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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ ANA PAULA FRANZOSI Trabalho de Estágio PADRONIZAÇÃO DAS ROTINAS DE TRABALHO: ANÁLISE DOS PROCESSOS ADMINISTRATIVOS DO RESTAURANTE MARAMBAIA GOURMET ITAJAÍ 2011

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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ

ANA PAULA FRANZOSI

Trabalho de Estágio PADRONIZAÇÃO DAS ROTINAS DE

TRABALHO: ANÁLISE DOS PROCESSOS

ADMINISTRATIVOS DO RESTAURANTE

MARAMBAIA GOURMET

ITAJAÍ 2011

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ANA PAULA FRANZOSI

Trabalho de Estágio

PADRONIZAÇÃO DAS ROTINAS DE

TRABALHO: ANÁLISE DOS PROCESSOS

ADMINISTRATIVOS DO RESTAURANTE

MARAMBAIA GOURMET

Trabalho de Estágio desenvolvido para o Estágio Supervisionado do Curso de Administração do Centro de Ciências Sociais Aplicadas – Gestão da Universidade do Vale do Itajaí. Orientador: Profª. Ligia Ghisi

ITAJAÍ 2011

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Aos meus queridos pais, Sabino e Ione, por sempre acreditarem em mim e nos meus sonhos e objetivos, sempre me incentivando a buscar o melhor. Aos meus irmãos André e Priscila pelo afeto e dedicação, sem medirem esforços; Ao meu namorado Emerson pela sua atenção e carinho, sempre me apoiando em todos os momentos. Aos meus novos colegas de curso, a Luciane e Diogo, pela amizade e o conhecimento compartilhado e aos amigos que se formaram semestre passado; À Professora Ligia Ghisi pela sua orientação, apoio na elaboração deste trabalho; Aos Professores pelas excelentes contribuições dadas ao longo do curso e a todos os colaboradores do Marambaia Gourmet Restaurante.

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“O sucesso nasce do querer, da determinação e persistência em se chegar a um objetivo. Mesmo não atingindo o alvo, quem busca e vence obstáculos, no mínimo fará coisas admiráveis.”

José de Alencar

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EQUIPE TÉCNICA

a) Nome do estagiário

Ana Paula Franzosi

b) Área de estágio

Organização, Sistemas e Métodos

c) Orientador de conteúdo

Profª. Ligia Ghisi

d) Supervisor de campo

Elenilson Ramos

e) Responsável pelo Estágio

Prof. Eduardo Krieger da Silva, M.Sc.

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DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO

a) Razão Social

Restaurante e Bar Pérgola Ltda

b) Endereço

Avenida Atlântica, 300. Centro – Balneário Camboriú - SC

c) Setor de Desenvolvimento do Estágio

Administrativo

d) Duração do estágio

240 horas

e) Nome e cargo do supervisor de campo

Elenilson Ramos – Gerente Geral

f) Carimbo e visto da organização

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RESUMO

O setor de alimentos e bebidas é a área de gestão com mais complexidade na estrutura hoteleira, sendo que o setor administrativo do restaurante busca a qualidade interna, com o objetivo final de proporcionar o melhor serviço. Assim este trabalho de pesquisa busca incrementar a organização formal do restaurante Marambaia Gourmet, sistematizando as práticas dos setores produção e atendimento, focando nos estudos dos processos, na comunicação institucional e na estrutura organizacional por meio das técnicas da Organização Sistemas e Métodos (OSM). Tem como objetivo sistematizar as práticas do Restaurante Marambaia Gourmet, empregando as ações de OSM para melhoria da qualidade do atendimento. Foi realizada uma pesquisa descritiva, com abordagem qualitativa e quantitativa, por meio de um questionário e da técnica de observação. Para análise e interpretação dos dados utilizou-se transcrição e classificação das informações, tabelas e gráficos do Excel.Os resultados apresentaram informações importantes, como: o entendimento que os colaboradores do restaurante têm em relação ao histórico, regulamento, regras, a importância da comunicação no desempenho das funções, o fluxo dos processos, o retorno da avaliação do cliente. Observou-se, também, a percepção do funcionário tem sobre a importância do processo de treinamento ou programa de reciclagem, e da comunicação entre os setores de atendimento e produção e o impacto desses processos no atendimento da razão da organização, que é satisfazer o cliente da melhor forma possível.

Palavras-chave: Padronização de Processos. Organização, Sistemas e Métodos. Administração de Alimentos e Bebida.

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 01 – Notas sobre a Comunicação Interna e Oficial do Restaurante ............ 65

Gráfico 02 – Comunicação Atendimento X Produção .............................................. 69

Gráfico 03 – Comunicação Produção X Atendimento .............................................. 70

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LISTA DE TABELAS

Tabela 01 – Questões sobre comunicação na empresa .......................................... 61

Tabela 02 – Questões sobre processo e o fluxo de comunicação ........................... 63

Tabela 03 – Questões sobre treinamento aos colaboradores e a importância da sua

função ...................................................................................................................... 67

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LISTA DE QUADROS

Quadro 01 – Colaboradores participantes da pesquisa ........................................... 16

Quadro 02 – Aspectos metodológicos da pesquisa ................................................. 17

Quadro 03 – Principais autores pesquisados ........................................................... 18

Quadro 04 – Principais Personalidades da ciência administrativa ........................... 19

Quadro 05 – Principais Diferenças entre as Teorias Clássicas e das Relações

Humanas .................................................................................................................. 20

Quadro 06 – Composto de Marketing ...................................................................... 23

Quadro 07 – Principais características dos serviços ................................................ 25

Quadro 08 – Principais símbolos utilizados nos fluxogramas ................................... 37

Quadro 09 – Vantagens e desvantagens ao elaborar um manual ........................... 44

Quadro 10 – Classificação das atividades de gestão de pessoas ............................ 53

Quadro 11 – Classificação dos tipos de treinamento ............................................... 55

Quadro 12 – Algumas sugestões à empresa ........................................................... 72

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 12

1.1. Objetivo geral .................................................................................................... 13

1.2. Objetivos específicos ......................................................................................... 13

1.3. Justificativa da realização do estudo ................................................................. 14

1.4. Aspectos metodológicos .................................................................................... 14

1.5. Técnicas de coleta e análise dos dados ............................................................ 16

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................................ 18

2.1. Administração .................................................................................................... 18

2.1.1. Funções Administrativas ................................................................................ 21

2.2. Áreas da Administração .................................................................................... 22

2.3. Administração de Serviços ................................................................................ 25

2.4. Administração de Restaurante .......................................................................... 27

2.5. Organização de Sistemas e Métodos ................................................................ 35

2.5.1. Estrutura Organizacional e Organograma ...................................................... 35

2.5.2. Fluxograma e Qualidade em processos ......................................................... 36

2.5.3. Layout ............................................................................................................. 40

2.5.4. Formulários .................................................................................................... 42

2.5.5. Manuais .......................................................................................................... 43

2.5.5.1. Tipos de manuais ........................................................................................ 44

2.6. Gestão de pessoas ........................................................................................... 51

3. CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO ........................................................... 56

3.1. Histórico ............................................................................................................ 56

3.2. Ramo de atividade ............................................................................................ 57

3.3. Estrutura organizacional .................................................................................... 58

3.4. Visão ................................................................................................................. 58

3.5. Missão ............................................................................................................... 58

3.6. Produtos ............................................................................................................ 59

3.7. Mercados ........................................................................................................... 59

4. RESULTADOS DA PESQUISA ............................................................................ 60

4.1. Verificação da eficácia na comunicação institucional da empresa .................... 60

4.2. Mapeamento dos fluxos de trabalho do restaurante ......................................... 65

4.3. Avaliação das rotinas internas para melhoria do atendimento ao cliente .......... 67

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5. SUGESTÕES PARA A ORGANIZAÇÃO .............................................................. 72

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................. 74

REFERÊNCIAS ........................................................................................................ 76

APÊNDICES ............................................................................................................. 82

APÊNDICE A - Modelo do Questionário ................................................................... 83

APÊNDICE B – Modelo da Ficha de Observação .................................................... 85

APÊNDICE C – Manual dos Procedimentos ............................................................. 86

ASSINATURA DOS RESPONSÁVEIS ..................................................................... 97

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1. INTRODUÇÃO

Estar em Balneário Camboriú é presenciar o paraíso natural amparado por

conforto e diversão da vida urbana, segundo a ABIH SC (Associação Brasileira da

Indústria de Hotéis de Santa Catarina, dados de 2011) os cerca de 114 hotéis são

estruturados para realização de eventos de negócios e lazer com disposição de

salas e equipamentos, restaurantes com diversidade gastronômica nacional e

internacional.

Pode-se afirmar que o diferencial de um hotel é a qualidade dos serviços

prestados e o espaço físico, incluindo a decoração e os móveis existentes.

Ao analisar o quadro de hotéis existentes em Balneário Camboriú, conclui-se

que por trás dos bastidores, o que realmente difere uns dos outros, está baseado no

exercício da administração concisa, clara e objetiva.

Administrar um hotel é uma árdua tarefa, devido à gama de responsabilidade

existente, a parte administrativa se faz presente em todos os momentos, tanto na

hospedagem quanto na alimentação. O setor de alimentos e bebidas é a área de

gestão com mais complexidade na estrutura hoteleira, suas despesas são

proporcionalmente maior considerada a área critica ou problemática na hotelaria,

fazendo com que muitos setores acabam terceirizando o setor, comprometendo a

imagem do hotel.

Preocupados com a imagem do hotel, o setor administrativo do restaurante

busca a qualidade interna, com o objetivo final de proporcionar o melhor serviço,

assim a empresa Restaurante e Bar Pérgola Ltda escolheu pela pesquisa cientifica

solidificar sua estrutura organizacional por meio das técnicas da OSM.

Assim este trabalho de pesquisa procura incrementar a organização formal do

restaurante, sistematizando as práticas dos setores produção e atendimento,

focando os estudos dos processos e a comunicação institucional.

Para tanto, a questão norteadora deste trabalho está direcionada pelo

seguinte problema de pesquisa: Como sistematizar as práticas do Restaurante

Marambaia Gourmet, empregando as ações de OSM para melhoria da qualidade do

atendimento?

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1.1. Objetivo geral

Roesch (1999) afirma que o objetivo geral define o propósito do trabalho e o

específico, detalha como se pretende atingir um objetivo geral.

O propósito deste trabalho está baseado na área da organização, sistemas e

métodos, na qual se preocupa com estudo da estrutura organizacional e a

padronização dos processos existentes na empresa.

O objetivo geral deste trabalho é:

Analisar as práticas administrativas do Restaurante Marambaia Gourmet,

empregando as ações de Organização, Sistemas e Métodos para melhoria da

qualidade no atendimento.

Ballestero e Esmeralda (1990, p. 29) explica que Organização, Sistemas e

Métodos:

É a função de planejamento e organização que se desenvolve na construção da estrutura de recursos e de operações de uma empresa, bem como na determinação de seus planos-meios, principalmente na definição dos procedimentos, rotinas ou métodos.

Após definir o objetivo geral, elaboraram-se os objetivos específicos da

empresa.

1.2. Objetivos específicos

Roesch (1999) cita que os objetivos específicos precisam ser realistas e

executáveis; ser paralelos aos objetivos da organização e do acadêmico. Para

definição do objetivo geral deste trabalho, elaboraram-se os seguintes objetivos

específicos:

• Verificar a comunicação interna e comunicação da rotina para o entendimento da

gestão administrativa;

• Mapear os fluxos de trabalho, estabelecendo uma relação entre as atividades

internas pela percepção do colaborador em relação ao atendimento;

• Avaliar as rotinas internas para melhoria do atendimento ao cliente.

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1.3. Justificativa da realização do estudo

Propõe-se com o presente trabalho a padronização das atividades

desempenhadas pelo setor de Alimentos e Bebidas do Restaurante Marambaia

Gourmet, no intuito de melhorar a gestão do setor, visando à melhoria continua.

Pode-se dizer que é essencial justificar a importância, a oportunidade e a

viabilidade deste projeto tanto para o pesquisador quanto para a empresa e para a

Universidade.

Este estudo possibilitará a acadêmica por em prática os estudos abordados

na universidade durante o curso de Administração, aliado com os conhecimentos já

adquiridos com a faculdade cursada (Gastronomia), contribuindo com o crescimento

pessoal e profissional; outra vantagem é o período que a acadêmica trabalha na

empresa, contribuindo também como base para uma metodologia própria de

trabalho.

Para a empresa a justificativa maior é a qualidade no atendimento, visto que a

edificação é uma das mais antigas da cidade e para concorrer com os novos

restaurantes que surgem é necessário investir na qualificação do seu quadro

funcional, através da padronização das atividades desenvolvidas.

Para a pesquisadora o estudo possibilitará novas fontes de pesquisa e

conhecimento, assim como para a universidade e, especificamente para o Curso de

Administração este trabalho indica a interligação de diversas disciplinas, tanto nos

aspectos práticos e teóricos, como Recursos Humanos, Organização, Sistemas e

Métodos, Responsabilidade Social e Ambiental, Administração da Produção e

Marketing, futuramente até como uma produção cientifica do curso.

1.4. Aspectos metodológicos

Neste capítulo relata-se a metodologia utilizada para a realização deste

trabalho. Entende-se o método científico, como uma reunião de processos

intelectuais e técnicos assumidos para alcançar o conhecimento, de acordo com Gil

(1994).

Richardson (1999) define metodologia como procedimentos e regras

utilizadas por um determinado método ou caminho. Roesch (1999) explica que a

pesquisa de iniciação científica tem por finalidade expandir no acadêmico a

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familiaridade com a prática da pesquisa científica supervisionado por um

pesquisador qualificado.

Ressalta-se que quanto à tipologia de trabalho utilizou-se o modelo de

proposição de planos ao desenvolver o manual de procedimentos,apêndice C, que

conforme Roesch (1999) é apresentar propostas de planos ou sistemas para

solucionar problemas organizacionais, visa burocratizar e controlar sistemas.

O projeto baseia-se no paradigma fenomenológico, que segundo Roesch

(1999, p.123) “não é necessário levantar fatos e medir a freqüência de certos

padrões, mas apreciar as diferentes construções e significados que as pessoas

atribuem a sua experiência”, por isso serão utilizados métodos qualitativos

amparados por questões quantitativas, com aporte em levantamentos de dados para

compor um estudo de caso.

Ao elencar os aspectos metodológicos, este trabalho utilizou as tipologias

qualitativa e quantitativa, a fim de delinear todas as fases do trabalho. Como a

natureza de dados e a estratégia de pesquisa têm o conceito quali-quanti, tais

informações foram obtidas para descrever os fenômenos da gestão do setor de

alimentos e bebidas do Restaurante Marambaia Gourmet. Roesch (1999, p.137) “as

pesquisas de caráter descritivo não procuram explicar alguma coisa ou mostrar

relações casuais“.

Assim, de acordo com os objetivos esta pesquisa caracterizou-se como

descritiva, que para Gil (1999), tem como finalidade levantar opiniões, atitudes e

crenças de uma população que se quer estudar. Principalmente descobrir se

existem e quais as associações entre as variáveis, como a preferência de utilização

de determinado canal de atendimento.

A estratégia de pesquisa adotada é o estudo de caso, quando visa explorar o

ambiente organizacional, proporcionando melhorias, adaptações do existente e

estabelecer medidas para avaliar o sucesso do novo plano, depois da implantação,

dando assim, ao projeto a predominância da estratégia qualitativa. De acordo com

Roesch (1999, p.155) o estudo de caso é “uma estratégia de pesquisa que busca

examinar um fenômeno contemporâneo dentro do seu contexto”, procura saber o

como ou por que sobre os acontecimentos da empresa, onde o pesquisador tem

pouco ou nenhum controle sobre a empresa e o processo, como ocorre em um

estágio.

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O presente estudo possibilitou apresentar as condições da organização em

dado momento, para então apontar, através das informações coletadas, as práticas

administrativas que perfazem a comunicação institucional e o atendimento ao

cliente.

Os resultados serão publicados e divulgados para as pessoas e instituições

da área envolvida, para atender a um dos objetivos fundamentais do trabalho

cientifico, quando se espera que este estudo de caso seja um documento importante

para promover uma gestão baseada em qualidade em serviços.

1.5. Técnicas de coleta e análise dos dados

Os instrumentos de coleta de dados utilizados para esta pesquisa quali-quanti

foram o questionário, apêndice A, e a ficha para registrar a observação não

participativa, apêndice B. O Quadro 01 demonstra os colaboradores que

participaram da pesquisa, totalizando 17 questionários.

Quadro 01: Colaboradores participantes da pesquisa. Fonte: Informação cedida pela empresa, 2011.

Já na observação, o pesquisador permaneceu no local onde o evento estava

acontecendo, que de acordo com Roesch (1999, p.169) “ao avaliar a implementação

de um programa em uma empresa, o método de observação permite ao pesquisador

analisar com profundidade e detalhes do evento; descrever o que aconteceu e como

aconteceu”. Além disto, houve conversas informais com o setor de Recursos

Humanos.

Para o tratamento dos dados, Roesch (1999) explica que pode ser feita por

meio da análise do conteúdo, que consiste em um conjunto de instrumentos

metodológicos, que se aplicam a discursos muitos diversificados. A análise nos

estudos de Soriano, (2004, p.241), “consiste em separar os elementos básicos da

informação e examiná-los, de modo a responder as questões colocadas na

pesquisa.”.

Colaborador Quantidade Setor Chefe de Cozinha 01 Produção Chefe da Copa 01 Produção Cozinheiros 06 Produção

Auxiliar de Cozinha 02 Produção Steward 01 Produção Maitre 01 Atendimento Barman 01 Atendimento Garçons 04 Atendimento

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A seguir, no Quadro 02 apresentam-se os objetivos específicos, a natureza,

o instrumento e análise dos dados, todos os aspectos metodológicos do referido

trabalho.

