATIVA

Entendemos que ao longo da história da logística, a gestão da informação foi ganhando relevância. Contudo, a importância dela somente ganhou destaque nesta última década, sugerindo um novo modelo estrutural de estratégia que considera a importância das novas tecnologias de informação e sua utilidade junto aos componentes funcionais da logística, divididos em quatro níveis: estratégico, estrutural, funcional e implementar, inserindo no nível funcional as três gestões funcionais básicas da logística: armazenagem, transportes e informação. O sistema de informações logísticas tornou-se um fator crítico de sucessos na estratégia logística. Ele engloba a monitoração de fluxo ao longo de toda a cadeia de atividades logísticas, capturando dados básicos, transferindo para outros centros de tratamento e processamento, armazenando estes dados conforme seja necessário, processando-os em informações úteis, armazenando as informações conforme seja necessário e transferindo-as aos usuários e clientes. Nos dias de hoje, com o ambiente empresarial cada vez mais competitivo, a tecnologia da informação quando bem utilizada, torna-se um forte diferencial entre as empresas pela busca na excelência do atendimento ao cliente. Dessa forma as empresas buscam alternativas para facilitar o gerenciamento de suas atividades visando aumentar o controle e obter informações precisas que possam de fato agilizar a tomada de decisões e, conseqüentemente, melhorar o nível de serviço prestado.

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4 – SINÓPSE HISTÓRICA DA LOGÍSTICA A origem da palavra “LOGÍSTICA” vem do grego “LOGISTIKOS”, do qual o latim “LOGISTICUS” é derivado, ambos significando cálculo e raciocínio no sentido matemático. O desenvolvimento da logística está intimamente ligado ao progresso das atividades militares e das necessidades resultantes das guerras. O exército persa foi o primeiro a utilizar. Na expedição de Xerxes de encontro aos gregos, em 481 a.C., foram utilizados mais de 3.000 navios de transporte para sustentar o exército. Uma das grandes lendas na Logística, que inspirou outros grandes líderes como Júlio César e Napoleão, e que até hoje inspira as grandes empresas, foi Alexandre o Grande, da Macedônia. Seu império alcançou diversos países, incluindo a Grécia, Pérsia e Índia. Seu sucesso não foi um acidente. Ele foi capaz de superar os exércitos inimigos e expandir seu reinado graças aos seguintes fatores como:

· Inclusão da logística em seu planejamento estratégico; · Detalhado conhecimento dos exércitos inimigos, dos terrenos de batalha e dos períodos de fortes intempéries; · Inovadora incorporação de novas tecnologias de armamentos; · Desenvolvimento de alianças; · Manutenção de um simples ponto de controle. Era ele quem centralizava todas as decisões; era o ponto central de controle, gerenciando o sistema logístico e incorporando-o ao plano estratégico.

Alexandre foi o primeiro a empregar uma equipe especialmente treinada de engenheiros e contramestres, além da cavalaria e infantaria. Esses primitivos engenheiros desempenharam um papel importante para o seu sucesso, pois tinham a missão de estudar como reduzir a resistência das cidades que seriam atacadas. Os contramestres, por sua vez, operacionalizavam o melhor sistema logístico existente naquela época. Eles seguiam à frente dos exércitos com a missão de comprar todos os suprimentos necessários e de montar armazéns avançados no trajeto. Aqueles que cooperavam eram poupados e posteriormente recompensados; aqueles que resistiam, eram assassinados. O

