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107704885FORMANDO REDES TERRITORIAIS DE DESENVOLVIMENTO: A EXPERIÊNCIA DO CURSODE ESPECIALIZAÇÃO E EXTENSÃO EM EDUCAÇÃO DO CAMPO E DESENVOLVIMENTOSUSTENTÁVEL DOS ASSENTAMENTOSMônica Castagna MolinaUnB

Retratando uma experiência em andamento desenvolvida pela Universidade de Brasília, Embrapa Cerrados, IICA e INCRA SR/28, oartigo pretende contribuir com as reflexões que tem como objeto a dimensão territorial do desenvolvimento. Procurará demonstrar aimportância do trabalho de articulação interinstitucional que pode ser protagonizado pelas universidades no sentido de catalisar emáreas de Reforma Agrária, a formação de redes territoriais de desenvolvimento, em função da possibilidade de estabelecer um olharcomplexo da realidade, que pode ser construído pelas diferentes áreas de conhecimento trabalhando em conjunto.

107704892AVALIAÇÃO DAS ESTRATÉGIAS DE ARTICULAÇÃO E EXECUÇÃO DOS PROJETOS DEEDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS DESENVOLVIDOS A PARTIR DO PROGRAMANACIONAL DE EDUCAÇÃO NA REFORMA AGRÁRIA - PRONERA.Mônica Castagna MolinaUnB

Este artigo analisa as estratégias de articulação e execução dos projetos de Educação de Jovens e Adultos do Programa Nacional deEducação na Reforma Agrária – PRONERA desenvolvidos pelas Universidades Federais (de Pernambuco, Paraná, Sergipe, Alagoas,Ceará, Rio Grande do Norte), Estaduais de São Paulo (Unesp) e do Ceará; Vale do Acaraú (CE) e Unijuí (RS). O objetivo é identificaras dificuldades enfrentadas pelos trabalhadores rurais (comuns nos 7 estados) para concluir a alfabetização; avaliar o desempenhodos assentados monitores-alfabetizadores; o desempenho dos assentados coordenadores locais dos projetos; o desempenho e aparticipação de alunos universitários capacitadores dos monitores-alfabetizadores. Os projetos de Educação de Jovens e Adultos doPRONERA, realizados em parceria entre movimentos sociais, universidades e governo, apresentaram resultados positivos para ostrabalhadores rurais assentados - que se alfabetizaram - e para os assentados - que se escolarizaram e se tornaram educadores -como também para estudantes e professores universitários envolvidos, proporcionando avanço nas pesquisas sobre a importância doespaço rural brasileiro e gerando novos trabalhos interdisciplinares nas/entre diferentes instituições. Aspectos teóricos e metodológicosdo PRONERA expostos no artigo merecem ser reavaliados e transformados, com base nos resultados destas primeiras experiências.

030408202VIVENCIANDO AS RELAÇÕES DE GÊNERO NOS ASSENTAMENTOSMariana Moreira Neto e Maria Lucinete FortunatoUFCG

O Projeto Vivenciando as relações de gênero nos assentamentos vem buscando construir um trabalho político e educativo junto aAssentamentos da Reforma Agrária no Alto Sertão da Paraíba no sentido de fortalecimento da compreensão das relações de gênero,no âmbito educacional e político. Neste sentido, procura desenvolver discussões acerca de construção histórica e cultural do conceitode gênero nas comunidades e com os professores que lecionam nas escolas dos assentamentos, realizando debates acerca de temasque estão intimamente relacionados com esta temática, como as relações sociais desiguais entre homens e mulheres, a ausênciafeminina dos espaços públicos, a dominação masculina, procedendo a análise e compreensão das formas de construção das relaçõesde gênero a partir da educação, da família, da cultura, da religião e implementando a discussão das questões de gênero e das relaçõesde diversidade que permeiam a realidade sócio-cultural nos assentamentos buscando possibilitar a construção de ações e práticaseducativas que reelaborem novas relações de gênero nos assentamentos.O Projeto tem como tem como sujeitos históricos de suaelaboração todos os homens e mulheres dos Assentamentos das Reforma Agrária no Alto Sertão da Paraíba por tratar-se de umaconstrução coletiva que, em última instância, está entremeada no processo de luta pela terra e pela permanência nela.Institucionalmente estes sujeitos históricos são representados pela Comissão Pastoral da Terra CPT-SERTÃO, sediada em Cajazeiras,pelas comunidades dos assentamentos de São Francisco, em Cachoeira dos Índios, Santo Antonio, Valdecy Santiago, EdvaldoSebastião e Frei Damião, em Cajazeiras e Acauã, em Aparecida, com os quais desenvolvemos as atividades extensionistas propostasneste projeto. Mais especificamente estão envolvidos:1- Os professores que lecionam nas escolas, públicas e particulares dos seteassentamentos especificados acima;2- As sete Associações de Assentamentos das áreas mencionadas;3- As comunidades dosAssentamentos;4- A CPT-SERTÃO. O Projeto Vicenciando as relações de gênero nos assentamentos vem sendo desenvolvido tendopor base dois eixos de ação. Por um lado, se fundamenta nas discussões políticas acerca das questões de gênero e dar-se a partir darealização de debates, mesas redondas e utilização de multi-meios, como vídeos, filmes, etc., para a construção de uma compreensãodo que sejam relações de gênero e de como elas são construídas a partir das relações entre os homens e mulheres no curso dahistória. Por outro lado, são desenvolvidas oficinas temáticas para a discussão e aprofundamento de questões como relações degênero, relações desiguais de poder, dominação masculina, relações de gênero e educação sexista, participação de homens emulheres no mundo público e privado, luta pela terra e gênero.

084304918ESTUDO DE CASO DAS CASAS FAMILIARES RURAIS DO INTERIOR DO ESTADO DE SANTA

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CATARINAArmando de Pádua FiúzaUFSC

MATERIAIS E MÉTODOS. Os materiais e equipamentos de suporte didático eram transportados da UFSC para os pólos, e incluíramprojetores, microscópios fotônicos e estereoscópicos, vidrarias e reagentes, bem como bibliografia e textos.Pela particularidade doCurso, ministrado fora da sede da UFSC e com parte à distância, o material utilizado incluiu recursos modernos de comunicação taiscomo fax, telefone e correio eletrônico.A metodologia das aulas procurou aplicar tendências modernas de ensino e abordagem deteorias que conduzissem a uma reflexão mais profunda sobre o ensino e os métodos empregados, procurando ainda valorizar aexperiência já adquirida pelos professores-alunos e suas vivências de sala de aula.Ênfase especial foi dispensada a atividades práticasde campo e laboratório, especialmente nas disciplinas da Área de Ciências como Botânica, Zoologia e Ecologia. RESULTADOS. OCurso, iniciado no segundo semestre de 1996 e concluído no segundo semestre de 2000, graduou 97 professores, tendo se constituídoem significativa contribuição da Universidade Federal de Santa Catarina para com a melhoria da qualidade do Ensino Fundamental emnosso Estado. Podemos afirmar que como resultado desse curso, os novos licenciados têm potenciais para aproveitar: 1º- os recursoslocais disponíveis; 2º- o emprego de materiais alternativos; 3º- os laboratórios já existentes; 4º- o material bibliográfico.

078804620O HOMEM DO CAMPO NO CONTEXTO DA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA: A ALFABETIZAÇÃODOS ASSENTADOS DO INCRA, ATRAVÉS DE UM PROCESSO LINGÜÍSTICOGuilhermina Pereira CorrêaUFPA

Este trabalho pretende demonstrar que a alfabetização, ainda que o alfabetizador tenha nível mínimo de letramento, tem efeitosrápidos e eficientes, se esse trabalhador for cuidadosamente capacitado em um processo lingüístico, que ode ser concretizado atravésda Educação a Distância, como está acontecendo na UFPA, em projetos conveniados com INCRA/UFPA/CLA. Em 2000 foramalfabetizados 842 assentados, jovens e adultos, em sete municípios do nordeste do Pará; em 2001, 802 em quatro municípios da áreada Transamazônica e em 2002 estamos alfabetizando 2.583 de outros assentamentos do nordeste paraense e 1113 de assentamentosde quatro municípios do oeste do Pará.

084701604A COMUNICAÇÃO COMO ESTRATÉGIA DE COMPETITIVIDADE EM ASSENTAMENTOS DEREFORMA AGRÁRIA NO ESTADO DE PERNAMBUCO*Ana Maria Navaes **UFRPE

A evolução da reforma agrária no Brasil, em termos de áreas desapropriadas, é hoje uma realidade, atingindo 500 mil famílias até oano de 2001. Associadas a esse cenário, as políticas públicas garantem um aporte financeiro para investimentos em infraestruturaeconômica e social, que, em tese, garantem o desenvolvimento desses empreendimentos. Um diagnóstico de três projetos deassentamentos, no município de Moreno/Pernambuco, Nordeste brasileiro, envolvendo 206 famílias, indica dificuldades no acesso ainformação e, conseqüentemente, impactos no desenvolvimento dos empreendimentos. Essa comunicação tem por base uma análisedos fluxos comunicacionais nesses empreendimentos rurais, através da identificação de micro e macrorredes , para formulação deestratégias de competitividade, direcionada à sustentabilidade sócio-econômica-ambiental da produção desses assentamentos dereforma agrária.*O trabalho tem por base o projeto de elaboração de PDA para 3 projetos de assentamentos, desenvolvido pela UFRPE, em convêniocom o INCRA – Superintendência Regional de Pernambuco -, no período de 1999 a 2001. ** Comunicóloga, Mestre em ComunicaçãoRural – Universidade Federal Rural de Pernambuco/Departamento de Letras e Ciências Humanas – Coordenadora do grupo depesquisa responsável pela elaboração dos PDA.

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COOPERATIVISMO POPULAR: A PRÁTICA DA INTECOOP/ UFJFSonia Maria Rocha Heckert ([email protected])UFJF

Considerações Iniciais. Uma breve retrospectiva histórica da relação Universidade/ Comunidade aponta, nos anos sessenta, umainvocação da responsabilidade social da Universidade diante dos problemas do mundo contemporâneo, até então raramenteassumidos, apesar da sua premência e dos conhecimentos acumulados pela universidade, sobre os mesmos. Esta reivindicaçãoassumiu enfoques distintos no âmbito do comprometimento e nas críticas e denúncias originais das mais diferentes orientaçõespolíticas. No decorrer dos anos 70 e 80, em muitas universidades a responsabilidade social foi sendo reduzida às ligações com asempresas, em outras persistiram programas de orientação social, sobretudo de âmbito comunitário. No entanto, é fundamental umaconcepção mais ampla da responsabilidade social da universidade. Esta pode se dar incorporando a ótica dos setores populares nodesenvolvimento do conhecimento científico, tecnológico e artístico gerado, reconhecendo que existem outras formas de conhecimentosurgidas da prática de pensar e de agir de inúmeros segmentos da sociedade, que por não serem tidas como científicas, sãodesprovidas de legitimidade institucional. Estas questões podem ser recuperadas a partir das ações com a população.A partir daconcepção que enfatiza um compromisso da Universidade com um fazer acadêmico socialmente conseqüente é que a UFJF implantoua Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares. Objetivo. O projeto propõe desenvolver uma tecnologia de geração de trabalhoe renda através da incubação de cooperativas populares. Esta se concretiza em procedimentos que objetivam a inclusão dedesempregados no mercado de trabalho, e fundamentalmente, a melhoria nas condições de trabalho e vida deste público.Metodologia. A proposta metodológica implica uma relação entre população e equipe técnica (saber popular e saber acadêmico) bemcomo um permanente acompanhamento e fazer com a população. A experiência é fundamentada nos princípios e concepções daEconomia Solidária e do Cooperativismo Popular compreendendo procedimentos e ações correspondentes as fases de: pré-incubação: identificação, motivação, seleção dos grupos a serem incubados; incubação: constituição, formalização, legalização,acompanhamento do empreendimento; formação dos trabalhadores em cooperativismo; desincubação e consultorias pontuais. Nomomento são dez os grupos incubados e acompanhados pela equipe composta de Professores, Alunos das áreas de Engenharia deProdução, Economia, Administração, Direito, Serviço Social, Comunicação, Psicologia, Arquitetura e Enfermagem. Resultados:aproximação do corpo discente e docente da UFJF com um novo campo de pesquisa – o do cooperativismo popular e dos micro-empreendimentos; impulso nas práticas de extensão universitária voltadas para os setores populares excluídos social, econômica eculturalmente; resgate da cidadania de grupos excluídos da população, através de sua inserção no mercado de trabalho.

063608104PROJETO MONSENHOR EXPEDITO: UMA EXPERIÊNCIA INTERINSTITUCIONAL DEEXTENSÃO UNIVERSITÁRIAMarjorie da Fonseca e Silva Medeiros*UFRN/ UFPel/ UFRGS

O Projeto Monsenhor Expedito integra o módulo “Projetos Especiais” do Programa Universidade Solidária e busca propor e executarações que promovam o desenvolvimento sustentável do município de São Paulo do Potengi/RN, a partir da articulação entre aUniversidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN , Universidade Federal de Pelotas – UFPel e Universidade Federal do RioGrande do Sul – UFRGS. O projeto, foi iniciado em fevereiro de 2000 com o objetivo de proporcionar e promover situações e açõesque oportunizassem a troca de saberes e a reflexão conjunta entre as Universidades e a comunidade do município, numa perspectivaera de que todas as iniciativas realizadas – desenvolvimento de alternativas tecnológicas, formação de agentes multiplicadores,gerenciamento sócio-ambiental e gestão de políticas públicas – se constituíssem num processo pedagógico de formação do FórumMunicipal de Desenvolvimento, enquanto órgão gestor de desenvolvimento do município, e de qualificação social da formaçãoacadêmica de professores, técnicos administrativos e alunos, a partir do seu envolvimento, em conjunto com as comunidades locais,na busca de alternativas e soluções para o desenvolvimento sustentável do município. O desenvolvimento do projeto tem comofundamentação a perspectiva teórico-prática do desenvolvimento com sustentabilidade, tendo em vista: a qualidade de vida, odesenvolvimento humano e o exercício da cidadania. Para sua execução foram utilizadas diferentes metodologias que levam emconsideração a questão ambiental e o contexto sócio-cultural; estimulam a organização social e a participação; proporcionam aeducação ambiental, a educação em saúde, a inovação tecnológica, a geração de renda e a qualificação social da população. Apesardos benefícios que a atuação das universidades trouxe efetivamente à comunidade de São Paulo Potengi, o maior aprendizado deu-seno nível acadêmico, quando buscamos novas metodologias para tratar o trabalho extensionista que envolve equipes de diversasculturas e concepções distintas acerca do que é e como fazer extensão. O Projeto por sua característica interdisciplinar inovadora aocongregar várias universidades e inúmeros parceiros, contempla a inter e multidisciplinaridade possibilitando aos estudantes, aoportunidade da formação profissional cidadã, ao Município a oportunidade do apoio que, despindo-se de qualquer característicaassistencial, alcança-lhe através do trabalho solidário, da troca de saberes, a possibilidade concreta do desenvolvimento e melhoria daqualidade de vida e, a todos, a oportunidade do diálogo elucidador e criativo.*Engenheira Civil/Pró-Reitoria de Extensão/UFRN

PERFIL SOCIO-ECONÔMICO E CULTURAL DOS TRABALHADORES DO TURISMO DACOROA DO AVIÃOSilva, S.M.1; Silva, M.A.G.2 ; Cavalcante, M.S.3 ; Rego, F.H.4 ; Ferraz, D.G.4 ; Bello, S.C.G.4; Bello, R.C.G.4; Júnior,A.C.G.4UFRPE

Os objetivos dessa pesquisa eram obter dados que possibilitassem a percepção das reais condições socioeconômicas e culturais dogrande número de pessoas que utilizam a Ilha Coroa do Avião, localizada no Município de Igarassú, Região Metropolitana do Recife,

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litoral Norte do Estado de Pernambuco, na obtenção de recursos para sobrevivência; identificar os verdadeiros interesses e aptidõesprofissionais e ocupacionais do público alvo da pesquisa; assegurar o papel da UFRPE enquanto instituição, comprometida com odesenvolvimento ecológico, social, econômico, técnico e político. A metodologia utilizada teve como ponto de partida a observaçãodireta dos trabalhadores e, em outro momento, aplicação de questionário específico para cada categoria, mas aberto no seu conteúdo.A elaboração envolveu toda equipe visando obter dados que tornassem possível um diagnóstico e conseqüentemente a preparação decursos de capacitação. Dentro deste procedimento estiveram envolvidos, professores, alunos e funcionários dos Departamentos:Tecnologia Rural; Letras e Ciências Humanas e Pró-Reitoria. Foram aplicados 200 questionários com Vendedores Ambulantes,Barqueiros, Barraqueiros, Marisqueiros e Pescadores. Como resultado, a receptividade proporcionada pelos trabalhadores do turismoda Coroa do Avião foi bastante satisfatória. Os dados coletados mostram o quanto à questão política – Prefeitura, Lideres eUniversidades – corroboram para a ausência de uma simbiose homem/natureza no sentido mais amplo do que possa sercompreendido e interpretado pelos Barqueiros, Barraqueiros, Comerciantes, Pescadores, Prefeituras e Universidades. Verificou-setodo tipo de conflitos, falta de estrutura organizacional, ausência de infra-estrutura, despreparo de quem atua no comercio, usodesequilibrado do meio ambiente e recepção inadequada e não esclarecedora ao turista, tanto local, nacional quanto internacional.Sendo assim, a característica dessa realidade está configurada num quadro de miséria, de despreparo e improvisação,comprometendo o que se conhece como turismo. A desordem em busca da sobrevivência retrata a ênfase do trabalho informal edesqualificado para um tipo de empreendimento que é o turismo. Evidencia-se, portanto, o choque entre a realidade do cotidiano e asexpectativas de mudanças deste quadro. Observa-se, dentro do que a antropologia chama de semelhanças, a abertura para avisualização do que é necessário em termos de conhecimento – qualificação – para o aumento da qualidade do turismo. Considera-se,portanto, que as experiências vividas e os fatos comprovados permitiram o vislumbramento de soluções possíveis de atendimento àdemanda das necessidades da população circulante, tanto na Ilha Coroa do Avião, como nas áreas circunvizinhas. A equipe viu-sediante de uma diversidade de opções que, no entanto, depende da parceria dos diversos Departamentos da UFRPE, uma vez quedispõem de instrumentos e meios capazes de se fazerem presentes e atuantes em todos os setores da sociedade. Entretanto, ficouressaltado, que os trabalhadores do turismo da Coroa do Avião, são pessoas que demonstram um contínuo esforço na luta pelasobrevivência com resquício de dignidade e cidadania, que não precisam de piedade e sim de uma oportunidade de vida.1 Profª. Dra. Departamento de Tecnologia Rural, [email protected]; 2 Profª. Ms. Departamento de Letras e Ciências Humanas,[email protected]; 3 Coordenadora da Pró-Reitoria dos “Campi” Avançados; 4 Alunos de Graduação.

0441081050A MATEMÁTICA NOS PROCESSOS AGROINDUSTRIAIS DA PRODUÇÃO DE AÇÚCAR EÁLCOOL NAS USINAS REUNIDAS SERESTAJosinalva Estácio Menezes – [email protected]; Sílvia Gomes Pereira; Heloísa Flora Nóbrega Bastos Brasil;Catarina Fernandes de Oliveira Fraga; Florice Pereira de Oliveira – Usina Reunidas Seresta – [email protected]

INTRODUÇÃO: No presente trabalho temos como objeto de estudo a inserção dos processos e algoritmos matemáticos usados portodos os trabalhadores de todos os setores envolvidos com os processos de plantio, colheita, processamento e comercialização decana-de-açúcar e seus principais produtos – o açúcar e o álcool – bem como suas implicações sócio-culturais nas Usinas ReunidasSeresta e comunidade na qual ela está inserida. Numa perspectiva antropológica, através das orientações teórico-metodológicas daEtnomatemática, mais especificamente as idéias de D’Ambrósio, com base em pesquisa etnográfica, pretendemos investigaressencialmente como aqueles trabalhadores utilizam a matemática no seu dia a dia para executar o seu trabalho; que algoritmosaplicam nessa execução e como foram aprendidos e sistematizados; quais as implicações do uso desses algoritmos para a produção eo resultado desse trabalho para a sua sobrevivência. Assim, o objetivo geral é processar a matemática presente nos processosagroindustriais da produção de açúcar e álcool, nas Usinas Reunidas Seresta e suas implicações para a comunidade local.METODOLOGIA: Inicialmente, conversamos informalmente com a administração da Usina sobre o mesmo. Por um lado, fizemos umapesquisa bibliográfica, na qual buscamos os subsídios necessários para a realização de uma pesquisa nessa área do conhecimento,que nos permitiu conhecer e apresentar as principais idéias principais dos teóricos e pesquisadores sobre a etnomatemática, desde osconceitos básicos até seus campos de atuação, apresentando a necessária fundamentação teórica e orientar o trabalho de campo e,com referência ao trabalho de campo, estamos conversando com os funcionários, agricultores e produtores, fazendo entrevistas, e porpor outro, realizando um trabalho de observação e registro, para depois sistematizar os dados coletados, para proceder à análise, osresultados e as conclusões e finalmente, apresentar o relatório final. Para isso, convidamos os plantadores de cana-de-açúcar, paradescrever seu trabalho cotidiano, a matemática nele envolvida e os processos de escolha das quantidades de material utilizados noseu trabalho, bem como as formas de calcular a produção e a respectiva remuneração, entrevistando os que concordaram com otrabalho. Indagamos ainda sobre a importância do mesmo para sua sobrevivência e vida em comunidade. Analogamente estamosentrevistando os funcionários em todos os níveis e em seu local de trabalho. Fazemos visitas semanais ao campo para as entrevistas,e também para observação e registro dos dados. Estamos ainda durante essas visitas registrando os trabalhadores em ação atravésde máquina fotográfica e vídeo, obter o máximo de fidelidade sobre os mesmos. RESULTADOS ESPERADOS: Com esse trabalho,esperamos contribuir efetivamente de duas maneiras: por um lado, para o campo teórico da Etnomatemática, uma das fortestendências e áreas de pesquisa da Educação Matemática; por outro lado, esperamos com o retorno do nosso trabalho no campo, levaralguma contribuição que ajude a melhorar as condições de vida e trabalho daquele grupo humano em questão.

0441081049A GEOMETRIA DO PATCHWORK E O ARTESANATO EM UMA COMUNIDADE DONORDESTEJosinalva Estacio Menezes – [email protected]; Simone Ferreira da Silva – [email protected]; Rosélia BezerraUFRPE

Neste trabalho tivemos como objetivo incrementar a produção num local cuja economia se baseia no artesanato, basicamente nos

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trabalhos com o patchwork. Obedecendo a padrões geométricos e de simetria ou repetição, as estampas do padrão do patchworktambém contêm, em sua essência, princípios geométricos de estruturação. Para o embasamento teórico do trabalho, foram estudadasa geometria do patchwork e sua história, sendo a primeira buscada em textos matemáticos e a última em enciclopédias de trabalhosmanuais. O campo de trabalho foi o Município de Matões-MA. As atividades foram desenvolvidas durante a execução do Projeto “Agente não quer só comida” durante o mês de julho de 1999. Procurou-se fornecer subsídios geométricos necessários aoaperfeiçoamento da fabricação das peças. Foram feitas as atuações junto a trabalhadores pertencentes a três categorias de pessoas:alguns dos artesãos, articuladores da venda do produto da comunidade e os organizadores do trabalho comunitário. Acompanhamosos efeitos do trabalho através de observações e registros auditivos, escritos e visuais no local de trabalho, junto aos trabalhadores, ede semi-estruturadas, segundo as orientações da pesquisa etnográfica, através das quais investigamos também os efeitos daqueletrabalho na vida da comunidade. A princípio, as costureiras não tinham local apropriado, nem ponto fixo para desenvolver asatividades, usavam a casa de uma das costureiras, ou as dependências da escola local,etc, fazendo também outros trabalhos decostura além do patchwork. Não tinham também diversificação de forma nem de cor. Realizavam produções muito semelhantes, o queresultava em pouco valor comercial. Não se dividiam em tarefas específicas: cada uma fazia uma peça inteira de cada vez, em regimede revezamento. O rendimento era dividido por todas igualmente, embora nem todas trabalhassem em jornadas iguais. Segundo asmesmas, algumas se mantém apenas com os rendimentos desse trabalho, outras complementavam a renda com o salário do esposo.Tiveram também a idéia de criar uma boutique na cidade, e passaram a vender peças para Teresina, capital do Estado do Piauí. Aauto-estima das mulheres aumentou pois, de acordo com a fala delas, elas se sentem realizadas, felizes e úteis com o que fazem. Emparticular, o curso de patchwork trouxe maior valorização às peças, agregando valor aos produtos, e permitindo uma maiorcomercialização. Sentindo posteriormente a necessidade de adquirir uma máquina de overlock para um melhor acabamento daspeças, realizaram um leilão de peças que arrecadou uma parte do valor da máquina, o qual foi complementado com o dinheiro dadopelo prêmio do Banco Real através do Projeto “A gente não quer só comida”. Hoje, para formar os padrões de patchwork, tanto criampor si próprias, como também buscam inspirações a partir de sugestões de revistas especializadas, e afins. Esse trabalho revestiu-sede importância para aquela sociedade e também para a UFRPE, pois possibilitou a realização de atividades de extensão fora doentorno territorial do campus universitário, via a Pró-Reitoria de Campi Avançados, e os departamentos de Economia Doméstica,Tecnologia Rural e Matemática.

