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0 ROGÉRIO VIDAL DE ALMEIDA Trabalho de Conclusão de Estágio ELABORAÇÃO DE UM PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO PARA O SUPERMERCADO DAIANE Trabalho de Conclusão de Estágio desenvolvido para o Estágio Supervisionado do Curso de Administração do Centro de Ciências Sociais Aplicadas Gestão, Universidade do Vale do Itajaí. ITAJAÍ - SC, 2007

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ROGÉRIO VIDAL DE ALMEIDA

Trabalho de Conclusão de Estágio ELABORAÇÃO DE UM PLANEJAMENTO

ESTRATÉGICO PARA O SUPERMERCADO DAIANE

Trabalho de Conclusão de Estágio desenvolvido para o Estágio Supervisionado do Curso de Administração do Centro de Ciências Sociais Aplicadas – Gestão, Universidade do Vale do Itajaí.

ITAJAÍ - SC, 2007

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Agradeço a Deus por me dar capacidade e

sabedoria, aos meus pais Artur e Maria Rosa

de Almeida e meu irmão Julio César que

juntos batalharam para ver meu sonho sendo

realizado, por me apoiarem e pelo tempo

disponibilizado em meu favor.

Ao Supermercado Daiane, em especial aos

proprietários Sr. Venicio e Sra. Marilene

Amorim, que gentilmente me incentivaram e

apoiaram abrindo as portas de sua empresa

para que este trabalho fosse realizado.

Agradeço ainda aos meus amigos Eduardo e

Marcelo, os quais juntos percorremos essa

jornada (onde, compartilhamos bons e maus

momentos na universidade e cuja amizade

levarei junto), e ao meu professor orientador

Profº. Regis Ferrolli por acreditar e apoiar

meu projeto.

Muito obrigado a todos que de alguma

maneira contribuiram para o meu

crescimento pessoal e profissional, e tenham

certeza, que sentirei muitas saudades.

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"Em todos os nossos objetivos devemos tentar fazer sempre melhor, pois assim ninguém poderá nos condenar por não termos tentado, mas muita gente poderá nos elogiar por termos conseguido."

Autor desconhecido

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EQUIPE TÉCNICA

- Nome do estagiário:

Rogério Vidal de Almeida

- Área de estágio:

Planejamento Estratégico

- Orientador de campo:

Iraney Wernke Amorim

- Orientador de estágio:

Profº. Régis Ferroli

- Responsável pelo Estágio Supervisionado em Administração:

Profº. Eduardo Krieger da Silva

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DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA

- Razão social:

VENÍCIO AMORIM ME – 95.839.122/0001-82

- Endereço:

Rua: Amapá, 135 – Bairro Cordeiros

Itajaí– SC

CEP: 88320 – 500

- Setor de desenvolvimento do estágio:

Setor Administrativo - Financeiro

- Duração do estágio:

300 horas

- Nome e cargo do orientador de campo:

Iraney Wernke Amorim/ Gerente Admistrativo

- Carimbo e visto da empresa

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RESUMO

Frente a um cenário mundial que constantemente passa por mudanças, uma ferramenta que vem sendo muito empregada pelas organizações na busca pela obtenção de um diferencial competitivo é o planejamento estratégico. Sabendo-se que este disponibiliza informações preciosas a respeito de fatores internos e externos, os quais podem vir a interferir direta e indiretamente na gestão da organização e consequentemente nos resultados. Os objetivos deste trabalho foram efetuar uma análise interna e externa do ambiente organizacional, identificar qual a missão e a visão da organização, definir objetivos e metas a curto, médio e longo prazo, propor estratégias e elaborar um plano de ação. Para tanto, o mesmo se caracterizou por uma pesquisa – diagnóstico, predominantemente qualitativa, e com o emprego das técnicas de questionário e entrevista foi possível coletar informações tanto do ambiente interno, quanto do ambiente externo, as quais permitiram explorar o ambiente organizacional, levantar e definir problemas a serem solucionados e propor soluções. Através dos resultados obtidos, foi possível atingir o objetivo principal proposto, que era o de identificar os principais fatores que interferem no desempenho da empresa estudada, desenvolvendo um plano de ação baseado no Balanced Scorecard (BSC).

PALAVRAS-CHAVE: planejamento estratégico, pequena empresa e Balanced Scorecard (BSC)

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LISTA DE FIGURAS

Quadro 1 Cálculo para Amostragem ................................................................ 15

Figura 1 Principais Teorias Administrativas ................................................... 18

Figura 2 Tipos de Planejamento ..................................................................... 19

Figura 3 Metodologia de Planejamento Estratégico ...........................................21

Figura 4 As Cinco Forças Competitivas ............................................................ 28

Figura 5 Projeção de Consumo Aparente ....................................................... 31

Figura 6 Matriz BCG de crescimento/participação de mercado ........................34

Figura 7 Análise de Custo – Benefício ............................................................. 36

Figura 8 Postura Estratégica .......................................................................... 37

Figura 9 Matriz SWOT ................................................................................... 40

Gráfico 1 Sexo .....................................................................................................62

Gráfico 2 Idade ................................................................................................ 63

Gráfico 3 Escolaridade .........................................................................................63

Gráfico 4 Renda Familiar .....................................................................................64

Gráfico 5 Freqüência de Compras ......................................................................64

Gráfico 6 Supermercado de Preferência .............................................................65

Gráfico 7 Principais Motivos da Escolha do Supermercado ................................66

Quadro 2 Plano de ação – Motivar os Colaboradores ...................................... 73

Quadro 3 Plano de ação – Capacitar a Equipe de Funcionários ....................... 74

Quadro 4 Plano de ação – Conquistar Novos Clientes .......................................75

Quadro 5 Plano de ação – Melhorar Nível de Satisfação dos Clientes ...............76

Quadro 6 Plano de ação – Reduzir Custos em Departamentos Estratégicos .....77

Quadro 7 Plano de ação – Aumentar Lucratividade da Empresa ...................... 78

Quadro 8 Plano de ação – Informatizar Setores Estratégicos .......................... 79

Quadro 9 Plano de ação – Melhorar Processos de Atendimento ao Cliente .......80

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 Principais Fornecedores .......................................................................53

Tabela 2 Principais Concorrentes .................................................................. 54

Tabela 3 Relação Custo-Benefício dos Supermercados .................................. 67

Tabela 4 Índice médio de Satisfação ............................................................... 69

Tabela 5 Matriz SWOT – Supermercado Daiane ........................................... 70

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO .................................................................................. 11

1.1. Problema de Pesquisa e Justificativa ............................................... 12

1.2. Objetivos ........................................................................................... 13

1.3. Aspectos Metodológicos ................................................................... 13

1.3.1. Caracterização da Pesquisa ............................................................. 13

1.3.2. Participantes da Pesquisa ................................................................ 14

1.3.3. Instrumentos de Coleta de Dados .................................................... 15

1.3.4. Tratamento e Análise dos Dados ..................................................... 16

2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ............................................................ 17

2.1. Administração .................................................................................... 17

2.2. Planejamento ........................................................................................ 18

2.3. Planejamento Estratégico ................................................................... 20

2.4. Fase I – Diagnóstico Estratégico ........................................................ 22

2.4.1. Análise Externa .................................................................................. 23

2.4.1.1. Análise Ambiental ............................................................................... 24

2.4.1.2. Análise de Cenários ............................................................................. 25

2.4.1.3. Análise dos Concorrentes .................................................................... 26

2.4.1.4. Análise da Competitividade ................................................................. 27

2.4.1.5. Análise de Mercado ............................................................................ 30

2.4.2. Análise Interna ................................................................................... 32

2.4.2.1. Análise Funcional ............................................................................... 32

2.4.2.2. Análise Portfólio .................................................................................. 33

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2.4.2.3. Análise do Custo - Benefício ................................................................ 36

2.4.3. Análise SWOT .................................................................................... 36

2.4.4. Fatores Críticos de Sucesso ................................................................ 37

2.5. Fase II - Missão da Empresa .............................................................. 38

2.5.1. Estabelecimento da Missão ................................................................ 38

2.5.2. Postura Estratégica ........................................................................... 39

2.6. Fase III - Instrumentos Prescritivos e Quantitativos ............................ 41

2.6.1. Objetivos e Metas ................................................................................ 41

2.6.2. Estratégias e Políticas Funcionais ........................................................ 42

2.6.2.1. Tipos de Estratégias ............................................................................. 43

2.6.2.1.1. Estratégia de Sobrevivência .............................................................. 43

2.6.2.1.2. Estratégia de Manutenção ..................................................................... 44

2.6.2.1.3. Estratégia de Crescimento ................................................................ 45

2.6.2.1.4. Estratégia de Desenvolvimento .......................................................... 45

2.6.2.1.5. Estratégia Genérica .......................................................................... 46

2.6.2.2. Escolha e Formulação das Estratégias ................................................. 48

2.6.2.3. Projetos e Planos de Ação ................................................................. 49

2.7. Fase IV – Controle e Avaliação .......................................................... 50

3.0. DESENVOLVIMENTO DA PESQUISA DE CAMPO .......................... 52

3.1. Caracterização da Organização ........................................................ 52

3.1.1. Produtos e Serviços .............................................................................. 52

3.1.2. Principais Clientes .............................................................................. 53

3.1.3. Principais Fornecedores ..................................................................... 53

3.1.4. Principais Concorrentes ...................................................................... 54

3.2. Resultado da Pesquisa ........................................................................ 55

3.2.1. Identificação da Visão ......................................................................... 55

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3.2.2. Análise Externa .................................................................................. 55

3.2.2.1 Análise Ambiental ................................................................................ 55

3.2.2.2. Análise da Competitividade ............................................................... 57

3.2.3. Análise Interna ..................................................................................... 59

3.2.3.1. Análise Funcional ............................................................................... 62

3.2.3.2. Análise de Custo-Benefício ................................................................ 70

3.2.4. Análise SWOT ..................................................................................... 70

3.2.5. Estabelecimento da Missão ................................................................ 71

3.2.6. Estabelecimento da Postura Estratégica ............................................... 71

3.2.7. Estabelecimento de Objetivos e Metas .............................................. 71

3.2.8. Estabelecimento de Estratégias ........................................................ 72

3.3. Sugestões e Planos ............................................................................ 72

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................. 82

5. REFERÊNCIA BIBLIOGRAFICA ...................................................... 84

APÊNDICES ..................................................................................... 87

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1. INTRODUÇÃO

Em decorrência da globalização, vem crescendo os mercados e

respectivamente, a exigência de uma maior competitividade por parte das empresas,

onde novas tecnologias estão cada vez mais presentes, influenciando diretamente

no crescimento e desenvolvimento das organizações de uma forma geral.

Segundo estudo apresentado na revista Super Hiper (2007) especializada no

ramo supermercadista, está ocorrendo uma grande mudança nesse setor, visto que

as grandes redes da Europa e dos Estados Unidos vem expandindo seus negócios

com foco nos países em desenvolvimento, o que tem preocupado os supermercados

nacionais.

Na América Latina os europeus já têm uma concentração bastante forte, fato

que também é visto no Brasil, onde duas das três maiores redes de supermercados

são estrangeiras (Carrefur e Wal-Mart), que travam uma disputa acirrada com a

Companhia Brasileira de Distribuição (CBD), que atualmente é a primeira no ranking

dos supermercados.

Mesmo passando por algumas dificuldades nos últimos cinco anos,

decorrentes de incertezas governamentais, alta do dólar e a crise na Argentina, no

âmbito nacional, as redes de supermercados estão se adaptando as mudanças

mundiais, com o objetivo de aprimorar seu trabalho e de expandir seus negócios.

Outro aspecto a ser destacado no setor de supermercados, é a participação

dos mesmos no PIB (Produto Interno Bruto), que desde o ano de 2000 vem

influenciando para o crescimento do mesmo. No ano de 2000 a 2002 o setor teve

uma participação média de 6,2% no PIB.

Já na Região Sul, uma das maiores do setor, (a segunda maior em termos

de participação do setor, com aproximadamente 20% do faturamento, cerca de 27%

das lojas e 22% dos funcionários, no País), o número de lojas no período de 2001 a

2005 cresceu 37,9%, sendo que no Estado de Santa Catarina o crescimento foi de

5,5%, um pouco mais modesto que o crescimento no Estado do Rio Grande do Sul e

Paraná, respectivamente de 51,2% e 46,3%.

Tendo em vista tal contexto, pode-se perceber que a concorrência tem sido

bastante acirrada, levando as empresas a se preocuparem em readequar sua forma

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de atuação, com o objetivo de não perder sua participação no mercado. Para isso, o

planejamento é uma das funções que podem auxiliá-las nas tomadas de decisões

para o desenvolvimento e crescimento dos supermercados.

O planejamento estratégico destaca-se como uma ferramenta muito

importante para as organizações, pois através de sua utilização busca-se elaborar

uma metodologia que estuda a essência da organização, o meio externo e os fatores

produtivos, a fim de expor ao final, um plano de ação baseados nas estratégias a

serem seguidas.

Por este motivo esse trabalho visa aplicá-lo ao supermercado Daiane, que

está situado na cidade de Itajaí, bairro Cordeiros, sendo que o mesmo já está no

ambiente comercial a mais de 15 anos, e vê-se a necessidade de buscar melhorias

e aperfeiçoamento para a empresa.

1.1. Problema de Pesquisa e Justificativa

O problema central deste trabalho consiste em, como elaborar um

planejamento estratégico, que permita orientar de maneira coerente às ações do

supermercado Daiane?

A necessidade desse estudo se dá pelo crescimento da empresa, já que

está no mercado há 14 anos e possui atualmente 3 filiais, sendo que a primeira filial

já tem 8 anos de vida e nos últimos 15 meses abriu duas novas filiais.

Esse trabalho é importante para a empresa, pois através dos resultados e

aplicação proposta de um mecanismo de controle ajudará no aprimoramento e

aperfeiçoamento da mesma em seu setor, com a finalidade de tornar-se mais

competitiva.

Também será importante para o acadêmico já que com a aplicação desse

trabalho estará buscando aperfeiçoar o conhecimento adquirido dentro da

universidade, agora de uma forma prática. Por ser um estudo teórico e prático, este

trabalho poderá servir de referência para trabalhos futuros, podendo ser utilizado

para futuras pesquisas nesse setor.

Já para a universidade torna-se importante, pois mostrará que ela tem como

objetivo não só formar acadêmicos, mas também estar pronta a ter uma integração

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com as organizações, demonstrando quais são os seus objetivos frente às empresas

e a comunidade.

1.2. Objetivos

O objetivo geral deste trabalho é desenvolver um planejamento estratégico

para o Supermercado Daiane.

Neste sentido, os objetivos específicos a serem alcançados são:

• Realizar análises interna e externa do ambiente organizacional;

• Identificar a missão e a visão da empresa;

• Estabelecer os objetivos e metas organizacionais;

• Formular as estratégias para a organização;

• Traçar planos de ação;

• Propor um mecanismo de controle.

1.3. Aspectos Metodológicos

Nesse tópico estão expostos os aspectos metodológicos que delinearam a

elaboração do trabalho, sendo eles recursos que auxiliaram na elaboração desse

estudo para que se possa ter um direcionamento a ser seguido.

1.3.1. Caracterização da Pesquisa

Para a elaboração do planejamento estratégico é preciso realizar um

diagnóstico empresarial, buscar o máximo de informações possíveis por intermédio

do pesquisador, e isso requer um grande interesse por parte do mesmo a fim de

executar o trabalho. Segundo Roesch (1999) a pesquisa-diagnóstico visa explorar o

ambiente; levantar e definir problemas, com a finalidade de solucionar os problemas

apresentados na organização.

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Para o desenvolvimento deste trabalho foi adotado a metodologia de

pesquisa qualitativa, a qual é descrita por Cordeiro (2006) como sendo um tipo de

pesquisa que tem como vantagem à possibilidade de aprofundamento de questões

peculiares à temática inicial que por acaso surjam ao longo de sua realização.

O método qualitativo será usado nesse trabalho, pois dentro do contexto da

organização as técnicas existentes nesse método serão usadas como base para o

desenvolvimento desse estudo.

No que se refere ao delineamento da pesquisa, utilizou-se a técnica de

estudo de caso, o qual é caracterizado por Lüdke e André apud Cordeiro (2006)

como sendo uma técnica de poucos objetos de estudo de forma singular, retratando

sua realidade de forma completa e profunda. Esta abordagem de pesquisa procura

revelar diferentes dimensões existentes em uma determinada realidade, enfatizando

suas inter-relações, a partir de uma variedade de fontes de informações em

diferentes momentos e situações.

Para dar maior confiabilidade nos resultados deste trabalho, o mesmo usou

ainda algumas técnicas propostos pelo método quantitativo, como aporte para a

pesquisa. O método quantitativo, é descrito por Richardson (1999), se difere do

qualitativo por fazer uso de técnicas estatísticas para mensurar as informações, seja

na fase de coleta ou no tratamento dos dados.

O uso do método quantitativo se fez necessário, pois através do mesmo

pode-se avaliar os resultados que foram coletados, junto a uma população que está

envolvida com a organização. Para isso, o método quantitativo dispõe de

ferramentas que conduzem a essa tabulação e apresentação dos resultados.

1.3.2. Participantes da Pesquisa

Para atingir os objetivos propostos, buscou-se estudar as populações

relacionadas aos gestores dos supermercados, bem como clientes e concorrentes

da empresa.

O conceito de população nos é apresentado por Richardson (1999, p. 157),

como sendo “um grupo de pessoas que estão inseridas em um mesmo ambiente,

trabalhando no mesmo lugar e também possuem determinadas características”.

