Trabalho de Religiões

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SEMINÁRIO TEOLÓGICO BETEL MATÉRIA: RELIGIÕES I PROFESSOR: RONALDO MESQUITA ALUNOS: Thiago Roberto S Mercedes Náthali Moura Rezende / Felipe Rezende Luiz Carlos S Rodrigues / Débora Campos Avaliação RELIGIÕES I

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Trabalho sobre as religiões

Transcript of Trabalho de Religiões

SEMINRIO TEOLGICO BETELMATRIA: RELIGIES IPROFESSOR: RONALDO MESQUITA

ALUNOS: Thiago Roberto S Mercedes Nthali Moura Rezende / Felipe Rezende Luiz Carlos S Rodrigues / Dbora Campos

AvaliaoRELIGIES I

Maio2015Rio de Janeiro

ISLAMISMOIntroduoO Islamismo uma religio monotesta, ou seja, acredita na existncia de um nico Deus; fundamentada nos ensinamentos de Mohammed, ou Muhammad, chamado pelos ocidentais de Maom. Nascido em Meca, no ano 570, Maom comeou sua pregao aos 40 anos, na regio onde atualmente corresponde ao territrio da Arbia Saudita. Conforme a tradio, o arcanjo Gabriel revelou-lhe a existncia de um Deus nico.A palavra isl significa submeter-se e exprime a obedincia lei e vontade de Al (Allah, Deus em rabe). Seus seguidores so os muulmanos (Muslim, em rabe), aquele que se subordina a Deus. O islamismo est presente em mais de 80 pases. A maior comunidade islmica do mundo vive na Indonsia.O livro sagrado do Islamismo o alcoro que consiste na coletnea das revelaes divinas recebidas por Maom de 610 a 632. Seus principais ensinamentos so a onipotncia de Deus e a necessidade de bondade, generosidade e justia nas relaes entre os seres humanos.Dentre os vrios princpios do Islamismo, cinco so regras fundamentais para os mulumanos, tambm chamados de cinco pilaresdo Isl:1. Crer em Al, o nico Deus, e em Maom, seu profeta;2. Realizar cinco oraes dirias comunitrias (slat);3. Ser generoso para com os pobres e dar esmolas;4. Obedecer ao jejum religioso durante o ramad (ms anual de jejum);5. Ir em peregrinao Meca pelo menos uma vez durante a vida (hajj).Os muulmanos resumem a sua doutrina em seis artigos de f:1. Crena em um Deus: os muulmanos acreditam que Al seja o nico, eterno, criador e soberano;2. A crena nos anjos;3. A crena nos profetas: os profetas so os profetas bblicos, mas termina com Maom como o ltimo profeta de Al;4. A crena nas revelaes de Deus: os muulmanos aceitam certas partes da Bblia, como a Tor e os Evangelhos. Eles acreditam que o Alcoro seja a perfeita a preexistente palavra de Deus.5. Crena no ltimo dia de julgamento e na vida futura: todos sero ressuscitados para julgamento no paraso ou inferno.6. Crena na predestinao: os muulmanos acreditam que Al decretou tudo o que vai acontecer. Os muulmanos atestam a soberania de Deus com sua frase frequente, inshallah, ou seja, "se Deus quiser".