ASSESSORIA ECONÔMICA A COMUNIDADE CARENTE PARA GERAÇÃO DE EMPREGO ERENDAAlysson Monteiro Silva*[email protected]; Kátia Geórgia Dantas de Alencar*; Ana Cleide Viana deFiqueredo**[email protected]; Aline Nadege de Menezes Sá**[email protected]

(INTRODUÇÃO): A ação de extensão, referida nesse relato, compõe o PROBEX2002, da PRAC/UFPB. É uma iniciativa quecontempla: apoio às comunidades carentes na busca de soluções alternativas de ocupação e renda e a agregação de discentes ematividades de vivo laboratório social. A ação vai desde a organização e o assessoramento de grupos qualificados em categoriasprodutivas, nos princípios da auto-gestão, e tem como objetivo a elaboração de plano de negócios para os grupos de autogestão ecooperativismo já formados e o encaminhamento do plano de negócios para consulta de viabilidade aos órgãos financeiros dasunidades produtivas ou de serviços. Em articulação com o ensino e a pesquisa pretende-se ainda a produção de um texto acadêmicosobre Economia Solidária: da autogestão e do cooperativismo. (METODOLOGIA) O projeto será em parte desenvolvido nasdependências do Laboratório de Economia: estudos, treinamentos e debates teóricos e reflexões sobre a realidade trabalhada. Emoutra parte, o grupo irá até à comunidade para proceder reconhecimento, dialogar e levantar informações. O grupo ainda promoveráparcerias com instituições que operem na área temática visando apoio e intercâmbio. (RESULTADOS) Levar até a comunidade carenteo saber universitário através da sua preparação e da criação de elo pela assessoria nas iniciativas práticas dos grupos na busca deocupação e renda. A aproximação, para a reflexão, do conteúdo acadêmico e da realidade experimentada pela população carente.Levantamento de informações junto às fontes financiadoras de possibilidades de solicitação de financiamento por cooperativas;treinamento e elaboração de Planos de Negócios pelos discentes sob orientação docente. (CONCLUSÃO) A ação deverá permitir oexercício pleno da função extensionista da universidade pela interação do saber universitário com a realidade produtiva visandoalcançar conhecimentos que possam ser de valia para o ensino universitário.*Bolsistas Probex; ** Profas. Orientadoras

034401460A AÇÃO DO EXTENSIONISTA E O CONCEITO DE EMPRESA COOPERATIVAPaulo de Jesus ([email protected])UFRPE

Nesse texto, o autor, objetiva estimular a discussão em torno do conceito de empresa cooperativa, animado pelo contexto em que sedesenvolvem os Programas de Extensão Universitária de Incubadoras Tecnológicas de Cooperativas Populares. Recorre-se a diversosautores (Bellier, Cabanes et Lautier,Defourny, Laville, Desroche, Echoudemaison, Lorendahl, entre outros) para caracteriza, de umlado, a empresa como um recurso próprio do modo de produção capitalista, a serviço da lógica de reprodução do capital e, de outrolado, a cooperativa como uma organização coletiva, de gestão democrática, sem fins lucrativos. Portanto, tratar como cooperativacomo empresa supõe a consciência de determinadas características dessa empresa cooperativa: coletiva, sem fins lucrativos e degestão democrática. Tais características têm suas implicações no quotidiano das cooperativas e essa consciência deve ser apropriadapor quem faz extensão universitária, particularmente por aqueles e aquelas que atuam junto a Cooperativas Populares através dosProgramas de Incubadoras de Cooperativas das Universidades Brasileiras.

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PROFISSIONAIS DO SEXO: A CONSTRUÇÃO COLETIVA DA CIDADANIANélson Aleixo da Silva Júnior (orientador)-Departamento de Psicologia, [email protected]; Ana Patrícia deSousa Morais- Curso de Psicologia, patrí[email protected]; Aponira Maria de Farias- Curso de Psicologia,[email protected]; Maria José Rodrigues- Curso de Psicologia; Pedro de Almeida Silva- Curso de Psicologia,UEPB

INTRODUÇÃO: Oriundos, principalmente, de famílias de classe social baixa, os profissionais do sexo trazem consigo um estigma deexclusão social. Desde cedo, muitos foram obrigados a trabalhar em subempregos, não tiveram acesso à educação formal eencontraram como saída à prostituição. Saída esta que acentua o quadro de exclusão. Não têm condições dignas de sobrevivência,nem uma política social que atenda suas necessidades e direitos. A partir desse contexto e, tomando como base o diagnósticorealizado anteriormente (“Profissionais do Sexo: Uma Realidade Diante do Abandono Social”. Júnior et all . Departamento dePsicologia, UEPB, 1999/2000), foi possível verificar que algumas pessoas têm habilidade para a costura e que o CIPIMAC – Centro deProteção ao Meio Ambiente de Campina Grande (Associação dos Profissionais do Sexo), possui algumas máquinas provenientes deexperiências anteriores. Daí surge o projeto de renda alternativa, voltado para o ramo de confecções. Nele, os profissionais do sexoterão um meio de sobrevivência digno, apoio técnico e financeiro necessários. OBJETIVOS: Geral: Identificar as necessidades doCIPIMAC para se implementar uma fonte de renda alternativa a partir da criação de uma cooperativa de costura. Específicos:Identificar traços positivos nas tentativas anteriores de constituição da cooperativa de costura; elencar aspectos negativos emergidosno processo anterior; subsidiar a (re)construção de uma proposta efetiva de intervenção. METODOLOGIA: Clientela atendida:Profissionais do sexo associados ao CIPIMAC que manifestem interesse em participar da cooperativa de costura. Instrumento: Para acoleta dos dados foram elaboradas três entrevistas semiestruturadas, subdivididas em três roteiros. A aplicação dos instrumentos dar-se-á da seguinte maneira: com os atuais membros diretores do CIPIMAC; com os profissionais do sexo que participaram dasexperiências anteriores; com as instituições que colaboraram anteriormente. RESULTADOS: Foi realizado um plano diagnóstico ondefez-se um levantamento de necessidades para a constituição da cooperativa de costura dos profissionais do sexo. Devido,principalmente, à greve dos professores, com duração de aproximadamente 150 dias, não foi possível implementar o projetoextensionista, o qual terá andamento com a próxima turma do componente curricular. CONCLUSÃO: Nos deparamos com umacomunidade cética, devido às experiências anteriores mal sucedidas e com a dificuldade de apoio, tanto da universidade, como deoutras instituições que viabilizariam o custeio do projeto. No entanto, a proposta é viável, pois temos uma comunidade predisposta aingressar no mercado de trabalho e que encontraria aqui a sua valorização enquanto ser humano, a oportunidade de profissionalizaçãoe de uma renda alternativa.

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089801669PLANEJAMENTO PARTICIPATIVO: UMA CONTRIBUIÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTOTURÍSTICO DE MATARACA/PBJanaína de Aguiar Ferreira; Zulmira Nóbrega (Orientadora).UFPB

A utopia de uma sociedade justa e igualitária a todos, vem sendo o alvo de discussões e promessas – principalmente políticas – noâmbito mundial. As tomadas de decisões somadas ao desejo de abandonar a submissão, são fatores que influenciam umacomunidade a praticar o conceito da palavra: Participação. Participar doa princípios que regem uma sociedade, não é só uma questãode ganhar espaço de liberdade na mesma mas, uma conquista que se consegue quebrando até mesmo as barreiras espaço-temporais,visto que, o conceito histórico é fundamental na compreensão do processo de participação de uma dada comunidade. “O planejamentoparticipativo se destaca por estudar a participação da comunidade na identificação e resolução dos seus próprios problemas queafetam diretamente no crescimento e até manutenção de suas atividades econômicas e na qualidade de vida” (CAJARDO, 1982).Partindo da idéia de que uma comunidade enriquece-se e estimula-se mais com a sua participação em prol dela mesma, pode-seentão inserir nesse contexto a atividade turística, que se bem planejada é direcionada no sentido de incentivar a comunidadereceptora, na implantação de sua participação, em tal planejamento. O turismo ideal, é aquele que é praticado seguindo os princípiosdo desenvolvimento sustentável, que se trata do uso racional dos recursos naturais e culturais, promovendo a integração entre acomunidade receptora e os turistas. Porém, antes de qualquer investimento turístico, em termos de infra-estrutura, deve-seconscientizar a população local, do que se trata o turismo e todos os seus impactos sobre a região em que está inserido, bem como daimportância da participação direta ou indireta da comunidade no desenvolvimento do mesmo pois, são eles quem conhecem seuspotenciais e fragilidades e vão ser os beneficiados diretos da atividade. Neste intuito é que se pretende desenvolver o turismo emMataraca - município litorâneo da Paraíba, que dista 110 km da Capital, João Pessoa – que possui grandes potenciais turísticos, queacabam sendo sufocados diante da falta de um planejamento turístico que integre a comunidade, acentuado com a falta de infra esuper-estruturas locais. Para solucionar estes problemas, o presente projeto se utilizará de procedimentos metodológicos identificadoscom a observação participativa, observação direta, prática da equipe de trabalho e comunidade, avaliação contínua e sistemática.

086301715O TRABALHO ATÍPICO NO GOVERNO: O CASO DO PSF – PROGRAMA DE SAÚDE DAFAMÍLIANico Antônio Bolama (orientando), Ana Paula Mendes Lopes (orientanda), Jacob Carlos Lima (orientador).UFPB

Introdução: Este trabalho é parte integrante do grupo de estudo e pesquisa da Sociologia do Trabalho e Desenvolvimento e é umsubprojeto que está agregado a um projeto maior de pesquisa A Ilusão dos Direitos: trabalho flexível , o novo informal e ostrabalhadores, sob a orientação do Prof. Dr. Jacob Carlos Lima. Este subprojeto tem como objetivo, identificar às características doprocesso de trabalho atípico no governo, com implementação de políticas sociais na cidade de João Pessoa – PB. Busca-se entendera atuação e descentralização do Estado, com o objetivo de compreender num primeiro momento como é socialmente construído oconceito de trabalho, e quais os atributos que são inerentes ao trabalho no governo (público), ou seja, trabalho atípico. Observar comoocorre a relação entre os profissionais de saúde, os agentes comunitários de saúde com as esferas de governo, na implementação dasPolíticas Sociais e as suas atribuições legais, em uma ação que precariza o trabalho assim como o trabalhador. Analisar o trabalhocotidiano dos agentes e a questão da flexibilização do trabalho no PSF – Programa de Saúde da Família, por outro lado, como éconstituído no imaginário social, estas relações de trabalho no PSF. Observar como os agentes e profissionais de saúde interpretam arelação entre o trabalho atípico e o trabalho informal. Este estudo tem ainda como objetivo maior dar uma contribuição para asociedade pessoense e para a política do governo em si, com informações que auxiliem uma maior compreensão do trabalho dasequipes do PSF nesta cidade/Metodologia: Pra realização deste projeto tem-se usado a observação participante, análise de recortesde jornais ou boletins informativos do Ministério da Saúde, da Secretaria Estadual de Saúde e da secretaria municipal de Saúde,entrevistas com Agentes de Saúde (perguntas abertas, fechadas e semi-abertas) e levantamento de dados em órgãos públicos quesejam diretamente ligados as secretarias de saúde estadual e municipal.Resultados: Este trabalho busca ampliar o debate acadêmicoe social sobre o papel dos Agentes e profissionais de saúde, na cidade de João Pessoa, seu processo formativo a identificação dosagentes de saúde sobre si mesmo, sobre a população a qual ele assiste, a corporação e os outros profissionais, tendo comopreocupação entender como a população percebe o trabalho dos agentes de Saúde, como também sua ação no sentido de melhoraraa assistência a saúde da população. Tendo como meta uma melhor objetivação na caracterização do trabalho atípico do Governo, ouseja, a relação dos agentes de Saúde e Governo, tendo a cidade de João Pessoa como objeto de análise.

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063101399CARACTERIZAÇÃO SÓCIO-ECONÔMICA E CULTURAL DA FEIRA-LIVRE: UM FATOR DEDESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVELDaniela Batista da Costa*, Francisco Tony Martins de Sousa*, Jussara Silva Dantas*, Márcia Roseane Targino deOliveira**UFPB

A feira livre foi, e ainda é hoje em dia, uma das principais fontes geradora de rendas da população de muitas cidades da regiãoNordeste, especialmente daquelas inseridas no meio rural, atuando como base da sustentabilidade econômica do Município. Constitui-se também um patrimônio sócio-cultural da região, funcionando inclusive, em muitos casos, como centro de lazer.Considerando asmudanças de costume da população e as atuais tendências de consumo, priorizando alimentos práticos e seguros, objetivou-se comesse trabalho avaliar as condições de comercialização e identificar características culturais na feira-livre de dois municípios da Paraíba.A pesquisa foi conduzida nas cidades de Cajazeiras e Picuí, localizados respectivamente nas regiões do Sertão e Curimataú doEstado. Para tal, foram realizadas visitas às feiras, entrevistas com os comerciantes e documentação fotográfica. As informaçõesobtidas mostraram que nas duas localidades a feira é constituída por pequenos comerciantes, em sua minoria produtores ruraistrabalhando em condições precárias de infra-estrutura e higiene. A maioria não reside nas sedes dos Municípios, sendo oriundo delocalidades vizinhas. Oferta de produtos vegetais varia com a safra, principalmente as frutas, encontrando-se regularmente: banana,laranja, tomate, cebola, coentro, pimentão, batata-doce, jerimum, feijão e milho. Os produtos de origem animal resumem-se a carnebovina, suína, caprina, aves, pescados, queijos, manteiga e ovos, acondicionados, armazenados e apresentados de maneirainadequada e anti-higiênica. De uma forma geral as feiras-livres não apresentaram diferenças representativas quanto à infra-estrutura,produtos comercializados, condições higiênicas e tipologia dos comerciantes, destacando-se o município de Cajazeiras, quecomercializa produtos de outras regiões do país e em estruturas modernizadas, em condições de armazenamento e apresentaçãoadequadas para os produtos alimentícios.*Alunos do curso de Agronomia CCA/UFPB/Areia-PB; **Prof. Msc. DSER/CCA/UFPB/Areia-PB

055901404A REALIDADE DA LUTA PELA TERRA NA REGIÃO CACAUEIRA DO SUL DA BAHIA NOEIXO ILHÉUS/ITABUNABetânia Maria Vilas Bôas Barreto, Eliana Cristina Paula Tenório de Albuquerque, Anaelson Leandro de Sousa

A região sul da Bahia sempre foi conhecida por seu potencial turístico e pelos trabalhos literários de vários autores, entre eles, JorgeAmado, que imortalizou personagens e locais das cidades de Ilhéus e Itabuna, onde se concentravam as estórias de seus romances.Mais do que personagens fictícios, as pessoas que fizeram parte da história regional enfrentaram várias fases de apogeu e declínio dacultura do cacau, que, durante muito tempo, foi a principal atividade agrícola da região. Estes personagens reais eram, em sua maioria,imigrantes ou negros libertos e se transformaram na mão-de-obra disponível para a lavoura cacaueira, desde o início do século vinte.Foi a fase do coronelismo, onde a dominação se dava através do medo e ameaça a quem tentasse contrariar as ordens dosfazendeiros. Foi neste panorama que, na década de cinqüenta do século passado, surgiram alguns movimentos de luta pela terra.Mas não sem conflitos, já que a opressão patronal era forte. Somente na década de noventa, os movimentos sociais se consolidaramenquanto entidade e puderam conquistar alguns avanços. É este o tema que iremos abordar no vídeo educativo sobre os movimentossociais ligados a democratização rural na região sul baiana. Com a duração de quinze minutos, o vídeo mostrará a origem, o trabalho,as conquistas e dificuldades de entidades como o Movimento dos Sem terra (MST), Movimento de Luta pela Terra (MLT), Rede deAssentados e o Pólo Unidade Camponesa (PUC) e suas lutas por uma melhor qualidade de vida. O formato escolhido foi o de vídeodepoimento, possibilitando aos participantes falarem sobre suas lembranças, esperanças e expectativas da realidade local. O suporteaudiovisual foi preferido por sua boa recepção e aceitação do público. A nossa intenção é mostrar um pouco da caminhada destesmovimentos e revelar algo mais sobre a região do que o que se apresenta na mídia.

PROGRAMA UESC RURALJadergudson Pereira (Coord. Geral), Gilton Ramos de Argôlo, Maria Amélia Lopes Fernandes e Paulo HellmeisterFilho, [email protected]

Propondo uma ação participativa da Universidade Estadual de Santa Cruz - UESC nas diferentes áreas da agropecuária, geografia emeio ambiente, criou-se um abrangente programa de extensão rural, visando contribuir para o desenvolvimento regional. Atuando emdiversos níveis, o Programa UESC Rural promove a qualificação de produtores rurais e interessados através de cursos de extensão,possibilitando a aquisição e, ou aumento de conhecimento técnico, essencial para a prática correta e a criação de novas oportunidadesde geração de trabalho e renda. O acompanhamento das atividades é possível através da assistência técnica, enfatizando aimportância da preservação ambiental na prática utilizada. Atividades direcionais como palestras, dias de campo e eventos sãoestimuladas, com a participação efetiva dos atores rurais nas questões importantes para a região. Aos alunos de graduação sãodestinados estágios assistidos, oportunidade de participação na elaboração de projetos, auxílio nos cursos de qualificação, obtençãode bolsas de extensão e inserção em programas institucionais e interinstitucionais, preparando-os, assim, para uma atuaçãoprofissional competente. Aos profissionais com nível médio ou superior que atuam no mercado de trabalho regional são destinadoscursos de reciclagem, importante fator na difusão e aplicação do conhecimento. Convênios com fundações, prefeituras, ONG’s e outrasinstituições têm sido instrumento eficaz na busca de alternativas, uma vez que objetivos comuns são alcançados, frutos de taisparcerias. Enfim, o Programa UESC Rural quer partilhar com a comunidade rural os benefícios advindos do ensino, pesquisa eextensão, o que traduz a prática da Universidade e a transforma em diferencial para aqueles que nela acreditam.

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085401653PROGRAMA DE FISIOTERAPIA NO TRABALHO (PROFIT GRUPO LER/DORT)Karina Duarte Souza; Ana Edite Gonçalves; Maria Aparecida Alves; Bethânia Medeiros Lopes; Gaspar de BritoCavalcante; Adriana Araújo de Lima; Marcela Crispim de Mendonça; Jeronimo Farias de Alencar; Maria CláudiaGatto Cardia.UFPB

(INTRODUÇÃO): O programa de Fisioterapia do trabalho no Departamento de Fisioterapia, desenvolve uma política departamentaljunto à saúde do trabalhador. O Programa de Fisioterapia do Trabalho – Grupo LER (Lesões por Esforços Repetitivos) surgiu em 1998,de uma solicitação do Programa de Saúde do Trabalhador do Hospital Universitário (PROSAT/HU) devido ao maior aparecimento depatologias ocupacionais e da dificuldade de atender a demanda adequadamente. O objetivo principal é a assistência fisioterapêuticaem nível preventivo e de tratamento a trabalhadores, sendo desenvolvido na Clínica Escola de Fisioterapia/UFPB. (METODOLOGIA):Os pacientes foram submetidos a uma avaliação física relacionada com a cinesiologia ocupacional e emissão de diagnóstico funcional,sendo a assistência realizada três vezes por semana, através do atendimento individual e terapia de grupo. Ainda no tratamentoindividualizado, cada paciente será submetido a sete (7) sessões de consciência corporal através de exercícios de alongamento,pompagem e tração nas cadeias musculares, baseados nos princípios de BIENFAIT (1993). A terapia de grupo proposta é odesenvolvimento do GRUPO DE RELAXAMENTO E QUALIDADE DE VIDA. Nesse grupo serão realizados 12 encontros semanais deduas horas, sendo 60 minutos de informação oferecida pelos professores e alunos do programa, 40 minutos de discussão entre ogrupo e 20 minutos de relaxamento estático.Os objetivos propostos aqui são: propiciar o controle da dor e de outros sintomas;estimular a consciência corporal; diminuir a tensão muscular; construir instrumentos para o enfrentamento de situações de conflito quese colocam freqüentemente na empresa, na Previdência Social, no círculo familiar e social; construir um novo conceito deincapacidade, tentando, junto com o paciente, incorporar valores e práticas que lhe permitam se reabilitar profissional e socialmente.(RESULTADOS): Em 2002, o programa atendeu 11 pacientes, com média de idade de 40 anos, 72,7% eram do sexo feminino, tempomédio de profissão 13 anos, a queixa mais freqüente em 45% dos casos foi dor no punho, 45% impotência funcional em todo membrosuperior e 10% algias na coluna vertebral. 45% dos pacientes tratados trabalharam na indústria de calçados (CONCLUSÃO): Otratamento fisioterapêutico propiciou redução do quadro doloroso, porém o grande número de pacientes nos chega com quadro clínicoestabelecido, dificultando sua evolução. A atuação da fisioterapia nas LER/DORT vem sendo ampliada, devido à conscientização deque as doenças ocupacionais devem ser prevenidas e que devemos buscar a melhoria dos aspectos relacionados à organização dotrabalho para uma melhor qualidade de vida dos trabalhadores.

021701238DISCURSOS/AVALIAÇÕES DO PROGRAMA VILAS RURAIS-PRPaulo Bassani

O programa Vilas Rurais no Paraná foi criado no governo Jaime Lerner em maio de 1995, tendo de lá para cá uma difusão de mais de250 Vilas espalhadas pelo interior do Estado. O presente trabalho pretende avaliar de maneira crítica utilizando-se dos discursos deestado proponente do programa, da academia, dos movimentos sociais que se opõe a este modelo e dos próprios atores envolvidos,conhecidos como vileiros, para tentar estabelecer uma análise do quadro atual e dos possíveis rumos deste programa. Lembrando queeste trabalho resultou do projeto de extensão, sob minha coordenação, intitulado: "Vivências e Intercâmbios em Vilas Rurais eAssentamentos na região de Londrina, entre 1999 e 2001.

001008007A EXTENSÃO NA UNIVERSIDADE PARANAENSEJosé Irineu Gorla*UNIPAR

A formação do profissional esta diretamente relacionada com a sua efetiva interação com a Sociedade. Durante a trajetória doacadêmico na universidade incentivamos, apoiamos e propiciamos a ele meios, através de programas e projetos, que interliguem,respaldem e fortaleçam o aprendizado, aliando a teoria à prática, bem como identificando problemas que na sua vida profissional iráenfrentar, situando-o historicamente e na dinâmica cultural, buscando melhorias para a qualidade de vida, iniciando estimulando eliderando as comunidades, participando do processo de desenvolvimento econômico.As atividades de Extensão Universitáriadirecionam suas ações, na produção do conhecimento buscando superar as desigualdades sociais existentes, implantando medidas àcurto, médio e longo prazo. A UNIPAR foi fundada na cidade de Umuarama, noroeste do Paraná no ano de 1972, passando em 1980para a situação de Faculdades Integradas e em 1993 tornando-se Universidade. É uma universidade multi-campi, com 11 campi em 7cidades do noroeste do Paraná. A Diretoria Executiva de Gestão da Extensão Universitária (DEGEU) é o órgão responsável pelacoordenação dinâmica dos programas e projetos e eventos da Extensão da UNIPAR. Os extensionistas apresentam projetos deextensão, que sempre que possível devem ser adequados aos programas já existentes.Os projetos são categorizados como projetosde extensão permanente (AEP) e projetos de extensão ocasional (AEO). Entre os anos de 1997 e 2002, na DEGEU foramdesenvolvidos ou ainda estão em desenvolvimento 1.200 projetos de Extensão distribuídos por todas as áreas de conhecimento. Osacadêmicos participam dos projetos de Extensão através de uma seleção por edital e recebem carga horária após o termino domesmo. Buscamos nessa formação o verdadeiro Profissional Cidadão, aliado à sua comunidade, na a constante busca do equilíbrioentre as demandas socialmente exigidas e as inovações que surgem do trabalho acadêmico.* Professor Mestre/Universidade Paranaense / Diretor Executivo de Gestão da Extensão Universitária da Universidade Paranaense.