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Para a análise do custo-benefício, foi utilizado uma amostragem, sendo esta

determinada por meio da metodologia proposta por Barbeta (1999), exposta no

Quadro 1, a qual aceitou um erro máximo amostral de 5%. Neste sentido, a amostra

determinada para a pesquisa foi de 204 clientes, ambos moradores residentes do

bairro Cordeiros em Itajaí - SC.

Para Roesch (1999, p. 139), o propósito da amostragem "é construir um

subconjunto da população que é representativo nas principais áreas de interesse da

pesquisa”.

CÁLCULO PARA AMOSTRAGEM

APROXIMAÇÃO TAMANHO DA AMOSTRA

n0= . 1 . n= . N x no . Eo² N + no

ONDE: n0= APROXIMAÇÃO

E0²= ERRO ADMITIDO N= POPULAÇÃO n= TAMANHO DA AMOSTRA

Quadro 1: Cálculo para amostragem Fonte: Adaptado de Barbeta (1999)

1.3.3. Instrumentos de Coleta de Dados

Foi utilizado neste trabalho, dados primários e secundários. Para Richardson

(1999) “trabalhos primários são dados coletados pelo próprio pesquisador, e

enquanto os secundários são informações já existentes que servirão de apoio para a

pesquisa”.

A coleta de dados primários foi efetuada através das técnicas de roteiro de

entrevista e questionário. O roteiro de entrevista é caracterizado por Roesch (1999),

como propícia para ser feita a qualquer tipo de pessoa, contanto que seja elaborada

e aplicada de forma clara e objetiva. Assim os entrevistados poderão dar uma

explicação convincente, e mesmo as pessoas de um nível educacional mais baixo

não terão dificuldades em expor suas respostas, assim impedindo equívocos.

Já o questionário é, descrito por Richardson (1999) como “um meio que

permite observar as características de um individuo ou grupo”, nesse caso o

questionário será aplicado a clientes e concorrentes.

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Assim, foi possível estudar de uma maneira bem clara e objetiva todas as

populações envolvidas neste trabalho e com isso, reunir uma quantidade expressiva

de informações, que possibilitou delinear planos de ação.

Já os dados secundários, foram obtidos por meio de documentos da

empresa, meios eletrônicos, livros, jornais e todo material que possa servir a

elaboração do estudo.

1.3.4. Tratamento e Análise dos Dados

Ao final, os dados foram analisados e então tabulados por meio de

ferramentas do planejamento estratégico, utilizando-se de textos explicativos,

tabelas e gráficos.

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2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Neste tópico, foi desenvolvida toda a parte referente a consultas e

informações já existentes relacionados ao assunto deste trabalho. As informações

descritas neste tópico serviram para dar fundamentação e validação para um projeto

de pesquisa.

2.1. Administração

A administração é tão antiga quando a história do homem, e segundo

Chiavenato (2004), o grande fato histórico que revelou a administração como ciência

foi à revolução industrial no século XVIII. Época esta que substituiu as bases

econômicas de agrícolas para industrial.

O termo administração vem do latim, ad (junto de) e ministratio (prestação

de serviço), portanto, administração é uma ação de prestar um serviço. Na época

contemporânea, administração não é somente relacionado ao governo ou a

condução de uma empresa, e sim todas as atividades que envolvem planejamento,

organização, direção e controle. (CHIAVENATO, 1994)

Neste sentido, Stoner (1999, p.5) argumenta que a “administração é o

processo de planejar, organizar, liderar e controlar os esforços realizados pelos

membros da organização e o uso de todos os outros recursos organizacionais para

alcançar os objetivos estabelecidos”.

Chiavenato (1997, p.12), enfatiza que a tarefa da administração é:

a de interpretar os objetivos propostos pela organização e transformá-los em ação organizacional por meio de planejamento, organização, direção e controle de todos os esforços realizados em todas as áreas e em todos os níveis da organização, a fim de alcançar tais objetivos de maneira mais adequada à situação.

Contudo, Stoner (1999, p.5), enfatiza que “a administração já foi chamada

como a arte de fazer coisas através de pessoas”. Até hoje, nenhuma definição para

a Administração foi universalmente aceita, pois as definições mudam com o passar

do tempo.

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Ênfase Teorias Administrativas Principais enfoques

Nas tarefas Administração científica Racionalização do trabalho no nível operacional

Na estrutura Teoria clássica Teoria neoclássica

Organização formal Princípios gerais da administração Funções do administrador

Teoria da burocracia Organização formal burocrática Racionalidade organizacional

Teoria estruturalista

Múltipla abordagem: Organização formal e informal Análise infra-organizacional e análise interorganizacional

Nas pessoas Teoria das relações humanas

Organização informal Motivação, liderança, comunicações e dinâmica de grupo

Teoria do desenvolvimento organizacional

Mudança organizacional planejada Abordagem de sistema aberto

No ambiente Teoria estruturalista Teoria neo-estruturalista

Análise infra-organizacional e análise ambiental Abordagem de sistema aberto

Teoria da contingência Análise ambiental (imperativo ambiental) Abordagem de sistema aberto

Na tecnologia Teoria da contingência Administração da tecnologia (imperativo tecnológico)

Figura 1: Principais Teorias Administrativas Fonte: Adaptado de Chiavenato (1994)

Para Daft (2005), ao longo das décadas surgiram novas teorias a respeito da

administração, (Figura 1), sendo que cada uma delas possuía uma ênfase em algum

fator especifico e buscava respostas a questionamentos não solucionados pelas

teorias antecessoras.

2.2. Planejamento

Para Chiavenato (2004, p.216), “o planejamento constitui a primeira e mais

importante função administrativa, pois é preciso planejar antes de realizar as outras

funções como organizar, dirigir, controlar, coordenar”.

Neste sentido, Certo (2003, p.103), diz que o planejamento é uma atividade

necessária para qualquer organização e o conceitua como sendo “o processo de

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determinar como a organização pode chegar onde deseja e o que fará para executar

seus objetivos”.

Desta forma, os dois autores concordam que o planejamento é de suma

importância para que a empresa execute as funções administrativas, assim podendo

organizar, dirigir, controlar e coordenar com a finalidade de alcançar o patamar

desejado pela organização.

Para Ackoff apud Oliveira (1999, p. 42), “o planejamento é um processo

contínuo que envolve um conjunto de decisões inter-relacionadas que podem ser

separadas de formas diferentes”. Neste sentido, o planejamento pode ser

classificado em três tipos: operacional, tático e estratégico.

Figura 2: Tipos de planejamento Fonte: Adaptado de Oliveira (1999)

Para Chiavenato (2004), o planejamento estratégico envolve toda a

organização, é genérico e sintético e focaliza a longo prazo, no sentido de relacionar

a organização com seu ambiente e orientá-la para o futuro. Por sua vez, o

planejamento tático envolve cada unidade ou departamento, estende ao médio

prazo (geralmente um ano), envolve planos de produção, financeiros, de materiais,

de marketing e de recursos humanos. Já os planos operacionais focalizam a curto

prazo e abrangem cada tarefa operacional individualmente.

De acordo com Drucker apud Oliveira (1999, p.34), “o planejamento não diz

respeito a decisões futuras, mas às implicações futuras de decisões presentes”.

Neste sentido, um planejamento estratégico bem elaborado traz para a organização

Planejamento

Estratégico

Nível

Estratégico

Nível

Operacional

Planejamento

Operacional

Nível

Tático

Planejamento

Tático

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uma vantagem competitiva, proveniente de um trabalho árduo de análise de fatores

internos e externos à organização, os quais se resumem ao final, em estratégias.

2.3. Planejamento Estratégico

Para Fischmann e Almeida (1991, p.25), o planejamento estratégico é “uma

atividade técnica administrativa que, através da análise do ambiente de uma

organização, cria a consciência das suas oportunidades e ameaças dos seus pontos

fortes e fracos para o cumprimento da sua missão”.

Já Oliveira (1999, p.46), descreve o planejamento estratégico como sendo

”um processo gerencial que possibilita ao executivo estabelecer o rumo a ser

seguido pela empresa, com vistas a obter um nível de otimização na relação

empresa com o seu ambiente”.

Neste caso ambos os autores citados, descrevem a necessidade e

importância de se obter uma consistência nas atividades da empresa, para isso,

analisa-se os ambientes internos e externos, pontos fracos e fortes da organização,

objetivando o cumprimento da missão estabelecida pela empresa.

Chiavenato (2004) complementa ao afirmar que o planejamento estratégico

é Um processo organizacional de adaptação, o qual ocorre através da aprovação, da

tomada de decisão e da avaliação, e que procura responder a questões básicas,

como: por que a organização existe, o que ela faz e como faz. O resultado do

processo é um plano que serve para guiar a ação organizacional por um prazo de

três a cinco anos.

Os autores Fischmann e Almeida (1991) e Oliveira (1999), enfatizam que a

elaboração do planejamento estratégico, geralmente é concebido em etapas ou

fases, que se resumem em delineamento, elaboração e implementação, e que sua

metodologia se distingue tanto para os autores, quanto para as organizações.

Dentre as várias metodologias de planejamento estratégico, uma muito

empregada é a proposta por Oliveira (1999), que divide a elaboração do

planejamento em etapas (Figura 3), as quais são: o diagnóstico estratégico, missão

da empresa, instrumentos prescritivos e quantitativos e controle e avaliação.

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Os modelos de planejamento estratégico citados pelos demais autores

assemelham-se ao modelo do Oliveira (1999), a diferença pode ser encontrada no

desenvolver das etapas dando maior ou menor ênfase.

Figura 3: Metodologia de Planejamento estratégico Fonte: Adaptado de Oliveira (1999)

Segundo Oliveira (1999), a sua metodologia é dividida em quatro fases –

diagnóstico estratégico, missão da empresa, instrumentos prescritivos e

quantitativos e controle e avaliação, para um melhor entendimento por parte da

empresa, das etapas a serem realizadas na elaboração de um planejamento

estratégico e para a averiguação por parte desta a sua realidade, levando em

consideração suas questões internas e externas.

A aplicação dessa metodologia pode variar de organização para

organização, isso é decorrente das diversas características empresarias, e de suas

PROCESSO DE ELABORAÇÃO DE UM PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

Fase IV . (Controle e Avaliação) .

Fase III . .(Instrumentos Pescritivos

e . . Quantitativos) .

Fase II .(Missão da Empresa) .

Fase I . (Diagnóstico Estratégico)

Identificação da Visão

Estabelecimento da Missão

Estabelecimento da Postura Estratégica

Estabelecimento de Objetivos e Metas

Estabelecimento de Estratégias

Planos de Ação

Análise Externa Análise Interna

Controle e Avaliação

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reais necessidades. O processo de planejamento estratégico envolve alguns

conceitos, por meio dos qual a empresa empreende um estudo e formula suas

estratégias. Esses conceitos serão definidos a seguir.

2.4. Fase I – Diagnóstico Estratégico

Para Hartmann (1998), diagnóstico estratégico é o meio que a empresa tem

de conhecer o seu ambiente interno e o ambiente externo, levando em consideração

sua concorrência, isso sendo feito com o objetivo de estabelecer formas de agir

visando sua estabilidade atual e planejando estratégias futuras.

Oliveira (1999) acrescenta que na etapa do diagnóstico estratégico, as

principais etapas são – a identificação da visão, a análise interna e a análise

externa. Neste sentido, o enfoque do diagnóstico é verificar o momento atual da

empresa como também nas decisões tomadas ou que serão tomadas quanto ao

futuro da organização. Para isso, busca-se identificar os seguintes aspectos:

• Pontos Fortes: são variáveis internas, as quais são controláveis pela

organização e que proporcionam condições favoráveis ao bom

andamento dos processos organizacionais;

• Pontos Fracos: são variáveis internas, que também são controláveis pela

organização, mas que não proporcionam condições favoráveis ao bom

andamento dos processos organizacionais, sendo assim, problemas a

serem resolvidos;

• Oportunidades: são variáveis externas, as quais, a organização não tem

nenhum controle sobre elas, que atualmente estão proporcionando

condições favoráveis ao bom andamento dos processos organizacionais;

• Ameaças: também são variáveis externas, as quais, a organização não

tem nenhum controle sobre elas, que atualmente não estão

proporcionando condições favoráveis ao bom andamento dos processos

organizacionais, sendo assim, precisam ser reavaliadas.

Costa (2005 p.51) afirma que diagnóstico estratégico é “um processo

estruturado que procura avaliar a existência e adequação das estratégias vigentes

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na organização em relação ao andamento de transformações para a construção do

seu futuro”.

Nesse caso o primeiro passo é identificar a visão da empresa, que é descrita

por Oliveira (1999), como sendo o limite que os proprietários e principais executivos

da empresa conseguem enxergar dentro de um período de tempo mais longo e uma

abordagem mais ampla. Neste caso é preciso o bom-senso dos envolvidos na

organização para tomar a decisão da qual será a visão da empresa, para que possa

ser alcançado o que foi objetivado pelos mesmos. (OLIVEIRA, 1999)

Costa (2005) ao falar sobre visão, declara que ela deve ser como um

alicerce para a organização, tendo em vista torna-la útil para todos os envolvidos na

organização. Assim sendo deve-se defini-la de forma simples, objetiva e

compreensiva. A sua função será explicitar o que a empresa quer ser, ou aonde

quer chegar. A visão servirá de orientação para as ações e decisões que a empresa

adotará, com a finalidade de estar bem estruturada.

2.4.1. Análise Externa

Segundo Oliveira (1999), a análise externa busca estudar a relação existente

entre a organização e o seu ambiente, para que se possa identificar e aproveitar

possíveis oportunidades e minimizar os riscos de possíveis ameaças advindas do

meio externo.

Hartmann (1998) argumenta que a análise externa é a identificação de

oportunidades ou ameaças provenientes do meio externo e a sua respectiva causa,

para que a organização possa desenvolver ações internas a fim de aproveitá-las ou

neutralizá-las.

Para Migliato (2004, p. 34), a análise externa é:

A análise que verifica como as forças do ambiente externo poderão afetar a empresa gerando oportunidades e ameaças à sua sobrevivência. O objetivo da análise externa é propiciar as informações necessárias que possibilitarão ao estrategista operar eficazmente, aproveitando as oportunidades e evitando as ameaças oferecidas pelo ambiente.

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Neste sentido, Costa (2005) afirma que o estudo do ambiente externo pode

trazer muitas surpresas e intempéries, mas, seu estudo serve para orientar o

planejamento para a tomada de providências imediatas para um melhor

aproveitamento das oportunidades e ou para evitar as conseqüências negativas

provenientes das ameaças.

Para tanto, as principais técnicas empregadas para analisar o ambiente

externo são: a análise ambiental, de cenários, do concorrente, da competitividade e

a análise de mercado. Os próximos itens irão explicar o funcionamento de cada uma

dessas técnicas ou ferramentas, objetivando expor um conjunto completo de meios

para identificar oportunidades e ameaças.

2.4.1.1. Análise Ambiental

Análise ambiental corresponde ao estudo dos diversos fatores e forças do

ambiente, às relações entre eles e seus efeitos ou potenciais efeitos sobre a

organização, ao qual são baseadas nas percepções das áreas em que as decisões

estratégicas da empresa deverão ser tomadas. Geralmente a análise ambiental é

usada para resolver problemas imediatos, no qual exige uma decisão estratégica ou

para identificar futuras oportunidades ou ameaças que ainda não foram percebidas

claramente pela empresa. (Oliveira, 2001)

As informações necessárias para a elaboração da análise ambiental podem

ser extraídas de fontes primárias ou de fontes secundárias. Sendo que as de fonte

primárias são realizadas através de pesquisas aplicadas pela própria empresa no

ambiente, já as fontes secundárias, a organização obtém as informações através de

outros agentes, como IBGE, Universidades, Bolsa de Valores, etc. (Oliveira, 2001)

Durante a realização da análise ambiental, os principais fatores levados em

consideração e pesquisados segundo os autores Andion e Fava (2002) e Kotler

(1998) são:

• Fatores Socioculturais: preferências, tendências populacionais, cultura,

nível educacional, estilo de vida, distribuição etária e geográfica da

população-alvo da empresa;

• Fatores Legais: leis, impostos, taxas aplicáveis ao setor;

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• Fatores Políticos / Governamentais: políticas governamentais de

incentivo e/ou restrição, influências políticas e de demais grupos de

interesse;

• Fatores Econômicos: juros, câmbio, renda, nível de emprego, inflação,

índices de preços e;

• Fatores Tecnológicos: pesquisa e desenvolvimento de produtos na

área, avanços tecnológicos e custos envolvidos.

• Fatores Naturais: escassez de matérias-primas, custo de energia

crescente, níveis crescentes de poluição e mudança no papel dos

governos em relação à proteção ambiental.

Tendo em vista os fatores influenciadores do macroambiente, é preciso um

monitoramento dessas forças, para que a empresa consiga, através desse

acompanhamento detectar possíveis ameaças e novas oportunidades para o seu

desenvolvimento e crescimento. Já que essas forças são determinantes para a

avaliação da empresa na sua área de atuação. (KOTLER, 1998)

2.4.1.2. Análise de Cenários

De acordo com Porter (1989, p. 412), a “análise de cenário é uma visão

internamente consistente daquilo que o futuro poderia vir a ser”. Assim sendo “os

cenários empregados no planejamento estratégico enfatizam fatores

macroeconômicos e macro políticos”.

No momento de uma decisão estratégica, levando em consideração as

incertezas do mercado, a análise de cenário torna-se um dispositivo poderoso para a

tomada de decisão, podendo fazer escolhas consistentes e claras tendo em vista o

cenário de incertezas com as quais ela se defronta. (PORTER, 1989).

