Trabalho - Monitoramento Da Fauna

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1. INTRODUÇÃO Quando se pensa na recuperação de áreas degradadas o que logo vem à mente das pessoas é o componente flora, como as gramíneas, os arbustos, as árvores e as epífitas. Mas eles são somente metade do fator biótico presente em um ecossistema. A fauna é de muita importância e tem um grande papel no processo de recuperação, pois ela está intimamente ligada com o processo de polinização e dispersão de sementes e talvez o mais importante, a reestruturação do solo. Neste trabalho será abordado de forma sucinta a importância, a influência e os métodos em que a fauna está inserida nesse grande e complexo processo de recuperação de uma área degradada. 3

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Monitoramento de fauna

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1. INTRODUOQuando se pensa na recuperao de reas degradadas o que logo vem mentedaspessoasocomponenteflora, comoasgramneas, osarbustos, asrvores e as epfitas. Mas eles so somente metade do fator bitico presente em umecossistema.fauna de muita import!ncia e tem um grande papel no processo derecuperao, poiselaestintimamenteligadacomoprocessodepolini"aoedisperso de sementes e talve" o mais importante, a reestruturao do solo. #este trabal$o ser abordado de forma sucinta a import!ncia, a influ%ncia eos mtodos em que a fauna est inserida nesse grande e comple&o processo derecuperao de uma rea degradada.2. O USO DA FAUNA 3'.( M)#*+),M-#+) . /0#) maior problema em relao ao monitoramento faunstico est e&atamentenarique"adeespciesverificadanosecossistemastropicaisesubtropicais. 1omil$ares de espcies, e em sua maioria difceis de serem identificadas. -ntretanto, este problema em parte pode ser solucionado, selecionando2seespcies con$ecidas como3bioindicadoras3 entreaquelas quenoapresentemelevado grau de dificuldade para identificao. Mesmo assim, as anlises de campodemandam um treinamento mnimo para que erros significativos no ocorram. 4or outrolado, ainterpretaodosdadosobtidosnosdiagnsticosdecampo, requer bastante e&peri%ncia para que o prognstico se5a correto. *sto , asimplespresenadeumaespcieraraouameaadadee&tino, ouentoaocorr%ncia de umelevado ndice de diversidade de espcies, no indicamnecessariamente que uma determinada reserva florestal se5a de tima qualidade eque ten$a condi6es de conservar suas popula6es animais. '.'/0# .- 1)7) 8)M) 9*)*#.*8.),)s organismos possuem diferentes capacidades de resistir a mudanas emseunic$oecolgico. -staresist%nciatemcomolimites e&tremosas :onasde+oler!ncia /isiolgica ;18.toler!ncia fisiolgica de um indivduosmudanasnoseunic$oecolgicomostraseuvalor comoindicador deumasituao abitica. -st indicao, tanto dos fatores abiticos quanto biticos de umnic$o ecolgico, con$ecida como biondicao ;,9-, (=?'>.9ioindicadores so organismos ou comunidades de organismos cu5asfun6esvitaissotoestreitamenterelacionadascomosfatoresabiticos, quepodem ser utili"ados como indicadores das mudanas destes fatores ;18. e&plica que, em casos de e&tensivas modifica6esdos ecossistemas provocadas pelo $omem, so apropriados estudos utili"ando2sebioindicadores. #este caso eles relacionaram2se com a $abilidade das comunidadesem recuperarem espontaneamente a sua funo normal.43. A FUNO DAS TCNICAS DE NUCLEAOA.