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001908268TRABALHANDO A MELHORIA DA CONDIÇÃO DE VIDA DE MULHERESACOMPANHANTES DE CRIANÇAS INTERNADAS NO SETOR DE PEDIATRIA DO HOSPITALDA RESTAURAÇÃO - RECIFE (PE)Joseana Maria Saraiva, Margarida Maria de Oliveira, Márcia Valéria da Silva, Joseane Coutinho de Melo e DanielleFerreira da SilvaUFRPE

Apresentamos os resultados de um projeto de Extensão Universitária, desenvolvido com 56 mulheres, acompanhantes de criançasinternadas no setor de pediatria do Hospital da Restauração - Recife (PE). O trabalho foi desenvolvido através da Pró-Reitoria deExtensão PRAE-UFRPE, no período de abril a setembro de 2002. Foi executado em três etapas: I - Caracterização sócio-demográficae cultural das atoras beneficiadas; II - Desenvolvimento pessoal e cultural das atoras beneficiadas, culminando com a construção doprojeto de vida; III - Desenvolvimento de um plano de ação. Os dados mostram que as mulheres, na sua maioria, encontram-se nafaixa 25 a 45 anos, são pobres, não possuem curso de formação profissional, trabalham como domésticas e possuem baixo nível deescolaridade. Após o desenvolvimento da 2a. etapa, os resultados mostram o crescimento das mulheres no âmbito pessoal e social.Na 3a. etapa, foram ministrados os cursos: Serviço de Limpeza e Auxiliar de Creche, com 40 horas de aula, cada. Conclui-se que osobjetivos do trabalho foram alcançados, à medida que se promoveu o crescimento pessoal e social das atoras beneficiadas e aformação profissional para o exercício da profissão.

003208019COOPERATIVA POPULAR: UMA CONSTRUÇÃO SITUADA NA ARTICULAÇÃO ENSINO,PESQUISA E EXTENSÃODaisy Maria dos Santos (*) e Marlene dos Santos Alves (**)UFS

A demanda por formação de uma cooperativa de confecções foi apresentada a Pró-Reitoria de Extensão via Associação de Moradoresdo Bairro Jardim Rosa Maria. Para assessorar o processo de organização da cooperativa do Jardim Rosa Maria, técnicos eprofessores formularam um projeto de geração de renda denominado Cooperativa Popular: um processo em construção,estabelecendo para isto os seguintes objetivos: articular parcerias para viabilização do processo organizativo e qualificação da mão deobra; realizar estudo de viabilidade econômica; organizar o grupo de produção de confecções como estágio intermediário paraconstituição da cooperativa; capacitar os cooperados para autogestão e acompanhar o processo de evolução do grupo com vistas aformalização e consolidação da cooperativa; assessorar o grupo na elaboração de projetos para captação de recursos; possibilitar aformação complementar de estagiários de diversos cursos em projetos de pesquisa e extensão. O grupo de produção é composto por14 mulheres, numa faixa etária de 16 a 60 anos. A oportunidade de inserção nessa experiência produtiva, possibilita a essas mulheresvislumbrar a consolidação de sua cidadania, autonomia e participação através da oportunidade de geração de trabalho e renda.Definiu-se como princípios metodológicos o caráter ontológico do trabalho na produção da vida social, o exercício da democracia, dagestão coletiva e uma relação horizontal entre a equipe da universidade e o grupo produtivo no cotidiano das ações do projeto, ainterdisciplinaridade como estratégia para atendimento das demandas do grupo, a busca permanente de parcerias para garantir aqualificação da mão de obra, o aporte financeiro para consolidação e sustentabilidade do grupo de produção. Nesse contexto,vislumbramos os seguintes resultados: realização de cursos de associativismo e organização comunitária, formação emcooperativismo (BNB), básico de corte e costura (SENAC); aquisição de 5 máquinas de costura com recursos da UniversidadeSolidária; compra de matéria-prima para início da produção; conquista de espaço na comunidade para funcionamento do grupo deprodução, encontra-se em negociação com o SEBRAE e o SENAI curso de estilismo e costura industrial; o início da comercializaçãodas confecções produzidas já enseja a divisão dos recursos auferidos com as vendas entre as produtoras, além disso, a formação delideranças e dirigentes vem sendo evidenciado no processo. A tentativa de abstração teórica sobre o tema tem levado a produção deartigos e estudos para apresentação em eventos locais e nacionais.* Assistente Social da Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários e professora substituta do Departamento de Serviço Socialda Universidade Federal de Sergipe; ** Professora do Departamento de Serviço Social da Universidade Federal de Sergipe

003408021A CRISE DA UNIVERSIDADE E O COMPROMISSO SOCIAL DA EXTENSÃO UNIVERSITÁRIAEdineide Jezine MesquitaUFAM

O presente trabalho insere-se no debate acerca da crise das universidades, em especial a da Universidade Brasileira. A crise é situadaem perspectiva histórica, econômica e política, verificando-se a sua evidência principalmente no contexto das políticas neoliberais deminimização do Estado, de globalização e de abertura de mercado, implementadas pelos governos da social-democracia, que têmafetado diretamente o papel das instituições sociais, com destaque para as Universidades Públicas Federais Brasileiras.A análise dacrise da universidade é feita a partir das políticas de Ensino Superior estabelecidas para as universidades federais, buscando-seapreender as posições ideológicas e hegemônicas da relação Universidade-Sociedade-Estado em cada época histórica. Situa-se,nesse contexto, a Extensão Universitária, que adquire ao longo da história significações diversas quanto a sua concepção ideológica efunção social.Os procedimentos teóricos-metodológicos são definidos a partir da Análise do Discurso, procurando-se apreender as

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condições materiais e ideológicas da formação discursiva educacional, na década de 90, consubstanciadas nas políticasgovernamentais, nas diretrizes políticas do Fórum Nacional de Pró-Reitores de Extensão das Universidades Públicas Brasileiras e naspráticas extensionistas desenvolvidas nas Universidades Federais Brasileiras. Depreende-se da análise empreendida que amanifestação atual da crise da universidade brasileira tem suas raízes nas relações hegemônicas históricas, não sendo, portanto,somente produto das políticas atualmente implementadas. Sua manifestação concreta se faz, hoje, na prática extensionista deprestação de serviços como venda, impulsionando redefinições no papel social da universidade como instância produtora esocializadora de conhecimentos.*Professora Doutora/Departamento de Métodos e Técnicas/FACED/UFAM

003508022REESTRUTURAÇÃO DA COOPERATIVA DE TRABALHO DE OURO PRETO: UMA NOVAABORDAGEM NA ANÁLISE ORGANIZACIONALJacqueline Rutkowski

O trabalho apresenta o processo de mudanças organizacionais executadas em uma Cooperativa de costureiras, que passa por umacrise financeira, por falta de serviço. A fim de se aplicar tais mudanças uma nova metodologia de análise e intervenção organizacionalfoi construída, baseada na pesquisa-ação, e no uso de ferramentas e técnicas das chamadas metodologias participativas. Discute-setambém as bases do cooperativismo e as peculiaridades de organizações auto- gestinárias no interior do capitalismo.

006008113COOPERATIVISMO POPULAR: ORGANIZAÇAO E TRABALHO EM IRACEMA-RRFrancilene S. Rodrigues, Elizanilda Ramalho do Rêgo e Carlos Augusto M. de Carvalho [email protected]

Este trabalho é resultado do Projeto Cooperativismo Popular: Organização e Trabalho, vinculado ao Programa de Apoio eDesenvolvimento de Comunidades /Universidade Solidária UNISOL/MEC/SESU, tendo sido desenvolvido nos Projetos deAssentamento Rural, Maranhão e Bem-te-vi, no município de Iracema - Estado de Roraima. O objetivo geral foi desenvolver o processode formação e capacitação dos trabalhadores rurais em cooperativismo e a assessoria para a criação, formação e reestruturação decooperativas produtivas e de comercialização, no município de Iracema, Estado de Roraima. A metodologia foi desenvolvida em trêsetapas. 1ª: Curso em Cooperativismo, com 40 horas totais divididos em cinco módulos e dois seminários. Nesta etapa a formação ecapacitação foram feitas por meio de aulas teóricas, expositivas e dinamizadas com uso de apostilas, cartilhas e fitas de vídeo. 2ª:Realização de pesquisa de mercado, para verificar até que ponto seria melhor criar uma cooperativa de produção ou decomercialização de produtos hortifrutigranjeiros. 3°: Reuniões de avaliação. Nos dois locais escolhidos para implantar o programa osassentados já possuíam estruturação de cooperativa e associação, no Bem-te-vi e Maranhão, respectivamente. Durante o decorrer dosmódulos de capacitação em cooperativismo percebeu-se que apesar de já se ter esses sistemas implantados os assentados membrosdas Diretorias são pouco informados sobre o assunto e que os mesmos tinham muita dificuldade no preenchimento de formulários delivro caixa, atas de reunião, recibos, etc. A participação dos agricultores foi mais expressiva no PA Maranhão que no Bem-te-vi. Osagricultores foram capacitados quanto aos princípios do cooperativismo e a importância da organização das cooperativas comoinstrumento que pode conceder benefícios sócio-culturais.Com a pesquisa de mercado constatou-se que, em média, os preçospraticados na Feira do Produtor são mais baixos do que preços praticados nos supermercados, em relação a frutas, cereais, ovos epolpas de frutas. Em relação a hortaliças os preços mais baixos foram praticados pelo Kibacana e MM. A Feira do Produtor apresentoutambém a maior diversidade em produtos de frutas, cereais e ovos. Apesar dessa boa diversidade de produtos encontrados na Feirado Produtor, nota-se, ainda, um comércio potencial para produtos da Região, tais como: hortaliças e polpas de frutas. No final doprojeto observou-se o processo de organização do grupo, participação política e sua inserção no debate local, na busca de alternativaspara a melhoria da qualidade de vida das comunidades. O processo e a atual organização dos agricultores dos Assentamentos Ruraisé um aspecto que viabiliza a execução e a continuidade de outros projetos. Os agricultores contam hoje com assessoria daUniversidade Federal de Roraima que continuou desenvolvendo projetos nas áreas dos assentamentos.

008808524ORGANIZAÇÃO COMUNITÁRIA COMO PRESSUPOSTO PARA A GERAÇÃO DE TRABALHOE RENDA - ABARÉ-BADimas Pereira Duarte Júnior; Zuleika Pacheco; Edson Guiducci FilhoFESURV/UCG

A proposta nasceu e se desenvolveu a partir de uma parceria estabelecida em 2001 entre a FESURV e a UCG para atuar, pelo MóduloEspecial do Programa Universidade Solidária – UNISOL/XINGÓ – envolvendo acadêmicos e professores de diversas áreas doconhecimento das IES envolvidas. Justifica-se na necessidade de se desenvolver na região atividades que contribuam para oaprimoramento de técnicas já utilizadas pela comunidade que promovam o resgate de habilidades, a auto-estima e, ainda, identificar aspotencialidades naturais da região e de seu povo de modo a contribuir para o desenvolvimento local, integrado e sustentável e aindapromover a inserção social e a melhoria de sua qualidade de vida. O objetivo do projeto é propor e desenvolver ações voltadas para asáreas de educação, saúde, cultura, organização comunitária e desenvolvimento de técnicas alternativas para a geração de trabalho erenda no município de Abaré-BA, considerando os indicativos expostos na agenda de prioridades elaborada pelo Sebrae. Odesenvolvimento da proposta se iniciou pela elaboração de um diagnóstico do município, utilizando-se da metodologia rápida eparticipativa, com a realização de entrevistas semi-estruturadas, observação direta e reuniões participativas, envolvendo diversos

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setores e segmentos da comunidade. A partir do diagnóstico é que se propuseram ações pontuais e direcionadas para atingir eexplorar o potencial e os recursos disponíveis na região. As ações realizadas consistem em: 1) Mobilização e sensibilização paraações conjuntas, envolvendo diversos segmentos da comunidade para otimizar o funcionamento de associações e cooperativasexistentes no município; 2) Realização de dias de campo com os criadores de caprinos sobre técnicas de manejo, alimentação ehigiene do rebanho; 3) Realização de dias de campo com produtores rurais sobre uso do solo, de agrotóxicos e de recursos hídricos; 4)Realização de cursos sobre boas práticas de fabricação e manipulação de alimentos com as doceiras do projeto pedra branca; 5)Oficina de reciclagem e produção de papel com fibra de bananeira e casca de cebola; 6) Resgate do saber popular e produção deartesanato, envolvendo louceiras, professores e ainda o grupo da terceira idade. Os resultados já obtidos constituem-se de produtos,tais como doces, conservas, papel e peças artesanais produzidas pela própria comunidade e ainda, visível modificação e consolidaçãoda práxis, por meio de ações educativas, sobretudo concernentes à organização comunitária e ao melhoramento da produção agro-pecuária da região que tem como fonte de sustentação a fruticultura, a agricultura de subsistência e a criação de caprinos.

011808047DIAGNÓSTICO AGRO-SÓCIOECONÔMICO DO ASSENTAMENTO AMARALINA-MUNICÍPIODE VITÓRIA DA CONQUISTA-BAHIAPaulo Ricardo Santos Cerqueira1; Adeilton Antônio Dias2; Anne Jaqueline Ayres2; José Fernandes Neto2; LeomarSilva Sousa2; Marinaldo Carvalho dos Santos2; Sirleide Lessa Carneiro2 ,UESB

A pesquisa objetivou diagnosticar e tipificar os sistemas de produção praticados pelos pequenos produtores do assentamentoAmaralina no município de Vitória da Conquista Bahia. Foi selecionada para a pesquisa uma amostra de 30 produtores, 25% do totalde assentados, para aplicação de questionários contendo 180 variáveis que tipificaram os sistemas produtivos. O conhecimento dosfatores, que diferenciaram as pequenas propriedades, podem determinar o sucesso de programas destinados ao meio ruralcontribuindo para priorização de ações. Os resultados evidenciaram que: 90% moram nos lotes, 72% participam de cooperativas, 64%participam de sindicato, 72% participam da igreja católica, o uso da terra principal e de cultivo de mandioca 77% , seguido do cultivo decafé 63% e de feijão 59%, 64% criam vacas, 0% criam ovinos ou caprinos, 73% criam galinha, 59% utilizam semente melhorada, 41%fazem suplementação alimentar do rebanho, 36% fazem irrigação, 73% fazem aração, 91% fazem correção do solo, 95% utilizamadubos químicos, 95% utilizam adubos orgânicos, 72% das casas são de alvenaria, 64% das casas possuem banheiro, 32% possuemenergia elétrica, 55% possuem água encanada, a forma de lazer principal é o futebol, 73% tem experiência com crédito agrícola e 80%estão satisfeitos com o assentamento. Pode-se concluir que os assentados possuem um bom nível numérico de participação emorganizações representativas formais, o seu sistema produtivo é voltado principalmente para subsistência, tendo como cultura de rendaa cultura do café; criam prioritariamente bovinos e galináceos que funcionam como sua caderneta de poupança; o nível tecnológicodemonstra a utilização de técnicas modernas, porém verifica-se um uso desordenado dessas técnicas principalmente adubação,correção do solo e irrigação, levando a perda de recursos financeiros e mão de obra; o nível de moradia é bom, porém verifica-se afalta de energia elétrica na maioria das propriedades, limitando-as no que refere a utilização da mesma para as atividades produtivas; aeficácia do crédito agrícola merece maiores estudos; os assentados demonstram satisfação com o local onde vivem e queconseguiram com luta.1.Engenheiro Agrônomo Mestre em Geociências – Professor Substituto da Disciplina Extensão Rural; 2.Alunos Formandos emAgronomia da Disciplina Extensão Rural

05240838EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA: O PROGRAMA UNIVERSIDADE SOLIDÁRIA COMO VEÍCULODE INFORMAÇÃOJurema Iara Reis Belli; Alessandra Machado da Cunha; Aragonês Furlaneto Rodrigues; Cristina Garcia; ElisângelaWeigel Schappo; Felipe Otero Rocha; Fernanda Ortiga Martins; Helenara Machado da Silva;Ingobert Vargas;MarciaArruda; Tatiana Silva; Professora Coordenadora: Jurema Iara Reis Belli , [email protected]; Alunosextensionistas: Alessandra Machado da Cunha, [email protected]; Aragones Furlaneto Rodrigues,[email protected];Cristina Garcia dos Santos, [email protected]; Elisângela Weigel Schappo,[email protected]; Felipe Otero Rocha, [email protected]; Fernanda Ortiga Martins,[email protected]; Helenara Machado da Silva, [email protected]; Ingobert Vargas de Souza,[email protected]; Marcia Helena Mota de Arruda , [email protected]; Tatiane da Silva ,[email protected]

O Programa Universidade Solidária – UNISOL – constitui-se de um projeto coordenado pelo Governo Federal, que tem como objetivomobilizar diferentes setores da sociedade e do Estado para trabalhar em municípios pobres de todo o país, visando colaborar para amelhoria da qualidade de vida de suas comunidades. Desde 1996, a UDESC participa, como projeto de extensão, dos módulosnacionais do Programa UNISOL. Seu último trabalho, no ano de 2002, foi no município de Baixa Grande–BA. O UNISOL - UDESC tevecomo objetivo atender às perspectivas de atenção primária à saúde, educação e agricultura em comunidades carentes de BaixaGrande/BA. Os objetivos e o plano de trabalho foram específicos e direcionados aos interesses e necessidades de cada população. Oobjetivo maior foi formar multiplicadores locais que atuassem junto à comunidade, levando a cada pessoa a certeza de que é possívelchegar a um objetivo quando se pensa e age coletivamente. Acadêmicos das áreas da saúde, ciências agrárias, educação,administração e artes coordenados por um professor da área de educação, atuaram junto à comunidade utilizando-se de umametodologia de ação participativa através de palestras, dinâmicas de grupo, saídas de campo, oficinas pedagógicas, seminários eassembléias, bem como visitas individuais às casas das comunidades no município visitado. Na área da saúde, os principais objetivos

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foram capacitar os agentes comunitários de saúde locais; veicular informação acerca de prevenção, diagnóstico e tratamento dasdoenças mais comuns na região, bem como participar do processo de capacitação dos professores locais. No grupo da agriculturaforam abordados temas relacionados à educação ambiental e reciclagem de lixo, alimentação alternativa e cooperativismo. O públicoalvo deste grupo compreendeu além de professores e comunidade local, agricultores e lideranças da respectiva área. O grupo daeducação se responsabilizou pela certificação dos professores locais através de um processo de capacitação, abordando temasvoltados para a transformação da prática de ensino em sala de aula. O público alvo deste grupo compreendeu os professores e alunosde educação infantil, ensino médio e ensino fundamental. Além dos trabalhos acima citados, foram realizadas atividades das quaisparticiparam todo o grupo, tais como: Rua de Lazer e criação do Conselho de Direitos da Criança e do Adolescente. Vale ressaltar quedurante o trabalho realizado no município, foram formados multiplicadores locais, que darão continuidade ao trabalho iniciadoauxiliados constantemente pela equipe da UDESC responsável pelo programa.

011908895HORTA COMUNITÁRIA DA VILA EMBRATELValter Oliveira Carvalho; Marizélia Rodrigues Costa Ribeiro; Maria de Jesus Torres Pacheco; João Batista Ferreira;Ana Cláudia Rocha Pereira; Welma Sousa Santos; Glétsia Silva Carvalho.

OBJETIVOS: Criar opção de ocupação/renda para cinco famílias carentes da comunidade. Especificamente, pretende-se: a) melhorar a ofertade hortaliças no bairro; b) contribuir para o uso de alimentos saudáveis pelos usuários dos produtos da “Horta Comunitária”; c) promover asaúde dos participantes; d) apoiar a organização comunitária e o desenvolvimento do bairro; e) colaborar para a conquista da cidadania dossujeitos envolvidos; e f) reconstruir conhecimentos que possam contribuir para maior desenvolvimento técnico-científico. METODOLOGIA:Instituíram-se parcerias com órgãos públicos para reativação do projeto de Extensão “Horta Comunitária na Vila Embratel”, no “NúcleoPermanente de Extensão da Vila Embratel”, em julho de 2001. Cadastraram-se cinco famílias, beneficiando, aproximadamente, 35 moradoresda comunidade. Reorganizaram-se os canteiros, fertilizou-se o solo e plantaram-se sementes. Baseou-se a linha de produção no hábitoalimentar da comunidade: cheiro-verde, cebolinha, couve, alface, vinagreira, quiabo, maxixe, macaxeira, pepino, pimentão e tomate. Destina-sea produção obtida para o consumo das famílias envolvidas e o excedente é comercializado pelos beneficiados para obtenção de renda emanutenção da horta. RESULTADOS: Melhora da situação de renda das famílias envolvidas. A forma de trabalho possibilita a organizaçãocomunitária.017608783PARCEIROS DA TERRA: UMA EXPERIÊNCIA DE ASSISTÊNCIA TÉCNICA EXTENSÃORURAL EM CUMARÚ – PETaysa.A. A. Soares ([email protected]); Carlos André S. Gomes ([email protected]); Nadjane MariaPeixoto ([email protected]); Henrique de Barros([email protected]); Edílson D. de Santana([email protected]).UFRPE, FTAG-PE; FUNDAJ; Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Cumaru 3; Rede de Cooperação Técnica - RECAT

Como parte do Projeto Alternativo de Desenvolvimento Rural Sustentável do Movimento Sindical de Trabalhadores Rurais, o ProjetoParceiros da Terra, executado pela FETAPE com financiamento do Ministério do Desenvolvimento Agrário – MDA e supervisão técnicado Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura- IICA, objetivou através da estruturação de uma "rede de capacitação eprestação de assessoramento técnico-gerencial" facilitar o acesso de produtores familiares ao crédito e assistência técnica, serviçossociais básicos e à infra-estrutura produtiva e social, e demais condições de melhoraria para a qualidade de vida, sobretudo paraaqueles que convivem no semi-árido, de modo a ampliar as oportunidades de inserção produtiva da produção familiar em Pernambuco.Utilizou-se um referencial metodológico baseado numa metodologia participativa e de pesquisa ação centrada na família, através daimplantação de Unidades Locais de Apoio Técnico- ULAT, da construção de diagnósticos locais, e planos de desenvolvimentocomunitário, da devolução para as comunidades desses instrumentos de ação, estabelecimento de parcerias com organizações não-governamentais de assistência técnica e capacitação para a assistência às ULAT, criação de unidades demonstrativas de novastecnologias para a agricultura sustentável (Vitrines Tecnológicas), implantação de uma rede eletrônica de comunicação e troca deexperiências entre os membros da Rede. No período de agosto de 2001 a julho de 2002, o município de Cumaru participou do projetocom o apoio do STR local conseguindo resultados semelhantes nas três comunidades onde foi implementado o projeto: concepção darealidade local, através do Diagnostico Rápido Participativo e Plano de Desenvolvimento da Comunidade; articulação de jovens einserção da família no processo; maior participação das famílias no STR local; legalização de grupos e inserção em processo políticosagrícolas; construção de unidade demonstrativa (sementeira de essências nativas e frutíferas); elaboração e apoio a projetosestruturadores como o P1MC, Renascer – Fumac, PRONAF A e B e piscicultura familiar; ampliação das parcerias do SRT local paramais 9 parceiros; inserção de dois jovens em cursos profissionalizante de técnicas agrícolas. Esses resultados contribuíram para oaumento da credibilidade e envolvimento das comunidades e sociedade na proposta de um projeto de assistência técnica extensãorural diferenciado e abraçado pelo STR servindo de referencia de ação mobilizadora para outras comunidades e competências políticaslocais.