O objetivo da análise de cenários é conceder possibilidades sobre as quais

os gestores podem pensar, ela não tem por finalidade prever o futuro. Através de

sua elaboração observam-se diversas versões completas sobre o futuro, os quais

podem afetar as pretensões da empresa, (TIFFANY e PETERSON, 1998).

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Desta maneira Costa (2005, p.91) aprofunda-se no conceito de cenário

afirmando ser:

Um conjunto harmônico e consistente de hipóteses de trabalho, quantitativas ou qualitativas, sobre características, condições ou fatores predominantes no ambiente externo. Os aspectos constantes no cenário devem ser os que afetam ou que podem afetar as atividades futuras da organização, de seus clientes, de seus concorrentes e até de suas partes interessadas.

Em um futuro instável e imprevisível, a elaboração de uma análise de

cenário torna-se complexa e exaustiva, desta forma a orientação de Tiffane e

Peterson (1998), é para que se trabalhe com três cenários possíveis, sendo eles:

• Um cenário baseado em uma opinião otimista;

• Um cenário baseado em uma opinião pessimista;

• Um cenário baseado em uma opinião provável.

Para que a análise de cenário possa ser segura e consistente, é necessário

considerar o passado, o presente e também as possíveis variações e alterações que

possam ocorrer no ambiente externo. Neste caso essas mudanças são decorrentes

de decisões das empresas, das intervenções do governo e dos hábitos familiares.

(Hartmann, 1998).

2.4.1.3. Análise dos Concorrentes

A finalidade desta análise é posicionar a empresa frente aos seus clientes e

concorrentes e uma alternativa de realizá-la através do benchmarking. Com ele a

empresa consegue obter informações necessárias para a decisão estratégica e

desta forma, as informações obtidas permitirão conhecer a posição da empresa no

setor e frente a seus concorrentes, (HARTMANN, 1998).

É através da concorrência que a empresa encoraja-se a oferecer maior valor

no seu produto, pois é com os concorrentes no mercado que os clientes avaliam os

benefícios dos produtos ofertados pelas empresas, medindo o valor de ambos. Para

isso a empresa precisa conhecer quem são os seus concorrentes (TIFFANY e

PETERSON, 1998).

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Segundo Tiffany e Peterson (1998) para compreender os concorrentes é

necessário saber como os clientes tomam suas decisões, como usam os produtos,

qual é a capacidade de seus concorrentes, quais as estratégias adotadas por eles e

de onde virão concorrentes potenciais futuramente. Assim podem-se dividir os

concorrentes em grupos de acordo com o grau de intensidade da concorrência:

• Concorrentes diretos: esse grupo esta sempre entre os potenciais, uma

concorrência mais intensa. Seus produtos sempre estão nas listas dos

clientes, com esses concorrentes o ideal é obter o máximo de

informações possíveis;

• Concorrentes de primeira linha: são concorrentes diretos também, mas

não tão agressivos, sendo que o seu potencial pode estar inserido em

uma determinada área. Mesmo assim não se deve ignorar esse grupo;

• Concorrentes indiretos: é um grupo com produtos alternativos, mesmo

assim é preciso periodicamente fazer uma analise destes. Já que os

mesmo podem surpreender, sendo esta uma característica da

concorrência indireta.

Para saber quem realmente são os seus concorrentes, é necessário

descobrir através da atuação do cliente no mercado quais os tipos de produtos que

eles analisam antes de efetuar uma compra, também entender quantos produtos são

pesquisados para então tomar a decisão de qual adquirir. Tiffany e Peterson (1998).

Nessa análise o primeiro passo é recolher todos os fatos disponíveis das

empresas concorrentes, analisar suas fraquezas e potencialidades, com isso a

organização pode antecipar possíveis dificuldades e criar estratégias para não correr

o mesmo risco que a concorrência. O sucesso desta analise está na coleta das

informações, tendo em vista que muitas são colhidas com facilidade e outras com

maior dificuldade. (BAXTER, 2000)

2.4.1.4. Análise da Competitividade

Para que a empresa mantenha-se competitiva, ela precisa monitorar seu

trabalho constantemente, visando ter um diferencial. Porter (1989 p.1) diz que a

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“estratégia competitiva é a busca de uma posição favorável em uma indústria, à

arena fundamental onde ocorre a concorrência”.

Tendo em vista esse conceito, para Costa (2005, p.55) a análise da

competitividade é definida como sendo:

O primeiro ponto de concentração no direcionamento estratégico é uma avaliação competitiva da organização. Entende-se, classicamente, como competitividade, o resultado de uma disputa da instituição em confronto com seus concorrentes na busca da preferência do seu público-alvo ou do seu mercado.

Segundo Porter (1989), existem cinco forças competitivas (Figura 4), essas

determinam a força da organização em sua taxa de retorno sobre os investimentos

aplicados. Sendo elas: a entrada de novos concorrentes, a ameaça de substitutos, o

poder de negociação dos compradores, o poder de negociação dos fornecedores e a

rivalidade entre concorrentes existentes.

Figura 4: As Cinco Forças Competitivas Fonte: Adaptado de Porter (1989)

Ainda para Porter (1989), a empresa determina o valor da sua vantagem

competitiva frente a seus concorrentes criando um diferencial para seus

compradores e assim ultrapassando o custo de fabricação do produto.

Concorrentes na Indústria

Rivalidade Entre Empresas Existentes

Poder de Negociação

dos Compradores

Poder de Negociação

dos Fornecedore

s

EntrantesPotenciais

CompradoresFornecedores

Substitutos

Ameaça de Novos Entrantes

Ameaça de Serviços ou Produtos Substitutos

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Porter (1989), diz que, para obter um bom resultado no desenvolvimento de

uma estratégia, é preciso pesquisar em maior profundidade e analisar as fontes de

cada força, para tal são descritas cada força e suas características:

• Concorrentes na indústria: são empresas que visam conquistar sua

parcela de mercado, usando de seu potencial para ganhar clientes, sendo

que pode ser por intermédio de seus preços competitivos, qualidade ou

outro diferencial competitivo;

• Produtos substitutos: esses são produtos que visam atender a mesma

necessidade dos clientes, porém com produtos provenientes de outras

indústrias;

• Concorrentes potenciais: são organizações que tem capacidade de

produção, tecnologia inovadora, e podem causar mudanças no mercado

com seus produtos, sendo o seu objetivo conquistar uma fatia do

mercado;

• O poder de negociação dos fornecedores: essa força determina os

valores de matéria-prima e também outros insumos utilizados na

fabricação dos produtos, podendo afetar no momento da negociação, em

determinados momentos são vistos como risco competitivo;

• O poder de negociação dos compradores do produto: um de seus

objetivos esta atrelado a forçar a queda de preços, buscando melhor

qualidade, com a finalidade de trazer lucratividade para a sua empresa,

isso é decorrente também do tamanho da empresa dentro de seu

mercado de atuação.

Nesse caso análise da competitividade é um método estruturado que

considera determinadas técnicas que fornecem informações básicas para o

processo decisório inerente ao delineamento estratégico da empresa. Oliveira (1991)

A análise dos cincos pontos pode contribuir para a avaliação dos pontos

fortes e fracos da organização, mas é preciso criar estratégias para que a empresa

seja competitiva e esteja na melhor posição possível no campo competitivo.

(STONNER e FREEMAN, 1995)

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2.4.1.5. Análise de Mercado

A análise de mercado implica em obter o perfil de cada concorrente

relevante, assim a empresa poderá adotar seu posicionamento de acordo com as

informações levantadas. Desta forma a análise de mercado é considerada o ponto

de partida para a elaboração de um projeto, como também é considerado como um

dos aspectos mais importantes dentro do projeto. (WOILER E MATHIAS, 1996)

Para Baxter (2000), a análise feita no mercado deve ser focada no cliente, já

que é este que determinará o sucesso ou fracasso do produto ou serviço oferecido

pela empresa, assim sendo, a organização identifica as oportunidades, especifica e

justifica focando as necessidades do mercado.

Ainda para Baxter (2000), a empresa deve basear-se em quatro fontes de

informações, sendo elas:

• A capacidade de marketing da organização;

• Através de pesquisas bibliográficas;

• Utilizando-se de levantamentos qualitativos do mercado;

• Levantamentos quantitativos de mercado.

Para uma projeção de consumo aparente, pode ser utilizado o crescimento

passado, como exemplo para o futuro. Tendo em vista que o critério destina-se da

hipótese de que os resultados anteriores poderão continuar futuramente, em termos

de crescimento. Para a realização dessa projeção, são usadas duas taxas, sendo

elas, a taxa aritmética e a taxa geométrica. (WOILER e MATHIAS, 1996)

• O critério para taxa aritmética: com a aplicação dessa taxa, é possível

calcular a projeção de série de consumo aparente.

Vn : Vo (1+in)

Sendo que:

Vo: primeiro valor observado n: número de período de séries

Vn: último valor observado i: taxa média a ser calculada

• Critérios para taxa geométrica: através da aplicação dessa fórmula, a

empresa pode prever e projetar o consumo.

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Vn : Vo (1+i)n

Sendo que:

Vo: primeiro valor observado n: número de período de séries

Vn: último valor observado i: taxa média a ser calculada

A Figura 5 demonstra uma situação em que a empresa poderá analisar as

duas fórmulas sendo aplicadas:

Figura 5: Projeção de consumo aparente Fonte: Adaptado de Woiler e Mathias (1996)

Através do estudo de mercado são obtidos alguns elementos pelos quais

auxiliam na elaboração do projeto: o confronto entre a demanda e a oferta,

consistindo na escassez de demanda futura, desta forma os resultados alcançados

servirão como auxílio para determinar a escala de produção do projeto. Também é

analisada a região geográfica para a comercialização do produto, preço de venda,

custos de comercialização e estoques nos canais de distribuição. (WOILER E

MATHIAS, 1996)

Para Clemente (1998, p.69) análise de mercado é “o conjunto de atividades

orientadas para antever as vendas e os preços de certos produtos com a finalidade

de estimar as receitas futuras”.

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2.4.2. Análise Interna

Para Oliveira (1999), a análise interna busca estudar e evidenciar as

deficiências e as qualidades organizacionais, ou seja, os pontos fracos a serem

corrigidos e os pontos fortes da organização para serem otimizados.

Para Migliato (2004, p. 35), a análise interna é descrita como:

Uma análise que tem por fim identificar os pontos fracos e fortes da organização, [...]. A intenção com esta investigação é determinar as competências essenciais da empresa, um conceito introduzido por selznick ainda em 1957 e fortalecido por Hamel e Prahalad, em 1995, como um conjunto de habilidades e tecnologias que contribuem para que uma empresa ofereça determinados benefícios aos seus clientes.

Já Tiffany e Peterson (1998) enfatizam que os pontos fortes de sua empresa

são as capacidades, recursos e habilidades que servem de base para desenvolver

estratégias, programar planos e alcançar as metas que foram estabelecidas para

sua empresa. Os pontos fracos da empresa correspondem à falta de capacidade de

recursos em relação à concorrência que pode impedi-lo de desenvolver suas

estratégias e planos ou alcançar suas metas.

Além de dos pontos fortes e pontos fracos, também existem os pontos

neutros, que são descritos por Oliveira (2001, p. 69) como sendo “uma variável

identificada pela empresa. Porém, no momento, não existem critérios e parâmetros

de avaliação para a sua classificação como ponto forte ou ponto fraco”.

De acordo com Costa (2005), dentre as técnicas utilizadas para a análise

interna, as principais são: a análise funcional e a análise de portfólio e a de custo-

benefício.

2.4.2.1. Análise Funcional

Para Oliveira (1999), a análise funcional estabelece os pontos fortes e os

pontos fortes da empresa, isso é decorrente de uma análise dos aspectos internos.

Difundindo a organização em setores para aprimorar cada um deles, tendo em vista

os pontos fortes e fracos.

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Segundo Tiffany e Peterson (1998), a análise funcional busca agrupar as

funções e atividades organizacionais e analisá-las, com o intuito de identificar os

pontos fortes e fracos da empresa, e determinar um rumo de ações corretivas e

potencializadoras. Neste sentido, a analise funcional busca analisar as seguintes

áreas:

• Área de Marketing: analisando os sistemas de distribuição, os produtos

comercializados, promoções e propaganda, a organização do

departamento de marketing, a política mercadológica e força de venda;

• Área de produção: está ligado a instalação industrial, equipamentos,

processo produtivo, controle de produção, pesquisa e desenvolvimento,

qualidade atribuída ao produto, suprimento e organização da fabrica;

• Área financeira: capital de giro, lucro líquido, retorno sobre investimento;

• Área de recursos humanos: recrutamento, seleção e admissão de

funcionários, treinamentos, liderança, rotatividade, absenteísmo, plano de

benefícios;

• Área organizacional: habilidade dos gestores, planejamento, estrutura

organizacional, políticas organizacionais.

Feito essa identificação o passo seguinte é selecionar pontos fortes, pontos

fracos e pontos neutros. O próximo passo é aplicar a técnica de GUT (gravidade-

urgência e tendência), assim a empresa define as ações que devem ser utilizadas

para corrigir os pontos fracos da organização. O objetivo da GUT é identificar o grau

de gravidade a urgência que os pontos fracos precisam passar por intervenções e

quais são as tendências de não serem corrigidos. (HARTMANN, 1999; OLIVEIRA,

1999)

2.4.2.2. Análise Portfólio

A análise de portfólio é outra ferramenta para analisar o ambiente interno.

Para Stonner e Freeman (1995), análise de portfólio os gestores avaliam cada uma

das várias unidades de negócio da empresa com relação ao mercado e à estrutura

interna da organização, desenvolvem uma função estratégica adequada a cada

unidade com o objetivo de melhorar o desempenho geral da organização.

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Segundo Costa (2005), portfólio é um conjunto das diversas áreas da

empresa, e que cada área estratégica é uma particular combinação de produtos ou

serviços com um segmento de mercado ou de algum tipo de publico alvo, para a

qual a organização decide planejar uma estratégia especifica.

Para Stonner e Freeman (1995) um dos modelos mais conhecidos de

abordagem de portfólio é a matriz BCG. Considerando a matriz BCG, Certo e Peter

(1993, p. 122) descrevem que:

A empresa deve ter uma carteira equilibrada de negócios, de modo que alguns gerem mais caixa do que usam e possam suportar outros negócios que precisam de caixa para se desenvolver e tornarem-se lucrativos. O papel de cada negócio é determinado com base em dois fatores: a taxa de crescimento de seu mercado e a sua participação nesse mercado.

Stonner e Freeman (1995) acrescentam afirmando que a abordagem da

matriz BCG, concentra-se em três aspectos de uma dada unidade de negócio: suas

vendas, o seu crescimento no mercado e se produz e absorve saldo de caixa em

suas operações.

Figura 6: Matriz BCG de crescimento/participação de mercado Fonte: Adaptado de Oliveira (1999)

Quadrante 1

Quadrante 4

Quadrante 3

Quadrante 2

Taxa de Crescimento

Alta

Baixa

Participação Relativa de Mercado Alta Baixa

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Cada quadrante da matriz BCG tem suas características, os quais são

descritos por Costa (2005) e Stoner e Freeman (1995):

• Quadrante 1 (Vaca leiteira): produtos para ser mantidos no mercado com

cautela, sem novos investimentos de altos custos, se investidos apenas

para a sua sobrevivência, nesse caso mudança de embalagem,

investimento em marketing, etc. Sendo que estes produtos têm alta

participação de mercado e possuem um bom fluxo de caixa.

• Quadrante 2 (Estrela): são produtos nos quais devem continuar

investindo, se preciso até mesmo com recursos de outras áreas, já que

estes estão em ascensão e podem ir muito alem do esperado, por

estarem em alta, sua rentabilidade também é significativa. E a ausência

de investimento pode barrar o seu crescimento. Para administrar as áreas

que estão no perfil estrela, é preciso escolher pessoas com espírito

empreendedor, dispostos a assumirem riscos e a crescer com a atividade

ou negócio.

• Quadrante 3 (Criança- Problema): essa área não possível participação

de mercado elevada, seu crescimento é rápido e investimentos altos.

Porém o rápido crescimento do segmento de mercado oferece

oportunidades excitantes, caso possam ser encontrados a estratégia

empresarial adequada e os fundos para implementá-la.

• Quadrante 4 (Cão): essa é a situação terminal do produto, onde os

prejuízos são maiores, os problemas são constantes e ninguém deseja

cuidar desse assunto, o cão de estimação é a sucessão natural e

inevitável das áreas da vaca leiteira, que chegam ao seu declínio.

Para Costa (2005), as principais decisões estratégicas, que devem ser

tomadas na rotação do portfólio, a seleção das áreas que estão no nascedouro para

decidir, se é o caso de um investimento acirrado com o intuito de torná-las estrela no

futuro.

A determinação das áreas que são estrela com o objetivo de continuar

reinvestindo se necessário, identificarem as que estão na situação de vaca leiteira

para extrair o melhor resultado possível durante o maior tempo possível, com o

mínimo de investimento. E por fim identificar as áreas que viraram ou tornaram

abacaxi visando o desinvestimento e à sua liquidação.

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2.4.2.3. Análise de Custo - Benefício

Análise de custo – benefício segundo Certo (2003), é destinado ao processo

que compara os custos das atividades da organização com os benefícios esperados

do desempenho da atividade exercida.

Para Losekann e Ferroli (2006), análise de custo-benefício tem por finalidade

fazer uma avaliação de seus concorrentes, dos produtos em potencial e a estrutura

do mercado identificando qual tem maior potencial.

Ainda segundo Losekann e Ferroli (2006). é através da identificação dessa

análise junto aos consumidores e o seu julgamento, quanto aos benefícios do

produto, o preço do mesmo, que a organização vai definir as características e

aspectos do produto, com a finalidade de proporcionar vantagens ou desvantagens

frente aos seus concorrentes.