1- H alguma crena em foras sobrenaturais? Elas so controladoras no que diz respeito ao seu destino?Sim, os seguidores da f Isl acreditam em um Deus nico, eterno, criador e soberano. Tambm acreditam em anjos.2 -Atos definidos como pecaminosos. Eles destroem a harmonia entre os deuses e o homem. Geram culpa, atrai sobre si o desfavor das foras controladoras?O Isl ensina que os seres humanos nascem sem pecado e so naturalmente inclinados a adorar somente a Deus (sem quaisquer intermedirios). Para reter esse estado de ausncia de pecado a humanidade deve seguir os mandamentos de Deus e se empenhar em viver uma vida virtuosa. Se algum incorrer em pecado, tudo que exigido o arrependimento sincero, seguido da busca pelo perdo de Deus. Quando uma pessoa peca se afasta da misericrdia de Deus. Entretanto, o arrependimento sincero a aproxima de Deus.A humanidade, de acordo com o Isl, nasce em um estado de pureza, sem pecado, e naturalmente inclinada adorao e louvor de Deus. Entretanto, seres humanos tambm receberam o livre arbtrio e podem cometer erros e pecar. So at capazes de cometer grandes males.Toda vez que uma pessoa peca, a nica responsvel por aquele pecado. Cada pessoa responsvel por seus prprios atos. Segundo o Alcoro, nenhum ser humano responsvel pelos erros cometidos por Ado e Eva. Deus diz no Alcoro:Nenhuma alma arca com o pecado de outra. (Alcoro 35:18)O profeta Muhammad descreveu o pecado como pontos negros que cobrem o corao. Disse: "Em verdade se um crente peca, um ponto negro cobre seu corao. Se se arrepende, para o pecado e busca perdo, seu corao fica limpo novamente. Se persistir (ao invs de se arrepender), o ponto negro aumenta at cobrir seu corao..."IbnMajah.3 O ajustamento do homem as foras sobrenaturais. Ado e Eva cometeram um erro, se arrependeram sinceramente e Deus em Sua infinita sabedoria os perdoou. A humanidade no est condenada a ser punida, gerao aps gerao. Os pecados do pai no so transferidos para os filhos."E ambos comeram (os frutos) da rvore, e suas vergonhas foram-lhes manifestadas, e puseram-se a cobrir os seus corpos com folhas de plantas do Paraso. Ado desobedeceu ao seu Senhor e foi seduzido. Mas logo o seu Senhor o elegeu, absolvendo-o e encaminhando-o." (Alcoro 20:121-122)A vida deste mundo est repleta de testes e tribulaes, mas Deus no abandonou a humanidade a esses testes. Deus equipou a humanidade com o intelecto e a habilidade de fazer escolhas e tomar decises. Deus tambm nos deu palavras de orientao. Como nosso criador, Ele est bem ciente de nossa natureza e ansioso para nos guiar na senda reta que leva bno eterna.Para o Islamismo o Alcoro a revelao final de Deus e aplicvel para toda a humanidade; todas as pessoas, todos os lugares, todas as pocas. Em todo o Alcoro Deus pede continuamente que o homem deve se voltar para Ele em arrependimento e pedir Seu perdo. Esse o caminho para a salvao. A crena islmica sobre a crucificao e morte de Jesus clara. Segundo o Alcoro, Jesus no morreu para expiar os pecados da humanidade. Havia uma conspirao para crucificar Jesus, mas isso no aconteceu. Ele no morreu e sim ascendeu aos cus. Nos ltimos dias que antecedem ao Dia do Juzo, Jesus retornar a esse mundo e continuar a propagar a crena na unicidade de Deus. O Alcoro nos conta que no Dia do Juzo Jesus negar ter pedido s pessoas para ador-lo em vez de, ou junto com Deus."E recordar-te de quando Deus disse: Jesus, filho de Maria! Foste tu quem disseste aos homens: Tomai a mim e a minha me por duas divindades, em vez de Deus? Respondeu: Glorificado sejas! inconcebvel que eu tenha dito o que por direito no me corresponde. Se tivesse dito, t-lo-ias sabido, porque Tu conheces a natureza da minha mente, ao passo que ignoro o que encerra a Tua. Somente Tu s Conhecedor do incognoscvel. No lhes disse seno o que me ordenaste adorai a Deus, meu Senhor e vosso Senhor. E fui testemunha deles enquanto permaneci entre eles. Ento, quando findaste meus dias na terra, Tu foste, sobre eles, O Observante." Alcoro 5:116-117)O Islamismo acredita que justamente por no terem compreendido a misso de Jesus e seus ensinos, que Deus mandou um novo e ltimo profeta, Maom para a humanidade. 