Objetivos Específicos Natureza Instrumento Análise dos

Dados Identificar as funções básicas dos cargos, pela

hierarquia, habilidades e competências, existentes no Setor de Alimentos e Bebidas do

Restaurante Marambaia Gourmet.

Qualitativa Observação Análise de Conteúdo

Verificar a comunicação institucional da empresa.

Quantitativa Questionário Análise

Estatística

Mapear os fluxos de trabalho Quantitativa Questionário Análise

Estatística Avaliar as rotinas internas para melhoria do

atendimento ao cliente. Quantitativa Questionário

Análise Estatística

Quadro 02: Aspectos metodológicos da pesquisa. Fonte: desenvolvida pela acadêmica (2011).

Observando o quadro 02, referente aos aspectos metodológicos adotados na

pesquisa, quanto ao primeiro objetivo, o instrumento utilizado no presente trabalho

foi à observação, que de acordo com Roesch (1999) “é quando o pesquisador

procura compreender o objeto observado, anotando suas percepções em um diário

de campo.” E para analisar os dados empregou-se a análise de conteúdo, ainda

definido por Roesch (1999) apud Weber (1990) “utiliza-se uma série de

procedimentos para levantar inferências válidas a partir de um texto.”

Para o segundo, terceiro e quarto objetivos, todos de natureza quantitativa,

foram utilizados os questionários, definido por Roesch (1999) como ”um instrumento

de coleta de dados que busca mensurar alguma coisa”.

Para analisar os resultados deste instrumento de pesquisa, adotou-se a

análise estatística, ainda de acordo com a autora citada acima, “normalmente os

dados coletados são submetidos à análise estatística, com a ajuda de

computadores, costuma-se utilizar uma planilha para a codificação manual dos

dados”.

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2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Na revisão bibliográfica, apresentam-se informações básicas que

fundamentam este trabalho, enfatizando os aspectos relacionados à administração,

recursos humanos, organização, sistema e métodos, por fim a padronização do

modelo praticado pela empresa. No Quadro 03 mostra a síntese dos principais

autores utilizados para a fundamentação teórica deste trabalho acadêmico.

Tema Autor Síntese

Administração Chiavenato, Idalberto O que significa administrar, suas funções e

áreas de atuação. Administração de

serviços Fitzsimmons, James; Fitzsimmons, Mona

Tipos de serviços, qualidade e gerenciamento do mesmo.

Administração de Recursos Humanos

Chiavenato, Idalberto Conceito, políticas.

Organização, Sistemas e Métodos.

Cury, Antonio Processos, função do OSM.

Qualidade em Serviços Las Casas, Alexandre. Importância da qualidade na prestação de

serviço. Comportamento Organizacional

Robbins, Stephen Como esta organizada a empresa

Quadro 03:Principais autores pesquisados. Fonte: elaborada pela acadêmica (2001).

Seguindo a ordem apresentada no quadro três, o primeiro tópico abordado

neste trabalho será o conceito de administração, suas funções, suas áreas, dando

ênfase a Organização, Sistemas e Métodos, tema referencia desta pesquisa.

2.1. Administração

Frente às mudanças ocorridas no atual cenário empresarial, surge à

necessidade das empresas buscarem novas ferramentas para continuarem

competitivas, onde para conseguir satisfazer as necessidades do mercado de

maneira eficaz e eficiente, elas precisam recorrer à ciência administrativa.

Segundo Chiavenato (1995) a administração é mais do que a condução

racional das atividades de uma organização, assim fundamental para a existência,

sobrevivência e sucesso das organizações. Sem a administração, as organizações

jamais teriam condições de se manterem no mercado.

Esta condição racional acontece porque a produção de conhecimento

administrativo é realizada através da aplicação de métodos científicos, mediante a

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utilização de processos sistemáticos de aquisição e tratamento das informações.

(MAXIMILIANO, 1995).

Porém, a administração além de se apoiar em ferramentas que possuem

caráter científico, necessita de pessoas. Sendo que, Cury (1986), afirma que

administração é um tipo de esforço humano cooperativo, que possui um alto grau de

racionalidade. Koontz e O´Donnel (1981, p.32), em uma visão focada nas pessoas,

afirmam que a “administração é a criação e manutenção de um ambiente no qual os

indivíduos possam trabalhar e atingir metas grupais”.

A partir do século XX a administração sofreu grandes transformações. As

principais personalidades que marcaram sua história e influenciaram o atual

pensamento administrativo podem ser visualizadas no Quadro 04:

TEORIA PERSONALIDADE

Da Administração Científica Taylor

Da Burocracia Weber

Clássica das Organizações Fayol

Das Relações Humanas Mayo e Lewin

Das Decisões Simonn

Dos Sistemas Berttalanffy, Kast e Rosenzweig.

Neoclássica da Administração Koontz, O´Donnel, Newman e Drucker

Dos Sistemas Sociotécnicos Emercy e Trist

Comportamental da Administração McGregor, Likert e Argyris

Do Desenvolvimento Organizacional Bennis, Beckhard e Schein

Da Contingência Lawrence e Lorsch

Quadro 04: Principais Personalidades da ciência administrativa. Fonte: adaptado de Stoner e Freenan, 1992.

A partir desses estudiosos, a evolução da ciência administrativa foi possível e

com o decorrer do tempo expandiu-se e diferentes abordagens representaram os

passos rumo ao moderno conceito de administração. Conforme Chiavenato (1995),

podemos destacar que na administração científica a ênfase é nas tarefas e na

racionalização do trabalho no nível operacional.

Em relação à teoria clássica ou neoclássica é dada maior relevância na

estrutura organizacional formal, surgem os princípios gerais da administração e

funções do administrador. De acordo com Chiavenato (1999) a principal

característica da Teoria Clássica é a ênfase na estrutura que a organização deveria

possuir para ser eficiente.

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Em seguida surge a teoria da burocracia onde toda a ênfase é voltada para

a estrutura, com uma organização formal, burocrática, surgindo a racionalidade

organizacional. Segundo Charnov e Montana (2003) aqueles que se basearam

nessa teoria tinha como primórdio a conscientização do funcionamento gerencial e a

habilidade do gerente frente a organização.

Por conseqüência surge à teoria estruturalista, baseada, como o próprio

nome diz, na estrutura, com múltipla abordagem, organização formal e informal,

análise intra-organizacional e interorganizacional. Chiavenato (1999) afirma que a

estrutura organizacional é caracterizada pela cadeia de comando, baseada no

princípio da unidade de comando, que significa que cada empregador deve se

reportar a um só superior.

Chiavenato (1999) relata que essas outras teorias estão focadas nas pessoas

que fazem parte da organização, a primeira é a das relações humanas em que toda

a ênfase é nas pessoas, são organização informal, surgindo à motivação, liderança,

comunicações e dinâmicas de grupo, em seguida surge à teoria do comportamento

organizacional, com ênfase também nas pessoas, mas com estilos de administrar,

uso da teoria das decisões e integração dos objetivos organizacionais e individuais.

Por ultimo, surgem três outras teorias, uma com ênfase nas pessoas, mas com

abordagem de sistema aberto e mudança organizacional planejada, a teoria do

desenvolvimento organizacional, já a estruturalista a ênfase é no ambiente, com

análise intra – organizacional e ambiental, abordagem do sistema aberto, a última

seria a da contingência, com ênfase também no ambiente, preocupação com a

tecnologia, abordagem ampla do desenho organizacional.

A seguir o Quadro 05 aponta as principais diferenças entre as duas principais

teorias apresentadas acima.

Teoria Clássica Teoria das Relações Humanas Trata a organização como uma máquina Trata a organização como grupo de pessoas

Enfatiza as tarefas ou a tecnologia Enfatiza as pessoas Inspirada em sistemas de engenharia Inspirada em sistemas de psicologia

Autoridade Centralizada Delegação plena de autoridade Linhas Claras de autoridade Autonomia do empregado

Especialização e competência técnica Confiança e abertura Acentuada divisão do trabalho Ênfase nas relações humanas entre as pessoas.

Confiança nas regras e nos regulamentos Confiança nas pessoas Clara separação entre linha e staff. Dinâmica grupal e interpessoal. Quadro 05: Principais Diferenças entre as Teorias Clássicas e das Relações Humanas.

Fonte: Chiavenato, 1999.

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A partir destas teorias, foi possível chegar à administração tal como

conhecermos hoje. Para analisarmos melhor essa ciência, é importante ressaltar,

também, quais suas principais funções, apresentadas a seguir.

2.1.1 Funções Administrativas

As funções administrativas são requisitos importantes para formulação de

estratégias para a tomada de decisão de qualquer organização. Sendo que Stoner e

Freeman (1995) definem administração como o processo de planejamento,

organização, liderança e de controle dos esforços empreendidos pelos membros da

organização, bem como o uso de todos os outros recursos existentes para alcance

dos objetivos estabelecidos, para garantir o sucesso no desempenho da atividade é

de suma importância ter definidas as funções administrativas: Planejamento,

organização, direção e controle.

Somente através deste fundamento é possível atingir a eficiência e eficácia

de um sistema. Este conceito é reafirmado por Chiavenato (1995), quando destaca

que a tarefa da administração é interpretar os objetivos propostos pela empresa e

transformá-los em ação empresarial, por meio de planejamento,organização, direção

e controle de todos os esforços realizados em todas as áreas e em todos os níveis

da empresa, a fim de atingir tais objetivos.

Estas funções, descritas por Chiavenato (1995) e Maximiliano (1995),

funcionam de maneira interligada. O administrador se utiliza delas em todas as

etapas que envolvem o processo de administrar uma empresa. Pois segundo Motta

(1992) o bom administrador será aquele que á medida na qual administra uma

empresa, planeja cuidadosamente todas as etapas, organiza e coordena

racionalmente todas as atividades de seus subordinados, sabendo controlar e

comandar tais atividades. Sendo assim, as funções da administração serão divididas

em quatro processos básicos descrito sinteticamente.

O planejamento serve para determinar a tarefa a realizar, abrange uma

grande gama de decisões (Chiavenato, 1995), já a organização é conceituada como

o agrupamento de funções relacionadas em unidades gerenciáveis segundo critérios

específicos de homogeneidade das atividades e correspondentes recursos sejam

humanos, financeiros, materiais e equipamentos, para atingir os objetivos

organizacionais. (Alvarez, 1990).

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Direção é o processo de mobilizar e acionar os recursos, para atingirem

objetivos (Maximiliano, 1995), constitui uma atividade administrativa humana e

social, motivada pelo exercício da autoridade, comunicação, liderança e motivação,

visando à interação entre as pessoas e os diversos grupos existentes na empresa,

por últimos temos o controle que é o processo para assegurar que os resultados

obtidos correspondem ao resultado desejado (Chiavenato, 1995).

2.2. Áreas da Administração

A administração, para melhor ser estudada, é composta por seis áreas que

são: financeira, produção, mercadológica, materiais, organização de sistemas e

métodos e recursos humanos.

• Administração Financeira: Ross (1998) afirma que o conceito está relacionado

com as responsabilidades do administrador financeiro, onde há a necessidade de

administrar ativamente as finanças de todos os tipos de empresas, com ou sem fins

lucrativos, desempenhando uma variedade de tarefas, tais como orçamento,

previsões financeiras, administração de caixa, de crédito, análise de investimentos e

captações de fundos.

• Administração da Produção: outra ramificação que envolve todo o processo

produtivo, desde seu planejamento até o desenvolvimento do produto. Zacarelli

(1987, p. 04) define administração da produção como “atividade pela qual os

recursos, fluindo dentro de um sistema definido, são reunidos e transformados de

forma controlada, a fim de agregar valor, de acordo com os objetivos empresariais.”

Dentro desse contexto, a administração da produção agrega um enorme valor, pois

é através dela, que é realizado o controle de todo o processo de produção no

intuito de atingir os objetivos da organização. O administrador da produção

encontra-se envolvido nas seguintes áreas: planejamento e controle da produção,

controle da qualidade, análise de métodos, layout, movimentação de materiais e

controle de estoques. (MAYER, 1992).

Concluindo a importância dessa área, Martins e Laugeni (1998), afirmam que

todas as atividades desenvolvidas por uma empresa se inter-relacionam na

tentativa de transformar insumos em materiais acabados ou em serviços, o que

constitui o objetivo da administração da produção é a gestão eficaz dessas

atividades.

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• Administração Mercadológica: Conforme definição de Kotler (1996, p. 31) é “a

atividade humana dirigida para a satisfação das necessidades e desejos, através

dos processos de troca”. O Quadro 06 mostra o composto de marketing.

COMPOSTO DE MARKETING

Produto Qualidade, características, opções, estilos, nome da marca, embalagem, tamanho,

serviço, garantia. Promoção Propaganda ,venda, promoção de vendas, relações públicas, merchandising. Preço Lista de preços, descontos, prazo de pagamento. Praça Canais de distribuição, cobertura, localização, transporte.

Quadro 06: Composto de Marketing Fonte: adaptado de Cobra (1992, p. 43).

Baseada no Quadro 06 fica evidente que o marketing significa muito mais do

que fazer propaganda, é uma série de fatores. Podemos reafirma a idéia, através de

Cobra (1992), que define marketing como sendo muito mais que propaganda ou

venda simplesmente. É todo um desempenho para colocar o produto certo no local

certo, é mais que um exercício de negociação entre produtores e distribuidores.

Sendo expresso numa forma de sentir o mercado e buscar o desenvolvimento de

produtos ou serviços, que satisfaçam necessidades específicas, contribuindo para o

desempenho das atividades comerciais que dirigem o fluxo de bens e serviços do

produtor ao consumidor ou usuário. (LAS CASAS, 1997).

Mediante conceitos apresentados sobre a administração mercadológica,

pode-se compreender que o marketing busca sempre proporcionar aos clientes ou

consumidores, a satisfação permanente de suas necessidades.

• Administração de Materiais: De acordo com Campos (2006, p. 4) é a parte da

administração que,

engloba a seqüência de operações, que tem seu inicio na identificação do fornecedor, na compra do bem, em seu recebimento , transporte interno e acondicionamento, em seu transporte durante o processo produtivo, em sua armazenagem como produto acabado e, finalmente, em sua distribuição ao consumidor final.

Levando em consideração que administração de estoque tem uma ligação

direta com estoques, e que segundo Gonçalves (2004, p. 2)

[...] se os investimentos em estoques forem bem otimizados e bem administrados tanto em termos de negociações e estratégias de aquisição quanto de dimensionamento de estoques e projetos de sistemas de distribuição, eles poderão ser significativamente reduzidos e otimizados com elevados ganhos para a empresa.

Um sistema de materiais eficiente deve estabelecer uma integração da

previsão vendas até a entrega do produto final, envolvendo o controle de estoques,

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as compras, o almoxarifado, planejamento e controle da produção, importação e

transporte e distribuição. Dias (2005) afirma que um sistema logístico integrado

começa no planejamento das necessidades de materiais e termina com a colocação

do produto final ao consumidor.

Para tanto, os administradores devem possuir o domínio da Gestão de

estoques, seus princípios e técnicas, pois Dias (2005, p. 18) cita que o objetivo é

“otimizar o investimento, aumentando o uso eficiente dos meios financeiros,

minimizando as necessidades de capital investidos em estoques.”

Administração de Recursos Humanos: Envolvida com a maneira com que a

organização administra o seu maior capital, o humano. Segundo Aquino (1980), as

políticas de recursos humanos não podem ser direcionadas apenas a um grupo e

sim a toda organização, onde é necessário haver o envolvimento de todos, desde a

alta gerência ao supervisor, para conseguir vencer os desafios através de coesão e

participação de todos os elementos da organização.

A função de recursos humanos, conforme Carvalho e Nascimento (1997)

se refletem nas relações com o ambiente onde a empresa age, especificamente

junto ao mercado de trabalho com seus inúmeros desafios, principalmente num

contexto econômico e social pouco estável como o caso do nosso país.

De acordo com Chiavenato (1999), não há critério definido para gerenciar

pessoas. A administração de recursos humanos é contingencial, ou seja, depende

da situação organizacional que está o ambiente, da tecnologia empregada, das

políticas e diretrizes aplicadas, da filosofia administrativa existente, da concepção da

organização acerca do homem e da sua natureza e, sobretudo, da qualidade e

quantidade dos recursos humanos disponíveis. À medida que houver mudanças

nestes elementos, consequentemente mudará a forma de administrar os recursos

humanos da organização.

Pode-se a partir das idéias de Carvalho e Nascimento (1997), Chiavenato

(1999) compreender que administração de recursos humanos não possui um modelo

pronto, que ela depende de fatores externos e internos e é preciso haver um

comprometimento de todos os membros da organização, para o bom funcionamento

da empresa.

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2.3. Administração de Serviços

Para grande parte das pessoas, de acordo com Fitzsimmons e Fitzsimmons

(2005) serviço é sinônimo de servidão e traz á mente trabalhadores preparando

hambúrgueres e servindo mesas. Entretanto, o setor de serviço é bem mais do que

isto, engloba principalmente a administração da produção, tendo pontos de comum

acordo. È difícil determinar a diferença entre um produto e um serviço, pois a compra

de um produto é acompanhada de algum tipo de serviço e a compra de um serviço

muitas vezes inclui um produto, como por exemplo, os alimentos em um restaurante.

Primeiramente devemos conceituar o que é um serviço, já que o principal

objetivo das empresas prestadoras de serviços é atender bem o seu consumidor. De

acordo com Las Casas (1994, p.14) definem-se serviços como “atos, ações,

desempenho”. Esse conceito engloba de forma simples e objetiva todas as

categorias de serviços, quer sejam agregados a um bem ou não.

Hargreaves, Lee, Zuanetti (2001) define serviços como resultado de pelo

menos uma atividade desempenhada na interface do fornecedor com o cliente,

geralmente intangível.

Após entender o significado de serviço, necessário compreender as

principais características do mesmo, descrita no Quadro 07.