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exército consumia diariamente cerca de 100 toneladas de alimentos e 300.000 litros de água! O exército de 35.000 homens não podia carregar mais do que 10 dias de suprimentos, mas mesmo assim, suas tropas marcharam milhares de quilômetros, a uma média de 32 quilômetros por dia. Seu exército percorreu 6.400 km, na marcha do Egito à Pérsia e Índia, a marcha mais longa da história. Outros exércitos se deslocavam a uma média de 16 ou 17 quilômetros por dia, pois dependiam do carro de boi, que fazia o transporte dos alimentos. Um carro de boi se deslocava a aproximadamente 3,5 quilômetros por hora, durante 5 horas até que os animais se esgotassem. Cavalos moviam-se a 6 ou 7 quilômetros por hora, durante 8 horas por dia. Eram necessários 5 cavalos para transportar a mesma carga que um carro de boi. Também inovou nos armamentos. Seus engenheiros desenvolveram um novo tipo de lança, chamada sarissa, que tinha 6 metros de comprimento, largamente utilizada pela infantaria. Com esse armamento derrotou um exército combinado de persas e gregos de 40.000 homens perdendo apenas 110 soldados, e também derrotou um exército de 160.000 homens na batalha de Amuq Plain. Assim, Alexandre o Grande criou o mais móvel e mais rápido exército da época. Em 218 a.C., o general Aníbal inovou durante a Segunda Guerra Púnica, utilizando elefantes para o transporte de 60.000 homens e suprimentos na travessia dos Pirineus em direção à Itália. Apesar dos avanços verificados no passado, apenas no século 17 a logística passou a ser utilizada dentro dos modernos princípios militares. Por volta de 1.670, um conselheiro do Rei Luís XIV sugeriu a criação de uma nova estrutura de suporte para solucionar os crescentes problemas administrativos experimentados com o novo exército desenvolvido a partir do caos medieval. Foi criada a posição de “Marechal General de Logis”, cujo título se originou do verbo francês “loger”, que significa alojar. Entre seus deveres estavam a responsabilidade pelo planejamento das marchas, seleção dos campos e regulamentação do transporte e fornecimento. O termo “LOGISTIQUE”, depois traduzido para o inglês “LOGISTICS” foi desenvolvido pelo principal teórico militar da primeira metade do século XIX, o Barão Antoine Henri Jomini. Baseado em suas experiências vividas em campanhas de guerra ao lado de Napoleão, Jomini escreveu o “Sumário da Arte da Guerra” em 1.836. Ele dividiu a arte da guerra em 5: estratégia, grandes táticas, logística, engenharia e táticas menores, definindo logística como “a arte de movimentar exércitos”. A logística não se limitava

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apenas aos mecanismos de transporte, mas também ao suporte, preparativos administrativos, reconhecimentos e inteligência envolvidos na movimentação e sustentação das forças militares. Paralelamente a Jomini, Karl Clausewitz’ s Vom Kriege publicou, em 1.831, a “Bíblia da Ciência Militar”. Brilhante em seus escritos sobre estratégias e táticas, a sua obra se tornou a grande referência em práticas e pensamentos militares no final da primeira metade do século XIX. A obra influenciou a grande maioria dos líderes militares. Infelizmente, em sua obra, Vom Kriege ignorou a atividade logística, fazendo com que o conceito de logística perdesse o sentido militar que Jomini tinha desenvolvido. Essa situação perdurou até meados do século XX, sendo resgatado pelos militares americanos que fizeram uso da logística no conflito bélico durante a Segunda Guerra Mundial. Outros fatos relevantes na história recente da Logística:

• 1.901 - A logística é examinada pela primeira vez sob o prisma acadêmico. • 1.916 - Arch Shaw em um artigo aborda os aspectos estratégicos da logística;

L.D.H. Weld introduziu os conceitos de utilidade de canais de distribuição.

• 1.927 - Ralph Borsodi, define o termo “logística” conforme utilizado hoje.

• 1.941 - 1.945 - Com a 2ª Guerra Mundial a logística tem um impulso em evolução e refinamento.

• Década de 50: as empresas começam a enfatizar a satisfação do Cliente no lucro.

Serviço ao Cliente torna-se mais tarde a pedra fundamental da administração da logística.

• 1.956 - artigo publicado pela Harvard Business School introduz o conceito de

análise de custo total na área de logística.

• Início dos anos 60: a Michigan State University e a The Ohio State University são as primeiras faculdades a ministrar cursos de graduação em Logística.

• 1.963 - Criado o National Council of Physical Distribution Management, mais

tarde mudado para Council of Logistics Management, primeira organização a congregar profissionais de logística em todas as áreas com o propósito de educação e treinamento. Em 1976, é publicado um estudo identificando os componentes do custo de manutenção dos estoques e metodologia para seu calculo.

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• 1.978 - a consultoria A. T. Kearney e o CLM publicam estudo da primeira

avaliação completa do estado da arte da atividade de serviço ao Cliente nas empresas americanas.

• Anos 70 e 80: implementação de diversas técnicas em logística como MRP,

“Materials Resource Planing”, Kanban, JIT, etc., mostrando a eficácia das práticas logísticas e a necessidade do relacionamento entre Logística, Marketing, Produção e outras funções empresariais. Já em 80 aumento da utilização de computadores.

• Artigo publicado por Graham Sharman aponta a necessidade de a alta

administração reconhecer a importância da administração logística.

• Década 90: formação de mercados globais, tais como MCE (Market Commun European), NAFTA (North American Free Tax Agrement), Mercosul (Mercado Comum do Cone Sul) etc..