4 Um mtodo de salvaoO Isl ensina que a salvao alcanvel atravs da adorao de Deus apenas. Uma pessoa deve acreditar em Deus e seguir Seus mandamentos. Essa a mesma mensagem ensinada por todos os profetas, incluindo Moiss e Jesus. Existe um nico Deus merecedor de adorao. Um Deus, sem parceiros, filhos ou filhas. Salvao e, portanto, felicidade eterna, podem ser alcanadas pela adorao sincera.Salvao uma palavra poderosa que o dicionrio define como o ato de preservao ou libertao da destruio, dificuldade ou mal. Teologicamente o resgate espiritual do pecado e suas consequncias. Mais especificamente, no Cristianismo associado com redeno e a expiao de Jesus. Salvao no Isl um conceito muito diferente. Embora oferea libertao do fogo do inferno, tambm rejeita alguns dos princpios bsicos do Cristianismo e afirma claramente que a salvao alcanada somente por meio da submisso a Deus, o misericordioso.A salvao no necessria no Isl por causa da mancha do pecado original. A salvao necessria porque a humanidade imperfeita e precisa do perdo e amor de Deus.Referncias:AlcoroBUDISMOIntroduoO Budismo uma das religies mundiais mais conhecidas em termos de seguidores, distribuio geogrfica e influncia scio-cultural. Enquanto grandemente considerada uma religio "Oriental", est se tornando cada vez mais popular e de grande influncia no mundo Ocidental tambm. O budismo bastante peculiar, sendo semelhante ao hindusmo, ambos acreditam em Carma (tica de causa e efeito), Maya (natureza criativa e mgica da iluso), Samsara (o ciclo de reencarnao), entre outras coisas. Os budistas acreditam que o objetivo principal da vida o de alcanar a iluminao.O seu fundador foi Siddhartha Guatama. Ele nasceu realeza na ndia mais ou menos 600 anos antes de Cristo. Como a histria conta, ele viveu e cresceu de forma bastante luxuosa; chegou at mesmo a se casar e ter filhos com pouca exposio ao mundo externo. Seus pais queriam que ele fosse poupado da influncia religio ou da exposio dor e sofrimento. No entanto, no demorou muito at que o seu abrigo fosse invadido e ele viu rapidamente um homem idoso, um homem doente e um cadver. Sua quarta viso foi a de um monge sereno e asceta (um que nega qualquer tipo de luxo e conforto). Ao ver a sua serenidade, Buda decidiu se tornar um asceta tambm. Ele abandonou sua vida de riquezas e afluncia para ir atrs da iluminao atravs da austeridade. Ele era muito talentoso nesse tipo de auto-mortificao e meditao intensa e era visto como um lder entre os seus companheiros. Eventualmente ele permitiu que seus esforos culminassem em um gesto final. Ele cedeu sua indulgncia e comeu uma tigela de arroz e sentou embaixo de uma figueira (tambm chamada de rvore Boddhi) para meditar at atingir a iluminao ou at morrer. Apesar de tantas angstias e tentaes, ao nascer do dia seguinte, ele tinha finalmente alcanado a iluminao qual tanto almejava. Por isso ele ficou conhecido como o ser iluminado ou Buda. Ele ento pegou tudo o que tinha aprendido e comeou a ensinar seus monges companheiros, com os quais j tinha alcanado grande influncia. Cinco de seus companheiros se