Características Autores Descrição

Intangibilidade Las Casas, Alexandre. Serviços são abstratos, podem ser percebidos pelos clientes, mas não é o produto em si.

Inseparabilidade Las Casas, Alexandre. Não se pode produzir ou estocar serviços.

Heterogeneidade Fitzsimmons, James; Fitzsimmons, Mona.

Variação de serviço de cliente para clientes.

Perecibilidade Fitzsimmons, James; Fitzsimmons, Mona.

Se o mesmo não for utilizado no momento, considere-se perdido, pois não é estocado.

Quadro 07: Principais características dos serviços. Fonte: adaptado de Fitzsimmons (2005), Las Casas (2006).

Levando em conta as características citadas acima, as empresas

prestadoras de serviços estão administrando suas atividades de forma global,

melhorando o padrão de qualidade dos serviços prestados. Heilborn e Lacombe

(2003, p. 459) definem qualidade como “propriedades ou características de um

produto ou serviço relacionadas à sua capacidade de satisfazer as necessidades

explícitas ou implícitas do que utilizam”.

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Para Albrecht (2000) qualidade é a capacidade que uma experiência ou

outro fator venha satisfazer uma necessidade, com o intuito de resolver um problema

ou fornecer benefícios a alguém.

Zuanetti e Hargreaves (2001) afirmam que a qualidade de um serviço é

medida pelo conjunto de características capazes de atender ás necessidades

implícitas e explicitas do cliente.

A organização precisa identificar com precisão o que o cliente considera

como atributos adequados ao serviço que pretende consumir e comunicar aos seus

colaboradores a importância em concretizar esses atributos.

Esses atributos podem estar relacionados às necessidades implícitas, que

são aquelas que o cliente espera ou deseja; já as explicitas são as expressas

formalmente relacionadas a objetivos, compromissos que o fornecedor assume com

o cliente.

Zuanetti e Hargreaves (2001) explicam que há uma relação entre um serviço

de qualidade e a plena satisfação do cliente, devido à empresa prestadora de

serviço estar concentrada em atender as necessidades e os desejos do cliente,

criando um serviço que atenda ou exceda as expectativas do mesmo.

De acordo com La Casas (1994) a qualidade na prestação de serviços é o

resultado de todos os momentos em que o cliente entra em contato com algum

aspecto da organização e obtém uma impressão de qualidade de seus serviços.

Para alcançar a qualidade na prestação de serviço, Zuanetti e Hargreaves (2001)

afirma que depende exclusivamente de a empresa possuir uma boa infra-estrutura e

do desempenho de cada colaborador. Todos devem ter consciência do seu papel a

ser cumprido e ser comprometido com o objetivo a ser atingido.

Em serviços, a avaliação da qualidade surge durante ao longo de todo o

processo de prestação de serviço, por meio dos momentos de verdade,

conceituados por Fitzsimmons (2005) quando o cliente tem contato com o processo

ou com colaboradores, tendo a oportunidade de satisfazer ou não.

Quando se excedem as expectativas, o serviço é percebido como de

qualidade excepcional, no entanto quando não se atende às expectativas, a

qualidade do serviço passa a ser vista como inaceitável.

Fitzsimmons (2005) relata em uma pesquisa feita por clientes de diversas

prestadoras de serviços, as seguintes dimensões, que os mesmos utilizam para

julgar a qualidade dos serviços:

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• Confiabilidade: capacidade de prestar o serviço prometido com confiança e

exatidão.

• Responsabilidade: disposição para auxiliar os clientes e fornecer o serviço

prontamente.

• Segurança: está relacionada ao conhecimento e a cortesia dos funcionários,

bem como sua capacidade de transmitir confiança e confidencialidade.

• Empatia: é demonstrar interesse, atenção personalizada aos clientes.

• Aspectos tangíveis: compreende a aparência das instalações físicas,

equipamentos, pessoal e materiais.

Ao pesquisar essas dimensões, Fitzsimmons (2005) concluiu que a

qualidade dos serviços prestados baseia-se na comparação entre o serviço

esperado e o percebido, e a diferença entre ambos é uma medida da qualidade do

serviço, sendo negativa ou positiva.

Zuanetti e Hargreaves (2001) finalizam que para o sucesso de uma

prestadora de serviço é necessário levar em consideração que é feita por pessoas e

para pessoas, salientando ainda que a excelência dos serviços resulta da busca de

qualidade e não do lucro.

2.4. Administração de Restaurante

Segundo Castelli (2003, p.297) define restaurante “o estabelecimento que

fornece ao público alimentação mediante pagamento.” Ainda de acordo com esse

autor, em relação à classificação, podem ser de luxo, de primeira, segunda ou

terceira categoria. Para alcançarem determinada classificação, os restaurantes

devem ter como pré-requisito uma grande variedade de exigências, sempre

baseadas nos interesses dos clientes. Além disso, importante considerar a qualidade

da comida e dos serviços oferecidos, as instalações e equipamentos adequados, o

tamanho e a capacidade do estabelecimento, decoração, higiene e limpeza do

restaurante.

Castelli (2003) afirma que os principais tipos de restaurantes são:

• Restaurante clássico ou internacional: oferece um serviço requintado e servem

pratos da cozinha internacional e alguns pratos da cozinha brasileira, pratos este

com grande demanda;

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• Restaurante regional: conhecidos por possuir uma decoração típica e por pratos

típicos. Originário de uma região ou de um país, com características bem

acentuadas.

• Restaurante comercial: possui instalações simples e cardápios de pratos rápidos

e baratos, adequado à clientela, composta, geralmente por pessoas que trabalham

próximos, como nos escritórios e no comércio da região.

• Restaurante de empresa: situado dentro de empresa, geralmente terceirizado,

sua finalidade é servir a comida dos funcionários. O serviço é self service, com

cardápio simples e rápido.

• Restaurante de hotel: destina-se a servir os clientes instalados no hotel

• (hóspedes) muitas vezes, este tipo de estabelecimento é terceirizado ou em

alguns casos, administrado por um quadro de funcionários do hotel, responsável

pelo café da manha, almoço, jantar, também pode atender clientes passantes.

Os restaurantes apresentam peculariedades quanto aos tipos de serviço

oferecidos aos clientes. De acordo com Janeiro (1997) os serviços dos restaurantes

podem ser agrupados principalmente nas seguintes modalidades:

• Serviço a La carte: é aquele em que os clientes escolhem os pratos que desejam

consumir, mediante as opções do cardápio do restaurante;

• Serviço table d´hôte: oferece uma refeição com o mesmo cardápio para todos os

clientes, em um horário fixo; sendo utilizados em hotéis, devido à baixa procura ao

setor de alimentos e bebidas de um hotel;

• Serviço de banquete: refeição solene ou festiva em que um grupo numeroso de

pessoas, utilizando o mesmo cardápio e servido ao mesmo tempo, geralmente é

servido em formato de buffets, principalmente em eventos nos hotéis.

Atualmente, o setor de restaurante possui cerca de um milhão de empresas

em todo o país, representa atualmente 2,4% do Produto Interno (PIB) do Brasil, além

disso, o hábito de alimentação fora de casa é cada vez mais crescente e

corresponde a 26% dos gastos dos brasileiros com alimentos.

Segundo a Associação Brasileira de Bares e Restaurante (Abrasel), o setor

emprega seis milhões de pessoas, considerado também um potencial na geração de

trabalho, principalmente no que se refere às oportunidades de primeiro emprego,

absorção de mão-de-obra não especializada, melhoria da qualificação profissional e

desenvolvimento de novas carreiras.

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De acordo, ainda com a Abrasel (dados de 2007), o crescimento do setor de

restaurantes tem como principal causa à tendência da população brasileira cozinhar

cada vez menos a própria comida. Além disso, o fato da mulher estar mais presente

no mercado de trabalho, e consequentemente, ausente do lar, também colaboraram

para o crescimento deste setor.

Segundo Solmucci Júnior (2007), presidente nacional da Abrasel, os

serviços de alimentação fora do lar têm muito a oferecer no processo de

desenvolvimento social do Brasil, como foi comprovado por meio do estudo

”Economia do turismo: análise das atividades características de turismo.” Alguns

dados deste trabalho, realizado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e

Estatística), divulgado posteriormente pelo Ministério do Turismo, por meio da

EMBRATUR (Instituto Brasileiro do Turismo) demonstram que 81,49% das

prestadoras de serviço no turismo são empresas de alimentação, que corresponde

por 65,3% dos empregos. No que se refere à receita operacional liquida do turismo,

o segmento de alimentação também se destaca, sendo responsável por 31,18% do

montante dessa receita. Além disso, as empresas de pequeno porte dominam as

atividades relacionadas ao turismo no Brasil, representando 97,2% desse universo,

com destaque para o setor de alimentação, que corresponde a 79,9% do total.

(SOLMUCCI JÙNIOR, 2007).

Librizzi (2007), presidente do Conselho de Administração da Abrasel de

Santa Catarina, relata que o setor de restauração está sendo mais reconhecido

pelos governos estadual e federal. Exemplos desse reconhecimento são as

iniciativas apoiadas pelo Ministério do Turismo e a criação da “Comissão

Interministerial para o Desenvolvimento do Setor de Serviços de Alimentação Fora

do Lar”, que tem por objetivo discutir temas como a regulamentação de questões

trabalhistas, qualificação da mão de obra, segurança dos alimentos, inclusão social e

relacionamento com as operadoras de tíquetes refeição.

Inserido em um ramo bastante disputado, que segundo o SEBRAE (2011)

são 800 mil estabelecimentos no país, os restaurantes não dependem mais só da

boa comida para alcançarem o sucesso, necessita estarem atentos aos desejos dos

clientes.

O conceito de restaurante é simples, mas o tema é abrangente, existindo

várias abordagens, classificações e características. De acordo com o dicionário

Aurélio, a definição para restaurante é: “estabelecimento comercial onde se prepara

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e servem refeições”, ou ainda, “lugar onde se servem refeições avulsas a certo

número de pessoas”.

São vários os motivos que levam as pessoas a freqüentarem um

determinado restaurante, que de acordo com Fonseca (2000, p.121) pode ser o

status de ser visto e freqüentar lugares onde pessoas famosas costumam freqüentar

também, a peculiaridade do ambiente, um cardápio bem elaborado, a questão preço

versus benefícios.

Em qualquer empresa, no caso em restaurantes, é preciso aliar estes

aspectos num planejamento adequado para prever, programar e coordenar

procedimentos direcionados ao sucesso da empresa. Chiavenato (2005) fala que

elaborar um plano de negócios é o curso predeterminado de ação sobre um período

especificado de tempo, constituindo-se numa ferramenta de gestão com múltiplas

aplicações. Podendo ser aplicado a muitas áreas: como o planejamento físico (por

exemplo, a localização do restaurante, a aquisição e disposição de equipamentos),

financeiro, orçamentário e de marketing. A combinação de todos os planos da

empresa resulta, conforme Chiavenato (2005), no planejamento global.

Para Bolson (2004), o plano de negócio é um planejamento dinâmico que

descreve um empreendimento, projeta estratégias operacionais e de inserção no

mercado e prevê os resultados financeiros. Segundo o mesmo autor, a estratégia de

inserção no mercado talvez seja a tarefa mais importante e crucial do planejamento

de novos negócios.

Na hora de idealizar um empreendimento, Vettore (2006) relata que é

preciso, primeiramente, definir o conceito do restaurante para depois planejar a

estrutura que irá comportar uma série de variedades que gera a identidade da casa,

entre elas o cardápio, o público-alvo, a localização e a ambientação.

Sobre o tema da gestão de restaurantes, Ricciardi (2008), enfatiza a

importância de ter uma estratégia traçada para a administração de um restaurante.

Os elementos básicos para tal definição incluem as seguintes variáveis:

• A tipologia do estabelecimento (relação produto, cardápio e tipo de

atendimento).

• A tipificação do público-alvo (faixa etária, padrão social etc.),

• A localização ou ponto ideal para o tipo de restaurante,

• A faixa de preços a ser praticada na venda dos produtos.

• O padrão de qualidade dos produtos e serviços;

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• Ambiente: clima, tema e design.

Vettore (2006) enfatiza que, além do plano de negócios, é importante

desenvolver um plano de marketing, que vai depender muito do perfil do restaurante

e do recurso disponível para esse investimento.

Atualmente como o aumento da concorrência no setor de restauração,

percebe-se que uma grande parcela do sucesso dos estabelecimentos está ligada

ás estratégias de marketing que os mesmos adotam.

Meyer (2007) afirma que em primeiro lugar devem vir os funcionários, que

só podem receber como anfitriões quando se sentem “em casa”. Ele acredita que se

os funcionários se sentirem valorizados, uma corrente de hospitalidade se instala

nas relações com os clientes, que retribuem, tornando-se fiéis ao restaurante. A

partir daí, a propaganda “boca-a-boca” faz o resto.

Sobre a propaganda “boca-a-boca”, Maricato (2004, p. 61) considera que

se trata do “mais ambicioso marketing de restaurantes, bares e similares [...] Além

de ser agradável, convincente e apresentar os melhores resultados, não tem custo”,

porque ocorre espontaneamente, quando o cliente se sente satisfeito e percebe que

suas expectativas foram superadas, obtendo prazer e emoção.

Sobre este tema, a Revista Bares e Restaurantes (2006) apresentou uma

reportagem onde se explica algumas estratégias de marketing adotadas pelo setor,

sendo essas:

• Marketing boca a boca: é uma das formas mais eficazes de propaganda,

possuindo um custo quase nulo. Quando o cliente é bem atendido e fica satisfeito, o

mesmo não só volta ao restaurante, como recomenda aos amigos. Caso ocorra o

contrário, além de não voltar, o cliente pode divulgar uma imagem negativa da

empresa;

• Mala direta: é a veiculação da mensagem por meio de uma carta, que é

entregue diretamente aos clientes que estão cadastrados no banco de dados do

restaurante, atualmente esse processo é feito por meio do uso da internet;

• Divulgação por folhetos: forma clássica de propaganda, onde são entregue às

pessoas papéis contendo as principais informações e algumas imagens do

restaurante;

• Preço justo: é comum quando os restaurantes apresentam preços menores

que os da concorrência, não deixando de oferecer serviços e produtos de qualidade

aos clientes.

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Na mesma reportagem, a revista Bares e Restaurantes (2006) apresenta

outras estratégias, como: divulgação de rádio local, promoções relâmpagos,

divulgação televisiva, intenso investimento em melhorias no estabelecimento, com o

intuito de criar ou melhorar um diferencial, fixação da marca, elaboração de um

cadastro informatizado dos clientes e programas de parcerias com outras

organizações.

Neste contexto, Fernandes, Leite e Silva (2007) observam que as estratégias

de marketing têm como meta conquistar um número cada vez maior de consumidor,

proporcionando à organização um posicionamento privilegiado no mercado e

possibilitando que os clientes identifiquem de forma clara e eficiente as vantagens

competitivas que a mesma oferece.

No ambiente competitivo em que os restaurantes estão inseridos, observa-se

um crescimento significativo da importância de uma adequada gestão de custos,

tendo como objetivo principal a sustentabilidade competitiva no mercado. Para obter

sucesso neste aspecto, Pompermayer (1999) explica que a empresa deve implantar

em seu ambiente operacional um sistema de gestão compatível com as suas

necessidades gerenciais, permitindo o controle dos elementos que compõem seus

produtos, a avaliação dos resultados, a análise de margens de contribuição, a

tomada de decisões de mudanças em processos de produção e a análise dos

benefícios da utilização de tecnologias avançadas de produção e de apoio ao

planejamento estratégico da organização.

Numa visão administrativa abrangente, segundo Pompermayer e Lima (2002,

p. 52) “a gestão de custos tem seu grande objetivo na maximização dos lucros, cuja

eficácia mais contundente é a conquista natural da liderança em custos”. É esta a

estratégia competitiva principal para levar um restaurante a conquistar mais fatias e

permanência assegurada no mercado em relação ao seu concorrente. Daí a

importância de se implantar um sistema de custos, que é o conjunto dos meios e

métodos que a empresa utilizará para obter informações gerenciais, ou seja, para

coletar e sistematizar os dados de que necessita para produzir informações.

Segundo Leone (2000, p. 21), a visão gerencial dos custos se completa no

momento em que os custos são visualizados na empresa e/ou instituição como um

“centro processador de informações, que recebe (ou obtém) dado, acumula-os de

forma organizada, analisa-os, interpreta-os, produzindo informações de custos para

diversos níveis gerenciais”. As técnicas para apuração de custos, sejam elas

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contábeis ou gerenciais, são aplicáveis em todos os negócios, de um modo geral,

principalmente para planejar, administrar e controlar as atividades econômicas

resultantes de cada negócio.

Após ter definido a tipologia do restaurante, é necessário organizar o

cardápio, que é a lista de pratos que compõem uma refeição, o profissional de

Gastronomia precisa, segundo Teichmann (2000a), conhecer o público-alvo –

incluindo informações como poder aquisitivo, idade, religião, nível cultural –, a

tipologia do restaurante e, com relação aos custos, verificar a disponibilidade e a

sazonalidade dos produtos. A partir destes elementos, o profissional pode

determinar quais pratos são os mais adequados para o empreendimento.

Cândido e Vieira (2003, p. 291) consideram como elementos básicos de um

bom cardápio a variedade de alimentos e a harmonia, sendo esta “obtida pela

comunicação de cores, consistência e sabores, exigindo do profissional gosto e

criatividade no preparo dos pratos”.

Após decidir o cardápio a ser adotado, elaboram-se as fichas técnicas.

Freund (2005, p. 85) compreende a ficha técnica como “um documento da cozinha”,

que objetiva formar o padrão das produções, definir a quantidade de ingredientes

para a elaboração de cada prato, determinar os custos com o percentual de valor de

cada ingrediente na composição de um prato.

