trabalho Bruços

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Ano Lectivo 2008/2009 Curso: Licenciatura em Desporto Disciplina: Desportos I (Actividades Aquáticas) Docente: Magda Alcaria Ano: 1.º / 1.º Semestre Trabalho sobre Estilos Técnica de Bruços Elementos do Grupo Atílio Martins Cláudio Canas Daniela Gordo Emanuel Henriques Setúbal, 07 de Janeiro de 2009

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Ano Lectivo 2008/2009

Curso: Licenciatura em Desporto

Disciplina: Desportos I (Actividades Aquáticas)

Docente: Magda Alcaria

Ano: 1.º / 1.º Semestre

Trabalho sobre Estilos

Técnica de Bruços

Elementos do Grupo

Atílio Martins

Cláudio Canas

Daniela Gordo

Emanuel Henriques

Setúbal, 07 de Janeiro de 2009

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Desportos I (Actividades Aquáticas) Licenciatura em Desporto – 1.º Ano

Índice pág.

Introdução .................................................................................................. 2

Algumas regras da técnica de Bruços segundo FINA (2005-2009) ............ 3

Variantes do estilo de Bruços ..................................................................... 5

Posição do corpo ........................................................................................ 6

Acção dos membros superiores ................................................................. 7

Acção dos membros inferiores ................................................................. 10

Sincronização membros superiores/inferiores.......................................... 13

Sincronização braços – respiração .......................................................... 14

Partidas e viragens da técnica de bruços ................................................ 16

O medley em estafetas ............................................................................ 20

Progressão Pedagógica ........................................................................... 21

Conclusão ................................................................................................ 27

Recursos bibliográficos ............................................................................ 28

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Introdução

No âmbito da disciplina de Desportos I (Actividades Aquáticas), o nosso

grupo propôs-se a trabalhar o tema Técnica Bruços na Natação.

Neste trabalho mencionamos algumas regras da técnica de Bruços

segundo FINA (2005-2009), as variantes do estilo de Bruços, a correcta

posição do corpo a adoptar. Descrevemos sinteticamente todas as fases da

técnica de Bruços e apresentamos também alguns erros comuns na realização

desta técnica.

Para completar mencionamos as partidas e viragens da técnica de

Bruços, como é realizado o medley em estafetas.

No final apresentamos uma progressão pedagógica relacionada com a

aprendizagem da técnica de bruços.

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Algumas regras da técnica de Bruços segundo FINA (2005-

2009)

O corpo deve permanecer na posição de bruços desde o início da primeira

braçada após a partida e depois de cada viragem;

Não é permitido mudar para a posição de costas;

Durante toda a prova o ciclo de bruços tem de seguir esta ordem: primeiro

uma braçada e depois uma pernada;

Os movimentos dos braços devem ser simultâneos no mesmo plano

horizontal e sem movimentos alternados;

As mãos devem ser levadas para a frente juntas e em simultâneo, surgindo

do peito, abaixo ou sobre a água;

Os cotovelos deverão ser mantidos dentro de água, excepto na última

braçada antes da viragem, durante a viragem e na última braçada aquando

da chegada;

As mãos não devem ser puxadas atrás para além da linha das ancas,

excepto durante a primeira braçada após a partida e após cada viragem;

Durante cada ciclo completo, qualquer parte da cabeça do nadador deve

rasgar a superfície da água;

Após a partida e após cada viragem, o nadador pode fazer uma braçada

completamente para trás até às pernas;

A cabeça deve romper a superfície da água antes das mãos se voltarem

para dentro na parte mais larga da segunda braçada;

Todos os movimentos das pernas devem ser simultâneos e no mesmo

plano horizontal sem movimentos alternados;

Os pés devem estar virados para fora durante a impulsão da pernada;

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Em cada viragem e no final da prova, o toque na parede, deve ser feito

com ambas as mãos ao mesmo tempo, ao nível, acima ou abaixo da

superfície da água;

A partida nas provas de Livres, Bruços, Mariposa e Estilos individual deve

ser efectuada por um salto;

Ao apito prolongado do Juiz-Árbitro, os nadadores devem subir para o

bloco de partida e aí permanecer;

À voz de "aos seus lugares", do Juiz de Partidas, devem colocar-se

seguidamente em posição de partida, com pelo menos um pé na parte da

frente do bloco;

Quando todos os nadadores estiverem estabilizados, o Juiz de Partidas

deve dar o sinal de partida;

Qualquer nadador que parta antes do sinal de partida ser dado será

desclassificado.