031008165ENCONTROS SOBRE COOPERATIVISMO NA UFRPEMaria Luiza Lins e Silva PiresUFRPE

Discute-se, hoje, na literatura, a reformulação de significados da vida social conseqüente das radicais e constantes transformaçõesrelacionadas à globalização da economia. São transformações na dinâmica de concentração de capital, na organização produtiva, nacomposição do mundo do trabalho que, por sua vez, trazem graves repercussões sobre o mundo do trabalho (ampliando a presençados "inúteis ao mundo") e que ameaçam a democracia. Nesse contexto, o cooperativismo, enquanto uma forma específica de inserção

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TRABALHO

no mundo do trabalho, via crescimento da chamada “Economia Social”, constitui um palco privilegiado de análise. O cooperativismo,assim, converge as tensões de um modelo que demanda eficiência e racionalidade técnica e que lhe impõe uma missão política e éticade transformação da sociedade. Partindo dessa premissa, este artigo pretende discutir os avanços e os desafios permanentes docooperativismo através de um projeto intitulado “Encontro sobre Cooperativismo na UFRPE”. Este projeto se configura como umaatividade realizada pelo 7° período do Curso de Sociologia Rural, na disciplina “Cooperativismo”. Essa disciplina é desenvolvida emdois momentos principais. No primeiro, discute-se as questões de natureza teórica para que, no segundo momento, sejam avaliadas asexperiências concretas, isto é, as práticas cooperativas. Toda a organização dos eventos é realizada pelos alunos do cursosupracitado, o que inclui desde a preparação dos cartazes, folders, ornamentação, filmagem, até a escolha e convite dos dirigentes dascooperativas. O foco desse nosso encontro é compreender e situar o cooperativismo num cenário de mudanças no mundo do trabalhoe de crescimento da exclusão social. Vislumbra-se, através desses encontros, estabelecer um elo de aproximação entre a universidadee o movimento cooperativo, configurando assim, ao mesmo tempo, uma possibilidade de oxigenação dos debates em sala de aula.Finalmente, estima-se que essa atividade, que vem reunindo mais de 200 pessoas nos seus dois anos de realização, se insira comouma programação anual da UFRPE, crescendo em adesões e ganhando visibilidade, tanto no meio cooperativo como no meioacadêmico. Através desses encontros, a extensão universitária será situada enquanto esforço de socialização e democratização dosaber através de uma inserção mais engajada da universidade nos destinos da sociedade, através da qual universidade e sociedadevão permanentemente se (re)definindo e se (re)criando. Palavras-chave: extensão universitária, cooperativismo, globalização einclusão social.

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TRABALHO

032608220DELINEAMENTO ORGANIZACIONAL DA ASPEFACJ. Pereira Silva (Orientador); D. Barbosa Guedes; E. Barbosa Siqueira; et allASPEFAC/UEPB

Trabalho de extensão realizado pela faculdade de psicologia na área de psicologia organizacional. O objetivo da extensão foi colaborarcom a modernização da ASPEFAC (Associação dos Pequenos Produtores de Calçados, Artefatos de Couro e Afins de CampinaGrande – PB). Após um levantamento de necessidades verificamos que a associação precisa de diversos apoios no sentido defavorecer o seu auto-gerenciamento. O Curso de Psicologia da UEPB através da área de psicologia organizacional vem desenvolvendoatividades nesta associação há mais de dois anos; atividades como desenvolvimento da conscientização sobre a importância daassociação para eles; atividades de higiene e segurança no trabalho. A proposta aqui apresentada refere-se a um único relatório deuma turma de extensão sobre o delineamento organizacional da ASPEFAC.

038608211PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES NO TRABALHOLuciano Brito Rodrigues; Andréa Gomes da Silva; Cristiane Martins VelosoUESB

O Brasil é o quarto país no mundo em número de acidentes do trabalho. Dados oficiais do Ministério da Previdência e AssistênciaSocial mostram que no ano 2000, ocorreram 343.996 acidentes, com média de uma morte para cada 111 acidentes registrados. ABahia, por sua vez é o estado do nordeste com o maior número destes acidentes. Em face desta realidade, percebe-se a importânciada difusão e inserção dos conceitos referentes à Saúde e Segurança no Trabalho junto aos diversos setores de produção, formais ouinformais. Assim, o projeto de extensão “Programa de Prevenção de Acidentes no Trabalho”, desenvolvido pela Universidade Estadualdo Sudoeste da Bahia, campus de Itapetinga, desenvolve ações que visam informar e conscientizar empregadores e trabalhadoresacerca da necessidade de trabalhar de forma segura e saudável. O projeto, pioneiro no sudoeste baiano, tem suas atividadesdesenvolvidas no município de Itapetinga, prioritariamente junto às micro e pequenas empresas e associações de trabalhadores. Aprimeira etapa busca a sensibilização por meio de campanhas, palestras e cursos relativos ao tema, informando e conscientizandoacerca dos riscos de acidentes no trabalho, permitindo sua identificação e ainda, a indicação de soluções com vistas à máximaredução dos mesmos. Portanto, espera-se com a implantação deste projeto a mudança nas condições dos postos de trabalho econseqüente melhoria na qualidade de vida dos trabalhadores.

038808509EXTENSÃO RURAL: O PAPEL DOS ESTUDANTES DE MEDICINA VETERINÁRIA NAORIENTAÇÃO DE PRODUTORESWanderson A. Biscola Pereira - [email protected]; Murilo Mendonça O. de Souza [email protected]; David G. Francis - [email protected]

A Extensão Universitária juntamente com a Pesquisa e o Ensino são os pilares que sustentam a formação de um profissionalqualificado, que atenda as exigências de um mercado de trabalho competitivo. Para os acadêmicos do curso de Medicina Veterinária, aextensão é extremamente importante, uma vez que ela representa uma oportunidade para os colocarem em prática, o que aprendemnas salas de aula, além disso, através dela os futuros profissionais do campo aprendem a lidar com situações que futuramente estarãoencontrando no campo, assim como instruir e apoiar produtores rurais.Dentre os diversos projetos de extensão realizados pelosestudantes de Medicina Veterinária da Universidade Federal de Uberlândia, o Projeto de Extensão de Grandes Animais, voltadoàqueles que pretendem trabalhar nesta área, atua auxiliando produtores familiares da região, em relação a condições de manejo,clínica, cirurgia e medicina veterinária preventiva, explicando aos produtores a importância da vacinação, o controle de ecto eendoparasitas e a importância de um manejo nutricional adequado. Objetiva-se assim, a melhoria da produtividade e qualidade deprodução dos produtores atendidos e, conseqüentemente, uma melhor formação do Médico Veterinário. A experiência que este projetotêm mostrado reflete muitas vezes a complexidade do extensionismo, pois os produtores às vezes, resistem a mudanças, estando maisinteressados na realização de cirurgias como descornea e castração, com o objetivo de obter benefícios sem necessitar ter que pagarpor isso. Para os estudantes, estes projetos são excelentes, pois ocorre um grande aprendizado e crescimento profissional, além depromover uma ligação dos mesmos com o setor rural. Porém, para proporcionar um bom desenvolvimento rural torna-se necessáriouma maior participação dos produtores, com o intuito de aprender e colocar em prática as informações a eles passadas.

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TRABALHO

038808627ORGANIZAÇÃO SOCIAL E DIVERSIFICAÇÃO DA RENDA FAMILIAR: ACOMPANHAMENTODE UMA ASSOCIAÇÃO DE MINHOCULTORES DA REGIÃO SUDESTE DE GOIÁSGabriel José Barbosa – [email protected]; David G. Francis – [email protected]; Murilo Mendonça O. deSouza – [email protected]

A agricultura brasileira passou por reformulação a partir da década de 1960 com a Revolução Verde. Em Goiás houve grandetransformação da estrutura agrária, criando no Estado um sistema de produção de grandes áreas em monocultivo e exploração dapecuária extensiva. Essa mudança marginalizou a produção familiar obrigando os produtores descapitalizados a sair da atividade.Diante disso, pequenos produtores tem se organizado em associativismo para se fortalecer e resistir as dificuldades que encontram naprodução. O objetivo do trabalho foi acompanhar o desenvolvimento da Associação dos Minhocultores da Região da Estrada de Ferro,AMINREF, que surgiu como tentativa de desenvolver um projeto economicamente viável e ambientalmente correto unindo produtoresda Região Sudeste do Estado. A pesquisa foi um trabalho de acompanhamento da associação por dois anos (julho de 2000 a julho de2002) para entender melhor como surge e se comporta uma entidade desta natureza. Foi realizada inicialmente uma revisão deliteratura sobre o associativismo na região que nos ajudou a definir melhor o direcionamento da pesquisa. A próxima etapa foi aelaboração, aplicação e análise de um roteiro junto aos associados. O conteúdo do roteiro abrangeu os diversos aspectos daassociação permitindo-nos avaliar à estrutura sócio- econômica dos membros, a aceitação dos produtos da minhocultura, os pontosaltos e baixos da associação e o que isso representa no desenvolvimento e no atual comportamento da organização. Os roteiros foraminterpretados e os resultados utilizados durante o acompanhamento da associação. A criação de minhocas é simples, tem baixo custode produção, pode se utilizar a mão- de- obra familiar e o mercado para seus produtos estão em expansão. Os associados têm o novoperfil dos agricultores nacionais, que vivem na cidade, têm suas profissões e dedicam-se a agricultura em tempo parcial. Porém,diversos fatores, sobretudo a falta de recursos físicos e econômicos, dificultam a produção, e após dois anos da fundação a maiorparte dos associados abandonou a organização. Essa situação leva-nos a concluir que iniciativas como a AMINREF, com toda a suacomplexidade, coloca o desafio de se repensar as políticas públicas para a agricultura, na medida em que é preciso considerar que osetor se torna cada vez mais amplo e diversificado de demandas.

038808652AGRICULTURA ORGÂNICA: ALTERNATIVA DE RENDA NOS ASSENTAMENTOS RURAISDO TRIÂNGULO MINEIRO E ALTO PARANAÍBAGabriel José Barbosa –– [email protected]; Murilo M. O. de Souza [email protected]; David G.Francis – [email protected]

A Revolução Verde trouxe para a agricultura tropical um sistema de produção que não atendeu às exigências para manter asustentabilidade da atividade. O modelo de produção implantado, que de início parecia ideal, ocasionou um consumo exagerado dosrecursos naturais. A agricultura se tornou de base química ocasionando a contaminação dos alimentos por resíduos de agrotóxicos,adubos minerais solúveis, hormônios, antibióticos, aditivos químicos e tantas outras drogas. Frente a esta situação, a agriculturatradicional agora adaptada às exigências econômicas e principalmente ao mercado consumidor está sendo resgatada, sendo que hojea produção de alimentos orgânicos é uma forte linha da agricultura. Este trabalho teve como objetivo analisar a posição da agriculturaorgânica junto aos assentados e acampados da região do Triângulo Mineiro para verificar a aceitação que o sistema possui frente aesse setor da agricultura, estendendo aos produtores técnicas de produção orgânica. A avaliação para desenvolvimento da agriculturaorgânica pelos produtores acampados e assentados é um ramo específico de um projeto amplo de estudo de sustentabilidade daagricultura no cerrado. Porém para a concretização deste trabalho foi feito um levantamento local junto a órgãos ligados a agriculturaem Uberlândia para tentar encontrar princípios de desenvolvimento de agricultura orgânica. Elaborou-se então um questionárioenvolvendo perguntas sobre a difusão do sistema e as dificuldades que os produtores enfrentariam para produzirem organicamente.Os roteiros foram aplicados aleatoriamente no assentamento e no acampamento em entrevistas diretas. Após a conclusão da parte decampo da pesquisa, os dados foram utilizados para direcionar o tipo de orientação a ser passada aos produtores do acampamento eassentamento. Os resultados obtidos, inicialmente com a aplicação dos roteiros de entrevista mostraram que a maioria dos produtores(mais de 60%) já teve algum contato com produção orgânica. Entretanto, menos de 30% acreditam que este tipo de produçãofuncionaria atualmente. No entanto, o acompanhamento dos produtores durante um período inicial mostrou que houve uma mudançade nesse quadro quando os produtores passam a entender as técnicas de produção orgânica. Assim entendemos que com acontinuação da orientação, mais produtores se interessarão por este tipo de técnica.

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TRABALHO

038808844PROJETO DE EXTENSÃO RURAL A PRODUTORES FAMILIARES DO MUNICÍPIO DEUBERLÂNDIA EM MINAS GERAISAdriano Pirtousheg ([email protected]); Marcos Ribeiro Riso; Murilo M. O. de Souza; Marco Silva Guimarães;Breno Pierani Severino; Marco Vinícius Silva; Breno Moscheta Welter; Marialda de A. Santos; Cíntia A. MoraesAquino; Sérgio C. Nunes; Cristiano Ribeiro; Vinício Araújo Nascimento; Gustavo Ribeiro Destro.UFU

Nas últimas décadas, o setor agropecuário experimentou enormes avanços tecnológicos, passando de um modelo de auto-subsistência para uma agricultura de mercado. Esse processo, porém, não ocorreu de maneira uniforme, deixando em sua trajetóriamuitos problemas, tanto de caráter econômico quanto social. Em um extremo, encontra-se uma agropecuária especializada, de carátermoderno, com alta composição orgânica do capital e alcançando elevados níveis de produtividade. Sua produção, primordialmente, édestinada ao mercado externo, garantindo maior remuneração ao capital investido. Em pólo oposto, encontra-se uma agriculturatradicional, composta de pequenos e médios produtores e com possibilidades limitadas de acesso aos modernos instrumentos deprodução. Apresenta como característica marcante uma produção diversificada nas unidades de produção e o fato de que aorganização do trabalho restringe-se ao círculo familiar, pois emprega pouca mão de obra assalariada. Diante da diferenciação que seevidencia entre essas duas grandes categorias, torna-se importante um projeto político pedagógico dos cursos de graduação na áreade ciências agrárias, para a contextualização dos acadêmicos nessas duas realidades. Dessa maneira, este projeto tem como objetivopromover trabalho de extensão rural em Medicina Veterinária, tendo por propósito principal o aumento da renda e melhoria daqualidade de vida dos produtores rurais e suas famílias, a partir da implantação de técnicas adaptadas à realidade de cada produtor,aprimorando a formação dos alunos para o exercício profissional através da criação de oportunidades para aplicação prática dosconhecimentos adquiridos no curso. O Projeto desenvolve-se no Município de Uberlândia em comunidades indicadas pela Secretariade Abastecimento e Agropecuária e EMATER-MG. Os trabalhos são desenvolvidos por 12 alunos de períodos variados do curso deMedicina Veterinária da Universidade Federal de Uberlândia, divididos em quatro grupos com três componentes, sendo que cadaprodutor receberá visitas quinzenais em sua propriedade. Os trabalhos de campo são complementados através da promoção deeventos grupais de cunho técnico e educativo nas comunidades, de modo a reforçar o trabalho e criar uma maior aproximação com asfamílias rurais. Os resultados do projeto são avaliados através de reuniões quinzenais com a participação dos acadêmicos eprofessores integrantes do projeto, com objetivo de solucionar problemas, traçar metas e avaliar o andamento das atividades. Aindaque o projeto esteja apenas no início já é possível perceber uma sensível mudança no comportamento dos acadêmicos, queapresentam uma postura mais profissional diante dos produtores, e da comunidade atendida que vem absorvendo gradativamente asinformações e serviços fornecidos pelos extensionistas.

038808855APOIO EDUCACIONAL VETERINÁRIO AOS ALUNOS DA ESCOLA AGROTÉCNICA SERGIODE FREITAS PACHECO, NO MUNICÍPIO DE PATROCÍNIO-MGAdriano Pirtousheg – [email protected]; André Carloto Vielmo; Murilo Mendonça Oliveira de Souza –[email protected]

Historicamente, o setor agropecuário brasileiro tem se desenvolvido através de dois modelos de produção completamentecontraditórios. De um lado temos a agricultura patronal, que tem recebido diversos benefícios governamentais, baseando-se nautilização de tecnologias de última geração e produção em larga escala. No lado oposto está a agricultura familiar, onde à presença detecnologias de ponta são praticamente inexistentes e a produção e diversificada e não especializada. Entretanto, a carência emassistência técnica especializada está refletida em qualquer um dos modelos citados. Assim, é necessário que os profissionais deciências agrárias estejam preparados para atuar em todas as diversidades destes modelos. Desta forma, o projeto de extensão ruralproposto pela Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade Federal de Uberlândia tem como objetivo auxiliar no ensino detécnicas rotineiras de manejo, como, contensão, vacinação e descorna a ferro quente, aos alunos da Escola Agrotécnica Sérgio deFreitas Pacheco - EASFP. Pretende também, auxiliar os pequenos produtores realizando práticas de pequenas cirurgias eatendimentos de clínica veterinária. O projeto visa proporcionar aos alunos da Faculdade de Medicina Veterinária, a oportunidade decolocar em prática os conhecimentos adquiridos em sala de aula, despertando o interesse em desenvolver atividades que envolvam acomunidade. Os trabalhos estão sendo desenvolvidos no Município de Patrocínio em Minas Gerais, por alunos da Faculdade deMedicina Veterinária – FAMEV - da Universidade Federal de Uberlândia, aos sábados.As atividades desenvolvidas pelos alunos sãorealizadas segundo o levantamento da demanda de cada propriedade. A demanda é identificada previamente pelos alunos da EscolaAgrotécnica de Patrocínio. Os alunos da FAMEV atuam como monitores orientando os alunos da Escola Agrotécnica na execução depráticas relacionadas ao nível de formação profissional dos mesmos, na área de produção animal. São realizados, ainda,eventualmente, reuniões com produtores para o desenvolvimento de um trabalho educativo tanto dos alunos como dos produtores. Osresultados obtidos pelo projeto são avaliados continuamente através da resposta dos produtores e alunos da escola Agrotécnica comrelação ás técnicas aplicadas pelos estudantes e professores da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade Federal deUberlândia.

044308260TRAJETÓRIA, AVANÇOS E RESULTADOS DO PROJETO DE CAPACITAÇÃO EDESNVOLVIMENTO PESSOAL E SOCIAL DE JOVENS PARA ÁREA DE HOTELARIA EOUTROS SEGMENTOS DO SETOR DE TURISMO.Angela M. B. Batista; Laurileide B. da Silva; Taciel S. de Oliveira; Joseana Maria Saraiva.

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TRABALHO

O presente trabalho tem como objetivo relatar uma experiência de capacitação desenvolvimento pessoal e social com jovens daCidade e da Região Metropolitana do Recife. O mesmo vem sendo executado desde 1998 através do programa Capacitação Solidária(PCS), em parceria com a Universidade Federal Rural de Pernambuco, Departamento de Ciências Domésticas, Prefeituras Municipais,Hotéis e Empresas similares, tendo a Fundação Apolônio Salles de Desenvolvimento Educacional como organização capacitadora. Oprojeto visa a capacitação de jovens, na faixa etária de 17 a 21 anos provenientes de família de baixa renda, para inserção no mercadohoteleiro e em outros segmentos do setor de turismo. Para tanto, estruturou-se um curso com 600 Horas/aulas subdividido em trêsMódulos; I- Básico (120 horas/ aulas); II- Especifico(300 horas/aulas); III- Vivência Prática (180 horas/aulas). Conforme relatos do PCS,a equipe técnica apresentou competência e habilidade no relacionamento com os(as) jovens, tendo trabalhado adequadamente osconteúdos programáticos do curso, permitindo a capacitação técnica e o desenvolvimento integral dos(as) participantes, evidenciando-se o compromisso com a execução do curso, a adequação dos conteúdos, a qualidade do material didático e a forma de avaliação:individual, coletiva auto-avaliativa. Conclui-se que o objetivo do trabalho vem sendo alcançado, à medida que se constata a plenaformação e qualificação profissional dos(as) jovens para inserção no mercado de trabalho hoteleiro e similares, propiciando, além daqualificação técnica especifica, o desenvolvimento da sociabilidade da comunicação, da criatividade, da responsabilidade, da disciplinae auto estima.

047208779PROCESSO SAÚDE/DOENÇA DAS MERENDEIRAS E SERVENTES DAS ESCOLAS PÚBLICASMUNICIPAISAna Vasconcelos, Ana Dantas, Alessandra Dantas, Bernadete Nunes, Danielle Fonseca, Diomedes Silva, HilmaBarreto, Helder Muniz, Mary Neves, Maurivan Silva, Michelle Costa, Natanne Melo, Tatiana Oliveira,Virgínia Teles,Wilma Barbosa.UFPB

Este estudo analisou a relação entre saúde e trabalho de merendeiras e serventes de escolas públicas municipais de João Pessoa/PB,no intuito de compreender como essas profissionais enfrentam os problemas existentes em sua situação de trabalho. A metodologiaenvolveu a construção de um dispositivo de pesquisa onde as trabalhadoras foram convidadas a participar de uma análise da relaçãoentre sua atividade e sua saúde. Como instrumentos metodológicos, fez-se uso da técnica Instrução ao Sósia, Mapa de Risco eObservação da Atividade. Os resultados confirmaram que as trabalhadoras sacrificam sua saúde na realização das atividades.Apresentam problemas de coluna, devido à necessidade de levantar panelas pesadas, permanecer com postura inadequada, cansaçonas pernas e risco de varizes pela exigência de andar muito e ficar bastante tempo em pé. Há grande precariedade nas condições detrabalho, exigindo mais atenção, cuidados e sofrimento físico e psíquico. A escassez de funcionários impede que as trabalhadorasfaltem ao trabalho. Assim, mesmo quando recebem licença médica, elas não gozam desta, para que as colegas de trabalho não fiquemsobrecarregadas. Uma das principais fontes de sofrimento psíquico é o não reconhecimento, por parte dos outros profissionais daescola, do seu trabalho e de seu papel como educadoras, ensinando os alunos a se alimentarem e a se preocuparem com a higiene.Portanto, compreendemos que para garantir a merenda e higiene escolar, as profissionais têm enfrentado riscos que comprometemsua saúde.

053108317A INCUBADORA TECNOLÓGICA DE COOPERATIVAS POPULARES DA UFRPE: UMA NOVAEXPERIÊNCIA DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIAGuilherme Jose de Vasconcelos Soares, Emanuel Sampaio Silva, Conceição Maria Dias de LimaUFRPE

Objetivo: O presente trabalho tem como objetivo analisar a temática de incubadoras de cooperativas populares apresentando aexperiência da Universidade Federal Rural de Pernambuco através do projeto de Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares –INCUBACOOP, do Departamento de Educação. Metodologia. No que tange ao aspecto metodológico foi tomado um conjunto de dadosprimários obtidos a partir de relatórios internos da INCUBACOOP, considerando o período de sua fundação até junho de 2002.Também foram obtidos dados oriundos de entrevista aberta com integrantes das quatro cooperativas assistidas, nas quais, foramverificados aspectos qualitativos e quantitativos referentes aos seus respectivos grupos. Cada grupo foi entrevistado individualmente,sendo os dados obtidos agregados, portanto não identificando a opinião de cada grupo separadamente. Também foram efetuadasconsultas a documentos de circulação interna que delinearam as ações da INCUBACOOP no período considerado, o que possibilitoudados acerca do quantitativo dos grupos assistidos, desempenho e as nuances das várias fases do processo. Por fim, foi captado umconjunto de informações vivenciadas com os técnicos integrantes da incubadora, o qual proporcionou maior amplitude para odesenvolvimento do trabalho. Resultados. A universidade em sua essência tem o compromisso social com a formação de recursoshumanos e geração de conhecimentos. Para tanto, suas ações assentam-se sobre os pilares do ensino, pesquisa e extensão. Oprojeto de incubadora de cooperativas populares se insere nesse contexto acadêmico, numa perspectiva de ampliar a interação entre auniversidade e a sociedade em geral, objetivando estender àqueles que não participam diretamente do universo acadêmico, os ganhosda formação e do conhecimento. Neste particular, o movimento de incubadoras de cooperativas é exemplo de integração e mobilizaçãoda comunidade acadêmica brasileira, em resposta aos problemas da sociedade, dando mostra de sua força inovadora e capacidade decontribuir para uma inserção cidadã dos trabalhadores e trabalhadoras. A experiência da Incubadora de Cooperativas TecnológicasPopulares – INCUBACOOP permite observar que é possível construir uma extensão universitária capaz de influenciar mais de pertotransformações importantes na sociedade, contribuindo para atenuar problemas sócio-econômicos de comunidades carentes.

