trabalho a adm

11
INTRAEMPREENDEDORISMO SOCIAL E OS ESTUDOS ORGANIZACIONAIS * Fernando Padilha Santiago ** RESUMO: O tema empreendedorismo tem sido muito discutido no meio empresarial, entre os assuntos abordados está a procura por funcionários com espírito empreendedor (intraempreendedores). De maneira semelhante, a responsabilidade social tornou-se, em importantes organizações, estratégica para seus negócios. O artigo discuti o aparecimento do intraempreendedorismo social e se essa figura é identificável em Teorias Organizacionais, usualmente citadas como norteadoras da ação de administração das empresas. Palavras-Chave: intraempreendedorismo, responsabilidade social, teoria organizacional. ABSTRACT: The theme entrepreneurship has been much discussed in the business way, among the approached subjects it is the search for employees with enterprising spirit (intrapreneurship). In a similar way, the social responsibility became in important organizations strategic for their businesses. The article discussed the emergence of the social intrapreneurship and if that personage is identifiable in organizational theory, usually mentioned as director of the action of administration of the companies. Key-Words: intrapreneurship, social responsibility, organizational theory. * Artigo apresentado na disciplina de Teorias Organizacionais, do mestrado de Gestão de Negócios, da UNISANTOS – Universidade Católica de Santos ** Docente da FIA-Faculdade Interação Americana.

description

trabalho a adm

Transcript of trabalho a adm

  • INTRAEMPREENDEDORISMO SOCIAL E OS ESTUDOS ORGANIZACIONAIS*

    Fernando Padilha Santiago**

    RESUMO: O tema empreendedorismo tem sido muito discutido no meio empresarial, entre os assuntos abordados est a procura por funcionrios com esprito empreendedor (intraempreendedores). De maneira semelhante, a responsabilidade social tornou-se, em importantes organizaes, estratgica para seus negcios. O artigo discuti o aparecimento do intraempreendedorismo social e se essa figura identificvel em Teorias Organizacionais, usualmente citadas como norteadoras da ao de administrao das empresas. Palavras-Chave: intraempreendedorismo, responsabilidade social, teoria organizacional.

    ABSTRACT: The theme entrepreneurship has been much discussed in the business way, among the approached subjects it is the search for employees with enterprising spirit (intrapreneurship). In a similar way, the social responsibility became in important organizations strategic for their businesses. The article discussed the emergence of the social intrapreneurship and if that personage is identifiable in organizational theory, usually mentioned as director of the action of administration of the companies. Key-Words: intrapreneurship, social responsibility, organizational theory.

    * Artigo apresentado na disciplina de Teorias Organizacionais, do mestrado de Gesto de Negcios, da

    UNISANTOS Universidade Catlica de Santos **

    Docente da FIA-Faculdade Interao Americana.

  • Introduo Nos ltimos anos o tema empreendedorismo tem tomado um lugar de

    destaque na sociedade. A maior dinmica de mercado, avanos tecnolgicos, mudanas sociais e as novas relaes de trabalho so alguns dos motivos do aumento do interesse pela figura do empreendedor. Visto como geradora de mudanas na sociedade a ao de empreender comeou a ser divida entre acadmicos para ser melhor entendida. H o empreendedor que abre novas empresas com fins lucrativos, o especializado em determinada rea de mercado (como idosos ou turismo), o que trabalha contratado desenvolvendo empresas j existentes, e o dedicado a aes de benefcio sociedade. Este ltimo, o empreendedor social, tem tido especial destaque graas ao grande movimento de responsabilidade social e a credibilidade e importncia que organizaes sem fins lucrativos ganharam na sociedade. Mas no s em organizaes sem fins lucrativos o empreendedor social necessrio, com a responsabilidade social tornando-se estratgica para organizaes, funcionrios empreendedores (intraempreendedores) afinados com causas sociais (empreendedor social) viraram figuras importantes para inovao.

    Pergunta-se, nesse trabalho, se a figura do intraempreendedor social identificvel em Teorias Organizacionais, usualmente citadas como norteadoras da ao de administrao das empresas. Para responder a pergunta sero identificadas relevantes movimentos em Teorias Organizacionais e estudadas para identificar se e como se enquadra o intraempreendedor social. Primeiro ser feito uma reviso do conceito de empreendedorismo e, especificamente, de intraenpreendedorismo social. Em seguida feita a anlise em Teorias Organizacionais para identificao do intraempreendedor social.