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Variantes do estilo de Bruços

A técnica de bruços apresenta duas principais variantes, a variante

Formal e variante Natural.

Neste quadro apresentamos as diferenças entre a variante formal e a

variante natural da técnica de Bruços:

Variante Formal Variante Natural

O corpo adopta uma posição bastante

horizontal dentro de água;

O corpo adopta uma posição bastante

ondulatória dentro de água;

Durante a recuperação dos membros

inferiores (M.I.), o corpo mantém uma

posição horizontal, a bacia permanece

á superfície da água e os ombros

abaixo da superfície;

Durante a recuperação dos membros

inferiores (M.I.), a bacia posiciona-se

mais em profundidade, os ombros

saem da água e o corpo está mais

inclinado para baixo dos ombros;

No final da pernada a bacia posiciona-

se relativamente mais baixa (mais em

profundidade).

No final da pernada a bacia está mais

elevada (mais á superfície).

Estas duas variantes apresentam um aspecto em comum, durante a fase

mais propulsiva dos membros superiores (M.S.) e dos membros inferiores

(M.I.), o corpo encontra-se numa posição alinhada e horizontal.

A variante natural é a mais utilizada pois é considerada a mais propulsiva

de entre as duas.

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Posição do corpo

Na técnica de bruços a posição do corpo é horizontal e ventral em todo o

seu percurso.

Na fase propulsiva dos membros superiores (M.S), o corpo deve

adoptar uma posição horizontal, com a bacia perto da superfície da água,

ombros em pouca profundidade, pernas no alinhamento do corpo e a face

debaixo de água até que a fase propulsiva

dos M.S esteja quase completa, aí a

cabeça sobe á superfície para respirar.

Na recuperação dos M.S, os

ombros e a cabeça elevam-se á superfície

e a bacia imerge um pouco.

Na fase propulsiva dos membros

inferiores (M.I), os ombros devem

permanecer dentro de água e os braços

estendidos.

Na recuperação dos M.I o tronco

inclina-se para baixo (da cabeça até aos

joelhos), a bacia fica em profundidade e os

ombros vão á superfície.

Através da Figura 1, podemos

observar melhor as posições que o corpo

toma nas diferentes fases da técnica de

bruços.

Erros mais comuns em relação á posição do corpo

Excessiva elevação dos ombros, para cima e para trás (aumenta a

resistência frontal na água);

Movimentos ondulatórios exagerados

Figura 1 – técnica de bruços

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Acção dos membros superiores

a) Trajecto propulsivo:

I. Acção lateral exterior (ALE)

Na técnica de bruços, a acção lateral exterior é pouco propulsiva.

Apresenta como principal objectivo a colocação dos segmentos de forma a

permitir a execução das sequentes fases da braçada com uma boa propulsão.

A ALE tem início no final da recuperação e ocorre sem interrupção ou

paragem. Ao longo desta fase, os braços mantêm-se em extensão e as mãos

orientadas para fora e para trás.

O trajecto, na fase inicial, é para

fora e ligeiramente para cima, e, no

resto do trajecto, é para fora e

ligeiramente para baixo, consistindo,

então, no afastamento das mãos até

estas ultrapassarem a linha dos

ombros (ver Figura 2).

II. Acção descendente (AD)

Nesta fase as mãos continuam o seu trajecto circular para baixo e para

fora em aceleração, este é conseguido através da flexão do cotovelo e da

conservação deste numa posição alta, perto da superfície da água, até as

mãos atingirem o ponto mais fundo do seu trajecto.

As mãos devem permanecer orientadas para fora, para trás e para baixo

(ver Figura 3).

Figura 3

Figura 2

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III. Acção lateral interior (ALI)

A fase ALI tem começo quando as mãos atingem o ponto mais fundo do

seu trajecto propulsivo e termina quando as mesmas transpõem o plano

vertical delimitado pelos cotovelos, no seu movimento ascendente e interior

(ver Figura 4).