Benefícios Empresas

Benefício 1

Peso 1 à 5

Benefício 2

Peso 1 à 5

Somatório

Preço médio

de Mercado

Custo/ Benefício Classificação

Figura 7: Análise de custo – benefício Fonte: Adaptado de Losekann e Ferroli (2006)

Com o desenvolvimento de produtos com custos baixos de desenvolvimento

e na sua fabricação, e que, também atendam as exigências dos consumidores,

tornando atrativos e oferecendo benefícios aos seus consumidores, tendo um custo

de aquisição aceitável, a organização então passa a ter um diferencial competitivo

frente às demais atuantes no seu ramo de mercado. (BAXTER, 2000)

2.4.3. Análise SWOT

Para Ansoff e McDonnell (1993), a aplicação da análise SWOT tem se

tornado comum na atualidade, já que esta identifica as ameaças e as oportunidades

existentes e confrontando estas com os pontos fortes e fracos tradicionais da

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empresa. Com os resultados alcançados, a organização pode traçar estratégias e

tomar decisões quanto às oportunidades a serem aproveitadas, também

concertando os pontos fracos e revendo as ameaças que serão enfrentadas.

Segundo Baxter (2000), a análise SWOT tem por finalidade ser uma base

para que a organização elabore um plano estratégico, com o objetivo de aproveitar

as oportunidades existentes, tendo em vista as suas forças e trabalhando em cima

de suas fraquezas, estando sempre atenta as possíveis ameaças.

Figura 9: Matriz SWOT Fonte: Adaptado de Baxter (2000)

Com a aplicação dessa matriz a organização consegue definir sua posição

estratégica, podendo através dela controlar os pontos fortes e fracos, e avaliar as

oportunidades e ameaças para a organização. (ANSOFF e MCDONNELL, 1993)

2.4.4. Fatores Críticos de Sucesso

De acordo com Candido e Abreu (2004, p.5), os fatores críticos de sucesso

(FCS) são “um conjunto de condições vitais de um dado projeto social, que quando

falha, aumentam a probabilidade de insucesso, e, quando satisfatórios, assegurarão

o alcance dos objetivos pretendidos”.

AmeaçasOportunidades

Pontos FracosPontos Fortes

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Neste sentido, Terence e Filho (2001) argumentam que a determinação dos

fatores críticos de sucesso será realizada após a análise externa e interna, pois

assim, o gestor poderá identificar as habilidades e os recursos indispensáveis para o

sucesso da empresa, isto é, os fatores que representam as condições fundamentais

que precisam ser satisfeitas para a melhor atuação da empresa no mercado.

2.5. Fase II - Missão da Empresa

A missão da empresa é descrita por Oliveira (2001, p.118), como sendo “a

razão de ser da empresa. Neste ponto procura-se determinar qual o negócio da

empresa, por que ela existe ou ainda em que tipos de atividades a empresa deverá

concentrar-se no futuro”.

Para Costa (2005) a missão é um meio pela qual a empresa pretende

responder quais as necessidades que ela pretende suprir, qual a diferença que ela

faz para o mundo externo, qual sua finalidade, e o que motivou seus fundadores

para que ela surgisse.

2.5.1. Estabelecimento da Missão

Cada missão é moldada por cinco elementos básicos dentro da organização,

a história da organização, as preferências atuais do proprietário e dos

administradores, o ambiente de mercado, os recursos da empresa e as

competências distintas. Tendo em vista estes aspectos, uma boa missão, bem

sucedida proporcionará aos funcionários um senso único de propósitos, direção e

oportunidades. (KOTLER, 1998)

Andion e Fava (2002, p.33) aprofundam-se ao descrever a missão dizendo

que:

A missão da empresa consiste na sua razão de ser e determina a sua identidade. Apesar da sua definição ser um elemento essencial para a gestão de qualquer organização, é comum o gestor não conseguir definir com clareza sua missão por confundi-la com o próprio produto/serviço oferecido. Uma missão bem definida prepara a empresa para o futuro, pois estabelece uma visão comum entre os membros quanto ao rumo da empresa e transmite a identidade e a finalidade da empresa para o seus diferentes stakeholders.

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Segundo Oliveira (2001 p.118), a missão da empresa tem como ponto de

partida a análise e interpretação de algumas questões como:

• Qual a razão de ser da nossa empresa?

• Qual a natureza do(s) negócio(s) da empresa?

• Quais sãos os tipos de atividades em que a empresa deve concentrar

seus esforços no futuro?

Tendo em vista estas perguntas, a função da missão é de orientadora e

delimitadora da ação empresarial, ficando comprometidos valores, crenças

expectativas, conceitos e recursos dentro de um período de tempo que normalmente

é longo. (OLIVEIRA, 2001)

No momento de definir a missão da empresa, é preciso avaliar quais são as

habilidades da empresa, não deixando de ser realista e compreensível, sendo

flexível, sendo motivadora com a finalidade de satisfazer as necessidades dos

clientes atuais e futuros. (HARTMANN, 1998)

Para Oliveira (2001), através da missão, a empresa adquire o ponto inicial

para as macroestratégias e macropolíticas a serem estabelecidas, alem de fornecer

a direção em que a organização vai implementar-se e determina os limites dentro

dos quais escolhe a postura estratégica relevante.

2.5.2. Postura Estratégica

A postura estratégica é baseada no diagnostico estratégico, e tem como

finalidade o cumprimento da missão, objetivando orientar o estabelecimento das

estratégias políticas, tendo em vista aquelas de médio e longo prazo, que são

importantes e necessárias para a empresa. (OLIVEIRA, 1999)

Segundo Hartmann (1998), a postura estratégica é determinada pelo

resultado do diagnostico estratégico, onde são classificadas em quatro opções:

sobrevivência, manutenção crescimento e desenvolvimento.

A missão da empresa, a relação entre oportunidade e ameaças enfrentado

pela organização no momento da escolha, a relação entre pontos fortes e pontos

fracos que a empresa possui para fazer frente às oportunidades e ameaças do

ambiente, como também os elementos psicológicos, os quais envolvem valores,

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atitudes motivação, e executivos que detém poder de decisão dentro da empresa,

são fatores limitadores para o estabelecimento da postura estratégica. (OLIVEIRA,

2001)

Já para Chiavenato (2004), a análise do ambiente interno e ambiente

externo, sendo aplicado as ferramentas de formulação estratégica, tais como análise

de portfólio, análise SWOT e modelo de Porter, suas informações são úteis para que

a organização determine a postura estratégica que será adotada.

Figura 8: Postura estratégica Fonte: Adaptado de Oliveira (2001)

Tendo em vista as prioridades da organização, levando em consideração as

informações já coletadas, nas análises internas e externas, são apresentadas quatro

posturas para que as decisões da empresa possam ser coerentes e eficientes, com

o objetivo de direcionar e orientar na melhor estratégia organizacional. (OLIVEIRA,

2001)

ANÁLISE INTERNA

Pontos Fracos Pontos Fortes

Postura de

SobrevivênciaPostura deManuteção

ANÁLISE

EXTERNA

Ameaças

OportunidadesPostura de

Crescimento

Predominância de:

Postura deDesenvolvimento

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2.6. Fase III - Instrumentos Prescritivos e Quantitativos

Para Oliveira (2001), interligando os instrumentos prescritivos e

quantitativos, a empresa consegue através de uma análise básica, identificar como

chegar à situação desejada pela organização.

As estratégias a serem adotadas pela organização, decorrem da definição

dos objetivos organizacionais e dos critérios estabelecidos para determinação das

atividades necessárias para a implementação da mesma. (TAVARES, 1991)

2.6.1. Objetivos e Metas

Os objetivos são de suma importância para a organização, também as

metas, tendo em vista que os mesmos precisam ser claros e bem definidos, levando

em consideração que estes podem influenciar todos os setores da empresa, já que,

estes identificaram onde a organização deseja chegar e como ela fará isto.

(OLIVEIRA, 2001)

Desta forma Etzioni apund Chiavenato (1994, p.61), descreve quatro

funções vigentes dos objetivos:

• Ao apresentar uma situação futura, os objetivos indicam uma orientação

que a empresa procura seguir e estabelecem linhas-mestras para a

atividade dos participantes;

• Os objetivos constituem uma fonte de legitimidade que justifica as

atividades de uma empresa e até a sua existência;

• Os objetivos servem como padrões, através dos quais os participantes e

os estranhos a ela podem comparar e avaliar o êxito da empresa, ou seja,

a sua eficiência e o seu rendimento;

• Os objetivos servem como unidade de medida para se verificar e

comparar a produtividade da empresa ou de seus órgãos ou ainda de

seus participantes.

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De acordo com Fischmann e Almeida (1991), os objetivos não devem ser

muitos, mas precisam ser bem definidos, pois são aspectos concretos que a

organização deverá alcançar para seguir a estratégia estabelecida.

Definindo metas, Oliveira (1999) e Fischmann e Almeida (1991), possuem

um conceito parecido ao descreverem que as metas são quantificações existentes

dos objetivos, que devem ser alcançados dentro de um período, o qual deve ser

estabelecido pela organização.

Para Costa (2005, p.199), “todo o plano estratégico precisa ter desafios,

objetivos e metas a serem atingidos ao longo do horizonte de tempo de

planejamento. É a formalização desses elementos, que fornecem os alvos a serem

alcançados pela organização.”

2.6.2. Estratégias e Políticas Funcionais

A palavra estratégia tem como significado “a arte do general”, sendo termo

utilizado a longos anos derivando-se da palavra grega strategos, que significa

general. Na Grécia Antiga, as estratégias eram expressões usadas por generais em

seus combates, formulando meios pelos quais visavam vencer suas batalhas. Hoje a

estratégia esta ligada as organizações, nas tomadas de decisões e táticas provendo

caminhos para a organização seguir.

Uma estratégia bem formulada tem como finalidade, auxiliar na alocação de

recursos para a organização, além de ajudar a empresa a ser ordenada para que

esta tenha uma postura singular e viável, baseando-se nas suas competências e

deficiências internas, agindo de forma segura as possíveis mudanças de seus

concorrentes, tomando providências para manter-se sustentável. (MINTZBERG e

QUINN, 2001)

Para Oliveira (2001, p.175), “numa empresa, a estratégia esta relacionada à

arte de utilizar adequadamente os recursos físicos, financeiros e humanos, tendo em

vista a minimização dos problemas e a maximização das oportunidades”.

Neuman apud Chiavenato (1994, p.185), considera algumas questões

importantes, das quais, a empresa precisar estar apta a enfrentar, e salienta que é

por meio da estratégia principal que ela conseguirá lidar com estes fatores:

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Cada empresa precisa de um propósito central expresso em termos de serviços a serem prestados à sociedade. E precisa, também, de um conceito básico sobre como deverá criar esse serviço. Como ela estará concorrendo com outras empresas em relação aos seus recursos, ela precisa de algumas vantagens distintas em seus serviços ou em seus métodos de criá-los. Como ela inevitavelmente deverá cooperar com outras empresas, ela precisa possuir meios para manter coalizões viáveis com elas. Estes são elementos de mudança de crescimento e de adaptação.

Assim sendo Chiavenato (1994) afirma que a estratégia é um conjunto de

objetivos e de políticas principais, os quais são adequados para guiar e para orientar

o comportamento da organização à longo prazo.

2.6.2.1. Tipos de Estratégias

Existem diversos tipos de estratégias, e o executivo poderá escolher a

melhor e mais adequada para a empresa, levando em consideração a sua

capacitação e os objetivos estabelecidos. Também é preciso combinar as

estratégias, para que se consiga aproveitar todas as oportunidades possíveis,

utilizando-se da melhor estratégia e no momento adequado. As estratégias podem

ser estabelecidas visando à situação da empresa, podendo ela estar voltada para a

sobrevivência, manutenção, crescimento ou desenvolvimento. (OLIVEIRA, 2001)

Para Tavares (1991), a estratégia é definida com uma análise minuciosa do

ambiente externo, os seus concorrentes e ambiente interno revelando que apenas

uma estratégia pode ser considerada ótima. Para o autor os principais tipos de

estratégia são as de sobrevivência, manutenção e desenvolvimento.

2.6.2.1.1. Estratégia de Sobrevivência

Segundo Oliveira (2001), essa estratégia só deve ser adotada em casos

extremos, somente quando não existir outra alternativa, é preciso que a empresa

tenha uma quantidade muito grande de pontos fracos e ameaças externas, sendo

assim, a primeira decisão da empresa é a redução de custos dos investimentos,

cortando despesas. Essa é uma situação para manter-se no mercado, e visando

objetivos futuros.

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Existem algumas estratégias para a sobrevivência que são colocadas em

prática segundo Chiavenato (2004) e Oliveira (2001):

• Redução de custos: é uma das principais estratégias adotadas pela

empresa, e essa redução consistem em diminuir o pessoal, reduzir

estoques, melhorar a produtividade e diminuição dos custos de promoção;

• Desinvestimento: consiste em desativar produtos similares ou de

segunda linha, que possam comprometer os produtos de primeira linha,

tendo como finalidade também fazer menos investimentos;

• Liquidação de negócio: esta decisão é tomada quando a empresa não

tem mais condições de reerguer sua atividade, quando não existe outra

saída, sendo preciso desativar suas atividades.

2.6.2.1.2. Estratégia de Manutenção

Essa é uma estratégia que a empresa identifica uma ameaça, mas não corre

riscos, tendo em vista que ela pode tirar proveitos e manter-se na posição em que se

encontra, utilizando-se de suas vantagens adquiridas com o tempo, usando os seus

pontos fortes para maximizar os pontos fracos dos concorrentes, e minimizar seus

pontos fracos, também minimizando ou evitando os pontos fortes da concorrência.

Essa é uma estratégia adequada para quando a organização esta enfrentado ou

poderá enfrentar dificuldades. (OLIVEIRA, 2001)

Ainda para Oliveira (2001) e Chiavenato (2004), a estratégia de manutenção

podem ser adotadas de três formas:

• Estratégia de estabilidade: sua finalidade é a manutenção de um estado

de equilíbrio ameaçado, que geralmente esta relacionado ao financeiro,

existente pela relação produtiva e a colocação do produto no mercado.

• Estratégia de nicho: seu objetivo é fixar seu poder de atuação em um

determinado espaço geográfico, dominando seu segmento de mercado.

Tendo em vista que a empresa dedica-se a um único produto ou único

mercado, não existindo interesse em desviar seus recursos para outras

atenções.

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• Estratégia de especialização: concentra seus esforços em poucas

atividades ou produtos, ou ainda em uma única atividade ou único

produto, procurando manter uma vantagem competitiva frente aos seus

concorrentes.

2.6.2.1.3. Estratégia de Crescimento

É um momento em que a empresa dispõe de inúmeras situações favoráveis

mesmo tendo predominância de pontos fracos, porém estes podem ser

transformados em oportunidades. Uma alternativa é lançar novos produtos,

aumentando o volume de vendas. (OLIVEIRA, 2001)

Segundo Chiavenato (2004) e Oliveira (2001), existem algumas estratégias

inerentes a essa postura:

• Estratégia de inovação: o mercado precisa estar atento as tendências do

mercado, e sua postura é de estar sempre com inovações, lançando

produtos no mercado, antes de seus concorrentes.

• Estratégia de internacionalização: a empresa também tem como foco o

mercado externo, mesmo sabendo que o processo é lento e arriscado.

• Estratégia de joint venture: através de uma parceria com outra empresa,

estas visam entrar em um novo mercado, normalmente uma entra com a

tecnologia e a outra com o capital.

• Estratégia de expansão: através de um projeto a empresa busca expandir

o seu negócio, abrindo filiais em outras cidades e regiões.

2.6.2.1.4. Estratégia de Desenvolvimento

Neste caso a empresa tem muitos pontos fortes, e a tendência dos gestores

é de desenvolver novas tecnologias e avançar em direção a novos mercados,

através dessa combinação a organização esta em desenvolvimento. (OLIVEIRA,

2001)

Sendo esta a tendência da estratégia de desenvolvimento, Chiavenato

(2004) e Oliveira (2001), destacam algumas conotações possíveis pelas quais à

empresa pode passar:

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• Desenvolvimento de mercado: a empresa esta visando um maior volume

de vendas, através de expansão geográfica.

• Desenvolvimento de produtos ou serviços: ocorre quando a empresa esta

em busca de maiores vendas, caracterizando-se pelas melhorias e

criação de novos produtos.

• Desenvolvimento financeiro: é caracterizada pela fusão de empresas que

tem pontos em comuns, sendo que uma possui pontos fracos em seu

financeiro e muitas oportunidades no ambiente, e outra possui ponto forte

financeiramente e ponto fraco no ambiente.

• Desenvolvimento de capacidade: uma empresa com baixo poder

tecnológico, caracterizando ser um ponto fraco, mas com grandes

oportunidades em seu ambientes. Esta se associa a outra empresa com

poder tecnológico alto, e que tem baixo nível de oportunidade no

ambientes.

• Desenvolvimento de estabilidade: esta direcionada a fusão de empresas

que visam tornar sua evolução uniforme, sendo na maioria das vezes

voltada para os aspectos mercadológicos.

• Diversificação: é considerada a mais forte direcionada ao crescimento da

empresa, podendo ser de forma horizontal, que é a associação ou compra

de outra empresa similar, ou ainda a diversificação vertical, neste caso a

organização passa a produzir um novo produto que se encontra entre o

seu mercado de matéria-prima e o seu consumidor final do produto já

fabricado. Ainda existem a diversificação concêntrica que trata-se da

diversificação de produtos, e a diversificação conglomerada a qual ocorre

por meio da aquisição de empresas atuantes em outros ramos de

atividade.