tornaram os primeiros de seus discpulos.O que Guatama descobriu? Iluminao encontra-se no "meio do caminho", no com indulgncias luxuosas nem com auto-mortificao. Alm disso, ele descobriu o que ficou conhecido como as Quatro Verdades Nobres (1) viver sofrer (Dukha), (2) sofrimento causado pelo desejo (Tanha, ou apego), (3) uma pessoa pode eliminar sofrimento ao eliminar todos os apegos e desejos, e (4) isso alcanado ao seguir-se o caminho das oito vias nobres. Esse caminho consiste de obter o entendimento correto, o pensamento correto, a palavra correta, a ao correta, o modo correto de existncia (ser um monge), o esforo correto (direcionar as energias corretamente), a ateno correta (meditao) e a concentrao correta (foco). Os ensinamentos de Buda foram colecionados no Tripitaka, ou trs cestos de flores. Alm desses ensinamentos bastante distintos, encontramos ensinamentos comuns ao Hindusmo, tais como a Reencarnao, Maya, e uma tendncia de compreender a realidade como sendo Pantesta em sua natureza. O Budismo tambm pode ser difcil de caracterizar quanto sua opinio de Deus. Alguns ramos do Budismo podem ser legitimamente chamados de atestas, enquanto outros podem ser chamados de pantestas, e outros podem at ser chamados de testas, tais como o budismo da Terra Purra. O budismo clssico, no entanto, tende a ser silencioso sobre a realidade de um ser superior e , portanto, considerado atesta.Hoje em dia o Budismo bastante diversificado. Pode ser dividido em aproximadamente duas categorias: Theravada (pequeno veculo) e Mahayana (grande veculo). Theravada a forma monstica que reserva a grande iluminao e nirvana aos monges, enquanto o Budismo Mahayana estende esse objetivo de alcanar a iluminao aos leigos tambm, quer dizer, aos que no so monges. Sob essas duas categorias, podemos encontrar vrios ramos do Budismo, tais como Tendai, Vajrayana, Nichiren, Terra Santa, Zen, Ryobu, entre outros. Portanto, importante que aqueles que no pertencem ao Budismo e que esto tentando compreender essa religio no presumam conhecer todos os detalhes de uma certa diviso do Budismo quando tudo que estudaram foi apenas o Budismo histrico clssico. 1- H alguma crena em foras sobrenaturais? Elas so controladoras no que diz respeito ao seu destino ? importante estar ciente de que o Buda nunca se considerou um deus ou um ser divino de qualquer forma. Ao contrrio, ele se considerava uma pessoa que mostrava o caminho para outras pessoas. Apenas depois de sua morte ele foi exaltado a uma figura divina por alguns de seus seguidores, mas nem todos os seus seguidores o enxergaram assim. Com o Cristianismo, no entanto, a Bblia deixa bem claro que Jesus era o Filho de Deus (Mateus 3:17 E eis que uma voz dos cus dizia: Este o meu Filho amado, em quem me comprazo) e que Ele e o Pai so um (Joo 10:30 Eu e o Pai somos um). Jesus ensinou que Ele o Caminho, e no apenas um que mostrava o caminho, assim com Joo 14:6 confirma: Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ningum vem ao Pai, seno por mim. Quando Guatama morreu, o Budismo tinha se tornado de grande influncia na ndia; trezentos anos depois de sua morte, o Budismo tinha se espalhado tanto, que tinha rodeado por grande parte da sia. As escrituras e dizeres atribudos a Buda foram escritos mais ou menos quatrocentos anos depois de sua morte. Esse atraso no perodo entre sua morte e a escrita ou comentrio que continha sua mensagem abre as portas a vrios desafios que estudiosos podem argumentar sobre a autenticidade e confiabilidade das escrituras budistas.Buda viveu e morreu bem antes do tempo de Jesus. Suas viagens nunca o levaram a mais de duzentos