Os cotovelos seguem as mãos, primeiro para baixo e para dentro, depois

para dentro e para cima. Quando esta acção termina, os cotovelos encontram-

se por baixo do peito.

Erros mais comuns em relação ao trajecto propulsivo

Afastamento insuficiente das mãos - leva ao encurtamento da braçada;

Afastamento exagerado das mãos - provoca atraso no desencadeamento

das fases mais propulsivas da braçada (ver Figura 5);

Cotovelo demasiado baixo - perde-se a possibilidade de a mão ter um

bom trajecto para baixo na AD e para dentro e cima na ALI (ver Figura 6);

Cotovelos passarem para trás da linha dos ombros – impele a mão

para trás após a ALE, impedindo o trajecto para baixo e fora na AD e

depois para dentro e cima na ALI, retarda o inicio da recuperação, levando

a um trajecto de trás para a frente demasiado grande (ver Figura 6).

Figura 5

Figura 6

Figura 4

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b) Recuperação

A recuperação tem início quando as mãos passam por baixo dos

cotovelos. Nesta fase as mãos encontram-se juntas e posicionadas de forma a

cortar a água (com o polegar para a frente) direccionando-se rapidamente para

cima e para a frente.

Quando as mãos se aproximam da superfície da água os cotovelos são

lançados rapidamente para a frente dos ombros.

A trajectória das mãos deve ser a mais para frente possível junto á

superfície da água.

A extensão dos braços é acompanhada por uma rotação externa de modo

a que as mãos terminarem o seu trajecto anterior em pronação (palma das

mãos voltadas para baixo). A medida que as mãos terminam o seu trajecto

para a frente, os ombros são lançados energicamente o mais para a frente

possível, promovendo assim a convexidade da região dorsal. Durante esta

acção a cabeça move-se para a frente, entre os ombros, e inclina-se

ligeiramente para baixo. No final do trajecto das mãos para a frente, a cabeça

mantém-se baixa e o corpo alinhado, adoptando assim uma posição em seta

com que se inicia o novo ciclo gestual (ver Figura 7).

No final do ciclo as mãos alcançam a maior distância possível. Quando os

braços se aproximam da extensão total começam a abrir, iniciando a ALE,

onde sofrem uma rotação externa, orientando as palmas das mãos para fora

(ver Figura 8).

Figura 7

Figura 8

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Erros mais comuns em relação á recuperação

Recuperar com demasiada velocidade

Recuperar sem juntar as mãos e os braços

Perder o alinhamento dos braços com o corpo (provoca resistência na

agua)

Acção dos membros inferiores

a) Trajecto propulsivo:

I. Acção lateral exterior (ALE)

Esta acção inicia-se quando as pernas se aproximam da fase final da

recuperação. Nesta fase a flexão ao nível da articulação coxo-femural não deve

ser muito pronunciada, mas a nível dos joelhos a flexão deve ser grande, e

deve ocorrer uma rotação interna das coxas (joelhos para dentro).

Os joelhos devem ficar um pouco afastados um do outro, á largura dos

ombros, e os calcanhares devem-se colocar perto das nádegas.

Os pés devem rodar para fora e para trás, de modo a ficarem com as

plantas dos pés viradas para cima, para fora e para trás, iniciando-se então a

extensão dos joelhos. O trajecto dos pés é circular para trás, para fora e para

baixo, terminando esta acção quando as pernas estão quase em total extensão

(ver Figura 9).

Figura 9

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II. Acção descendente (AD)

A AD ocorre quando os joelhos se aproximam da posição de extensão, as

pernas começam a mover-se para fora, para baixo e para trás com as pontas

dos pés a apontar para fora e depois

para baixo, isto é possível devido á

rotação externa da coxa (ver Figura

10). Na AD ancas encontram-se

elevadas e deve ser efectuada em

grande aceleração.

III. Acção lateral interior (ALI)

Após a extensão das pernas, á

medida que o sentido do trajecto dos

pés passa de descendente para

interior, os pés sofrem uma mudança

de orientação, as plantas dos pés

ficam viradas para dentro (ver Figura

11).

IV. Deslize

No fim do seu trajecto interior, os pés, ao

deixarem de exercer pressão na agua, adoptam uma

posição de flexão plantar, prosseguindo assim, um

trajecto para dentro e para cima até as pernas estarem

completamente juntas e alinhadas com o tronco (ver

Figura 12).

