Trabalho prático #4 brocas (henrique santana 74278)

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Brocas de Perfuração E&P O mercado internacional de brocas de perfuração no segmento de exploração e produção de petróleo Henrique Santana 74278 Trabalho Prático #4

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  • Brocas de

    Perfurao E&P O mercado internacional de brocas

    de perfurao no segmento de

    explorao e produo de petrleo

    Henrique Santana 74278 Trabalho Prtico #4

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    NDICE:

    Histrico

    Classificao

    Estruturas Cortantes - Cortadores

    Comparativo

    Cisilhamento x Fraturamento x Esmerilhamento

    A escolha da broca

    Fornecimento

    Especificaes

    Referncias

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    Histrico

    A tcnica de perfurao por percusso para extrao de gua, sal e gs, foi utilizada na China,

    no perodo de 1122 a 520 a.C. O sistema se baseava no princpio de alavanca, onde o tronco de

    madeira era posicionado sobre uma forquilha de madeira cravada no solo. De um lado do tronco

    amarrava-se uma corda, onde se pendurava a ferramenta de percusso, e de outro se aplicava a fora

    propulsora humana.

    O sistema evoluiu no ocidente para o chamado Spring Pole, onde se utilizava um tronco de

    madeira verde apoiado numa forquilha, porem cravado no solo em uma das extremidades. Na

    extremidade livre eram amarrados estribos para a trao humana, juntamente com a corda e

    ferramenta de percusso. A vantagem desse sistema sobre o anterior foi a utilizao da energia

    potencial elstica da viga submetida a um carregamento alternado de flexo, durante o processo de

    percusso da ferramenta no fundo do poo. [1]

    Mais tarde o incio e a sustentao do processo de busca com crescente afirmao do produto

    na sociedade moderna datam de 1859, quando foi iniciada a explorao comercial nos Estados

    Unidos, logo aps a clebre descoberta do Cel. Drake, em Tittusville, Pensilvnia, com um poo de

    apenas 21 metros de profundidade perfurado com um sistema de percusso movido a vapor, que

    produziu por dia 2 m3/dia de leo. Descobriu-se que a destilao do petrleo resultava em produtos

    que substituam, com grande margem de lucro, o querosene obtido a partir do carvo e leo de

    baleia, que eram largamente utilizados para iluminao. Estes fatos marcaram o incio da era do

    petrleo.

    At o final do sculo passado os poos se multiplicaram e a perfurao com o mtodo de

    percusso viveu o seu perodo ureo. Neste mesmo perodo, entretanto, comea a ser desenvolvido o

    processo rotativo de perfurao. Em 1900, no Texas, o americano Anthony Lucas, utilizando o

    processo rotativo, encontrou leo a uma profundidade de 354 metros. Este evento foi considerado

    um marco importante na perfurao rotativa e na histria do petrleo.

    Nos anos seguintes a perfurao rotativa se desenvolve e progressivamente substitui a

    perfurao pelo mtodo de percusso. A melhoria dos projetos e da qualidade do ao, os novos

    projetos de broca e as novas tcnicas de perfurao possibilitam a perfurao de poos com mais de

    10.000 metros de profundidade [2].

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    Classificao

    Uma das atividades mais caras, seno a mais cara de todo o processo da cadeia produtiva da

    indstria petrolfera, a perfurao de um poo de petrleo algo que demanda investimentos

    volumosos, um tempo curto, e uma chance de sucesso quase que de 50%, no melhor dos casos, diga-

    se de passagem.

    Nesse contexto de riscos, e altos investimentos para a perfurao de um poo de petrleo, a

    broca de perfurao pea alm de fundamental, deve ser muito bem escolhida na fase da

    perfurao, pois h tipos diferentes de brocas, para ocasies diferentes e para perfurar diferentes

    camadas rochosas.

    A seguir vamos entender melhor como funciona esse equipamento to importante da

    perfurao.

    As brocas tm por objetivo, promover a ruptura e desagregao das formaes rochosas, sendo

    necessrio para isso um estudo considerando sua economicidade, e seu desempenho.

    As brocas so divididas em dois tipos bsicos: brocas sem partes mveis e com partes mveis.