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TRABALHO

053108677ASSOCIATIVISMO, CADEIAS PRODUTIVAS E CIDADANIA: UMA EXPERIÊNCIA DEABORDAGEM COM PISCICULTORES NUM CONTEXTO DE DESENVOLVIMENTO LOCALNO SEMI-ÁRIDO NORDESTINOGuilherme José Vasconcelos Soares - [email protected]; Fabiana Moura Ferreira [email protected]/SEBRAE – AL

A experiência a ser apresentada está sendo desenvolvida no município de Pão de Açúcar/AL, situado no sertão alagoano do SãoFrancisco. O objetivo desse trabalho é apresentar uma abordagem de associativismo na perspectiva do fortalecimento sócio-político eeconômico, com 12 (doze) famílias de pescadores que têm atuado, há aproximadamente 2 anos, na produção intensiva de peixes emtanques-rede no leito do rio. Tal experiência se desenvolve num contexto de desenvolvimento local integrado e sustentável (DLIS)conduzido pelo SEBRAE/Xingó na região, e que conta agora com as ações de extensão da Universidade Federal Rural dePernambuco, através de seu Departamento de Educação e programa de associativismo, para pesquisa, ensino e extensão. O trabalhoque tem sido desenvolvido junto aos pescadores teve início a partir de demandas apresentadas pelo Fórum de DLIS do município dePão de Açúcar - espaço de discussão de problemáticas e potencialidades municipais que é integrado por representantes da sociedadecivil; instituições públicas, privadas e ONG´s, e foi criado a partir de propostas de desenvolvimento local. A metodologia do trabalhopropõe uma abordagem do associativismo tomando como ponto de partida o contexto de relações produtivas na cadeia de produçãoda piscicultura, na qual estão inseridos, visando sensibilizá-los para a necessidade de ampliar suas perspectivas econômicas, políticase sociais, a partir do entendimento da lógica de cadeia de produção, tendo como instrumento estratégico o associativismo. De um lado,se dá a realização de oficinas pedagógicas nas quais os produtores trabalham em grupos, participando efetivamente da produção dosresultados a serem obtidos, de outro, prevê, o acompanhamento pelos técnicos dos encaminhamentos acordados nas oficinas,privilegiando o coletivo. Os procedimentos pedagógicos foram concebidos para que os produtores possam identificar os principaisagentes de uma cadeia de produção, suas relações internas e externas e estratégias de fortalecimento, identificando o papel doassociativismo nessas estratégias. Ao final, os piscicultores elaboram um quadro situacional, contendo: a sistematização de situaçõesproblemas e apresentação de um conjunto de encaminhamentos para enfrentamento da problemática via solução associativa, naperspectiva de fortalecimento das relações internas e também de superação do isolamento do grupo. Os resultados preliminaressinalizam com ações efetivas dos piscicultores a partir dos encaminhamentos acordados nos encontros coletivos. Assim, ospiscicultores dão sinais de estruturação da associação para agilizar as soluções, tanto ao nível técnico, quanto ao nível políticoadministrativo, e mudanças de comportamento com atitudes positivas para participar do fórum DLIS da cidade.

053908329ARTESANATO: ALTERNATIVAS DE TRABALHO E CIDADANIA PARA A COMUNIDADE DOCONJUNTO TANCREDO NEVES-FORTELEZA-CELenine Rodrigues Pinto - [email protected]; Edson Vicente da Silva – [email protected]; Márcio Henrique Nogueira daSilva; Rosiane de Sousa Mariano.UFC

As oficinas de artesanato fizeram parte das atividades desenvolvidas pela UNISOL/UFC no conjunto Tancredo Neves na periferia deFortaleza e contou com a participação de alunos e professores dos cursos de Geografia, Letras e Economia Doméstica. O objetivoprincipal das oficinas foi capacitar os alunos, de forma a torná-los aptos na confecção de adornos pessoais, como colares, brincos,pulseiras e brinquedos. Pretendeu ainda desperta a criatividade dos participantes orientando-os na elaboração de peças originais. Asoficinas foram ministradas para dois públicos alvos diferenciados, o primeiro correspondeu aos meninos albergados no Abrigo deMenores, e o segundo constou de jovens moradores do conjunto, principalmente alunos de escolas públicas. Cada oficina contou coma duração de 24 horas/aula, sendo que todo o material básico utilizado, como papel reciclado, cola, fio de nylon, miçangas, bambu,arame, canutilho, búzios, palha da costa, e ferramentas como tesoura, alicates de corte e de bico, foram disponibilizados pelaUNISOL/UFC. Em um primeiro momento as técnicas foram repassadas a todos os alunos e posteriormente os que mais sedestacavam em suas habilidades recebiam um treinamento intensivo, passando em seguida a atuar como monitores, ensinando aosmenos habilidosos. Algumas crianças e adolescentes do abrigo, onde foi oferecida a primeira oficina, destacaram-se bastante em seuaprendizado e criatividade, tendo inclusive atuado como monitores na oficina seguinte, que foi ministrada no Centro ComunitárioTancredo Neves. Ao final das duas oficinas, foi realizada uma feirinha de artesanato e a renda obtida com a venda dos produtos foirevertida ao Abrigo de Menores para compra de material destinado a confecção de novos trabalhos. Acredita-se que como resultadosdas oficinas não se deve destacar apenas a possibilidade que se criou de uma opção de trabalho, mas também o desperta de umacriatividade artística e manual. As oficinas atuaram também como elemento congregador de crianças e adolescente do ConjuntoTancredo Neves, adquirindo um maior respeito entre si, disciplinando suas ações e aprendendo a trabalhar de forma cooperativista.Para os alunos e professores foi uma oportunidade de conhecer melhor a realidade sócio-ambiental da periferia de Fortaleza, erepassar para as crianças e adolescentes, não apenas técnicas artesanais, mas também experiências de ações comunitárias erespeito mútuo.

055701454TRABALHO PRECOCE: A FORMAÇÃO DE AGENTES NA DEFESA DA CRIANÇA E DOADOLESCENTESMª de Fátima Alberto; Bernadete Nunes; Mª Helena Lins; Adria Soares,Alessandra Dantas; Daniele Cirino; IngridAlves; Nozângela Dantas; Renata Alves; Mª da Luz Alberto; Emilia Moreira; Teresa Kulesza; Gláucia Ieno; DirceTeixeira; Anísio Araújo; Ivan MoreiraUFPB

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Este artigo objetiva apresentar uma experiência de extensão voltada para a formação de agentes sociais que atuam na erradicação dotrabalho infantil e na defesa dos direitos do adolescente trabalhador. A referida experiência, contemplada com o prêmio Elo Cidadão,foi vivenciada através de um Curso de Extensão realizado através de Módulos e de Atividades de Campo. O curso visa qualificar ecolaborar na melhor definição profissional do agente ou operador dos direitos humanos que atuam nesta área, produzir conhecimentosobre a realidade do trabalho infanto-juvenil no Estado da Paraíba no sentido de contribuir na elaboração de políticas de intervenção.Estes agentes são trabalhadores e trabalhadoras de diversos seguimentos: funcionários de organizações governamentais; integrantesde comissões pastorais; movimentos sociais; conselhos tutelares, estaduais e municipais de defesa da criança e do adolescente;sindicatos de trabalhadores dos setores rurais e urbanos e associações de moradores. Esta atividade de extensão foi desenvolvidadentro de uma perspectiva multidisciplinar, na construção de um saber-instrumento, tentando aproximar-se dos moldes de umacomunidade ampliada de pesquisa. Embora a execução tenha envolvido uma parceria, a responsabilidade pela execução do projetoesteve a cargo do Setor de Estudos e Assessoria a Movimentos Populares – SEAMPO e do Grupo de Pesquisa Subjetividade eTrabalho – GPST. A operacionalização metodológica deu-se através dos seguintes recursos: a construção da demanda dentro de umaperspectiva histórica junto aos movimentos sociais, delineamento da demanda através de uma identificação diagnóstica dos parceiros,encontros de sensibilização, oficinas-aula, dinâmicas de educação popular, seminários de discussão, atividades de campo comobservação e coleta de dados, levantamento das atividades de trabalho onde há inserção precoce utilizando-se a fotografia. Aprodução de campo identificou as seguintes atividades de trabalho precoce: trabalhadores engraxates; borracheiros; limpadores elimpadoras de túmulos; olheiros de carro; fretistas (carregadores de feiras livres); ajudantes de supermercados; vendedores evendedoras de frutas, balas e fichas de videogames; pescadores; trabalhadores e trabalhadoras na produção de abacaxi, acerola ecana-de-açúcar; trabalhadores e trabalhadoras na pequena produção familiar; beneficiários do programa de erradicação do trabalhoinfantil – PETI; crianças e adolescentes das pedreiras de Junco do Seridó e meninos carregadores da rodoviária.

056008482DAS PEDREIRAS À ESCOLA: A REALIDADE DO PETI NO MUNICÍPIO DE JUNCO DOSERIDÓDirce de Melo Teixeira*, Ádria Melo Soares **, Maria Aparecida Peixoto Wanderlei***, Maria Helena S. F. Lins****UFPB

Desenvolvemos este trabalho a partir do projeto de extensão: Curso de Formação para Agentes Sociais que Atuam na Área doTrabalho Infanto-Juvenil Urbano e Rural. Um dos objetivos do curso é fazer um mapeamento das áreas onde há foco de trabalhoinfantil no Estado da Paraíba. Na região do Seridó encontram-se minerais metálicos, não-metálicos e gemas (pedras preciosas esemipreciosas). No município de Junco do Seridó encontra-se um grande número de jazidas para extração destes minérios, sabe-setambém que há exploração da mão-de-obra infanto-juvenil neste tipo de atividade. Em 1999, o Ministério Público da Paraíba, emconvênio com o UNICEF, fez um levantamento no local e constatou a presença de crianças e adolescentes trabalhando nas pedreirase na extração do caulim. Conseqüentemente, fez-se necessário uma mobilização da sociedade para acabar com aquela situação. Noano seguinte, foi implantado no município o Programa de Erradicação do Trabalho Infantil. Tendo sido retiradas 500 crianças dasatividades laborativas, dentre elas, 76 das pedreiras. Decorrente, dos questionamentos, sobre a eficácia deste programa, decidimosverificar que mudanças ocorreram na vida destas crianças, especificamente aquelas egressas das pedreiras. Um dos objetivos doPETI é retirar a criança de atividades consideradas perigosas, insalubres e penosas, garantindo-lhes a permanência na escola.Objetivando saber qual a visão das crianças a respeito do programa e que mudanças ocorreram em seu desempenho escolar, fizemosuma incursão no município com o intuito de levantar dados que mostrem as possíveis mudanças advindas com o programa.Realizamos uma oficina com as crianças numa escola rural, onde funcionava um dos núcleos da Jornada Ampliada do PETI,entrevistamos professoras e monitoras da escola. Os resultados obtidos foram os seguintes: as crianças que deixaram o trabalho naspedreiras, a freqüência e o desempenho escolar melhoram significativamente, até o comportamento mudou segundo as professoras,as crianças se tornaram menos agressivas, e voltaram a brincar o que antes não acontecia, pois elas estavam sempre muitocansadas. Desejam continuar na escola . Podemos constatar a eficácia do programa no município com estas crianças especificamentemas, verificamos que ainda existem crianças trabalhando em outras atividades como na venda de castanhas de caju na beira daestrada.*Orientadora, **Graduanda de Psicologia UFPB, ***Psicóloga, **** Técnica Extensionista

056008487TRABALHO PRECOCE: COMO ATUAM AS INSTITUIÇÕES DE ASSISTÊNCIA A CRIANÇA EAO ADOLESCENTEÁdria Soares, Alessandra Dantas, Daniele Cristina Cirino, Ingrid Alves, Nozângela Dantas, Renata Alves, Mª deFátima Alberto, Mª Helena Lins, Bernadete Nunes, Mª da Luz Alberto, Nilma Medeiros, Mª Madalena NascimentoUFPB

Com o propósito de traçar um perfil e conhecer as características das instituições que trabalham com crianças e adolescentes, foirealizado um levantamento no intuito de saber de que forma as instituições atuam com a temática do trabalho infanto-juvenil.Elaboramos um questionário de reconhecimento, com o objetivo de identificar os interesses e as formas de trabalho desenvolvidaspelas instituições na Paraíba. O procedimento adotado foi o seguinte: a partir de uma listagem fornecida pelo Fórum de Erradicação doTrabalho Infantil, contatou-se as instituições participantes, reconhecidas por atuarem na temática do trabalho infanto-juvenil. Umsegundo momento consistia no contato, e posteriormente, na visita às instituições indicadas. Seguidamente foi proposto querespondessem ao questionário, onde uma das questões solicitava a indicação de outras instituições ou grupos que também atuassemna área. Esta medida certamente ampliou a população em estudo – instituições que desenvolvem projetos e trabalhos ligados àtemática da criança e do adolescente na Paraíba. A pesquisa teve duração de quatro meses. Resultou numa listagem com um total de

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41 instituições; destas foram elencadas 35 para visitas e aplicação do questionário, através dos quais foram investigados seusinteresses e como elas atuam na erradicação do trabalho infantil. Identificamos vários tipos de organizações, dentre elas: asgovernamentais, as não-governamentais, os conselhos (tutelares, municipal e estadual) e os sindicatos de trabalhadores rurais eurbanos. Algumas delas não estão envolvidas diretamente no combate ao trabalho infanto-juvenil, mas contribuem indiretamente, comoé o caso dos sindicatos. A maior dificuldade encontrada por parte dos representantes é a falta de formação específica nesta área. Amaioria das instituições possui representantes na Comissão de Erradicação do Trabalho Infantil. Entretanto as próprias instituiçõesdesconhecem as implicações que o trabalho precoce acarreta no desenvolvimento físico, psíquico e social da criança e doadolescente.* Alunas de Graduação em Psicologia; ** Professora Dra. do Depto. Psicologia; *** Técnica Extensionista de Nível Superior; ****Técnica

060208659ALTERNATIVAS COOPERADAS NA PESCA ARTESANALSérgio Cardoso de Moraes

O trabalho apresentado é parte da dissertação de mestrado em Educação e a referida pesquisa fora realizada nos anos de 2000 e2001, nos municípios de Abaetetuba e Cametá, no Estado do Pará. A temática da pesca artesanal foi enfatizada na pesquisa tendocomo cenário, comunidades pesqueiras às margens do rio Tocantins. Tais comunidades situam-se à jusante da Usina Hidrelétrica deTucuruí. O processo de empobrecimento das comunidades ribeirinhas, ocasionados sobretudo pelo represamento do rio Tocantins,provocou a busca de novas fontes de produção e sobrevivência. Vários grupos de pescadores organizados em Associações e Colôniasde Pesca, com o apoio de diversas instituições governamentais e não-governamentais passaram a desenvolver a piscicultura. É umprocesso que requer bastante dedicação e cuidados para que possa garantir o retorno de tal investimento. Desta feita, nos detivemosem analisar sobretudo o aspecto cultural que norteia esta nova atividade, exterior àquela tradicional do processo de captura de peixese camarões. Uma nova concepção de pesca fora introduzida no seio dessas comunidades, haja vista que, acostumados a sair pelosrios em busca de peixes, hoje, concomitantemente dedicam parte de seu tempo para a alimentação dos alevinos, medição datemperatura da água, e outros pormenores necessários à criação de peixes em cativeiro. Uma nova educação para o trabalho foisendo germinada e conseqüentemente expandida entre várias comunidades pesqueiras na Amazônia.

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060308455DINÂMICAS DE GRUPO: INSTRUMENTOS NO PROCESSO DE FORMAÇÃO DE AGENTESSOCIAISMª de Fatima P. Alberto, Bernadete de O. Nunes, Mª Helena S. de F. Lins, Adria Melo Soares, Alessandra Patricia deA. Dantas, Daniele Cristine da S. Cirino, Ingrid Santos Alves, Nozângela M. R. Dantas, Renata de S. Alves, Mª da LuzAlbertoUFPB

Neste artigo tratamos do uso de dinâmicas de grupo como um instrumento para desenvolver atividades de extensão. Aplicamos esterecurso no contexto de um projeto de formação de Agentes Sociais na Área do Trabalho Infanto-Juvenil Urbano e Rural, maisespecificamente na preparação destes agentes como pesquisadores. Trata-se de um instrumento que proporciona a definição deobjetivos, sejam individuais ou coletivos, bem como, a revisão constante de metas e ações propostas, não permitindo que os indivíduosse distanciem de seus objetivos e questionem-se a respeito de possíveis modificações em suas idéias. Dentro deste processo, asdinâmicas apresentaram-se como um instrumento de coletivização de experiências, permitindo desenvolver um processo de discussãoe reflexão sobre o papel profissional dos agentes sociais, bem como, o papel das instituições que atuam na temática do trabalhoinfanto-juvenil. As dinâmicas ofereceram uma reflexão interpretativa fundamentada na realidade social com o objetivo de ressaltar aimportância da teoria de vida, ensinando a usar todo os sentidos, desenvolver a capacidade de escutar; aprender a registrar; escolhero foco da pesquisa, da auto-reflexão eliminando-se possíveis preconceitos, da necessidade do trabalho e solidariedade em grupo paraa obtenção de resultados favoráveis a todos. Através das dinâmicas, eram discutidas questões relacionadas a investigação de dadossobre o trabalho infanto-juvenil na Paraíba e, o que se necessita conhecer para proporcionar uma intervenção mais eficaz no trabalhode erradicação do trabalho infantil e defesa dos direitos do adolescente trabalhador. É notória a necessidade de dinâmicas de grupo noprocesso de formação de agentes sociais dentro de uma perspectiva metodológica participativa de construção coletiva de saberes,visto que, os sujeitos integrantes do grupo tornam-se parte indispensável desta construção. As dinâmicas se apresentaram como umespaço no qual os participantes refletiram e discutiram questões de interesse mútuo, possibilitando a criação, a formação, e atransformação destes. O referido processo metodológico seguiu os seguintes passos: articulação da teoria e da prática; articulação doconhecimento individual com o coletivo; construção de instrumentos para formar formadores; produção de dados sobre a realidade dotrabalho precoce; coletivização dos dados e da experiência de produzir; “Reflexação” dos dados e da experiência.

062508397UMA EXPERIÊNCIA DE EXTENSÃO COM PRODUTORES FAMILIARES EM MOLDESCONSTRUTIVISTASGomes M.C.; Rombaldi C.V.; Morselli T.B.G.A.; Sousa R.O.; Dias A.R.G.;Fernandes F.F.; Bruxel R.; Oliveira E.Z.;Badinelli P.G.; Hofmeister M.A.C.; Barbosa R.S.; Abrahão M.S.; Andrade S.O.; Azevedo R.T.; Trevisan V.; MadrugaS.S.; Neto W.V.C.; Sarmento AUFPel

Este trabalho propõe-se a promover a aproximação da UFPel – Universidade Federal de Pelotas à COOPAL -Cooperativa dePequenos Agricultores Produtores de Leite da Região Sul, disponibilizando seu corpo docente, discente e funcional para a construçãode projetos de interesse comum. Dentro de uma perspectiva construtivista da pesquisa-ação, o trabalho de extensão vemoportunizando ao corpo discente atuar ativamente neste processo contemplando diretamente o seu campo de formação profissional.Assim, um grupo de professores e alunos, coordenados pelos professores, passou a visitar propriedades rurais semanalmente aossábados. A partir de uma interação inicial foram construídas propostas de trabalho contemplando as aspirações e interesses dosprodutores e potencialidades de trabalho dos professores e alunos. Atualmente, quatro propostas estão sendo iniciadas: proposta demanejo conservacionista da propriedade, proposta de melhoria da produção de leite, proposta para melhoria e expansão da produçãode mel e proposta de levantamento planimétrico de propriedades rurais. Com estas propostas o formato de interação com osprodutores necessitou ser reconfigurado para permitir o reordenamento dos membros em subgrupos de trabalho por proposta. Temascomo a interdisciplinaridade das propostas, a motivação/desmotivação, a coesão grupal e o trabalho em equipe vêm sendoamplamente debatidos nas reuniões do grupo.

063208401COOPERATIVAS POPULARES E DESENVOLVIMENTO HUMANODenise Maria Maia - [email protected];UFPR

O verdadeiro êxito de um empreendimento auto-gestionário está na validação dos valores e princípios cooperativistas enquantoprocesso permanente de desenvolvimento humano. É o fortalecimento de um ser completo que proporciona sua maior capacidade deinteração com o meio, um ser capaz de compreender e praticar o cooperativismo, o desenvolvimento e a gestão da capacidadeempreendedora cooperativista, respeita e reconhece o valor do papel do homem como razão e objetivo da cooperativa. A falta daparticipação consciente e ativa dos membros de uma cooperativa pode permitir uma trajetória descomprometida dos objetivos einteresses dos seus integrantes.O aspecto humanista de caráter concreto, rigorosamente científico, e não abstrato, se impõe aotrabalho de comunicação que se faz por meio de palavras, onde não pode ser rompida a relação pensamento-linguagem-contexto ourealidade, como diz Paulo Freire. É o aprofundamento da tomada de consciência capaz de desdobrar-se em ação transformadora.Com metodologia inspirada neste autor, a Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares da Universidade Federal do Paraná(ITCP/UFPR) atua com a população que enfrenta grande dificuldade no âmbito econômico, social e cultural para inserir-se ematividades produtivas. Ao realizar a atividade de incubar Cooperativas Populares pretende não simplesmente reproduzir um

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empreendimento com o formato de uma empresa, onde alguns atuam como donos e os demais obedecem, conforme a hierarquia aque estão acostumados. O empreendimento auto-gestionário, como a Cooperativa Popular, rompe com a forma tradicional deorganização e proporciona aos seus membros as condições de um desenvolvimento integral, capaz de gerir seu destino de formacompartilhada. Entre as comunidades atendidas, duas que já atuam no mercado, são exemplares. A Cooperativa Mista dosTrabalhadores do Paraná - COPERCAMP, já realizou no início deste ano sua primeira assembléia ordinária, apresentando sobras doexercício. Conta com espaço locado para a sede administrativa, renovou sua diretoria e reformou o estatuto; encontra-se atualmenteelaborando seu regimento interno. Mantém contrato de prestação de serviço em limpeza hospitalar, limpeza geral e serviços geraiscom a Maternidade Victor Ferreira do Amaral e Teatro da Reitoria da UFPR respectivamente. A outra, Cooperativa de EmbalagensBrasil - COEMBRA, constituída por pessoas com trajetória de luta pela terra e moradia urbana, tem demonstrado grande flexibilidadepara adaptar-se às exigências da demanda por embalagens de madeira. Passa hoje por desafios administrativos, financeiros etributários.

064808500A INFORMÁTICA COMO PRÉ-REQUISITO DIFERENCIAL PARA INGRESSO NO MERCADODE TRABALHOFrancisco de Assis da Costa SilvaUFCG

OBJETIVO: Oferecer cursos de Informática aos discentes da 3a série do Ensino Médio das escolas públicas da cidade de Patos – PB,já que é grande o número de estudantes na região que ao concluírem o ensino médio, resolvem tentar ingressar no mercado detrabalho, ao invés de submeterem ao concurso vestibular, por uma série de fatores sociais, principalmente pela necessidade de ajudarno orçamento doméstico da família. Tal tentativa geralmente é frustrada pela falta de experiência. Para compensar essa situação, oscursos visam oferecer-lhes melhores condições de competir no já saturado mercado de trabalho local. O empregador é posto emxeque: contratar pessoas pela experiência profissional, mas que ainda não têm conhecimentos sobre microinformática, que é umagrande realidade na região, ou pessoas sem experiência, mas com conhecimentos de microinformática. No município de Patos – PB,no atual momento, nenhuma escola pública possui microcomputadores a disposição do seu corpo discente. METODOLOGIA: Ao longodo ano letivo, analisando o rendimento escolar, a assiduidade e o comportamento, são selecionados os 20 (vinte) melhores alunospara participar de um curso de Introdução à Microinformática com carga horária de 60 h nos meses de outubro e novembro noLaboratório de Computação da UFCG – Campus Patos – PB. RESULTADOS: No primeiro curso, dos 20 (vinte) participantes, 9 (nove),ou seja, 45%, após a conclusão do Ensino Médio, conseguiram ingressar de imediato no mercado de trabalho e o curso foi um fatordiferencial para a obtenção do emprego. No segundo curso, dos 20 (vinte), 5 (cinco), ou seja, 25%, conseguiram ingressar de imediatono mercado de trabalho. Após a realização do primeiro curso, várias outras escolas públicas demonstraram interesse em participar doprojeto.