Embora curto, o deslize permite uma boa

sincronização entre os ciclos de braços e de pernas.

É nesta fase que ocorre a totalidade do trajecto

propulsivo dos membros superiores (ver Figura 13).

Figura 13

Figura 12

Figura 11

Figura 10

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Erros mais comuns em relação ao trajecto propulsivo

Orientação incorrecta dos pés no inicio do trajecto para fora – impede

uma acção propulsiva eficiente;

Virar os pés para trás demasiado cedo – perde-se o efeito propulsivo no

final da pernada.

b) Recuperação

A recuperação inicia-se quando os braços terminam a ALI. A AD provoca

a elevação dos ombros e consequente afundamento da bacia. Quando a ALI

dos membros inferiores termina, após o deslize das pernas, os calcanhares

voltam para cima e para a frente, através da flexão dos joelhos e rotação

externa da coxa, seguem em direcção às nádegas (ver Figura 14).

Os pés durante o seu trajecto ascendente e anterior mantêm a planta do

pé virada para dentro e quase unidos de modo a diminuir a resistência.

No final da recuperação, os pés, colocados perto das nádegas, iniciam a

rotação exterior, preparando a ALE.

Erros mais comuns em relação á recuperação

Exagerada flexão da coxa sobre o tronco (ver Figura 15);

Executar a flexão das pernas durante o trajecto propulsivo da braçada;

Recuperar com os joelhos demasiado afastados e virados para fora.

Figura 15

Figura 14

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Sincronização membros superiores/inferiores

Existem dois tipos de sincronização braços – pernas em bruços:

I. Deslizante

Caracteriza-se por um pequeno intervalo entre o fim da acção membros

inferiores e inicio da ALE dos membros superiores. É considerada pouco

eficiente em termos competitivos. É bastante utilizada numa fase inicial da

aprendizagem de bruços.

II. Sobreposto

Neste tipo a ALE dos braços inicia-se durante a ALI das pernas. Durante

as fases propulsivas da pernada, o rosto e o tronco devem manter-se

perfeitamente alinhados. Quando a pernada se inicia os cotovelos encontram-

se quase em extensão, quando esta está no fim os cotovelos encontram-se

completamente em extensão.

No Bruços moderno existem três tempos, a braçada, o impulso dos

ombros para a frente e a pernada, enquanto no bruços tradicional só apresenta

a braçada e a pernada.

O lançamento dos ombros para a frente dá-se quando a braçada já

terminou e a pernada ainda não se iniciou, evitando assim, um momento morto

no ciclo gestual (ver Figura 16). É no lançamento dos ombros para a frente

que a pernada inicia a sua fase propulsiva.

O ciclo gestual dos membros inferiores é executado com muita rapidez,

incitando assim, pouca oscilação vertical da bacia.

A recuperação tem de ser feita com muita rapidez.

A velocidade da braçada determina a velocidade com que todas as outras

componentes do ciclo gestual vão realizar.

Figura 16

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Erros mais comuns em relação á sincronização membros

superiores/inferiores

Fase propulsiva da pernada atrasada em relação ao ciclo de braços

Recuperação adiantada das pernas em relação ao ciclo de braços

Sincronização braços – respiração

Durante a AD dos braços, a cabeça inicia a sua saída da água dirigida

para a frente e para cima. A inspiração deve ser feita durante a ALI dos

membros superiores. O afundamento da cabeça e dos ombros é feita antes da

ALE dos membros inferiores, quando a recuperação dos braços está a terminar

(ver Figuras 17 e 18).

Figura 17

Figura 18

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Erros mais comuns em relação á sincronização braços –

respiração

Inspiração adiantada em relação ao ciclo de braços (ver Figura 19);

Inspiração atrasada (ver Figura 20).

O rosto e o tronco devem manter-se imersos e inteiramente alinhados

durante as fases propulsivas da pernada. Os braços devem estar praticamente

em extensão quando a pernada começa e totalmente em extensão quando a

pernada se aproxima do fim.