No Brasil, a história da Logística é ainda muito recente, podendo-se destacar os seguintes fatos:

4.1 - ANOS 70

• Desconhecimento do termo e da abrangência da logística;

• Informática ainda era um mistério e de domínio restrito;

• Iniciativas no setor automobilístico, principalmente nos setores de movimentação e armazenagem de peças e componentes em função da complexidade de um automóvel que envolvia mais de 20.000 diferentes SKU;

• O setor de energia elétrica definia normas para embalagem, armazenagem e transporte de materiais;

• Em 1.977 são criadas a ABAM (Associação Brasileira de Administração de Materiais) e a ABMM (Associação Brasileira de Movimentação de Materiais);

• Em 1.979 é criado o IMAM - Instituto de Movimentação e Armazenagem de Materiais;

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4.2 - ANOS 80

• Em 1.980 surge o primeiro grupo de Estudos de Logística, criando as primeiras definições e diretrizes para diferenciar Transportes de Distribuição e de Logística;

• Em 1.982 é trazido do Japão o primeiro sistema moderno de logística integrada: o Just in Time (JIT) e o KANBAN, desenvolvidos pela Toyota Motors;

• Em 1.984 é criado o primeiro Grupo de Benchmarking em Logística;

• Em 1.984 a Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS) cria um departamento de logística para discutir e analisar as relações entre fornecedores e supermercados;

• É criado o Palete Padrão Brasileiro, conhecido como PBR e o projeto do Veículo Urbano de Carga;

• Em 1.988 é criada a Associação Brasileira de Logística (ASLOG); • Instalação do primeiro Operador Logístico no Brasil (Brasildock’s).

4.3 - ANOS 90

• Estabilização da economia a partir de 1.994 com o plano Real e foco na administração dos custos;

• Evolução da microinformática e da Tecnologia de Informação (TI), com o desenvolvimento de software para o gerenciamento de armazéns como o WMS, códigos de barras e sistemas para roteirização de entregas;

• Entrada de 06 novos operadores logísticos internacionais (Ryder, Danzas, Penske, TNT, McLane e Exel) e desenvolvimento de mais de 50 empresas nacionais;

• O aparecimento de tecnologias tais como Enterprise Resource Planning (ERP), Eletronic Data Interchange (EDI) e Eficient Consumer Response (ECR);

• Privatização de rodovias, portos, telecomunicações, ferrovias e terminais de contêineres;

• Investimentos em monitoramento de cargas;

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• Ascensão do e-commerce. 5 – GESTÃO DE ESTOQUE

5.1 - Conceito e Tipos de Estoques Estoques são todos os bens e materiais mantidos por uma organização para suprir demandas futuras. Podem ser encontrados na forma de (tipos de estoques): matéria-prima, produto em processo (em elaboração/produção), produto acabado, materiais e embalagens e produtos necessários para manutenção, reparo e suprimentos de operações, não necessariamente utilizados no processo de fabricação. O controle ou gestão de estoques compreende todas as atividades, procedimentos e técnicas que permitem garantir a qualidade correta, no tempo correto, de cada item do estoque ao longo da cadeia produtiva: dentro e fora das organizações.

5.2 - A Dicotomia da Gestão de Estoques

Existem estoques ao longo dos diversos pontos da cadeia produtiva: no fornecimento de matéria-prima, no processo produtivo da empresa, nos canais de distribuição até o consumidor final. Existe muita variação da quantidade e natureza dos estoques em função do tipo de indústria na qual a empresa atua, do comportamento do mercado consumidor (expansão, estável, recessivo), do período ou sazonalidade das vendas, do acesso aos fornecedores. Os estoques têm duas funções básicas: alimentar a produção ou suprir as vendas. Naquela função, visam permitir produção sem paradas - eliminando riscos de paradas na produção decorrentes de problemas no abastecimento – e melhorar a eficiência do processo produtivo – permitindo períodos mais longos de produção, considerados mais eficientes. Na função de suprir as vendas, os estoques visam atender as flutuações da demanda e, por conseqüência, melhorar o nível de serviço ao cliente. "É importante que as empresas atendam, de maneira personalizada e com agilidade, com os menores custos possíveis, as necessidades da cadeia de abastecimento para que não percam o timing de fornecimento do produto ao

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cliente, uma vez que este é um dos fatores preponderantes para a agregação de valor ao produto." (Ortolani, 2001) Enquanto as funções acima induzem a adoção de grandes quantidades de estoques ao longo da cadeia produtiva, análises econômicas se contrapõem no sentido de reduzir ao mínimo possível a quantidade de estoques, buscando, se possível, a situação ideal de não se ter estoque.