Do ponto de vista da qualidade do serviço, Pacheco (1999a, p. 92) observa

que “as receitas padronizadas garantem ao cliente qualidade e quantidade mais

estáveis”. O autor ressalta a importância das fichas técnicas como um instrumento

de controle, pois como ela estipula quantidades, fica mais fácil fazer o cálculo dos

gastos e a previsão de compras. Cracknell et al (1993, p. 155) apontam os

benefícios de um planejamento administrativo da cozinha, destacando a realização

da ficha técnica.

A fim de se controlar o aspecto financeiro [...] é necessário saber o custo exato de cada artigo produzido e serviço para que se possa avaliar o seu valor e custo em relação ao cliente [...] é necessário saber quais são as despesas a que está sujeita a produção e o serviço alimentar e de bebidas a um cliente, e é essencial que todas elas lhe sejam transmitidas nos preços cobrados enquanto se fornece qualidade pelo preço pago. CRACKNELL ET AL (1993, p. 155)

Vale ressaltar que a padronização não está restrita às receitas, mas, como

adverte Freund (2005) atinge os produtos utilizados, de modo a promover um melhor

aproveitamento dos gêneros. É possível então concluir que, neste aspecto é

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responsabilidade do chef o gerenciamento de uma cozinha, pois de certa forma ele

coordena e administra a própria organização, seja no plano das relações pessoais

(treinamento, coordenação e avaliação de seus auxiliares), seja no plano

socioeconômico e na administração do negócio gastronômico.

Domingues (2008) afirma que em um restaurante, o profissional que merece

destaque é o chefe de cozinha (o chef), que não apenas tem como obrigação a parte

prática de uma cozinha e sim a administração deste setor. Suas qualidades não se

restringem a criatividade, dedicação ou seleção de produtos, mas se expandem para

a capacidade de trabalhar sob pressão, organizar, definir, delegar tarefas e ações a

seus auxiliares. “O chef deve também ter capacidade para, pelo menos, cooperar na

escolha de seus auxiliares e saber colocá-los no lugar certo, treiná-los, avaliá-los,

promovê-los e, principalmente exercer liderança” (MARICATO, 2002, p. 120).

Sobre a política de recursos humanos de um restaurante, Freund (2005)

atribui ao administrador da cozinha, o chef, uma série de responsabilidades, funções

e objetivos, que são: supervisionar as condições de higiene e limpeza da cozinha e

armazenamento da matéria prima; administrar seus auxiliares no intuito de

racionalizar o uso das mercadorias; treinar a equipe de trabalho, supervisionar a

qualidade do produto final, administrar, conduzir e coordenar todos os setores da

cozinha; co-coordenar a logística de aquisição de mercadorias e o armazenamento

de seus artigos; definir as grandes compras de não perecíveis e as compras diárias;

determinar estoques; definir o porcionamento dos pratos e a apresentação destes.

Domingues (2008) conclui que a responsabilidade deste profissional em

elaborar cardápios e fichas técnicas que têm como objetivo final fornecer o custo da

receita. Além de contribuir para a gestão de pessoas, o profissional em Gastronomia

também exerce atividades importantes no que diz respeito à gestão de custos.

Todos os conhecimentos apresentados neste capitulo, demonstram a troca de

informação que a Gastronomia pode estabelecer com a área de Administração,

dando maior ênfase ao profissional que assume a responsabilidade por administrar o

setor de Alimentos e Bebidas, definindo possibilidades teóricas para a formação do

saber gastronômico.

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35

2.5. Organização de Sistemas e Métodos

A Organização de sistemas e métodos, conhecida como OSM, está presente

em todas as áreas da administração, sendo responsável pelo bom funcionamento do

sistema administrativo. Cury (1994, p. 137) define organização de sistemas e

métodos, como uma das funções especializadas da administração, responsável pela

modelagem da empresa, adequando sua infraestrutura com os propósitos da

organização. Para Oswaldo e Rocha (1995) a Organização, Sistemas e Métodos é

uma função mista, que envolve organizar e planejar e desenvolver a estrutura de

recursos e de operações de uma instituição, determinando seu planejamento e na

definição dos procedimentos.

Oliveira (2005) afirma que para o uso correto de uma ferramenta de

Organização, Sistemas e Métodos, é necessário considerar a estrutura

organizacional e as rotinas e os processos administrativos da empresa. São

ferramentas da OSM.

2.5.1. Estrutura Organizacional e Organograma

Manganote (2001) afirma que as estruturas organizacionais eram, até o início

da década de 1990, rígidas, mas sempre alinhadas com os objetivos de curto e

longo prazo idealizados pela empresa, principalmente a formal, já que a informal, de

acordo com Oliveira (1998) não é planejada e surge naturalmente da interação

social dos membros de uma empresa.

Sobre as estruturas formais, Manganote (2001, p.28) relata que são aquelas

que “aparecem no organograma da empresa e retratam tanto as cadeias de

comando como a hierarquia da companhia, os órgãos de linhas e o de assessoria”.

Cury (1995) conceitua organograma como a representação gráfica e

abreviada da estrutura da organização. Sua finalidade é representar os órgãos

componentes da empresa, suas funções desenvolvidas, relações de dependências

entre os órgãos, níveis e hierarquia que compõem a organização.

Carreira (2009) afirma que o organograma é um instrumento de trabalho

utilizado para representar de forma gráfica a estrutura organizacional de uma

empresa. Permite à interpretação das relações de autoridades hierárquicas de

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maneira rápida e eficaz, demonstrando o nivelamento da estrutura, a amplitude da

autoridade, a unicidade de comando, os limites da amplitude de comando, o papel e

a importância de cada órgão.

Para a construção do organograma, ainda de acordo com Cury (2005) deve-

se observar o seguinte:

• Os órgãos devem ser representados por figuras geométricas, de

preferência o retângulo;

• Os tamanhos dos retângulos devem ser proporcionais à importância

hierárquica do órgão;

• Os órgãos de mesma importância hierárquica devem ser representados por

figuras do mesmo tamanho;

• Quando, no mesmo nível administrativo, ocorrer à existência de órgão de

hierarquia diferente, o de menor hierarquia deve ser posicionado abaixo do de maior

hierarquia e ser representado por um retângulo menor;

• Os órgãos de staff e/ou de serviço de apoio, este quando não em linhas,

devem ficar posicionados horizontalmente, pouco abaixo do ponto da via hierárquica

que parte do retângulo designativo da autoridade/órgão a que estão vinculados,

como assessores e/ou prestadores de serviços.

Finalmente, se necessário, os diversos tipos de autoridades devem ser

representados por diferentes tipos de linhas de ligação, cuja convenção, quanto a

seu significado, deve ser estabelecida pelo responsável pela elaboração do

organograma.

È dispensável a representação, no organograma, da Assembléia Geral ou dos

Acionistas por não integrarem a administração da empresa.

Carreira (2009) afirma que o organograma clássico é o mais recomendado

para o estudo da estrutura organizacional, pois apresenta elementos de

compreensão fácil e de forma visual simples. A partir deste é que foram

desenvolvidos outros tipos, como o matricial, afnor, vertical, circular e setorial.

2.5.2. Fluxograma e a Qualidade em Processos

Oliveira (1998) afirma que por meio do fluxograma, o profissional de OSM

pode representar os vários fatores e variáveis que ocorrem no sistema, obter

informações relacionadas ao processo decisório. Representa, de forma dinâmica, a

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seqüência normal de trabalho. O mesmo autor conceitua fluxograma como a

representação gráfica que apresenta a seqüência de um trabalho de forma analítica,

caracterizando as operações, os responsáveis ou as unidades organizacionais

envolvidas no processo.

Cury (2005) relata que a elaboração de um fluxograma é uma ferramenta

inestimável para entender o funcionamento interno e os relacionamentos entre os

processos empresariais, sua função básica é documentar um processo, para que se

possam identificar as áreas que precisam ser aperfeiçoadas.

Bons fluxogramas facilitam as comunicações entre as áreas problemáticas,

em função de sua capacidade de esclarecer casos complexos.

Os símbolos utilizados nos fluxogramas têm por objetivo, de acordo com

Oliveira (1998) “evidenciar a origem, processo e destino da informação escrita e/ou

verbal componente de um sistema administrativo”.No Quadro 08, descrição dos

principais símbolos utilizados e seu significado.

Símbolo Descrição Observações

Início ou fim do

processo

Indica o início ou fim do fluxo.

Pode também representar uma entidade externa ou interna ao processo (cliente, fornecedor, entre outros).

Numeração de atividade

Todas as atividades, caixas de decisão e processos associados devem estar numerados. A numeração deverá ser sequencial.

Atividade Indica a atividade / operação efectuada. Todas as atividades

deverão estar devidamente numeradas com o símbolo anteriormente definido.

Conector de fim de página

Conecta o fluxograma, quando este se divide em mais do que uma página.

Decisão

Indica a existência de duas ou mais hipóteses que geram caminhos diferentes.

A indicação do caminho deve ser escrito por extenso (Sim, Não, produto regulado, etc).

Conector na própria página

Conecta atividades de um fluxograma, quando estas se encontram na mesma directamente.

Documento/ registo

em papel Indica que existe um documento, impresso ou registo em suporte de

papel, associado à realização de uma atividade.

Consulta/ registo em Sistema

Indica que é utilizado determinado sistema informático / base de dados, na realização de uma atividade.

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Remissão para processo

Indica que existe um processos ou subprocesso pré-definido associado ao fluxograma em causa.

ou Sentido das operações

Indica a sequência das atividades descritas no fluxo. Estas setas poderão indicar, após uma caixa de decisão, qual a

apção escolhida nesse sentido (sim, não, outra indicação) Quadro 08: Principais símbolos utilizados nos fluxogramas

Fonte: adaptado de Oliveira (1998)

A combinação dos símbolos apresentados permite ampliar, esclarecer ou

interpretar os diferentes passos dos sistemas administrativos, Oliveira (1998) afirma

que essas expressões simbólicas são utilizadas de forma consistente em análises de

sistemas administrativos para processamento de dados.

Cury (2005) explica que há diversos tipos de fluxograma e seu uso depende

da natureza do trabalho, sendo o mais utilizado, o administrativo ou de rotinas de

trabalho, mas também encontramos os seguintes tipos:

• Fluxograma Vertical: também conhecido por folha de análise ou diagrama

de processo. Destinado à representação de rotina simples, formado por colunas

verticais e em cada coluna são colocados os símbolos convencionais de operação,

transporte, arquivamento, demora e inspeção; em outra, a descrição do método atual

e, por último, aquela em que consta o elemento que executa a operação. Este tipo

de fluxograma possui quatro vantagens. A primeira consiste em poder ser impresso

como formulário padronizado. A segunda incide na rapidez de preenchimento, pois

os símbolos e convenções já se acham impressos. A terceira permite uma maior

clareza na apresentação e a última vantagem é a facilidade de leitura por parte dos

usuários.

• Fluxograma Parcial ou Descritivo: permite descrever o curso de ação e os

trâmites dos documentos, utilizado também para levantamentos de informação, sua

elaboração é um pouco mais complexas que o vertical, muito utilizado para rotinas

que envolvam poucas unidades organizacionais. Outro aspecto é que se torna difícil

a visualização dos documentos manuseados por uma única unidade organizacional,

principalmente se houver a troca constante de documentos entre as unidades.

• Fluxograma Global ou de Coluna: é o modelo mais utilizado na empresa,

serve tanto para fazer um levantamento quanto na descrição de novas rotinas e

procedimentos; permite mostrar com maior clareza, o fluxo de informações e

documentos da unidade organizacional e apresenta maior versatilidade,

principalmente pela sua maior diversidade de símbolos.

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Seu principal objetivo é evidenciar a seqüência de um trabalho, permitindo a

visualização de todo o processo de produção. Processo é um termo que está em alta

no mundo das organizações, fala-se em reengenharia de processos, análise de

processos, estruturação organizacional por processos, mas qual o verdadeiro

significado da palavra.

Ascenção (2007) define processos como um conjunto de causas, que provoca

um ou mais efeitos. Sendo que podemos concluir que o efeito é a maneira a qual

produzimos esse bem ou serviço e as causas são os componentes que contribuem

para a realização desses efeitos.

Completando este pensamento, Cury (2005) afirma que na organização

podem existir três tipos de processos: o de clientes: que produz um produto ou

serviço para um cliente externo da organização; o administrativo: os produtos

fabricados são invisíveis para os clientes externos, mas essenciais ao

gerenciamento efetivo dos negócios e por último, temos o processo de

gerenciamento, que incluem as decisões que os gerentes devem tomar para apoiar

os processos de negócios.

Adair e Murray (1996, p.27) apresentam uma visão diferenciada quanto à

classificação, afirmam “que todas as empresas se organizam em torno de quatro

processos fundamentais: processo de confecção de produto, de geração de pedidos,

execução de pedidos e o de atendimento ao cliente”; o objetivo primordial é a

capacidade de proporcionar significativo valor ao cliente, fator este de sobrevivência

e crescimento da empresa. Os outros processos, financeiros, recursos humanos e

jurídicos, servem de apoio e para medir o sucesso desses quatros.

Independe do tipo de processo adotado, é necessário padronizar, Manganote

(2001) relata que a importância de tal atividade é para garantir que todos os

colaboradores, atuais e futuros, utilizem os melhores e iguais meios ao realizar uma

tarefa.

Quando cada funcionário realiza a atividade de modo diferente, dificulta a

realização de aperfeiçoamento ou ajustes em um processo, para tanto padronizar é

sinônimo que todas as tarefas serão executadas de maneira única e explorando os

melhores recursos existentes na organização.

Frequentemente, os procedimentos incluem fluxogramas e instruções escritas

e todos os envolvidos recebem este material, fazem treinamentos práticos e utilizam

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este material como apoio ao desenvolver a sua função. Além disto, este material

deve ser verificado e atualizado frequentemente.

Manganote (2001) afirma que a maneira ideal de realizar uma tarefa é

estabelecer padrões, demonstrando os limites de autoridade e responsabilidade e o

mais importante, precisam ser comunicados aos funcionários.

O mesmo autor citado acima, Manganote (2001, p. 91) descreve que “a

padronização requer uma documentação que mostre como o processo deve ser

realizado, que treinamento deve ser providenciado e qual é o desempenho

aceitável”.

Para Hammer e Champy (1994 apud Cury, 2005, p.314) “as atividades

orientadas para tarefas são obsoletas; em seu lugar, as empresas precisam

organizar o seu trabalho em torno de processos”.

2.5.3. Layout Administrativo

Definido por Oswaldo e Rocha (1995) como a posição relativa dos

departamentos, seções ou escritórios, dentro de uma fábrica, oficina ou área de

trabalho, relaciona tanto o processo burocrático, quanto o técnico da organização.

Oliveira (1998) afirma que um arranjo físico adequado proporciona maior economia e

produtividade, a partir da distribuição correta dos instrumentos de trabalho e por

meio da utilização correta dos equipamentos e da mão de obra.

Cury (1995) afirma que os principais objetivos para realizar o projeto de um

layout adequado é otimizar as condições de trabalho, racionalizar os fluxos de

fabricação e a disposição física e minimizar a movimentação dos colaboradores.

Carreira (2009) explicita que o planejamento do layout administrativo não

envolve apenas mudanças nos espaços das organizações, mas principalmente no

comportamento de todos os seus colaboradores. Sendo o principal objetivo para

Carreira (2009, p.195) é o “aproveitamento racional do espaço físico que permita a

criação de um cenário organizacional para cada posto de trabalho compatível com o

critério de departamentalização”.

Cury (2005, p. 398) conceitua layout como o “arranjo dos diversos postos de

trabalho nos espaços na organização, além da preocupação de melhor adaptar as

pessoas ao ambiente de trabalho, a arrumação dos móveis, máquinas,

equipamentos e matérias primas”.

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Enquanto a superfície estática apresenta o mobiliário, máquinas e

equipamentos necessários para a execução das tarefas da organização, a

gravitacional reserva a melhor maneira para ser utilizada, permitindo circulação e

acessibilidade, por meio da superfície de circulação.

Além da superfície estática, devem-se levar em consideração os seguintes

fatores, que de acordo com Carreira (2009) afeta diretamente o rendimento dos

funcionários:

• Ruído: este deve ser diferente do som ambiente, tornando indesejável e

incomoda. Colaboradores expostos além do tempo permitido causam danos à

saúde, podendo até a perda da capacidade auditiva.

• Ajustes do clima no ambiente de trabalho: necessário ajustar a temperatura

interna próxima a externa, manter a umidade relativa do ar sob controle.

• Cor: o uso da cor no ambiente de trabalho deixou de ser apenas um elemento da

decoração, é parte do programa de motivação dos recursos humanos e ferramenta

do sistema de segurança.

• Iluminação: um projeto de iluminação do ambiente de trabalho produz ganho de

produtividade e redução de custo operacional.

• Divisórias: elementos que auxiliam a adequação do espaço às necessidades das

atividades.

• Legislação sobre medicina, higiene e segurança do trabalho: previne doenças

trabalhistas e de acidentes, contribuindo para a redução de custos e o aumento da

produtividade.

• Ergonomia: estuda a adaptação do trabalho ao homem no sentido de extrair o

máximo dessa relação.

Com medidas simples, o administrador criar possibilidades para o maior

desempenho das funções e indo mais além, cria acessibilidade às pessoas

portadoras de deficiência na empresa, podendo a empresa, de acordo com Carreira

(2009) contar com a colaboração dessa força de trabalho.

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2.5.4. Formulários

Outro instrumento muito utilizado por profissionais de OSM é o formulário,

conceituado por Oliveira (1998) como um instrumento do processo administrativo

constituído de dados fixos e variáveis, espaço ou campos, linhas, colunas e formato.

O formulário é um importante meio de comunicação, transmissão e registro

de informações, principalmente em dados quantitativos, tendo como características

básicas que o definem é a padronização e a adequação ao fluxo. Sendo sua

necessidade justificada pelos seguintes fatores:

• Importância dos dados e informações;

• As exigências legais e governamentais;

• A padronização nas comunicações;

• O armazenamento de dados e informações;

• A função de controle;

• A alteração no número de pessoas que trabalham no setor administrativo:

• O treinamento administrativo dos funcionários da empresa.