    Emprendedorismo comum ouvir que uma pessoa nasce empreendedora, mas a maioria dos

    estudos indicam que possvel se desenvolver o esprito empreendedor de um indivduo. Drucker (1987, p. 34) afirma que o empreendimento um comportamento, e no um trao de personalidade. E suas bases so o conceito e a teoria, e no s a intuio. Apesar de ser um termo amplamente utilizado, no fcil explicar quem o empreendedor e o que empreendedorismo. Como Filion (1999, p.12) explica: comumente dito que a confuso reina no campo do

  • empreendedorismo porque no h consenso a respeito do empreendedor e das fronteiras do paradigma.

    Definio do termo De acordo com Hisrich e Peters (2004) a palavra entrepreneur (empreendedor

    em ingls) de origem francesa e, literalmente traduzida, significa intermedirio. Marco Plo citado como exemplo desse primeiro conceito, intermediando a venda de produtos entre capitalistas europeus e do extremo oriente por um percentual nas vendas.

    Segundo Filion (1999), foi o economista Richard Cantillon que, no sculo XVII, deu ao termo empreendedor o significado atual, diferenciando-o do mero capitalista. Era a pessoa que comprava matria-prima, a processava e vendia para outra pessoa. No sculo XIX, o economista francs Jean Baptiste Say contribuiu muito para o desenvolvimento do conceito, segundo Drucker (1987), conceituando o empreendedor como quem transfere recursos econmicos de um setor de produtividade mais baixa para um setor de produtividade mais elevada e de maior rendimento, mas que foi o economista austraco Joseph Schumpeter, no incio do sculo XX, ao relacionar empreendedorismo numa teoria de economia e sociedade, que chega ao conceito moderno do tema, definindo que a funo do empreendedor reformar ou revolucionar o padro de produo, descobrindo uma inveno, ou, em termos gerais, uma ainda no tentada tecnologia para produzir novos bens, ou produzindo existentes de uma forma mais eficiente, ou ainda atravs de uma reorganizao da industria. Drucker (1987) completa dizendo que o empreendedor est sempre buscando a mudana, que a fonte de oportunidades a serem identificadas e exploradas. Dornelas (2001, p.37) define o empreendedor como aquele que detecta uma oportunidade e cria um negcio para capitalizar ela, assumindo riscos calculados.

    Intraempreendedorismo Social O Intraempreendedor social a juno de dois perfis empreendedores: o do

    intraempreendedor e o do empreendedor social.

  • Intraempreendedorismo Admitindo que empreendedorismo um comportamento, ento possvel

    identific-lo de vrias maneiras na sociedade, no apenas entre as pessoas que abrem novas empresas, mas na poltica, na religio e agindo como funcionrio de uma organizao. Esse funcionrio seria um intraempreendedor (ou intra-empreendedor)Segundo David (2004), foi Pinchot, em 1985, que criou o termo intraempreendedorismo, como abreviao de entrepreneur intracorporativo. O intraempreendedor representa uma tcnica moderna de administrao que no consta ainda em livros ou em manuais de teoria administrativa, ele representa uma enorme mudana de mentalidade dentro da empresa: a substituio do esprito conservador e burocrtico por um esprito de empreendimento profissional e de realizao pessoal (Chiavenato 1997). Os Intraempreendedores so funcionrios diferenciados nas organizaes onde atuam, onde exercem o papel de empreendedores por meio da criao, do desenvolvimento e da gesto de projetos inovadores (Angostini, Angonese, Bogoni. 2005, p. 5). A inovao, no seu incio, geralmente cabe ao empreendedor fundador, mas medida que a organizao cresce, fica impossvel um nico indivduo assumir o papel de identificar e implantar oportunidades em todos os setores da empresa. Essa realidade fez do intraempreendedor uma pessoa fundamental nas organizaes que desejam crescer e serem lideres no seu setor. Como Hisrich e Peters (2004, p.35) lembram: Na atual era da hipercompetio, a necessidade de novos produtos e o esprito intra-empreendedor tornam-se to grandes que cada vez mais empresas esto desenvolvendo um ambiente intra-empreendedor, freqentemente na forma de unidades estratgicas de negcios.

    Empreendedorismo Social Dos perfis empreendedores, o empreendedor social tem chamado a ateno

    dos acadmicos recentemente. O tema empreendedorismo social novo em sua atual configurao, mas na sua essncia j existe a muito tempo. Alguns especialistas apontam Luter King, Gandi, entre outros como empreendedores sociais (OLIVEIRA, 2005a p2). O aumento das demandas sociais e a incapacidade do Estado ou das empresas de responderem a estas fez com que a sociedade se unisse para suprir essa lacuna. Essa organizao da sociedade chamada de terceiro setor.

