CONDICIONANTE IV LS PROGRAMA DE MONITORAMENTO DA … · 2018. 9. 6. · CONDICIONANTE IV LS...
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CONDICIONANTE IV LS
PROGRAMA DE MONITORAMENTO DA FAUNA DA ÁREA
DE INFLUÊNCIA DA LINHA DE TRANSMISSÃO DA
DESENVIX
CAMPANHA 4
Maio 2011
APRESENTAÇÃO
A Papyrus Soluções está implementando o Programa de Monitoramento da Fauna
na área de influência da Linha de Transmissão do Parque Eólico Desenvix
(Macaúbas, Seabra e Novo Horizonte), localizado no município de Brotas de
Macaúbas, Bahia, seguindo o escopo apresentado ao IMA – Instituto do Meio
Ambiente da Bahia no âmbito do licenciamento ambiental do empreendimento.
REALIZAÇÃO
DESENVIX S/A
Alameda Araguaia, 3571, Conj. 2014 – Barueri – São Paulo Tel: (48) 3031-2500
EXECUÇÃO
PAPYRUS SOLUÇÕES Consultoria e Treinamento em Meio Ambiente, Qualida de e Saúde e Segurança do Trabalho Av. Amarílio Thiago dos Santos, 21-D, Centro – Lauro de Freitas – Bahia Tel: (71) 3378-5323/ 9125-2850/ 8794-1011 – E-mail: [email protected] Coordenação Geral
Charlene Neves Luz
Mestre em Engenharia Ambiental Urbana. MBA em Auditoria e Gestão Ambiental. Bacharel em Urbanismo. Técnica em Meio Ambiente.
Coordenação Técnica
Ricardo Hortélio Cruz Rios
MBA em Auditoria e Gestão Ambiental. Biólogo.
Equipe Técnica
Angelo Giusepe Rodrigues Brasileiro
Bacharel em Ciências Biológicas com ênfase em biologia animal.
Marília Abero Sá de Barros
Bacharel em Ciências Biológicas.
Thiago Filadelfo Miranda
Bacharel em Ciências Biológicas.
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO................................................................................................................................ 5
2. METODOLOGIA........................................ ..................................................................................... 7
2.1 MASTOFAUNA ...................................................................................................................... 7 2.1.1 LIVE TRAP................................................................................................................................ 8 2.1.2 CÂMERA TRAP........................................................................................................................ 11 2.1.3 PROCURA VISUAL ATIVA (PVA) POR VESTÍGIOS EM TRANSECTOS ............................................. 12 2.2 AVIFAUNA ........................................................................................................................... 12 2.2.1 CAPTURA COM REDE DE NEBLINA............................................................................................. 13 2.2.2 LISTAS DE 10 ......................................................................................................................... 15 2.2.3 PADRÕES DE COMPORTAMENTO DE VÔO, RISCOS DE MORTE E MORTALIDADE DE AVES ............... 16 2.3 MORCEGOS (QUIROPTEROFAUNA) ................................................................................ 18
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................. ...................................................................... 23
3.1 MASTOFAUNA .................................................................................................................... 23 3.1.1 LIVE TRAP.............................................................................................................................. 24 3.1.2 CÂMERA TRAP........................................................................................................................ 28 3.1.3 PROCURA VISUAL ATIVA (PVA) POR VESTÍGIOS EM TRANSECTOS ............................................. 32 3.1.4 DIVERSIDADE DE MARGALEF E ÍNDICE DE EQUITABILIDADE ....................................................... 36 3.2 AVIFAUNA ........................................................................................................................... 40 3.2.1 RIQUEZA E COMPOSIÇÃO ESPECÍFICA DA AVIFAUNA .................................................................. 40 3.2.2 CAPTURA, ANILHAMENTO E RE-CAPTURA ................................................................................ 48 3.2.3 CONSIDERAÇÕES SOBRE EVENTOS REPRODUTIVOS .................................................................. 56 3.2.4 CONSIDERAÇÕES SOBRE ESPÉCIES AMEAÇADAS ...................................................................... 57 3.3 MORCEGOS (QUIROPTEROFAUNA) ................................................................................ 58
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................... .......................................................................... 66
5. REFERÊNCIAS ............................................................................................................................ 70
6. ANEXOS....................................................................................................................................... 88
6.1 ANEXO I: MAPA DE LOCALIZAÇÃO DAS ÁREAS AMOSTRAIS ....................................... 88 6.2 ANEXO II: DADOS BRUTOS DOS MAMÍFEROS REGISTRADOS NA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA LT DA DESENVIX – MAIO/2011 ........................................................................... 90 6.3 ANEXO III: PRANCHA DE FOTOS – MONITORAMENTO DA AVIFAUNA ......................... 91
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1. INTRODUÇÃO
O local em estudo está localizado no centro-sul da Bahia, inserido nas depressões
interplanálticas semiáridas do nordeste no domínio morfoclimático da caatinga (AB’
SÁBER, 1981), seu relevo é levemente ondulado, o solo é raso e pedregoso sobre o
embasamento cristalino. Ocorrem chuvas geralmente torrenciais com pouca
retenção de água pelo solo, favorecendo a ocorrência de enxurradas. O clima é seco
e com estação chuvosa no verão.
A vegetação característica é a caatinga arbustiva aberta com baixa riqueza de
espécies, com o predomínio entre as associações de Mimosa, Caesalpinia e
Aristida, com a presença de áreas de pasto em campo aberto.
O Programa de Monitoramento da Fauna é condicionante da Licença simplificada do
empreendimento. O desenvolvimento do referido Programa é de suma importância
visto que pode garantir uma benéfica interação entre empreendimento e o
ecossistema que pertence, além de potencializar impactos positivos e minimizar os
efeitos dos negativos.
Os pontos amostrais para o monitoramento da Linha de Transmissão e do Parque
Eólico da Desenvix foram os mesmos, já que suas áreas de influência se sobrepõem
quase que na totalidade, otimizando assim o esforço amostral e melhorando as
respostas ao monitoramento.
O Programa de Monitoramento da Fauna segue às recomendações de mitigação
dos impactos à fauna silvestre apresentada nos estudos ambientais do referido
empreendimento. A coleta de dados foi realizada conforme metodologia proposta no
Programa de Monitoramento da Fauna da área de influência do empreendimento.
O presente relatório contém a apresentação, metodologia e discussão dos
resultados obtidos na execução da Primeira Campanha de Monitoramento da Fauna,
realizada no período de 05 a 21 de maio de 2011.
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As campanhas de Monitoramento da Fauna são realizadas com frequência bimestral
(Quadro 1 ) e são tratadas de uma forma especial, avaliando as populações com a
finalidade de minimizar os impactos causados pela Linha de Transmissão do Parque
Eólico DESENVIX.
Quadro 1: Cronograma do Monitoramento das Espécies Ameaçadas e Vulneráveis a Extinção
Campanha 1 2 3 4
Fauna Novembro 2010 Janeiro 2011 Março 2011 Maio 2011
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2. METODOLOGIA
A área de estudo da coleta dos dados para Monitoramento da Fauna está inserida
na Área Diretamente Afetada (ADA) da Linha de Transmissão do Parque Eólico
DESENVIX. De acordo com o método de levantamento de dados foram utilizadas
diferentes áreas, o mapa com a localização destas encontra-se no Anexo I .
2.1 MASTOFAUNA
A execução da campanha de monitoramento demanda um dia de implantação das
armadilhas e sete dias de coleta de dados efetivo.
Foram utilizadas três metodologias para levantamento de dados, sendo a malha
amostral citada no Quadro 2 .
Quadro 2: Malha amostral
Área Amostral Coordenadas
A01 0789541E 8634836N
A02 0789249E 8649152N
A03 0789682E 8637056N
A04 0787321E 8639694N
A05 0791314E 8637034N
C01 0787321E 8639694N
C02 0789249E 8649152N
C03 0789516E 8637042N
C04 0791314E 8637034N
C05 0788995E 8634430N
V01 0789541E 8634836N
V02 0789249E 8649152N
V03 0789682E 8637056N
V04 0787321E 8639694N
V05 0787321E 8639694N
V06 0788995E 8634430N
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2.1.1 Live Trap
Foram distribuídas 10 armadilhas Live Trap, sendo oito do modelo Tomahawk e
duas Sherman, em cada uma das cinco áreas amostrais, totalizando 50 armadilhas
por campanha durante sete dias, resultando um esforço amostral de 8.400 horas.
Em cada área amostral as armadilhas foram dispostas equidistantemente 20m uma
da outra. As armadilhas foram posicionadas no solo (Figura 1 ), a fim de capturar
exemplares de pequenos e médios mamíferos, especialmente roedores e
marsupiais.
Figura 1: Armadilha Live Trap modelo Tomahawk
utilizada na ADA
Área Amostral 1 (0789541E/8634836N) (Figura 2 ): Fitofisionomia de Grosseiro, as
armadilhas ficaram dispostas ao longo de uma trilha abandonada,
aproximadamente, a 100m da faixa dos aerogeradores.
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Figura 2: Área amostral 1 (A01), local de instalaçã o de
armadilhas Live Trap, 0789541E 8634836N
Área Amostral 2 (0789249E/8649152N) (Figura 3 ): Fitofisionomia de Groseiro, as
armadilhas ficaram dispersas de modo aleatório, aproximadamente, a 10m da faixa
de servidão da linha de transmissão (LT).
Figura 3: Área amostral 2 (A02), local de instalaçã o de
armadilhas Live Trap, 0789249E/8649152N
Área Amostral 3 (0789682E/8637056N) (Figura 4 ): Fitofisionomia de Capoeira, as
armadilhas ficaram dispersas aleatoriamente, aproximadamente, a 1.000m do
canteiro de obras do empreendimento.
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Figura 4: Área amostral 3 (A03), local de instalaçã o de
armadilhas Live Trap, 0789682E/8637056N
Área Amostral 4 (0787321E/8639694N) (Figura 5 ): Fitofisionomia de Carrasco, as
armadilhas ficaram distribuídas ao longo de uma trilha secundária,
aproximadamente, a 50m de um reservatório de dessedentação de animais.
Figura 5: Área amostral 4 (A04), local de instalaçã o de
armadilhas Live Trap, 0787321E/8639694N
Área Amostral 5 (0791314E/8637034N) (Figura 6 ): Fitofisionomia borda de Carrasco
com Capoeira, as armadilhas ficaram dispostas na borda da mata.
11
Figura 6: Área amostral 5 (A05), local de instalaçã o de
armadilhas Live Trap, 0791314E/8637034N
2.1.2 Câmera Trap
As Câmeras Trap são armadilhas fotográficas automáticas sensíveis a movimento
para registro e monitoramento de médios e grandes mamíferos, funcionando durante
24h.
Foram distribuídas duas unidades em cada uma das cinco áreas amostrais: C01
(0787321E/8639694N), C02 (0789249E/8649152N), C03 (0789516E/8637042N),
C04 (0791314E/8637034N) e C05 (0788995E/8634430N), próximas as trilhas de
mamíferos silvestres (carreirão), totalizando 10 armadilhas por campanha durante
sete dias, resultando um esforço amostral de 3.024 horas.
Em cada área amostral as armadilhas foram usadas duas armadilhas com distância
média de 4m e fixadas em arvoredos a, aproximadamente, 30cm do solo (Figura 7 ).
Foram utilizadas iscas atrativas de bacon, paçoca e sardinha a fim de atrair os
espécimes de mamíferos para a área de disparo do equipamento para registrar do
animal.
12
Figura 7: Câmera Trap utilizada na ADA
2.1.3 Procura Visual Ativa (PVA) por vestígios em t ransectos
Foram percorridos diariamente durante seis dias, transectos de 200m a procura de
vestígios (tocas, fezes, pegadas e/ou pêlos), próximo às Áreas Amostrais escolhidas
para instalação das Live Traps e da Câmeras Trap 04 (V06). O esforço amostral foi
igual a 1.400m linear por área amostral.
2.2 AVIFAUNA
Para avaliar a dinâmica de estrutura da comunidade de aves na Linha de
Transmissão foram utilizadas metodologias de amostragem quantitativa e qualitativa.