Fica evidente que o formulário deve procurar trabalhar com informações

importantes, que são aquelas que, em algum momento, podem influenciar decisões

tomadas dentro do sistema.

Oliveira (1998) relata que o formulário é um documento que foi produzido

para ser impresso, possuindo campos para a coleta e registro de dados e

informações necessários a um ou mais sistemas administrativos, tendo as seguintes

funções:

• Proporcionar uniformidade ou padronização aos procedimentos inerentes aos

sistemas administrativos;

• Maior segurança, pois o usuário não pode fazer alterações por única e exclusiva

vontade pessoal e

• Maior economia de tempo, pois os casos similares terão um único tipo de

procedimento.

Ao elaborar um novo formulário, importante levar em consideração o

levantamento e análise das necessidades; elaboração do novo formulário; trabalhos

da gráfica; recebimento, treinamento e controle. Um bom formulário nasce a partir do

real e correto conhecimento da necessidade da empresa.

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2.5.5. Manuais

Completando as principais ferramentas utilizadas na Organização, Sistemas

e Métodos, podem-se citar os manuais administrativos, com o intuito de tornar

conhecido a todos os colaboradores, a estrutura organizacional, seus métodos,

rotinas e procedimentos administrativos.

O sucesso de uma organização está ligado diretamente ao desenvolvimento

do seu objetivo proposto, tendo o planejamento das ações e a forma como a mesma

será realizada como características essenciais para o desempenho das atividades.

Oliveira (2005) afirma que a melhor maneira para atingir a sistematização dos

processos é elaborando o manual de organização.

O mesmo autor define o manual de organização como “o relatório formal do

plano de atividades e do respectivo organograma da empresa”. (Oliveira, 2005,

p.170). Necessário garantir que este manual não tenha um caráter estático, pelo

contrário, deve ser dinâmico e relatar com fidelidade a situação da empresa.

Lembrando sempre que todo manual deve estar aliado às mudanças ocasionadas

pelo processo contínuo de desenvolvimento da empresa, ocorrendo uma atualização

do material.

Importante ressaltar que durante a elaboração do manual é prescindível

levar em consideração a cultura da organização, Curry (2005) explica que a mesma

é composta por um conjunto de pressupostos, como normas, valores, recompensas

e poder.

Já para Ascenção (2007) manual de processos é o conjunto, ou a coleção

sistemática dos procedimentos, instruções e orientações que indicam, para os

funcionários que direta ou indiretamente se relacionam com o processo, o que deve

ser feito, como, onde,quando,quem deve fazer e por que é feito.

Um manual de organização bem elaborado permite que os executivos

fiquem sabendo quais suas responsabilidades e o relacionamento com os demais

gerentes, agilizando a tomada de decisões programadas, serve ainda como um

material de apoio para o treinamento de novos funcionários.

Oliveira (2005) define manual como todo e qualquer conjunto de normas,

procedimentos, funções, atividades, políticas, objetivos, instruções e orientações que

devem ser obedecidas e cumpridas pelos executivos e funcionários da empresa.

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O autor destaca a importância ao levar em consideração que ao elaborar um

manual, há vantagens e desvantagens em seu uso, apresentada no Quadro 09.

Vantagens

Desvantagens

Auxilio na fixação e na efetivação dos critérios e padrões necessários para o bom desempenho do

processo. Poucos flexíveis.

Permissão para a uniformização da terminologia técnica do processo.

Não representam a solução de todos os problemas do processo.

Representação de um instrumento efetivo de consulta, orientação e treinamento dos funcionários

envolvidos.

Os custos de elaboração, manutenção e gerenciamento podem ser elevados.

Possibilidade de aumento da eficiência e da eficácia do processo.

Incluem somente as relações formais do processo.

Auxilio ao gerenciamento do processo. Perdem a importância e o valor quando não

são utilizadas de forma adequada e permanente.

Inibição da improvisação inadequada. Quando muito sintéticos, tornam-se poucos

úteis. Evitar, ou minimização, dos conflitos entre os funcionários envolvidos com o processo.

Quando muito detalhado, corre o risco de se tornarem obsoletos.

Representação da evolução histórica do processo dentro da organização.

Seu uso pode ficar muito prejudicado e difícil devido a uma redação pouco clara, prolixa,

deficiente e inadequada. Quadro 09: Vantagens e desvantagens ao elaborar um manual.

Fonte: Oliveira, 2005.

Analisando as vantagens e desvantagens, citadas no quadro nove, definimos

os requisitos de extrema importância para a elaboração eficiente de um manual,

leva-se em consideração a necessidade real e efetiva da empresa, a diagramação

deve ser adequada e estruturada para sua finalidade, redação curta, simples,

eficiente, clara e inteligível, instruções autenticas, necessárias e suficientes,

distribuição a todos os colaboradores, adequada flexibilidade e possui um processo

contínuo de revisão, atualização e distribuição.

2.5.5.1. Tipos de Manuais

Cury (2005) define manuais como documentos elaborados dentro de uma

empresa com a finalidade de uniformizar os procedimentos, favorecendo a

integração dos diversos subsistemas organizacionais.

Ao elaborar um manual devem-se levar em consideração as seguintes

etapas: a alta administração de a empresa ter o reconhecimento da necessidade de

possuir um manual de organização; o titulo deve equivaler à finalidade do mesmo;

fixação dos objetivos específicos de cada manual e o seu respectivo conteúdo;

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atribuição de responsabilidade pelo seu preparo; critério sobre o seu uso e para

quem se destina cada tipo.

Existem vários tipos de manuais, os técnicos e os administrativos, que se

destinam a documentar, orientar e fixar procedimentos.

Ascenção (2007) relata que os técnicos são aqueles que explicam o

processo correto de manutenção de máquinas e equipamentos, de

operacionalização, terminologia técnica e de processos de produção; já os manuais

administrativos podem exemplificar o de estrutura organizacional, de processos

administrativos, do funcionário e o de políticas e diretrizes.

Este segundo tipo – os manuais administrativos são os mais comuns e

numerosos dentro das organizações, pelo motivo que engloba todos os processos

administrativos existentes. Visa descrever as atividades, da seguinte maneira, o que

é feito, como é feito, quando é feito, quem executa, onde é executada, por que e

para que é feito, levando em consideração, principalmente a inter-relação e

interdependência dessas atividades.

Oliveira (2005) afirma que o manual tem a finalidade divulgar quais as

atividades ao pessoal envolvido com o processo; permitir padronização de

procedimento, de forma que todos os abrangidos com o processo possam

desenvolver suas atividades de maneira eficiente e eficaz, delimitar as áreas de

competências dos órgãos envolvidos; permitir coordenação efetiva de todas as

atividades do processo.

Cury (2005) afirma que este tipo de manual possui os seguintes elementos

básicos: normas e procedimentos, toda a documentação que pertencem ao processo

administrativo; fluxogramação de todas as áreas envolvidas e os anexos, que podem

ser modelos da documentação, tabelas, notas explicativas ou figuras.

Oliveira (2005) relata que o manual da organização, também conhecido por

manual de funções, tem por finalidade enfatizar e caracterizar os aspectos formais

das relações entre os diferentes departamentos da empresa, bem como estabelecer

e definir os deveres e responsabilidades relacionadas a cada um dos cargos de

chefia ou assessoria. O conteúdo, isto é, aspectos relevantes que devem fazer parte

do manual são:

• Estabelecimento dos objetivos gerais e dos setoriais da empresa;

• Organograma geral e setorial da organização;

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• Relação das funções principais a serem executadas pelas unidades

organizacionais;

• Relações de linha e assessoria;

• Níveis hierárquicos e amplitude de controle;

• Grau de autoridade que cada um recebe e pode delegar;

• Aspectos de descentralização e centralização;

• Interação ao sistema de comunicações e

• Interação ao sistema de informações para uma possível decisão.

Cury (2005) relata que o principal objetivo do manual de normas e

procedimentos é descrever as atividades que envolvem as diversas unidades

organizacionais da empresa, bem como detalhar como elas devem ser

desenvolvidas. Correspondem ao manual da parte dos métodos dentro da OSM.

Oliveira (2005) cita que normalmente esse tipo de manual é numeroso e sua

utilização é mais acentuada, sua principal finalidade é veicular instrução correta aos

preparadores das informações para serem processadas por um centro de serviços;

proporcionar métodos que possibilitem a execução uniforme dos serviços; atribuir

aos departamentos competência para definição das informações que serão incluídas

no manual e coordenar as atividades do departamento, aliado ao propósito da

empresa. Os elementos principais que fazem parte do Manual de Normas e

Procedimentos são:

• Indicação de quem executa ou pode executar os diversos trabalhos do processo

administrativo, a norma;

• O procedimento, conceituado por Oliveira (1998) é a indicação de como são

executados os trabalhos dentro do processo administrativo;

• Indicação dos documentos que circulam no processo administrativo , bem como a

forma de manipulação,por meio do preenchimento dos formulários;

• Indicação dos gráficos representativos dos diversos procedimentos descritos, os

fluxogramas e por último temos o anexo, que pode conter: legenda, cabeçalho,

corpo, notas explicativas e figuras.

Cury (2005) relata que uma política bem definida pode servir como um

parâmetro para a tomada de decisão, portanto o manual de políticas ou diretrizes

deve conter a descrição detalhada e completa das políticas que devem ser seguidas

pelos executivos e funcionários da empresa, levando em interesse os objetivos

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estabelecidos da organização. As políticas devem ser bem fundamentadas e

consistentes, baseada na exploração das relações de trabalho. Tem as seguintes

finalidades básicas:

• Padronizar os procedimentos das atividades da organização;

• Criar condições para um adequado nível de delegação na empresa;

• Dar condições para que os executivos gastem tempo apenas para as decisões

que fujam dos padrões normais da empresa;

• Facilitar a concentração de esforços, visando aos objetivos gerais da organização,

• Criar condições para melhor avaliação do plano organizacional.

O conteúdo básico são as políticas dos vários níveis e áreas da organização,

tais como: políticas de marketing, de tecnologia, de logística, de recursos humanos,

de produção e de finanças.

O manual de instruções especializadas é aquele que agrupa normas e

instruções de aplicação específica a um determinado tipo de atividade ou tarefa.

Tem por finalidade possibilitar maior e melhor treinamento e capacitação a um

determinado grupo profissional de funcionários e proporcionar um guia de trabalho e

consulta para o grupo profissional. É composto pelo seguinte material:

• Objetivos básicos;

• Informações básicas sobre o cargo, função;

• Relação das tarefas básicas;

• Interação dessas tarefas básicas com as de outros cargos/função da organização;

• Instruções básicas para execução das tarefas e sua avaliação.

Em relação ao manual do empregado, particularmente em empresas

médias e grandes, sua utilização é de extrema importância, principalmente nos

níveis intermediários e inferiores da organização.

Normalmente, o empregado recebe em seu primeiro dia de trabalho, para

facilitar sua compreensão, o mesmo deve ter uma boa diagramação e redação, bem

como impresso. As principais finalidades é proporcionar ao novo colaborador seu

rápido entendimento da empresa; favorecer um bom clima entre o empregado e a

empresa; explicitar os deveres e direitos do empregado e a empresa; facilitar o

treinamento deste novo funcionário.

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Oliveira (2005) relata que o conteúdo do Manual do Empregado varia de

empresa para empresa; entretanto, uma forma mais usual é abordar os seguintes

grandes itens:

• Atividades desenvolvidas pela empresa;

• Breve resumo histórico;

• Objetivos gerais da organização;

• Explicação do sistema de autoridades;

• Regime de incentivos;

• Direitos e obrigações do empregado;

• Regime de sanções;

• Formas de recorrer à administração da empresa diante de eventuais conflitos;

• Normas de comportamento básico e obrigatório para todo o pessoal e

• Serviços que a organização presta a seu colaborador.

Em empresas multinacionais, com grande volume de atividades e números

de funcionários, é comum existir apenas um manual, o de finalidade múltipla, seu

objetivo é informar os colaboradores sobre os mais variados aspectos da empresa e

servir como base de treinamento e avaliação do plano organizacional da empresa.

Em um manual deste tipo, encontramos os seguintes itens:

• Título;

• Prefácio;

• Índice;

• História da empresa;

• Políticas gerais da organização;

• Aspectos básicos da empresa;

• Departamentos da empresa, funções, autoridade e responsabilidade;

• Regulamento interno;

• Equipamento disponível e sua manutenção e

• Observações sobre a política de recursos humanos, como contratação,

promoções, rescisões, faltas, benefícios e atividades sociais.

Uma versão mais moderna deste tipo de manual é o de procedimento

eletrônico, conhecido também por MPE, definido por Carreira (2008) como um

instrumento de trabalho utilizado pelo administrador para formalizar a propriedade do

modo de produção pela empresa, definindo o papel organizacional de cada

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colaborador, eliminando dúvidas rotineiras, padronizar, desenvolver, atualizar e

documentar os procedimentos operacionais, definir o desenvolvimento tecnológico e

auxiliar na supervisão e controle da organização.

Segundo Carreira (1998) o MPE contém a transcodificação do fluxograma.

Nele o administrador registra a distribuição do poder, delega funções, apresenta a

estrutura hierárquica, de assessoria e funcional, padroniza os procedimentos

operacionais, define os usuários e o papel de cada um, determina os tempos para a

realização das rotinas, estabelece os controles, fixa os níveis de autorizações do

processo decisório, desenha a arquitetura da base de dados, define a forma de

comunicação dos dados, define qual tecnologia será utilizada e criar os indicadores

qualitativos e quantitativos de resultados e customiza os relatórios gerenciais para

apoio ao processo decisório. As principais características são:

• Navegabilidade: proporcionada pelas ferramentas eletrônicas possibilita que os

dados venham até o funcionário;

• Utilização de recursos pedagógicos: de fácil entendimento ao público alvo,

recursos multimídias são de fácil compreensão, auxiliando no processo de

aprendizagem dos níveis operacionais;

• Raciocínio lógico: utiliza-se a mesma seqüência do fluxograma do processo,

facilitando a interpretação;

• Atualização dos procedimentos: ocorre em tempo real, facilitando ajustes no

processo operacional, refletindo melhoria na prática;

• Fácil manutenção: permitindo atualizar com segurança os dados existentes.

Em um futuro próximo, as empresas que utilizar o MPE associada às

tecnologias de pontas já existentes, apresentarão uma grande revolução nos

padrões de trabalhos já conhecidos, pois o homem possuirá maior liberdade ao

executar suas tarefas, levando em consideração que o Manual de Procedimentos

Eletrônico possibilita:

• Os processos rotineiros, padronizados, são passível de serem realizados pelas

máquinas;

• As autoridades da empresa podem consultar e extrair dados, como indicadores de

resultados e relatórios de gestão em tempo real;

• Compra da propriedade do conhecimento pela empresa acarreta na valorização

dos seus ativos;

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• Garante um padrão de atendimento e desenvolvimento dos processos;

• A empresa conhece o papel organizacional de cada funcionário;

• Poderosa ferramenta de controle do processo de delegação de competências;

• Permite o controle do tempo;

• Flexibilidade ou inflexibilidade das estruturas organizacionais ocorre em tempo

real;

• Permite a seleção eficaz da mão de obra necessária para atuar diretamente nos

processos;

• Fixa padrão de comportamento organizacional;

• Os canais de comunicação são estabelecidos de forma integrada;

• O treinamento dos recursos humanos é baseado no que a empresa necessita;

• Toda documentação gerada garante uma base organizacional e sua evolução;

• As informações têm destinos certos e

• Os controles passam a ser definidos de forma eficiente e eficaz.

O maior benefício, ao utilizar este novo modelo de padronização, ainda de

acordo com Carreira (2008) é que os procedimentos operacionais se tornam

estáveis, permitindo melhorias contínuas na medida em que as tecnologias de ponta

sejam empregadas nas suas operações.

Importante ressaltar que ao escolher o tipo de manual mais adequado para a

organização, cabe ao executivo decidir sobre qual irá ser adotado , bem como o

nível de detalhamento e abrangência de distribuição, levando em consideração que

o manual está diretamente ligado aos aspectos mais estáveis da empresa, segundo

Oliveira (2005) são: estrutura organizacional e seus métodos, rotinas e

procedimentos administrativos básicos.

Frente a definições apresentadas de organização de sistema e métodos, fica

clara a sua relação com a melhoria de processos, pois é através dela que é efetuada

a análise organizacional do ambiente. Sendo tão importante, que deixa de ser um

simples departamento de uma organização, passando a estar presente em todas as

áreas. Atuando como uma unidade tecnológica, com a função de pesquisar, estudar

e buscar novas ferramentas e técnicas administrativas (LAS CASAS, 1999, p. 160).

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51

2.6. Gestão de Pessoas

Lacombe e Heilborn (2003) afirmam que prover recursos humanos é uma

das funções do administrador, sendo definida como formar uma equipe competente,

integrada e motivada, disposta a agir para o conjunto. Dentro desse processo inclui

recrutar, selecionar e treinar pessoas capazes de assumir responsabilidades para

atingir os objetivos.

Selecionar, formar e integrar um grupo de pessoas para trabalharem em

equipe, tendo objetivos bem definidos, cada qual conhecendo seu papel, sua

importância, trabalhando em cooperação, produzindo resultados é a maior

responsabilidade de um administrador. As organizações estão cientes que é

importante ter uma administração focada nos recursos humanos, diferentemente do

passado, onde o foco maior era na tecnologia do produto ou do processo.

A maioria dos administradores, segundo Lacombe e Heilborn (2003) afirma

que de todos os recursos utilizados, as pessoas é o que menos se explora. Somente

uma pequena parcela do potencial humano é efetivamente aplicada no trabalho.