A abordagem econômica dos estoques considera que existem custos associados e a empresa perde a oportunidade de outros investimentos de capital. Os custos associados à manutenção do estoque (capital, armazenagem, movimentação, seguros, impostos, obsolescência, avarias e juros) geram despesas, que afetam o lucro da empresa. O investimento em estoque influencia a rentabilidade da empresa ao absorver capital que poderia ser investido de outra maneira. É um valor muito representativo no balanço das empresas, onde aparece como um elemento do ativo circulante. É o elemento do mix logístico com impacto visível sobre o resultado financeiro da empresa. Considerando a dicotomia pró e contra os estoques, o seu gerenciamento é elemento fundamental no processo de gestão das organizações.

5.3 - Índices para Gestão de Estoques

A Gestão de Estoques tem reflexos diretos e significativos na eficiência operacional (desempenho) e nas finanças da empresa. Para apoiar o processo de gestão, os indicadores mais comuns são: Giro de Estoque, Prazo Médio de Estoque e Lote Econômico de Compra (LEC), conceitos definidos na literatura e amplamente aplicados pelas práticas empresariais. O Giro do Estoque é um indicador financeiro que mede a velocidade com que alguns elementos (material/estoque) se renovam na empresa; o Prazo Médio de Estoque indica, na média, quantos dias um elemento (material/estoque) permanece em estoque ao longo do ano; LEC representa a quantidade ideal de compra, aquela que proporciona o menor custo de manutenção e o menor custo de aquisição do estoque. Os indicadores variam em função da indústria, da complexidade de produtos, do comportamento do mercado e da Gestão de Estoques da empresa.

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5.4 - Just in Time (JIT) e Postergação

São dois conceitos (conjunto de princípios e práticas) que podem ser adotados para reduzir significativamente os efeitos negativos dos estoques e melhorar o desempenho operacional, contribuindo para a competitividade da empresa. O princípio do JIT consiste na disponibilização do elemento produtivo (material, componente e produto) no momento em que ele é necessário, no processo produtivo ou nos canais de distribuição e venda. Pressupõe forte integração da empresa – internamente – e com seus parceiros – externamente – à montante e à jusante da produção. Há forte dependência das informações e previsões de venda e do transporte de materiais. A Postergação (Postponement) consiste no adiamento da diferenciação a ser introduzida no produto final ao longo do processo produtivo ou da cadeia de distribuição. A diferenciação é introduzida no produto com base num conjunto de itens básicos padronizados, o mais próximo possível do consumo. Exige forte concentração e desenvolvimento no "Projeto do Produto" de maneira a permitir ampla variedade de produtos a partir da combinação de componentes básicos padronizados. Permite melhores previsões de venda ao se considerar os produtos padronizados e previsões para a diferenciação porque essas ocorrem mais próximas do momento do consumo.

6 – WMS – SISTEMA DE GESTÃO DE ARMAZÉNS

O Warehouse Management System (WMS) ou Sistema de Gerenciamento de Armazém é um sistema de gestão por software que melhora e flexibiliza as operações de armazéns através do eficiente gerenciamento de informações e conclusão de tarefas, com um alto nível de controle e acuracidade de inventários. Permite administrar e rastrear todos os processos de movimentação de mercadorias; recebimento, armazenagem, separação, expedição, minimizando gargalos e no gerenciamento da alocação de recursos humanos, equipamentos mecânicos e endereços, com o menor custo possível, eliminando o desperdício sem perder a capacidade de reação. Encontra-se, em sua maioria, implantado em grandes empresas industriais, atacadistas, varejistas e operadores logísticos.

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Todos os produtos, funcionários, equipamentos e endereços de um ou mais Centros de Distribuição são identificados através da utilização de Códigos de Barras e da transmissão de dados por sistema de Rádio-Freqüência (Figura 1).

Figura 1: Exemplos de modelos de coletores de dados de rádio-freqüência. Tais teorias permitem a atualização das informações de forma on-line e em real-time.

6.1 – Objetivos do WMS

6.1.1 - Aumentar a precisão das informações de estoque

A preocupação de todos os envolvidos nas atividades logísticas com a acuracidade das informações de estoque é evidente. Erros, para mais ou para menos, causam faltas e excessos em estoque, além de provocarem sérios problemas de atendimento ao cliente.