A terceira campanha na área do empreendimento ocorreu no final do período de
chuvas na região. Os trabalhos foram realizados durante os períodos de maior
atividade das aves, da aurora até as 10h30min e das 15h até cerca de duas horas
após o crepúsculo – neste caso, objetivando capturar e/ou registrar as espécies de
hábitos crepusculares e noturnos, como bacuraus e corujas.
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Os trabalhos de campo desta expedição totalizam 60h, tendo sido realizados por
dois observadores, ambos experientes com o grupo das aves. Para que futuras
comparações pudessem ser feitas entre as campanhas procurou-se manter o
mesmo esforço amostral entre estas, permitindo uma padronização das análises dos
resultados.
As espécies de aves foram registradas por visualização direta, a olho nu ou com
auxílio de binóculos 10 x 42, ou por reconhecimento das vocalizações específicas.
Para tanto, foram utilizadas gravações de vocalizações de diferentes espécies
emitidas com uso de caixas acústicas portáteis para atrair os espécimes por
“playback” (BUDNEY; GROTKE, 1997; MARION, et al., 1981). Essa técnica é
particularmente indicada para a detecção de aves noturnas, espécies com baixas
densidades, com grandes territórios ou que emitem vocalizações normalmente
pouco audíveis (JOHNSON, et al., 1981). As gravações das vocalizações utilizadas
foram cantos obtidos através de site especializado XENO-CANTO (2010). Estas
também foram utilizadas para identificar, por comparação, cantos ouvidos em
campo.
A identificação das aves foi feita com uso de guias de campo (GRANTSAU, 1988,
2010; RIDGELY & TUDOR, 1989, 1994; DEL HOYO, et al., 1994, 2003; SICK, 1997,
2001; SIGRIST, 2007; SOUZA, 2004) e por comparação com os registros de
vocalizações.
2.2.1 Captura com rede de neblina
As aves foram capturadas com redes de neblina (mist net) e marcadas com anilhas
coloridas de forma a individualizar os espécimes. Esta marcação permite um
acompanhamento visual dos movimentos territoriais e de área de vida das espécies,
sendo possível estabelecer se determinados indivíduos se mantiveram em seu
território original ou não, após determinada interferência antrópica no ambiente.
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Seis dias foram dedicados à amostragem com redes mist-net. As redes foram
distribuídas por três ambientes (G1, G2 e G3), cada ambiente possuía três pontos
diferentes (G1P1, G1P2, G1P3, G2P1, G2P2, G2P3, G3P1, G3P2 e G3P3)
totalizando nove pontos amostrais, que eram amostrados por dois dias consecutivos.
Cada ponto de amostragem está eqüidistante 200 m entre si (Quadro 3 ).
Quadro 3: Malha amostral
Entrada para Grupo 1 Entrada para Grupo 2 Entrada p ara Grupo 3
23L 0789660 23L 0792689 23L 0789186
UTM 8634628 UTM 8636626 UTM 8648772
G1P1 G2P1 G3P1
23L 0789615 23L 0792727 23L 0789275
UTM 8634714 UTM 8636792 UTM 8648708
G1P2 G2P2 G3P2
23L 0789552 23L 0792773 23L 0789268
UTM 8634856 UTM 8636808 UTM 8648794
G1P3 G2P3 G3P3
23L 0789501 23L 0792560 23L 0789206
UTM 8634968 UTM 8636786 UTM 8648858
Cada rede possui 12 m de comprimento e foram instaladas em número de três,
formando linhas contínuas de 36 m em cada ponto. Cada linha de redes
permaneceu aberta durante seis horas em cada dia. Com três redes armadas em
três pontos diferentes, durante seis horas por dia, esta campanha produziu 336
horas de rede armada.
Das aves capturadas foram coletados dados biológicos e morfométricos e quando
possível a idade e o sexo. Dados morfométricos de comprimento da cabeça, bico,
tarso, diâmetro do tarso, asa e comprimento total foram aferidos conforme descrito
por SICK (1997). Dados sobre mudas nas penas de contorno, rêmiges e retrizes,
também seguiram o proposto por SICK (1997). A presença de placa de incubação foi
registrada de acordo com a escala de desenvolvimento proposta pelo IBAMA (1994).
Para as futuras comparações quantitativas, a partir das capturas e entre as
campanhas, seguiremos o procedimento adotado por ROOS et al., (2006), que
estabeleceu o número de indivíduos capturados em 100 horas-redes como índice de
abundância, a partir da formula: TC = n x 100 / HR, onde n é o número de indivíduos
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capturados na rede; HR é o número de horas-rede da amostra; e TC é a taxa de
captura. A HR será calculada multiplicando-se o número de redes pelo tempo de
operação das mesmas (1 hora-rede significa uma rede de 12 m aberta por uma
hora).
2.2.2 Listas de 10
Os dados qualitativos foram coletados através do método de Mackinnon List
(adaptado de MACKINNON & PHILLIPS, 1993; POULSEN et al., 1997) e foram
utilizados para verificar a riqueza total da área do empreendimento e a suficiência de
esforço amostral pelo método.
A metodologia adotada consistiu na elaboração do maior número de listas, de forma
que, para cada lista fossem registradas as 10 primeiras diferentes espécies
observadas, sendo uma mesma espécie possível de ser registrada em mais de uma
lista, porém nunca na mesma lista.
Quando contatado um registro indireto de uma espécie, este era computado como
integrante da lista que estava sendo elaborada naquele momento (MACKINNON et
al., 1991; MACKINNON & PHILLIPPS, 1993; HERZOG et al., 2002). Foram
considerados como registros de presença das espécies de aves os indícios
indiretos, como ninhos, pelotas, penas, carcaças, etc., desde que resultassem em
identificação específica fidedigna.
A elaboração das listas foi feita ao longo de estradas e trilhas próximas às redes de
captura, de maneira que ao término de uma lista fazia-se um distanciamento de 50
metros para o começo da próxima lista, a fim de se evitar o registro de um mesmo
indivíduo na lista subseqüente.
Registros em literatura especializada também foram utilizados, como livros,
periódicos, citações na internet, além do relatório técnico sobre a avifauna da área
de estudo elaborado em julho de 2009. Isso permitiu registrar a possível ocorrência
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das diferentes espécies na região, bem como dados de sua biologia, preferência por
habitat, status, dieta e distribuição, considerando a presença, na área de estudo, dos
tipos vegetacionais em que estas espécies estão associadas. As principais fontes
bibliográficas utilizadas foram: LIMA, 2005; LOBÃO, 2005; OLMOS et al., 2005;
PACHECO & BAUER, 2000; SILVA et al., 2003, 2005; SANTOS & FONSECA-
NETO, 2009.
Para a categorização quanto ao nível de ameaça de extinção das espécies
registradas, foi utilizada a lista oficial do Ministério do Meio Ambiente (MMA, 2008) e
da União Mundial para Conservação da Natureza (IUCN, 2010). As espécies de
aves residentes, visitantes sazonais do Brasil e endêmicas do bioma Caatinga foram
identificadas através da Lista Primária de Aves do Brasil, do Comitê Brasileiro de
Registros Ornitológicos (CBRO, 2011). A classificação taxonômica das aves também
seguiu a proposta deste Comitê.
A dieta predominante das espécies de aves foi determinada por observações em
campo e por registros em literatura (SIGRIST, 2007; SICK, 1997; SOUZA, 2004),
sendo adotados os grupos tróficos: insetívora, carnívora, necrófaga, frugívora,
nectarívora, detritívora, granívora, onívora e piscívora.
A categorização de espécies de interesse econômico foi baseada em dados de
literatura (SICK, 1997; MMA, 2008), sendo também consideradas as entrevistas
realizadas, uma vez que uma determinada espécie pode ter interesse econômico em
dada região e não em outra.
2.2.3 Padrões de comportamento de vôo, riscos de mo rte e mortalidade de
aves
Uma vez que as torres da linha de transmissão estejam instaladas, os padrões de
comportamento de vôo serão avaliados a partir de parâmetros descritos por Percival
(2003), que incluem o número de vôos por ano através do traçado da LT, a
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velocidade de vôo da ave e o seu tamanho (comprimento e envergadura da asa),
além de dados sobre o tamanho das torres.
Serão coletadas informações sobre altitude e freqüência de vôo para avaliar o
número potencial de colisões casuais e, dessa maneira analisar os riscos de morte.
Os dados serão correlacionados com variáveis meteorológicas de acordo com Janss
(1998). Para a coleta de dados serão percorridos cinco transectos de 500m de
extensão cada, eqüidistantes 200m. Serão considerados os comportamentos
observados dentro de um raio de 100m.
Os dados sobre mortalidade serão coletados por um monitor (pessoa da
comunidade que será contratada e treinada para esta finalidade). Frequentemente,
ele percorrerá as pistas de acesso ao empreendimento e visitará todas as torres em
busca de aves mortas. A inspeção das torres deverá cobrir uma área
correspondente ao perímetro sob influência da LT. Os indivíduos encontrados
mortos serão acondicionados em sacos plásticos e depositados em freezer com
registro de dados sobre ponto, dia e hora da coleta.
Para uma análise de mortalidade em decorrência de colisões com os torres da LT
serão considerados o número total de aves mortas e freqüência por espécie ao
longo de 30 dias. Esses dados serão correlacionados com as informações de
comportamento de vôo e abundância de cada espécie, além de dados
meteorológicos. O anilhamento previsto será muito útil às analises de movimentação
e mortalidade ao longo da área de estudo.
Todo material coletado será analisado para a compreensão das variáveis envolvidas
no óbito. Os espécimes coletados deverão ser depositados e tombados na coleção
do Museu de Zoologia da Universidade Federal da Bahia - UFBA.
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2.3 MORCEGOS (QUIROPTEROFAUNA)
Captura com redes de neblina ao acaso em áreas pote nciais
O método de captura com redes de neblina ao acaso em áreas potenciais foi
utilizado com os seguintes objetivos: 1. detectar a presença de espécies de
quirópteros em áreas potenciais na área diretamente afetada (ADA) do
empreendimento; 2. verificar a abundância de diferentes espécies e famílias no geral
e nos diferentes tipos de hábitat na área de influência; 3. verificar os tipos de hábitat
e zonas de forrageio mais freqüentemente utilizados por cada espécie na região; e
4. obter dados biológicos dos exemplares de quirópteros capturados. Além disso,
este método é complementar ao método de localização de colônias (descrito na
próxima seção) para o levantamento de espécies na região da LT, pois aumenta a
probabilidade de capturar espécies de quirópteros que não formam colônias ou
formam colônias de difícil localização.
Foram realizadas noites de amostragem com redes de neblina ao acaso em três
pontos localizados na área diretamente afetada (ADA) da LT da Desenvix, os pontos
G1, G2 e G3 (Tabela 1 ; Mapa em Anexo). Os tipos de hábitat de interesse para
quirópteros predominantes na região são áreas relativamente abertas com árvores
de pequeno porte e arbustos esparsos, e bordas de fragmentos de vegetação. Os
pontos de amostragem foram selecionados de forma a abranger estes tipos de
hábitat (Tabela 1 ).
Foram realizadas, no total, quatro noites de amostragem, sendo duas no ponto G2,
uma no ponto G1 e uma no ponto G3. Em cada noite de amostragem, foram
armadas nove redes de neblina, sendo de seis redes de 12 X 3 metros e três de 9 X
3 metros. As redes foram abertas logo após o pôr-do-sol, às 17h 30min, e
permaneceram abertas até as 23h 30min, totalizando seis horas de exposição.
Além destes pontos, foi realizada uma noite de amostragem com redes de neblina
ao acaso em uma área potencial, RN1, em uma trilha em meio à vegetação
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arbustiva nas proximidades de paredes rochosas que formam a serra onde está
localizado a LT da Desenvix (Tabela 1 ). Neste ponto, foram armadas cinco redes de
neblina de 12 X 3 metros, que permaneceram expostas durante seis horas, desde o
pôr-do-sol ás 17h 30min.
No total, o esforço amostral realizado com a utilização de redes de neblina foi de
8208 h.m2. O cálculo foi realizado de acordo com o sugerido por Straube & Bianconi
(2002), utilizando-se a unidade h.m2, ou seja, multiplicando-se os seguintes fatores:
a área de cada rede (altura x comprimento), o número de horas de exposição, o
número de redes e o número de noites de amostragem.