( +B8#*81 #087-.),1s tcnicas nucleadoras propostas por ,eis et al. ;'CCA> e complementadaspor 9ec$ara ;'CCA> esto caracteri"adas na /igura ( e a proposta que as mesmas,para e&ercerem sua funo, ocupem uma parte pequena da rea a ser restaurada,no mais do que DE. +odo o restante deve estar sob a influ%ncia dos nFcleos, mas,principalmente, su5eita as condi6es naturais de sucesso secundria, resultante deumcon5unto de variveis tpicas da paisagemonde se insere a rea a serrestaurada.lm do critrio de distribuio espacial, cada tcnica dever serimplementada na rea degradada em um gradiente de tempo diferente ou em umaordemcronolgicadistintadeacordocomasfun6esdesempen$adaspor cadauma. *sto leva em considerao principalmente, as condi6es fsicas ;temperatura,luminosidade, vento, umidade e condi6es edficas> e biolgicas ;seres vivos> ou ograu de defici%ncia destes elementos na rea a restaurar.5A.' +,#14)1*GH) .- 1)7) transposio de solo visa resgatar a micro, a meso e a macro faunaIflorado solo ;sementes, propgulos, microorganismos, fungos, bactrias, min$ocas,algas, etc> pelatransposiodepor6essuperficiaisde(mJ desolodasreasnaturais conservadas dos remanescentes de vegetao mais pr&imos s reas aserem restauradas ;,eis et al. 'CCA>.funo bsica desta tcnica a introduode espcies $erbceo2arbustivas pioneiras que se desenvolvem e proliferam2se emnFcleos, atraindo a fauna consumidora ;$erbvoros, polini"adores e dispersores desementes>, bem como preparando o ambiente para as seres subsequentes 5 queestasespciesentramemsenesc%nciaprecocementeecumpremseupapel defacilitadoras. )s nFcleos formados geram aglomerados de vegetao densa que sedestacam na paisagem com os primeiros nFcleos de abrigo para a fauna e produodas primeiras sementes na rea em questo.A.A 4)7-*,)1 ,+*/*8**10ma outra tcnica a ser aplicada logo aps ou concomitantemente atransposiodosoloatcnicadospoleirosartificiais;vivoseIousecos>. )spoleiros secos soestruturas que imitamgal$os secos deplantase atuamcomoestrutura de repouso, forrageamento e caa para aves ;,eis et al., 'CCA>. ;/igura (8e .>. )s poleiros vivos so estruturas que apresentam atrativos alimentcios ou deabrigo para os animais que os utili"am. -les imitam rvores vivas para atrair animaiscomcomportamentodistintoequenoutili"amospoleirossecos;/igura(9>..entro desse grupo, destacam2se os morcegos, que procuram locais de abrigo paracompletarem a alimentao dos frutos col$idos em rvores distantes. vesfrugvoras tambm so atradas por poleiros vivos quando estes fornecem fonte dealimento. implantao desta tcnica nos estdios iniciais de restaurao se 5ustificapor contribuir com um intenso aporte de c$uva de sementes por meio da avifauna.,eis et al. ;'CCA>, sugerem a implantao de poleiros artificiais como estratgia paraincrementar a c$uva de sementes da rea a restaurar, considerando sua utili"aoessencial para implementao da grande biodiversidade para a rea emrestaurao. )s poleiros vivos Ktorres de cipsL ;/igura (> contribuem no somente6com a atrao direta de dispersores, como tambm com a formao de uma barreiraefetiva contra ventos fortes e criao de um microclima favorvel aodesenvolvimento de espcies escifitas ;,-*1 et al., 'CCA>.s sementes oriundas dos poleiros representam uma fonte de propgulospara o enriquecimento da comunidade em processo de restaurao, como tambmuma fonte de alimento para dispersores secundrios e outros consumidores,contribuindo para a perman%ncia desses animais no local. -sse processo possibilitaa formao de uma nova cadeia trfica e aumenta a diversidade funcional da rea,promovendo a reconstruo da comunidade em todos os seus elementos;produtores, consumidores e decompositores>.