2.6.2.1.5. Estratégia Genérica

Com a finalidade de obter um retorno maior sobre o investimento, e enfrentar

com sucesso as cincos forças competitivas, as empresas descobriram diversas

maneiras de atingir este fim. Porém em sentido mais amplo, existem três estratégias

genéricas consistentes que podem ser usadas isoladamente ou combinada, com a

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finalidade de dar um suporte maior para superar outras empresas, sendo elas:

liderança em custo, diferenciação e enfoque. (PORTER, 1986)

- Liderança no custo: Pode ser a mais clara das três estratégias genéricas. A

amplitude de atuação da empresa pode tornar-se uma importante vantagem frente

aos seus concorrentes. Sabendo-se também que a busca pela vantagem

competitiva variam e dependem da estrutura da organizacional. PORTER, 1990

Ainda segundo Porter (1990, p.11), a busca por essas vantagens “podem

incluir a busca por economia de escala, tecnologia patenteada, acesso preferencial a

matérias-primas e outros fatores”.

Para Porter (1990, p.11), se a empresa alcançar e também conseguir

sustentar a liderança no custo total, então ela será:

Um competidor acima da média em sua indústria, desde que possa comandar os preços na média da indústria ou perto dela. Com preços equivalentes ou mais baixos do que seus rivais, a posição de baixo custo de um líder no custo traduz-se em retornos mais altos. Um líder em custos não pode, contudo, ignorar as bases da diferenciação.

De acordo com Porter (1986), uma liderança em custo torna-se favorável

frente às cinco forças competitivas, tornando uma defesa da empresa contra a

rivalidade dos concorrentes. Também proporcionam barreiras de entrada, defende a

empresa contra compradores poderosos, proporcionará uma defesa frente aos

fornecedores poderosos e por fim a empresa fica em uma situação favorável frente

aos produtos substitutos e seus concorrentes.

- Diferenciação: Tem como finalidade diferenciar o produto ou serviço oferecido pela

empresa, alcançado o objetivo da empresa, tornando-se viável essa estratégia, ela

pode trazer um retorno acima da média, pois ela cria uma posição defensável para

encarar as cinco forças competitivas. Porter (1990)

Segundo Porter (1990), uma empresa que consegue obter e sustentar a

diferenciação tornará um competidor acima da média, sabendo-se que para isso é

preciso que o seu preço-prêmio precisa ser superior aos custos da diferenciação.

“Atingir a diferenciação pode, às vezes, tornar impossível a obtenção de uma

alta parcela de mercado. Em geral requer um sentimento de exclusividade que é

incomparável com a alta parcela de mercado”. (Porter, 1986, p. 52)

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- Enfoque: A terceira estratégia genérica abordada por Porter (1990) é a de enfoque,

sendo esta bem diferente das anteriores, já que esta baseada na escolha de um

ambiente competitivo estreito. Onde é selecionado um grupo de segmentos e

adapta-se a estratégia, otimizando a estratégia para o segmento-alvo com a

finalidade de obter vantagem competitiva.

Na estratégia em enfoque existem duas variantes, sendo elas, enfoque no

custo e enfoque na diferenciação. Enfoque em custo a empresa visa a vantagem de

custo em seu segmento, enquanto o enfoque na diferenciação esta relacionado a

busca pela diferenciação em seu segmento-alvo. (PORTER, 1990)

2.6.2.2. Escolha e Formulação das Estratégias

Esta é uma das fases mais importantes do planejamento estratégico, e para

tal é preciso identificar o porquê uma estratégia foi definida de determinada forma,

tendo em vista que nesse momento o gestor tem o poder de decidir qual será a

melhor para ser implantada, já que essa decisão é tomada depois de todas as

análises e estudos necessários já concluídos. (OLIVEIRA, 2001)

Para Steiner apud Oliveira (2001, p.200) existem algumas determinantes

que influenciam na hora da decisão:

Os principais determinantes da escolha da estratégia são as aspirações do executivo-cheve quanto à sua vida pessoal, à vida de sua empresa como uma instituição e às vidas daqueles envolvidos na empresa. Os seus costumes, hábitos e maneiras de fazer as coisas determinam como ele se comporta e toma decisões.

Através dos objetivos empresarias, com uma análise bem fundamentada das

oportunidades e das ameaças existentes, tendo em vista de um lado os potencias da

organização e as vulnerabilidades internas de outro lado, os gestores tem em mãos

um balizamento que auxiliará para definir ou redefinir o seu campo de atuação e

quais ações futuras serão precisas. (CHIAVENATO, 1994)

Para Oliveira (2001) a formulação da estratégia deve considerar três

aspectos:

• A empresa, seus pontos fortes e fracos, a sua missão, propósitos,

objetivos e desafios;

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• O ambiente, considerando suas oportunidades e ameaças, já que o

mesmo está em constante mutação e;

• A integração entre empresa e ambiente, procurando uma melhor

adequação.

A formulação das estratégias tem como propósito em seu contexto externo

explorar as oportunidades, neutralizar ou minimizar as ameaças atuais ou futuras

que possam interferir na organização, também como no ambiente interno ela busca

explorar os pontos fortes e minimizar os fracos ou torna-los em pontos fortes.

(TAVARES, 1991)

2.6.2.3. Projetos e Planos de Ação

Para Oliveira (2001), esse é o ultimo passo da fase III, e é nessa fase que

ocorre a interligação do plano prescritivo com o plano quantitativo, que é a

identificação, a estruturação e a administração dos projetos necessários para que o

planejamento estratégico possa ser desenvolvido. Este servirá como instrumento

para alocar recursos orçados para o planejamento.

Através do plano de ação que a organização descreve como ela deseja por

em prática o planejamento estratégico. O plano propõe mudanças necessárias,

indica novas políticas a serem adotadas, capacitação necessárias para gestores e

colaboradores, finalmente buscar o apoio dos participantes da empresa através de

uma boa apresentação do plano de ação proposto, visando coloca-lo em prática.

(TIFFANY e PETERSON, 1998)

Nogueira (2003, p.47) aponta uma ferramenta a ser utilizada para a

elaboração de um plano de ação, 5W1H, que para o autor é um instrumento:

Simples e extremamente útil na consolidação e sistematização de um plano de ação. Trata-se de uma forma sistemática de se listarem as causas de um problema, as contramedidas propostas para neutraliza-las (o que fazer - What), seguidas do nome do responsável por toma-las (quem - Who), do local onde estas medidas deverão ser tomadas (quando – When), a razão pela qual estas medidas estão sendo propostas (porque – Why), e a maneira (como – How) de implementa-las.

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Para Costa (2005), é extremamente necessário um plano de ação para um

planejamento estratégico, caso não exista, esse planejamento não estará completo,

sendo que para cada objetivo e para cada meta proposta, é preciso ter um plano de

ação específico, neste caso disponibiliza-se uma pessoa previamente alocada e que

seja preparada para tal função.

2.7. Fase IV – Controle e Avaliação

Com base nas decisões tomadas, nas estratégias traçadas e aplicadas na

empresa, o papel fundamental de controle e avaliação é de acompanhar o

desempenho do sistema, comparando os objetivos e desafios propostos e quais

foram alcançados. (OLIVEIRA, 2001)

Para Tavares (1991), a avaliação e controle devem ser executada

periodicamente sobre os objetivos e as metas, aos recursos financeiros, humanos e

matérias, tendo em vista a sua concretização. Sua finalidade é de identificar se os

planos de ação estão sendo apropriados ou não para as metas e objetivos

propostos.

Uma ferramenta empregada para a avaliação e controle de um plano de

ação é o Balanced Scorecard, este torna-se importante a medida que deixa claro os

objetivos da estratégia, transmite as informações necessárias para toda a

organização, alinha-se as metas pessoais e departamentais com a estratégia, pode

ser associado objetivos estratégicos com metas de longo prazo, além de

orçamentos anuais, identifica e alinha as iniciativas estratégicas, realiza revisões

periódicas e para o aperfeiçoamento e maior conhecimento disponibiliza o feedback

das etapas realizadas. (KAPLAN e NORTON, 1997)

Para Andion e Fava (2002), o Balanced Scorecard tem como característica

mensurar os desempenhos passados da organização com os desempenhos

propostos direcionadores de performance que determinaram os resultados de

desempenho futuro da empresa.

A missão e as estratégias da empresa segundo Andion Fava (2002, p.11),

são traduzidos pelo Balanced Scorecard em objetivos e medidas de desempenho

organizados em quatro perspectiva:

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• Perspectiva Financeira: os indicadores financeiros resumem de forma

facilmente mensurável as conseqüências das ações tomadas

anteriormente e indicam de que forma a estratégia de uma empresa e sua

implementação esta contribuindo para a melhoria da lucratividade e

rentabilidade;

• Perspectiva do Cliente: os indicadores desta perspectiva incluem a

retenção e satisfação de clientes, conquista de clientes novos,

lucratividade de clientes e participação de mercado, além de

direcionadores ou impulsionadores de performance relacionados aos

atributos que os clientes-alvo valorizam, como, por exemplo, entrega

rápida e na data prometida e inovações constantes em produtos;

• Processos de Negócios Internos: os indicadores dessa perspectiva

tendem a ser medidas genéricas de desempenho dos processos de

inovação, como projeto e desenvolvimento de novos produtos e serviços

(a onda longa da criação de valor), e de operações (a onda curta da

criação de valor), que irão impulsionar as medidas genéricas da

perspectiva de clientes;

• Aprendizagem e Crescimento: os indicadores de desempenho

relacionados a esta perspectiva buscam a construção da infra-estrutura

que a organização precisa para crescer e melhorar continuamente no

longo prazo e inclui metas de qualificação de funcionários, melhoria de

sistemas de informação e alinhamento de procedimentos e rotinas.

As vantagens obtidas com a aplicação do Balanced Scorecard estão no

preenchimento de lacunas existentes em grande parte dos sistemas gerencias, tais

como a ausência de um processo sistemático para implementar e também disponha

de um feedback sobre a estratégia, sua diferenciação também ocorre por empregar

medidas financeiras e não-financeiras, sendo que estas estão atreladas a missão e

estratégias elaboradas. (KAPLAN e NORTON, 1997)

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3.0. DESENVOLVIMENTO DA PESQUISA DE CAMPO

Nesse tópico será descrito todo o percurso histórico da empresa onde o

presente trabalho esta sendo desenvolvido, também expondo os principais aspectos

organizacionais a seu respeito.

3.1. Caracterização da Organização

A empresa Venicio Amorim ME, ou Supermercado Daiane como é

conhecida, deu início ao seu ciclo no ano 1993 na cidade de Itajaí – SC, cito Rua

Amapá, 135, bairro Cordeiros.

Com o crescimento e desenvolvimento viu-se a oportunidade de expandir o

negócio, e no ano 1998, a empresa adquire sua primeira filial, a qual esta localizada

no mesmo bairro, Rua Ver. Telêmaco de Oliveira, 652, que com o passar do tempo

foi ampliada.

No ano 2006, mais dois Supermercado são incorporados, sendo que o

primeiro foi adquirido no mês de Julho, situada na rua Américo Menick, e no mês de

novembro o segundo foi comprado e inaugurado no mês de dezembro, o qual esta

situado na rua Ver. Nestor do Santos, 990, ambos no mesmo Bairro Cordeiros.

Sua estrutura organizacional e simples, sendo composto pelo casal

proprietário, não tendo sócios, os quais contam com uma equipe de 58 funcionários,

sendo que destes, 9 (nove) fazem parte da administração da empresa,

desenvolvendo seu trabalho dentro dos setores existentes na organização.

3.1.1. Produtos e serviços

Sua atuação esta inserida no mercado varejista, e seus produtos são desde

gêneros alimentícios, produtos de higiene e limpeza, açougue, laticínio, hortifruti,

bebidas, bazar, panificação, e outros.

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3.1.2. Principais clientes

Seus principais clientes são moradores de Itajaí, e principalmente do Bairro

Cordeiros onde a empresa busca atender a todos os públicos.

3.1.3. Principais Fornecedores

Sendo o mix de produtos muito extenso, o número de fornecedores também

é bem elevado, considerando os principais fornecedores podem ser destacados os

seguintes:

FORNECEDOR LOCALIZAÇÃO Atacado ALDRI Itajaí – SC

Atacado Destro Curitiba- PR

Atacado Joinville Joinville-SC

Atacado La Valle Curitiba – PR

Atacado Muffatão Itajaí-SC

Atacado Super Muffato Cascavel –PR

Casaredo Alimentos São Lourenço – SC

Coamo Campo Mourão – PR

Distribuidora de Bebidas Vompar Balneário Camboriú –SC

Distribuidora de Bebidas. Beira Mar Itapema –SC

Frigovale Itajaí – SC

Parati Alimentos São Lourenço –SC

Perdigão Itajaí – SC

Sadia Itajaí – SC

Tirol Treze Tílias – SC

Tabela 1: Principais Fornecedores Fonte: Dados da Empresa

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Na linha de gêneros alimentícios, os principais fornecedores são atacadistas,

sendo que os principais são: Atacado Joinville, Atacado Destro.

Já na parte de açougue e laticínios, os produtos são adquiridos de

distribuidores da região. Os hortifrutigranjeiros são comprados diretamente no

CEASA, à panificação também é terceirizada.

3.1.4. Principais Concorrentes

Seus principais concorrentes são supermercados que atuam dentro da

cidade de Itajaí, dos quais podem ser citados:

CONCORRENTES BAIRRO

Supermercado MIni Preço Cordeiros

Supermercado Lucia Cordeiros

Supermercado Ronchi Cordeiros

Supermercado Venancio Salseiros

Supermercado Maranata Cordeiros

Supermercado Marzinho Cordeiros

Supermercado Vencedor São Vicente

Supermercado Ulber São Vicente

Supermercado Camilo Cordeiros

Tabela 2: Principais Concorrentes Fonte: Dados da Empresa

Tendo em vista a quantidade de Supermercados e Mercearias, procurou

citar as de porte médio, sendo que somente no Bairro Cordeiros existem mais de 15

(quinze) empresas atuando no ramo supermercadista.

Além destes citados, ainda observa-se que, como considerar como

concorrentes os seguintes supermercados: Compre Forte, Angeloni, Xande,

Comper; que mesmo estando com sua localização voltada mais para o centro da

cidade, também são considerados concorrentes.

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3.2. Resultado da Pesquisa

Com o intuito de desenvolver um planejamento estratégico para o

Supermercado Daiane, que permitisse orientar de maneira coerente suas ações,

realizou-se este trabalho. Neste sentido, os tópicos abaixo, apresentam os

resultados obtidos durante a realização das etapas propostas por Oliveira (1999),

para a elaboração do planejamento estratégico.

3.2.1. Identificação da Visão

Durante a realização do trabalho, percebeu-se que a empresa já possuía

uma visão bem definida, a qual é:

“Ser reconhecida como o melhor supermercado, tornando a marca

cada vez mais conhecida pela sua qualidade e eficiência na prestação de

serviço”.

3.2.2. Análise Externa

Oliveira (1999) descreve que o segundo passo na elaboração de um

planejamento estratégico é a realização da análise externa. Para tal procedimento,

foi empregado as técnicas de análise ambiental e a análise da competitividade.

3.2.2.1 Análise Ambiental

A análise ambiental foi realizada por meio da técnica de entrevista, de

acordo com o roteiro descrito no Apêndice A, sendo realizada nos dias 22, 23 e 24

de Outubro , nos supermercados Lucia, Marzinho, Mini Preço, Maranata, Lopes,

Ronchi e nos supermercados Daiane I, II, III e IV. O objetivo da pesquisa foi de

analisar e classificar os fatores externos em ameaças ou oportunidades,

considerando a opinião de gestores experientes do ramo.

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Esta análise foi respondida pelos proprietários de cada estabelecimento,

sendo eles: Sr. Venicio Amorim (Supermercado Daiane), Sr. José Carlos Ronchi

(Supermercado Ronchi), Sr. Rodrigo Furlaneto (Supermercado Lucia), Sr. Mauro

José Martins (Supermercado Marzinho), Sr. Sergio (Supermercado Maranata) e o Sr.

Pedro V. Lopes (Supermercado Lopes).

Os fatores demográficos analisados foram tamanho de mercado e

crescimento populacional, considerados pela maioria dos entrevistados como

oportunidade, tendo em vista que as instalações do Porto de Navegantes,

instalações de novas empresas e indústrias na cidade de Itajaí propiciaram para a

migração de povos de outras localidades, influenciando para o desenvolvimento e

crescimento dos estabelecimentos comerciais.

Quanto à visão futura, os respondentes acreditam em um crescente avanço

no setor, mediante os fatores anteriormente citados e também o crescimento

populacional dos bairros Espinheiros e Murta, onde o número de Supermercados

ainda é reduzido, influenciando na saída dos moradores para os bairros próximos

para efetuarem suas compras.

Já para os fatores tecnológicos, como tecnologia atual e surgimento de

novas, foram caracterizadas de forma unânime como oportunidade, visto que esta

tem atendido as necessidades do mercado e o surgimento de novas vem para

aprimorar o setor varejista, mostrando uma perspectiva futura favorável neste

ambiente.

Para os fatores político – legais, onde se analisou regime tributário,

legislação trabalhista e convenções coletivas do trabalho, a grande maioria dos

entrevistados avaliou como ameaças, frente às realidades presenciadas quando se

refere à legislação trabalhista, visto que a lei tem amparado os empregados e em

determinados casos deixa o empregador desamparado.

Já o regime tributário também deixa de ser favorável para as empresas,

mostrando uma expectativa pessimista dos empresários do ramo quanto as políticas

atuais e/ou futuras que possam ocorrer.