Em cada noite de amostragem, foi registrado o número total de espécies capturadas
e o número de indivíduos de cada espécie. Para cada morcego capturado, foram
obtidos os seguintes dados biológicos: sexo, idade, estágio reprodutivo, tamanho do
antebraço (mm) e massa (g). No caso de dúvida sobre a identificação da espécie
capturada, o exemplar foi coletado, fixado em formol 10% e conservado em álcool
70%, para posterior análise em laboratório e confirmação da identificação
taxonômica. Os exemplares coletados serão posteriormente tombados em coleção
científica. Nos demais casos, foi realizada a soltura dos morcegos logo após as
medições, no mesmo local da captura.
Tabela 1: Localização, coordenadas geográficas e de scrição do tipo de hábitat dos pontos amostrados com redes de neblina para a captura de q uirópteros, na área de influência da
LT da Desenvix, município de Brotas de Macaúbas (BA ) Ponto Coordenadas Descrição do Hábitat
G1
(Figura 8)
23L 0789615 / 8634714 Trilha entre fragmento denso e contínuo de
vegetação arbórea.
G2
(Figura 9)
23L 0792706 / 8636784 Borda de fragmentos descontínuos de vegetação,
em área aberta com árvores e arbustos esparsos.
G3
(Figura 10)
23L 0789307 / 8648824 Borda de fragmentos contínuos de vegetação
arbórea em área relativamente fechada.
RN1
(Figura 11)
23L 0789021 / 8634458 Trilha entre vegetação arbustiva, nas
proximidades de paredes rochosas.
20
Figura 8: Ponto G1, localizado em uma trilha em fra gmento denso e
contínuo de vegetação arbórea de caatinga, onde for am armadas redes de neblina para captura de quirópteros em áre as potenciais, na
área de influência da LT da Desenvix, Brotas de Mac aúbas (BA)
Figura 9: Ponto G2, localizado em borda de fragment os descontínuos de vegetação em área aberta, onde foram armadas red es de neblina
para captura de quirópteros em áreas potenciais, na área de influência da LT da Desenvix, Brotas de Macaúbas (B A)
21
Figura 10: Ponto G3, localizado em borda de fragmen tos contínuos de vegetação arbórea em área relativamente fechada, onde foram armadas redes de neblina para captura de quiróptero s em áreas potenciais, na área de influência da LT da Desenvix , Brotas de
Macaúbas (BA)
Figura 11: Ponto RN1, localizado em uma trilha entr e vegetação arbustiva nas proximidades de paredes rochosas, ond e foram
armadas redes de neblina para captura de quiróptero s em áreas potenciais, na área de influência da LT da Desenvix , Brotas de
Macaúbas (BA)
22
Localização de colônias de quirópteros
O método da localização de colônias de quirópteros tem como objetivos: 1. detectar
a presença de espécies gregárias de quirópteros nas áreas direta e indireta do
empreendimento; 2. verificar a abundância de diferentes espécies e famílias no geral
e em diferentes áreas da LT e seu entorno; 3. verificar os tipos de abrigo e tipos de
hábitat mais freqüentemente utilizados por cada espécie na região. A utilização
deste método é especialmente importante porque aumenta a chance de capturar
morcegos insetívoros, espécies mais atingidas em regiões onde há parques eólicos,
que costumam ser subamostradas com a utilização de redes de neblina em áreas
potenciais, devido à maior altura de vôo e eficiência do sistema de ecolocalização.
Primeiramente, foram realizadas entrevistas com proprietários, funcionários e
moradores locais da área de influência direta e entorno da LT da Desenvix sobre a
presença de colônias de morcegos na região. Além disso, foram verificados abrigos
potenciais para morcegos em diversos pontos distribuídos ao longo da área de
instalação e arredores do empreendimento. Abrigos potenciais para quirópteros
incluem construções humanas como casas, galpões, postes e pontes, assim como
abrigos naturais em ocos, cascas e folhas de árvores e arbustos, furnas entre
pedras, cavernas e formações rochosas em geral. A presença de colônias em um
abrigo potencial é confirmada quando quirópteros são observados diretamente no
abrigo, ou através da localização de vestígios como fezes e odor característico.
Nas colônias localizadas, foram realizadas capturas com redes de neblina armadas
na rota de saída do abrigo. Foi anotada a descrição do abrigo diurno, as
coordenadas geográficas e a(s) espécie(s) presente(s). Cada morcego capturado foi
observado para obtenção dos seguintes dados: sexo, idade, estágio reprodutivo,
medida do comprimento do antebraço (mm) e massa (g). Os indivíduos foram soltos
no mesmo local da captura. Em caso de captura de quirópteros cuja identificação
taxonômica só é possível através da coleta e observação em laboratório, o indivíduo
foi morto por inalação de éter, fixado em formol 10%, conservado em álcool 70%, e
posteriormente tombado em coleção científica.
23
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
3.1 MASTOFAUNA
Durante a quarta campanha do Monitoramento de Mastofauna foram registradas 5
espécies de mamíferos, com a curva coletora de espécies (Gráfico 1 ) se
estabilizando no quinto dia.
A espécie que obteve maior frequência nos registros foi a Raposa (Cerdocyon thous)
com 9,52%, seguida pelo Rato-do-mato (Oryzomys sp.) com 3,80%, o Rato-cachorro
(Micoureus demerarae) com 2,85%, o Tapeti (Sylvilagus brasiliensis) e o Tatu-peba
(Euphractus sexcinctus) com 1,90% (Gráfico 2 ).
Gráfico 1: Curva coletora de espécies durante a qua rta
campanha de Monitoramento da Mastofauna
24
Gráfico 2: Frequência das espécies registradas dura nte a quarta campanha de Monitoramento da Mastofauna
Apresenta-se a seguir os resultados por metodologia.
3.1.1 Live Trap
Durante o período foram realizadas sete capturas, quatro Ratos-do-mato (Oryzomys
sp.) (Figura 12 ) (TAG335 e TAG374, recapturados uma vezes cada) nas àreas
Amostrais 2 e 3 e três Ratos-cachorro (Micoureus cf. demerarae) (Figura 13 )
(TAG312; TAG321; TAG322) nas Áreas Amostrais 1 e 4.
25
Figura 12: Rato-cachorro ( Micoureus cf. demerarae )
capturado na armadilha Livre Trap 01 na ADA
Figura 13: Rato-do-mato ( Oryzomys sp.) capturado na
armadilha Livre Trap 03 na ADA
Em relação ao sucesso de captura, registraram-se percentuais de 4%, 4%, 4%, 2%
e 0% para as unidades amostrais A01, A02, A03, A04 e A05, respectivamente
(Gráfico 3 ).
26
Gráfico 3: Sucesso de Captura Relativa (%) à quarta Campanha do Monitoramento da Mastofauna das Unidades Amostrais
Em termos de riqueza foram obtidos uma espécie para a Área Amostral 1, 2, 3 e 4
(A01; A02; A03 e A04), com exceção da Área Amostral 5 (A05) que não obteve
nenhuma espécie nas Live trap. O número total de indivíduos foi maior nas áreas
amostrais A01, A02 e A03, com dois espécimes cada, seguido da A04 com um único
espécime (Gráfico 4 ).
Gráfico 4: Número total de indíviduos e Riqueza de
espécies por Área Amostral de Live Trap
27
Para o número de indivíduos capturados na quarta campanha com relação às
campanhas passadas (Gráfico 5 ) houve um acréscimo dos valores na A01, A02 e
A03, enquanto que na A04 ocorreu um decréscimo de quatro para um indivíduos
capturados. A Área Amostral 5 (A05) permaneceu com zero indivíduos capturados.
Gráfico 5: Número total de indíviduos das 1ª, 2ª, 3 ª e 4ª
Campanhas por Área Amostral de Live Trap
Comparando-se a variação da riqueza da quarta campanha em relação às
campanhas anteriores registradas pela metodologia de Live Trap (Gráfico 6 ),
constata-se que a riqueza se estabilizou na A03, cresceu na ordem de uma espécie
nas áreas amostrais A01 e A02, e decresceu na área A04. A Área Amostral 5 (A05)
permaneceu com zero espécies capturados.
28
Gráfico 6: Riqueza de espécies das 1ª, 2ª, 3ª e 4ª campanhas por Área Amostral de Live Trap
3.1.2 Câmera Trap
Com a utilização da Câmera Trap registramos as espécies Raposa (Cerdocyon
thous) (Figura 14 ) seis vezes na C03, uma vez nas C01, C02 e C05 e um Tapeti
(Sylvilagus brasiliensis) (Figura 15 ) duas vezes na C02.
29
Figura 14: Raposa ( Cerdocyon thous ) registrada na
Câmera Trap 01 na ADA
Figura 15: Tapeti ( Sylvilagus brasiliensis ) registrada pela Câmera Trap 02 na ADA
A metodologia da Câmera Trap por área obteve o sucesso de captura de 10%, 30%,
60%, 0% e 10% para as unidades amostrais C01, C02, C03, C04 e C05,
respectivamente (Gráfico 7 ).
30
Gráfico 7: Sucesso de captura por área amostral
registrado pela Câmera Trap
O número total de indivíduos registrado pela Câmera Trap obtiveram valores de
nenhum registro para a C04, um registro para C01 e um para C05, três registros
para C02 e seis para C03. Quanto à riqueza de espécies registrada pela Câmera
Trap as C01, C03 e C05 registraram uma espécie cada uma e a C02 registro duas
espécies (Gráfico 8 ).
31
Gráfico 8: Número total de indivíduos e riqueza de
espécies por área de amostral registrado pela Câmer a Trap
Para o número de indivíduos registrados pela Câmera Trap na primeira, segunda,
terceira e quarta campanhas (Gráfico 9 ) houve uma manutenção dos valores na
C05, um acréscimo na C01, C02 e C03, enquanto que na C04 houve um
decréscimo, de dois para zero indivíduos registrados.
Gráfico 9: Número total de indíviduos das 1ª, 2ª, 3 ª e 4ª
Campanhas por Área Amostral de Câmera Trap.
32
Comparando-se a variação da riqueza da quarta campanha em relação às
campanhas anteriores, registrada pela metodologia de Câmera Trap (Gráfico 10 ),
constata-se que a riqueza se manteve estável nas C03 e C05, cresceu nas C01 e
C02, porém decresceu na C04 de um para nenhuma espécie.
Gráfico 10: Riqueza de espécies das 1ª, 2ª, 3ª e 4ª Campanhas por Área Amostral de Câmera Trap.
3.1.3 Procura Visual Ativa (PVA) por vestígios em t ransectos
Durante a quarta campanha foram registradas duas pegadas de Raposa (Cerdocyon
thous) (Figura 16 ) na V02 e V03 e dois vestígios de Tatu-peba (Euphractus
sexcinctus) (Figura 17 ) na V03.
33
Figura 16: Pegada de Raposa ( Cerdocyon thous )
registrada na área amostral 03 (V03) na ADA
Figura 17: Rastro de Tatu-peba ( Euphractus sexcinctus )
na área amostral 03 (V03) na ADA
O número total de indivíduos por área amostral registrada foi de 0, 1, 3, 0, 0,
respectivamente, para áreas amostrais V01, V02, V03, V04, V05 (Gráfico 11 ). A
riqueza de espécies obtida foi de 0, 1, 2, 0, 0, respectivamente, para áreas amostrais
V01, V02, V03, V04, V05, (Gráfico 11 ).
34
Gráfico 11: Número total de indivíduos e Riqueza de espécies por área amostral do método de PVA por vestígios de mamíferos
Para o número de indivíduos registrados pela PVA por vestígios de mamíferos
durante a primeira, segunda, terceira e quarta campanhas (Gráfico 12 ) houve uma
manutenção do valor na V01, enquanto que na V02, V03, V04 e V05 houve um
decréscimo, respectivamente, de três pra um, nove para três, e de dois para nenhum
indivíduo registrado nas duas últimas áreas amostrais.
