Trabalho em altura
-
Upload
larissa-ferreira-romualdo -
Category
Health & Medicine
-
view
548 -
download
3
Transcript of Trabalho em altura
Cartões verde, amarelo e vermelho na condição do
trabalhador para atividades em altura
Orientador: Willes de Oliveira e SouzaAluna: Larissa Ferreira Romualdo
• O trabalho em altura é hoje vice-recordista de óbitos nas estatísticas de acidentes laborais no Brasil.
• Destaque para a atividade exercida em altura ocorreu com a realização do mundial de futebol no Brasil em 2014. Estima-se que oito operários morreram em acidentes de trabalho, quatro mortes devido a quedas de altura. (dados veiculados pela imprensa)
• Recente publicação, em março de 2012, da norma regulamentadora 35, a NR – 35.
• Interesse pessoal: o dia a dia da Medicina do Trabalho, cercado de dúvidas em relação às condutas para a aptidão do trabalhador que executa suas atividades em altura.
Introdução
OBJETIVOS GERAIS Este estudo objetiva desenvolver um quadro de classificação da aptidão/limitação para trabalho em altura considerando condições de saúde e seu embasamento na literatura científica atual.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS • Realizar estudo da Norma Regulamentadora 35 no que tange à normatização da
saúde ocupacional.• Discutir as principais condições de saúde encontradas na prática da Medicina do
Trabalho de acordo com os conhecimentos atuais dessas patologias.• Enquadrar as patologias em cartões verde, amarelo e vermelho de acordo com as
conclusões acerca da aptidão ou limitação para o exercício do trabalho em altura. • Discutir os exames complementares mais solicitados para avaliar os trabalhadores
expostos ao risco de queda de altura.
Objetivos
• Pesquisa bibliográfica em sites de artigos médicos e de órgãos relacionados à saúde e trabalho, utilizando publicações de 2005 a 2015 e outras relevantes sobre as patologias médicas mais prevalentes na população trabalhadora.
• Os descritores utilizados foram trabalho em altura, condições de saúde (hipertensão arterial sistêmica, arritmias cardíacas, diabetes mellitus, obesidade, tontura, síncope, convulsões e epilepsia) e exames complementares (eletrocardiograma, acuidade visual, glicemia, eletroencefalograma e hemograma).
• Foram selecionados 6 diretrizes, 15 publicações, 3 legislações e 6 capítulos de livros-textos.
Metodologia e Referencial Teórico
• A NR-35, em seus comentários, estabelece que “o médico examinador deve focar seu exame sobre patologias que possam originar mal súbito, tais como epilepsia e patologias crônicas descompensadas, como diabetes e hipertensão descompensadas[...]”
• Qual seria a medida de pressão arterial (PA) que deve ser considerada para aptidão ou inaptidão para o trabalho que ofereça risco de queda?
• Considerar a estratificação do risco cardiovascular global necessária para a tomada de decisão terapêutica nos pacientes com hipertensão arterial
Resultados Hipertensão Arterial Sistêmica
Normotensão Hipertensão
Outros fatores
de risco ou
doenças
Ótimo
PS<120 ou
PD < 80
Normal
PS 120-129
ou PD 80-84
Limítrofe
PS 130-139 ou
PD 85-89
Estágio 1
PS 140-159
PD 90-99
Estágio 2
PS 160-179
PD 100-109
Estágio 3
PS ≥ 180
PD ≥ 110
Nenhum fator
de riscoRisco basal Risco basal Risco basal
Baixo risco
adicional
Moderado risco
adicionalAlto risco
adicional
1 a 2 fatores de
risco
Baixo risco
adicional
Baixo risco
adicional
Baixo risco
adicional
Moderado risco
adicional
Moderado risco
adicionalRisco adicional
muito alto
≥ 3 fatores de
risco, LOA ou
SM – DM
Moderado risco
adicional
Moderado risco
adicionalAlto risco
adicional
Alto risco
adicional
Alto risco
adicional
Risco adicional
muito alto
Quadro - Estratificação do risco cardiovascular global: risco adicional atribuído à classificação de hipertensão arterial de acordo com fatores de risco, lesões de órgãos-alvo e condições clínicas associadas
Fonte: SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA, 2010
ResultadosHipertensão Arterial Sistêmica
• Hipertensão do avental branco precisa ser sempre lembrada e descartada.
• A proporção de pacientes com o diagnóstico de HAS em consultório e com MAPA com valores normais varia em torno de 30% até 40%, indicando que esta situação deva ser considerada no manejo da HAS não controlada.
