Trabalho missiológico

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2 Robson Soares História Das Missões Trabalho de Missiologia sobre os movimentos missionários do século XVI na África, apresentada ao Instituto Bíblico Ebenézer. Como exigência parcial para obtenção do título de Bacharel em Teologia. Orientador: Profº. Pr. Raimundo Gomes.

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2História

Das

Missões

Trabalho de Missiologia sobre os

movimentos missionários do século XVI na

África, apresentada ao Instituto Bíblico

Ebenézer. Como exigência parcial para

obtenção do título de Bacharel em

Teologia.

Orientador: Profº. Pr. Raimundo Gomes.

R/J

2010

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“A consolidação da fé cristiânica

nas diversas sociedades nativas

nos séculos XVI, XVII, XVIII se

deram as investidas piedosas dos

movimentos emancipados do clero

católico”.

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4Raimundo Gomes.

Partir do final do século XV, com o surgimento do império colonial

espanhol e português nas Américas, na África e na Ásia, a Igreja Romana

teve uma oportunidade inédita para expandir a sua fé nesses continentes

ainda pouco alcançados. Nesse esforço tiveram papel destacado às ordens religiosas,

tanto antigas (franciscanos, dominicanos, agostinianos) quanto novas, especialmente os

jesuítas, oficializados em 1540. Na África, as primeiras regiões atingidas, entre 1490 e

1650, foram o Congo, Angola, Moçambique e Madagascar, com poucos resultados

iniciais... Diferentes dos franciscanos, os dominicanos sublinharam desde o começo a

necessidade do estudo para levar a cabo sua missão. Por essa razão, distinguiram-se no

trabalho que empreenderam nas universidades. Mesmos que também os franciscanos se

estabeleceram desde muito cedo nos centros de estudos... A tarefa de missões realiza-se

no contexto da realidade histórica dos povos.

A

As situações geopolíticas, econômicas, culturais e religiosas em um determinado

contexto condicionam as oportunidades e os limites nesse trabalho. O século XVI foi o

começo da grande expansão colonial da Espanha e Portugal, que se enriqueceram com o

ouro e com outros produtos de suas novas colônias; com base nessa riqueza, alcançaram

certa hegemonia na Europa. Logo, ainda que a empresa colonial requeresse grandes

recursos humanos, essas duas potências católicas sempre tiveram recursos suficientes

para enfrentar as guerras religiosas sem que sua própria existência fosse ameaçada. Foi

neste mesmo século que começou a verdadeira expansão portuguesa na costa da África.

Os colonizadores que se estabeleciam bases em seu caminho para as Índias eram

seguidos por sacerdotes, e logo começou o trabalho missionário. Estedendo-se primeiro

pela costa ocidental da África, na região de Angola e no reino do Congo; alcançando

êxitos consideráveis.

As missões na África foram as mais pobres de todas as missões portuguesas, ao fato de

que o interesse de Portugal se centrava no Oriente. Ainda, dedicaram-se a levar os

escravos da África para o continente americano e, fez muitos danos ao trabalho

missionário. Na África e na América o armamento, a cavalaria e o uso do engano logo

convenceram a espanhóis e portugueses de que sua civilização era verdadeiramente

superior e que, consequentemente, tinham a missão de implantá-las nessas terras. Se,

como consequência se tornavam ricos, se conquistavam impérios, se apoderavam de

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5centenas de escravos, isso não era mais que a merecida recompensa por sua obra

civilizadora e evangelizadora.

A obra do maior missionário português do século XVI, Francisco Xavier, nascido em

Navarra no ano de 1506. Quando ainda não tinha 20 anos, passou para a universidade de

Paris, onde estudou até 1530. Pouco depois, estabeleceu amizade com Inácio de Loyola.

Francisco, Inácio e um grupo de amigos de mais cinco companheiros foram o núcleo

que deu origem à Companhia de Jesus. A Companhia de Jesus foi fundada no contexto

da Reforma Católica (também chamada Contra-reforma), um movimento reacionário à

Reforma Protestante, cujas doutrinas se tornavam cada vez mais conhecidas através da

Europa, em parte graças à recente invenção da imprensa. Os Jesuítas pregaram a

obediência total à doutrina da Igreja Católica, tendo Inácio de Loyola declarado:

“Acredito que o branco que eu vejo, é

negro, se a hierarquia da igreja assim o

tiver determinado”.