35
Gráfico 12: Número total de indivíduos registrados pela PVA durante as 1ª, 2ª, 3ª e 4ª Campanhas por Área
Amostral
Comparando-se a variação da riqueza da quarta campanha em relação às
campanhas anteriores registradas pela metodologia de PVA por vestígio de
mamífero (Gráfico 13 ), constata-se que a riqueza se manteve estável na V01,
enquanto que nas demais (V02, V03, V04 e V05) houve um decréscimo,
respectivamente, de três para um, de cinco para dois, e de dois para zero espécies
nas duas últimas áreas amostrais.
36
Gráfico 13: Número espécies registradas pela PVA du rante as 1ª, 2ª, 3ª e 4ª campanha por Área Amostral
3.1.4 Diversidade de Margalef e Índice de Equitabil idade
Este índice é uma medida utilizada em ecologia para estimar a biodiversidade de
uma comunidade com base na distribuição numérica dos indivíduos das diferentes
espécies em função do número total de indivíduos existentes nas amostras
analisadas, no caso a primeira e segunda campanha, com base na abundancia
relativa de cada espécie. Quando o valor de Margalef é superior a cinco significa
uma grande diversidade.
O índice de Magalef obtido na primeira campanha foi igual a 6,1075, acumulado das
duas primeiras campanhas foi de 7,5421, das três campanhas foi de 8,8256, e das
quatro campanhas foi de 8,2495, sugerindo que a diversidade tendeu a estabilidade.
37
A equitabilidade refere-se ao padrão de distribuição de indivíduos entre as espécies,
sendo proporcional a diversidade, exceto se houver co-dominância de espécies,
portanto, quanto mais semelhança (valor mais próximo de 1), maior equitabilidade. A
equitabilidade obtida para a primeira campanha foi de 0,8975, já para as duas
campanhas decresceu para 0,7839, na terceira campanha a equitabilidade
aumentou para 1,391, e na quarta campanha 1,1345 a equitabilidade chegou mais
próxima de 1, sugerindo maior equitabilidade.
DESCRIÇÃO DAS ESPÉCIES
ESPÉCIES NÃO AMEAÇADAS DE EXTINÇÃO
Tatu-peba ( Euphractus sexcinctus )
O Tatu-peba (Euphractus sexcinctus) é a única espécie do gênero e possui ampla
distribuição geográfica, ocorrendo principalmente na parte leste da América do Sul
(EISENBERG & REDFORD, 1999).
Os adultos podem medir mais de 40cm de comprimento cabeça-corpo, sua cauda
podem atingir de 11,9 a 24,1cm, e a massa corporal varia de 3,2 a 6,5kg (REDFORD
& WETZEL, 1985). O Tatu-peba apresenta a carapaça de coloração pardo-
amarelada a marrom clara, esparsamente coberta com pêlos esbranquiçados e
longos, e possui de seis a oito cintas móveis. Na região dorsal da cintura pélvica, há
de dois a quatro glândulas odoríferas na carapaça de machos e fêmeas desta
espécie (REDFORD & WETZEL, 1985).
A atividade do Tatu-peba é principalmente diurna, mas, ocasionalmente, pode estar
ativo à noite (REDFORD; WETZEL, 1985). A espécie apresenta hábito solitário, com
exceção da época reprodutiva e da mãe com seu(s) filhote(s). Algumas outras
situações também podem levar ao agrupamento ocasional desta espécie. Escavam
tocas, e ao contrário de muitas espécies de tatus, reutilizam, freqüentemente, as
tocas antigas (REDFORD & WETZEL, 1985). As tocas do Tatu-peba têm de um a
dois metros de profundidade na terra (NOWAK, 1999). As escavações para a
38
procura de alimento, com o fundo terminal visível, são chamadas de “fossados”
(ANACLETO, 2006), e as escavações para refúgio e/ou abrigo dos filhotes são
denominadas “tocas”.
O Tatu-peba é onívoro e alimenta-se de uma grande variedade de itens, possui
visão pobre, entretanto, o sentido do olfato é bem desenvolvido para localizar o
alimento e perceber os predadores (REDFORD & WETZEL, 1985; MARINHO-FILHO
et al, 1997). Sua dieta inclui desde material vegetal, invertebrados, carniça, até
pequenos vertebrados como anuros, serpentes, aves e roedores (DALPONTE &
TAVARES-FILHO, 2004).
Raposa ( Cerdocyon thous )
A Raposa (Cerdocyon thous) é um mamífero da família dos canídeos que possui
distribuição do Uruguai ao norte da Argentina até as terras baixas da Bolívia,
ocorrendo também na Colômbia, Guianas, Suriname e Brasil (REIS et al., 2006).
As raposas adultas possuem corpo e cabeça com comprimento de 60 a 80cm e a
cauda de 35 a 40cm, pesando de cinco a oito quilos (RAMOS JR. et al, 2003).
A raposa habita vários ambientes, sendo encontrados em cerrados ou florestas de
galeria (RAMOS JR. et al., 2003). Possui hábito noturno e crepuscular, desloca-se
solitário ou aos pares por bordas de mata e estradas (REIS et al., 2006). Alimenta-se
de pequenos vertebrados e invertebrados, além de frutos, tendo preferência por
pequenos roedores, podendo ainda apresentar o hábito de necrofagia alimentando-
se de animais mortos em decomposição (RAMOS JR. et al., 2003; TURCI, 2009).
A raposa está inclusa no Apêndice II da Convenção sobre o Comércio Internacional
das Espécies da Flora e Fauna Selvagens em Perigo de Extinção - CITES, que
contém as espécies passíveis de se tornarem ameaçadas de extinção devido ao
comércio de animais silvestres.
39
Rato-cachorro ( Micoureus cf. demerarae )
O Rato-cachorro (Micoureus cf. demerarae) é a espécie deste gênero de marsupial
que possui maior distribuição geográfica, ocorrendo na maior parte da América do
Sul e que possui o maior porte. No Brasil, se distribui ao longo da Amazônia, Mata
Atlântica, Cerrado, Pantanal (FONSECA et al., 1996) e Caatinga (OLIVEIRA et al.,
2004).
Das características peculiares desta espécie destacam-se o hábito arborícola e a
variabilidade de itens na sua dieta, chegando a ser classificada como uma espécie
insetívora-onívora (LEITE et al., 1994; NOWAK, 1999). Sua alimentação é bastante
variada, podendo incluir insetos e frutos, itens já encontrados no conteúdo
estomacal de espécimes capturados na Venezuela e na Mata Atlântica no Brasil
(O’CONNELL, 1979; LEITE et al., 1996). Néctar e flores também já foram registrados
como parte da dieta de espécimes estudados na Guiana Francesa (LEITE et al.,
1996).
Tapeti ( Sylvilagus brasiliensis )
O Tapeti (Sylvilagus brasiliensis) é um mamífero lagomorfo, noturno, da família
Leporidae, encontrado do México à Argentina (FREITAS & SILVA, 2005). Mede
entre 21 e 40 cm de comprimento, pesando até 1,25kg, e é bem menor que a lebre
européia, com orelhas pequenas, estreitas e cauda muito reduzida (HOFFMAN &
ANDREW, 2005). Tem coloração pardo-amarelado, mais escura no dorso e na
região ventral mais clara.
Freqüenta as bordas de florestas densas, podendo ainda ser encontrados em
banhados e margens de rios (FREITAS & SILVA, 2005). É um animal de hábitos
noturnos e durante o dia esconde-se em buracos ou tocas que ele mesmo cava,
tendo uma área de ação reduzida. Alimenta-se de cascas, brotos e talos de muitos
vegetais (FREITAS & SILVA, 2005). O período de gestação é de aproximadamente
30 dias, podendo ocorrer duas ninhadas anuais, com dois a sete filhotes que
40
nascem com os olhos bem fechados, sem pêlos e dependentes dos pais
(HOFFMAN & ANDREW, 2005).
Apesar de tratar-se de uma espécie de ocorrência freqüente, atualmente tornou-se
escassa e somente observada em áreas protegidas, onde ainda existem florestas.
Faltam estudos sobre os impactos da competição entre a lebre européia e o tapiti,
por espaço e alimento, abrigo e área de reprodução (HOFFMAN & ANDREW, 2005).
Rato-do-mato ( Oryzomys sp.)
O rato-do-mato (Oryzomys sp.) faz parte de um gênero pouco conhecido. Em geral a
espécie que habita a região do nordeste brasileiro possui porte mediano e coloração
avermelhada ou amarelada. São importantes para o ambiente em que vivem, por
dispersarem sementes, polinizarem flores e também servirem de alimentos para uma
grande variedade de vertebrados (FREITAS & SILVA, 2005).
ESPÉCIES AMEAÇADAS DE EXTINÇÃO
Na quarta campanha de monitoramento não foram registradas espécies de
mamíferos ameaçados de extinção (CITES, 2010; MMA, 2008).
3.2 AVIFAUNA
3.2.1 Riqueza e composição específica da avifauna
O acompanhamento qualitativo registrou uma riqueza de 170 espécies com
ocorrência confirmada para a área de influência direta da LT da DESENVIX, em
Brotas de Macaúbas - BA. A quarta campanha de campo adicionou mais duas
espécies à listagem final de aves que até então não haviam sido registradas para a
área. A Tabela 2 apresenta a relação de espécies encontradas na área estudada,
identificando sua classificação taxonômica, dieta, status, grau de ameaça e o tipo de
registro empregado que assegura sua presença na lista.