  • Segundo Sina e Souza (1999, p. 41), Terceiro Setor constitudo por organizaes, cujas atividades esto centradas em aspectos sociais, sem fins lucrativos ou de interesse econmico, que geram bens e servios de carter pblico. O terceiro setor atua em diversas reas, combatendo a fome, doenas, promovendo educao, tica, defendendo interesses de minorias, etc. Segundo Franco (apud MELO NETO e FROES, 1999, p.9) estima-se que existam hoje, no mnimo, 250 mil organizaes do Terceiro Setor no Brasil. O empreendedor social atua exatamente no segmento do terceiro setor, gerando e/ou desenvolvendo aes que beneficiem a sociedade. O empreendedorismo social, ao contrrio do empreendedorismo tradicional, no produz bens e servios para venda ou tem sua direo voltada para mercado, o mesmo visa a soluo de problemas sociais, contemplando principalmente situaes de risco, tais como excluso social, pobreza, misria e ainda o risco de vida (MELO NETO e FROS, 2002). Para Lacorte e Ribeiro (2003, p.2), empreendedorismo social busca um novo paradigma onde o objetivo no mais o negcio do negcio, trata-se sim do negcio do social, que tem na sociedade civil o seu principal foco de atuao e na parceria envolvendo comunidade, governo e setor privado a sua estratgia-base. Melo Neto e Fros (2002, p.11) caracterizam o empreendedor social como: Coletivo; produz bens e servios para a comunidade; tem o foco na busca de solues para os problemas sociais; sua medida de desempenho o impacto social; visa resgatar pessoas da situao de risco social e promov-las.Para explicar o intraempreendedor social, antes necessrio falar de responsabilidade social empresarial. O termo responsabilidade social foi tomado para explicar o papel das organizaes no bem estar da sociedade. Ashley define responsabilidade social empresarial como toda e qualquer ao que possa contribuir para a melhoria da qualidade de vida da sociedade. (2003, p.7). Chiavenato (2003, p.607) explica que responsabilidade social significa o grau de obrigaes que uma organizao assume por meio de aes que projetam e melhorem o bem-estar da sociedade medida que procura atingir seus prprios interesses. Rico (em CAVALCANTI, 2006, p 87) completa explicando que essa responsabilidade significa um engajamento na comunidade, tendo por objetivo alcanar, gradativamente, o desenvolvimento social sustentvelEm Melo Neto e Fres (1999, p78), temos: "A Responsabilidade Social

  • de uma empresa consiste na sua deciso de participar mais diretamente das aes comunitrias na regio em que est presente e minorar possveis danos ambientais decorrente do tipo de atividade que exerce".

    O intraempreendedor social seria, ento, o intraempreendedor que desenvolve aes de responsabilidade social nas organizaes. Porm h quem ponha em questo se possvel somar responsabilidade social com empreendedorismo.

    Desta forma, antes de dizermos o que empreendedorismo social, vamos inicialmente apresentar o que no empreendedorismo social. O empreendedorismo social no Responsabilidade Social Empresarial, pois a mesma supe um conjunto organizado e devidamente planejado de aes internas e externas, e uma definio centrada na misso e atividade da empresa, face as necessidades da comunidade. No uma profisso, pois no legalmente constituda, no h formao universitria ou tcnica, nem conselho regulador e cdigo de tica profissional legalizado; tambm no uma organizao social que produz e gera receitas, a partir da venda de produtos e servios, e muito menos um empresrio que investe no campo social, o que esta mais prximo da responsabilidade social empresarial, ou quando muito, da filantropia e da caridade empresarial, que em si j mostraram inadequadas, tanto para os ajudados, como para os negcios e para a sociedade, pois, como enfatiza Demo, [...] a solidariedade que produz ajuda assistencialista representa fantstico processo de imbecilizao. (DEMO, 2002, p.40) Oliveira (2005b, p6)

    Nesse trabalho entende-se que empreendedorismo um comportamento, sendo assim passvel de ser manifestado em qualquer local ou organizao. Concorda-se que empreendedorismo social no seja a mesma coisa que responsabilidade social empresarial, mas que o empreendedorismo social pode se manifestar atravs da responsabilidade social empresarial.

    O empreendedorismo tem sido compreendido como um processo complexo, reconhecendo-se as variveis sociais (mobilidade social, cultura, sociedade), econmicas (incentivos de mercado, polticas pblicas, capital de risco) e psicolgicas como influenciadoras no ato de empreender. Inserido neste contexto, o empreendedor depara-se com um ambiente composto por uma sociedade mais consciente, que exige das organizaes um desenvolvimento sustentvel, sem grandes impactos.

