FACULDADE UNISABERADMINISTRAÇÃO

RESENHA

ALBERTO BOZI JOSÉ EILSON PEREIRA DE SOUZA

RONNY CLAYTON DE OLIVEIRA NASCIMENTO

EMERSON MACIELFILOSOFIA E ÉTICA EMPRESARIAL

Novo Repartimento2012

ALBERTO BOZI JOSÉ EDILSON PEREIRA DE SOUZA

RONNY CLAYTON DE OLIVEIRA NASCIMENTO

RESENHA

FILME: OBRIGADO POR FUMAR.(Dois pesos, duas medidas)

Resenha da obra cinematográfica intitulada “Obrigado por fumar” apresentada como parte dos requisitos para aprovação na disciplina Filosofia e Ética, do Curso de Administração, ministrada pelo Prof.º Emerson Maciel.

Novo Repartimento2012

Obrigado por fumar - (Thank You for Smoking)

Filme americano, lançado em 2005, dirigido por Jason Reitman, com Aaron Eckhart, Robert Duvall, Katie Holmes entre outros.

O filme traz como tema central o cigarro com estereótipos que confundem às vezes sobre as escolhas entre o certo e o errado. Valoriza fortemente o poder da argumentação em detrimento daquilo que parece lógico e definitivo. Impulsionando o questionamento e os valores de cada um em relação a si próprio e aos circunvizinhos. Uma obra instigante e altamente reflexiva.

Durante o desenrolar do filme são distas frase, como por exemplo:

"Veja, Joey, essa é a beleza da argumentação. Se argumentar corretamente, nunca estará errado."

“Se consegue vender tabaco, consegue vender qualquer coisa.”

Obrigado por fumar.

Dois pesos, duas medidas.

A proposta do filme e exprimida no excepcional trabalho de um executivo, na ação de um porta-voz que tem a missão de defender os interesses de grandes empresas. Ainda que estas opiniões desvirtuem conceitos do que é certo ou errado. Questionando a ética e o bom senso.

Convencido da importância de ascender profissionalmente, com uma inteligência privilegiada, capaz de confundir até mesmo os seus preceitos básicos, objetivando alcançar uma posição de destaque dentro da organização para qual trabalha. Mas afinal quais são os limites impostos, até que ponto se pode ou deve ir.

No desenrolar da película cinematográfica os conflitos de um homem separado, com um filho adolescente e o relacionamento voraz com uma jornalista que quer a qualquer custo construir um furo para o jornal impresso que trabalha.

Convencido por se achar a última bolacha do pacote, se entrega aos prazeres e expõe a sua vida pessoal de forma irretratável. Amigos e família são suplantados ao verem retratadas informações pessoais de forma explicita.

Não bastassem as questões de trabalho sente a necessidade de cada vez mais estar perto do filho, que o tem como referência, apesar do medo recolhido. Esta aproximação de pai e filho impulsiona o porta-voz a rever conceitos e a se preocupar com o reflexo de suas atitudes.

Até que ponto afinal a ascensão funcional deve interferir na vida pessoal de um funcionário ou vice-versa. As escolhas são necessárias e devem respeitar a ética e a moral, uma vez que se torna impossível ser dois indivíduos numa única pessoa. Devemos sim nos importar com o meio, mesmo que os fins digam que não. Voltar atrás e reconhecer erros e trabalhar por sua correção é possível e valoriza o ser humano.

As empresas valorizam resultados, mas funcionários resolvidos produzem ainda mais.

A opção por defender aquilo que se pensa possui credibilidade maior, isso é fato, dizer o que os outros querem ouvir ou ver é parte de uma encenação e os resultados passam a ser temporários. Você rir ou chora e logo depois volta ao normal. Os problemas estarão lá a mercê do acaso.

O filme no final mostra claramente o resultado, através da repórter, que por se inclinar usando de má fé para atingir o objetivo é prejudicada na profissão, promovendo assim a definição da ética no trabalho.

Recheado de entrelinhas e informações em segundo plano o filme foi competente em trazer reflexão sobre o tema e acentua a importância e o valor dispensado a argumentação eloquente.