41
Tabela 2: Espécies de aves registradas e de potenci al ocorrência nas áreas de
influência direta e indireta da LT da DESENVIX
TÁXON NOME POPULAR STATUS AMEAÇA DIETA REGISTRO Struthioniformes
Rheidae Rhea americana ema R NT2 ON E
Tinamiformes Tinamidae
Crypturellus tataupa nhambú R - GR C Crypturellus parvirostris nhambú R - GR C Crypturellus noctivagus nhambú R NT2, VU1 GR C Nothura boraquira codorna-do-nordeste R - GR C Nothura maculosa codorna-amarela R - GR C Rhynchotus rufescens perdiz R - GR L
Anseriformes Anatidae
Dendrocygna viduata irerê R - DT C Galliformes
Cracidae Ortalis guttata aracuã R - FG C Penelope jacucaca jacucaca R, E VU1, 2 FG L
Pelecaniformes Ardeidae
Ardea alba garça-branca-grande R - PX C Bubulcus ibis garça-vaqueira R - IN C
Cathartiformes Cathartidae
Cathartes aura urubu-de-cabeça-vermelha R - NC C Cathartes burrovianus urubu-de-cabeça-amarela R - NC C Coragyps atratus urubu-de-cabeça-preta R - NC C Sarcoramphus papa urubu-rei R - NC C
Accipitriformes Accipitridae
Elanus leucurus gavião-peneira R - IN C Geranospiza caerulescens gavião-pernilongo R - CR C Rupornis magnirostris gavião-carijó R - CR C Geranoaetus albicaudatus gavião-de-rabo-branco R - CR C
Falconiformes Falconidae
Caracara plancus caracará R - CR C Milvago chimachima carrapateiro R - CR C Herpetotheres cachinnans acauã R - CR C Falco sparverius quiriquiri R - IN C Falco femoralis falcão-de-coleira R - CR C
Cariamiformes Cariamidae
Cariama cristata seriema R - ON C Charadriiformes
Charadriidae Vanellus chilensis quero-quero R - DT C
Columbiformes
42
TÁXON NOME POPULAR STATUS AMEAÇA DIETA REGISTRO Columbidae
Columbina talpacoti rolinha-roxa R - GR C Columbina squammata fogo-apagou R - GR C Columbina picui rolinha-picui R - GR C Columbina minuta rolinha-de-asa-canela R - GR C Columba livia pombo-doméstico R - GR C Patagioenas picazuro asa-branca R - GR C Patagioenas cayennensis pomba-galega R - GR C Zenaida auriculata pomba-de-bando R - GR C Claravis pretiosa pararu-azul R - GR C Leptotila rufaxilla juriti-gemedeira R - GR C
Psittaciformes Psittacidae
Primolius maracana maracanã-verdadeira R - FG C Aratinga cactorum periquito-da-caatinga R, E - FG C Forpus xanthopterygius cuiubinha R - FG C
Cuculiformes Cuculidae
Piaya cayana alma-de-gato R - IN C Coccyzus melacoryphus papa-lagarta-acanelado R - IN C
Crotophaginae Crotophaga ani anu-preto R - ON C Guira guira anu-branco R - ON C
Taperinae Tapera naevia saci R - IN C
Strigiformes Tytonidae
Tyto alba coruja-da-igreja R - CR C Strigidae
Megascops choliba corujinha-do-mato R - CR C Glaucidium brasilianum caburé R - CR C Athene cunicularia coruja-buraqueira R - IN C
Caprimulgiformes Caprimulgidae
Hydropsalis parvulus bacurau-chintã R - IN C Hydropsalis torquata bacurau-tesoura R - IN C Nyctidromus albicollis bacurau R - IN C
Nyctibiidae Nyctibius griseus urutau R - IN L
Apodiformes Apodidae
Streptoprocne zonaris taperuçu-de-coleira-branca R - IN C Trochilidae
Anopetia gounellei rabo-branco-de-cauda-larga R, E - NT C Anthracothorax nigricollis beija-flor-de-veste-preta R - NT C Eupetomena macroura beija-flor-tesoura R - NT C Chrysolampis mosquitus beija-flor-vermelho R - NT C Chlorostilbon lucidus besourinho-de-bico-vermelho R - NT C Heliomaster squamosus bico-reto-de-banda-branca R - NT C Calliphlox amethystina estrelinha-ametista R - NT C Amazilia versicolor beija-flor-de-banda-branca R - NT L
43
TÁXON NOME POPULAR STATUS AMEAÇA DIETA REGISTRO Amazilia fimbriata beija-flor-de-garganta-verde R - NT C
Galbuliformes Bucconidae
Nystalus maculatus joão-bôbo R - ON C Piciformes
Picidae Picumnus pygmaeus pica-pau-anão-pintado R, E - IN C Veliniornis passerinus pica-pauzinho-anão R - IN C Piculus chrysochloros pica-pau-dourado-escuro R - IN C Colaptes melanochloros pica-pau-verde-barrado R - IN C Colaptes campestris pica-pau-do-campo R - IN C Campephilus melanoleucus pica-pau-de-topete-vermelho R - IN C Celeus flavescens pica-pau-de-cabeça-amarela R - IN C
Passeriformes Thamnophilidae
Taraba major choró-boi R - IN C Sakesphorus cristatus choca-do-nordeste R, E - IN C Thamnophilus capistratus choca-barrada R - IN C Thamnophilus pelzelni choca-do-planalto R - IN C Thamnophilus torquatus choca-de-asa-vermelha R - IN C Herpsilochmus sellowi chorozinho-da-caatinga R, E NT2 IN C Myrmorchilus strigilatus piu-piu R - IN C Formicivora melanogaster formigueiro-de-barriga-preta R - IN C
Gallaridae Hylopezus ochroleucus torom-do-nordeste R, E NT2 IN C
Dendrocolaptidae Campylorhamphus tochilirostris arapaçu-beija-flor R - IN C Sittasomus griseicapillus arapaçu-verde R - IN C Xiphorhynchus picus arapaçu-de-bico-branco R - IN C Lepidocolaptes angustirostris arapaçu-de-cerrado R - IN C
Furnariidae Furnarius sp joão-de-barro R - IN C Furnarius rufus joão-de-barro R - IN C Synallaxis frontalis petrim R - IN C Synallaxis albescens uí-pi R - IN C Synallaxis scutata estrelinha-preta R - IN C Gyalophylax hellmayri joão-chique-chique R, E NT2 IN C Phacellodomus rufifrons joão-de-pau R - IN C Pseudoseisura cristata casaca-de-couro R - IN C Megaxenops parnaguae bico-virado-da-caatinga R, E - IN C
Rhynchocyclidae Todirostrum cinereum ferreirinho-relógio R - IN C Hemitriccus margaritaceiventer sebinho-de-olho-de-ouro R - IN C
Tyrannidae Elaenia flavogaster maria-é-dia R - IN L Elaenia cf. obscura guaracava R - IN C Elaenia albiceps guaracava-de-crista-branca R - IN C Elaenia cristata guaracava R - IN C Camptostoma obsoletum risadinha R - IN C Phaeomyias murina bagageiro R - IN C Euscarthmus meloryphus barulhento R - IN C
44
TÁXON NOME POPULAR STATUS AMEAÇA DIETA REGISTRO Stigmatura napensis papa-moscas R - IN C Phyllomyias fasciatus piolhinho R - IN L Tolmomyias flaviventris bico-chato-amarelo R - IN C Sublegatus modestus guaracava-modesta R - IN C Hirundinea ferruginea gibão-de-couro R - IN C Knipolegus nigerrimus maria-preta-de-garganta-vermelha R - IN C Myiophobus fasciatus filipe R - IN C Cnemotriccus fuscatus guaracavuçu R - IN L Colonia colonus viuvinha R - IN L Xolmis irupero noivinha R - IN C Fluvicola nengeta lavadeira-mascarada R - IN C Machetornis rixosa suiriri-cavaleiro R - IN C Myiozetetes similis bentevizinho R - ON C Pitangus sulphuratus bem-te-vi R - ON C Myiodynastes maculatus bem-te-vi-rajado R - ON C Megarynchus pitangua neinei R - ON C Tyrannus melancholicus suiriri R - IN C Tyrannus savana tesourinha R - IN C Myiarchus swainsoni maria-cavaleira R - IN L Myiarchus tyrannulus maria-de-rabo-enferrujado R - IN C
Tytiridae Pachyramphus polychopterus caneleiro-preto R - ON L
Vireonidae Cyclarhis gujanensis pitiguari R - ON C Vireo olivaceus juruviara R - ON C Hylophilus amaurocephalus vite-vite-de-olho-cinza R - ON C
Corvidae Cyanocorax cyanopogon gralha-cancã R - ON C
Hirundinidae Progne tapera andorinha-do-campo R - IN C Stelgidopteryx ruficollis andorinha-serradora R - IN C
Troglodytidae Troglodytes musculus corruíra R - IN C Cantorchilus longirostris garrinchão-de-bico-grande R - IN C
Polioptilidae Polioptila plumbea balança-rabo R - IN C
Turdidae Turdus leucomelas sabiá-poca R - ON C Turdus rufiventris sabiá-laranjeira R - ON C Turdus amaurochalinus sabiá-poca R - ON C
Mimidae Mimus saturninus sabiá-do-campo R - ON C
Motacillidae Anthus lutescens caminheiro-zumbidor R - IN C
Coerebidae Coereba flaveola cambacica R - NT C
Thraupidae Piranga flava sanhaço-de-fogo R - ON C Saltator similis trinca-ferro-verdadeiro R - ON C Saltatricula atricollis bico-de-pimenta R - ON C Compsothraupis loricata carretão R - ON C
45
TÁXON NOME POPULAR STATUS AMEAÇA DIETA REGISTRO Lanio pileatus tico-tico-rei-cinza R - GR C Thlypopsis sordida saí-canário R - IN C Tangara palmarum sanhaçu-de-coqueiro R - ON C Tangara sayaca sanhaçu-cinzento R - ON C Tangara cayana saíra-amarela R - ON C Tachyphonus rufus pipira-preta R - ON C Schistochlamys ruficapillus bico-de-veludo R - ON C Paroaria dominicana cardeal-do-nordeste R, E - ON C Conirostrum bicolor figuinha-do-mangue R - IN C
Emberizidae Arremon franciscanus tico-tico-do-são-francisco R, E NT2 IN C Zonotrichia capensis tico-tico R - GR C Ammodramus humeralis tico-tico-do-campo R - GR C Volatinia jacarina tiziu R - GR C Sporophila albogularis golinho R - GR C Sporophila bouvreuil caboclinho R - GR C Sporophila nigricollis papa-capim R - GR C
Cardinalidae Cyanoloxia brissonii azulão R - GR C
Parulidae Basileuterus flaveolus canário-do-mato R - IN C Basileuterus culicivorus pula-pula R - IN L
Icteridae Chrysomus ruficapillus garibaldi R - ON L Icterus cayanensis encontro R - ON C Icterus jamacaii corrupião R, E - ON C Gnorimopsar chopi graúna R - ON C Agelaioides fringillarius asa-de-telha R - ON C Molothrus bonariensis vira-bosta R - ON C Sturnella superciliaris polícia-inglesa-do-sul R - ON C
Fringillidae Euphonia chlorotica fim-fim R - ON C
Passeridae Passer domesticus pardal R - ON C
Fonte : Ameaça segundo a Lista Vermelha de Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção (MMA, 2008) e a União Mundial para Conservação da Natureza (IUCN, 2010). Legenda: S TATUS - R: espécie residente; VS: espécie visitante sazonal; E: espécie endêmica do bioma Caatinga. DIETA - IN: insetívora; CR: carnívora; NC: necrófaga; FG: frugívora; NT: nectarívora; GR: granívora; ON: onívora; PX: piscívora; DT: detritívora. REGISTRO - L: literatura especializada; E: entrevistas; C: observado em campo. AMEAÇA - VU: espécie vulnerável; CR: espécie criticamente ameaçada de extinção; NT: espécie em perigo; (-): Sem registro. Segundo as listas do (1): MMA (2008) e (2): IUCN (2010).
As espécies listadas para a Área de Influência Direta (AID) do empreendimento
estão classificadas dentro de 19 Ordens e distribuídas em 46 Famílias. A ordem
taxonômica mais bem representada foi a dos Passeriformes, com 58% (N=99
espécies), que agrupa os popularmente conhecidos passarinhos; esta é a Ordem
46
mais numerosa e diversificada da Classe Aves, sendo por isso mais facilmente
observada em qualquer ambiente.
As famílias com maior número de espécies na área foram: Tyrannidae, com 27
espécies; Thraupidae, com 13 espécies; Columbidae, com 10 espécies; Furnariidae
e Trochilidae, com 09 espécies cada; Thamnophilidae, com 08 espécies; seguidas
por Icteridae, Emberezidae e Picidae, com 07 espécies cada uma (Figura 18 ). As
famílias Tyrannidae e Thraupidae têm sido reportadas como as mais abundantes
nas comunidades de diversas localidades, uma vez que figuram entre as famílias
mais ricas em espécies na Região Neotropical e com maior diversidade de ocupação
de habitats (FITZPATRICK, 1980; SICK, 2001).
Figura 18: Relação das Famílias de Aves mais repres entativas registradas durante a 4ª
Campanha de monitoramento da LT da DESENVIX
Das 170 espécies de aves aqui registradas, 157 já foram avistadas em campo e 12
foram listadas por revisão de literatura especializada. Apenas uma espécie foi
registrada por meio de entrevista. Em relação às primeiras três campanhas, oito
espécies foram avistadas em campo somente agora, na quarta campanha,
demonstrando a importância de monitoramentos de longo prazo a fim de se detectar
a sazonalidade de algumas espécies numa determinada área.
47
Do total de aves levantadas, 12 espécies (7,1%) são endêmicas do bioma Caatinga,
são elas: o periquito-da-caatinga (Aratinga cactorum), o rabo-branco-de-cauda-larga
(Anopetia gounellei), o joão-chique-chique (Gyalophylax hellmayri), o pica-pau-anão-
pintado (Picumnus pygmaeus), a jacucaca (Penelope jacucaca), a choca-do-
nordeste (Sakesphorus cristatus), o chorozinho-da-caatinga (Herpsilochmus sellowi),
o bico-virado-da-caatinga (Megaxenops parnaguae), o cardeal (Paroaria
dominicana), o sofrê (Icterus jamacaii), o torom-do-nordeste (Hylopezus
ochroleucus) e o tico-tico-do-são-francisco (Arremon franciscanus) (Figura 19 ).
Destes, apenas a jacucaca (Penelope jacucaca) ainda não foi registrada após
nossas quatro campanhas de campo.