ResultadosObesidade
• Não existe qualquer norma ou estudo que estabeleça o melhor tipo físico a ser adotado como parâmetro para trabalho em altura
• O médico precisa conhecer os requisitos físicos exigidos por cada tarefa.• Cabe ao médico verificar, após conhecimento da atividade exercida pelo
funcionário, se existem certas condições físicas como a limitação de mobilidade que não são adequadas para liberação de trabalho em altura.
• Se não existe contra-indicação médica absoluta para o trabalho em altura, a empresa dispõe de equipamentos de segurança do trabalho adequados ao peso dos trabalhadores que, muitas vezes, ultrapassa os 100 Kgs?
Resultados Eletrocardiograma/ Arritmias cardíacas
• A sensibilidade e a especificidade do eletrocardiograma são maiores para o diagnóstico das arritmias e distúrbios de condução do que para as alterações estruturais ou metabólicas.
• Pacientes com arritmias cardíacas podem experimentar perdas parciais ou totais da consciência, gerando preocupações quanto à segurança para a realização de suas atividades diárias
• Fundamentação teórica: Diretrizes Brasileiras para direção veicular em portadores de dispositivos cardíacos eletrônicos implantáveis (DCEI) e arritmias cardíacas.
Aparelho Cardio
Vascular
Cartões
verde
Cartões
amarelo
Cartões
vermelhoReferências
Bradiarritmia
sinusal > 40 bpm
Extrassístoles
atriais isoladas
BAV de 1o grau
BRD Isolado
Bloqueio do
fascículo anterior-
superior E
Bloqueio do
fascículo póstero-
inferior
Bradiarritmia
sinusal ≤ 40 bpm
Extrassístoles
atriais freqüentes
Extrassístoles
ventriculares
isoladas ou
frequentes
BAV de 2º grau
Mobitz I
BRE
BAV de 2º grau
Mobitz II
BAV Total
Extrassístole
ventricular
multifocal
Taquicardia
supraventricular
paroxística
FENELON et al,
2012
CARNEIRO,
1997
ANDRADE et al,
2011
Cartões verde, amarelo e vermelho do aparelho cardiovascular na aptidão para trabalho em altura
Fonte: Criado pelo autor com dados extraídos das referências citadas na última coluna
RESULTADOS Diabetes mellitus
• Paralelo entre o que a Sociedade Brasileira de Diabetes (2014) sugere quanto a prescrição de exercícios X a classificação da aptidão/limitação do trabalho em altura de trabalhadores diabéticos
• O maior risco na prática de exercício em diabéticos é a hipoglicemia, que pode ocorrer durante, logo depois ou horas após o final da atividade. (SBD, 2014)
• A hipoglicemia é mais freqüente em diabético dependente de insulina.• Para o diabético que pratica exercício, recomenda-se ter sempre alguém
próximo que saiba de sua condição clínica e de como agir na presença de hipoglicemia e sempre carregar fonte de carboidrato de rápida absorção. (SBD, 2014)
Quadro - Cartões verde, amarelo e vermelho do aparelho endocrinológico na aptidão para trabalho em altura
Aparelho
Endocrinológico
Cartões verdeCartões
amarelo
Cartões
vermelhoReferências
Diabetes mellitus
não insulino
dependente bem
controlado
(GJ < 130 mg/dl)
Diabetes mellitus
não insulino
dependente mal
controlado
(GJ> 130 mg/dL)
Diabéticos com
PA≥140/90
Diabetes mellitus
insulino
dependente
SOCIEDADE
BRASILEIRA DE
DIABETES,
2014
Fonte: Criado pelo autor com dados extraídos das referências citadas na última coluna
ResultadosEpilepsia-Eletroencefalograma
• A epilepsia é muito frequente. Entre cada cem pessoas, uma a duas tem epilepsia.
• Uma pessoa que teve diagnóstico de epilepsia sempre terá mais chances de ter crises epilépticas do que a população geral
• É inadequado definir “epilepsia curada”. A nova definição da Liga Internacional contra a Epilepsia propõe o termo “epilepsia resolvida”
• Epilepsia resolvida: o período de pelo menos dez anos sem crises, cinco anos dos quais sem o uso de medicação antiepiléptica.
• Diante da imprevisibilidade das crises convulsivas e do risco de acidentes potencialmente fatais, considera-se o indivíduo portador de epilepsia como um cartão vermelho para exercício do trabalho com diferença de níveis.
ResultadosEpilepsia-Eletroencefalograma • EEG: os adeptos da sua realização afirmam que existe necessidade de
fazê-lo em função dos casos de omissão da epilepsia nos exames admissionais.
