Trabalho HM1_“Música e História das Ideias”.docx
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
CURSO: LICENSIATURA EM MÚSICA
DISCIPLINA: HM-1 (HISTÓRIA DA MÚSICA 1)
PROFESSOR: MARTHA ULHÔA
ALUNO: HENRIQUE CASTRO
DATA: 26/01/2014
TRABALHO: Trabalho 3: Dissertação sobre o tema “Música e História das Ideias”
Há alguns séculos atrás, mais especificamente, na primeira parte do século XVIII, Johann Sebastian
Bach estava no auge de sua carreira musical como compositor, tendo uma demanda enorme de composições
às igrejas e cortes as quais pagavam a ele por esse trabalho. Essa realidade não se abateu com o passar dos
anos. Sem gerar algum tipo de comparação, mas também sem ignorar a notabilidade que os atuais
compositores conquistaram, podemos verificar hoje o quanto esse tipo de trabalho se desenvolveu e,
atualmente, movimenta algumas riquezas e dá a alguns o posto de nobres da arte.
Quando se ouve falar dos grandes compositores antigos, como Bach, Mozart, por exemplo, é quase
natural se associar a música clássica, orquestrada, para uma camada específica da sociedade - os cultos e nobres -
e por consequência, classificar os outros gêneros e seus compositores a uma camada mais popular.Com a
quantidade de gêneros e estilos musicais que temos nos dias atuais, torna-se complexo determinar a qual o nosso
período pertence. A forma de composição comercial, igualmente a do século referido acima, é uma das razões
que podem explicar tamanha variedade de gêneros que apreciamos. Na era do Romantismo, por exemplo,
podemos nos limitar a três grandes nomes Weber, Schumann, Liszt e Wagner. Contudo, através desses
personagens, temos a base para a música de hoje, não desprezando seus antecessores, que, serviram de ponte
para suas inspirações, como exemplo Beethoven - serviu de ponte para tal período.
Tanta genialidade antepassada serviria de alicerce para o que temos hoje em música. A diversidade de
estilos contidos numa determinada região, ou até mesmo em uma única música, impressiona. Para que não haja
confusão em denominar determinadas tendências, deu o nome de "Era Contemporânea". Dessa forma, dá-se as
obras mistas - tais quais englobam diversos sentimentos (barroco, romântico, modernismo) - o nome de música
contemporânea, cuja intitulação abrange todas essas misturas. Acompanhando tal transmutação, as formas de
composição também foram pelo mesmo caminho. Podemos notar diversos tipos de compositores, tanto
"clássicos", quanto populares. Este segundo, ganha um espaço maior por conta da popularização da música e o
segundo, consequentemente, se contrai, fato explicado pela forma como a música pop atinge mais diretamente
seus ouvintes. O investimento em melodias, talvez inspiradas nos antigos, torna a música agradável de se ouvir e
ainda acompanhada de letras, tais quais retratam a realidade de vida de um determinado povo, assim, fazendo
com que essa música seja a "minha música" a "sua música". Os compositores atuais, ou seja, contemporâneos,
seguindo tais tendências, tornam-se fábricas de contação de histórias. Histórias reais, por tratarem de fatos
cotidianos e dão continuidade ao modelo de comércio criado pelos compositores antigos, onde cantores
portadores de boas vozes são seus clientes.
A tal conjuntura proporciona o desenvolvimento de um mercado vasto, onde milhares de compositores
despontam suas canções em todos dias em todo o mundo, por através de intérpretes famosos, sem mesmo se
preocupar com um determinado estilo, ou modo, usando e abusando de sua criatividade e das possibilidades que
a música lhes propicia. Temos exemplos de compositores, cujas canções são cantadas por todo o mundo,
novamente ressaltando o não interesse em criar comparações, mas não tornando-os menos importantes que
nossos grandes gênios da música citados anteriormente, um exemplo The Beatles, por exemplo, têm músicas de
melodias bem estruturadas e compostas pelos próprios integrantes e, sem sombra de dúvidas, fãs pelo mundo
inteiro.
Portanto, aos grandes mestres, a bênção e o reconhecimento por deixar-nos de herança tantas canções
maravilhosas e as diversas possibilidades que a música pode nos oferecer, tanto como uma fonte de prazeres
auditivos, quanto como a ideia de que pode-se utilizar o dom da composição para ganhar a vida por através disso.
E aos compositores "contemporâneos", se é que estão preocupados com tal classificação, não substituam o
sentimento de compor pelo simples prazer de fazer música, pelo interesse misantrópico, pois, dessa forma, a
consequência será a satisfação daqueles que os ouvem - o povo - e o sucesso será a linha de chegada.