Imagine a frustração de um consumidor que entrou em um site na internet, comprou um ou mais produtos, teve o valor de sua compra debitada em seu cartão de crédito e, posteriormente, recebe um e-mail da empresa B2C, informando que a mercadoria que estaria reservada para ele não estava disponível em estoque por causa de um “erro do sistema”. Neste e-mail a empresa de e-commerce pergunta se o cliente aceita esperar por alguns dias, até que o fornecedor faça nova entrega, ou se ele prefere ter seu débito no cartão de crédito estornado e cancelar sua compra.

É realmente uma situação de propaganda altamente negativa e que pode fazer com que o cliente nunca mais venha a comprar naquele site.

6.1.2 - Aumentar a velocidade e qualidade das operações dos centros de distribuição

Com a tendência, tanto no comércio real quanto no virtual, de compras cada dia em menores lotes e com maior freqüência, existe uma enorme pressão de

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aumento da eficiência nas operações de separação de pedidos de clientes. Haja vista as empresas de vendas pela internet e por catálogos que emitem milhares de notas fiscais de venda por dia, o que as obriga ao uso de sistemas de picking bastante elaborados, tanto para atender aos aspectos de velocidade, quanto para evitar que erros sejam cometidos na separação dos pedidos.

O uso de equipamentos de movimentação automatizados, controlados pelo próprio sistema computadorizado e também a utilização de coletores de dados através de códigos de barras (Figuras 2 e 3) e a comunicação on-line por rádio-freqüência, tornaram-se imprescindíveis para que as transações de estoque sejam realizadas velozmente e com alto grau de certeza, evitando-se os erros de expedição e atendendo os clientes em prazos menores a cada dia.

Figura 2: Exemplo de código de barras com endereçamento de

armazenagem.

Figura 3: Exemplos de códigos de barras diversos.

6.1.3 - Aumentar a produtividade do pessoal e dos equipamentos do armazém

Lotes menores, maior freqüência dos pedidos e a necessidade de menores prazos de entrega causam aumentos de custos logísticos que obrigam os responsáveis

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pelos armazéns e centros de distribuição a buscarem soluções de processos que aumentem a produtividade do pessoal e dos equipamentos dos armazéns.

Os sistemas WMS, através do seu princípio de convocação ativa (item 6.2.6) e da sua habilidade em trabalhar com equipamentos de movimentação automatizados, propiciam grande redução de custos com pessoal, além de reduzir a necessidade de equipamentos para a mesma quantidade de movimentações se estas forem feitas através de sistemas tradicionais.

6.2 - Características de um software WMS

6.2.1 - Facilidade de interfaceamento com sistemas ERP de mercado ou próprios

Os sistemas WMS se integram a sistemas ERP em pontos como o cadastro de materiais, as carteiras de pedidos de clientes e de fornecedores, a contabilização de estoques, o planejamento de compras e de produção, os sistemas de transportes, os ambientes de atendimento ao cliente, etc..

Apesar das últimas versões de sistemas ERP de primeira linha já começarem a vir com os módulos de WMS devidamente incorporados, é ainda maioria o caso de implantação dos sistemas de gerenciamento de armazéns para serem integrados com ERP antigos ou mesmo com sistemas de gestão desenvolvidos internamente pelas empresas (sistemas próprios).

Sendo assim, uma das características altamente desejáveis nos sistemas WMS é a facilidade e confiabilidade com que as trocas de dados com os demais sistemas da empresa puderem ser feitas.

6.2.2 - Possibilidade de administrar múltiplos locais de estocagem

O conceito de múltiplos locais de armazenagem pode ser entendido como a existência de vários armazéns em uma única planta de um único CNPJ ou de vários armazéns em locais geograficamente separados, com vários CNPJ. O sistema deve manter o controle de um mesmo item em vários armazéns de uma mesma empresa.

Podemos considerar também a questão do controle de armazenagem em diferentes estruturas, tais como: porta paletes, prateleiras, blocos, drive-in, entre outros. Deve contemplar ainda, a definição de diversas alternativas de paletes para o mesmo produto.

6.2.3 - Possibilidade de administrar mercadorias de diferentes proprietários

Quando da utilização de um sistema WMS na gestão de atividades de um operador logístico ou de um tradicional armazém geral, torna-se necessário

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identificar as transações efetuadas com as mercadorias de cada uma das empresas que o operador logístico presta serviços. O sistema WMS deverá ter a habilidade de ser consultado e receber dados de cada uma destas empresas através dos diversos sistemas de comunicação, mantendo-se a privacidade das informações das demais empresas que compartilham os locais de armazenagem do operador logístico ou do armazém geral.