  • Em funo dessa percepo, as corporaes vm abrindo espao para questes de ordem social. (MINUZZI; BELINAZO; LEZANA, 2005, p.2)

    As organizaes com fins lucrativos no esto parte da sociedade, sem participao com o social, pelo contrrio, cada vez mais se v o terceiro setor somar-se com o segundo setor (o das empresas privadas) para desenvolver iniciativas para o bem estar social. Com Sina e Souza destacam Algumas organizaes [do terceiro setor] possuem caractersticas de mais de um setor e, como uns ncleos, muitos se sobrepem aos setores pblicos e privados (1999, p.45). Apesar de distintos, o setor privado, o setor pblico e o terceiro setor se relacionam de tal maneira que h momentos em que se torna difcil distinguir de que setor esta se tratando.

    As empresas no podem mais ficar parte dos movimentos sociais, ento necessrio que as empresas se adaptem rapidamente ao novo contexto. Nessa organizao, fluida e mutvel, com novos problemas e dilemas, um ambiente de confiana mtua, integrao, energia, persistncia, criatividade e iniciativa, ser decisivo ao sucesso de qualquer empresa (BERNARDI, 2003, p. 37).

    Para gerar as mudanas internas na organizao, uma figura necessria empreendedor, mas especificamente o intraempreendedor social. Neste contexto, temos o nascente conceito de intraempreendedor social, o indivduo que busca solues para os problemas sociais internos organizao em que atua (DAVID 2004, p17).

    Intraempreendedorismo Social e os Estudos Organizacionais Segundo Bertero e Keinert (apud CUNHA,2005) o termo anlise

    organizacional tem sido usado para descrever o estudo das organizaes, independente das variveis utilizadas e do enfoque escolhido, baseado em diversas teorias sobre organizaes, sendo um processo complexo e demorado, em virtude da complexidade das organizaes e das limitaes tericas. H muitas maneiras de se dividir as escolas de estudos organizacionais. Scherer, Didonet e Lara (2004, p3) adaptaram de Lewin e Volberda uma anlise dos principais paradigmas em Teorias Organizacionais. A tabela a seguir faz uma comparao da do perfil do intraempreendedor social com a tabela de Scherer, Didonet e Lara:

  • Paradigma Dominante

    Seleo/Adaptao Implicaes gerenciais Intraempreendedor Social

    Ecologia da Populao

    Seleo da populao e inrcia estrutural

    Gesto no faz diferena; novos entrantes redefinem indstrias; firmas estabelecidas deveriam focar naquilo que fazem melhor

    at que sejam selecionadas para fora.

    Atuaria com os novos entrantes, redimencionando a estrutura da

    industria dentro de um patamar de responsabilidade social. Nas

    organizaes pr-estabelecidas teria pouca utilidade.

    Teorias Institucionais

    Isomorfismo da populao baseado nas normas da indstria e em lgicas

    compartilhadas

    Empresas estabelecidas deveriam adotar a estratgia de

    rpido seguidor

    Identificaria rapidamente mudanas no ambiente

    competitivo relacionados a responsabilidade social e reagiria

    de maneira inovadora.

    Organizao Industrial

    Nvel de atratividade da indstria e vantagem competitiva naquela

    indstria

    Gestores deveriam escolher uma indstria atrativa; definir a fronteira da performance para

    uma estratgia genrica; reduzir a rivalidade intra-indstria.

    Como empreendedor identificaria oportunidades de negcios em

    mercados sensveis a empresas responsveis socialmente.

    Custos de Transao

    Minimizao dos custos de transaes

    Gestores deveriam focar em uma relativa coordenao entre

    os custos de transacionar dentro e fora da empresa.

    Se aceito transaes com a comunidade ou com organizaes no governamentais, identificaria oportunidades para otimizar as

    transaes. Diminuio dos custos de imagem negativa.

    Teoria Comportamental

    da Firma

    Satisfazer mltiplos stakeholders, inrcia estrutural relativa a

    satisfao, evitao de incerteza e recesso.

    Reestruturao peridica e racionalizao. Explorao

    requer inteno estratgica para alocar tempo para inovao.

    Depende da importncia que stakeholders do a

    responsabilidade social

    Teorias evolucionrias

    Sucesso refora melhorias incrementais e

    proliferao de rotinas como origem da inrcia

    Gestores deveriam dominar/superar a preferncia

    por melhoria do anterior e habilidades que resultam em

    inovaes incrementais.