067108436CONSTRUINDO A CIDADANIA DO IDOSO TRABALHADOR DA FEIRA LIVRE NAPERSPECTIVA DE UMA VELHICE SAUDÁVELEdméia Campos Meira ([email protected]); Glebson Moura Silva ([email protected]); PatríciaRodrigues Santos ([email protected])UESB

(OBJETIVOS) Este trabalho de extensão objetiva desenvolver junto ao idoso trabalhador da feira livre uma proposta de vigilância àsaúde na perspectiva de uma velhice saudável, por meio da realização de diagnósticos situacionais acerca das condições desaúde/trabalho dos idosos feirantes, desenvolvendo ações de promoção, prevenção e recuperação da saúde que favoreçam aconvivência intergeracional com o meio ambiente sócio/cultural, na perspectiva de sensibilizar o idoso trabalhador quanto ao exercícioda cidadania, garantindo a permanência no trabalho e contribuindo para a saúde enquanto bem-estar. (METODOLOGIA) Teve iníciocom os resultados da pesquisa “Relatos Orais de Idosos Trabalhadores da Feira Livre: um estudo acerca do Envelhecimento, Saúde eTrabalho”, subsidiando na implantação deste projeto, fundamentado nos princípios da pesquisa-ação, Thiollent (2000), vinculado aoPrograma Universidade Aberta com a Terceira Idade - UATI, participando sessenta idosos feirantes do município de Jequié/Ba.Objetivando diagnosticar pontos relevantes para discussões coletivas, favorecendo a tomada de decisão consciente foramdesenvolvidos formulários com questões objetivas e subjetivas identificando idosos trabalhadores na faixa etária dos 60 a 70 anos(63,4%); casados (66,7%); analfabetos (43,3%); tendo mais de 20 anos de trabalho (72,2%); eram trabalhadores rurais (56,6%);utilizam sua renda com alimentação (91,6%), vivem com cônjuge e filhos (45,0%); a saúde para o idoso significa bem-estar (41,7%),pois mesmo apresentando patologias sentem-se saudáveis, enquanto a doença é tida enquanto presença de patologias (58,3%);dispensam maior importância ao companheirismo (53,3%) como aspecto indispensável para manutenção do bem estar.(RESULTADOS) As ações de vigilância à saúde para os idosos feirantes, originaram-se de diagnósticos situacionais identificandoproblemas individuais e coletivos das condições de saúde do idoso trabalhador, com mobilização de políticas públicas intersetoriais,prevenção de riscos reais e potenciais que interferem na atividade laboral, elaborações estratégicas de ação com democratização,promoção da equidade e mobilização da classe trabalhadora; encaminhamento de pendências de benefícios previdenciários, quando amédia salarial dos idosos é de meio salário mínimo (63,3%); assimilação das ações educativas de prevenção de agravos e/ou danosao trabalhador; minimização de preconceitos e estereótipos através de práticas intergeracionais de respeito à diversidade,conscientização de sua força política enquanto classe que exercita a cidadania. Estes desejam se organizarem (73,3%) parafortalecimento dos seus direitos (66,7%) com sensibilização da sociedade quanto a sua permanência no trabalho, revertendo em saúdefísica/mental e social, satisfazendo-se em um viver holístico em convivência intergeracional de educação para a vida, construindo-secidadão com melhor qualidade de vida.

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TRABALHO

069908461A INOVAÇÃO ORGANIZACIONAL NUM CONTEXTO DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA: OCASO DO PROGRAMA DE ASSOCIATIVISMO PARA PESQUISA, ENSINO E EXTENSÃOJimmy Peixe McIntyre, Emanuel Sampaio Silva, Ronice Maria Franco PereiraUFRPE

Objetivo: O presente trabalho tem por objetivo geral efetuar um estudo das atividades do Programa de Associativismo eCooperativismo para Pesquisa, Ensino e Extensão – PAPE, do Departamento de Educação, da Universidade Federal Rural dePernambuco - UFRPE, analisando a contribuição das ações de extensão para inovação no meio e nos empreendimentos associativos-cooperativos nordestinos. Como objetivos secundários o trabalho se propõe a avaliar a abrangência das ações de extensão do referidoprograma, descrever o perfil geral dos empreendimentos assistidos pela extensão, além de observar critérios de inovação oriundos doprocesso de extensão. Metodologia: Para efeito de análise, foi tomado um conjunto de dados primários, tais como: relatórios edocumentos de circulação interna do PAPE, além de dados secundários obtidos através de publicações técnico-científicas diversassobre associativismo e cooperativismo. No desenvolvimento do estudo foram considerados dois períodos distintos, embasados noprocesso de interação das ações do PAPE com a sociedade. O primeiro período deu-se entre a fundação do PAPE, no final da décadade 80 até o ano de 1994. Neste espaço temporal era adotada a elaboração de uma monografia como trabalho de conclusão. Osegundo período, compreendido a partir de 1995, corresponde ao início da implantação dos projetos de intervenção como trabalhos deconclusão de curso. Os documentos de conclusão de curso, monografias e projetos de intervenção serviram para que se visualizar osefeitos das ações de extensão universitária com base em parâmetros quantitativos e qualitativos. Como referencial teórico o artigoconsiderou a universidade dentro de uma abordagem sistêmica podendo vir a estabelecer um ambiente inovador, contribuindo paraque os empreendimentos desenvolvam novos produtos, processos e/ou arranjos organizacionais. Resultados: Priorizando a inovaçãoorganizacional como instrumento de interação do ensino com a pesquisa fez com que o programa PAPE formatasse uma novaproposta metodológica para a extensão universitária. Essa nova formatação, alicerçada nos projetos de intervenção, propiciou àsassociações econômico-produtivas e cooperativas assistidas de vários estados brasileiros, do setor rural e setor urbano, um processode inovação, o qual dificilmente ocorreria ante aos escassos recursos financeiros e humanos disponíveis. As ações desenvolvidasatravés desta atividade de extensão têm resultando em novos arranjos organizacionais, processos ou produtos, bem comodesencadeando novas redes de relações. Portanto, através deste novo modelo, o PAPE passou a trabalhar com um enfoque único nadireção da eficácia empresarial que aponte para soluções inovadora no contexto social dessas organizações, associações ecooperativas que encontram-se inseridas no setor produtivo.

076908529PESQUISA, ENSINO E EXTENSÃO: PROGRAMA DE FORMAÇÃO DE TRABALHADORAS/ESEM SAÚDE, GÊNERO E TRABALHO.Mary Neves,Bernadete Nunes, Alessandra Dantas,Adriana Silva, Ana Leal, Ana Dantas, Danielle Cunha, DiomedesSilva, Edilane Nunes, Fernanda Santos, Hilma Barreto, Joana Costa, Michelle Costa, Maurivan Silva, NatanneMelo,Tatiana Oliveira, Vírginia Teles, Wilma BarbosaUFPB

O programa visa à formação de agentes multiplicadores em saúde, gênero e trabalho e à construção de uma metodologia demonitoramento das situações de trabalho e saúde dos/as trabalhadores/as em educação. Este faz parte de um Programa de Formaçãoque vem sendo também desenvolvido no estado do Rio de Janeiro pelo Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação/SEPE e porpesquisadores/as da Fundação Oswaldo Cruz/FIOCRUZ e da Universidade do Estado do Rio de Janeiro/UERJ. Em João Pessoa,inicialmente, procuramos estabelecer bases para a deflagração do Programa de Formação realizando, preliminarmente, junto aprofessores/as, merendeiras e serventes de quatro escolas públicas municipais, grupos de discussão, observação da atividade detrabalho e construção de mapas de riscos existentes nas escolas. A partir dessa experiência, propiciou-se um espaço de reflexãoacerca de como eles/as exercem o trabalho, nocividade presentes, assim como a dinâmica existente entre os diversos atores, em suarelação com as situações de trabalho. O Programa de Formação prevê duas etapas: a primeira, que se refere à formação nessatemática de quinze trabalhadores/as representantes de doze escolas que terão como objetivo, numa segunda etapa, se multiplicarem,ao formar cada um/a mais dez, perfazendo um total de cento e cinqüenta trabalhadores/as preparados/as para investigar eimplementar ações voltadas para a saúde no trabalho. Atualmente, concluímos a primeira etapa que consiste num curso de formaçãodas primeiras quinze trabalhadoras (apenas mulheres se dispuseram a participar do programa), professoras, merendeiras, serventes,diretoras e supervisoras. Nesta etapa, houve um primeiro momento de discussões teórico-metodológicas, bem como a apresentação ediscussão de dados levantados em pesquisas já realizadas. O segundo momento desta etapa refere-se à fase empírica da formação,conforme metodologia da alternância. As trabalhadoras em formação experienciaram práticas de investigação nas escolas sobre focostemáticos. Estes focos foram o espaço de trabalho; a sobrecarga; sinais e sintomas de adoecimentos e formas de encaminhamento edinâmica psicológica do trabalho.Entre outros aspectos levantados e analisados acerca dos processos de saúde-doença relacionadosao seu trabalho destacam-se: espaços, equipamentos e materiais de trabalho inadequados; número excessivo de alunos por turma;duplas e triplas jornadas de trabalho devido aos baixos salários e relações de gênero; conflitos nas relações de trabalho; falta deautonomia e não reconhecimento do seu trabalho. Durante o VI Encontro de Extensão realizado na UFPB, este projeto foi contempladocom o Prêmio “Elo Cidadão”. Temáticos por elas definidos durante o primeiro momento do curso.

076908624O LIMIAR ENTRE A SAÚDE E A DOENÇA NO PROCESSO DE TRABALHO DASMERENDEIRAS E SERVENTES

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TRABALHO

Edilane Nunes Régis Bezerra, Hélder Pordeus Muniz, Mary Yale Rodrigues Neves

Este trabalho tem como objetivo entender como se dá o processo de trabalho das merendeiras e serventes de uma escola pública domunicípio de João Pessoa-PB, analisando os fatores relacionados à organização e às condições de trabalho, propiciadores de saúde edoença nestas trabalhadoras. Foi realizada uma pesquisa qualitativa, com a proposta de conhecer a dinâmica de trabalho dessesprofissionais com a proposta de promover um espaço de reflexão acerca de como as trabalhadoras exercem seu trabalho. Asdescobertas foram desde a nocividade presentes no ambiente, assim como a dinâmica das relações existentes entre os pares e ahierarquia nas situações de trabalho. Realizou-se entrevistas abertas (individuais e coletivas), observações da atividade, mapa deriscos e instrução ao sósia, possibilitando uma análise mais ampla dos dados empíricos, e assim tentar verificar e apreender quais sãoos fatores presentes no ambiente de trabalho que têm relação com os riscos de saúde das merendeiras e serventes. Através daconstrução do mapa de riscos com a participação voluntária das trabalhadoras, os resultados evidenciaram que as merendeiras eserventes tem problemas de saúde relacionados as precárias condições de trabalho: os equipamentos são inadequados,ambiente semventilação,escassez de funcionários, além disso elas apresentam problemas de coluna, osteomusculares e circulatórios. O nãoreconhecimento do trabalho e pressões de tempo intensificam o ritmo de trabalho comprometendo a saúde destas profissionais. Poroutro lado, as merendeiras sentem prazer ao saber que os/as alunos/as estão bem alimentados, uma vez que muitos são de famíliascarentes e só vão à escola por causa da merenda. Concluiu-se, que as merendeiras e serventes estão expostas a riscos no seutrabalho e os enfrentam através dos processos de comunicação e cooperação.

077508808DE TRABALHADOR A EMPREEENDEDOR: OS DESAFIOS DA FÁBRICA DE DOCES MATUTONA PRAÇACezar Nonato Bezerra Candeias ([email protected]); Cícero Adriano Vieira dos Santos; Eduardo SilvioSarmento de Lyra; José Nascimento de França; Janda Maria Alves de Alencar; Marcelo José de Melo; PriscilaBrigide.UFAL

O presente trabalho é fruto de uma ação desenvolvida pelo núcleo local da Rede Interuniversitária de Estudos e Pesquisas sobre oTrabalho – UNITRABALHO-UFAL, no campo da Economia Solidária junto a Associação dos Trabalhadores e Lavradores de Canastra -ATRACA, localizada no povoado de Canastra. Este é um povoado do Município de Ibateguara, o qual está situado a 116 Km deMaceió e possui 15.105 habitantes (IBGE, 2000). O Trabalho da UFAL/UNITRABALHO nesta região, teve início com o convite que areferida associação fez à UFAL para a mesma desenvolver junto aos trabalhadores da região um processo de acompanhamento eformação no campo da autogestão e da produção industrial de Doces. O fato que fez surgir esse convite foi a compra de uma fábricade Doces por parte da ATRACA, fato este que trouxe para a associação a necessidade urgente de fazer da aquisição desseempreeendimento, uma ação que beneficiasse a comunidade local. Neste sentido, essa experiência se enquadra no conjunto de açõesque hoje se encontram no espectro da Economia Solidária por se constituir num projeto no qual os próprios trabalhadores, de formasolidária e autogestionária, procuram encontrar formas alternativas aos modelos postos pelo capitalismo.Vale ressaltar que em nossoentendimento, a autogestão “trata-se dos processos de gestão que contribuem para a criação de um ambiente (formal e informal)propício à partilha do exercício do poder (aqui no sentido de autoridade legítima) nas organizações. Tal proposta é uma mudançaradical, destinada a operar transformações profundas na ordem social, econômica e política, porque traduz, na prática, os ideais deigualdade, liberdade, autonomia, criatividade, solidariedade e mutualidade” (Fidalgo e Machado, 2000: 29). No atual momento estamosdesenvolvendo ações no campo da educação cooperativista, bem como assessoria na esfera da produção com finalidades de melhoriada qualidade do produto e na reflexão acerca da responsabilidade social da fábrica (meio ambiente e questões de nutrição popular).077508940MULHERES EM BUSCA DE INSERÇÃO SOCIAL: O CASO DAS ARTESÃS DO BAIRROSALVADOR LYRA – MACEIÓ-ALCezar Nonato Bezerra Candeias - [email protected]; Franqueline Terto dos Santos

O presente trabalho se inscreve no campo das ações vinculadas ao movimento da Economia Solidária, mas especificamente nodesenvolvimento de uma cooperativa de artesãs de uma comunidade de um bairro periférico da cidade Maceió-AL, chamado SalvadorLyra. Esta ação apresenta elementos que dão a mesma, um caráter especial. É uma iniciativa que no conjunto de seus atores éformada na sua totalidade por mulheres. Este recorte de gênero por si, já nos coloca um grande desafio haja vista a posição da mulherno processo de inserção no mercado de trabalho. Um outro elemento que qualifica esta ação, no sentido de ampliar sua facetacomplexa, é o fato de agregar várias mulheres que se encontram numa faixa etária maior que 55 anos e oriundas, em sua maioria, deuma dinâmica de trabalho domestico. Esses são fatos que colocam essas mulheres num setor de baixa possibilidade de inserção noMercado de Trabalho. O trabalho desenvolvido nesta comunidade está relacionado às ações do Núcleo Local da RedeInteruniversitária sobre Estudos e Pesquisas sobre o Trabalho – UNITRABALHO-AL, mais especificamente às ações da incubadora deempreendimentos solidário, a qual se configura como uma das ações do referido núcleo. No atual estágio a experiência se encontraem processo. As mulheres que compõem o grupo estão passando por uma formação no campo do cooperativismo e a confecção deartesanatos.

084408605DIAGNÓSTICO SOBRE A MULTIFUNCIONALIDADE AGRÍCOLA NUMA ZONADESFAVORECIDA; UM ESTUDO DE CASO EM SÃO JOSÉ DO CERRITO-SCLuiz Álvaro Simon, Ademir Antônio Cazella e Givanildo Roque Furlanetto

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TRABALHO

Este trabalho explora o caráter multifuncional da agricultura enquanto fonte de recursos para o desenvolvimento de zonas rurais,marginalizadas sócio-economicamente. O objetivo consiste na apresentação dos resultados preliminares de um estudo de casorealizado na comunidade de Vargem Bonita, município de São José do Cerrito (SC), visando propor e/ou reestruturar políticas públicasde desenvolvimento rural. Definida genericamente como o conjunto de contribuições que a agricultura oferece a um desenvolvimentosócio-econômico, ambiental e territorial, considerado na sua unidade, a multifuncionalidade agrícola está associada, por exemplo, àsegurança alimentar, à manutenção e geração de empregos, à preservação das características paisagísticas, à proteção do meioambiente e à garantia de um tecido econômico e social diversificado no meio rural. O município de São José do Cerrito, localizado naregião Serrana de Santa Catarina, foi escolhido em razão do seu baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH-M). No ano de 2000,esse índice era de 0,620, que corresponde ao quinto menor IDH-M dos municípios catarinenses. Em seu entorno, outros municípiosapresentam baixos índices de desenvolvimento, formando uma espécie de zona geográfica de pobreza proeminente dentro do estado.A exemplo do restante das zonas rurais do município a comunidade escolhida tem sua economia baseada na agricultura familiar.Isoladamente, esse setor não tem gerado riquezas suficientes para atender as necessidades básicas da maioria dos agricultores,embora desempenhe importantes funções para a dinâmica de desenvolvimento local, sendo, no entanto a maioria delas nãoremuneradas pelo mercado. Na comunidade estudada, apesar da precariedade do quadro de vida da maioria das famílias, a agriculturarealiza funções no desenvolvimento estratégico, com destaque para a produção destinada ao autoconsumo, à pluriatividade e aotrabalho acessório de membros da unidade familiar, além da manutenção da paisagem típica da região. A pluriatividade e o trabalhoacessório correspondem às atividades remuneradas externas ao estabelecimento agrícola executadas pelos agricultores. A primeiranoção se diferencia da segunda pelo menor grau de precariedade e instabilidade do trabalho externo. Em síntese, a agriculturapraticada na comunidade, além do seu papel de “coesão social” – autoconsumo, previdência social e complementação da renda -contribui para a preservação de uma paisagem ameaçada pelas monoculturas reflorestais ou seja, a agricultura possibilita amanutenção de famílias pobres no meio rural que organizam a produção para a subsistência de forma articulada com atividadesexternas ao estabelecimento agrícola. Esse mecanismo, além de manter o quadro de vida da comunidade, desempenha uma funçãopaisagística não menos importante.

084908606PROFISSIONAIS DO AMANHÃHostilina Mirella de Oliveira Ferreira; Teresa Helena Gomes Soares; Alana Kercia Barros Demetrio

Devido à substituição do Estado de Bem-estar social pelo Estado Neoliberal, que culminou na reestruturação produtiva e naglobalização do mundo do trabalho, as relações trabalhistas foram profundamente alteradas e fragilizadas. O quadro atual, em muito sedifere daquele anterior ao neoliberalismo: precarização das relações trabalhistas (com significativa perda por parte dos trabalhadores),terceirização, sub-contratações, contratos temporários, enxugamento do quadro de pessoal (com demissões em massa), desempregoe crescimento do mercado informal são o carro chefe da atual estrutura econômica. Outra característica marcante da economianeoliberal é a desresponsabilização do Estado para com o social, passando para as mãos de particulares responsabilidades quedeveriam ser suas. A diminuição dos postos de trabalho acabou por acarretar a exigência de profissionais polivalentes e cada vez maisespecializados, o avanço tecnológico também contribuiu para a constituição de uma massa sobrante, que simplesmente foi esquecidapelo restante da sociedade. Foi diante deste quadro de exigências e concorrência cada vez mais acirrada em busca de qualificação,bem como do descaso dos órgãos públicos para com as comunidades carentes, que estamos desenvolvendo um projeto de açõessócio-educativas junto aos alunos de sétima e oitava série do CMES – Centro Municipal de Educação e Saúde, visando despertar-lhe osenso crítico em relação a atual conjuntura sócio-econômica, uma vez que entendemos que, além das dificuldades financeiras, a faltade informação, qualificação e oportunidades e de incentivo são poderosos vilões na luta por trabalho. As atividades do ProjetoProfissionais do Amanhã tiveram início em agosto de 2002, contando com a presença de, aproximadamente, vinte participantes, emencontros semanais que possuem uma hora de duração. O Projeto Profissionais do Amanhã está sendo desenvolvido através depalestras, oficinas, dinâmicas e utilização de recursos audio-visuais, como: textos, músicas, vídeos, cartazes, e tantos outros recursosque se fizerem necessários para um melhor desempenho de nossas atividades, além da aplicação de questionários mensais deavaliação do projeto junto ao público alvo. O projeto se divide em duas etapas, a primeira com duração de quatro meses, em que serãoabordados assuntos fundamentais para despertar o interesse dos alunos para o atual mercado de trabalho, como: estudo, trabalho,auto-estima, ECA, qualificação profissional, estágio, primeiro emprego e outros. A segunda etapa constará de encaminhamento dosalunos para cursos profissionalizantes, onde serão acompanhados e avaliados pelas facilitadoras durante todo o curso.

085008607REFLEX-AÇÃO SOBRE O DESENVOLVIMENTO RURAL NA PARAÍBAGenaro Ieno Neto, Geovani J. Freitas, Francisco A. Holanda Farias, Maria H. S. Lins, Anísio J.S. Araújo, Fernando G.Oliveira, João Otávio P. Barros Jr, Gabriel Giacomelli, Cláudio S. Maffioletti, Lisiene Bezerra, Dimitri Felix.UFPB

Esse projeto é um desdobramento de uma pesquisa conduzida junto a trabalhadores(as) do assentamento Canudos/PB, em resposta auma demanda do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), e da qual resultou a publicação do livro “Canudos daParaíba: luta pela terra/desejo de vida” (João Pessoa: Ed. UFPB, 2000) . Nesse processo emergiram inúmeras demandas envolvendoáreas como educação, saúde, gênero, artes, comunicação, produção, engenharia de alimentos, cooperativismo, entre outras. Colocou-se, assim, a necessidade de instituir um espaço permanente de diálogo e intervenção partindo dessas demandas que a pesquisapermitiu identificar. O objetivo desse projeto é, portanto, refletir com os trabalhadores rurais assentados e parceiros o modelo dedesenvolvimento rural e as alternativas em termos de desenvolvimento local sustentável, promovendo assim o intercâmbio entre aprodução acadêmica e as demandas práticas dos trabalhadores assentados e Conselhos Municipais de Desenvolvimento Rural.Metodologia: o desenvolvimento dessas ações está fundamentado na troca de experiências e saberes entre os participantes, de talsorte que teoria e prática estejam em permanente diálogo. A sua efetivação se dá através de encontros mensais estruturados em tornode: a) relatos dos trabalhadores rurais e demais participantes; b) aprofundamento de temáticas específicas demandadas pelosparticipantes, através da socialização de resultados de estudos e/ou exposições de convidados de órgãos governamentais

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responsáveis por políticas públicas voltadas para o setor rural. Resultados: Nessa perspectiva foram realizados em 2001 sete (07)encontros mensais que envolveram trabalhadores assentados dos municípios de Cruz do Espírito Santo e Sapé, representantes doFórum sobre a Questão Agrária do Município de Alagoa Grande, professores e técnicos dos Campi I (João Pessoa) e II (CampinaGrande), alunos de vários cursos, técnicos e assessores de órgãos governamentais e não governamentais, além da participação doprefeito de Cruz do Espírito Santo. Além dessas atividades, realizaram-se visitas aos assentamentos e a participação nas reuniões doConselho Municipal de Desenvolvimento Rural de Cruz do Espírito Santo. Esses encontros permitiram a discussão dos principaisproblemas enfrentados pelos assentamentos paraibanos e que abrangeram temas como linhas de crédito, endividamento, assistênciatécnica, beneficiamento e comercialização da produção, formação voltada para empreendimentos solidários, organização política edesenvolvimento local sustentável. Desdobramentos desse trabalho continuam acontecendo, a exemplo do Projeto “JovensAssentados: educação e cidadania” e “Casa Familiar Rural” destinado a formação de trabalhadores rurais, ambos no assentamentoCanudos situado no Município de Cruz do Espírito Santo.

085008929CURSO DE EXTENSÃO EM ECONOMIA SOLIDÁRIA E DESENVOLVIMENTO LOCALAnísio J.S. Araújo, Jussara C. Costa, Francisco A. H. Farias, João Otávio P. Barros Jr, José Brendan Macdonald,Dirce de Teixeira, Genysson M. Evangelista, Paulo F. M. GalvãoUFPB/ADS/DIEESE

O presente curso é uma dentre várias ações que tem por objetivo difundir os princípios da Economia Solidária e do DesenvolvimentoLocal. Trata-se de um esforço interinstitucional envolvendo a UFPB, através do Núcleo local da UNITRABALHO e do Setor de Estudose Assessoria a Movimentos Populares-SEAMPO, a Agência de Desenvolvimento Solidário-ADS da CUT e o DIEESE. Embora ahistória do capitalismo registre inúmeras iniciativas solidárias, bem sucedidas ou não, na conjuntura atual, em que o desempregoatingiu patamares alarmantes, recolocar essa discussão apresenta-se com uma urgência ímpar. Esse curso, portanto, é uma tentativade responder a esse apelo contemporâneo. Como objetivo geral, o curso se propôs a formar agentes sociais capazes de atuar combase nos princípios da Economia Solidária e do Desenvolvimento Local e como objetivos específicos: conhecer os fundamentoshistóricos e conceituais da Economia Solidária e do Desenvolvimento Local; analisar criticamente experiências solidárias em níveismundial, nacional e regional e possibilitar um estudo em torno das potencialidades locais. O curso realizou-se no período de 20 dejulho a 24 de agosto de 2002 no campus I da UFPB (João Pessoa), com aulas às sextas e sábados, perfazendo uma carga horáriatotal de 80 h. O público-alvo, em torno 40 alunos, foi constituído de representantes do movimento cooperativista e associativista,lideranças sindicais, representantes de organizações governamentais e não-governamentais e estudantes universitários. Adotou-seuma estrutura de 5 módulos, a saber: Concepções sobre Economia Solidária e Desenvolvimento Local; Economia Solidária: teoria ehistória; Economia solidária: funcionamento e desafios; Desenvolvimento Local; Metodologia aplicada a empreendimentos solidários.No módulo dedicado ao Desenvolvimento Local procuramos apresentar um painel sobre as várias ações de Economia Solidária emdesenvolvimento na Paraíba a partir de temas como: Ação solidária local, Redes de Ação Solidária, Instituições locais de Micro-crédito; Tecnologia e Desenvolvimento Local; Comercialização solidária; Organizações sociais; Instituições governamentais eConselhos Municipais de Desenvolvimento Rural. O curso, segundo avaliação do corpo discente e docente, superou as expectativas erepresentou um espaço importante de intercâmbio e reflexão em torno dos desafios e potencialidades de uma Economia Solidária naParaíba. Um de seus desdobramentos é a criação de um Fórum de Economia Solidária, onde as grandes questões vivenciadas pelosdiferentes atores envolvidos seriam debatidas, ao mesmo tempo em que seriam exploradas possibilidades de enfrentamento. O Fórumjá conta com uma comissão provisória formada por alunos do curso com a incumbência de organizar sua primeira edição.