    Brocas sem partes mveis: um tipo de broca que por no possuir partes mveis e rolamentos,

    diminui a possibilidade de falha, conforme a figura 01 a baixo.

    o

    Figura 01 Broca sem partes mveis

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    o Broca integral de lmina de ao Conhecidas como rabo de peixe (fish tail). Foram as

    primeiras a serem utilizadas na perfurao, perfuram por cisalhamento e sua estrutura

    cortante possui vida til muito curta e praticamente no so mais utilizadas.

    o Brocas de diamantes naturais Perfuram por esmerilhamento, e antigamente eram usadas

    em formaes que a fish tail no conseguia perfurar (a a necessidade de estudar qual

    broca tem melhor desempenho em determinada camada). Hoje so usadas em

    testemunhagem e em formaes extremamente duras e abrasivas. As brocas com

    estrutura cortante de diamantes naturais constam de um grande nmero de diamantes

    industrializados fixados em uma matriz metlica especial.

    o Brocas PDC (Pollycrystalline Diamond Compact) - no final da dcada de 70 foram lanadas

    as brocas de diamantes sintticos (diamantes artificiais). A estrutura de corte formada

    por pastilhas ou compactos montados sobre bases cilndricas, instaladas no corpo da

    broca. Perfuram por cisalhamento, por promoverem um efeito de cunha, a pastilha

    composta por uma camada fina de partculas de diamantes aglutinados com cobalto,

    fixada a outra camada composta por carbureto de tungstnio. As brocas PDC foram

    introduzidas para perfurar formaes moles com altas taxas de penetrao e maior vida

    til, em formaes duras o calor gerado durante a perfurao destri a ligao entre os

    diamantes e o cobalto. Mais a frente foram ento desenvolvidos os compactos TSP

    (Thermally Stable Pollycrystalline) que por no possurem cobalto, resistem mais ao calor.

    Brocas com partes mveis Possuem estruturas cortantes e rolamentos, podem ter de um a

    quatro cones, sendo as mais utilizadas as tricnicas pela sua eficincia e menor custo inicial em

    relao s demais. Na figura 02 temos modelos de brocas com partes mveis. [3]

    Figura 02 Broca com partes mveis

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    Estruturas Cortantes - Cortadores

    Estrutura cortante Os elementos que compem a estrutura cortante so fileiras de dentes

    montados sobre o cone que se interpe entre a fileira dos dentes dos cones adjacentes, quando se

    aplica rotao broca.

    Quanto estrutura cortante, so divididas em: Brocas de dentes de aos e Brocas de insertos.

    A ao da estrutura cortante das brocas tricnicas envolve a combinao de aes de

    raspagem, lascamento, esmagamento e eroso por impacto dos jatos de lama.

    Nas brocas projetadas para rochas moles o efeito de raspagem predominante, em rochas

    duras onde a taxa de penetrao baixa e os custos de perfurao tendem a ser altos, o mecanismo

    de esmagamento provou ser o mais adequado. [3]

    Comparativo

    Abaixo teremos um quadro comparativo com as principais caractersticas das brocas: [4]

    DRAGA DIAMANTE PDC TRICONE

    (dentes ao) TRICONE (insertos)

    Partes mveis No No No Sim Sim

    Tipo de corte Raspa Esmerilha Raspa Arranca Esmaga

    Formao Mole Mdia/dura Mole/dura Mole/dura Mdia/dura

    Cisilhamento x Fraturamento x Esmerilhamento

    Para cada rocha ou grupo de rochas existe um tipo de broca adequado, pois com base nas

    propriedades fsicas das formaes existentes que as brocas so projetadas e construdas. Ento,

    imprescindvel o prvio conhecimento das formaes a serem perfuradas, para que se possa escolher

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    a broca de desenho mais compatvel com o tipo de rocha, cuja destruio promovida pelos dentes

    da broca de trs maneiras diferentes.

    Cisalhamento - a broca produz a raspagem das rochas, que aliada a uma toro, saca o material

    raspado, removendo-o da rea de ao do dente. O efeito maior em rochas moles, diminuindo com

    o aumento da dureza, at que no mais ocorre em rochas duras. Para a produo deste efeito, o eixo

    dos cones, sobre os quais os dentes esto montados, no passa pelo centro da broca.

    Fraturamento - a broca trabalha provocando o efeito de fratura nas rochas, que aliado tambm

    a toro, limpa o material fraturado. As brocas para rochas duras produzem este efeito e, neste caso,

    os eixos das superfcies cnicas, tendem a coincidir com o centro da broca.

    Esmerilhamento - O efeito da broca, causado na rocha, de abraso e por isto requer uma

    superfcie de contato recoberta por um material mais duro que a rocha. As brocas de diamante so

    exemplo deste tipo de broca e so usadas para formaes muito duras ou abrasivas.