Aprovada pelo papa Paulo III em 1539. Um dos primeiros a empreender foi o próprio

Francisco Xavier, que partiu no ano 1541 rumo à Índia, levando consigo cartas de

recomendação de rei de Portugal João II, assim como o título de Núncio da Índia

Oriental. Francisco Xavier dirigiu-se ao sul da Índia, região habitualmente chamada

Pesqueira, onde uns seis ou sete anos antes haviam sido batizadas mais de 20 mil

pessoas. Os costumes dos supostos cristãos do lugar o escandalizaram, e foi então que

pela primeira vez utilizou um método que logo o ficaria ficar famoso. Saía com uma

campainha pelas ruas, convidando as crianças a seguir-lhe. Levava-as, então, para a

igreja, onde lhe explicava o catecismo e os ensinos morais da igreja, e as enviavas em

seus lares para que falassem aos seus pais aquilo que tinham ouvido. Ali centrou seu

esforço missionário até 1545. Foi no ano 1544 que, com sua intervenção em uma

pequena guerra local, Xavier levou 10 mil pessoas a aceitarem o batismo. Seu trabalho

missionário foi especialmente com crianças, ensinando-lhes orações e catecismos (em

latim) para prover um fundamento de fé entre aqueles que desde pequenos eram parte da

comunidade cristã. No ano 1545, Francisco Xavier empreendeu uma viagem até

Malaca. Nestas ilhas, encontraram-se sete aldeias que haviam recebido o batismo algum

tempo antes. Em 1547, Xavier partiu para as ilhas Molucas com o propósito de regressar

à Índia, onde sua presença era necessária para supervisionar e organizar o trabalho dos

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6jesuítas da região. No ano 1549, os missionários que trabalhavam sob a direção de

Francisco Xavier eram mais de trinta. Por fim, acompanhado por três japoneses que

havia conhecido em Malaca e de dois jesuítas, empreendeu uma missão no Japão e

esteve no país mais de dois anos. Ao se retirar, tudo parecia indicar que a igreja

nascente chegaria a ser uma das mais notáveis do Oriente. Xavier não podia supor que,

pouco depois de sua morte em 1552, por razões não claras, haveria de se desencadear

nesse país uma perseguição tal, que o cristianismo desapareceria quase por completo.

Foram os missionários jesuítas do final do século XVI e princípio do XVII os primeiros

que começaram a levar a sério as culturas nas quais trabalhavam e a tentar fazer surgir

um cristianismo que não fosse alheio ao seu próprio meio, usando um processo de

adaptação cultural.

Em vista da escassez do ouro, a sociedade indígena, desarticulada pela chegada dos

espanhóis, e arrancada de suas tarefas na busca do ouro, não podia satisfazer as

necessidades da escassa população. E logo houve revolta dos índios com as esperadas

matanças. Em tais circunstâncias, a igreja demorou em estabelecer-se devidamente, e

não foi para os fins do século XVI, com o estabelecimento franciscano e outro

dominicano em Havana, que a vida eclesisástica começou a ganhar vigor. A conversão

dos escravos se deu lentamente. Poucos se ocupavam com ela, e se dava por certo que a

instrução religiosa para os escravos era responsabilidade de seus amos. Posteriormente

toda população negra das Antilhas recebeu o batismo e se fez cristã, apesar de ainda

restarem velhos vestígios das religiões africanas, talvez em parte como um meio pelo

qual os negros “violentados” conservaram da sua dignidade e identidade.

Até os dias de hoje perdura esse conflito na igreja que se fundou naquela época. A

avaliação do esforço missionário nos últimos séculos quer católica quer protestante, leva

a algumas conclusões gerais, tanto positivas como negativas. Ao mesmo tempo, é

importante destacar as contribuições positivas de muitos missionários amaram os povos

entre os quais trabalharam; desenvolveram uma apreciação genuína pelas culturais

locais; aprenderam as línguas locais e traduziram as Escrituras; proporcionaram

educação moderna para os povos do terceiro mundo; foram os primeiros a crer no

potencial dos “nativos”; abriram hospitais, clínicas e escolas de medicina; introduziram

reformas sociais e políticas; formaram uma ponte entre o Oriente e o Ocidente; e

plantaram a igreja em quase todos os países do mundo.

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Referência Bibliográfica

Gonzalez, J. L. (2009). A Era Dos Conquistadores. In: Uma História

Ilustrada co Cristianismo (p. Vol. 7). São Paulo: Vida Nova.

Gonzalez, J. L. (2008). História do Movimento Missionário. São Paulo:

Hagnos.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Companhia_de_Jesus. (s.d.). Acesso em 21 de

01 de 2011, disponível em wikipedia:

http://www.mackenzie.br/7128.html em:06/11/2010.

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História

Das

Missões

Trabalho aprovado como requisito parcial

para obtenção do grau de Bacharel em

Teologia, a matéria de Missiologia sobre os

movimentos missionários do século XVI na

África; apresentada ao Instituto Bíblico

Ebenézer como exigência parcial para

obtenção do título de Bacharel em

Teologia.

Aprovado em:

Ass.:___________________________

1º Exam: Profº. Pr. Raimundo Gomes

Ass.:___________________________

2º Exam: Diretoria – I.B.E.

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