085008986MUTIRÃO DOS SONHOSGilvandro Francisco da Silva, Ricardo R. Galdino da Silva, Anísio J. da S. Araújo, José Barbosa da Silva, Maria de F.P. AlbertoUFPB

Esse vídeo, um dos frutos do Curso de Extensão em Trabalho Infanto-juvenil Urbano e Rural realizado pela UFPB, conta a história dealguns pequenos trabalhadores de Mercadinhos do Bairro Mutirão na cidade de Bayeux/Paraíba, que “consomem” sua vidas notrabalho, sem que outras áreas como educação, lazer (o brincar), tão essenciais nessa faixa etária, sejam investidas numa medidaminimamente aceitável. Optou-se em enfocar, dentre os vários efeitos negativos que o trabalho precoce pode acarretar, àquelesrelacionados à vida escolar. O vídeo penetra no cotidiano do Mutirão, um bairro pobre com uma população atual de 25 mil habitantes eque se constituiu a partir de famílias oriundas de favelas de João Pessoa, lançando luz sobre a trajetória de algumascrianças/adolescentes “aprisionadas” pelo trabalho dos mercadinhos. A matéria prima do vídeo, foi uma pesquisa realizada junto aosmercadinhos do bairro com o intuito de mapear o trabalho precoce, as condições em que este é exercido, o reflexo que trazem à vidaescolar e às relações familiares e o futuro (os sonhos) que esse contexto permite vislumbrar. A pesquisa abrangeu 28 crianças eadolescentes (meninos e meninas) que trabalham em 16 dos 23 mercadinhos do bairro. No processo de investigação participaram,também, sete adolescentes que integram o projeto “O futuro depende de nós” da Fundação Dom Hélder Câmara. Alguns dadoschamam atenção: 93.4% dos entrevistados começaram a trabalhar na faixa etária de 7-13 anos; 26.7% têm de 12-14 anos e 53.3% de15-16 anos; as funções em que trabalham são caixa, arrumador, entregador, entre outras; o salário semanal para 80% dascrianças/adolescentes não ultrapassa trinta reais. No que tange a vida escolar 66.7% já repetiram alguma série, 50% dormem duranteas aulas, 57.1% consideram-se entre os piores rendimentos da turma, 86% freqüentam turmas com 40-50 alunos, 60% tem pelomenos dois anos de defasagem escolar. Essa realidade é exposta nos depoimentos recolhidos que estampam o dano que o trabalhoprecoce pode ocasionar na vida das pessoas. Por último, a pesquisa e o vídeo são instrumentos que subsidiarão a montagem deprojetos de intervenção da Fundação Dom Hélder Câmara e do Sindicato dos Comerciários de João Pessoa.

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TRABALHO

086208632PROJETO CONSTRUINDO UMA POLÍTICA DE TRABALHO COM O SISTEMAPENITENCIÁRIO DA PARAÍBAMarconi Edson Lira de Amorim*, Maria de Nazaré Tavares Zenaide**, Almira Almeida Cavalcante***, GecismárioCosta Gomes***, Evaneide Albuquerque Santos****, Bárbara Silva Cabral****, Joelma Silvestre Medeiros deAmorim*****UFPB

O Projeto Construindo Uma Política de Trabalho com o Sistema Penitenciário da Paraíba existe desde de 1997, tendo em vista acomplexidade de funcionamento do Sistema Penitenciário do estado, sem um programa permanente de capacitação profissional e deações ressocializadoras que possam favorecer a profissionalização e ocupação da massa carcerária e que garanta o plenofuncionamento das unidades prisionais, bem como, o cumprimento das regras mínimas consolidadas no Programa Nacional de DireitosHumanos. O seu objetivo maior é fortalecer a construção da política de trabalho e institucional que vem sendo implementada noSistema Penitenciário da Paraíba através de ações de qualificação profissional e assessoramento técnico, contribuindo decididamentepara o resgate da auto-estima e cidadania dos detentos,preparando o encarcerado para o reingresso junto à sociedade e sua inserçãono mercado produtivo. Um outro aspecto relevante deste projeto é a possibilidade da remissão de pena do encarcerado, através dotrabalho, bem como, a geração de renda. Mediante convênios, terceirização da mão-de-obra prisional por empresas públicas eprivadas, além da comercialização da produção de bens serviços geradas nas oficinas produtivas do Sistema Prisional. Com omonitoramento dos alunos bolsistas da UFPB. O Projeto articula como estratégias metodológicas ações de ensino, através de cursosde extensão, de alunos como estagiários e bolsistas de extensão, ações de assessoria e monitoramento de projetos junto à Secretariada Cidadania e Justiça, relacionados ao trabalho no Sistema Penal. A metodologia de trabalho envolve atividades de divulgação,sensibilização, mobilização, aulas teóricas e práticas, articulação institucional com empresas públicas e privadas, objetivando aterceirização de atividades produtivas com a mão-de-obra do presidiário, levantamento de aptidões, seleção e acompanhamentoprático, elaboração de projetos para estabelecimento de convênios e parcerias, entre outras. Para atingir o objetivo da proposta vêmsendo utilizados os seguintes procedimentos: reuniões com diretores e técnicos dos presídios envolvidos no projeto, aulas teóricas epráticas, reflexões e exposições de vídeos, dinâmicas de grupo, distribuição de apostilas, acompanhamento e monitoramento dasoficinas produtivas, feitos por alunos bolsistas, técnicos e professores da UFPB, reuniões sistemáticas de planejamento e avaliaçãocom técnicos, docentes e alunos bolsistas, acompanhamento, através de reuniões, visitas e supervisões aos presídios e levantamentobibliográfico na área e pesquisa. Como resultados obtidos, podemos evidenciar: ampliação de vagas no Sistema Prisional, geração deocupação e renda, resgate da auto-estima, remissão de pena, qualificação profissional, humanização nas unidades prisionais ereinserção social.* Coordenador; *** Sub-coordenadora; *** Aluno bolsista PROBEX; **** Aluno extensionista voluntário; ***** Extensionista colaborador.

088808654A CONSTRUÇÃO DO PROJETO DE VIDA DE INDIVÍDUOS EM CONFLITO COM A LEI: APROPÓSITO DE UMA ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL.Ana Paula Lima da Silva 1([email protected]), Fabianno Andrade Lyra 1([email protected]), Prof. Dra. Mariade Fátima F. Martins Catão 2([email protected])UFPB

Introdução: A prisão, através da privação de liberdade, tem como função maior à reeducação social. Aliado a esta privação está o trabalho, queadquire, dentro deste sistema, uma conotação especial, na medida em que procura ser uma alternativa de recuperação nas penitenciárias(Foucault,2000). Discute-se neste estudo, como o indivíduo, em conflito com a lei, constrói seu projeto de vida, perpassado pela sua relaçãofrente aos projetos ocupacionais, existentes no Estado da Paraíba. Esta temática é parte integrante do projeto de investigação científica decaráter de extensivo, intitulado "Projeto de Vida e Trabalho na Exclusão Social: coletivos em conflito com a lei que prestam serviço eminstituições da Grande João Pessoa" que objetiva compreender o significado do trabalho construído junto a práticas institucionais, paraposterior intervenção no campo temático. Objetivo: Identificar o significado do trabalho, realizado nos projetos ocupacionais, verificando se omesmo é uma ocupação de tempo ou uma apropriação para a construção de um Projeto de Vida e a partir daí intervir no sentido deproporcionar uma orientação para a construção deste projeto. Dessa forma, este trabalho informativo visa a promoção de uma postura dequestionamento nos detentos diante das informações apreendidas. Metodologia: Para tanto, utiliza-se vinte indivíduos em conflito com a lei,entre homens e mulheres, em regime semi-aberto ou liberdade condicional, que prestam serviço, através do projeto "O Trabalho Liberta", emuma Companhia de Saneamento e Abastecimento de Água e no Departamento de Trânsito da Paraíba. Como instrumentos para a presentepesquisa/extensão são utilizados: entrevista do tipo semi-estruturada, questionário de Registro Organizacional e Dinâmicas de Grupo.Resultados: Observa-se que os indivíduos em conflito com a lei apreendem, predominantemente, seus trabalhos como uma ocupação detempo, não havendo uma apropriação desse para a construção de um Projeto de Vida. Assim, verifica-se a necessidade por parte dosapenados em conciliar o trabalho que realizam, nos projetos ocupacionais, com vista à reinserção social, com suas perspectivas de vida,fazendo-se necessário a realização de um trabalho de orientação profissional, onde se desenvolva um trabalho informativo no sentido de searticular as construções mentais dos detentos acerca da construção de um Projeto de Vida com suas práticas institucionais.1.Alunos do curso de Psicologia da UFPB e integrantes do Núcleo de Pesquisa e Intervenção sobre Indivíduos, instituições eRepresentações Sociais; 2.Professora doutora do Departamento de Psicologia da UFPB e Coordenadora do Núcleo de Pesquisa eIntervenção Sobre Indivíduos, Instituições e Representações Sociais.

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TRABALHO

O PERFIL DA MULHER MICROEMPREENDEDORA DO BAIRRO DO JACINTINHO -MACEIÓ/ALAlexandra Maria Rios Cabral Gouveia, Elvira Simões Barreto, Keylle André Bida de Lima, Márcio Jorge PorangabaCostaUFAL / Associação Comercial de Maceió – AL/ SEBRAE – AL/

Pretende-se com esse trabalho traçar o “Perfil da Mulher Microempreendedora do Bairro do Jacintinho”, um dos mais populosos deMaceió/AL. Trata-se de uma pesquisa que integra o convênio Associação Comercial de Maceió/SEBRAE/UFAL, com vistas aimplantação de uma instituição de microcrédito nesta cidade. Foram entrevistadas, a partir de uma amostra aleatória 300 mulheresempreendedoras residentes no referido bairro, o que possibilitou identificar aspectos sócio-econômicos de suas atividades, tanto emtermos da situação atual como perspectivas. Seus resultados subsidiarão a implantação de um banco de dados, de suma importânciapara a continuidade do referido convênio.

090708697CIPMOI - CURSO DE PREPARAÇÃO DE MÃO-DE-OBRA INDUSTRIALFlavio Hara - [email protected], Escola de Engenharia Coordenador Geral do CIPMOI e área Instalações Elétricas;Professor Lúcio Flávio S. Villar, [email protected], Coordenador área Construção Civil; Alexandre Q. Bracarense,[email protected], Coordenador área Soldagem.CIPMOI

OBJETIVO - O CIPMOI oferece aos operários das áreas de construção civil, elétrica e mecânica uma oportunidade para adquirir noçõesteóricas sobre os serviços que realizam, promovendo um maior sentido ao seu trabalho, além de discutir à sua realidade sócio-política.METODOLOGIA DE ENSINO empregada nas aulas são: aulas ministradas através de vídeos, retroprojetor, projetor de slides; aulas comapresentação de projetos técnicos e maquetes; aulas em laboratórios; visitas técnicas às empresas, seminários e palestras. São promovidosdebates sobre temas da atualidade, bem como atividades culturais ao longo do curso. A carga horária é dividida entre habilidades básicas eespecíficas. Estas habilidades são integradas a partir da formulação de um cronograma de execução que prevê os pré-requisitos entre asdiversas disciplinas. Os critérios para aprovação em cada disciplina são por Pontuação. Cursos oferecidos: Encarregado Geral de Obras; Tempor objetivo a formação de mão-de-obra para a construção civil, fornecendo a pedreiros, carpinteiros e armadores conhecimentos ecapacidade técnica para atuarem em seu campo de trabalho. Eletricidade de Baixa Tensão; Torna o profissional apto a desempenhar as maisdiversas funções atuando como eletricista e/ou ajudante no setor industrial, desde a execução até a manutenção de projetos elétricosSoldagem Geral; Capacita mecânicos, soldadores e ajudantes a elaborar e executar procedimentos de soldagem nos diversos setores daindústria. RESULTADOS DO TRABALHO - Criado em 1957, completando 45 anos de extensão universitária numa de suas formas maisdiretas de ação social transformadora, formou cerca de 4.482 alunos até 2001. O reconhecimento do mercado de trabalho em relação aosprofissionais que se formam pelo CIPMOI é percebido através da análise do número de candidatos que se inscrevem anualmente (cerca de1300) para o preenchimento de 225 vagas. A experiência relata que o CIPMOI tem alcançado tanto os trabalhadores que atuam ou moram naregião metropolitana da grande BH. Outro dado importante, é o desejo, manifestado por grande parte dos alunos que cursaram o CIPMOI, devoltar a estudar e concluir sua formação básica, elevando seu nível de escolaridade. Muitos chegam a realizar tal projeto, enfrentandosupletivos noturnos ou até mesmo, escolas de educação convencional. Há inclusive alunos que se tornaram universitários. Gerou umadissertação de mestrado.

091908692CURSO DE CAPACITAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE RECURSOS HUMANOS PARA OSSERVIÇOS DE ALIMENTAÇÃO DO SHOPPING GUARARAPES-JABOATÃO DOSGUARARAPES- PEAlexsandra Maria de Siqueira*, Ana Patrícia da Silva*, Ana Emília Borba Ferreira da Silva*, Laura Galvão de SouzaLeão* , Joseana Maria Saraiva**, Irineide Texeira de Carvalho**, Tereza Deiró**UFRPE/Shopping Guararapes/Associação dos Dirigentes Lojistas

Preocupados com os riscos de contaminação que os serviços de alimentação geralmente expostos através do ambiente, dosmanipuladores e com a segurança alimentar e atendimento a sua clientela, o Shopping Guararapes através da Associação dosDiretores Lojistas em parceria com professores e alunos da UFRPE desenvolveu um trabalho objetivando a capacitação e odesenvolvimento de recursos humanos para profissionais responsáveis pelo pré-preparo, preparo e comercialização de alimentos dapraça de alimentação deste Shopping. O primeiro módulo foi desenvolvido nas salas do espaço cultural do Shopping com duração de12 dias consecutivos e uma carga horária de 36 horas. 12 funcionários foram treinados a manipular alimentos, obedecendo aosrequisitos de higiene necessários a um bom atendimento a clientela. Para o treinamento foram utilizados recursos áudio visuais como:vídeos, transparências, álbum seriado e atividades práticas de microbiologia como: cultivo em placas de petrifilme 3M de bolores eleveduras e de contagem total de microrganismos mesófilos aeróbios, além de estudos dirigidos para confecção de um manual de boaspráticas específico para cada loja a qual pertencia cada funcionário. Todas as atividades tiveram a participação dos capacitadores.Como uma forma de exercício para a prática profissional. Os funcionários treinados mostraram-se motivados devido a pontualidade efreqüência nas aulas bem como a participação nas atividades. Houve uma mudança de postura em relação a aplicação dosconhecimentos adquiridos tanto do ponto de vista de segurança alimentar quanto no atendimento a clientela observados a partir dosdepoimentos vivenciados nas aulas teóricas e práticas e através do manual de boas práticas por eles confeccionados. A repercussãopositiva do primeiro módulo do curso foi percebida pelo interesse dos demais proprietários das lojas em solicitar que o projeto tenhacontinuidade para capacitação do maior número possível de funcionários.

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TRABALHO

093708707FLEXIBILIZAÇÃO DO TRABALHO E INFORMALIDADEMaria de Lourdes Souza Leite, Gisania Carla de Lima, Eliana Monteiro Moreira (orientadora)UFPB

(INTRODUÇÃO) Este estudo foi realizado com famílias que habitam em duas áreas de favelas da cidade de João Pessoa. Analisar aproblemática da desigualdade social no sentido de verificar quais os rebatimentos que esta situação tem provocado sobre os moradores dascomunidades São Rafael e Pe. Hildon Bandeira em termos de condição de trabalho e quais as estratégias por eles adotadas para prover asnecessidades materiais da unidade familiar foram os objetivos perseguidos por este trabalho.(METODOLOGIA) Para obtermos informaçõesdestes moradores em seus próprios contextos trabalhamos com observação e entrevista de roteiro semi-estruturado considerando ser este uminstrumento que permite a obtenção de um material extremamente rico para o atendimento das questões que nortearam nossa investigação.Por outro lado este tipo de entrevista permite ao entrevistado maior liberdade para expressar suas imagens, evocações sobre suas condiçõese experiências de vida Como se trata de uma pesquisa qualitativa não nos baseamos em critérios estatísticos rigorosos para a seleção denossos entrevistados. Assim na escolha dos sujeitos procuramos incluir informantes que pelos nossos contatos prévios foram sinalizandoserem expressivos no atendimento de nossos objetivos. Para efeito de complementar nossas informações sobre as áreas escolhidas emtermos da população residente, procedência, inserção ocupacional entre outros foram contactados algumas instituições que desenvolve algumtipo de prática social junto as populações pobres ligadas a questão do trabalho e geração de renda como Secretária do trabalho e Ação Social– SETRAS, Secretaria do Trabalho e Promoção Social –SETRAPS, Fundação de Ação comunitária – FAC entre outras.(RESULTADOS) Combase nos dados obtidos constatou-se que os moradores das comunidades referidas vivem enfrentando uma luta sem trégua na busca detrabalho. Na ausência de algum mais regular são nas mais diversas formas de “virações” que procuram encontrar meios para prover asnecessidades materiais da família. Os espaços da casa tem sido em geral utilizados para realização de algum tipo de atividade: pequenospontos para vendas de frutas, verduras, material de limpeza; serviços de embelezamento: manicure, pedicure e cabeleireiro; vendas deembalagens para presentes, venda de roupas, de artigos em crochê, confecção de salgados, sorvete e din-din; venda de comidas típicas:tapioca e pamonha; serviços de enfermagem: aplicação de injeção e curativos; serviços de lavagem de apartamento.(CONCLUSÕES) A partirdos dados obtidos concluímos que para sobreviver esses moradores procuram reinventar diariamente seus cotidianos, enfrentando o desafiode buscar sempre novas de ocupação através dos quais vem assegurando a subsistência da família. Constatamos também a inexistêncianessas áreas de algum tipo de programa de geração de renda de forma a criar oportunidades mais efetivas a essas populações de saírem dasituação de precarização que estão expostos.

095608732UNICAMPUS - UMA EXPERIÊNCIA DE GESTÃO COOPERATIVISTA APLICADA ÀPRODUÇÃO AGROPECUÁRIAGenyson Marques Evangelista, Giane Xavier de Oliveira e Rucélio Gomes SarmentoUFPB

Este projeto de extensão, o qual vem sendo desenvolvido há quase dois anos, tem como objetivo principal implantar uma Cooperativaque funcione como uma escola de formação de técnicos em gestão de empresas cooperativas a partir da infra-estrutura produtiva doCentro de Formação de Tecnólogos da Universidade Federal da Paraíba, no Campus IV, no município de Bananeiras.A referidaCooperativa - a UNICAMPUS é constituída por alunos dos cursos de Administração e Licenciatura em Ciências Agrárias (de nívelsuperior) e de agropecuária e agroindústria (de nível técnico). Sua função atualmente é administrar a produção e a comercialização detrês dos oito setores produtivos daquele Campus universitário: caprinocultura (leite), avicultura alternativa (ovos de galinha caipira) eagroindústria (queijos, doce de leite e manteiga) A segunda etapa do projeto, a se iniciar no próximo ano, é levar os alunos que estãosendo formados pela UNICAMPUS às suas comunidades de origem, normalmente de base rural, e prepará-los para o mercado detrabalho no segmento de empresas cooperativas.

101608797EXTENSÃO NA UFRGS: ECONOMIA POPULAR E SOLIDÁRIA E GERAÇÃO DE TRABALHOE RENDAGilmar Godoy GomesUFRGS

O Núcleo de Economia Popular e Solidária – NEPS – instalado oficialmente pela portaria nº367, de 04 fevereiro de 2000, se constituinum espaço para o desenvolvimento da indissociabilidade acadêmica (extensão, ensino e pesquisa) com a participação detécnicos/técnicas, acadêmicos/as e docentes e com objetivo de facilitar a articulação, interlocução e interação de demandas popularesna área da Economia Popular e Solidária com esta Universidade. Entendemos que esta relação com a sociedade através da Extensão,e principalmente com as camadas concretamente excluídas do desenvolvimento do conhecimento acadêmico (e portanto daelaboração e aplicação de tecnologias) e de políticas públicas das mais diversas áreas (de saúde, educação, habitação, econômicas,culturais e sociais) é indissociável do ensino e da pesquisa .Nossa perspectiva se traduz na possibilidade de trocarmos conhecimento(acadêmico x popular), de resgatar o saber acumulado dos trabalhadores/as e resignificarmos determinados processos de produção eelaboração do trabalho e de gestão de negócios. Nosso trabalho tem sido o de formar, assessorar e acompanhar as iniciativaspopulares que tenham o cunho COOPERATIVO, COLETIVO e SOLIDÁRIO, isto é, Empreendimentos populares e solidários parageração de renda e de trabalho. Nossa investida nesta área não é permeada apenas pela possibilidade de inserir estestrabalhadores/as novamente no mercado de trabalho. Mas, principalmente pelas alternativas que este tipo de projeto (CooperativasPopulares) possam proporcionar, como: Novas formas de gestão do trabalho – trabalho cooperado e autogestão; Novas relações detrabalho – trabalho coletivo; Novas relações humanas – trabalho solidário; Relação direta entre trabalho e educação continuada;

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Melhor qualidade de vida para todos cooperados, não tendo como objetivo final a mais valia ou o acúmulo de capital. Dentro destaperspectiva, temos desafiado diversos segmentos desta Universidade a se engajarem nessa demanda social concreta, fortalecendo ocompromisso social desta Universidade com comunidades normalmente excluídas dos processos de desenvolvimento de tecnologias eprodução de bens materiais. Isto possibilita, também, realizar a indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão, trazendo para asCooperativas e Cooperados o respaldo de um centro de produção de saber e desenvolvimento tecnológico.Um projeto com estascaracterísticas, para que possa ter sucesso, deve necessariamente percorrer alguns caminhos, tais como: Pré-diagnóstico,mapeamento do público alvo considerando as expectativas, estratégias de sustentabilidade, necessidades e viabilidade demobilização; Organização popular/comunitária (aqui pode-se aproveitar a organização da comunidade para sua participação noOrçamento Participativo), mobilização do grupo em processo de formação de Cooperativa; Fomento de cursos de formação,qualificação e aprimoramento sobre cooperativismo/associativismo, mercado, formas de trabalho, autogestão, cidadania, relaçõeshumanas, etc., mas fundamentalmente o incremento de um processo de educação contínua; Planejamento conjunto do processo deviabilidade do Projeto: identificação do mercado, viabilidade econômica, construção de indicadores, inserção no mercado ou redealternativa, administração do projeto, contabilidade e avaliação; Incubação, fundação e acompanhamento da Cooperativa Mista deTrabalhadores/as do Extremo Sul; Incubação, fundação e acompanhamento da Cooperativa Mista de Produção, Trabalho e ConsumoCompras Coletiva LTDA; Fundação da Central de Cooperativas e Associações Autogestionárias de Economia Popular e Solidária doEstado do RS, dia 04 e 05 de agosto de 2000 na UFRGS; Participação do Núcleo em Seminários Estaduais e Nacionais sobreEconomia Solidária, como painelistas ou relato de experiências; Organização do Seminário Economia Solidária, II Salão de Extensãoda UFRGS e da Feira de Economia Solidária/Julho/2000, 12 Cooperativas expuseram e negociaram seus produtos durante três dias noCampus Central da UFRGS. Assessoria e acompanhamento da Cooperativa de Pescadores da Ilha da Pintada (Z5); Incubação,assessoria e acompanhamento da Cooperativa Mista de Meninos/as oriundos da FASE, antiga FEBEM; Assessoria eacompanhamento da Rede de negócios solidários realizado pela Cooperativa Compras Coletivas; Ciclo de debates nas comunidadesfiliadas a Cooperativa Compras Coletiva, segundo semestre do corrente. Incubação, assessoria da COOPAL (Cooperativa Mista daIlha dos Marinheiros); Parceria com Secretaria Estadual do Trabalho e Assistência Social (STCAS) para o desenvolvimento doPrograma “Coletivos de Trabalho”; Parceria na elaboração e lançamento do Livro: ONDE ESTÁ O DINHEIRO?: Movimento MosaicoMonetário, livro escrito por vários autores nacionais e internacionais.