Em contrapartida, as abordagens tradicionais de administração de pessoas

não focalizam como recursos e sim como problemas e custos. Necessário é

controlar os custos da mão de obra, produtividade do trabalho, reivindicações

sindicais, mas isto não é administrar pessoas, e sim solucionar os problemas

resultantes das falhas no processo de administrar os recursos humanos existentes

na organização.

È difícil entender por que as empresas não investem mais em pessoas, a

razão está em parte na insegurança que as organizações têm a capacidade de reter

os funcionários competentes. Em contrapartida, segundo Gil (2001) a Administração

de Recursos Humanos está sendo substituída pelo termo Gestão de Pessoas, que

Chiavenato (2010) conceitua como.

sendo uma área muito sensível à mentalidade humana que predomina nas organizações,extremamente contingencial e situacional, pois depende de vários aspectos,como a cultura que existe em cada organização, da estrutura organizacional adotada,das características do contexto ambiental, do negócio da organização, da tecnologia utilizada,dos processos internos, do estilo de gestão utilizado e de uma infinidade de outras variáveis importantes.

Pessoa e Kritz (2003) explicam que o modelo de gestão de pessoas é a

maneira pela qual a empresa se organiza para gerenciar e orientar o comportamento

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humano no trabalho. Para que este modelo seja aplicado com sucesso é necessário

que a empresa tenha uma estrutura bem definida, tendo claros seus princípios,

estratégias, políticas, práticas e processos de gestão.

Para Gil (2001, p.17) gestão de pessoas “é a função gerencial que visa à

cooperação das pessoas que atuam nas organizações para o alcance dos objetivos

tanto organizacionais quanto individuais”.

As pessoas constituem o principal bem que as empresas adquirem; daí a

necessidade de tornar as organizações mais conscientes e atentas aos seus

colaboradores. Chiavenato (2010) descreve que a principal função da gestão de

pessoas é permitir a colaboração eficaz das pessoas para alcançar os objetivos

organizacionais e individuais. Para os objetivos da Gestão de Pessoas sejam

alcançados é necessário que os colaboradores sejam tratados como elementos

básicos para a eficácia organizacional, através dos seguintes meios:

• Ajudar a organização a alcançar seus objetivos e realizar sua missão;

• Proporcionar competitividade à organização;

• Proporcionar à organização pessoas bem treinadas e bem motivadas;

• Aumentar a auto - realização e a satisfação das pessoas no trabalho;

• Desenvolver e manter qualidade de vida no trabalho;

• Administrar e impulsionar a mudança;

• Manter políticas éticas e comportamento socialmente responsável.

Chiavenato (2010) afirma que a Gestão de Pessoas é um conjunto integrado

de seis processos dinâmicos e interativos, sendo os seguintes:

• Processos de Agregar Pessoas: servem para incluir novas pessoas na empresa.

Fazem parte o recrutamento e seleção de pessoas;

• Processos de Aplicar Pessoas: utilizados para desenhar as atividades que os

colaboradores irão realizar na empresa, orientar e acompanhar seu desempenho.

Incluem desenho organizacional e de cargos, análise e descrição de cargos,

orientação e avaliação de desempenho;

• Processos de Recompensar Pessoas: seu objetivo é incentivar as pessoas e

satisfazer suas necessidades individuais, satisfeito por meio de recompensas,

remuneração, benefícios e serviços sociais;

• Processos de Desenvolver Pessoas: sua função é capacitar e incrementar o

desenvolvimento profissional e pessoal das pessoas. Envolve treinamento,

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desenvolvimento, gestão do conhecimento e de competências, aprendizagem,

programas de mudanças e desenvolvimento de carreiras e programas de

comunicações e consonância.

• Processos de Manter Pessoas: utilizados para criar condições ambientais e

psicológicas satisfatórias para as atividades das pessoas. Incluem administração da

cultura organizacional, clima, disciplina, higiene, segurança e qualidade de vida e

manutenção de relações sindicais.

• Processos de Monitorar Pessoas: são os processos utilizados para acompanhar

e controlar as atividades das pessoas e verificar resultados. Incluem banco de dados

e sistemas de informações gerenciais.

Chiavenato (2010) afirma que todos esses processos estão interligados

entre si, sendo influenciados e influenciando uns aos outros. Cada um desses tende

a favorecer ou prejudicar os demais, quando bem ou mal utilizado. O equilíbrio na

condução de todos esses processos é fundamental. A necessidade de realizar um

balanced scorecard serviria como integração entre todos os processos existentes,

pois eles são desenhados de acordo com as exigências das influências ambientais

externas e das influencias organizacionais internas para obter a melhor

compatibilização entre si, deve funcionar como um sistema aberto e interativo.

Os processos, apresentados acima, são bastante amplos, envolvendo um

grande número de atividades, como mostra o Quadro 10.

Processos de Rh Atividades

Suprimento ou Agregação Identificação das necessidades de pessoal; Pesquisa de mercado de

recursos humanos; Recrutamento e Seleção.

Aplicação Análise e descrição de cargos; Planejamento e alocação interna de

recursos humanos. Compensação ou

Manutenção Salários; Benefícios; Carreiras; Higiene e Segurança no trabalho;

Relações com sindicatos. Desenvolvimento ou

Capacitação Treinamento e desenvolvimento de pessoal; Desenvolvimento e mudança organizacional.

Controle ou Monitoração Avaliação de desempenho; Banco de dados;

Sistema de informações gerenciais; Auditoria de recursos humanos.

Quadro 10: Classificação das atividades de gestão de pessoas. Fonte: Gil (2001)

A valorização do trabalhador depende do ponto de vista do empregador e de

alguns quesitos, dentre os quais se destacam: nível de escolaridade, experiência,

iniciativa pessoal, esforço mental ou físico, responsabilidade, horários, condições e

riscos de trabalho, dentre outros. A esse respeito, Toledo (1978, p.96) afirma que:

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“cada função ou cada cargo, dentro de uma empresa, tem seu valor. Esse valor é

composto, basicamente, do valor da função em si (em relação às demais áreas da

empresa) e do valor da função no mercado”.

Para Chiavenato (1999, p.233) selecionam-se pessoas certas a

desempenhar tarefas consentâneas com seu potencial, “a seleção busca entre os

candidatos recrutados aqueles mais adequados aos cargos existentes na empresa,

visando manter ou aumentar a eficiência e o desempenho do pessoal, bem como a

eficácia da organização”.

Lenzi e Venturi (2003) afirmam que no dia a dia das empresas, a maioria dos

seus colaboradores sabe o que deve ser feito, mas não sabem como fazer e

características como o medo, a insegurança, a vergonha, a humildade e a soberba

impedem que as pessoas busquem o conhecimento. Cabe ao líder desenvolver e

provocar a capacitação dos colaboradores. A aprendizagem é qualquer mudança

relativamente permanente no comportamento, em decorrência da experiência.

(ROBBINS, 2001).

Treinamento, segundo Lacombe e Heilborn (2003, p.270) significa “qualquer

atividade que contribua para tornar uma pessoa apta a exercer sua função ou

atividade, aumentar sua capacidade para suas funções atuais ou prepara - lás para

novas funções”.

Castro (1992) afirma que investir no desenvolvimento do potencial humano é

uma obrigação de uma empresa que pretende prosperar em um mercado altamente

competitivo. Uma organização só pode ser inteligente se conseguir atrair as

inteligências de seus colaboradores para o objetivo da empresa. O melhor caminho

para conseguir isto é tratando as pessoas com todo o respeito, interesse e

dedicação que elas merecem, na qualidade dos seres humanos.

Robbins (2001) afirmar existir cinco tipos de treinamento: o de aptidões de

alfabetização básica; aptidões técnicas; aptidões de resolução de problemas;

aptidões interpessoais e treinamento ético.

Lacombe e Heilborn (2003) classificam os tipos de treinamento quanto á

forma de execução e quanto ao público – alvo, conforme Quadro 11.

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Quanto à forma de execução O que é?

Treinamento no trabalho Ocorre no dia a dia, com orientação da chefia imediata,

estabelecendo metas e avaliações.

Treinamento formal interno Treinamento programado pela empresa e executado exclusivamente

para os empregados, mas fora da empresa, como palestras, seminários e cursos.

Treinamento formal externo Treinamento aberto ao público, programado e executado por

instituições externas. Quanto ao Público Integração de novos

funcionários Formação de treineers.

Capacitação técnica – profissional

Melhorar o desempenho de profissionais nas funções que exercem.

Desenvolvimento de executivos

Formatar futuros administradores de alto nível.

Quadro 11: Classificação dos tipos de treinamento. Fonte: Lacombe e Heilborn (2003, p. 271).

De acordo com Lenzi e Venturi (2003) uma empresa deve se preocupar com

a seleção de pessoas certas para metas e cargos pré-estabelecidos e não primeiro

escolher as pessoas, baseados em critérios subjetivos e pessoais, para depois lhe

entregar as suas tarefas. Para tanto, pode-se optar por umas das seguintes

alternativas: contratar profissionais prontos no mercado ou descobrir internamente

alguém com potencial para ser treinado e moldado como a empresa necessita.

O treinamento e desenvolvimento de uma equipe de trabalho, muitas vezes

requerem uma avaliação de desempenho individual, exigindo que o gestor faça a

avaliação do aprendizado com cada colaborador e que ele possa socializar o que

aprendeu com os demais, principalmente se for em caso de treinamento externo.

Baseados em todo esse cenário é possível ter uma noção do potencial

desse setor na geração de trabalho, principalmente no que se refere às

oportunidades de primeiro emprego, absorção de mão de obra especializada,

melhoria da qualificação profissional e desenvolvimento de novas carreiras. Além

disso, percebe-se que a concorrência neste setor é bastante acirrada, o que tem

impulsionado os restaurantes a buscarem alternativas que proporcionem um

desempenho superior aos concorrentes.

Para tanto, é de suma importância explorar os outros campos do

conhecimento da administração, sendo os elementos que interessam especialmente

na administração de restaurantes, o plano de negócios, planejamento de marketing,

a gestão de custos, elaboração de cardápios e fichas técnicas e por ultimo a gestão

de pessoas.

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3. CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO

A empresa objeto de estudo está inserido no setor de prestação de

serviço,situada na cidade de Balneário Camboriu, onde a concorrência nesta área é

muito acirrada.

3.1. Histórico

O Marambaia Cassino Hotel surgiu através do incentivo do Governo do

Estado de Santa Catarina, o qual possuía um projeto que visava promover o turismo

neste mesmo estado, no ano de 1959. No ano de 1961, o Dr. Osmar Nunes

juntamente com alguns sócios, adquiriram um terreno em Balneário Camboriú. Tal

terreno fora comprado em 1962, com o início da construção do hotel, sendo

considerado um desafio para a então pequena cidade de Camboriú (antes da

emancipação), que se caracterizava por conter raras residências e acesso precário à

praia.

A escolha do nome do futuro hotel coube ao Dr. Osmar Nunes, que com o

auxílio de um dicionário procurou algo relacionado ao mar. Optou pelo nome

Marambaia, que significa “o participante de uma embarcação de pesca que não vai

ao mar, mas pelo conhecimento que tem, consegue avistar os cardumes a longa

distância, também conhecido como olheiro ou marinheiro namorador”. A

denominação de Cassino surgiu, devido na época estar na moda e dava um maior

status ao empreendimento.

Inaugurado em 29 de novembro de 1964, sendo o primeiro hotel com

formato arredondado do Brasil. Iniciou suas atividades com cerca de trinta

funcionários, sendo que o setor administrativo funcionava em Itajaí. Com o

desenvolvimento da cidade tornou-se necessário ampliar a estrutura física do hotel.

O arquiteto da época sugeriu que o prédio fosse construído na forma de “livro

aberto”, que atualmente denomina-se bloco anexo, sendo que a união dos blocos

redondo e anexo aconteceu no ano de 1980.

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3.2. Ramo de atividade

Anexo ao hotel tem o Restaurante e Bar Pérgola Ltda, de nome fantasia

Restaurante Marambaia Gourmet, o surgimento do mesmo foi devido à necessidade

do hotel servir refeições aos seus clientes, inicialmente somente café da manhã.

Aumentando o número de hóspedes, houve a necessidade de ampliar os serviços

prestados, surgindo à idéia de trabalhar com serviço buffet e aberto ao público em

geral, não apenas a clientes do hotel.

Em consequência do mercado competitivo da região, o corpo de acionista da

empresa concluiu que o melhor a fazer foi assumir a administração do restaurante,

no ano de 2006, que até então era terceirizado.

Atualmente o restaurante apresenta aos seus clientes, os seguintes tipos de

serviços: Buffet (para eventos festivos e empresariais), a la carte (em dias de pouco

movimento) , room service ( para pedido nos apartamentos), café da manhã, coffes

breaks, lanches e petiscos na área da piscina.

Em relação à estrutura física, o Bar e Café Pérgola possui:

• Salão Marambaia Gourmet: localizado de frente ao mar, possui 170 lugares para

cafés da manhã, almoço ou jantares, tanto festivos ou empresariais.

• Salão Pérgola: próxima á área da piscina, com capacidade para 60 pessoas,

utilizado para almoço e jantares, podendo ser complementado pelo Bar Vienense e

Sala de Cartas, totalizando um espaço para 150 pessoas.

• Bar Vienense: menor salão do restaurante, espaço para 30 pessoas, é

comercializado lanches, petiscos, pizza e pratos do cardápio à la carte e bebidas.

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3.3. Estrutura organizacional

Através deste organograma pode-se visualizar todo o quadro de

colaboradores do Restaurante como também sua hierarquia.

Figura 01: Organograma do restaurante Marambaia Gourmet. Fonte: cedida pela empresa, 2009.

3.4. Visão

A empresa espera se tornar uma referência em hospitalidade no sul do Brasil,

até o ano de 2014.

3.5. Missão

A empresa espera se tornar uma referência em hospitalidade no sul do

Brasil, até o ano de 2014.

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3.6. Produtos

Como a empresa estudada é um restaurante, seu produto comercializado

está dividido em duas partes: o cardápio à la carte e o da piscina,no cardápio a la

carte, encontra-se as entradas frias, as entradas quentes, as massas e risotos,

peixes e frutos do mar, carnes, aves e sobremesas. Já o cardápio da piscina

apresenta diversos tipos de lanches, pizzas e petiscos, além disso, ambos possuem

bebidas alcoólicas, não alcoólicas e uma carta de vinho.

3.7. Mercados

Composto por nichos bem diferenciado, o público alvo do Marambaia

Gourmet é mesclado por hóspedes do hotel, alguns a negócios, outros a laser,

públicos de eventos festivos ou empresariais ou também, por moradores da cidade.

Em se tratando de concorrente, pode-se afirmar que tanto os hotéis e

restaurantes da cidade de Balneário Camboriú são concorrentes diretos desta

organização.

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4. RESULTADOS DA PESQUISA

A pesquisa sobre a análise dos processos administrativos do Restaurante

Marambaia Gourmet tem como foco a sistematização das práticas, empregando as

ações da OSM para melhoria da qualidade do atendimento.

A partir desta proposta, os resultados apresentaram um estudo sobre como

as ações administrativas impactam na produção de Alimentos e Bebidas, bem como

na qualidade no atendimento do público alvo da empresa.

A realização desta pesquisa passou por dois momentos distintos. O primeiro

momento permitiu conhecer o que os colaboradores da organização pensam sobre

sua função, a comunicação institucional, a comunicação entre os setores, sua

importância no objetivo final do empreendimento. O segundo momento buscou-se

conhecer o fluxo de trabalho e avaliar as rotinas internas da empresa. Momento este

feito por observação da acadêmica no dia–a–dia da empresa.

Na apresentação destes resultados, resgatam-se os fundamentos desta

pesquisa, quando se busca atender aos objetivos específicos:

• Verificar a comunicação interna e comunicação da rotina para o entendimento

da gestão administrativa;

• Mapear os fluxos de trabalho, estabelecendo uma relação entre as atividades

interna pela percepção do colaborador em relação ao atendimento;

• Avaliar as rotinas internas para melhoria do atendimento ao cliente.

Para melhor organização deste trabalho, optou-se por apresentar os resultados

a partir dos tópicos construídos pelos objetivos específicos:

4.1. Verificação da eficácia na comunicação institucional da empresa

Esta primeira parte da pesquisa procurou-se conhecer o que cada colaborador

pensa em relação à comunicação oficial da empresa, seu histórico, regulamento,

regras das práticas de Alimentos & Bebidas, a importância deste processo no

desempenho da função e se a comunicação é clara e objetiva. Assim, com as

informações, investigou-se sobre as ordens de serviços e a relação funcionário e o

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mural. Buscou-se saber também se o colaborador tem total conhecimento do

comunicado assinado.

A Tabela 01 apresenta quais afirmações fazem parte desde grupo, sua média e

por fim a média do grupo.

Observam-se em todas as afirmações da apresentação deste capítulo, as

respostas estão classificadas da seguinte maneira:

• Nota 1 para Nunca acontece na empresa;

• Nota 2 para Raramente acontece na empresa;

• Nota 3 para Quase Sempre acontece na empresa e por último,

• Nota 4 para Sempre ocorre na empresa

Tabela 01: Questões sobre comunicação na empresa. Questões Respostas Média 4 3 2 1 Média Grupo Conheço o histórico, regulamento, regras das práticas por meio de sua comunicação oficial.

11 5 0 1 3,529

3,63

Toda mensagem de comunicação interna é importante para sua função.

15 2 0 0 3,882

Estou ciente de toda comunicação interna que assino. 16 1 0 0 3,941 Toda comunicação é clara e objetiva 2 15 0 0 3,118 A Ordem de Serviço referente a reparo e manutenção é atendida prontamente.