• Um único EEG de rotina tem baixa sensibilidade para a detecção de descargas epilépticas interictais (20 a 50 por cento) para os pacientes com epilepsia. (HIRSCH; ARIF; MOELLER, 2014)
• Descargas epilépticas interictais: o achado mais específico para a epilepsia, aparecendo em mais de 90 por cento dos adultos. Apesar da sua elevada especificidade, a baixa sensibilidade faz com que o EEG normal não permita excluir a epilepsia. (HIRSCH; ARIF; MOELLER, 2014)
ResultadosAcuidade visual
• A NR-35, em sua forma comentada, apresenta a seguinte instrução: “[...] a avaliação médica deverá compreender, além dos principais fatores que possam causar quedas de planos elevados, os demais associados à tarefa, tais como: exigência de esforço físico, acuidade visual, restrição de movimentos etc.[...]”
• Não existem normas específicas de avaliação visual e critérios para aptidão ou não para o trabalho em altura
• Paralelo com a avaliação oftalmológica exigida do candidato a condutor de veículo automotor. (Resolução nº 425, de 27 de novembro de 2012, do Conselho Nacional de Trânsito)
• Material divulgado pela Associação Paulista de Medicina do Trabalho apresentado pelo Dr. Milton Ruiz Alves, presidente do Conselho Brasileiro de Oftalmologia, em maio de 2014.
Quadro 11 - Cartões verde do aparelho oftalmológico na aptidão para trabalho em altura
Aparelho
Oftalmológico
Cartões verde Referências AV≥20/40 em cada um dos olhos
Caso PL em um dos olhos, AV≥20/30
visão periférica na isóptera horizontal ≥ 60o
em cada olho ou ≥ 120o em um olho
ALVES, 2014
CONSELHO
NACIONAL DE
TRÂNSITO, 2012
Visão monocular:
1. Perda visual>90 dias (antiga)
2. SPL, AV≥20/30
3. visão periférica na isóptera horizontal ≥ 120o
Fonte: Criado pelo autor com dados extraídos das referências citadas na última colunaAV: acuidade visual; PL: percepção luminosa, SPL: sem percepção luminosa
Resultados Avaliação psicológica
• NR-35: seja realizado exame médico voltado às patologias que poderão originar mal súbito e queda de altura, considerando também relacionados ao trabalho( grandes exigências no trabalho combinadas com recursos insuficientes para o seu enfrentamento)
• A partir desta perspectiva uma avaliação psicológica pode ser recomendável, apesar de não obrigatória. Fica a critério do médico
• A percepção do trabalhador em relação ao seu estado de saúde no momento da realização da tarefa, assim como a do seu supervisor, também podem ser consideradas condições impeditivas: situações que que possam colocar em risco a saúde ou a integridade física do trabalhador.
• O médico do trabalho deve orientar a equipe de segurança do trabalho sobre a necessidade de se apurar o estado de saúde do trabalhador antes de se iniciar o trabalho com risco de queda por diferença de níveis.
Considerações Finais
• O médico do trabalho deve realizar cuidadoso exame clínico voltado às patologias que poderão originar mal súbito e queda de altura como as que foram discutidas e são citadas pela NR 35.
• O médico do trabalho deve estar bem familiarizado com as condições de trabalho dos diversos ramos de atividade com risco de queda de altura
• Orientar a equipe de segurança do trabalho e os encarregados sobre a necessidade de se apurar o estado de saúde do trabalhador antes de se iniciar o trabalho com risco de queda por diferença de níveis com o objetivo de se evitar acidentes.
ALVES, Milton Ruiz. Avaliação oftalmológica: trabalho em altura. São Paulo: Associação Paulista de Medicina do Trabalho, 2014. Disponível em: . Acesso em: 28 jan. 2015
ANAMT. Associação Nacional de Medicina do Trabalho. Sugestão de conduta médico administrativa-SCMA, nº 01/2004. Exames complementares para trabalhadores em trabalho em altura (trabalho vertical, work of height). Belo Horizonte, 2004. Disponível em: < http://www.saudeetrabalho.com.br/download/extrab-altura.pdf>. Acesso em: 16 set. 2014.
ANDRADE J.P., Marin-Neto J.A., Paola A.A.V., Vilas-Boas F., Oliveira G.M.M., Bacal F., Bocchi E.A, Almeida D.R., Fragata Filho A.A., Moreira M.C.V., Xavier S.S., Oliveira Junior W. A., Dias J.C.P. et al. Sociedade Brasileira de Cardiologia. I Diretriz Latino Americana para o Diagnóstico e Tratamento da Cardiopatia Chagásica. Arquivos Brasileiros de Cardiologia 2011; 97(2 supl.3): 1-48.
ASSOCIAÇÃO PAULISTA DE MEDICINA DO TRABALHO. Relato da Reunião Científica “trabalho em altura”: o que seria razoável no exame médico ocupacional do ponto de vista neurológico. Deve ser feito o EEG?”. São Paulo: APMT, 2014. 4 p. Disponível em: . Acesso em: 14 ago. 2014.