101708799AS COMISSÕES MUNICIPAIS DE EMPREGO NO ESTADO DE PERNAMBUCO: ANÁLISE DEPERFIL E DESEMPENHO DOS CONSELHEIROS*Ana Paula Amazonas Soares** e Ana Maria Navaes***UFRPE

A CME – Comissão Municipal de Emprego - é caracterizada no contexto das políticas públicas como organismo tripartite e paritário,onde estão representados: governo, empregadores e trabalhadores, cuja formação pressupõe, na visão dos formuladores de políticaspúblicas que têm como suporte operacional os conselhos gestores, a existência de grupos socialmente organizados ou com tendênciasà organização que possibilitem uma rápida resposta a incentivos para formação desses espaços. Uma breve análise sobre o perfil edesempenho das CME no Estado de Pernambuco, no período de 1997 a 2001, mostra que a missão desses novos sujeitos políticos,segundo a definição de FRANCO (1998), vem sendo cumprida timidamente, e exerce pouca, ou nenhuma, influência nas discussõeslocais sobre os programas patrocinados pelo FAT – Fundo de Amparo ao trabalhador – tanto do PEQ – Programa Estadual deQualificação Profissional – como no PROGER – Programa de Geração de Emprego e Renda – ou ainda para o Micro-Crédito. Essecomunicado, analisa dados da pesquisa sobre perfil e desempenho dos Conselheiros Municipais de emprego, aplicada para umuniverso de 106 conselheiros, representando 59 comissões de um total de 93 comissões formadas no Estado de Pernambuco em umperíodo de 5 anos. Evidencia-se, entre outros aspectos, que parte das dificuldades enfrentadas está relacionada à incompatibilidade deperfil dos representantes das bancadas com as competências atribuídas ao papel de Conselheiro Municipal.* Pesquisa aplicada em 2001 como parte do projeto desenvolvido através do convênio UFRPE/FADURPE/SEPLANDES-PE, noperíodo de 1997 a 2001. ** Economista, Mestre em Economia, professora da UFRPE/DLCH. *** Comunicóloga, Mestre emComunicação Rural, Coordenadora do Projeto, UFRPE/DLCH.

1020081001CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEMMaria Auxiliadora da Cruz Lima*EEM

A assistência de Enfermagem é implementada por uma equipe composta de enfermeiro, técnico e auxiliar de enfermagem. Oenfermeiro é o líder e o responsável técnico da assistência e os técnicos contribuem para uma efetiva assistência à saúde dapopulação nos diversos níveis de assistência e, portanto devem representar força de trabalho qualificada e indispensável paraassegurar a qualidade dessa assistência. O projeto de curso para formação de Técnicos em Enfermagem, na condição de Projeto deExtensão Auto - Sustentado, foi uma alternativa da Escola de Enfermagem de Manaus (EEM) para continuar contribuindo com acomunidade como vinha fazendo há 50 anos de sua existência, formando jovens para o mercado de trabalho da área da saúde tãonecessitado e ao mesmo tempo, sugerindo mudanças na assistência de enfermagem porque busca a qualificação e a excelênciadesse profissional. Garante assim a população, uma assistência de enfermagem de qualidade, principalmente se a organização e acapacidade instalada dos serviços de saúde reconhecem os direitos de cidadania da sociedade. A capacidade de formação da EEM éde 60 alunos que foram selecionados pela CONVEST, num contingente de cerca de 700 candidatos. O curso foi planejado para serdesenvolvido de forma intensiva, com duração de 15 meses, com jornada diária de 6 horas, no horário de 15:00 ás 21:00 horas. Ocurrículo é integrado e consta de 09 (nove) disciplinas instrumentais e 08 (oito) específicas de enfermagem denominadasprofissionalizantes Totaliza uma carga horária de 1200 horas teórico/ prático e estágio supervisionado. O curso teve inicio em 10 demarço de 2001 e o término está previsto para final de julho com 56 alunos, isto é, 90 % de persistência ao curso.

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TRABALHO

* Coordenadora do projeto.

102108842ASSISTÊNCIA TÉCNICA PARA O DESENVOLVIMENTO DO TURISMO NA ÁREA RURAL DEOLINDAElayne Mikely Lima Ramos* [email protected]; Tales W. Vital** [email protected]

O objetivo do projeto é ajudar a ampliar o desenvolvimento do turismo rural em Olinda trazendo benefícios para os empreendimentos,através de cursos de capacitação, gerando assim emprego e renda e diminuindo os custos para esses equipamentos turísticos. Outrafinalidade do projeto é a divulgação da área, uma vez que, dessa forma poderá contribuir para melhorar a via de acesso e a oferta deenergia elétrica, bem como atrair novos investimentos turísticos para o local. A Área Rural de Olinda é uma área bastante ampla tantono seu aspecto cultural como no aspecto sócio-econômico. Apresenta em seu contexto atividades turísticas que precisam serconhecidas e exploradas. A Área dispõe de um grande acervo cultural e histórico de Pernambuco, lá reside o Mestre Salustiano, o paido Maracatu Baque-Solto e o criador da rabeca, um grande colaborador da memória dos folguedos como: bumba-meu-boi,mamulengos, ciranda, coco-de-roda, cavalo-marinho. Também há um grande polo de atividades de lazer como um Hotel com trilhasecológicas. O Pesque-Pague Coqueiral que contém uma grande estrutura de lazer com seis lagos com uma grande variedade depeixes. Granjas com atrativos silvestres e produção de doces caseiros e comidas regionais, dentre outros. O projeto tem comoprincípios metodológicos a mobilização social em parcerias com órgão públicos e privados e procura beneficiar a comunidade comcursos de capacitação.O projeto foi iniciado em julho de 2002 e já obteve alguns resultados como apoio da EMPETUR em colocar aárea no seu inventário turístico para divulgação. A bolsista realizará no mês de setembro dois cursos de Atendimento ao Cliente eApresentação Pessoal e Animação e Recreação, para os funcionários dos equipamentos turísticos e os participantes da Associaçãodos Pequenos Produtores Rurais da Área Rural de Olinda (APARO).*Graduanda do curso de Economia Rural, bolsista de extensão da UFRPE; **Dr. em Economia, Prof. do DLCH- UFRPE, orientador.

112808962EXERCITANDO A CIDADANIA NO CAMPO: UM OLHAR E UM COMPROMISSOMULTIDISCIPLINAR EM ÁREA DE OCUPAÇÃO DO MOVIMENTO DOS TRABALHADORESRURAIS SEM TERRASônia Fátima Schwendler; Claudir José Daltoé; Terezinha Maria Mafioletti; Jefferson de Oliveira Salles; FrancieleJaqueline Gazola da Silva; Rogério Miranda Gomes; Anna Jungbluth.UFPR

O presente trabalho busca relatar a última fase de desenvolvimento do Projeto “Exercitando a Cidadania no Campo: um olhar e umcompromisso multidisciplinar em área de ocupação do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra”, construído junto com acomunidade de Trabalhadores Sem Terra do Assentamento São Joaquim. O projeto que se iniciou em 1995, teve por objetivocontribuir por um lado, com a viabilidade sócio-econômica do assentamento e, por outro, com a inserção da universidade na realidadedos movimentos sociais. O trabalho teve como abordagem metodológica a pesquisa-ação, construída a partir da participação dacomunidade e universidade, bem como do exercício da interdisciplinariedade. Busca-se, portanto, para finalizar o Projeto, asistematização de todo um processo de ação-reflexão-ação, no sentido de devolver à comunidade, de forma refletida e organizada, otrabalho desenvolvido ao longo do Projeto e de socializar com os demais sujeitos a experiência de construir coletivamente a cidadania,buscando-se dessa forma, contribuir para que práticas com esta se tornem rotina nas diferentes universidades, possibilitando aosmovimentos sociais a possibilidade de ter, como referência o saber e o engajamento acadêmico nas questões que tangem a realidadede uma parcela significativa de nosso país.

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113708989A UFPB E O UNISOL/XINGÓ - UMA EXPERIÊNCIA DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIAJoselito Querino Dias; Kleber Salgado Bandeira; José Alberto Silva; Tárcio Handell da S. P. Rodrigues; ThadeuVinicius S. Custódio; Jordânia M. S. Benvinda; Raquel L. Calado; Willmar Cristians da S. P. Rodrigues; Gicélia S.Leite; Rodrigo C. Almeida; Tamara Dayse B. Aguiar; Bruno C. Figueiredo; Iánglio Márcio T. D. Jácome; Daniela B.Costa; Jacques Z. Souza; Bruna P. Nogueira e Raimundo Rodrigues da Silva Filho.UFPB

A extensão para exercer o seu papel de articuladora do ensino e da pesquisa, elo entre a Universidade e a Sociedade e medidoraentre o saber acadêmico e o saber popular, precisa respeitar os princípios norteadores para a política de extensão das UniversidadesPúblicas.O Projeto UniSol/Xingó, possibilita a Universidade a promoção das ações extensionistas junto às comunidades de baixo poderaquisitivo; especificamente para a região do Xingó, foram determinadas ações que visem à geração de emprego e renda, mas para seconseguir tal objetivo, necessário se faz a minimização dos graves impactos dos indicadores sociais, sempre presentes nesta região.Aceitando o desafio a UFPB, resolveu participar também deste Programa, visto que tem a necessidade de melhor realizar a prática daextensão universitária, possibilitando tanto aos alunos quanto às comunidades, não só da área de sua existência, mas também ondeela possa atuar, repassando os seus conhecimento e vivências para quem de direito, independente da região onde esteja inserido. Aequipe de Campo foi composta de 14 alunos, o Coordenador do Trabalho de Campo e um Professor de Educação Artista. Os cursosparticipantes foram Administração, Agronomia, Zootecnia, Educação Artista, Engenharia de Alimentos, Medicina, Odontologia,Pedagogia e Química Industrial. Foi realizado no município de Santa Brígida/BA, teve a duração de 21 dias (22/05 a 11/06/02). Durantea realização do trabalho de campo, foram realizadas diversas ações, das quais destacamos a realização da feira cidadã, na cidade enos povoados Minuim e Caraibeiras, mostrando aos munícipes as ações objeto do UniSol, tais como: Verificação de pressão arterial,informações sobre saúde da mulher, DST, AIDS, métodos contraceptivos, práticas de higiene bucal, teatro de bonecos, sistemas deprodução agropecuárias - práticas de higiene e saúde do rebanho animal, com ênfase para a erradicação da linfadenite caseosa, - "maldo caroço" em caprinos e ovinos, manejo produtivo e reprodutivo, práticas agrícolas - sistemas de irrigação (gotejadores e "mandala"),produção de hortaliças, controle de pragas; organização da cadeia produtiva - associações e cooperativas; noções de educaçãoambiental - coleta e reaproveitamento do lixo - patrulha ambiental; alimentação alternativa - multi-mistura, além de trabalhos sobre

autoestima.Sendo o trabalho de campo uma seqüência de 4 equipes de campo, concluímos a primeira etapa, restando ainda mais 3equipes; mas sob o ponto de vista do que foi planejado/executado, salientamos que a receptividade por parte da comunidade, ajudou,sobremaneira, na construção dos parâmetros necessários ao bom desempenho das ações desenvolvidas e/ou implementadas, duranteo trabalho de [email protected];

TRABALHO INFANTIL: EDUCAÇÃO ATRAVÉS DAS IMAGENS: UMA PROPOSTA DEINTERVENÇÃO NA SOCIEDADEJosé Roberto Pereira NovaesUFRJ

Este projeto tem como pressuposto o trabalho com jovens e educadores visando o aprimoramento do exercício da cidadania ativaatravés da luta pelo cumprimento do princípio constitucional de que todos os cidadãos são portadores de direitos, independentementede sua etnia, gênero ou condição social. Nossas primeiras pesquisas sobre o tema foram utilizadas para roteiros de vídeos sobre otrabalho das crianças na agricultura: “Meninos da Roça”, (18’), e “Sonhos de Criança”, (16’). Em 1995, com apoio da UNICEF,elaboramos o projeto "Exploração Infantil: Educação através das Imagens" com o objetivo de: - estimular a reflexão sobre o lugarreservado à criança e ao jovem na sociedade, particularmente no que diz respeito ao trabalho, a educação e ao direito, - aprimorarformas de intervenção de grupos de jovens e educadores na realidade local, - integrar atividades de pesquisa, extensão e ensino, nasUniversidades. A partir de 1996 este projeto tornou-se itinerante. Com o apoio da Organização Internacional do Trabalho e em parceriacom entidades locais o projeto foi realizado em diferentes cidades. Estivemos com este projeto em 40 municípios, dentre os quaisdestacamos Belém, Recife, Salvador, Feira de Santana, João Pessoa, São Paulo, Campinas, Brasília, Rio de Janeiro, Porto Alegre,Goiânia. A partir de 1999 o projeto foi interiorizado no estado do Rio de Janeiro em parceria com Secretarias da Educação, do Trabalhoe da Promoção Social do governo estadual, prefeituras, movimento sindical, ONGs, Universidades, casas de Cultura. O projeto possuium conjunto de atividades integradas: a) Oficina de Treinamento para formação de monitores – 60 horas/aula - para jovens eeducadores que possam assegurar o desdobramento do projeto nas escolas, nas associações, na comunidade, nas igrejas, na família,etc.. b) Oficina de Sensibilização para grupos de jovens e estudantes com o objetivo de socializar informações, aprofundar a reflexão edebate sobre a realidade da infância e da juventude no Brasil; b) Mesas redondas temáticas e palestras visando socializar experiênciasentre entidades governamentais e sindicais, ONGS e outras organizações da sociedade civil; c) Pesquisas locais visando a orientaçãopara formulação de políticas públicas; Atividades Culturais. As atividades são desenvolvidas através do uso das imagens: a) exposiçãofotográfica, 140 fotos PB, que retratam às condições de vida e de trabalho das crianças; b) vídeos produzidos pelo projeto: “MeninasMulheres” sobre situações de crianças e jovens na periferia da cidade de Campinas, “Conversas de Crianças” sobre realidade dascrianças e jovens nas áreas de assentamentos e acampamentos do MST, c) Vídeos produzidos por outras instituições que utilizamosno projeto: “Trabalhadores Invisíveis” sobre trabalho infantil nos canaviais de Pernambuco, Centro Josué de Castro e “Meninos daRoça” sobre trabalho das crianças nos canaviais de Campos RJ – CEDI - e “Sonhos de Crianças” crianças trabalhando nas lavourasem Goiás, confronto entre a legislação e a realidade - CEDI. Alguns resultados contabilizados pelo projeto de 1995 a 2001: 40.000estudantes, agentes comunitários e jovens freqüentaram as oficinas de sensibilização; - 1.200 jovens foram treinados para o exercíciode monitores assegurando a continuidade e o desdobramento do projeto em diferentes regiões do país; - 150 instituições parceirasestiveram envolvidas diretamente com a implantação do projeto em diferentes estados e municípios; - foram realizadas: 460 oficinas desensibilização para estudantes, educadores e trabalhadores rurais em situação de assentamentos; 60 oficinas de treinamento parajovens, professores, representantes de entidades sindicais e do movimento popular; - distribuição do material pedagógico: 1.400 fitasdos vídeos (“Crianças da Roça”, “Sonhos de Crianças” e “Trabalhadores Invisíveis”), 450 fitas dos vídeos (“Conversas de Crianças”-1998 e “Meninas Mulheres” - 1999) entre escolas de ensino médio, universidades e entidades afins.

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094601762TECENDO "CONHECIMENTO" E "EMPODERAMENTO" PARA A ETNOCONSERVAÇÃO EMAGRICULTURA FAMILIAR NO AMAZONAS.Brocki, Elisabete 1,2; Noda, Sandra N. 2,3; Noda, Hiroshi. 2,4. ([email protected]; [email protected]).UEA

O conhecimento é mantido, controlado e gerado por diferentes pessoas em uma sociedade. No meio rural, é dito que os agricultorespossuem “scripts escondidos” que, por razões de suspeitas ou medo, não são falados abertamente (Scott, 1985). Isto ocorre porqueexiste uma relação entre poder e conhecimento que envolve a ação humana, acontecendo em redes de atores e suas instituiçõessócio-politicamente constituídas. Para que pesquisadores, extensionistas e técnicos possam dialogar com agricultores, é necessárioreconhecer as complexidades envolvidas na geração, adaptação e transferência do conhecimento socialmente e politicamentediferenciado, ou seja, lidamos com “múltiplas realidades”. É em “encontros de interface” que os indivíduos ou grupos interagem emdiferentes sistemas sociais e de conhecimento, onde ocorre o enfrentamento dos conhecimentos científico e tradicional. (Long, 1989 ).Então, o “empoderamento” do conhecimento surge como o produto da interação e diálogo processual para o rompimento das relaçõesde dependência e recuperação da capacidade de transformar a realidade local. Portanto, o “empoderamento” em agricultura familiar éum desafio para a etnoconservação no Estado do Amazonas. O trabalho, executado em diversas localidades por equipetransdisciplinar como nos municípios de Manacapuru e Benjamim Constant há 7 anos, visa promover o diálogo entre as populações deagricultores familiares para a apropriação do conhecimento científico de universidades e centros de pesquisa com os objetivos de: (1)revitalizar a cultura local para a organização social das comunidades rurais; (2) abrir, e efetivar comunicações e acessos, tendo oaprendizado como um processo dialógico; (3) instrumentar os agricultores familiares para planejar e agir com vistas a promover asmudanças sociais locais desejadas. Por meio de métodos participativos de pesquisa-ação, são realizadas oficinas de trabalho quelevam à reflexão, mobilização e ação para a etnoconservação. A construção da cartilha de matas ciliares com população deagricultores familiares é um dos exemplos da dialogicidade: (1) profissionais e discentes de ciências agrárias e pedagogia elaboraramconteúdo inicial sobre conservação de ambientes lacustres; (2) em oficinas de trabalho a cartilha, na forma de álbum seriado, foi“traduzida” ocorrendo à incorporação de realidades e conhecimentos locais de cada comunidade, com o resgate da história daorganização local para a etnoconservação de lagos; (3) nova versão do álbum seriado foi apresentada à comunidade para validação eaprovação final. Scott, J.1985. Weapons of the weak: everyday forms of peasant resistance. New Haven, Ct.: Yale University. Long, N.1989. (Ed.) Encounters at the interface: a perspective on social discontinuities in rural development. Wageningse Sociologische Studies, 27. Holanda: Wageningen Agricultural University:1-Diretora de Pesquisa, Pós-Graduação, Extensão e Assuntos Comunitários/ Instituto de Tecnologia da Amazônia-UTAM/ EscolaSuperior de Tecnologia – Universidade do Estado do Amazonas – UEA; 2-Núcleo de Estudos Rurais e Urbanos Amazônico, NERUA;3- Coordenadora de Extensão do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia – INPA; 4- Coordenador da Pós-Graduação emAgricultura do Trópico Úmido/ Coordenação de Pesquisas em Ciências Agronômicas – CPCA/ INPA

015108054A MEMÓRIA EM NOSSAS MÃOSFrancisco José da Costa Alves e José Roberto NovaesUFRJ

“A Memória em Nossas Mãos”. Tornando vivas as lembranças da “Greve de Guariba”, os personagens deste vídeo documentário falamsobre o presente. Na mais rica região do país, homens e mulheres descrevem, com riqueza de detalhes, as precárias condições devida e de trabalho. Dezessete anos após a greve de Guariba, revisitam sua história, avaliam os ganhos da greve de 84, as perdasimpostas pelas mudanças tecnológicas e pelas novas formas de gestão do trabalho agrícola e constroem alternativas. Ficha técnica:Direção e Roteiro: José Roberto Novaes e Francisco Alves; Fotografia e Edição: José Braz Mania; Música: Fernando Moura; Duração:16 minutos; Ano: 2002

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015108055GUARIBA 1984Francisco José da Costa Alves e José Roberto NovaesUFRJ

“Guariba 1984” O fio condutor do roteiro é a exibição de imagens dos dias da greve de 84 durante inauguração da sub sede dosindicato dos Empregados Rurais de Guariba, no bairro de João de Barro, em agosto de 2001. Realizado no mesmo bairro em que sedestacou a violência policial em 1984, este vídeo documentário registra a preocupação dos sindicalistas de resgatar a história eincorporar a memória do passado nas lutas do presente. Ficha técnica: Direção e roteiro: José Roberto Novaes e Francisco Alves;Imagens de arquivos: TV Manchete, TV Cultura, Centro Ecumênico de Documentação e Informação; Edição: André e Vinícius;Duração: 11 minutos; Ano: 2002; Realização: FERAESP/Instituto Economia – UFRJ/Depto. de Engenharia da Produção – UFSCar;Apoio: UNITRABALHO/Coordenadoria Ecumênica de Serviço – CESE; Fundação Universitária José Bonifácio

093708707PRECARIZAÇÃO DO TRABALHO E ESTRATÉGIAS DE SOBREVIVÊNCIAMaria de Lourdes Souza Leite, Gisania Carla de Lima, Eliana Monteiro MoreiraUFPB

(INTRODUÇÃO) Este estudo foi realizado com famílias que habitam em duas áreas de favelas da cidade de João Pessoa. Analisar aproblemática da desigualdade social no sentido de verificar quais os rebatimentos que esta situação tem provocado sobre osmoradores das comunidades São Rafael e Pe. Hildon Bandeira em termos de condição de trabalho e quais as estratégias por elesadotadas para prover as necessidades materiais da unidade familiar foram os objetivos perseguidos por estetrabalho.(METODOLOGIA) Para obtermos informações destes moradores em seus próprios contextos trabalhamos com observação eentrevista de roteiro semi-estruturado considerando ser este um instrumento que permite a obtenção de um material extremamente ricopara o atendimento das questões que nortearam nossa investigação. Por outro lado este tipo de entrevista permite ao entrevistadomaior liberdade para expressar suas imagens, evocações sobre suas condições e experiências de vida Como se trata de umapesquisa qualitativa não nos baseamos em critérios estatísticos rigorosos para a seleção de nossos entrevistados. Assim na escolhados sujeitos procuramos incluir informantes que pelos nossos contatos prévios foram sinalizando serem expressivos no atendimento denossos objetivos. Para efeito de complementar nossas informações sobre as áreas escolhidas em termos da população residente,procedência, inserção ocupacional entre outros foram contactados algumas instituições que desenvolve algum tipo de prática socialjunto às populações pobres ligadas a questão do trabalho e geração de renda como Secretária do trabalho e Ação Social – SETRAS,Secretaria do Trabalho e Promoção Social –SETRAPS, Fundação de Ação comunitária – FAC entre outras.(RESULTADOS) Com basenos dados obtidos constatou-se que os moradores das comunidades referidas vivem enfrentando uma luta sem trégua na busca detrabalho. Na ausência de algum mais regular são nas mais diversas formas de “virações” que procuram encontrar meios para prover asnecessidades materiais da família. O espaço da casa tem sido em geral utilizado para realização de algum tipo de atividade: pequenospontos para vendas de frutas, verduras, material de limpeza; serviços de embelezamento:manicure, pedicure e cabeleireiro; vendas deembalagens para presentes, venda de roupas, de artigos em crochê, confecção de salgados, sorvete e dindin; venda de comidastípicas: tapioca e pamonha; serviços de enfermagem: aplicação de injeção e curativos; serviços de lavagem deapartamento.(CONCLUSÕES) A partir dos dados obtidos concluímos que para sobreviver esses moradores procuram reinventardiariamente seus cotidianos, enfrentando o desafio de buscar sempre novas de ocupação através dos quais vem assegurando asubsistência da família. Constatamos também a inexistência nessas áreas de algum tipo de programa de geração de renda de forma acriar oportunidades mais efetivas a essas populações de saírem da situação de precarização que estão expostos

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