10 6 1 0 3,529

As informações que estão no mural são importantes 16 1 0 0 3,941 Costumo ler as informações no mural. 8 9 0 0 3,471 Fonte: Pesquisa de campo (2011)

Ao observar a Tabela 01 conclui-se que para a primeira afirmação: conheço o

histórico, regulamento, regras das práticas por meio de sua comunicação oficial,

onze funcionários responderam que sempre reconhecem a comunicação oficial da

empresa no desenvolvimento da sua função, cinco colaboradores afirmam quase

sempre reconhecem e nenhum funcionário raramente reconhece e apenas um

funcionário não reconhece a comunicação oficial da empresa. Em relação à segunda

questão, toda mensagem de comunicação interna é importante para sua função, 15

colaboradores afirmam que sempre é importante, 2 colaboradores afirmam que

quase sempre reconhece e nenhum funcionário respondeu que raramente e um que

nunca reconhece essa questão no desempenho da sua função.

A afirmação estou ciente de toda comunicação interna que assino, 16 dos 17

dos funcionários responderam que sempre, ao assinar um comunicado tem pleno

conhecimento do que se trata, apenas um relatou que quase sempre tem

consciência do comunicado que assina.

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Toda comunicação interna é clara e objetiva, dois colaboradores dizem que

sempre é clara e quinze dizem que quase sempre é clara e objetiva. A Ordem de

Serviço referente a reparo e manutenção é atendida prontamente, dez funcionários

relataram que sempre são atendidos, seis colaboradores responderam que quase

sempre é atendido e um funcionário relatou que raramente é atendido prontamente.

Dezesseis colaboradores afirmam que as informações que estão no mural

são importantes para o desempenho da sua função e apenas um relatou que quase

sempre é importante. Finalizando a primeira tabela, a afirmação costuma ler as

informações no mural, oito funcionários afirmavam olhar o mural, nove quase

sempre dão a devida atenção ao mesmo.

Analisando, ainda, a Tabela 01 percebe-se que a maior média é de 3,941 e

está presente nas afirmações: Estou ciente de toda comunicação interna que assino

e as informações que estão no mural são importantes. Partindo do principio que 4 é

o número atribuído ao conceito sempre ocorre na empresa e o valor médio obtido

apresenta uma diferença pequena de 0,059 na qual pode–se afirmar que estas duas

questões obtivera conceito sempre ocorre na empresa.

A afirmação toda mensagem de comunicação interna é importante para sua

função, obteve a média de 3,882. As questões: a ordem de serviço referente a

reparo e manutenção é atendida prontamente e conheço o histórico, regulamento,

regras das práticas por meio de sua comunicação oficial, apresentaram a média de

3,529. Para a afirmação costumo ler as informações no mural, a média final foi de

3,471 e a afirmação com a menor média foi a que os colaboradores afirmam que

toda comunicação interna não é clara e objetiva, sendo que a média é de 3,118,

quando este valor aproxima-se do conceito quase sempre, com valor igual a 3.

Percebe-se que há falhas no processo de comunicação da empresa com o

funcionário, podendo até mesmo prejudicar o processo de produção e atendimento,

porém os resultados indicam que os funcionários tem consciência da importância da

comunicação para o exercício das suas tarefas e apontam que quase sempre esta

informação e clara e objetiva.

A pesquisadora observou que a falha está no processo de comunicação do

nível estratégico ao operacional, principalmente nos dias em que antecede um

evento de grande porte, quando o tamanho de informações é grande e ocorrem

muitas mudanças solicitadas pelo cliente.

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Ainda para atender o primeiro objetivo deste trabalho, a Tabela 02 mostra um

segundo bloco de afirmações, que está ligada ao processo e seu fluxo de

comunicação, tanto para atendimento ao cliente quanto produção. A questão:

quando sou avaliado percebo o resultado das minhas ações, foi respondida por três

colaboradores como sempre percebem este resultado, já para sete funcionários

quase sempre percebem esta avaliação e também sete colaboradores raramente

percebem. A segunda afirmação: você é avisado de forma adequada à falta de

alguma matéria - prima antes de iniciar a produção, três colaboradores responderam

que sempre são avisados, seis quase sempre, três raramente são avisados e os

cinco funcionários afirmam nunca terem sido avisados da falta de alguma matéria –

prima.

Devido ao problema de comunicação interna existente, oito colaboradores e

afirmam estarem sempre seguros com as informações repassadas para iniciar o

processo de produção, já para nove funcionários, as informações existentes nem

sempre dão segurança para iniciar seu trabalho. Para ilustrar os comentários acima,

apresenta- se a Tabela 02.

Tabela 02: Questões sobre processo e o fluxo de comunicação. Questões Respostas Média 4 3 2 1 Média Grupo Quando sou avaliado percebo o resultado das minhas ações. 3 7 7 0 2,765

2,988

Você é avisado de forma adequada à falta de alguma matéria - prima antes de iniciar a produção.

3 6 3 5 2,412

Sente-se seguro nas informações para iniciar a produção. 8 9 0 0 3,471 Recebo um retorno da avaliação que o cliente realiza. 3 8 5 1 2,765 Os elogios ou críticas sobre o atendimento e produção ao cliente são repassados para o setor responsável.

10 6 1 0 3,529

Fonte: Pesquisa de campo (2011)

A pesquisadora notou que em relação a afirmação se o colaborador é avisado

de forma adequada da falta de alguma matéria-prima antes de iniciar a produção,

cinco responderam que nunca são avisados da falta, a causa deste problema é

porque o setor responsável por distribuir a matéria prima encerra as atividades às 16

horas, ficando esta mercadoria em um ponto de apoio no setor desses

colaboradores, mas três iniciam o turno às 18 horas e dois funcionários iniciam os

trabalhos de preparação e montagem do café da manhã as cinco da madrugada,

não tendo contato direto com o almoxarifado, para saber os reais motivos da falta de

mercadoria, portando os resultados não mostram falhas, apenas justifica-se tal

ocorrência.

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64

Em relação a receber o retorno da avaliação que o cliente realiza, 3 pessoas

afirmam sempre receber,oito funcionários quase sempre ficam sabendo,para cinco

colaboradores raramente há este retorno e somente um raramente fica sabendo.

A pesquisadora ressaltou que estes dados referentes a pesquisa de

satisfação do cliente, mensalmente são divulgados no mural e esporadicamente é

feita reuniões setoriais para debater esses índices,desta forma se o funcionário

buscar a informação está disponível.

Para a última afirmação, se os elogios ou críticas sobre o atendimento e

produção ao cliente são repassados para o setor responsável, dez afirmam que

sempre são comunicados, seis quase sempre são avisados e um raramente fica

sabendo dos elogios ou críticas.

Pela observação a pesquisadora ressalva que em muitas vezes estes elogios

ou críticas, no caso no setor de produção, são repassadas instantaneamente e de

forma verbal pelo setor de atendimento, no instante em que o cliente elogia ou critica

o serviço prestado.

Pela interpretação quantitativa é possível apontar as maiores dificuldades

sobre o fluxo de informações, assim a média calculada, referente aos elogios ou

críticas se são repassados aos colaboradores, é de 3,529, já a questão sente-se

seguro nas informações para iniciar a produção, obteve média igual a 3,471 e com

média 2,765, as afirmações referentes a avaliação das ações dos colaboradores e a

que o cliente realiza, com a menor média a informação que o colaborador não é

avisado corretamente sobre a falta de alguma matéria-prima.

Finalizando este primeiro objetivo, foi solicitada aos participantes para

atribuírem uma nota, em que: cinco significasse grande importância e zero nenhuma

importância. Os 17 questionários mostraram a opinião sobre a comunicação interna

entre os setores e a comunicação oficial. O Gráfico 01 mostra um comparativo entre

as duas questões investigadas.

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Gráfico 01: Notas sobre a Comunicação Interna e Oficial do Restaurante. Fonte: Pesquisa/2011

Ao analisar o Gráfico 01, percebe-se que os colaboradores do Marambaia

Gourmet preocupam-se mais com o comunicação interna dos setores envolvidos no

atendimento ao cliente do que na comunicação oficial da empresa. Embora a

comunicação entre os setores seja considerada de maior importancia, observa-se

que a Tabela 02 mostra os menores resultados para esta questão, assim estas

informações sinalizam uma preocupação no processo de gestão, que deve estar

atenta para melhorar as relações interpessoais, na busca da produtividade em

equipe. Koontz e O´Donnel (1981, p.32), em uma visão focada nas pessoas,

afirmam que a “administração é a criação e manutenção de um ambiente no qual os

indivíduos possam trabalhar e atingir metas grupais”.

4.2. Mapeamento dos fluxos de trabalho do restaurante

Pela observação feita pela pesquisadora que investigou os processos de

produção e atendimento ao cliente, no sistema a la carte do restaurante

citado,procurou-se mapear os fluxogramas.

A técnica adotada buscou conhecer todo o fluxo de comunicação e operação

executadas pelos envolvidos da pesquisa. Ao desenvolver o mapeamento, foi

possível apresenta-ló aos executores para validar os processos e após a divulgação

do mesmo observou-se a eficácia das ações, que possibilitou a padronização das

rotinas quando todos os colaboradores desempenharam as suas funções de forma

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igual, oferecendo ao consumidor final o mesmo resultado e o esperado. Esta etapa

da pesquisa vai ao encontro dos conceitos da OSM, quando Oliveira (2005) afirma

que para o uso correto de uma ferramenta de Organização, Sistemas e Métodos, é

necessário considerar a estrutura organizacional e as rotinas e os processos

administrativos da empresa. A Figura 02 mostra o fluxograma dos setores

atendimento e produção do setor de alimentos e bebidas.

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Figura 02: Fluxograma dos processos do Marambaia Gourmet.

Fonte: elaborada pela acadêmica (2011). Observa-se na figura 2, todas as etapas do processo de atendimento ao

cliente, tendo inicio pela produção do item escolhido, preparação da bebida e por fim

a finalização da conta, mostrando também qual setor é responsável por determinada

função.

4.3. Avaliação das rotinas internas para melhoria do atendimento ao cliente

Sendo este o último objetivo do trabalho, buscou-se conhecer qual a

importância dada ao treinamento ou programa de reciclagem, qual o reconhecimento

da importância do cliente no sucesso do hotel e o que o colaborador entende sobre

qual é o valor da sua função no processo de atendimento ao cliente. Para

demonstrar o que foi explanado, apresenta-se a Tabela 03.

Tabela 03: Questões sobre treinamento aos colaboradores e a importância da sua função

Questões Respostas Média 4 3 2 1 Média Grupo A empresa investe em treinamento ou programa de reciclagem para melhoria contínua.

3 4 3 7 2,176 3,176

A empresa reconhece a importância do cliente para o sucesso do hotel.

10 4 3 0 3,412

A sua função é importante para garantir o bom atendimento ao cliente.

16 1 0 0 3,941

Fonte: Pesquisa de campo (2011)

Interpretando a Tabela 03, para a afirmação a empresa investe em

treinamento ou programa de reciclagem para melhoria contínua, 7 colaboradores

responderam que a empresa nunca investe neste processo, 3 afirmam que

raramente acontece, 4 que quase sempre e 3 citaram que sempre acontece na

empresa.

Pela observação pode-se concluir que os treinamentos e os processos de

reciclagem são feitos apenas uma vez por ano, sempre em baixa temporada.

Embora esta afirmação obteve uma média próxima ao conceito raramente

ocorre esta situação na empresa,de acordo com o setor de recursos humanos da

organização, obteve-se a informação que devido a grande rotatividade, nem sempre

o funcionário está na empresa no período que o evento ocorre. Relata-se também,

que com a política de bonificação da empresa, a cada processo de reciclagem que é

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feito,aplica-se uma prova e este resultado serve como um indicador do nível de

conhecimento do colaborador, aumentando a bonificação referente ao resultado

deste treinamento no desenvolvimento da sua função. Assim o treinamento é uma

atividade presente na empresa, vinculada à capacitação e remuneração.

Ainda de acordo com a Tabela 03, na questão a empresa reconhece a

importância do cliente para o sucesso do hotel, 10 colaboradores afirmam que

sempre, 4 afirmam que quase sempre e 3 escolheram a opção raramente a empresa

reconhece a importância do cliente. Com base nas informações do setor de recursos

humanos e observação percebeu-se que existem contratações em cima da hora,

para completar o quadro de funcionários durante a temporada de verão, assim

muitos colaboradores acabam sendo contratados e não passam por todo o processo

de integração para conhecer a missão, visão, objetivos da organização, conhecendo

apenas as regras, código de conduta, suas obrigações e deveres. Por este motivo a

média para esta questão é de 3, 412, podendo ser interpretada que quase sempre a

organização reconhece a importância do cliente para o seu sucesso. Portanto a

empresa, na percepção dos seus funcionários não reconhece 100% a importância

do cliente para o seu negócio, feito que pode gerar um indicador de baixa qualidade

em serviços. Zuanetti e Hargreaves (2001) afirmam que a qualidade de um serviço é

medida pelo conjunto de características capazes de atender ás necessidades

implícitas e explicitas do cliente.

Baseado ainda na Tabela 03, a questão a sua função é importante para

garantir o bom atendimento ao cliente, 16 colaboradores responderam que sempre e

1 relatou que quase sempre A pesquisadora afirma que esta resposta demonstra a

consciência que o colaborador tem em relação a sua função, em um mercado de

trabalho altamente competitivo, como o de Alimentos e Bebidas, principalmente na

cidade de Balneário Camboriú.

Para atender a este objetivo ainda, foi questionado aos colaboradores dos

setores de produção e de atendimento sobre a comunicação entre esses setores e

no Gráfico 02 estão as notas aplicadas ao processo de comunicação do setor de

atendimento para a produção,abordando o pedido emitido pelo PDVA quanto a

clareza e consistência de informações.

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Gráfico 02: Comunicação Atendimento X Produção. Fonte: Pesquisa/2011

Observa-se o Gráfico 02, em relação a pergunta feita aos cozinheiros sobre

se o pedido emitido pelo ponto de venda é claro o suficiente para executar

corretamente o que foi solicitado,6 relatam que sempre é claro o suficiente, para 5

colaboradores quase sempre é claro. Para a afirmação: o pedido emitido pelo PDVA

é consistente para executar corretamente o que foi solicitado, 1 funcionário escolheu

a opção sempre a comanda é completa e para 10 colaboradores a comanda é quase

sempre completa.

A pesquisadora observou sobre o pedido emitido é claro o suficiente, a equipe

da produção tem dúvidas sobre as abreviações dos nomes dos pratos inseridos no

sistema e sobre se o mesmo é completo, quando muitos pedidos vêm com uma

anotação a caneta feita pelo garçom em relação a alguma solicitação do cliente,

como, por exemplo, o filé temperado sem pimenta, o garçom anota a caneta a

expressão SEM PIMENTA,mostrando que não contempla este tipo de informação

complementar.

Completando este objetivo, foi perguntado ao setor de atendimento sobre a

comunicação da cozinha quanto à solicitação de algum pedido e os resultados são

demonstrados no Gráfico 03.

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Gráfico 03: Comunicação Produção X Atendimento. Fonte: Pesquisa/2011

No Gráfico 03 apresenta a primeira questão que é referente a resposta da

cozinha em relação ao pedido efetuado pelo garçom e se na falta de algum

ingrediente o setor de atendimento fica sabendo,3 funcionários afirmam que sempre

são avisados, 2 quase sempre são avisados e outros 2 afirmam que raramente são

avisados. A pesquisadora pode observar que quando há muitos pedidos na cozinha,

não ocorre este tipo de comunicação, somente no momento da produção é que o

garçom é avisado, para conversar com o cliente para uma possível substituição ou

cancelamento do prato.

A segunda afirmação, a cozinha informa ao garçom a demora na preparação

de um prato, 3 afirmam que sempre ficam sabendo,2 quase sempre e 1 colaborador

nunca fica sabendo da demora. A pesquisadora investigou o motivo de 1

colaborador nunca ser avisado , mas tanto o chefe de cozinha, quanto o maitre

afirmam que no cardápio, abaixo da descrição dos pratos há uma observação na

demora de alguns pratos, citando quais e o tempo usado para a produção do

mesmo. O chefe de cozinha relata que é função do garçom, assim que o cliente

solicitar estes pratos, deve avisar a demora. Em muitos casos, a cozinha não

informa que este tempo é necessário para a produção do mesmo, ignorando o

tempo gasto para elaborar os pedidos feitos antes deste, ocasionando uma fila de

pedidos em que deve ser respeitada a ordem de chegada, demorando, às vezes, a

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execução de um prato que necessita de mais tempo para ser reproduzido. A

avaliação da qualidade acontece durante ao longo de todo o processo da prestação

de serviço, por meio dos momentos de verdade, conceituados por Fitzsimmons

(2005) quando o cliente tem contato com o processo ou com colaboradores, tendo a

oportunidade de satisfazer ou não sua necessidade.

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5. SUGESTÕES PARA A ORGANIZAÇÃO

Diante dos dados coletados anteriormente, serão apresentadas no Quadro

12, algumas sugestões à empresa em estudo. Além disto, é proposto um manual,

sendo o objetivo principal, apresentar de forma sucinta todas as informações

relevantes para padronização das atividades, representada por um fluxograma do

processo de atendimento ao cliente e o processo ideal de integração aos novos

colaboradores.

Problema Evidências Ação Corretiva Executor Quando Produto

Melhorar o sistema de comunicação interna dos setores.

Funcionários afirmam ser muito importante e foram os piores resultados

Usar uma linguagem mais

clara na redação,

elaborar um formulário específico.

Gerente

Sempre que tiver

informações a repassar.

Formulário

Programa de treinamento

Funcionários consideram grande o período de um treinamento para o

outro.

Elaborar um manual de treinamento.

Chefes de setores

Todo o ano Manual

Problema de Comunicação

oficial

Muitos colaboradores

interpretam que a empresa não reconhece a importância do cliente para o

sucesso do hotel.

Fixar no mural:visão,

missão, filosofia da organização. Incluir essas

informações no processo de integração.

Recurso Humano

Sempre Quadro de aviso no refeitório.