quilmetros de distncia de sua casa. Aparenta ser o caso que Buda no conhecia a Bblia e sua mensagem. Ele, na verdade, nunca falou sobre Deus, ou Jesus; consequentemente, os budistas geralmente no mencionam Deus como os Cristos o fazem. Em sua forma clssica, o Budismo no menciona nenhum Deus pessoal ou Ser Divino, assim como eles no crem na interveno divina em suas vidas.2 - Atos definidos como pecaminosos. Eles destroem a harmonia entre os deuses e o homem. Geram culpa, atrai sobre si o desfavor das foras controladoras?O pecado compreendido como ignorncia. E onde entendido como alguma forma de erro moral, o contexto no qual bem e mal so compreendidos amoral. O Carma compreendido como sendo o equilbrio da natureza e no reforado de uma forma pessoal. A natureza no moral, portanto, o Carma no um cdigo moral, e o pecado no , no fim das contas, moral. Por isso podemos dizer, de acordo com o pensamento budista, que nosso erro, no final das contas, no moral j que apenas um engano impessoal e no uma violao interpessoal. A consequncia que surge desse tipo de compreenso devastadora. Para o budista, o pecado mais um engano do que uma transgresso contra a natureza do Deus onipotente. Esse entendimento do pecado no concorda com a conscincia moral inata de que os homens so condenados por causa de seu pecado diante de um Deus Santo (Rom. 1-2).A crena de que o pecado um erro impessoal que pode ser consertado no vai de acordo com a doutrina da depravao total, a qual uma bsica doutrina do Cristianismo. A Bblia nos diz que o pecado do homem um problema de consequncias eternas e infinitas. As opinies budistas sobre o pecado nem se comparam. De acordo com o Budismo, no existe a necessidade de um Salvador para resgatar as pessoas de seus pecados condenadores. Para o Cristo, Jesus a nica forma de resgate da punio eterna de seus pecados pessoais e imputados. Para o budista, existe apenas uma forma de vida tica e apelos atravs de meditaes a seres exaltados com a esperana de talvez alcanar iluminao ou Nirvana. Mas provavelmente certa pessoa ter que passar por vrias reencarnaes para pagar pela grande acumulao de dbito relacionado ao carma. Para os verdadeiros seguidores do Budismo, essa religio uma filosofia de moralidade e tica, encapsulada em uma vida de renncia do prprio ego. Uma pessoa pode apelar a inmeros Boddhisatvas ("Budas em formao") ou Budas (Gautama visto mais tarde como um de muitos budas) . No fim das contas, a realidade impessoal e no-relacional; portanto, no amorosa. Deus no s visto como ilusrio, mas ao dissolver o pecado a um erro no moral e ao rejeitar toda realidade material como maya ("iluso"), at mesmo ns nos perdemos. A personalidade em si se torna uma iluso.Quando perguntado como o mundo comeou, quem/o que criou o universo, o Buda mantm-se em silncio, pois no Budismo no h incio nem fim. Existe, ao invs, um crculo sem fim de nascimento e morte. Algum teria que se perguntar que tipo de Ser nos criou para morrer, passar por tanto sofrimento e dor, para ento morrer tantas e tantas vezes? Pode causar algum a contemplar: qual o propsito e por que se importar? Os Cristos sabem que Deus enviou o Seu filho para morrer pela humanidade, apenas uma vez, para que no tenhamos que sofrer por toda a eternidade. Ele enviou Seu Filho para dar conhecimento do fato de que no de que o amor foi derramado sobre a Terra. 3 O ajustamento do homem as foras sobrenaturais. Para o Budista no h foras sobrenaturais, existe o poder da fora natural e da vida. Para se ajustar a essas foras faz se necessrio abrir mo do ego e viver desapegado de desejos, para alcanar as Quatro Verdades Nobres.