#o entanto, a principal ao dos poleiros, consiste no seu papel detrampolins ecolgicos, formando corredores virtuais entre os fragmentos vi"in$os darea a ser restaurada.Bnecessriofrisar que, devidoaconcentraodesementessobestespoleiros, estes so locais onde raramente ocorrer recrutamento de pl!ntulas, umave" que representamlocais de alta predao e de disperso secundria dassementes a depositadas.)s e&perimentos tem mostrado que atuam, no sentido de atrair a fauna davi"in$ana, quando esto distribudos esparsamente, no ultrapassando M poleirospor $ectare.)s e&perimentos tem mostrado que atuam, no sentido de atrair a fauna davi"in$ana, quando esto distribudos esparsamente, no ultrapassando M poleirospor $ectare.A.M 9,*N)1 4,/0#0m dos requisitos bsicos para a restaurao a presena, dentro de umacomunidade emformao, da presena de abrigos para a fauna. 0ma readescampada representa uma grande e&posio dos animais aos seus predadores oqueimplicanumaquasecompletaaus%nciadestesemreasdegradadas. -statcnica consiste no acFmulo de gal$os, tocos, resduos florestais ou amontoados depedras, dispostosemleirasdistribudasnaformadenFcleosouaglomeradosaolongo da rea a restaurar ;/igura (>. -stes nFcleos atuam como refFgios artificiais7para a fauna, devido a criao de um microclima adequado. 1ecundariamente, estesabrigos tambm podem atuar como poleiros para predadores. #o caso de montes degal$aria ou resduos vegetais, $ uma tend%ncia de serem coloni"ados por +rmitas;cupins>, larvas de colepteros e outros insetos que coloni"am a madeira da gal$aria;,eis et al., 'CCA>. -stas fun6es possibilitam e facilitam a c$egada de propgulos ;sementes> nareaarestaurar devidoaatraodeanimaispredadoresonvorosquebuscamabrigo, local pararefFgio, alimentao, ourepouso. )utraimportante funo desta tcnica refere2se a deposio de matria org!nica geradapeladecomposiodomaterial ;gal$aria> queenriqueceosoloecriacondi6esadequadas germinao e crescimento de sementes de espcies mais adaptadasaos ambientes sombreados e Fmidos ;,eis et al., 'CCA>.84. MDULOS DE RESTAURAOM.( 0M 4,)4)1+ .- MO.07) 4arafacilitar aoperacionalidadedeaplicaodastcnicasdenucleaoideali"ou2se a formao de mdulos de restaurao. -ste ocupam P de $ectare eob5etiva tornar a matri" mais permevel e consequentemente, aumentar aconectividade dos remanescentes naturais desta paisagemcomo decorrer dotempo, uma ve" que, constituir fontes de propgulos artificiais.#estapropostaparaasreasciliares, astcnicassomadas, ocupamumpequenoespao;D,='E>, servindocomoKgatil$osecolgicosL paraoinciodoprocesso sucessional secundrio.tend%ncia de que nos demais espaos, ;QDE>se5aestabelecidaumacomple&arededeintera6esentreosorganismoseumavariedade sucessional, as quais podero convergir para mFltiplos pontos deequilbrio no espao e no tempo, fruto da abertura da eventualidade.95. CONCLUSO fauna do solo est intimamente associada aos processos dedecomposio e ciclagem de nutrientes que so de fundamental import!ncia para amanuteno da produtividade das culturas. B ao mesmo tempo agentetransformador e refle&o das caractersticas fsicas, qumicas e biolgicas dos solos. sensibilidade dos invertebrados de solo aos diferentes mane5os reflete claramenteo quanto uma determinada prtica de mane5o pode ser considerada ou noconservativa do ponto de vista da estrutura e fertilidade do solo. +ais caractersticas5 5ustificama utili"ao da fauna de solo como indicadora das modifica6esambientais. #o caso de reas degradadas, cu5a interveno do $omem e noecossistema foi parcialmente ou totalmente destrutiva, nota2se que $ umasucesso de organismos que esto presentes em cada etapa de recuperao destasreas, comoosnematoides, aneldeosedemaisinvertebrados. 1endoassim, possvel que, dentro destes grupos de invertebrados edficos, se possam encontrarindivduos especficos para cada da recuperao destas reas degradadas, isto ,bioindicadores de cada situao. -stes bioindicadores atuariam em con5unto com osfatoresfsicosequmicosdosolo, estabelecendooestgioeastend%nciasdedesenvolvimento desta recuperao.10REFERNCIAS 9-8