Figura 19

Figura 20

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Partidas e viragens da técnica de Bruços

I. Partidas

Saltos de partida de cima do bloco (Livres, bruços e mariposa)

A partida utilizada em bruços denomina-se partida agarrada ou partida

engrupada (ver figura A).

A. Fase de apoio inicial

Após a voz de aos seus lugares, o nadador adopta uma posição

adequada que tem como objectivo colocar o

corpo numa melhor posição possível para uma

boa execução de salto de partida.

É pretendido que o nadador coloque o

corpo numa posição estável e segura de modo a

evitar a falsa partida. Deve também colocar o

corpo numa posição em desequilíbrio, de modo

que ao ser dado o sinal de partida, o nadador

necessite de um mínimo de tempo para desencadear a acção.

A impulsão dinâmica executada pelos M.I. têm como objectivo atingir a

maior distância e velocidade possível.

A posição inicial de partida engrupada é a seguinte:

Pés presos ao bordo anterior do bloco;

Mãos agarram firmemente o bloco;

Joelhos flectidos,

Cabeça virada para baixo, testa junto aos joelhos;

Ancas posicionadas na vertical.

Erros mais frequentes

Pouca ou nenhuma acção dos braços no desequilíbrio inicial –

a partida torna-se lenta;

Cabeça elevada na posição preparatória

Figura A

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B. Fase da trajectória aérea

O objectivo desta fase de execução é a colocação do corpo numa posição

óptima para a entrada na água.

Pode ser feita com o mergulho em arco, onde a entrada na água será

mais eficiente, do ponto de vista hidrodinâmico.

Quando os pés estão prestes a largar o bloco, o corpo encontra-se em

extensão total, braços alinhados com o corpo e cabeça elevada.

No momento da saída, a cabeça deve rodar rapidamente para baixo, esta

acção deve ser simultânea com o retorno dos braços para baixo com as mãos

apontadas para baixo.

C. Entrada na água

O objectivo desta fase é a entrada na água perdendo menos velocidade

horizontal possível com os segmentos corporais bem colocados (ver figura B).

O nadador tem de adoptar uma posição de modo a entrar na água bem

alinhado. Após a entrada na água, o corpo deve encurvar o corpo para a frente.

As mãos devem ser dirigidas para cima logo após a entrada, assim como

a realização de um movimento de golfinho no momento em que os M.I.

submergem. Deve ser feita a braçada subaquática.

Figura B – fase de apoio inicial, trajectória aérea e entrada na água

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II. Viragens

A viragem de bruços é feita da seguinte maneira (ver figura C):

A. Aproximação á parede

O ciclo gestual deve ser feito de modo a que o nadador atinja a parede

com os cotovelos em extensão.

A cabeça não deve elevar antes de as mãos tocarem na parede da

piscina.

B. Rotação e contacto dos pés com a parede

Logo após o contacto com as mãos na parede, o nadador puxa um dos

braços para trás e para baixo, ao mesmo tempo que a cabeça e os ombros se

elevam e os joelhos são puxados para o peito, flectidos.

Após a rotação do corpo, o braço em contacto com a parede estende-se,

os pés são lançados para a parede e a cabeça juntamente com os ombros

entram na água após a inspiração.

A mão que fica livre ajuda na rotação do corpo, a outra mão larga a

parede antes de os pés entrarem em apoio, e dirige-se para trás e para cima,

por fora de água.

Este braço entra de novo para dentro de agua, por detrás da cabeça no

momento do inicio de impulsão dos M.I, juntando-se ao outro numa posição

hidrodinâmica.

O nadador inicia então a rotação em torno do eixo longitudinal, que o

colocará numa posição ventral.

C. Impulsão dinâmica e deslize

Os pés devem tocar na parede ligeiramente afastados e bem abaixo da

superfície, os joelhos devem estar flectidos.

O ângulo de saída é marcadamente superior, dirigindo o nadador

obliquamente para baixo, onde de seguida executa a braçada subaquática.

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Erros mais comuns

Elevar a cabeça antes de tocar com as mãos na parede;

Elevar demasiado os ombros no inicio da viragem – torna a viragem

mais lenta;

Executar o impulso na parede já em posição ventral;

Empurrar a parede muito perto da superfície;

Não utilizar o braço livre para acelerar a rotação do corpo na viragem.

