TRABALHO-ENERGIA-CONSERVAÇÃO-POTÊNCIA-RENDIMENTO-250409
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BSSSB
Prof. Luiz Abelardo Freire - Msc
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TRABALHO ▀
ENERGIA MECÂNICA ▀
CONSERVAÇÃO
DA ENERGIA
MECÂNICA ▀
POTÊNCIA ▀
RENDIMENTO ▀
TEORIA
OS CINCO VALORES HUMANOS (BSSSB)
BSSSB
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TRABALHO (W) E ENERGIA
A 2ª Lei de Newton é o ponto de partida para se chegar ao Trabalho de uma Força Constante, para isso observe a figura 1 e veja a equação 1:
Figura 1
o
o
rtt
vv.ma.mF
(Equação 1)
mas é possível matematicamente multiplicar o segundo membro por
o
o
xx
xx
ficando equação 2:
m
o
o
o
o
o
o
r v.xx
vv.m
tt
xx.
xx
vv.mF
(Equação 2)
dai multiplicando ambos os membros por x − x0 obtém-se a equação 3:
2
vv.vv.mxx.F o
oor
(Equação 3)
nesta equação-3 os físicos nomearam o 1º membro de Trabalho de uma força constante, e a expressão passa a ser a equação 4.
orAB xx.FW (Equação 4)
A definição é: Trabalho (work) de uma força constante é igual ao produto da força pelo deslocamento realizado.
De acordo com a forma que motivou essa nova grandeza é dito que a força constante não é
somente a força resultante rF , mas qualquer força constante que durante o deslocamento
permaneça invariante.
Será feito um esquema no qual a força aplicada F forme certo ângulo com o sentido positivo do
eixo-x. Veja a figura-2.
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Figura 2
Observe que a força aplicada é F
, porém só uma parte dela que é cos.F produz o
deslocamento d , a outra sen.F só faz aliviar o solo de suportar o peso do corpo, então a
expressão mais geral do Trabalho de uma Força Constante será a equação 5.
d.cos.FWAB (Equação 5)
Foi justamente essa equação-5 que deu origem ao que hoje se chama Produto Escalar de dois vetores, não precisa dar tratamento vetorial ao Trabalho de uma Força visto Força e Deslocamento sendo vetores resulta após o produto dos dois um resultado que não depende de direção e sentido, porque se você colocar esse corpo no centro de uma circunferência de raio igual a d, no plano horizontal, e deslocá-lo radialmente, a força que causará o deslocamento estará sempre na direção do raio, ou sua componente estará na direção do raio, daí considerar-se o produto sendo
escalar e não vetorial. Escreve-se, na notação vetorial, conforme a equação 6.
d.FWAB
(Equação 6)
Unidades de Trabalho (Tabela 1):
Tabela 1
Sistema C.G.S. M.K.S.(S.I.) M.KF.S.(S.T.)
Trabalho ou energia erg joule kgm kwh cal CV.h
1 joule 107 1 0,10204 2,78x10-7 0,2392 3,77x10-7
Trabalho ou energia BTU.h kp.m HP.h eV
1 joule 0,000949 0,102 3,78x10-7 6,25x1018
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CÁLCULO DO TRABALHO DE UMA FORÇA NUM PLANO INCLINADO
Figura 3
Com a intenção de facilitar o entendimento será usado o método das indagações, que geralmente é o que se faz quando se quer aprender algo. De acordo com a figura 3 observam-se os itens abaixo.
(1) A força yF , externa, é considerada no cálculo do Trabalho da força F ? Resp. Não, porque ela
não contribui na realização do movimento.
(2) A força xF é uma força externa e por sua vez serve para vencer os obstáculos, ou seja, serve
para fazer subir o corpo, serve para acelerar e serve para vencer o atrito. A pergunta é: Como
escrevê-la em função do peso, da força resultante e da força de atrito? Resposta: Pela figura-3 é possível expressar a força resultante na direção do movimento como
equação 7.
axxr fPFF (Equação 7)
e a força aplicada para subir como equação 8.
arxx fFPF (Equação 8)
que na forma de vetor é o que apresenta a figura-4. Note que a direção dos vetores é a direção do plano inclinado, embora a figura-4 mostre os vetores desenhados numa linha horizontal:
Figura 4
(3) Como encontrar o Trabalho realizado pela força externa F em função de suas partes
arx feF,P ?