Figura 19: Aves endêmicas do bioma Caatinga encontr adas na AID da LT da DESENVIX. A –
periquito-da-caatinga ( Aratinga cactorum ), B – pica-pau-anão-pintado ( Picumnus pygmaeus ), C – chorozinho-da-caatinga ( Herpsilochmus sellowi ) e D – joão-chique-chique ( Gyalophylax
hellmayri )
De acordo com o CBRO (2011), nenhuma das espécies de aves registradas no
presente estudo é migratória. Deve ser levado em consideração que diversas
48
espécies apresentam deslocamentos geográficos populacionais sazonais, porém a
curta distância e sem apresentar alterações fisiológicas e comportamentais
características das espécies que empreendem jornadas migratórias. Estes
deslocamentos sazonais, não migratórios, são chamados nomadismos e ocorrem
quando populações locais se deslocam para áreas próximas em busca de recursos
quando estes se tornam escassos.
Tais nomadismos são relativamente comuns, por exemplo, em espécies paludícolas,
frugívoras e nectarívoras (SICK, 2001; MACHADO, 2005). O que torna as áreas
naturais contínuas ou conectadas por corredores de vegetação, indispensáveis para
muitas espécies de aves realizarem estes deslocamentos populacionais.
3.2.2 Captura, Anilhamento e Re-Captura
Nesta quarta campanha foram capturados 119 exemplares distribuídos em 38
espécies. A grande maioria das espécies listadas ocorre, preferencialmente, em
ambientes abertos, que incluem na região, áreas de Caatinga arbórea e arbustiva e
campos sujos. As 10 espécies mais abundantes capturadas com redes mist-net nos
nove pontos amostrados são apresentadas abaixo (Figura 20 ).
49
Figura 20: Relação das 12 espécies com maior freqüê ncia de captura em redes mist-net no período de Novembro de 2010 – 1ª campanha, Jane iro de 2011 – 2ª campanha, Março de 2011 – 3ª campanha e Maio de 201 1 – 4ª campanha, na LT
da DESENVIX
Entre os beija-flores foi claro a estabilidade na ocorrência durante as campanhas de
campo do endêmico rabo-branco-de-cauda-larga (Anopetia gounellei) e do
besourinho-de-bico-vermelho (Chlorostilbon lucidus), espécies residentes mais
adaptadas ao bioma onde vivem, a Caatinga, não precisando se deslocar seguindo
o fluxo de chuvas.
O beija-flor-vermelho (Chrysolampis mosquitus) e a maria-cavaleira (Myiarchus
tyrannulus), embora ainda presentes na AID do empreendimento, decresceram em
sua freqüência de captura de forma diretamente proporcional ao findar da estação
chuvosa; estas duas espécies exemplificam a movimentação sazonal realizada por
algumas espécies em busca de melhores condições climáticas ou de determinado
recurso alimentar. Esta movimentação está dentro do esperado para espécies
nômades, especialmente as insetívoras.
Uma alta na freqüência de captura de jovens e/ou imaturos foi observado com o
chorozinho-da-caatinga (Herpsilochmus sellowi) e o azulão (Cyanoloxia brissonii),
50
que apenas apareceu de maneira destacada a partir da última campanha de campo.
É provável que estas duas espécies se reproduzam após a grande maioria dos
passeriformes da região, evitando assim uma maior competição por recursos.
Um incremento populacional também pôde ser acompanhado pela maior freqüência
de captura da saíra-amarela (Tangara cayana), que passou de uma média de dois
indivíduos capturados, para catorze na 4ª Campanha. Este grande aumento de
capturas está relacionado à frutificação de uma Melastomatacea próxima á rede do
Ponto Amostral G1P1 que atraiu um grande número de aves frugívoras e influenciou
o número de capturas de saíras.
As quatro espécies mais abundantes durante a quarta campanha de campo foram: o
chorozinho-da-caatinga (Herpsilochmus sellowi), a maria-olho-de-ouro (Hemitriccus
margaritaceiventer), o rabo-branco-de-cauda-larga (Anopetia gounellei) e a saíra-
amarela (Tangara cayana) (Figura 21 ).
51
Figura 21: Aves mais freqüentemente capturadas dura nte a 3ª Campanha de monitoramento na AID da LT da DESENVIX. A – chorozinho-da-caating a (Herpsilochmus sellowi ), B – maria-
olho-de-ouro ( Hemitriccus margaritaceiventer ), C – rabo-branco-de-cauda-larga ( Anopetia gounellei ) e D – saíra-amarela ( Tangara cayana )
Algumas espécies capturas foram soltas sem serem marcadas pelas anilhas
coloridas por se tratarem de grupos em que há dificuldade na produção de anilhas
próprias. Os Psitacídeos (periquitos) possuem fortes bicos que destroem facilmente
as anilhas de plástico, e os Trochilideos (beija-flores) são muito diminutos para a
marcação em seus tarsos. Tais indivíduos foram apenas computados como
capturados, para determinar sua abundância relativa ao fim da estação, e soltos sem
marcações.
Os pontos G2P1, G2P2 e G2P3 estavam em um ambiente de Caatinga arbustiva
bem rala e espassa, mais se assemelhando com uma fitofisionomia de Campo Sujo
em sua porção central. Na quarta campanha de campo, este grupo de três pontos
amostrais registrou o maior número de capturas de aves em redes (57 indivíduos).
52
Os pontos G1P1, G1P2 e G1P3 estavam distribuídos por um ambiente bem
conservado de Caatinga arbóreo-arbustiva muito próxima dos futuros
aerogeradores. Este grupo de três pontos amostrais registrou a captura de 50
indivíduos.
Os pontos G3P1, G3P2 e G3P3 se encontravam em um fragmento extenso de
Caatinga arbóreo-arbustiva que foi recortada pela passagem da futura linha de
transmissão. Este grupo de três pontos amostrais registrou a captura de apenas 12
indivíduos. Particularmente durante a quarta campanha, estes pontos amostrais
encontravam-se extremamente secos, o que justificaria a baixa densidade de aves
registradas nesta área.
Cinco novas espécies, até então não monitoradas pelo sistema de marcação
individualizada das anilhas coloridas, foram capturadas pela primeira vez durante a
quarta campanha, foram elas: o ameaçado e endêmico tico-tico-do-são-francisco
(Arremon franciscanus); o arapaçu-verde (Sittasomus griseicapillus), o sanhaçu
(Tangara sayaca), a guaracava (Elaenia cf. obscura) e o joão-bôbo (Nystalus
maculatus). A listagem completa das espécies capturadas na quarta campanha
encontra-se na Tabela 3 a seguir.
Tabela 3: Espécies de aves capturadas durante monit oramento nas áreas de
influência direta e indireta da LT da DESENVIX
TÁXON NOME POPULAR 1ª CAMP. 2ª CAMP. 3ª CAMP. 4ª CAMP. Columbiformes
Columbidae Claravis pretiosa pararu-azul 0 0 1 0 Leptotila rufaxilla juriti-gemedeira 0 0 1 0 Columbina squammata fogo-apagou 2 1 0 1
Psittaciformes Psittacidae
Aratinga cactorum periquito-da-caatinga 1 0 0 0 Strigiformes
Strigidae Megascops choliba corujinha-do-mato 1 0 0 0 Glaucidium brasilianum caburé 1 0 0 0
Apodiformes Trochilidae
Anopetia gounellei rabo-branco-de-cauda-larga 0 4 7 10
53
TÁXON NOME POPULAR 1ª CAMP. 2ª CAMP. 3ª CAMP. 4ª CAMP. Eupetomena macroura beija-flor-tesoura 1 2 0 0 Chrysolampis mosquitus beija-flor-vermelho 11 4 4 1 Chlorostilbon lucidus besourinho-de-bico-vermelho 1 4 4 6 Amazilia fimbriata beija-flor-de-garganta-verde 2 1 2 2 Heliomaster squamosus bico-reto-de-banda-branca 0 0 0 1 Phaetornis pretrei beija-flor-de-cauda-larga 0 0 0 4
Galbuliformes Bucconidae
Nystalus maculatus joão-bôbo 0 0 0 1 Piciformes
Picidae Picumnus pygmaeus pica-pau-anão-pintado 0 1 1 2 Piculus chrysochloros pica-pau-dourado-escuro 0 0 2 0 Celeus flavescens pica-pau-de-cabeça-amarela 1 0 0 1
Passeriformes Thamnophilidae
Sakesphorus cristatus choca-do-nordeste 4 5 16 3 Thamnophilus capistratus choca-barrada 0 0 1 1 Thamnophilus pelzelni choca-do-planalto 0 3 0 1 Herpsilochmus sellowi chorozinho-da-caatinga 0 0 2 9 Myrmorchilus strigilatus piu-piu 1 2 3 5 Formicivora melanogaster formigueiro-de-barriga-preta 4 5 6 2
Dendrocolaptidae Campylorhamphus
tochilirostris arapaçu-beija-flor 0 0 1 0
Sittasomus griseicapillus arapaçu-verde 0 0 0 1 Lepidocolaptes
angustirostris arapaçu-de-cerrado 1 0 1 1
Furnariidae Synallaxis frontalis petrim 1 0 1 0 Synallaxis scutata estrelinha-preta 0 1 0 0 Gyalophylax hellmayri joão-chique-chique 5 4 5 2 Phacellodomus rufifrons joão-de-pau 2 0 0 5 Megaxenops parnaguae bico-virado-da-caatinga 0 1 1 0
Rhynchocyclidae Todirostrum cinereum ferreirinho-relógio 2 1 0 1 Hemitriccus
margaritaceiventer sebinho-de-olho-de-ouro 5 5 10 12
Tyrannidae Elaenia cf. obscura guaracava 0 0 0 2 Elaenia albiceps guaracava-de-crista-branca 0 0 1 1 Camptostoma obsoletum risadinha 0 1 1 0 Phaeomyias murina bagageiro 7 9 3 0 Euscarthmus meloryphus barulhento 1 2 0 0 Stigmatura napensis papa-moscas-do-sertão 1 0 4 2 Tolmomyias flaviventris bico-chato-amarelo 0 1 1 1 Pitangus sulphuratus bem-te-vi 1 0 0 0 Myiarchus tyrannulus maria-cavaleira-enferrujado 7 0 1 0
Vireonidae Cyclarhis gujanensis pitiguari 2 0 0 0 Vireo olivaceus juruviara 1 0 0 0 Hylophilus amaurocephalus vite-vite-de-olho-cinza 1 0 1 0
54
TÁXON NOME POPULAR 1ª CAMP. 2ª CAMP. 3ª CAMP. 4ª CAMP. Corvidae
Cyanocorax cyanopogon gralha-cancã 0 0 1 0 Troglodytidae
Troglodytes musculus corruíra 4 3 5 3 Cantorchilus longirostris garrinchão-de-bico-grande 0 1 3 1
Polioptilidae Polioptila plumbea balança-rabo-de-chapéu 2 1 1 2
Turdidae Turdus amaurochalinus sabiá-poca 2 1 0 0
Mimidae Mimus saturninus sabiá-do-campo 2 0 0 0
Coerebidae Coereba flaveola cambacica 1 6 0 3
Thraupidae Saltator similis trinca-ferro-verdadeiro 1 4 0 2 Lanio pileatus tico-tico-rei-cinza 8 2 7 1 Thlypopsis sordida saí-canário 2 1 0 0 Tangara sayaca sanhaçu 0 0 0 1 Tangara cayana saíra-amarela 2 3 2 15 Schistochlamys ruficapillus bico-de-veludo 3 2 0 3
Emberizidae Arremon franciscanus tico-tico-do-são-francisco 0 0 0 1 Zonotrichia capensis tico-tico 4 1 4 2 Sporophila nigricollis papa-capim 0 0 4 0 Volatinia jacarina tiziu 3 1 0 0
Cardinalidae Cyanoloxia brissonii azulão 1 1 2 7
Parulidae Basileuterus flaveolus canário-do-mato 2 0 0 0
TOTAL 104 84 110 119 Legenda: 1ª CAMP. - quantidade de aves capturadas na campanha de novembro de 2010; 2ª CAMP. - quantidade de aves capturadas na campanha de janeiro de 2011; 3ª CAMP. – quantidade de aves capturadas na campanha de março de 2011; 4ª CAMP. – quantidade de aves capturadas na campanha de maio de 2011.