4 Um mtodo de salvaoSegundo as doutrinas budistas um ser humano est condenado a reencarnar infinitamente aps a morte e passar sempre pelos sofrimentos do mundo material. O que a pessoa fez durante a vida ser considerado na prxima vida e assim sucessivamente. Esta ideia conhecida como carma. Ao enfrentar os sofrimentos da vida, o esprito pode atingir o estado de nirvana (pureza espiritual) e chegar ao fim das reencarnaes.Para o budista no existe Deus, nem pecado e por isso no h salvao, apenas h a evoluo ou depreciao do ser. O Nirvana o ponto final do ciclo da existncia, atingi-lo significa alcanar o estgio de iluminao. Vivenciar o Nirvana abrir mo de sentimentos vis, e chegar ao ponto alto da paz atravs da busca das 6 perfeies: caridade, moralidade, pacincia, perseverana, meditao, sabedoria.ConclusoDe acordo com os tpicos apresentados em aula sobre os indicativos que caracterizam uma religio, o Budismo por no possuir um Deus como foco de suas vidas, atos de pecados contra uma divindade e sem possuir aes para regenerao e levar a salvao, podemos concluir que no pode ser caracterizada como uma religio.

RefernciasHAGEN, Steve. Budismo: Claro e Simples. So Paulo: Cultrix, 2000.NOVAK, Philip. Budismo: uma introduo concisa. So Paulo: Cultrix, 2003.SEVERINO, Roque Henrique. Manual de Budismo. So Paulo: [S.e], 2011.

CANDOMBLUma viso de dentro do Candombl:Entrevista com a Me de Santo - Isis Nayt Campos Rodrigues - Prima do Luiz Carlos S Rodrigues(Aluno)1-Crena e as foras sobrenaturais. Elas so controladoras no que diz respeito ao seu destino ?Sim e no .O Candombl uma religio que cr no destino, e em poder modific-lo algumas vezes.Existem orculos e formas divinatrias que comunicam o ser humano com as divindades.Atravs desses orculos, as divindades estabelecem o que na vida pode ser mudado e o que tem que ser vividoOs africanos Yorubs ( que trouxeram o candombl ao Brasil) acreditavam que cada pessoa nasce sob um signo em seu dialeto chama-se Od, no qual determinado pela data e hora do seu nascimento.Essa juno indica o signo que voc nasce, e atravs desse signo possvel determinar como ser 40% da vida da pessoa, ainda beb possvel conhecer suas caractersticas, personalidades, infortnios e proibies; Sim proibies, no candombl , as divindades indicam algumas coisas, simples ou complicadas, varia de pessoa pra pessoa, coisas essas que podem deixar a pessoa negativa, implicando assim em seu destino. Essas proibies que em Yorub significa Ew, podem ir desde comer uma fruta, at vestir uma cor, ou at mesmo se relacionar com algum. As foras sobrenaturais no controlam a vida da pessoa, o que acontece uma fuso , uma pessoa que entra pro Candombl hoje por exemplo, ter sim que modificar sua vida e viver sobre novas leis, cria-se um novo destino.2 O ajustamento do homem as foras sobrenaturais. Atos exteriores : Orao, cnticos e sacrifcios.O Candombl uma das religies mais rica em cnticos , rezas, oraes e sacrifcios.99% de tudo que entoado no dialeto Yorub , que hoje ainda falado em algumas regies da frica, como a Nigria que a Terra Me de algumas ramificaes do Candombl aqui no Brasil. um longo tempo de estudo e aperfeioamento, tudo tem um significado. Cada divindade do Candombl (Os Orixs) , tem sua reza, seu cntico , sua dana e sacrifcio em particular. E para que serve tudo isso? uma resposta complexa, eu encontraria aqui mil formas de responder, a lei do candombl o segredo , ento existe uma explicao para leigos, uma para estudiosos, uma pra recm iniciados, e assim sucessivamente , at a Iyalorix (Me de Santo) ou Babalorix (Pai de santo) que so os sacerdotes supremos de um templo. Para entender um pouco do real motivo do uso dos sacrifcios, vou ter que voltar l bem