No que se refere aos fatores econômicos, foram analisados renda per capita,

inflação e índice de desemprego. Os entrevistados caracterizaram estes fatores

como oportunidades, pois como a abertura do Porto de Navegantes, novas

empresas situando-se em Itajaí e a migração de pessoas para a cidade de Itajaí,

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tem implicado em uma busca por qualificação profissional que por sua vez será

favorável para uma renda per capita maior e a diminuição do desemprego.

Quanto à inflação esta não tem afetado atualmente os empreendimentos de

forma significativa por se manter estável na visão dos gestores. Entretanto no futuro

tal situação tende a mudar esta realidade, visto que o pouco incentivo ao setor

agrícola, e a escassez de determinados produtos do ambiente ecológico, tais como

soja e trigo.

Os fatores sócio-culturais, como a cultura predominante na região de

atuação, crenças e escolaridade, foram caracterizados como oportunidade. Os

entrevistados afirmam que a região e principalmente o bairro Cordeiros tem

demonstrado melhorias contínuas e significativas.

Quanto à escolaridade os gestores avaliam que houve uma melhora

significativa na participação da população nas salas de aula, isso influencia para o

desenvolvimento do bairro e um melhor preparo também por parte dos moradores

para as exigências do mercado.

A perspectiva futura por parte dos gestores é de que ocorrerá uma migração

mistificada populacional maior em Itajaí, já que a cidade vem crescendo e também

passa por um desenvolvimento significativo. Analisando a situação futura sobre

escolaridade, estes afirmam que a necessidade fará com que os estudos sejam

levados mais a sério, desta forma também a qualificação profissional tende a

melhorar.

Portanto, resumidamente esta técnica de análise apresentou oportunidades

em 4 fatores pesquisados, sendo eles: ambiente demográfico, tecnológico

econômico e sócio-cultural. Os fatores político-legais (regime tributário, legislação

trabalhista, convenções coletivas do trabalho) foram identificados como ameaça.

3.2.2.2. Análise da Competitividade

A análise da competitividade foi desenvolvida por meio de um roteiro de

entrevista apresentado no Apêndice B, sendo aplicada no dia 26 de outubro de

2007, aos gestores do Supermercado Daiane, sendo eles, Sr. Venicio Amorim, Sr.

Iraney W. Amorim e Sra Marilene Pereira da Cruz Amorim.

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Quando questionados sobre a situação atual da concorrência, os gestores

do supermercado afirmaram que a quantidade de supermercados e mercearias é

superior a 20 estabelecimentos, somente no bairro Cordeiros, sendo que a distância

de um para outro é muito pequena, assim tornando a concorrência muito acirrada.

Referente à perspectiva futura da concorrência, se esta tende a aumentar no

setor de supermercados, segundo os entrevistados, tal situação tende a crescer, já

que o crescimento populacional é constante e o desenvolvimento dos

Supermercados já existentes também influenciam para a tomada de decisão de

novos entrantes potenciais, uma vez que existem poucas barreiras de entrada.

Na opinião dos entrevistados as principais exigências feitas pelos

consumidores estão relacionadas a um prazo mais extenso, qualidade no

atendimento, diversificação de marcas para suprir as suas necessidades e o preço

dos produtos. Mesmo os consumidores não tendo o poder de barganhar

diretamente, suas pesquisas de preço forçam os mercados a trabalhar com margem

de lucro mais justas.

As principais vantagens existentes hoje no setor de Supermercados, que são

capazes de atrair os consumidores na visão dos entrevistados são os serviços

agregados a empresa, tais como um espaço para recebimento de contas (água, luz,

telefone, boletos bancários), bom atendimento e prazo para o pagamento da compra

efetuada.

Para o Sr. Iraney, o relacionamento da empresa com seus clientes são

satisfatórios, porém a empresa também teve que adaptarem-se as realidades do

mercado atual. Como os Supermercados tem aumentado os prazos de pagamento,

os clientes pressionam para que o Supermercado Daiane também amplie o prazo.

Segundo o entrevistado tal situação visa a fidelização do cliente já que a

concorrência é grande.

Quando questionado sobre os entrantes potenciais, a entrada de novos

estabelecimentos e também os meios substitutos tais como, padarias e

conveniências influenciam na decisão do consumidor de ir até o Supermercado,

diminuindo a freqüência no estabelecimento e aumentando a concorrência.

Tendo em vista que a grande maioria dos supermercados também oferece

produtos de panificação e produtos especializados para carros, estes setores da

mesma forma estão agregando nos seus estabelecimentos bebidas, produtos de

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higiene pessoal e gêneros alimentícios, para auxiliar na rentabilidade do

estabelecimento.

Na relação com fornecedores a Sra. Marilene, responsável pelas

negociações, afirmou ter bom relacionamento com as empresas buscando criar

parcerias com estes, também dispondo de ótimos prazos para o pagamento das

compras efetuadas. Quanto às principais dificuldades existentes, para ela hoje

existem poucas, podendo citar a demora de entrega, ou erro de faturamento em

situações esporádicas.

Quando necessário o supermercado também efetua as suas compras em

grandes quantidades com o objetivo de obter uma melhor negociação,

principalmente no que se refere ao custo do produto. Hoje o Supermercado dispõe

de um número considerável de fornecedores para cada segmento, podendo ter um

poder de barganha maior.

3.2.3. Análise Interna

O terceiro passo a ser seguido na metodologia proposta por Oliveira (1999),

é a realização da análise do ambiente interno da empresa. Neste sentido, foram

empregadas neste trabalho, as técnicas de análise funcional e a análise do custo -

benefício.

3.2.3.1. Análise Funcional

A análise funcional foi realizada através de uma entrevista, realizada nos

dias 02 à 05 de Outubro de 2007. Os entrevistados foram os responsáveis das áreas

de marketing, logística, recursos humanos, financeiro e organizacional, seguindo o

roteiro descrito no Apêndice C, onde os gestores tiveram como objetivo, analisar e

classificar os fatores internos em pontos fortes, neutros e fracos do Supermercado

Daiane.

Nos fatores internos da área de marketing, todos os itens abordados foram

citados como sendo pontos fortes. Segundo o gerente de marketing a “Diversidade

de produtos” e “Diversidade de marcas” é bem extensa, já que a empresa prioriza

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sempre o atendimento as necessidades de seus clientes, atribuindo a eles uma

ótima variedade agregado a qualidade.

Para os itens “Promoção” e “Preço”, o entrevistado atribuiu sua justificativa

às promoções semanais efetuadas principalmente visando produtos de maior giro

tais como cesta básica e a linha de hortifrutigranjeiros que é uma busca constante

dos clientes no supermercado, para tal, a empresa tem trabalhado exaustivamente

sobre tais produtos. As promoções são feitas de forma com que não interfiram nos

preços dos demais produtos existentes dentro do supermercado.

Para “Condições de pagamento” a empresa ultrapassa os prazos, dos

principais concorrentes, procura atender as necessidades dos clientes alem de

contar com várias formas de pagamento, sendo algumas delas como cheques,

cartões de créditos, convênios e promissórias.

Na área de logística, o responsável pelo setor identificou os fatores “Entrega

em domicílio”, “Depósitos” e “Desperdícios no estoque” como pontos neutros,

justificando que a entrega a domicílio está no mesmo patamar da concorrência. Os

depósitos têm atendido as necessidades atuais da empresa, sendo que cada loja

possui o seu e que os desperdícios no estoque são mínimos, tendo em vista os

cuidados existentes no setor alem de bonificações oferecidas pelos fornecedores

que são efetuadas em eventuais perdas.

Já os fatores “Disposição dos produtos nas prateleiras” e “Tempo de

reposição dos produtos” foram identificados como pontos fortes tendo em vista que a

empresa dispõe de um ótimo espaço para o armazenamento dos produtos quando

necessário, e uma excelente organização, também uma reposição rápida e ágil já

que os produtos chegam e logo são expostos na área de venda. O tempo de

reposição nos estoques também é um ponto forte devido ao excelente

relacionamento com fornecedores.

No que se refere à área de recursos humanos, o gerente da área identificou

como pontos fracos todos os itens citados na entrevista. O “Quadro funcional

(Quantidade)”, foi afetado devido à necessidade de desonerar a folha salarial, e para

isso reduziu-se o número de colaboradores, impondo assim que os demais

trabalhem no limite, principalmente em sua carga horária. Quanto ao “Quadro

funcional (Qualificação)” e “Treinamento e desenvolvimento de pessoal”, a faixa

etária dificulta já que esta é de 17 a 20 anos, desta forma traz consigo pouca

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experiência profissional, ausência de cursos profissionalizantes, e em muitos casos

sendo o primeiro emprego, ficando assim o aprimoramento dos colaboradores por

conta do próprio supermercado.

O “Índice de rotatividade” é afetado pela falta de profissionalismo, além de

não existir um plano de carreira na empresa e contratação deficitária por não ter um

padrão a ser seguido no momento das contratações; outro fator também é a carga

horária, já que muitos não gostam de trabalhar nos finais de semana, influenciando

no alto índice da rotatividade. A falta de regras e medidas punitivas igualitárias

dificulta também no “Clima organizacional”.

Analisando a área financeira “Capital de giro” “Lucratividade” e “Retorno

sobre investimento” foram avaliados como pontos neutros. Segundo o gerente do

setor devido a um processo mais rígido, esta resposta fica prejudicada, sendo feita

de forma abstrata.

Quanto à “Liquidez” e “Investimentos”, são considerados pontos fortes, pois

esses fatores têm atendido as necessidades e expectativas da organização,

seguindo os padrões normais do comércio, já que o mercado está efetuando

aprimoramentos diários para sua otimização, através destas melhorias já se pode

identificar que o índice de inadimplência reduziu-se em 48% comparando os meses

de janeiro a setembro de 2006 com o mesmo período do ano de 2007.

Por fim foram analisados os fatores da área organizacional, que segundo o

entrevistado, “Estrutura física” e “Sistema de informação”, são considerados como

pontos neutros, pois estes não têm afetado no desenvolvimento da organização e

atendem as necessidades existentes.

Por outro lado “Comunicação”, “Processo de decisão” e “Equipamentos” são

considerados como pontos fracos. A comunicação e o processo de decisão por

serem centralizados dificultam em determinados processos, assim prejudicando em

muitos momentos o desenvolvimento da organização. Quanto aos equipamentos,

estes ainda precisam ser melhorados para atender as reais necessidades da

empresa, pois muitos não são atualizados, dificultando alguns processos. Essas

melhorias são principalmente em duas filiais que ainda não são informatizadas, e

também dispõem de equipamentos antigos que necessitam ser trocados.

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3.2.3.2. Análise do Custo-Benefício

A segunda técnica empregada para coletar informações sobre o ambiente

interno foi à análise de custo-benefício, a qual permitiu analisar a estrutura

organizacional da empresa comparando-a com seus principais concorrentes na

visão do próprio consumidor.

As informações foram obtidas por meio da aplicação de um questionário

(Apêndice D), a uma amostra de 204 clientes, dos 10 supermercados analisados,

onde buscou-se apresentar o perfil dos clientes e posteriormente aplicar a

ferramenta de custo-benefício (Tabela 3).

Conforme o Gráfico 1 apresenta, a maioria dos clientes entrevistados nos

estabelecimentos pesquisados, isto é, 76% são do sexo feminino, enquanto que

apenas 24% são do sexo masculino.

Sexo

24%

76%

Masc.

Femin

Gráfico 1: Sexo Fonte: Dados da pesquisa

O Gráfico 2 mostra que não há uma predominância etária, quando o assunto

são as compras no supermercado, visto que 18% dos entrevistados possui idade

entre 15 e 25 anos, 26% com idade entre 26 e 35 anos, 25% com idade entre 36 e

45 anos, 23% com idade entre 46 e 55 anos e por fim 8% com idade entre superior a

56 anos.

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Idade

18%

26%

25%

23%

8%

15 – 25 anos

26 – 35 anos

36 – 45 anos

46 – 55 anos

Mais de 56 anos

Gráfico 2: Idade Fonte: Dados da pesquisa

No Gráfico 3 apresenta-se um panorama da escolaridade do público

pesquisado. Neste sentido, percebe-se que 48% dos entrevistados possuem apenas

o 1° Grau, enquanto que 46% possuem o 2° Grau e apenas 6% freqüenta ou

freqüentou o ensino superior.

Escolaridade

32%

16%19%

27%

5% 1%

1º Grau incompleto

1º Grau completo

2º Grau incompleto

2º Grau completo

Superior incompleto

Superior completo

Gráfico 3: Escolaridade Fonte: Dados da pesquisa

Com o Gráfico 4, pode ser percebido que apenas 8% dos entrevistados

possui uma renda inferior a R$ 500,00, e que a grande maioria (43%), possui renda

entre R$ 500,00 e R$1.000,00. Já 26% apresentam uma renda familiar entre R$

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1.001,00 e R$ 1.500,00, enquanto que 12% possuem renda entre R$ 1501,00 e R$

2.000,00 e 11% por sua vez, possui renda familiar superior R$ 2001,00.

Renda Familiar

8%

43%

26%

12%

11%

até R$ 500,00

De R$ 501,00 à 1.000,00

De R$ 1.001,00 à 1.500,00

de R$ 1.501,00 à 2.000,00

Acima de R$ 2.001,00

Gráfico 4: Renda familiar Fonte: Dados da pesquisa

O Gráfico 5, mostra que não há uma unanimidade entre os entrevistados,

quando o assunto é a freqüência de compras, pois, 2% disseram que realizam suas

compras a cada 45 dias aproximadamente, entretanto a maioria (28%) dos

entrevistados afirmaram que realizam suas compras mensalmente, outros 10% vão

ao supermercado todos os dias, 19% disseram que costumam realizar suas compras

uma vez por semana, 22% costumam freqüentar o supermercado quinzenalmente,

enquanto que 11% dizem que realizam suas compras duas vezes por semana.

Freqüência de idas no mercado

10%

19%

22%2%8%

11%

28%

0%

Todos os dias

Uma vez por semana

A cada quinze dias

A cada quarenta e cinco dias

Quase todos os dias

Duas vezes por semana

Uma vez por mês

Outros:

Gráfico 5: Freqüência de compras Fonte: Dados da pesquisa

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Através do Gráfico 6, percebe-se que a preferência da maioria dos

entrevistados é pelo supermercado Daiane II (31%), seguido pelo Daiane I (20%). O

supermercado Mini preço é destino de compras para 6% dos entrevistados, seguido

pelas outras duas lojas da rede Daiane (Daiane III e IV) com 4% cada. Já os

supermercados Lopes, Maranata, Ronchi, Marzinho e Lucia são preferência para

compra para 2% cada. Os outros supermercados que se localizam fora do bairro,

juntos totalizaram 23%.

Supermercados que costuma fazer suas compras

20%

31%

4%4%3%

3%

2%

6%

2%

2%

23%

Supermercado Daiane I

Supermercado Daiane II

Supermercado Daiane III

Supermercado Daiane IV

Supermercado Lopes

Supermercado Maranata

Supermercado Marzinho

Supermercado Mini Preço

Supermercado Ronchi

Supermercado Lucia

Outros

Gráfico 6: Supermercado de preferência Fonte: Dados da pesquisa

O Gráfico 7, apresenta os principais motivos que interferem na escolha do

supermercado, neste sentido, os principais fatores apontados foram a localização

(23%), os preços dos produtos (20%) e as promoções (14%). Fatores como a

higiene do estabelecimento, horário de funcionamento e o atendimento ambos com

9%, também influenciam na escolha.

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Principal motivo que leva a escolher do mercado

23%

1%

1%

9%

0%

0%

6%

5%14%

9%

9%

20%

3% 0%

1.- Localização

2.- Estacionamento

3.- Higiene do local

4.- Atendimento

5.- Nº de Caixas

6.- Padaria

7.- Diversidade de Marcas

8.- Serviço de Entrega

9.- Promoções

10.- Horário de Funcionamento

11.- Facilidade de Pagamento

12.- Preço dos Produtos

13.- Organização dos produtos

14.- Açougue

Gráfico 7: Principais motivos da escolha do supermercado Fonte: Dados da pesquisa

Os Gráficos anteriores identificaram e descreveram sobre os clientes que

freqüentam os supermercados estudados, permitindo ao pesquisador, identificar e

delimitar um público alvo para pesquisas futuras. Mas, com base nestes clientes e

em suas resposta, pode-se estudar (Tabela 3) a relação que há entre o custo e o

benefício de se comprar em cada estabelecimento estudado.

Em primeiro lugar, encontra-se o supermercado Daiane I, com um índice de

relação custo-benefício de 174,40. Apesar de, o estabelecimento apresentar como

pontos fracos os fatores, Higiene do local, Nº de Caixas, Padaria, Diversidade de

Marcas e o Açougue, tal posição é sustentada, principalmente por ela possuir o

menor preço (juntamente com outros 3 supermercados da rede) e por possuir um

número maior de pontos fortes, isto é, fatores como Atendimento, Serviço de

Entrega, Horário de Atendimento e Atendimento e Facilidade de Pagamento, ambos

com peso de importância 5.

Em seguida, no segundo lugar, ficou o supermercado Daiane III, cujo índice

foi de 173,08. O mesmo apresentou como ponto fraco, os seguintes fatores:

Atendimento, Nº de Caixas, Padaria, Diversidade de Marcas, Promoções e Açougue.

Mas, em contrapartida, seu preço médio foi considerado um ponto forte com uma

média de R$ 1,52.