É de extrema importância durante monitoramentos de avifauna que diferentes
famílias sejam monitoradas, especialmente aquelas classificadas como
bioindicadoras. Espécies bioindicadoras são aquelas que podem indicar o status em
que se encontra aquele meio ambiente (e.g. indicam mudanças no ambiente ou nas
condições do habitat, status do ecossistema, integridade da biótica, continuidade
ecológica) ou que possam refletir a resposta de um número maior de espécies
(MIKUSINSKI et al., 2001).
Espécies que apresentam populações ameaçadas de extinção, uma distribuição
restrita ou de ocorrência limitada a um bioma específico, ou mesmo que possuem
55
uma dieta altamente especializada são considerados ótimos bioindicadores. Até o
momento estão sendo monitorados com marcações individualizadas: seis espécies
endêmicas da Caatinga, o pica-pau-anão-pintado (Picumnus pygmaeus), a choca-
do-nordeste (Sakesphorus cristatus), o bico-virado-da-caatinga (Megaxenops
parnaguae) e, os também ameaçados de extinção, joão-chique-chique (Gyalophylax
hellmayri), tico-tico-do-são-francisco (Arremon franciscanus) e chorozinho-da-
caatinga (Herpsilochmus sellowi); além de muitos insetívoros especialistas como o
arapaçu-beija-flor (Campylorhamphus trochilirostris) ou o garrinchão-de-bico-grande
(Cantorchilus longirostris) e predadores de topo, como a corujinha-orelhuda
(Megascops choliba) (Figura 22 ).
Figura 22: Aves consideradas bioindicadores encontr adas durante a 3ª campanha de monitoramento na AID da LT da DESENVIX. A – arapaçu -beija-flor ( Campylorhamphus
trochilirostris ), B – bico-virado-da-caatinga ( Megaxenops parnaguae ), C – tico-tico-do-são-francisco ( Arremon franciscanus ) e D – arapaçu-verde ( Sittasomus griseicapillus )
56
Durante a quarta campanha de campo, exemplares marcados em novembro de
2010, janeiro de 2011 e março de 2011 foram re-capturados (Tabela 4 ). Quatro
indivíduos de quatro espécies diferentes foram re-capturados nos mesmos pontos
de captura originais ou em pontos próximos a ele; os pontos onde houve re-captura
foram: G1P1 (1 exemplar), G1P3 (1 exemplar), G2P1 (1 exemplares) e G2P3 (1
exemplar).
O reencontro desses indivíduos após dois, quatro e até seis meses sugere que a
área amostrada ainda permite a permanência da avifauna local. Uma das espécies
re-capturadas foi o endêmico e ameaçado joão-chique-chique (Gyalophylax
hellmayri), que se encaixa entre as categorias de um bom bioindicador ambiental.
Tabela 4: Espécies de aves re-capturadas durante mo nitoramento nas áreas de
influência direta e indireta da LT da DESENVIX
ESPÉCIE NOME POPULAR MARCAÇÃO ANILHAMENTO RECAPTURA
Formicivora melanogaster formigueiro-de-barriga-preta amarelo - D 24/01/2011 16/05/2011 Gyalophylax hellmayri joão-chique-chique vermelho - D 15/11/2010 19/05/2011
Hemitriccus margaritaceiventer maria-olho-de-ouro vermelho - D 15/11/2010 19/05/2011 Myrmochilus strigilatus piu-piu azul-claro - D 28/01/2011 20/05/201
Legenda: Marcação - anilhas de plástico coloridas foram usadas para individualizar as aves e permitir um monitoramento à distância, estas foram fixadas no tarso direito (D) ou esquerdo (E).
3.2.3 Considerações sobre eventos reprodutivos
Durante a quarta campanha, nenhum evento reprodutivo foi observado na AID do
empreendimento. Como o período reprodutivo das aves brasileiras ocorre de
setembro a fevereiro (SICK, 1997), a quarta campanha já se encontrava fora do
período reprodutivo da maioria das aves.
Muitos jovens, provavelmente nascidos durante o fim do ano de 2010, ainda com
plumagens de sub-adultos, foram capturados nas redes mist-net; e nenhum dos
indivíduos adultos capturados apresentava placa de incubação, o que indica já terem
passado da fase reprodutiva.
57
Nenhuma colônia reprodutiva (ativa ou inativa) de aves aquáticas foi avistada na
área.
3.2.4 Considerações sobre espécies ameaçadas
Sete espécies de aves de ocorrência provável e/ou confirmada para a área do
empreendimento são listadas como ameaçadas de extinção globalmente (IUCN,
2010) ou em território nacional (MMA, 2008). A jacucaca (Penelope jacucaca), um
frugívoro especialista, consta como quase ameaçada (MMA) e vulnerável (IUCN),
embora sua distribuição estimada cubra quase todo o território semi-árido da
Caatinga Nordestina (SIGRIST, 2009). É possível que a espécie ocorra na área de
influência indireta do empreendimento, provavelmente nas proximidades da serra.
Cinco espécies de aves de ocorrência confirmada para a área do empreendimento
são listadas como ameaçadas de extinção. O joão-chique-chique (Gyalophylax
hellmayri), o tico-tico-do-são-francisco (Arremon franciscanus), o torom-do-nordeste
(Hylopezus ochroleucus) e o chorozinho-da-caatinga (Herpsilochmus sellowi)
constam na categoria “em perigo” da lista internacional de espécies ameaçadas
(IUCN, 2010); entretanto, estas duas espécies podem ser encontradas por toda a
abrangência da Caatinga e por não possuírem um canto melodioso ou cores
vistosas, não são visadas pelo tráfico de aves. O nhambú (Crypturellus noctivagus),
que teve seu canto registrado dentro da AID, consta como ameaçado em ambas as
listas nacional (MMA, 2008) e internacional (IUCN, 2010), sendo a caça seu principal
fator de ameaça.
Entre outras aves de valor cinegético, destaca-se a codorna-do-nordeste (Nothura
boraquira), que teve sua ocorrência confirmada por visualização em campo na AID
do empreendimento. O aracuã (Ortalis guttata), a jacucaca (Penelope jacucaca) e a
perdiz (Rhynchotus rufescens), foram registradas como de ocorrência potencial,
sendo todas as espécies de ampla distribuição. A caça predatória dessas espécies,
que se encontram em geral associadas aos ambientes abertos/campos sujo, é
58
considerada como sendo, principalmente, para meios de subsistência. Embora seja
um hábito bem difundido na população da Bahia, nenhum evento foi registrado.
Outro fator de ameaça às populações de aves é a captura ilegal para criação em
cativeiro, onde os psitacídeos, por sua habilidade de imitação, e os passeriformes,
aves canoras, são os mais visados.
Apenas uma espécie exótica foi registrada (Passer domesticus - pardal). Apesar de
não ser originária do Brasil, tampouco do continente americano, esta espécie já é
considerada de ocorrência natural no Brasil (CBRO, 2011) devido a seu histórico de
ocorrência e capacidade de ocupar ambientes alterados (SICK, 1997).
Entre as aves já marcadas, três espécies ameaçadas de extinção vêm sendo
capturadas e monitoradas de perto. A população do joão-chique-chique
(Gyalophylax hellmayri), o tico-tico-do-são-francisco (Arremon franciscanus) e do
chorozinho-da-caatinga (Herpsilochmus sellowi) tem, respectivamente, dezesseis,
um e onze indivíduos marcados e individualizados com anilhas coloridas até o
momento.
Destes, três indivíduos de joão-chique-chique já foram re-capturados. Um indivíduo
marcado em 16 de novembro de 2010 foi re-capturado no mesmo ponto onde foi
solto após dois meses; outro indivíduo marcado em 15 de novembro de 2010 foi re-
capturado também no mesmo ponto onde foi solto quatro meses depois; e mais um
indivíduo capturado em 15 de novembro de 2010 foi re-capturado seis meses depois
na mesma área amostral.
3.3 MORCEGOS (QUIROPTEROFAUNA)
Capturas com redes de neblina ao acaso em áreas pot enciais
Foram realizadas capturas de oito indivíduos de quirópteros, sendo duas na noite de
amostragem realizada no ponto G1 (Tabela 5 ), quatro na primeira noite de
59
amostragem realizada no ponto G2 (Tabela 5 ) e duas na área RN1 (Tabela 7 ). No
ponto G3, assim como na segunda noite de amostragem realizada no ponto G2, não
foram realizadas capturas de quirópteros.
No total, foram registradas três espécies pertencentes à família Phyllostomidae:
Carollia perspicillata (Figura 23 ), Desmodus rotundus (Figura 24 ) e Lonchophylla
mordax (Figura 25 ). A espécie Carollia perspicillata foi registrada para as três áreas
onde houve capturas de quirópteros (G1, G2 e RN1), enquanto Desmodus rotundus
foi registrado apenas para o ponto G1e Lonchophylla mordax apenas para o RN1.
Carollia perspicillata foi a espécie mais abundante, correspondendo a seis das oito
capturas (75% do total). Foram encontradas fêmeas lactantes de Carollia
perspicillata e Lonchophylla mordax (Tabelas 6 e 7 ).
Tabela 5: Dados biológicos dos exemplares de quiróp teros capturados com redes de neblina ao acaso em área (G1), em 15/05/2011, na área de in fluência da LT da Desenvix, Brotas de
Macaúbas (BA)
Espécie Sexo Idade Estágio Reprodutivo Antebraço
(mm)
Peso
(g)
Família Phyllostomidae
Carollia perspicillata ♂ adulto não escrotado 43,51 19,0
Desmodus rotundus ♀ adulta não grávida / não lactante 65,12 31,0
Tabela 6: Dados biológicos dos exemplares de quiróp teros capturados com redes de neblina ao acaso em área (G2), em 15/05/2011, na área de in fluência da LT da Desenvix, Brotas de
Macaúbas (BA)
Espécie Sexo Idade Estágio Reprodutivo Antebraço
(mm)
Peso
(g)
Família Phyllostomidae
Carollia perspicillata ♂ adulto não escrotado 43,84 17,0
♂ adulto não escrotado 42,14 16,0
♀ adulta não grávida / lactante 42,99 18,5
♀ adulta não grávida / lactante 40,54 19,0
60
Tabela 7: Dados biológicos dos exemplares de quiróp teros capturados com redes de neblina ao acaso em área de lapa, em 15/05/2011, na área de influência da LT da Desenvix, Brotas de
Macaúbas (BA)
Espécie Sexo Idade Estágio Reprodutivo Antebraço
(mm)
Peso
(g)
Família Phyllostomidae
Carollia perspicillata ♂ adulto não escrotado 43,63 18,0
Lonchophylla mordax ♀ adulta não grávida / lactante 38,08 10,5
Figura 23: Exemplar de Carollia perspicillata (família Phyllostomidae)
capturado na área de influência da LT da Desenvix, Brotas de Macaúbas (BA), em maio de 2011
61
Figura 24: Exemplar de Desmodus rotundus (família Phyllostomidae)
capturado na área de influência da LT da Desenvix, Brotas de Macaúbas (BA), em maio de 2011
Figura 25: Exemplar de Lonchophylla mordax (família
Phyllostomidae) capturado na área de influência da LT da Desenvix, Brotas de Macaúbas (BA), em maio de 2011
62
Localização de colônias de quirópteros
Foram localizadas duas colônias de quirópteros na área de influência da LT da
Desenvix, em pequenas cavernas situadas no entorno dos limites do
empreendimento (Tabela 7 ). As colônias foram localizadas através de entrevistas
com trabalhadores e moradores de Brotas de Macaúbas, e a presença de
quirópteros nos abrigos foi confirmada através da observação direta dos indivíduos
durante o dia.
A Lapa dos Tapuios (Figura 26 ) é uma formação rochosa de pequeno porte, em
cujas cavidades encontra-se alojada uma colônia de Furipterus horrens (Família
Furipteridae) (Figura 27 ) composta por cinco indivíduos, sendo que um foi capturado
para obtenção dos dados biológicos (Tabela 8 ; Figura 28 ).
A Lapa do Sumidouro (Figura 29 ) é uma formação rochosa que apresenta uma
grande área coberta e uma cavidade de pequeno porte, utilizada como abrigo diurno
por uma colônia de Micronycteris megalotis (Figura 30 ). Nesta colônia, foram
capturados cinco indivíduos (Tabela 9 ).