Figura C - viragem

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O medley em estafetas

O estilo medley é uma forma de uma competição que reúne os quatro

estilos da Natação.

Se for uma disputa individual, a ordem é:

1. Mariposa;

2. Costas;

3. Bruços;

4. Crol

No caso de uma equipa, cada um dos quatro nadadores faz um estilo,

da seguinte ordem:

1. Costas;

2. Bruços;

3. Mariposa;

4. Crol

A ordem é diferente por causa da saída de costas que é realizada dentro

de água.

As regras para a viragem e saídas são as mesmas. No caso de uma

equipa, os alunos vão partindo na medida em que os outros vão chegando, por

exemplo, quando é dada a saída, o primeiro nadador (costas), quando

completa sua prova, deve bater com a mão na borda e somente neste

momento o próximo poderá sair.

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Progressão Pedagógica

Conteúdos Descrição do Exercício Ilustração do Exercício

1.Exercício

fora de água

(pernas) na

Técnica de

Bruços

O aluno na posição de decúbito

ventral e com ajuda do professor

executa o movimento dos

membros inferiores na Técnica de

Bruços.

Conteúdos Descrição do Exercício Ilustração do Exercício

2.Exercício

fora de água

(pernas) na

Técnica de

Bruços

O aluno sentado na borda da

piscina executa o movimento dos

membros inferiores na Técnica de

Bruços, arrastando o calcanhar

na parede da piscina

Conteúdos Descrição do Exercício Ilustração do Exercício

3.Exercício

dentro de

água (pernas)

na Técnica

de Bruços

O aluno na posição de decúbito

ventral com as mãos na borda da

piscina executa o movimento dos

membros inferiores na Técnica de

Bruços.

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Conteúdos Descrição do Exercício Ilustração do Exercício

4.Exercício

dentro de

água (pernas)

na Técnica

de Bruços

O aluno em decúbito ventral, com

o auxílio da prancha, executa o

movimento dos membros

inferiores na Técnica de Bruços

com o rosto dentro de água.

Conteúdos Descrição do Exercício Ilustração do Exercício

5. Exercícios

dentro de

água (pernas)

na Técnica

de Bruços

O aluno executa o movimento dos

membros inferiores na Técnica de

Bruços, com os braços

estendidos, sem o auxílio da

prancha.

Conteúdos Descrição do Exercício Ilustração do Exercício

6. Exercícios

fora de água

(braços) na

Técnica/Estilo

Bruços

O aluno na posição pé, com os

braços estendidos á frente e

tronco flexionado, executa o

movimento completo dos membros

superiores na Técnica de Bruços.

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Conteúdos Descrição do Exercício Ilustração do Exercício

7. Exercícios

fora de água

(braços) na

Técnica/Estilo

Bruços

O aluno na posição de decúbito

ventral, com os ombros na linha da

borda da piscina, executa o

movimento completo dos membros

superiores na Técnica de Bruços.

Conteúdos Descrição do Exercício Ilustração do Exercício

8. Exercícios

dentro de

água (braços)

na Técnica

de Bruços

O aluno na posição de pé, com o

tronco flexionado e os braços

estendidos à frente, executa o

movimento completo dos membros

superiores na Técnica de Bruços.

Conteúdos Descrição do Exercício Ilustração do Exercício

9. Exercícios

dentro de

água (braços)

na Técnica

de Bruços

O aluno anda com o tronco

flexionado à frente e os braços

estendidos (água à altura dos

ombros); executa o movimento

completo da Técnica de Bruços

alternando membro superior

direito, membro superior esquerdo

e movimento completo dos M.S.

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Desportos I (Actividades Aquáticas) Licenciatura em Desporto – 1.º Ano

Conteúdos Descrição do Exercício Ilustração do Exercício

10. Exercícios

dentro de

água (braços)

na

Técnica/Estilo

Bruços

O aluno executa o movimento dos

membros inferiores na Técnica de

Bruços, realizando respiração

frontal.

Conteúdos Descrição do Exercício Ilustração do Exercício

11. Exercícios

dentro de

água (braços

e pernas) e

Coordenação

da respiração

na Técnica

de Bruços

O aluno executa o movimento dos

membros inferiores na Técnica de

Bruços, com o auxílio da prancha,

alternando o membro superior

direito com o membro superior

esquerdo. Realiza a respiração

frontal.