6.2.4- Utilização de sistemas de coletas de dados por rádio-freqüência

A necessidade de aumentar a produtividade do pessoal do armazém e a importância de se trabalhar no conceito de “zero erro” obriga que os sistemas WMS tenham a habilidade de efetuar transações on-line e através também da utilização de códigos de barras.

Os códigos de barras representam códigos alfa numéricos impressos em etiquetas adesivas ou mesmo diretamente nas embalagens, a fim de viabilizar a comunicação de dados.

Os códigos de barras apresentam algumas desvantagens como:

- Custo considerável de equipamentos (impressoras de código de barras, coletores de dados, baterias sobressalentes, carregadores e insumos);

- Monitoramento para verificar a qualidade de leitura e impressão dos códigos de barra;

- Cuidado extra com produtos susceptíveis a danos, ocasionando erros de leitura.

Porém, há um retorno expressivo quando consideramos as seguintes vantagens:

- Aquisição de materiais de forma segura, sem a digitação de dados;

- Comunicação em tempo real;

- Disponibiliza dados tanto para o cliente como para o operador;

- Aumento na produtividade.

A ferramenta utilizada para viabilizar a comunicação destes dados são os Coletores de Dados de Rádio-Freqüência (CDRF) que permitem a leitura em linguagem de códigos de barras e possibilitam a transmissão destes dados de e para cada ponto do armazém. Esta característica hoje é requisito fundamental para os sistemas WMS.

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Esta ferramenta pode ser utilizada na entrada de novas remessas, contagem de mercadorias e cadastramento de produtos. E ainda informar as quantidades a serem separadas e o local onde está endereçado o produto e o destino do mesmo.

6.2.5 - Utilização de sistemas de movimentação de mercadorias

Outras ferramentas também propiciam o aumento na produtividade do pessoal do armazém, dentre elas podemos destacar os transportadores de saída, esteiras deslizantes, transelevadores, roletes acionados e por gravidade e as empilhadeiras (Figuras 4 a 15).

Os transportadores de saída, esteiras deslizantes, transelevadores, roletes acionados e por gravidade são sistemas móveis ou fixos que movem o estoque pelo CD. Como o interfaceamento a um WMS, possibilitam o direcionamento dos produtos no estoque. Necessitam de um planejamento e uma instalação mais cuidadosa. Garantem uma operação altamente eficiente e são normalmente utilizados em longas distâncias, altos empilhamentos e grandes volumes.

Figuras 4 e 5: Exemplos de transportadores de saída.

Figuras 6 e 7: Exemplos de esteiras deslizantes.

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Figuras 8 e 9: Exemplos de rolete acionado e rolete por gravidade.

Figuras 10 e 11: Exemplos de transelevadores.

As empilhadeiras são equipamentos móveis que também movimentam o estoque pelo CD. Aparece como uma ferramenta essencial no processo. O interfaceamento a um WMS possibilita a maximização de sua utilização, aumentando o retorno do investimento. Garantem uma operação altamente eficiente e são normalmente utilizadas em grandes volumes.

O WMS utiliza os seguintes fatores na avaliação das empilhadeiras: processos existentes, produtividade, ergonomia, utilização espacial e recursos disponíveis.

Figuras 12 e 13: Exemplos de modelos de empilhadeira manual e elétrica.

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Figuras 14 e 15: Exemplos de modelos de empilhadeiras a gás (GLP).

6.2.6 - Utilização do conceito de convocação ativa

Este conceito é baseado na atribuição de tarefas aos operadores, segundo regras do próprio sistema. Os operadores do armazém são cadastrados para cada uma das tarefas em que estejam habilitados e o sistema os convocará para tais tarefas a medida que eles informam que a tarefa anteriormente convocada foi realizada.

6.3 – Funcionalidades de um software WMS

6.3.1 - Rastreabilidade das operações

Todas as movimentações, recebimentos, separações, expedições e outras atividades cadastradas nas regras de negócio do sistema, são registradas em tempo real, inclusive quanto à identificação do operador ou equipamento que realizou a tarefa, permitindo, portanto, a recuperação da “história” de cada uma das atividades realizadas no armazém, trazendo segurança para os operadores e possibilitando a administração ativa da carga de trabalho.

O gerenciamento deste histórico pode ser efetuado através de telas e/ou relatórios, que exibem os estágios dos diferentes processos executados ou em execução.