Tabela 8: Colônias de quirópteros localizadas na ár ea de influência da LT da Desenvix, Brotas de Macaúbas (BA), em maio de 2011
Ponto Local Coordenadas Espécie Nº de
Indivíduos
LC1* Lapa dos Tapuios 23L 0785703 / 8650118 Furipterus horrens 5
LC2* Lapa do Sumidouro 23L 0796000 / 8631972 Phyllostominae mínimo 5
* Ver Mapa de Localização Diagnóstico de Quirópteros.
63
Tabela 9: Dados biológicos dos exemplares de quiróp teros capturados em abrigo diurnos localizados em formações rochosas na área de influê ncia da LT da Desenvix, Brotas de
Macaúbas (BA)
Espécie Sexo Idade Estágio Reprodutivo Antebraço
(mm)
Peso
(g)
Família Furipteridae
Furipterus horrens ♂ adulto não escrotado 35,16 3,0
Família Phyllostomidae
Micronycteris megalotis ♂ adulto escrotado 36,18 7,0
♀ adulta não grávida / não lactante 35,96 7,0
♂ adulto escrotado 35,27 7,0
♀ adulta não grávida / não lactante 35,94 7,5
♂ adulto escrotado 35,64 7,0
Figura 26: Lapa dos Tapuios, utilizada como abrigo diurno por uma
colônia de Furipterus horrens (Família Furipteridae), na área de influência da LT da Desenvix, Brotas de Macaúbas (B A)
64
Figura 27: Colônia de Furipterus horrens (família Phyllostomidae)
localizada na área de influência da LT da Desenvix, Brotas de Macaúbas (BA), em maio de 2011
Figura 28: Exemplar de Furipterus horrens (família Phyllostomidae)
capturado na área de influência da LT da Desenvix, Brotas de Macaúbas (BA), em maio de 2011
65
Figura 29: Lapa do Sumidouro, utilizada como abrigo diurno por uma colônia de Micronycteris megalotis (Família Phyllostomidae), na área
de influência da LT da Desenvix, Brotas de Macaúbas (BA)
Figura 30: Exemplar de Micronycteris megalotis (família
Phyllostomidae) capturado na área de influência da LT da Desenvix, Brotas de Macaúbas (BA), em maio de 2011
66
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Na área de influência da LT da DESENVIX foram capturadas 5 espécies de
mamíferos na quarta campanha: um marsupial - Rato-cachorro (Micoureus
demerarae); dois roedores - Rato-do-mato (Orizomys sp.) e Tapeti (Sylvilagus
brasiliensis); um canídeo - Raposa (Cerdocyon thous); e um xenarthra - Tatu-peba
(Eupractus sexcinctus).
• A01 capturou dois espécimes de Rato-cachorro (Micoureus cf. demerarae);
• A02 capturou dois espécimes de Rato-do-mato (Oryzomys sp.);
• A03 também capturou dois exemplares de Rato-do-mato (Oryzomys sp.);
• A04 capturou um exemplar marsupial, o Rato-cachorro (Micoureus cf.
demerarae);
• C01 registrou um espécime de Raposa (Cerdocyon thous);
• C02 registrou duas espécies, dois exemplares de Tapeti (Sylvilagus
brasiliensis) e um de Raposa (Cerdocyon thous);
• C03 registrou seis espécimes de Raposa (Cerdocyon thous);
• C05 registrou um espécime de Raposa (Cerdocyon thous);
• V02 apresentou pegadas de Raposa (Cerdocyon thous);
• V03 apresentou três espécimes, sendo dois registros de Tatu-peba
(Euphractus sexcinctus) e um de Raposa (Cerdocyon thous);
• Nas áreas A05, C04, V01, V04 e V05 não foram registradas espécies de
mamíferos;
• A C03 obteve o maior número de espécimes registrados, porém a maior
riqueza (2) foram obtidas na C02 e V03;
• A Raposa (Cerdocyon thous) foi a espécie mais registrada, ocorrendo nas
C01, C02, C03, C05 e V03;
• Não foi registrada nenhuma espécie ameaçada de extinção;
• De acordo com o índice de Magalef obtido na primeira campanha de 6,1075,
o acumulado de 7,5421 na segunda campanha, de 8,8256 na terceira
67
campanha e de 8,2495 na quarta campanha sugere que a diversidade se
estabilizou;
• Ocorreu um decréscimo da equitabilidade de 0,8975, na primeira campanha,
para 0,7839 na segunda campanha, posteriormente um aumento na terceira
campanha para 1,391, e um pequeno decréscimo na quarta campanha para
1,1345 lembrando que o ideal são valores próximos a 1;
• A estação seca pode ter influenciado na migração das espécies de
mamíferos, principalmente os de médio e grande porte devido ao maior poder
de deslocamento, para locais com recursos de água mais disponíveis neste
período, o que pode justificar a ausência de registro de algumas espécies
nesta campanha;
• A estação seca também proporciona maior dificuldade em encontrar pegadas
das espécies silvestres, pois com o solo seco e com constantes ventos
apagar os registros.
De forma geral, a metodologia de captura empregada na quarta campanha de
campo foi suficiente para marcar (com anilhas coloridas) uma parte ainda mais
significativa das espécies monitoradas, o que totaliza 417 exemplares distribuídos
em 64 espécies capturados até o presente momento após quatro campanhas de
campo. Muitas espécies anilhadas e soltas já puderam ser observadas em campo
com suas marcações bem visíveis.
Os quatro novos indivíduos re-capturados durante a 4ª Campanha sugerem que a
área amostrada ainda se mantém com sua formação faunística inicial. O fato de uma
das quatro espécies re-capturadas ter sido o endêmico e ameaçado joão-chique-
chique (Gyalophylax hellmayri), que se encaixa nas categorias de uma espécie
bioindicadora ambiental, confirma esta premissa (Figura 6 ).
68
Figura 6: Espécies re-capturadas durante a 4ª Campa nha de monitoramento da área de
influência da LT da Desenvix. A – maria-olho-de-our o (Hemitriccus margaritaceiventer ), B – piu-piu ( Myrmochilus strigilatus ), C – joão-chique-chique ( Gyalophylax hellmayri ) e D –
formigueiro-de-barriga-preta ( Formicivora melanogaster )
A avaliação dos riscos de morte e os dados de mortalidade de aves só poderão ser
verificados a partir do funcionamento dos aerogeradores que ainda se encontram em
processo de instalação.
Conforme visto na listagem final, as áreas da LT da DESENVIX apresentaram
grande parte de sua avifauna formada por espécies típicas da Caatinga, com poucas
espécies de hábitos generalistas. Isso demonstra o baixo grau de alteração
antrópica deste ambiente, o que se reflete na riqueza e composição das espécies de
aves.
Na presente campanha, foram registradas cinco diferentes espécies pertencentes a
duas famílias de quirópteros. Foram capturadas quatro espécies de quirópteros da
família Phyllostomidae, representantes de quatro diferentes subfamílias e hábitos
alimentares: Carollia perspicillata (subfamília Carolliinae), de hábito alimentar
69
primariamente frugívoro, Desmodus rotundus (subfamília Desmodontinae),
exclusivamente hematófago, Lonchophylla mordax (subfamília Glossophaginae), de
dieta primariamente nectarívora/polinívora e Micronycteris megalotis (subfamília
Phyllostominae) de hábito insetívoro. Além disso, foi capturada a espécie Furipterus
horrens, família Furipteridae, que apresenta hábito alimentar exclusivamente
insetívoro (REIS et al., 2007).
Todas as espécies registradas na presente campanha apresentam ampla
distribuição geográfica que inclui a América do Sul e, no caso de Carollia
perspicillata e Desmodus rotundus, com ocorrência também para a América Central
(SIMMONS, 2005), e se encontram fora de perigo de acordo com o Livro Vermelho
da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção (MACHADO et al., 2008). Das cinco
espécies registradas, Furipterus horrens representa a espécie com maior risco de
ser afetada pela instalação da LT da Desenvix, uma vez que as espécies que sofrem
colisão com aerogeradores apresentam hábito alimentar insetívoro como
característica em comum (ARNETT et al., 2008). Contudo, como não há dados
disponíveis sobre o impacto de LT nas regiões tropicais da América Latina, o
monitoramento da mortalidade de quirópteros na área da LT da Desenvix é de
extrema importância para a elucidação dos padrões de mortalidade no nordeste do
Brasil.
70
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88
6. ANEXOS
6.1 ANEXO I: MAPA DE LOCALIZAÇÃO DAS ÁREAS AMOSTRAI S
89
90
6.2 ANEXO II: DADOS BRUTOS DOS MAMÍFEROS REGISTRADO S NA ÁREA DE
INFLUÊNCIA DA LT DA DESENVIX – MAIO/2011
Área Amostral Coordenada Data Taxon
Nome Vulgar TAG Registro
C5 0788995E 8634430N 05/05/2011 Cerdocyon thous Raposa Camera Trap
V3 0789682E 8637056N 06/05/2011 Cerdocyon thous Raposa Pegada
C1 0787321E 8639694N 06/05/2011 Cerdocyon thous Raposa Camera Trap
C2 0789249E/8649152N 06/05/2011 Sylvilagus brasiliensis Tapeti Camera Trap
V2 0789249E/8649152N 07/05/2011 Cerdocyon thous Gato-do-
mato Pegada
A3 0789682E 8637056N 07/05/2011 Oryzomis sp. Rato-do-
mato Live trap
C2 0789249E/8649152N 07/05/2011 Cerdocyon thous Raposa Camera Trap
C3 0789516E 8637042N 07/05/2011 Cerdocyon thous Raposa Camera Trap
A1 0789541E 8634836N 08/05/2011 Micoureus demerarae Rato-
cachorro 321 Live trap
A1 0789541E 8634836N 08/05/2011 Micoureus demerarae Rato-
cachorro 322 Live trap
A2 0789249E 8649152N 08/05/2011 Oryzomis sp. Rato-do-
mato 374 Live trap
C3 0789516E 8637042N 08/05/2011 Cerdocyon thous Raposa Camera Trap
C3 0789516E 8637042N 08/05/2011 Cerdocyon thous Raposa Camera Trap
V3 0789682E 8637056N 08/05/2011 Euphractus sexcinctus Tatu-peba Pegada
A4 0787321E 8639694N 09/05/2011 Micoureus demerarae Rato-
cachorro 312 Live trap
A3 0789682E 8637056N 09/05/2011 Oryzomis sp. Rato-do-
mato 355 Live trap
C3 0789516E 8637042N 09/05/2011 Cerdocyon thous Raposa Camera Trap
V3 0789682E 8637056N 09/05/2011 Euphractus sexcinctus Tatu-peba Pegada
C2 0789249E/8649152N 10/05/2011 Sylvilagus brasiliensis Tapeti Camera Trap
C3 0789516E 8637042N 10/05/2011 Cerdocyon thous Raposa Camera Trap
C3 0789516E 8637042N 10/05/2011 Cerdocyon thous Raposa Camera Trap
A2 0789249E 8649152N 11/05/2011 Oryzomis sp. Rato-do-
mato 374 Live trap
91
6.3 ANEXO III: PRANCHA DE FOTOS – MONITORAMENTO DA AVIFAUNA
Prancha com fotos feitas durante a 4ª Campanha de Monitoramento de Avifauna da
Implantação da LT da DESENVIX, em Brotas de Macaúbas, Seabra, BA; realizada
entre os dias 14-21/05/2011.
arapaçu-beija-flor
(Campylorhamphus trochilirostris ) chorozinho-da-caatinga (Herpsilochmus sellowi )
choca-do-nordeste
(Sakesphorus cristatus ) tico-tico-do-são-francisco (Arremon franciscanus )
garrinchão-de-bico-grande (Cantorchilus longirostris )
bico-virado-da-caatinga (Megaxenops parnaguae )
92
arapaçu-verde
(Sittasomus griseicapillus ) juriti-gemedeira
(Leptotila rufaxilla )
papa-capim
(Sporophila nigricollis ) pica-pau-dourado-escuro (Piculus chrysochloros )
chorozinho-da-caatinga (jovem)
(Herpsilochmus sellowi ) pica-pau-anão-pintado (Picumnus pygmaeus )