    Pelo modo de ao das brocas, conclui-se que para formaes duras, os dentes devem ser

    fortes (base maior que altura) e numerosos na montagem sobre os cones, no sendo necessrio que

    sejam afiados, pois a penetrao se d por efeito pela compresso exercida. Inversamente, para

    rochas brandas, os dentes devem ser longos, espaados e afiados, permitindo maior penetrao na

    rocha e maior eficincia, sem a necessidade de muito peso.

    Como as caractersticas das rochas so variadas, compreensvel que existam brocas de

    durezas intermedirias, que combinam os desenhos mencionados de acordo com os tipos de

    formao. Cada fabricante apresenta vrios tipos de brocas para atender a todas as necessidades. [5]

    A escolha da broca

    A seleo correta da ferramenta a ser utilizada, habilita o operador a produzir um trabalho

    racional, que lhe permita, no final, auferir lucro, dentro das condies do equipamento disponvel.

    Todavia, tal seleo, at certo ponto, tem sido feita de modo quase aleatrio.

    Visando melhorar a sistemtica de definio da broca, deve-se analisar as seguintes

    informaes: o desenho da broca, as brocas usadas, o perfil geolgico de poos vizinhos e as

    correlaes entre o comportamento da broca, as condies geolgicas e a execuo da operao de

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    perfurao. Destes fatores, o mais significativo so as brocas usadas, pois os seus aspectos podem

    traduzir as condies operacionais a que estiveram sujeitas, permitindo a correo na prxima broca.

    O comportamento de uma broca medido pela sua velocidade de penetrao e pela metragem

    total obtida, sendo a sua vida til determinada por uma ou mais das seguintes ocorrncias:

    o Os dentes se gastam, no permitindo a sua atuao na rocha;

    o As laterais se desgastam, reduzindo o dimetro da broca, produzindo um poo menor,

    podendo acarretar a priso da broca seguinte;

    o Os rolamentos da broca se gastam, podendo resultar na queda dos cones no fundo do

    poo;

    o Os pinos se partem ou se deformam, pelo efeito continuado do excesso de peso aplicado

    sobre a broca, dureza da rocha e condies abrasivas da lama de perfurao. [1]

    Fornecimento

    Segue abaixo uma relao de empresas que so fabricantes e fornecedoras de brocas de

    perfurao:

    o Baker Hugher - http://www.bakerhughes.com/

    o KS Bit - http://ksbit.com/

    o Smith International (Schlumberger) - http://www.smith.com/

    o NOV (National Oilwell Varco) - http://www.nov.com/

    Especificaes

    Teremos a seguir alguns exemplos de especificaes e dados tcnicos sobre brocas:

    Especificaes: Os dados informados tero caracteristicas de Tolerncias, Bicos e Torques. [6]

    http://www.bakerhughes.com/http://ksbit.com/http://www.smith.com/
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    o TOLERNCIAS:

    o BICOS

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    o TORQUE

    Referncias

    [1] Unicamp

    http://146.164.33.61/ambiental/Apostila%20de

    %20perfura%E7%E3o.pdf

    [2] Fundamento de Engenharia de Petrleo

    Jos Eduardo Thomas, organizador, Rio de

    Janeiro, Intercincia: Petrobras, 2001

    [3] Unipeg

    http://unipeg1.blogspot.com/2010/09/brocas-

    de-perfuracao-de-pocos-de.html

    [4] Apostila do curso de engenharia de petrleo

    da UNISANTA

    Matria: Princpios da engenharia de Petrleo,

    Capitulo IV, perfurao

    [5] Coopetroleo

    http://www.coopetroleo.com.br/pagua03.htm

    [6] Brochura da Baker Hugher

    http://www.bakerhughes.com/

    Observao geral: Algumas citaes em

    referncia foram resumidas e interpretadas de

    acordo com o critrio estabelecido pelo autor do

    material.

    http://146.164.33.61/ambiental/Apostila%20de%20perfura%E7%E3o.pdfhttp://146.164.33.61/ambiental/Apostila%20de%20perfura%E7%E3o.pdfhttp://joseduardothomas/organizador/RiodeJaneiro/Intercincia:Petrobras,2001/http://joseduardothomas/organizador/RiodeJaneiro/Intercincia:Petrobras,2001/http://unipeg1.blogspot.com/2010/09/brocas-de-perfuracao-de-pocos-de.htmlhttp://unipeg1.blogspot.com/2010/09/brocas-de-perfuracao-de-pocos-de.htmlhttp://www.coopetroleo.com.br/pagua03.htmhttp://www.bakerhughes.com/