Resposta: A equação 9.
AB.fAB.FAB.PAB.fFPABFW arxarxx (Equação 9)
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De acordo com a equação-9 o Trabalho da força xF , no deslocamento AB, é formado de
três parcelas, conforme a equação 10.
atritoWacelerarWPesoWW ABABABAB (Equação 10)
ABW = Trabalho da força externa F = AB.Fx ;
PWAB = Trabalho contra o Peso, ou seja, Trabalho para fazer subir o corpo;
aWAB = Trabalho para acelerar o corpo;
atWAB = Trabalho contra o atrito.
(4) Que significa cada parcela da equação-10?
Resposta: ABW é energia (transmitida ao corpo) então as parcelas são também energias.
Separadamente o que cada uma delas nos informa é:
(a) Na equação-9: ABABx h.Ph.Phh.Psen.AB.PAB.sen.PAB.P .
Bh.P e Ah.P são energias, porém a forma como estão escritas diz que elas dependem somente
da altura na qual se encontra o corpo em apreço, ou seja, é uma energia que depende da posição (ponto). Nesse caso cada uma delas pode ser chamada de “Energia Potencial” e como o peso faz parte de sua fórmula vale acrescentar e finalmente ficar Energia Potencial Gravitacional.
Simbolicamente é:
BBB h.g.mh.PU é o potencial gravitacional no ponto B;
AAA h.g.mh.PU é o potencial gravitacional no ponto A.
O produto Px · AB será chamado de variação de Energia Potencial Gravitacional (equação
11).
h.PU é a Variação de Energia Potencial Gravitacional. (Equação 11)
(b) Na equação-3 e equação-9: AB.a.mAB.Fr , porém o produto AB.a pode ser tirado
da equação de Torricelli e 2
vvAB.a
2
o
2 que substituindo obtém-se a equação 12.
2
o
2
2
o
2
r v.m.2
1v.m.
2
1
2
vv.mAB.F
(Equação 12)
aqui também essas parcelas são energias porém a forma de se escrevê-las não são iguais as da
energia potencial, então como só dependem da velocidade instantânea (velocidade no ponto) será chamada cada uma de Energia Cinética (K); mais uma vez nota-se que não importa se o corpo
(carro,p.ex.) vai para um lado ou para o outro, o resultado da sua Energia Cinética naquele ponto é o mesmo, visto a velocidade estar elevada ao quadrado. Lembrete: a letra K de energia cinética vem do inglês Kinetic=cinético.
2
B mv2
1K ;
2
oA mv2
1K ou para qualquer ponto fica:
2mv
2
1K .
A diferença entre elas é a Variação de Energia Cinética (equação 13).
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2
o
2vvm
2
1K (Equação 13)
Concluindo: A energia gasta (trabalho realizado) para acelerar é igual à variação de energia cinética (equação 14).
KaWAB (Equação 14)
(c) Ficou faltando analisar a terceira parcela AB.fa . Esta parcela significa a energia gasta
para vencer o atrito do corpo com o plano; ou ainda é possível chamar Trabalho contra o atrito, Não confundir com Trabalho de Atrito, que não é o caso no momento estudá-lo visto a preocupação ser com a força externa aplicada por um agente externo, que pode ser a força humana, um motor ou qualquer outra máquina que execute um trabalho. Daí a expressão fica sendo a equação 15.
AB.fatW aAB (Equação 15)
Note que é possível afirmar que esse trabalho contra o atrito não é só o atrito com o plano, mas pode ser incluído o atrito com fluidos (ar, líquidos e outros gases), onde essa força de atrito pode ser encontrada com o nome de “força viscosa” ou “força de atrito do ar”.
(5) Outra pergunta: Como é possível escrever o Trabalho da Força Externa em função do que já foi mostrado? Resposta: Conforme a equação 16.
atWKUW ABAB (Equação 16)
Você pode encontrar essa equação-16, escrita como a equação-17.