no inicio no mito Yorub da criao do mundo: (...) No inicio Olorun (Senhor do Orun) , vivia no Orun e ele era frio, escuro e solitrio, Olorun ento resolveu criar algo bonito e dar vida e movimento a tudo.Olorun ento criou a terra que chamada de Aiy, e lhe deu a forma redonda, pois acreditava que nada tinha fim, tudo seria feito de recomeos. Ento Olorun criou a terra , o firmamento, e depois mares, rios, cachoeiras, montanhas, florestas, e toda natureza em si. Criou tambm os animais, a magia de Olorun era infinita quando se tratava da beleza. Olorun se alegrou com a sua criao, e resolveu lhe dar vida, tirou feixes de luz de dento de si, e foi colocando em cada domnio do novo mundo, e assim, se criaram os Orixs.... Cada Orix representa uma fora da natureza. Alguns Orixs j existiam, antes da criao da Terra e viviam no Orun . Olorun queria mais, ento foi no recm criado mundo, nos domnios do Orix Nan, pegou sua lama sagrada, pois esta Orix protege todos os pntanos , mangues e gua paradas. Enviou a lama para Ajal, o Orix que foi escolhido para moldar as cabeas humanas, o corpo ficou a encardo de Ex (o seu mensageiro e fiel escudeiro), e a pedido de Olorun, os dividiu entre masculino e feminino, pois tudo na vida gerado por ambas energias.Com o boneco de barro pronto, Olorun soprou seu hlito sagrado chamado de Em , no alto da cabea do boneco, e assim deu vida ao novo ser. E um a um, cada Orix foi ajudando na criao do ser humano, que foi colocado para povoar o Aiy . Olorun decidiu que os humanos teriam livre arbtrio sobre suas vidas, seriam mgicos, poderiam assim como as flores, nascer, viver, morrer, e recomear tudo novamente. Mas o ser humano estava morrendo, no sabiam como viver no que era novo para eles, Olorun decidiu ento enviar os Orixs a terra em forma humana, para que estes ensinassem o povo como viver e lidar com a natureza que era seu domnio .... E assim foram centenas de anos, os Orixs ajudando o ser humano a viver.Passaram da era do barro, a era do ferro, para a agricultura, o fogo... e diversas eras que ns seres humanos precisamos passar pra chegar aqui. Essa histria enorme, e j rendeu livros, e muitos contos populares, to resumindo aqui pra chegar no foco da coisa . Os Orixs ensinaram aos humanos, mas tambm aprenderam com eles, os Deuses que eram seres de luz e puros, na forma humana, ficaram vulnerveis e acabaram absorvendo muito da personalidade humana. E apaixonaram, tiveram filhos, travaram guerras, e cada um absorveu pra si caractersticas e comportamentos humanoides. Os africanos dizem que sem a ajuda de Ossain, Orix dono do poder das ervas medicinais, o homem no saberia produzir remdios, sem Ogum, o Orix dono da metalurgia e do ao, no saberiam produzir ferramentas para arar a terra e iniciar a agricultura e assim sucessivamente. Muitos historiadores, acreditam na verso dos africanos, pois cientificamente , foi constatado que a frica o solo mais antigo do mundo, sendo assim o primeiro a ser habitado, sendo ento a hiptese Yorubana tida mais como verdade do que como folclore. Pelo que contado, os Orixs eles gostaram e muito do tempo na Terra.E conforme foram cumprindo suas misses , Olorun ordenou que um a um em seu tempo, fosse retornando ao Orum. Porm, sentiram que com seu retorno e o passar dos anos , eles cairiam em esquecimento, e seus feitos seriam apenas lendas .... Ento apresentaram a Olorun a hiptese de criar uma forma de culto, onde os seres humanos manteriam contato direto com as divindades, e mesmo com o passar dos milnios continuaria firme, e a ligao Orun - Aiy (cu e terra) no seria esquecida. E este culto foi estabelecido a muito tempo na frica, e com a colonizao e a escravido , o culto foi trazido para o