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DAIANE I DAIANE III Lucia DAIANE IV DAIANE II Marzinho Lopes Mini Preço Maranata Ronchi

BENEFÍCIOS

Peso de

Importância Nota Soma Nota Soma Nota Soma Nota Soma Nota Soma Nota Soma Nota Soma Nota Soma Nota Soma Nota Soma

1.- Localização 4 5 20 5 20 5 20 5 20 4 16 4 16 5 20 5 20 4 16 5 20

2.- Estacionamento 3 4 12 4 12 3 9 3 9 3 9 3 9 3 9 4 12 3 9 3 9

3.- Higiene do local 4 4 16 5 20 5 20 5 20 4 16 4 16 5 20 4 16 3 12 3 12

4.- Atendimento 5 5 25 4 20 5 25 4 20 5 25 4 20 5 25 4 20 4 20 4 20

5.- Nº de Caixas 4 4 16 4 16 5 20 3 12 4 16 5 20 3 12 5 20 3 12 4 16

6.- Padaria 3 3 9 4 12 5 15 3 9 3 9 4 12 3 9 3 9 3 9 3 9

7.- Diversidade de Marcas

4 4 16 4 16 5 20 5 20 4 16 4 16 4 16 4 16 3 12 3 12

8.- Serviço de Entrega

5 5 25 5 25 5 25 4 20 5 25 5 25 5 25 3 15 4 20 4 20

9.- Promoções 4 5 20 4 16 4 16 5 20 4 16 4 16 4 16 3 12 3 12 4 16

10.- Horário de Funcionamento

5 5 25 5 25 5 25 5 25 5 25 5 25 5 25 5 25 4 20 5 25

11.- Facilidade de Pagamento

5 5 25 5 25 5 25 5 25 5 25 5 25 5 25 4 20 4 20 4 20

12.- Preço dos Produtos 4 5 20 5 20 5 20 5 20 4 16 4 16 4 16 3 12 4 16 3 12

13.- Organização dos produtos

4 5 20 5 20 5 20 5 20 4 16 5 20 4 16 4 16 4 16 4 16

14.- Açougue 4 4 16 4 16 5 20 4 16 4 16 5 20 5 20 4 16 3 12 4 16

SOMATÓRIO NOTAS 265,00 263,00 280,00 256,00 246,00 256,00 254,00 229,00 206,00 223,00

PREÇO MÉDIO 1,52 1,52 1,63 1,52 1,52 1,59 1,63 1,66 1,62 1,80

INDICE CUSTO - BENEFÍCIO 174,40 173,08 171,67 168,48 161,90 160,70 155,88 138,08 127,51 124,16

CLASSIFICAÇÃO 1° 2° 3° 4° 5° 6° 7° 8° 9° 10°

Tabela 3: Relação custo-benefício dos supermercados Fonte: Dados da pesquisa

TABELA DE CUSTO-BENEFÍCIO

Legenda: - Cor Azul: Pontos fortes; - Cor Vermelha: Pontos fracos

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O supermercado Lucia atingiu um índice de 171,67 na relação custo-

benefício, também foi o estabelecimento com menos pontos fracos, apenas os

fatores, Estacionamento, e Promoções. Mas, seu preço médio foi de R$ 1,63, isto é,

R$ 0,11 superior ao praticado pelos quatro supermercados da rede Daiane.

A quarta posição ficou com o supermercado Daiane IV, com um índice de

168,48 na relação custo-benefício. O mesmo apresentou como pontos fracos os

seguintes fatores, Estacionamento, Atendimento, Nº de Caixas, Padaria, Serviço de

Entrega e Açougue.

Na quinta posição, ficou o supermercado Daiane II, com 161,90 de índice

custo-benefício e com os seguintes pontos fracos: Localização, Estacionamento,

Higiene do local, Nº de Caixas, Padaria, Diversidade de Marcas, Promoções, Preço

dos Produtos, Organização dos produtos, Açougue.

Já na sexta posição ficou o supermercado Marzinho, com um índice de

custo-benefício de 160,70. Tal índice se dá, pois a mesma apresenta os seguintes

pontos fracos: Localização, Estacionamento, Higiene do local, Preço dos Produtos,

Atendimento, Padaria, Diversidade de Marcas e Promoções. E o preço médio

identificado foi de R$ 1,59.

Por sua vez, o supermercado Lopes obteve a sétima, com um índice de

custo-benefício de 155,88, com um preço médio de R$ 1,63 e os seguintes pontos

fracos: Estacionamento, Nº de Caixas, Padaria, Diversidade de Marcas, Promoções,

Preço dos Produtos e Organização dos produtos. Já seus pontos fortes foram:

Localização, Higiene do local, Atendimento, Serviço de Entrega, Horário de

Funcionamento, Facilidade de Pagamento e Açougue.

A oitava posição ficou com o supermercado Minipreço, a qual apresentou um

índice de custo-benefício de 133,08, e os seguintes pontos fortes: Localização,

Estacionamento, Nº de Caixas e Horário de Funcionamento. Já seu preço médio é

de R$ 1,66 e seus pontos fracos são: Padaria, Diversidade de Marcas, Serviço de

Entrega, Promoções, Facilidade de Pagamento, Preço dos Produtos, Organização

dos produtos e Açougue.

O supermercado Maranata obteve a noma posição, com um índice de

127,51 na relação custo-benefício. Na avaliação dos clientes, a empresa não obteve

nenhum fator descrito como ponto fortes, isto é, dos quatorze itens avaliados, todos

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69

foram descritos como ponto fraco. Outro fator a considerar, foi o preço médio, que foi

de R$ 1,62, isto é, R$ 0,10 superior ao menor preço médio identificado.

Por fim, na décima posição ficou o supermercado Ronchi, com um índice

custo benefício de 124,16. Seu preço médio foi de R$ 1,80, o mais elevado de todos

os supermercados avaliados. Seus pontos fortes são a Localização e o Horário de

Funcionamento. Os demais foram descritos como pontos fracos.

Utilizando-se dos dados obtidos na análise de custo benefício, pode-se

também descobrir qual o índice médio de satisfação (Tabela 4) dos clientes de cada

empresa estudada. Tal índice foi obtido pala divisão do somatório das notas

recebidas pelas empresas, pelo valor máximo a ser recebido na relação custo-

benefício.

Empresa

Peso máximo de importância

a atribuir

Número de

fatores analisados

Nota máxima

a ser atribuída

Valor máximo da somatória das notas

Somatório das notas recebidas

Índice de

satisfação

Daiane I 5 14 5 350 265,00 76%

Daiane III 5 14 5 350 263,00 75%

Lucia 5 14 5 350 280,00 80%

Daiane IV 5 14 5 350 256,00 73%

Daiane II 5 14 5 350 246,00 70%

Marzinho 5 14 5 350 256,00 73%

Lopes 5 14 5 350 254,00 73%

Mini Preço 5 14 5 350 229,00 65%

Maranata 5 14 5 350 206,00 59%

Ronchi 5 14 5 350 223,00 64% Tabela 4 : Índice médio de satisfação Fonte: Dados da pesquisa

Percebe-se na Tabela 4 que o supermercado Lucia, que na classificação da

análise de custo-benefício ficou em terceiro lugar, possui o melhor índice de

satisfação (80%), seguido pelos supermercados Daiane I (76%) e Daiane III (75%),

respectivamente primeiro e segundo lugar na análise de custo-benefício.

Posteriormente apareceram por ordem de classificação os supermercados Daiane

IV, Marzinho e Lopes ambos com 73% de satisfação, supermercado Daiane II

(70%), Mini preço (65%), Supermercado Ronchi (64%) e supermercado Maranata

(59%) de índice de satisfação.

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3.2.4. SWOT

Com a realização das etapas de análise interna e externa, conseguiu-se

classificar os fatores externos em oportunidades e ameaças, e os fatores internos

em pontos fortes e fracos. Com isso, pôde-se construir a matriz BCG (Tabela 5).

Oportunidades Ameaças

- Tamanho de mercado; - Crescimento populacional; - Tecnologia atual; - Surgimento de novas tecnologias; - Renda per capita; - Inflação; - Índice de desemprego; - Cultura predominante; - Escolaridade; - Poder de barganha dos Fornecedores.

- Regime tributário; - legislação trabalhista; - Convenções coletivas do trabalho; - Entrantes potenciais; - Barreiras de entradas; - Concorrentes atuais; - Produtos substitutos.

Pontos Fortes Pontos Fracos

- Diversidade de produtos; - Diversidade de marcas; - Promoção; - Preço; - Condições de pagamento; - Disposição dos produtos; - Tempo de reposição dos produtos; - Liquidez; - Investimentos.

- Entrega a domicilio; - Depósito; - Desperdícios no estoque; - Quadro funcional (quantidade); - Quadro funcional (qualidade); - Treinamento e desenvolvimento de pessoal; - Índice de rotatividade; - Clima organizacional; - Capital de giro; - Lucratividade; - Retorno sobre investimento; - Estrutura física; - Sistema de informação; - Comunicação; - Processo de decisão; - Equipamentos.

Tabela 5 : Matriz SWOT – supermercado Daiane Fonte: Dados da pesquisa

Sabendo que a empresa estudada possuía três filiais, buscou-se estudá-las

separadamente, a fim de identificar dentro de um contexto geral, suas

peculiaridades, seus pontos fortes e fracos. Mas, na construção da matriz SWOT,

obtou-se construir apenas uma matriz, onde, um fator para ser caracterizado como

ponto forte ou fraco, deveria ser apontado na maioria das lojas da empresa. Tal

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opção foi adotada pos, a determinação da postura estratégica, dos objetivos, das

metas e dos planos de ações serão desenvolvidos para a empresa como um todo.

Com base nas informações apresentadas na matriz BCG e levando em

consideração o ramo de atividade da empresa, sua visão, sua missão, serão

estabelecidos a postura estratégica a ser adotada pela empresa, para que

posteriormente se estipule as estratégias, os objetivos, e as metas, sendo estes

apresentados nos planos de ações.

3.2.4. Estabelecimento da Missão

No decorrer da realização do trabalho, percebeu-se que a mesma já

possuía, assim como a visão, uma missão de negócio bem definida, a qual é:

“Comercializar produtos e serviços com qualidade superior e

eficiência, visando à satisfação de clientes, respeitando a sociedade e o meio

ambiente”.

3.2.5. Estabelecimento da Postura Estratégica

Diante das informações adquiridas ao longo da realização deste trabalho, o

qual seguiu a metodologia proposta por Oliveira (1999), é possível, determinar a

postura estratégica a ser adotada pela organização. Neste sentido, percebe-se que

a postura a seguida é a postura de crescimento, pois foi identificado uma quantidade

maior de oportunidades no ambiente externo e de pontos fracos, no ambiente

interno da empresa.

3.2.6. Estabelecimento de Objetivos e Metas

Após a realização das etapas anteriores, o próximo passo é o

estabelecimento de objetivos e metas, os quais serão desenvolvidos de acordo com

a postura predominante, no caso, a postura de crescimento, e estarão descritos no

item 3.3. Sugestões e planos.

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Vale ressaltar que, os objetivos e as metas traçados para a empresa, serão

desenvolvidos utilizando-se os conceitos empregados pelo Balanced Scorecard

(BSC), onde os mesmos estarão agrupados nas perspectivas, financeira, de

aprendizagem e crescimento, dos clientes, e de procedimentos internos.

3.2.7. Estabelecimento de Estratégias

As estratégias a serem estabelecidas buscam desenvolver ações ordenadas

e principalmente baseadas no posicionamento estratégico identificado

anteriormente. Diante disso, e de acordo com a postura identificada anteriormente, a

estratégia que a empresa deverá adotar é a estratégia de Estratégia de expansão,

isto é, procurar expandir suas atividades para outras regiões, abrindo filiais.

A fim de criar um diferencial competitivo, capaz de lhe trazer uma vantagem

competitiva, buscou-se analisar a atual relação da empresa com as cinco expostas

por Porter (1989). Neste sentido, a empresa deverá adotar a estratégia genérica de

liderança em custos, pois assim, estará buscando uma melhor eficiência

organizacional.

3.3. Sugestões e Planos

Tendo em vista a necessidade de sobrevivência das organizações no

cenário mundial e a concorrência cada vez mais acirrada. Faz-se necessário a

empresa ter um diferencial frente seus concorrentes, com a finalidade de transmitir

confiança e tornar-se valorizada perante seus clientes.

Baseado nos resultados desta pesquisa e na realidade do cenário mundial

recomenda-se que a empresa exponha a sua missão e que a sociedade conheça a

razão da sua existência, seus valores e suas crenças.

A utilização de planos de ação descritos a seguir, tem como finalidade

estimular a empresa nas correções de seus pontos fracos, identificar e aproveitar as

suas oportunidades e potencializar seus pontos fortes. Já que esta ferramenta visa

delinear ações futuras, de forma clara e seguindo uma forma lógica. Neste sentido,

os objetivos e metas sugeridas são:

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PLANO DE AÇÃO

Perspectiva de Aprendizagem e Crescimento

Objetivo: Motivar os colaboradores desenvolvendo plano de carreira

Meta: Desenvolver plano de carreira até junho de 2009

Ações Data de Início

Data de termino

Responsável Indicador de controle Orçamento

Levantar Organograma; Junho 2008 Julho 2008 Gerente Rh Organograma pronto

Verificar possibilidades; Agosto 2008

Setembro 2008 Gerente RH Aval do proprietário

Montar equipe para elaborar projeto; Outubro 2008

Dezembro 2008 Gerente RH Equipe montada

Estudar melhor maneira para o projeto; Janeiro 2009

Fevereiro 2009 Gerente RH Escolha definida

Escolher requisitos para plano de carreira; Março 2009 Abril 2009 Gerente RH Requisitos escolhidos

Formalizar plano de carreira. Maio 2009 Junho 2009 Gerente RH Relatório

Quadro: Plano de ação – Motivar os colaboradores Fonte: Dados do trabalho

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PLANO DE AÇÃO

Perspectiva de Aprendizagem e Crescimento

Objetivo: Capacitara equipe de funcionários

Meta: Capacitar pessoal até dezembro de 2008

Ações Data de Início

Data de termino

Responsável Indicador de controle Orçamento

Identificar pontos a serem melhorados; 10/01/2008 30/01/2008 Gerente RH Relatório

Criar agenda de treinamento; 01/02/2008 20/02/2008 Gerente RH Cronograma

Buscar profissional para ministrar treinamento; 21/02/2007 30/03/2008 Gerente RH 100% profissionais escolhidos

Estipular cronograma; 01/04/2008 30/04/2008 Gerente RH Cronograma pronto

Efetuar treinamento. 01/05/2008 10/12/2008 Gerente RH Treinamento efetuado

Quadro: Plano de ação – Capacitar a equipe de funcionários Fonte: Dados do trabalho

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PLANO DE AÇÃO

Perspectiva dos Clientes

Objetivo: Conquistar novos clientes

Meta: Aumentar o número de clientes em 10% ao ano

Ações Data de Início

Data de termino

Responsável Indicador de controle Orçamento

Identificar grandes bairros com poucos clientes atendidos; 10/01/2008 30/01/2008 Gerente de

Marketing Relatório

Desenvolver projeto; 01/02/2008 28/02/2008 Gerente de Marketing Projeto desenvolvido

Divulgar o mercado nos bairros; 01/03/2008 15/03/2008 Gerente de Marketing Divulgação efetuada

Estipular promoções; 16/03/2008 30/03/2008 Gerente de Marketing Promoções estipuladas

Divulgar promoções nos bairros; 01/04/2008 10/04/2008 Gerente de Marketing Divulgação realizada

Avaliar resultado. 20/05/2008 30/05/2008 Gerente de Marketing Relatório

Quadro: Plano de ação – conquistar novos clientes Fonte: Dados do trabalho

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PLANO DE AÇÃO

Perspectiva dos Clientes

Objetivo: Melhorar nível médio de satisfação dos clientes

Meta: Melhorar em 5% o nível de satisfação dos clientes no ano de 2008

Ações Data de Início

Data de termino

Responsável Indicador de controle Orçamento

Identificar fatores que interferem na satisfação; 01/06/2008 30/06/2008 Rogério Pesquisa

Desenvolver ações corretivas; 01/07/2008 30/07/2008 Rogério Pesquisa

Escolher melhor ação; 01/08/2008 20/08/2008 Rogério Ação escolhida

Implantar ações para correção; 01/09/2008 30/09/2008 Rogério Implantação realizada

Realizar nova pesquisa de satisfação. 05/10/2008 30/10/2008 Rogério Pesquisa realizada

Quadro: Plano de ação – Melhorar nível de satisfação dos clientes Fonte: Dados do trabalho

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PLANO DE AÇÃO

Perspectiva Financeira

Objetivo: Reduzir custos em departamentos estratégicos

Meta: Reduzir despesas do açougue em 15% ao ano

Ações Data de Início

Data de termino

Responsável Indicador de controle Orçamento

Fazer levantamento de despesas; 10/01/2008 30/01/2008 Responsável do setor Relatório

Identificar motivos; 01/02/2008 28/02/2008 Responsável do setor Relatório

Desenvolver ações para melhoria; 01/03/2008 30/04/2008 Responsável do setor Relatório

Executar ações de melhoria; 01/05/2008 30/10/2008 Responsável do setor Relatório

Reavaliar percentual de desperdícios no período. 01/11/2008 31/12/2008 Responsável do setor Relatório

Quadro: Plano de ação – Reduzir custos em departamentos estratégicos Fonte: Dados do trabalho

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PLANO DE AÇÃO

Perspectiva Financeira

Objetivo: Aumentar lucratividade da empresa

Meta: Aumentar lucratividade da empresa em 30% até 2009

Ações Data de Início

Data de termino

Responsável Indicador de controle Orçamento

Fazer levantamento de índice de inadimplência; 01/01/2008 30/06/2008 Gerente Financeiro Relatório

Identificar fatores que levam a inadimplência; 01/07/2008 30/11/2008 Gerente Financeiro Relatório

Estipular número de cheques por clientes ao mês; 01/12/2008 30/06/2009 Gerente Financeiro Documento interno

Estipular valores para promissória de acordo com a renda do cliente; 01/12/2008 30/06/2009 Gerente Financeiro Documento interno

Criar ferramenta para cheques e promissórias recebidos; 01/07/2009 30/12/2009 Gerente Financeiro Ferramenta implantada

Desenvolver novos fornecedores; 01/02/2008 30/05/2008 Gerente de Compras Fornecedores selecionados

Aumentar o mix de produtos. 01/02/2008 30/06/2008 Gerente de Compras Produtos escolhidos

Quadro: Plano de ação – aumentar lucratividade da empresa Fonte: Dados do trabalho

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PLANO DE AÇÃO

Perspectiva de Procedimentos Internos

Objetivo: Informatizar setores estratégicos.