BA.fEE aCPAB (Equação 17)
(6) Se num problema for incluído uma mola, como fica a equação-16? Resposta: É só acrescentar mais uma parcela referente à energia potencial elástica, que é, ∆𝐔𝐄.
Veja equação 18.
𝐖𝐀𝐁 = ∆𝐔𝐆 + ∆𝐊 + 𝐖𝐀𝐁 𝐚𝐭 + ∆𝐔𝐄 (Equação 18)
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Gráfico do Trabalho de uma Força Constante
Gráfico 1
A área do retângulo do gráfico-1 entre ox e x é dada pela equação 19.
WF.xxh.bA o (Equação 19)
Conclusão: A área sob a linha do gráfico (Força x deslocamento) dá o Trabalho (W) realizado. E vale para qualquer tipo de curva, apenas no nível Médio de ensino os recursos
matemáticos só permite usar linhas retas, num curso superior o mecanismo ficará mais generalizado.
Trabalho contra a força elástica Inicialmente há uma diferença entre o Trabalho contra a força elástica e o Trabalho da força elástica; o que importa agora é o Trabalho de uma Força Externa e não o Trabalho realizado pela
mola (Força interna) ou outro corpo elástico. A figura 5 ilustra o que foi dito.
Figura 5
Como foi mostrado anteriormente pode-se determinar graficamente o Trabalho de uma força se a função é uma linha é reta; isso acontece com a mola que segue a Lei de Hooke (gráfico 2).
Gráfico 2
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Calculando a área sob a linha fica:
WF.xx.2
1h.b.
2
1A o mas
oxx.kF que substituindo na equação da área vem
a equação -20:
2oxx.k.
2
1W (Equação 20)
De acordo com o gráfico-2 ox é o comprimento da mola livre de tensão; se você quiser escrever a
equação do Trabalho só em função da deformação da mola ( x ou x ) a expressão será a equação
21 ou 22.
2xΔ.k.2
1W (Equação 21) ou 2x.k.
2
1W (Equação 22)
Concluindo: Como a equação do Trabalho Contra a Força Elástica só depende do ponto ( x ) essa
energia fornecida à mola passa a se chamar Energia Potencial, porém como a força é elástica finalmente será chamada Energia Potencial Elástica.
Exemplo: Na figura a seguir, o bloco tem massa 3,5 kg e encontra-se inicialmente em
repouso num ponto da rampa, situado à altura de 1 metro. Uma vez abandonado, o bloco
desce atingindo a mola de constante elástica igual a 10³ N/m, que sofre uma compressão
máxima de 0,25 metros. Sabendo que o experimento foi realizado num laboratório de
física, onde g=9,78 m/s², calcule a energia mecânica dissipada no processo.
Esquema do problema.
Solução:
Dados: m=3,5 kg; 𝑉𝑜 = 0 ; k=10³ N/m ; g=9,78 m/s² ; ∆𝑥 = 0,25𝑚 ;
W(at)=?
Cálculo: A expressão, completa, do trabalho de uma força externa é:
atritoW)mola(WacelerarWPesoWW
No trecho AC: w=0; 𝑊 𝑎 = ∆𝐾; 𝑊 𝑃 = ∆𝑈; 𝑊 𝐹𝑒 =1
2𝑘∆𝑥2
0= 𝐾𝐶 − 𝐾𝐴 + 𝑈𝐶 − 𝑈𝐴 +1
2𝑘∆𝑥2 +W(at)
0 0 0
0=−𝑈𝐴 +1
2𝑘∆𝑥2 + 𝑊(𝑎𝑡)
0=−𝑚𝑔ℎ𝐴 +1
2𝑘∆𝑥2 + 𝑊(𝑎𝑡)
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0=-3,5 kgx9,78m/s²x1m+1
2∙
103𝑁
𝑚∙ 0,25𝑚 2 + 𝑊 𝑎𝑡
0 = −34,23 + 31,25 + 𝑊 𝑎𝑡
𝐖 𝐚𝐭 = 𝟐, 𝟗𝟖 𝐉
Conservação da Energia Mecânica
Como ficaria a aplicação da equação-16 ou equação-17 quando cai uma bola? Resposta: A queda de uma bola é influenciada pelo ar, por simplicidade não foi incluído o estudo do atrito que o ar faz com a superfície externa da bola, por isso para uma queda que é isenta da ação do ar, ou seja, a Queda Livre ou ainda a Queda no Vácuo, e a referida equação-16 ou 17 ficará da forma que se mostra na equação-23.