BAZIL, Carl W.; PEDLEY, Timothy A.. Epilepsia In: Rowland, Lewis P. (Ed.). Merritt tratado de neurologia. 12. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011
BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. NR 07 - Programa de. Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO. Brasília: Ministério do Trabalho e Emprego, 1996. Disponível em: http://portal.mte.gov.br/data/files/FF8080812BE914E6012BEF19C09E2799/nr_07_ssst.pdf . Acesso em: 10 dez. 2014
REFERÊNCIAS
CARNEIRO, José Carlos Dias. Avaliação do trabalhador em Altura: do ponto de vista do cardiologista. São Paulo: Associação Paulista de Medicina do Trabalho, 2013. Disponível em :. Acesso em: 8 out. 2014.
CARNEIRO, Enéas Ferreira. O eletrocardiograma: 10 anos depois. Rio de Janeiro: Liv. Ed. Enéas Ferreira Carneiro, 1997. p. 181, 182
CENTRO Colaborador de Vigilância dos Acidentes de Trabalho da Universidade Federal da Bahia. Boletim epidemiológico acidentes de trabalho não fatais. 2011 Disponível em: http://www.fundacentro.gov.br/arquivos/projetos/estatistica/boletins
/acidentes-nao-fatais.pdf Acesso em: 10 out.2014HIRSCH, Lawrence J, ARIB, Hiba. Electroencephalography (EEG) in the diagnosis of seizures and
epilepsy. 2010. Disponível em: http://criticalcaremedicine.pbworks.com/f/Electroencephalography+%28EEG%29+in+the
+diagnosis+of+seizures+and+epilepsy.pdfAcesso: 14 ago. 2014 Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo, 1996 Ementa: Triagem visando
estabelecimento de aptidão ao trabalho / Pedido de EEG para doença epiléptica
REFERÊNCIAS
DAROFF, Robert B.Tontura e Vertigem In; FAUCI, Anthony S. (Ed.). Harrison medicina interna. 17. ed. Rio de Janeiro:McGraw-Hill, 2008, p. 144-146
FÁMÍLIAS de mortos em obras vivem luto em meio a clima de festa da Copa Disponível em:http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2014/06/familias-de-mortos-em-obras-vivem-luto-em-meio-clima-de-festa-da-copa.html Acesso em: 30/10/2014
FARIA, Rosa Malena D.; Silva, Cristiane Monnaísa F., O Paciente Anêmico. In: ERICHSEN, Elza Santiago. Medicina laboratorial para o clínico. Belo Horizonte: COOPMED, 2009, 783 p.
FENELON G., Nishioka S.A.D., Lorga Filho A, Teno L.A.C., Pachon E.I., Adura F.E. e cols. Sociedade Brasileira de Cardiologia e Associação Brasileira de Medicina de Trafego. Recomendações Brasileiras para direção veicular em portadores de dispositivos cardíacos eletrônicos implantáveis (DCEI) e arritmias cardíacas.
FLIER, Jeffrey S.; FLIER, Eleftheria Maratos Obesidade In: FAUCI, Anthony S. (Ed.). Harrison medicina interna. 17. ed. Rio de Janeiro:McGraw-Hill, 2008, p. 462-473
GIFFONI, Fabiana Tobias. Trabalho em altura: um guia prático para o médico do trabalho. Belo Horizonte: 2014. 87 p. GHORAYEB N., Costa R.V.C., Castro I., Daher D.J., Oliveira Filho J.A., Oliveira M.A.B. et al. Diretriz em Cardiologia do Esporte e do Exercício da
Sociedade Brasileira de Cardiologia e da Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte. Arquivos Brasileiros de Cardiologia. 2013;100(1Supl.2):1-41
HIRSCH, Lawrence, Pedley, Timothy. Síncope, convulsões e seus imitadores In: Rowland, Lewis P. (Ed.). Merritt tratado de neurologia. 12. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011
KELLMAN, Bruno, A definição de epilepsia em dez questões Disponível em: http://www.epilepsiabrasil.org.br/definicoes-e-conceitos Acesso em: 22 dez.2014
MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO. NR-35 comentada: manual de auxílio na interpretação e aplicação da norma regulamentadora n.º 35. Brasília: Ministério do Trabalho e Emprego, 2012. 24 p. Disponível em:<http://portal.mte.gov.br/data/files/8A7C812D36A2800001382F28747230DB/MANUAL NR-35 REVISADO.pdf>. Acesso em: 20 ago. 2014
NICOLAU, José Carlos et al. Diretriz de interpretação de eletrocardiograma de repouso. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, São Paulo, v. 80, supl.2, p.1-18, 2003. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/abc/v80s2/a01v80s2.pdf>. Acesso em: 07 jan. 2015.
REFERÊNCIAS