Meta: Informatizar setor financeiro até dezembro 2008

Ações Data de Início

Data de termino

Responsável Indicador de controle Orçamento

Selecionar equipe para realizar o projeto; 01/06/2008 30/06/2008 Gerente Financeiro Equipe selecionada

Identificar as necessidades existentes; 01/07/2008 30/07/2008 Gerente Financeiro Relatório

Buscar fornecedor; 01/08/2008 30/08/2008 Gerente Financeiro 100% fornecedor selecionado

Avaliar o programa; 01/09/2008 30/09/2008 Gerente Financeiro Avaliação concluída

Adaptar o programa para o supermercado; 01/10/2008 15/11/2008 Gerente Financeiro Adaptação efetuada

Realizar treinamento com pessoal do setor; 16/11/2008 10/12/2008 Gerente Financeiro Treinamento realizado

Colocar em funcionamento. 11/12/2008 30/12/2008 Gerente Financeiro Ação realizada

Quadro: Plano de ação – Informatizar setores estratégicos Fonte: Dados do trabalho

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PLANO DE AÇÃO

Perspectiva de Procedimentos Internos

Objetivo: Melhorar processos de atendimento ao cliente.

Meta: Melhorar processos de atendimento ao cliente até dezembro de 2008.

Ações Data de Início

Data de termino

Responsável Indicador de controle Orçamento

Identificar os corredores do supermercado com placas; 01/012008 30/01/2008 Responsável por manutenção Corredores identificados

Identificar local para estacionamento; 01/01/2008 30/01/2008 Responsável por manutenção Estacionamentos identificados

Disponibilizar produtos porcionados no açougue; 01/02/2008 30/03/2008 Responsável do setor Produtos disponibilizados

Adequar check out com equipamentos para cartão de credito; 01/06/2008 30/10/2008 Proprietário Implantação realizada

Padronizar uniformes para os funcionários. 01/04/2008 30/06/2008 Proprietário Padronização concluída

Quadro: Plano de ação – melhorar processos de atendimento ao cliente Fonte: Dados do trabalho

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Vale ressaltar que, diante da magnitude dos objetivos e metas traçados nos

planos de ações os quais envolve ações subjetivas, não se conseguiu, mesmo que

hipoteticamente determinar valores a orçar. Diante deste fato, obtou-se por não

incluir nos planos de ações valores correspondentes ao item orçamento.

Por fim, sugere-se que a empresa, na busca por criar um diferencial

competitivo, desenvolva outros estudos como a realização das outras análises

descritas neste trabalho, que por motivos alheios, como a falta de tempo, não foram

desenvolvidos.

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4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Esse trabalho teve como objetivo desenvolver um planejamento estratégico

para o supermercado Daiane, através de um desenvolvimento teórico e prático do

acadêmico. A finalidade era identificar os fatores de influência que interferem no

desempenho da empresa.

O mesmo caracterizou-se como pesquisa-diagnóstico predominantemente

qualitativa. Através deste delineamento foi possível estudar o ambiente

organizacional, também com as técnicas de questionário e entrevista aplicadas

possibilitou o estudo e coleta de dados do ambiente interno e ambiente externo. Por

meio destes foi possível identificar fatores que interferem na empresa, possibilitando

estudar e propor soluções.

Mediante as várias metodologias existentes para a elaboração de um

planejamento estratégico, foi escolhida a metodologia proposta por Oliveira (1999),

por meio desta é possível abordar todos os objetivos específicos traçados de

maneira objetiva e clara.

O primeiro passo foi à realização da análise interna, com a aplicação de

questionários para a análise do custo-benefício junto aos moradores do bairro,

seguido de uma entrevista realizada para a análise funcional junto aos gestores do

supermercado Daiane. O objetivo foi de reunir informações necessárias para a

elaboração desse trabalho.

O segundo objetivo foi à realização da análise externa, por meio desta foi

possível reunir informações relacionadas às ameaças e oportunidades. Esta análise

foi realizada através da aplicação das análises ambiental e da competitividade, e

possibilitou reunir um volume considerável de informações para a continuidade do

trabalho.

Tendo em vista que missão e visão já existiam na organização, o próximo

passo foi sugerir objetivos e propor plano e ações para os gestores, com a finalidade

de delinear as estratégias futuras da organização.

O marco final deste trabalho foi à elaboração dos planos de ações, sendo

que estes foram delineados conforme as perspectivas do Balanced Scorecard

(BSC). Assim, pode-se consolidar e formalizar todas as ações realizadas durante o

desenvolvimento do mesmo.

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Vale ressaltar que, a principal limitação que o mesmo apresentou, foi a não

realização das análises de cenário, de mercado e a análise de portfólio, por

questões estritamente de tempo. Neste sentido, o acadêmico sugere para a

empresa, que a mesma venha posteriormente realizá-las, a fim de reunir maiores

quantidades de informações referentes à sua estrutura interna, seu ambiente

organizacional.

Outra questão que merece ser comentado foi à disponibilidade e aceitação

dos concorrentes no momento em que foi solicitado a estes que colaborassem com

o trabalho através de suas opiniões relacionadas à análise ambiental.

Ao final desde, pode-se verificar a importância desse tipo de estudo para o

desenvolvimento de uma empresa, pois muitas vezes ela desconhece quais são as

melhorias necessárias. Por fim, conclui-se que o objetivo geral traçado foi

alcançado, possibilitando o aperfeiçoamento pratico do estagiário frente aos

conhecimentos adquiridos na universidade.

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5.0.- REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

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APÊNDICE

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APÊNDICE A – QUESTIONÁRIO ANÁLISE AMBIENTAL

1.a.- Como o Sr. avalia a situação atual dos fatores demográficos, como tamanho do

mercado e crescimento da população?

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

1.b.- No futuro, tal situação tende a:

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

2.a.- Como o Sr. avalia a situação atual dos fatores tecnológicos, tais como o as

atuais tecnologias e o surgimento de novas tecnologias?

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

2.b.- No futuro, tal situação tende a:

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

Análise Ambiental

Este questionário faz parte de um trabalho de conclusão de curso de Administração da Universidade do Vale do Itajaí, e as informações contidas aqui serão sigilosas, servindo apenas como subsídios para a elaboração do mesmo. Analisando o contexto atual, no qual o supermercado Daiane atua, como você avalia e classifica os fatores abaixo:

Perguntas

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3.a.- Como o Sr. avalia a situação atual dos fatores políticos - legais, como o regime

tributário, a legislação trabalhista e as convenções coletivas do trabalho?

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

3.b.- No futuro, tal situação tende a:

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

4.a.- Como o Sr. avalia a situação atual dos fatores econômicos, como a renda per

capita, a inflação e o índice de desemprego?

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

4.b.- No futuro, tal situação tende a:

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

5.a.- Como o Sr. avalia a situação atual dos fatores sócio-culturais, como etnia

predominante na região de atuação, crenças, tamanho do mercado, renda per

capita, escolaridade?

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

5.b.- No futuro, tal situação tende a:

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

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APÊNDICE B - QUESTIONÁRIO ANÁLISE DA COMPETITIVIDADE

1)- Atualmente, a situação da concorrência no setor de supermercados, pode ser

caracterizado como altamente concorrencial. Esta afirmativa é verdadeira? Por quê?

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

2)- Futuramente a situação da concorrência no setor de supermercados tende à

aumentar ainda mais. Esta afirmativa é verdadeira? Por quê?

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

3)- Na prestação de serviço, quais são as principais exigências, que leva o

consumidor a escolher o mercado que suprirá suas necessidades?

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

4)- Quais as principais vantagens existentes no setor de supermercados capaz de

atrair os consumidores?

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

Análise da Competitividade

Este questionário faz parte de um trabalho de conclusão de curso de Administração da Universidade do Vale do Itajaí, e as informações contidas aqui serão sigilosas, servindo apenas como subsídios para a elaboração do mesmo. Analisando o contexto atual, como você avalia e classifica o poder exercido pelos agentes abaixo:

Perguntas

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5)- Como é o relacionamento da empresa com os seus clientes? E é fácil manter a

fidelidade dos clientes com o supermercado?

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

6)- Como é a relação do supermercado com os seus concorrentes?

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

7)- Quais sãos as principais barreiras existentes no setor de supermercados

capazes de influenciar no crescimento e desenvolvimento da empresa?

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

8)-Futuramente o numero de supermercados tendem a aumentar dificultando a

estabilidade da empresa, tornando a concorrência mais acirrada. Esta afirmativa é

verdadeira? Por quê?

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

9)- Quais sãos as principais vantagens oferecidas pelos seus atuais fornecedores?

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

10)-Quais seriam as principais dificuldades enfrentadas atualmente na relação da

empresa com seus fornecedores?

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

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APÊNDICE C - QUESTIONÁRIO ANÁLISE FUNCIONAL

Análise Funcional

Este questionário faz parte de um trabalho de conclusão de curso de Administração da Universidade do Vale do Itajaí, e as informações contidas aqui serão sigilosas, servindo apenas como subsídios para a elaboração do mesmo. No contexto da atual situação do supermercado Daiane, como você avalia e classifica os fatores abaixo:

Perguntas

Fator interno - Área de Marketing Ponto Forte

Ponto Neutro

Ponto Fraco

1.- Diversidade de produtos

2.- Diversidade de marcas

3.- Propaganda e Promoção

4.- Preço

5.- Condições de pagamento

Fator interno - Área de Logística Ponto Forte

Ponto Neutro

Ponto Fraco

6.- Entrega a domicílio

7.- Depósitos

Justificativa:

Justificativa:

Justificativa:

Justificativa:

Justificativa:

Justificativa:

Justificativa:

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8.- Disposião dos produtos na prateleira

9.- Tempo de reposição de produtos

10.- Desperdícios no estoque

Fator interno - Área de RH Ponto Forte

Ponto Neutro

Ponto Fraco

11.- Quadro funcional - quantidade

12.- Quadro funcional - qualificação

13.- Índice de rotatividade

14.- Treinamento e desenv. de pessoal

15.- Clima organizacional

Fator interno - Área Financeira Ponto Forte

Ponto Neutro

Ponto Fraco

16.- Capital de giro

17.- Liquidez

Justificativa:

Justificativa:

Justificativa:

Justificativa:

Justificativa:

Justificativa:

Justificativa:

Justificativa:

Justificativa:

Justificativa:

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18.- Lucratividade

19.- Retorno sobre investimento

20.-

Fator interno - Área organizacional Ponto Forte

Ponto Neutro

Ponto Fraco

21.- Estrutura física

22.- Comunicação

23.- Equipamentos

24.- Processo de decisão

25.- Sistema de informação

Justificativa:

Justificativa:

Justificativa:

Justificativa:

Justificativa:

Justificativa:

Justificativa:

Justificativa:

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APÊNDICE D - QUESTIONÁRIO ANÁLISE CUSTO-BENEFÍCIO

1.- Sexo?

( ) Masculino ( ) Feminino

2.- Qual a sua idade?

( ) 15 – 25 anos ( ) 25 – 35 anos ( ) 35 – 45 anos ( ) 45 – 55 anos ( ) Mais de 55 anos

3.- Qual o seu grau de escolaridade?

( ) 1º Grau incompleto ( ) 1º Grau completo ( ) 2º Grau incompleto ( ) 2º Grau completo ( ) Superior incompleto

( ) Superior completo

4.- Qual é a Renda Familiar? ( ) até R$ 500,00 ( ) De R$ 501,00 à 1.000,00 ( ) De R$ 1.001,00 à 1.500,00 ( ) de R$ 1.501,00 à 2.000,00 ( ) Acima de R$ 2.001,00 ( )

Análise de Custo - Benefício

Este questionário faz parte de um trabalho de conclusão de curso, as informações contidas aqui serão sigilosas e apenas servirão de subsídios para a elaboração do mesmo. Neste sentido, o acadêmico, a universidade e a sociedade em geral ficam muito gratos pela sua colaboração. Ao analisar os questionamentos abaixo, leve em consideração que suas respostas ajudaram os supermercados envolvidos a buscar meneiras de melhor lhe atender.

Perguntas

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5.- Qual destes supermercados o Sr.(a) costuma fazer suas compras?

( ) Supermercado Daiane I ( ) Supermercado Maranata

( ) Supermercado Daiane II ( ) Supermercado Marzinho

( ) Supermercado Daiane III ( ) Supermercado Mini Preço

( ) Supermercado Daiane IV ( ) Supermercado Ronchi

( ) Supermercado Lopes ( ) Supermercado Lucia

Qual:

6.- Qual o principal motivo que leva o Sr. (a) a escolher o mercado para realizar suas compras?

( ) 1.- Localização ( ) 8.- Serviço de Entrega ( ) 2.- Estacionamento ( ) 9.- Promoções ( ) 3.- Higiene do local ( ) 10.- Horário de Funcionamento ( ) 4.- Atendimento ( ) 11.- Facilidade de Pagamento ( ) 5.- Nº de Caixas ( ) 12.- Preço dos Produtos ( ) 6.- Padaria ( ) 13.- Organização dos produtos ( ) 7.- Diversidade de Marcas ( ) 14.- Açougue Qual:

7. Com qual freqüência o Sr.(a) costuma ir no mercado?

( ) Todos os dias ( ) Quase todos os dias ( ) Uma vez por semana ( ) Duas vezes por semana ( ) A cada quinze dias ( ) Uma vez por mês ( ) A cada quarenta e cinco dias ( ) Outros: Qual:

As perguntas 8 e 9 buscam analisar a relação existente entre os

benefícios que os supermercados de Itajaí oferecem a seus clientes

e o custo por esses serviços.

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8.- Qual é o grau de importância que você atribui aos fatores abaixo.

Obs. A avaliação deve ser feita de forma genérica, ou seja, o Sr (a) deve avaliar atribuindo aos fatores abaixo um peso de importância de 1 a 5, sendo que ao assinalar 1, está informando que este fator não tem importância para qualquer supermercado, enquanto que o 5 é um fator de extrema importância para um supermercado.

Grau de Importância Fator

1 2 3 4 5

1.- Localização

2.- Estacionamento

3.- Higiene do local

4.- Atendimento

5.- Nº de Caixas

6.- Padaria

7.- Diversidade de Marcas

8.- Serviço de Entrega

9.- Promoções

10.- Horário de Funcionamento

11.- Facilidade de Pagamento

12.- Preço dos Produtos

13.- Organiz. Dos produtos

14.- Açougue

5.- Avaliando o supermercado que o Sr.(a) costuma comprar, qual é a nota

LEMBRE -SE QUE:1.- SEM IMPORTÂNCIA 2.- POUCA IMPORTÂNCIA 3.- RAZOÁVEL IMPORTÂNCIA 4.- IMPORTANTE5.- EXTREMAMENTE IMPORTANTE

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9.- Avaliando o supermercado que o Sr.(a) costuma comprar, qual é a nota

que você atribuiria aos fatores abaixo?

Obs. Agora o Sr.(a), está avaliando o local aonde costuma comprar, e pode atribuir uma nota de 1 à 5, sendo que, ao assinalar 1, estaria dizendo que este fator é muito ruim no supermercado e ao assinalar 5, estaria dizendo que este fator é muito bom. Neste sentido, qual a nota que o Sr.(a) atribui a estes fatores:

Nota Fator

1 2 3 4 5

1.- Localização

2.- Estacionamento

3.- Higiene do local

4.- Atendimento

5.- Nº de Caixas

6.- Padaria

7.- Diversidade de Marcas

8.- Serviço de Entrega

9.- Promoções

10.- Horário de Funcionamento

11.- Facilidade de Pagamento

12.- Preço dos Produtos

13.- Organiz. Dos Produtos

14.- Açougue

LEMBRE -SE QUE:1.- RUIM 2.- REGULAR3.- BOM 4.- MUITO BOM5.- EXCELENTE

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DECLARAÇÃO

A empresa VENICIO AMORIM ME – CNPJ 95.839.122/0001-82, declara,

para devidos fins, que o estagiário ROGÉRIO VIDAL DE ALMEIDA, aluno do Curso

de Administração do Centro de Educação Superior de Ciências Sociais Aplicadas da

Universidade do Vale do Itajaí, cumpriu com a carga horária prevista para o período

de 05/08/2007 a 09/11/2007, seguiu o cronograma de trabalho estipulado no Projeto

de Estágio e respeitou nossas normas internas.

Itajaí, 12 de Novembro de 2007.

__________________________________

Iraney Wernke Amorim

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ASSINATURA DOS RESPONSÁVEIS

________________________________ Rogério Vidal de Almeida

Estagiário

________________________________ Iraney Wernke Amorim

Orientador de campo

________________________________ Profº Régis Ferroli

Orientador de estágio

________________________________ Prof. Eduardo Krieger da Silva

Responsável pelo Estágio Supervisionado