Brasil, tendo que ser totalmente adaptado. Os cntigos nada mais so do que os feitos dos Orixs na terra, as danas, os toques a festa e tudo mais, so a forma que encontramos para louvar as foras da natureza. O sacrifcio muito importante, seja ele animal, mineral, em forma de orao ou oferenda, como forma de dar o melhor de ns para aqueles que nos ensinaram a viver.Assim como feita em diversas outras religies.O candombl muito criticado, ainda mais quando se trata de sacrifcio animal, pessoas leigas einclusive a mdia, que no perdem a oportunidade de associar qualquer fato ligado ao nosso culto com Bruxaria, Magia Negra, Vodoo (como aspecto pejorativo) e etcNo idioma Yorub , sacrifcio chamado deEB. O sangue que nos d a vida em sua plenitude, sempre foi considerado divino, no existe um laboratrio que o fabrique, a fora divina em seu estado material.Tudo includo na composio da Terra esta contido, tambm, na composio do sangue. Por exemplo, zinco, gua, minerais, ferro, magnsio, etc Note-se que todos os reinos, seja ele mineral, vegetal ou animal, est contido em nosso sangue e vice-e-versa. Sacrificar os animais no so regras e as oraes especficas da ao do graas a Deus pelo sacrifcio.Exemplo: O primeiro passo agradecer a Deus pelo esprito do animal que vai a misso. Ento, ns agradecemos a Deus pela comida, a carne que vamos comer, e agradecemos tambm a Me Terra, Onil, que nos deu este alimento para sobreviver. No se faz sacrifcio aleatoriamente, as divindades indicam como e o que deve ser feito. Tudo est ligado, as oraes, os sacrifcios e os cnticos em forma de louvao.3 - Atos definidos como pecaminosos. Eles destroem a harmonia entre os deuses e o homem. Geram culpa, atrai sobre si o desfavor das foras controladoras?No Candombl no existe pecado .O pecado liga-se a culpa e a salvao, coisa que faz parte do livre arbtrio do ser humano. No contexto Yoruba no existe pecado, absolvio e nem punio.O ato do ser humano, errado ou certo feito por ele, e as conseqncias ele mesmo tem que lidar com ela. Em algumas religies, existe o bem e o mal, no caso de muitas existe a figura malvola que em parte grande culpada do pecado cometido pelo homem.No Candombl no existe tal figura, no existe demnio, diabo, nem divindade nenhuma parecida. Cultuamos foras da natureza, da beleza e de f. Essa parte do bem e do mal habita dento do ser humano, ento se ele errar a culpa dele. As divindades no o condenam, acredita-se na evoluo e na reencarnao, se algum fizer um mal , pagar nesta vida ou na prxima, no existe o cu e o inferno.Erroneamente coligaram o candombl a satans, coisa que me intriga muito, por que ns cultuamos divindades, assim como os egpcios, os gregos, os nrdicos, os Mayas, os Incas, os Indianos, os chineses e porque logo o candombl, ligado ao inferno, ao diabo ? Ser porque o candombl foi originrio na regio menos favorecida do mundo, porque seus primeiros adeptos foram feitos de escravos ? perguntas como essas so incgnitas pra mim, mas voltando ao foco , ento no atos pecaminosos no atraem sobre si o desfavor das divindades. Se uma pessoa por um exemplo cometerem um assassinato, ficar com o destino marcado por esse ato srdido, arcando com suas prprias escolhas. J as divindades em nada interferem em seu julgamento.4 Um mtodo de salvao

A caridade, o amor ao prximo, a verdade, zelo pela famlia, e muitos outros conceitos como este, so tidos como a salvao para o povo do candombl, pois uma pessoa s salva ou condenada por seus atos. Acredita-se que quem faz o bem ao prximo, quem vivem em Harmonia com Olorun (Deus) e os Orixs , quem valoriza a famlia, e tem um bom carter, ter uma vida plena , e at mesmo ter uma ajuda para suportar os infortnios da vida que no podem ser mudados.