Quando a bola é solta, no vácuo, 0Fx ; quando ela cai de uma altura h leva a escrever que
0U e no vácuo 0)at(WAB .
0KU (Equação 23)
Análise da equação-23: Escrevendo a variação de energia potencial obtém-se a equação 24.
KU (Equação 24)
Na equação-24 observa-se que o atrito não vai consumir energia, isto mostra que a energia potencial perdida (quando se solta a bola de uma altura h) não vai ser dissipada, e sim transformada em energia cinética; isto é a Conservação da Energia Mecânica. Continuando a análise desdobram-se os dois termos, e se chega à equação 25.
ABAB KKUU
BBAA KUKU (Equação 25)
De acordo com a equação-25 o teorema da conservação da energia mecânica diz que a soma das energias potencial e cinética no ponto A é igual a soma das energias potencial e cinética no ponto B. Quer dizer que entre os pontos A e B essa relação é válida. A soma das energias cinética e potencial será chamada de Energia Total (ET), veja e equação 26.
BEAE TT (Equação 26)
A equação-25 é outra forma de escrever o Teorema da Conservação da Energia Mecânica.
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Equivalente Mecânico do Calor
Figura 6
A caloria (unidade de energia térmica) e o BTU (BritIsh Thermal Unit) foram definidos antes de se aceitar o calor como energia e Joule foi o primeiro a medir o equivalente mecânico do calor. Ele utilizou o dispositivo da figura-6 para determinar que 1 BTU=252,05479 cal. Quando as paletas giram dentro da água (tem-se energia mecânica) a sua temperatura se eleva (isto é energia calorífica) devido ao atrito entre as partes. Então a experiência mostrou que 1 cal=4,186 Joule.
Potência
O conceito de Potência fica compreendido com o seguinte exemplo: Uma força que realiza Trabalho (W) doou 100 joules a um corpo em 10 segundos. A Potência fornecida a esse corpo significa quantos joules foram doados em 1 segundo.
A Potência é igual a 10 joules por segundo ou 10 watts.
Matematicamente é a equação 27.
t
WP
(Equação 27)
Unidades de Potência e as relações entre as mesmas (tabela 2).
Tabela 2
Potência erg/s (C.G.S.)
Watt (joule/seg) (M.K.S.-S.I.)
kgm/s (M.Kf.S.-S.T.)
cal/s CV Cavalo Vapor
HP Horse Power
Kpm/s
1 watt 107 1 0,102 0,2389 1,36x10-
3
1,34x10-
3
0,102
Se dividir por t a equação-10 será obtido à equação-28 que é a Potência fornecida por uma
força externa.
atritoPacelerarPpesoPP (Equação 28)
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Rendimento para uma máquina
O conceito de Rendimento (representado pela letra grega ) é entendido com a relação da
energia que sai de uma máquina, chamada de energia útil e a energia que entra na mesma, chamada de energia total. Para designar a entrada usa-se “in” e para a saída “out”.
Figura 7
A equação-29 mostra a relação mencionada, porém o resultado e dado em porcentagem.
%100xP
P
in
out (Equação 29)
Rendimento para duas máquinas
Se um motor elétrico aciona um engenho para fazer caldo de cana há nesse caso duas máquinas acopladas. Veja a figura-8. Então o rendimento será dado pela equação 30.
Figura 8
2P
2Px
1P
1P
1P
2P
in
out
in
out
in
out mas 2P1P inout
então finalmente o rendimento total para essas duas máquinas é :
21 . (Equação 30)
Se houver “n” máquinas acopladas o rendimento total será dado pela equação 31.
n21 .... (Equação 31)