Conteúdos Descrição do Exercício Ilustração do Exercício

12. Exercícios

dentro de

água (braços)

Coordenação

da respiração

na Técnica

de Bruços

Com a pullboy entre as coxas, o

aluno realiza o movimento

completo dos membros superiores

na Técnica de Bruços e executa

a respiração frontal.

Page 26: trabalho Bruços

Instituto Politécnico de Setúbal Escola Superior de Educação de Setúbal

“Natação – Estilo Bruços”

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Desportos I (Actividades Aquáticas) Licenciatura em Desporto – 1.º Ano

Conteúdos Descrição do Exercício Ilustração do Exercício

13. Exercícios

dentro de

água (braços

e pernas) e

coordenação

da respiração

na Técnica

de Bruços

O aluno realiza o movimento

completo dos membros superiores

e dos membros inferiores na

Técnica de Bruços e executa a

respiração frontal.

Conteúdos Descrição do Exercício Ilustração do Exercício

14.A viragem

na Técnica

de Bruços

O aluno executa o movimento

tanto dos M.I. como dos M.S. na

Técnica de Bruços até atingir a

borda da piscina com as duas

mãos e puxa o quadril para a

parede até a tocar com os dois

pés.

Page 27: trabalho Bruços

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“Natação – Estilo Bruços”

26

Desportos I (Actividades Aquáticas) Licenciatura em Desporto – 1.º Ano

Conteúdos Descrição do Exercício Ilustração do Exercício

15.A viragem

na Técnica

de Bruços

O aluno executa o movimento

tanto dos M.I. como dos M.S. na

Técnica de Bruços até atingir a

borda da piscina com as duas

mãos e puxa o quadril para a

parede até a tocar com os dois

pés, junta os braços á frente e faz

um impulso forte na borda, o aluno

aproveita o deslize após o impulso

e o aluno volta a executar o

movimento completo da Técnica

de Bruços.

Page 28: trabalho Bruços

Instituto Politécnico de Setúbal Escola Superior de Educação de Setúbal

“Natação – Estilo Bruços”

27

Desportos I (Actividades Aquáticas) Licenciatura em Desporto – 1.º Ano

Conclusão

Este trabalho foi realizado no âmbito de demonstrar todos os aspectos

técnicos no sentido de apresentar uma técnica perfeita na execução do estilo

de bruços, é também apresentado neste trabalho o desenvolvimento e as

etapas de aprendizagem da técnica de bruços de uma forma pedagógica, ou

seja, os exercícios são apresentados gradualmente conforme o grau de

dificuldade.

O grupo crê que o facto de realçarmos os erros mais comuns na

execução das técnicas tenha sido importante pois pode ser usado como um

possível feedback.

Após leitura dos acetatos e análise do nosso trabalho é possível verificar

que grande parte dos princípios gerais da técnica de Bruços é semelhante,

todavia o nosso trabalho contém certos aspectos e elementos mais recentes,

assim como informação mais detalhada.

Uma vez que neste trabalho foi apresentado todos os aspectos que

inicialmente o grupo se propôs a cumprir, é razoável dizer que o trabalho foi

realizado com sucesso.

O entrosamento entre os membros do grupo foi positivo o que se tornou

imprescindível para a conclusão do trabalho.

Page 29: trabalho Bruços

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“Natação – Estilo Bruços”

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Recursos bibliográficos

http://www.aminata.net/index.php?option=com_content&task=view&id=189

&Itemid=64&limit=1&limitstart=6

http://spormor.com/cd2/Brucos.pdf

http://www.google.pt/search?hl=pt-PT&safe=off&rlz=1G1GGLQ_PT-

PTPT296&q=tecnica+bruços&btnG=Pesquisar&meta=

http://www.clubevii.com/?id=artigo&id_artigo=27

http://www.prof2000.pt/users/pedros/erros_brucos.htm

https://woc.uc.pt/fcdef/getFile.do?tipo=2&id=635

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http://www.bestswimming.com.br/2005/breastroke.jpg

http://www.geocities.com/clubelisnave/brucos.jpg

http://amadeo.blog.com/repository/1072345/2508572.jpg