Inconsistência do Sistema de

Vendas

Os garçons, quando algum cliente

solicita retirar ou acrescentar alguma matéria prima na produção, são

necessários fazer esta alteração de

caneta.

Procurar junto ao sistema adotado um campo que permita esta alteração.

Gerente de

Alimentos e Bebidas

Sempre que cadastrar um

novo produto.

Cadastro dos

produtos de venda.

Quadro 12: Algumas sugestões à empresa Fonte: Elaborada pela acadêmica.

O manual de procedimentos das rotinas é destinado aos colaboradores do

Restaurante Marambaia Gourmet, quem tem por intuito orientar em relação ao

conjunto de normas, políticas, objetivos, instruções e orientações que devem ser

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obedecidas e cumpridas pelos funcionários da empresa, bem como a forma como

estes devem ser executados, quer seja individualmente ou em conjunto.Pretende-se

que cada colaborador receba este manual, ao ser admitido no restaurante, durante o

processo de integração e o mesmo terá cópias na sala da gerência de Alimentos e

Bebidas, para uma eventual consulta.

As ações sugeridas foram elaboradas com base nos resultados da pesquisa e

também na observação durante o período de estagio na organização e finalizando

este trabalho, a seguir serão apresentadas as considerações finais do presente

trabalho.

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6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Esta pesquisa buscou incrementar a organização formal do restaurante

Marambaia Gourmet, sistematizando as práticas dos setores de produção e

atendimento, focando os estudos dos processos e a comunicação institucional. Para

tanto, através da metodologia mais adequada para resolver o objetivo proposto, a

quali-quanti, pode-se responder a pergunta de pesquisa. A resposta desta pergunta

foi respondida de forma positiva ao analisar as práticas administrativas do

Restaurante Marambaia Gourmet.

Para atender o objetivo geral desta pesquisa: analisar as práticas

administrativas do Restaurante Marambaia Gourmet, empregando as ações de

Organização, Sistemas e Métodos para melhoria na qualidade no atendimento, o

trabalho mostrou que há falhas no processo de comunicação institucional da

empresa, estas ocorrem no nível estratégico para o operacional, principalmente nos

dias de eventos de grande porte, percebeu-se que os funcionários do restaurante

estão mais preocupados com a comunicação interna dos setores, do que a oficial da

empresa, pois esta primeira forma de comunicação impacta diretamente no

desempenho da sua função.

Já o segundo objetivo especifico deste trabalho, foi mapear os fluxos de

trabalho do restaurante, a observação feita buscou conhecer todo o fluxo de

comunicação e operação executadas pelos setores de produção e atendimento, esta

técnica possibilitou a padronização das rotinas dos envolvidos, oferecendo ao

consumidor final o mesmo resultado sempre, independe se alterou ou não o quadro

de colaboradores da empresa, por exemplo.

Finalizando os objetivos específicos desta pesquisa, foi feita uma avaliação

das rotinas internas para melhoria do atendimento ao cliente, buscando conhecer

qual a importância dada ao programa de reciclagem ou treinamento, o

reconhecimento da importância do cliente ao sucesso do hotel e o que o colaborador

entende sobre qual é o valor da sua função no processo de atendimento ao cliente,

um dos fatores mais relevantes apontados pelo setor de Rh da empresa foi a grande

rotatividade do setor, afetando o ciclo de treinamentos e a política de bonificação da

organização.

Pode-se considerar como limitação de estudo, o fato de a empresa,

praticamente no período final da elaboração deste trabalho, sofreu o processo de

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terceirização de suas atividades, mas a nova administração mostrou-se interessada

em utilizar as informações contidas neste trabalho acadêmico.

O fato que surpreendeu a própria acadêmica foi a que muitos colaboradores

afirmam que não reconhecem, ao desenvolver suas funções, a importância do

cliente para o sucesso da empresa, fato este ocorre devido às falhas no processo de

comunicação, principalmente na atividade de integração dos novos colaboradores,

uma vez que são demonstrados os valores, filosofia, princípios, missão, visão da

organização.

A análise dos processos despertou na empresa a vontade de realizar outras

pesquisas. Através dos resultados percebe-se que seria bem interessante dar uma

continuidade dos trabalhos, primeiramente com a atualização dos arquivos referente

a esta pesquisa e para futuros trabalhos, propor pesquisar os processos, com o

intuito de padronizar as atividades de outros setores do hotel, como por exemplo, o

setor de eventos, de governanta.

Outro ponto que surpreendeu a acadêmica foi que apesar dos funcionários

relatarem que toda comunicação interna é importante para a sua função, muitos não

costumam ler o mural, local este onde se encontra este tipo de comunicação.

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Paulo: Pioneira, 1987.

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APÊNDICES

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APÊNDICE A - Modelo do Questionário

Marque um X na alternativa que você pensa ser a mais adequada, de acordo com as seguintes opções:

AFIRMAÇÃO SEMPRE QUASE SEMPRE

RARAMENTE NUNCA

1. Conheço o histórico, regulamento, regras das práticas, por meio de sua comunicação

oficial.

2.Toda mensagem da comunicação interna é

importante para sua função.

3. Estou ciente de toda comunicação interna que assina

4. Toda comunicação interna é clara e objetiva.

5. A Ordem de Serviço referente a reparo e manutenção é atendida

prontamente.

6. As informações que estão no mural são importantes

7. Quando sou avaliado percebo o resultado das minhas ações.

8. Costumo ler as informações no mural

9. Você é avisado de forma adequada a falta de alguma

matéria prima antes de iniciar a produção

10.Sente-se seguro nas informações para iniciar a

produção

11. A empresa investe em treinamento ou programa de reciclagem para melhoria no

atendimento.

12. Recebo um retorno da avaliação que o cliente realiza.

13. A empresa reconhece a importância do cliente para o

sucesso do hotel.

14. A sua função é importante para garantir o bom atendimento ao

cliente.

15. Os elogios ou críticas sobre o atendimento e produção ao

cliente são repassados para o setor responsável.

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Escolha um valor, entre os citados abaixo, sendo 5 de grande importância e 0 para nenhuma importância.

AFIRMAÇÃO 5 4 3 2 1 0 1.Atendimento prestado por mim

2.Atendimento prestado pela equipe da produção 3.Atendimento prestado pela equipe de atendimento

4. Comunicação interna entre os setores 5. Comunicação oficial

Em relação à comunicação Garçom com a Cozinha, indique a alternativa mais apropriada.

AFIRMAÇÃO SEMPRE QUASE SEMPRE

RARAMENTE NUNCA

1. O pedido emitido pelo PDVA é claro para executar corretamente o

que foi solicitado.

2. O pedido emitido pelo PDVA é

consistente para executar

corretamente o que foi solicitado.

Em relação à comunicação Cozinha com os Garçons, indique a alternativa mais apropriada.

AFIRMAÇÃO SEMPRE QUASE SEMPRE

RARAMENTE NUNCA

1. Na falta de algum ingrediente você fica sabendo.

2.A cozinha informa ao garçom na demora da preparação de um

prato.

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APÊNDICE B – Modelo Ficha de Observação

EMPRESA: HORA INICIAL:

DATA: HORA FINAL:

CARGO EVENTO

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APÊNDICE C – Manual dos Procedimentos

MANUAL DOS PROCEDIMENTOS DAS ROTINAS DO RESTAURANTE

MARAMBAIA GOURMET.

DATA DE ELABORAÇÃO: OUTUBRO/2011

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APRESENTAÇÃO

Você está recebendo este documento que é um manual de procedimentos das rotinas empregadas no Restaurante Marambaia Gourmet, com o intuito de orientar os colaboradores em relação ao conjunto de normas, políticas, objetivos, instruções e orientações que devem ser obedecidos e cumpridos pelos funcionários da empresa, bem como a forma como estes devem ser executados, quer seja individualmente ou em conjunto.

Tem como principais finalidades, veicular as informações corretas para serem processadas por um determinado setor; proporcionar métodos que possibilitam a execução uniforme dos serviços, coordenar as atividades das unidades organizacionais, permitindo a execução dos propósitos da organização, bem como demonstrar os deveres, direitos, responsabilidade dos colaboradores, missão, visão E filosofia da organização.

Assim este manual pretende enfatizar e caracterizar os aspectos formais das relações entre os diferentes departamentos do restaurante, descrevendo as atividades que envolvem o fluxograma e a estrutura da empresa pelo organograma geral .

Você vai encontrar os seguintes assuntos: � Contextualização da empresa; � Missão; visão e valores da organização; � Organograma; plano de carreira; � Regras Comportamentais e o Fluxograma.

Bom Trabalho!

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CONTEXTUALIZAÇÃO DA EMPRESA

O Marambaia Cassino Hotel surgiu através do incentivo do Governo do

Estado de Santa Catarina, o qual possuía um projeto que visava promover o turismo neste mesmo estado, no ano de 1959. No ano de 1961, o Dr. Osmar Nunes Comprou um terreno e em 1962, iniciou a construção do hotel.

A escolha do nome do futuro hotel coube ao Dr. Osmar Nunes, que com o

auxílio de um dicionário procurou algo relacionado ao mar. Optou pelo nome Marambaia, que significa “o participante de uma embarcação de pesca que não vai ao mar, Mas pelo conhecimento que tem, consegue avistar os cardumes a longa distância, também conhecido como olheiro ou marinheiro namorador”. A denominação de Cassino surgiu, devido na época estar na moda e dava um maior status ao empreendimento.

Inaugurado em 29 de novembro de 1964, sendo o primeiro hotel com

formato arredondado do Brasil. Iniciou suas atividades com cerca de trinta

funcionários, sendo que o setor administrativo funcionava em Itajaí. Com o

desenvolvimento da cidade tornou-se necessário ampliar a estrutura física do

hotel. O arquiteto da época sugeriu que o prédio fosse construído na forma de

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“livro aberto”, que atualmente denomina-se bloco anexo, sendo que a união

dos blocos redondo e anexo aconteceu no ano de 1980.

Anexo ao hotel tem o Restaurante e Bar Pérgola Ltda, de nome

fantasia Restaurante Marambaia Gourmet, o surgimento do mesmo foi

devido à necessidade do hotel servir refeições aos seus clientes, inicialmente

somente café da manhã. Aumentando o número de hóspedes, houve a

necessidade de ampliar os serviços prestados, surgindo à idéia de trabalhar

com serviço Buffet e aberto ao público em geral, não apenas a clientes do

hotel.

Em conseqüência do mercado competitivo da região, o corpo de

acionista da empresa concluiu que o melhor a fazer foi assumir a

administração do restaurante, no ano de 2006, que até então era terceirizado.

Atualmente o restaurante apresenta aos seus clientes, os seguintes

tipos de serviços: Buffet (para eventos festivos e empresariais), a la carte ( em

dias de pouco movimento), room service ( para pedido nos apartamentos), café

da manhã, coffes breaks, lanches e petiscos na área da piscina.

Em relação à estrutura física, o Bar e Café Pérgola possui:

Salão Marambaia Gourmet: localizado de frente ao mar, possui 170 lugares

para cafés da manhã, almoço ou jantares, tanto festivos ou empresariais.

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Salão Pérgola: próxima á área da piscina, com capacidade para 60 pessoas,

utilizado para almoço e jantares, podendo ser complementado pelo Bar

Vienense e Sala de Cartas, totalizando um espaço para 150 pessoas.

Bar Vienense: menor salão do restaurante, espaço para 30 pessoas, é

comercializado lanches, petiscos, pizza e pratos do cardápio a la carte e

bebidas.

MISSÃO Acolher nosso cliente, proporcionando em todos os momentos experiências inesquecíveis.

VISÃO A empresa espera se tornar uma referência em hospitalidade no sul do Brasil,

até o ano de 2014.

VALORES

� Manter uma política de qualidade de mão de obra de nosso cliente interno; � Conduta baseada na ética e na integridade; � Colaboradores preparados, motivados e comprometidos com o resultado da organização; � Busca continua e atualização permanente das unidades hoteleiras; � Supremacia dos interesses da empresa aos interesses pessoais; � Racionalização na utilização dos recursos da empresa de forma a oferecer ao mercado preços compatíveis com os serviços prestados, que garantam a natural continuidade do negócio; � Integração com a comunidade e preservação do meio ambiente.

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ORGANOGRAMA DO RESTAURANTE MARAMBAIA GOURMET

Através deste organograma pode-se visualizar todo o quadro de colaboradores

do Restaurante como também sua hierarquia.

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PLANO DE CARREIRA PRODUÇÃO CARGO HABILIDADE TÉCNICA HABILIDADE PESSOAL

Chefe de Cozinha

Capaz de treinar funcionários; planejamento de cardápios; saber fazer escala de folga; elaboração de fichas técnicas e custos; finalização e decoração dos pratos; saber estabelecer funções para equipe de trabalho; elaboração e quantificação de listas de

compras.

Ter um bom relacionamento interpessoal; postura profissional; ser responsável, organizado, flexível e

comprometido; ter disponibilidade, boa aparência e postura.

Cozinheiro

Planejamento de cardápio como chef de cozinha; produção dos pratos quentes; elaboração e quantificação de listas de compras; substituir o chefe de cozinha nas

folgas e nas férias do mesmo.

Ter um bom relacionamento interpessoal; postura profissional; ser responsável, organizado, flexível e

comprometido; ter disponibilidade, boa aparência e postura.

Auxiliar de Cozinha

Domínio das técnicas de cortes básicos; conhecimento dos métodos de higienização de hortifruti; produção de

pré preparo.

Boa aparência e postura; ser responsável, organizado, flexível e comprometido; ter disponibilidade.

Stewart Possuir domínio das técnicas de limpeza de materiais e

equipamentos.

Boa aparência e postura; ser responsável, organizado, flexível e comprometido; ter disponibilidade.

PLANO DE CARREIRA ATENDIMENTO CARGO HABILIDADE TÉCNICA HABILIDADE PESSOAL

Maitre

Capaz de coordenar funcionários; saber fazer escala de folga e escala de limpeza; saber servir todos tipos de pratos; Conhecer e saber servir vinhos; Conhecer o cardápio, parte técnica; saber se posicionar no

restaurante e recepcionar os clientes;saber estabelecer funções para a equipe de trabalho e domínio no sistema

operacional utilizado.

Ter um bom relacionamento interpessoal; postura profissional; ser responsável,

organizado, flexível e comprometido; ter disponibilidade, boa aparência e postura, ser líder, ter domínio de outra língua; ter

uma postura simpática.

Garçom

Saber se posicionar no restaurante; saber servir todos os tipos de pratos; conhecer e saber servir vinhos; conhecer o cardápio, parte técnica; saber polir materiais; substituir

o maitre em folgas ou nas férias.

Ter um bom relacionamento interpessoal; postura profissional; ser responsável,

organizado, flexível e comprometido; ter disponibilidade, boa aparência e postura;

ter domínio de outra língua; ter uma postura simpática.

Barman Saber preparar as bebidas oferecidas no cardápio, ter

domínio de estoques.

Boa aparência e postura; ser responsável, organizado, flexível e comprometido; ter

disponibilidade.

Comim Possuir domínio das técnicas de limpeza de materiais e

equipamentos

Boa aparência e postura; ser responsável, organizado, flexível e comprometido; ter

disponibilidade.

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FLUXOGRAMA

A figura abaixo mostra o fluxograma dos setores atendimento e produção do Restaurante Marambaia Gourmet.

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REGRAS COMPORTAMENTAIS

� Não é permitido pisar ou sentar-se sobre móveis ou máquinas do Marambaia Cassino Hotel, bem como escrever nas paredes, máquinas e demais instalações. � As refeições devem ser feitas no refeitório, sendo proibido sair do refeitório com alimentos, guardar alimentos nos armários, nos vestiários ou levá-lo para a área de trabalho. � É expressamente proibido fumar nas dependências da empresa. � O funcionário não poderá ingerir bebida alcoólica, tóxicos ou entorpecentes em qualquer local do Hotel, ou em qualquer outro lugar dentro do horário de trabalho. � Não é permitido portar qualquer tipo de arma, munição, explosivo e produtos inflamáveis nas dependências do Hotel, a não ser quando haja autorização expressa para isso. � Não é permitido entrar nas dependências do Hotel, com máquinas fotográficas, nem sair da empresa com materiais, utensílios ou ferramentas pertencentes ao Marambaia Cassino Hotel. � Não praticar ou apoiar a discriminação no que se refere a raça, classe social, nacionalidade, religião, deficiência, sexo, filiação a sindicato ou partido político. � Evitar o abuso verbal, através de palavreado inadequado (xingamentos), tom de voz impróprio para o local de trabalho (gritos) e constrangimento entre os colegas. � É proibido a utilização nas seguintes dependências � Sociais: Piscina; Sala de jogos; Salões de eventos; Centro de recreação; � Salão da piscina; Bar vienense; Restaurante; Lobby do hotel; Salão de recreação; Bem como entrar pela recepção.

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SUGESTÕES

Coloque aqui sugestões ou atualize este manual para ser encaminhado ao

Gerente do restaurante para futura avaliação e distribuição desta informação. .................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................

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DECLARAÇÃO DO TRABALHO NA ORGANIZAÇÃO

ITAJAÍ, 03 de novembro de 2011.

A empresa Restaurante e Bar Pérgola declara, para os devidos fins, que a

estagiária Ana Paula Franzosi aluna do Curso de Administração do Centro de

Educação de Ciências Sociais Aplicadas, da Universidade do Vale do Itajaí -

UNIVALI, de 01-04-2011 a 20-11-2011 cumpriu a carga horária de estágio prevista

para o período - 240 horas, seguiu o cronograma de trabalho estipulado no Projeto

de Estágio e respeitou nossas normas internas.

__________________________________

(nome do responsável pela empresa)

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ASSINATURA DOS RESPONSÁVEIS

Nome da estagiária

Ana Paula Franzosi

Orientador de conteúdo

Profª. Ligia Ghisi

Supervisor de campo

Elenilson Ramos

Responsável pelo Estágio

Prof. Eduardo Krieger da Silva, M.Sc