6.3.2 - Inventários físicos rotativos e gerais

Através de regras parametrizadas pelo usuário, o sistema convocará operadores para a realização de inventários rotativos ou gerais, sejam inventários orientados por item ou orientados por endereço. Gerencia a distribuição das tarefas de inventário e aponta divergências do estoque físico com o estoque contábil.

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6.3.3 - Planejamento e controle de capacidades

Através do cadastramento de “centros de trabalho” como docas de recebimento, docas de expedição, operadores, empilhadeiras etc., e também cadastrando o consumo de recursos de cada uma das tarefas, pode-se efetuar um planejamento de atividades como agendamento de entregas dos fornecedores, alternativas de recebimento de caminhões por dia e hora marcados, priorização de desembarque, captura de notas fiscais dos fornecedores através de interfaces com sistemas corporativos, armazenamento, separação e expedição de pedidos de clientes, controlando a qualidade e integridade dos produtos em todas as etapas do processo, com a possibilidade de se analisar antecipadamente os “gargalos”, de maneira a tomar medidas de realocação de recursos com a necessária antecedência.

Possibilita ainda o recebimento de mercadorias na modalidade Cross-docking, a emissão de etiquetas de códigos de barras para paletes, volumes ou peças e os recebimentos de devoluções de clientes.

6.3.4 - Definição de características de uso de cada local de armazenagem

Através do mapeamento dos locais de armazenagem, podem-se identificar para o sistema todos os endereços livres ou ocupados e as características dos itens que possam ser ou estão armazenados em cada um dos locais, como quebras e sobras de produtos com shelf-life a vencer ou vencido, FIFO (First in, first out), entre outros. Analisa também a fragmentação de espaços no Centro de Distribuição, transformando as ocupações estáticas em dinâmicas.

Tendo-se as características dos itens, o sistema convocará os operadores para colocar os materiais em endereços adequados para a correta proteção e máxima produtividade das movimentações dos itens trabalhados.

6.3.5 - Sistema de classificação dos itens

O WMS deve ter um módulo de cadastramento dos itens de maneira a permitir o cadastramento de parâmetros em um nível, possibilitando que os materiais pertencentes àquela classe cadastrada possam absorver os parâmetros automaticamente, reduzindo o trabalho de cadastramento individual de cada item.

6.3.6 - Controle de lotes, liberação de quarentenas e controle de qualidade

O WMS deve manter um registro em cada uma das unidades de armazenagem, das informações dos lotes de fabricação de produtos sujeitos a este tipo de controle, de maneira a permitir a identificação futura de para quais clientes, internos ou externos, as mercadorias de um lote foram enviadas.

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De forma análoga, para aqueles itens que tenham controle por número de série, o sistema deve permitir a rastreabilidade das transações fazendo referência aquele número.

Também é fundamental que o sistema consiga informar a situação de cada material em sua unidade de armazenagem, em termos de aprovação, rejeição, quarentena, inspeção ou outras situações de bloqueio exigidas pelas características do item ou do processo.

6.3.7 - Separação de pedidos (picking)

O sistema deve permitir que se faça a separação das mercadorias da área de armazenamento para a expedição ou de uma área de armazenamento consolidada para uma área de separação secundária, otimizando-a sempre, de forma a criar um circuito lógico.

Estas movimentações devem ser parametrizadas por métodos como FIFO (First in-first out), LIFO (Last in- first out) ou mesmo métodos especiais para situações de excesso de carga ou falta de equipamentos de movimentação em altas estantes. Por tanto gerenciando ativamente as tarefas de separação pendentes.

Também deve permitir a separação por “ondas”, onde um grupo de pedidos é consolidado e capturado por intermédio de interfaces com sistemas comerciais e/ou roteirizadores ou ainda separar “por pedido”, quando assim for conveniente emite etiquetas de identificação para os pallets, volumes ou peças.

O sistema deve permitir ainda a integração com diferentes tipos de equipamentos como esteiras, balanças, sensores e equipamentos automáticos de movimentação.

6.3.8 - Interfaceamento com clientes e fornecedores

O sistema deve permitir a fácil comunicação, por meios como a internet, de maneira a receber dos fornecedores os documentos de remessa de mercadoria, notas fiscais, antecipadamente, possibilitando programar as operações de recebimento com antecedência.

Da mesma forma, deve permitir o recebimento de informações da empresa-cliente, quanto aos pedidos colocados nos fornecedores e das notas fiscais de venda para impressão no local do CD (Centro de Distribuição). Tais informações deverão sempre respeitar os padrões de EDI estabelecidos pelas entidades responsáveis.

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6.3.9 - Cálculo de embalagens de despacho, expedição e listas de conteúdo

Um WMS deve ter algoritmos para calcular as embalagens necessárias para acondicionar as diversas mercadorias a serem enviadas para um cliente. Controlar a expedição de pallets, volumes ou peças, possibilitando também a emissão de listagem do conteúdo e pesos bruto e líquido de cada embalagem (romaneio). A emissão de notas fiscais é opcional. Deve ainda gerenciar o cancelamento de pedidos e o retorno de mercadorias para o estoque.

6.3.10 - Controle de rotas e carregamento de veículos

O sistema deve permitir o cadastramento de rotas e controlar os volumes carregados em cada veículo.

Documentos de transporte como conhecimentos e manifestos devem poder ser transmitidos aos transportadores, visando agilizar o tempo de liberação dos veículos. Tal integração com transportadoras deve permitir, também, a transmissão de dados de recebimento pelos clientes (canhoto da nota fiscal), visando permitir a avaliação de desempenho do transportador e informações de rastreabilidade de encomendas para os clientes.

6.4 - A Implantação do Sistema WMS

Devido a participação de diversos agentes, internos e externos, exige-se que a implantação de um sistema WMS seja feita com base em conceitos de projeto, assegurando-se a participação de todos os envolvidos de maneira intensa e responsável.

Especial cuidado deve ser dado ao momento de migração dos sistemas, quando um inventário feito com máxima exatidão deve ser providenciado e os operadores do armazém devem ser treinados na utilização dos novos hardwares como os coletores de dados e nas transações do software em implantação.

Os responsáveis pela implantação devem ser treinados nas diversas funcionalidades do software e desenvolverem processos robustos para a operação futura do armazém, de maneira a executar a correta parametrização do sistema, obtendo do mesmo o máximo dos resultados para os quais foi desenvolvido. 7 - CONCLUSÃO

Este trabalho apresentou as necessidades da gestão de suprimentos e a gestão

de seus respectivos registros como fonte de controle e administração das informações de forma global e confíável, atribuindo para seus gestores, combustível para a tomada de decisões em guerras e organizações no mundo inteiro. Destacou-se que a gestão da

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informação na logística gera benefícios, desde a acuracidade da informação até a redução de custos com mão-de-obra e equipamentos desnecessários, tendo como uma de suas grandes ferramentas o WMS. Desta forma é impraticável no mundo atual, como no passado, não se pensar na Gestão da Informação, como estratégia de sobrevivência no mercado. 8 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CEZAR SUCUPIRA, Gestão de depósitos e centros de distribuição através dos softwares WMS. Desenvolvido por: Cezar Sucupira Educação e Consultoria Ltda. Disponível em: < http://www.cezarsucupira.com.br/artigos111.htm >, Acesso em: 10/03/2006.

CHING, Hong Yuh. Gestão de estoques na cadeia de logística integrada - Supply chain. 2ª. Ed., Edit. Atlas, 194 p. São Paulo, 2001.

DATASUL, Datasul.Com, Grandes conceitos. Grandes resultados. Gerenciamento de Armazéns - WMS. Desenvolvido por: Datasul. Disponível em: <http://www.datasul.com.br/html/gerenciamentodearmazens.asp>, Acesso em: 18/03/2006.

TIGERLOG, Tigerlog.com.br, História da Logística. Desenvolvido por: Tigerlog. Disponível em: <http://www.tigerlog.com.br/logistica/historia.asp>, Acesso em: 10/04/2006.

RODRIGO AROZO, Software de Supply Chain Management - Definições e Principais Funcionalidades. Desenvolvido por: Centro de Estudos em Logística Coppead/UFRJ. Disponível em: <http://www.logistica.com.br/internas/pesqdev/artigo6.html>, Acesso em: 10/03/2006.

RODRIGUES, Paulo Roberto Ambrósio. Introdução aos sistemas de transporte no Brasil e à logística internacional. 3ª. Ed. rev. e ampl. Aduaneiras, 180 p., São Paulo, 2003.

SERVICE PROVIDER, Provedor de soluções empresariais. Tecnologia para empresas. WMS - Warehouse Management System. Desenvolvido por: Service Provider. Disponível em: <http://www.serviceprovider.com.br/DetailsPage.asp?idItemMenu=2&idSubItemMenu=35>. Acesso em: 18/03/2006.

WIKIPÉDIA, Wikipédia, a enciclopédia livre. Desenvolvido por: Wikimedia Project. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki>. Acesso em: 10/03/2006.