    Como empreendedor, desenvolveria inovaes

    incrementais no mbito da responsabilidade social

    Teoria da Firma Baseada em

    Recursos

    Recursos idiossincrticos so a base da vantagem competitiva sustentada; ambigidade causal ao avaliar as competncias

    centrais prprias e do competidor a origem de performance sub-tima.

    Gestores deveriam maximizar uma nica competncia central, correta ambigidade causal em

    julgar competncias centrais prpria e de competidores.

    Se a responsabilidade social no estiver ligada a competncia

    central da organizao, haver pouco espao de atuao

  • Capacidades Dinmicas/

    Teoria da Firma Baseada no

    Conhecimento

    Vantagem competitiva sustentada sobre

    capacidades dinmica e capital intelectual.

    Gestores deveriam focar na criao e integrao do

    conhecimento, continuadamente renova base de conhecimento.

    Pouco interesse ao empreendedorismo, que visto

    mais baseado em viso e sensibilidade do que

    conhecimento

    Teoria Contingencial

    Ambiente origina a variao no desempenho

    Gestores de topo devem interpretar e reagir a mudanas

    no ambiente e manter ajuste atravs das mudanas na forma

    organizacional

    Importante quando a responsabilidade social tornar-se uma varivel ambiental relevante

    para a organizao

    Escolha Estratgica

    Variao em performance resulta das mudanas

    ambientais e do ajuste da empresa ao ambiente

    Gestores deveriam alcanar ajuste dinmico atravs da

    monitorao e adaptao ao ambiente

    Importante quando a responsabilidade social tornar-se uma varivel ambiental relevante

    para a organizao

    Aprendizagem Organizacional

    Variao em performance resulta das mudanas

    ambientais e da habilidade da organizao para adaptar-se atravs

    do aprendizado.

    Gestores precisam equilibrar aprendizado de lao simples e

    lao duplo.

    Importante quando a responsabilidade social tornar-se uma varivel ambiental relevante

    para a organizao

    Ciclo de Vida/Equilbrio

    Pontuado

    Perodos de adaptao e consolidao so

    seguidos por perodos de mudana radical de

    destruio de competncia

    Gestores deveriam antecipar mudanas radicais pela

    administrao da dicotomia entre inovao radical e

    incremental

    Importante quando, no processo de mudana, a inovao em

    responsabilidade social tornar-se estratgica

    Consideraes Finais O conceito de intraempreendedor social soma dois interesses atuais das

    organizaes: o empreendedor interno, fonte de inovao e explorao de oportunidades, e a responsabilidade social, demanda cada vez mais exigida pela sociedade. Apontado como agente da mudana social, o empreendedor ainda no tem espao de destaque em estudos organizacionais. Esse trabalho teve o propsito de verificar a participao da figura do intraempreendedor social em estudos organizacionais. A teoria organizacional estudada no aborda diretamente o empreendedor, mas sensato afirmar que as aes organizacionais so, em grande parte, guiadas pelas inovaes e viso desse indivduo, e que o intraempreendedor social seria um agente relevante na maioria das teorias avaliadas.

    Trabalhos posteriores poderiam estudar mais profundamente a participao do intraempreendedor social e cada teoria em Estudos Organizacionais.

  • Referncias ASHLEY, P. A. (coord.) tica e responsabilidade social nos negcios. So Paulo. Saraiva, 2003. CAVALCANTI, M. (organizadora). Gesto social, Estratgias e Parcerias: redescobrindo a essncia da administrao brasileira de comunidades para o terceiro setor. So Paulo: Saraiva, 2006. CHIAVENATO, I. Gerenciando pessoas . So Paulo: Makron Books, 1997. DAVID, D. E. Hey Intraempreendedorismo social:: perspectivas para o desenvolvimento social nas organizaes Florianpolis, 2004. . DRUCKER, P. F. Inovao e Esprito Empreendedor (entrepreneurship): prtica e princpios. So Paulo: Pioneira, 1987. FILION, L. J.. Empreendedorismo: empreendedores e proprietrios-gerentes de pequenos negcios. Revista de Administrao, So Paulo v.34, n.2, p.05-28, abril/junho, 1999. HISRICH, R.D. e PETERS, M.P. Empreendedorismo. Porto Alegre: Bookman, 2004. LACORTE, G.; RIBEIRO, M.. Gesto Social do Turismo, 2003 em
  • SCHERER, F. L.; DIDONET, S. R.; LARA, J. E.. A Teoria Organizacional e Suas Muitas Lentes Sob a Perspectiva da Co-Evoluo, 2004, disponvel em http://www.ead.fea.usp.br/Semead/7semead/paginas/artigos%20recebidos/Adm%20Geral/ADM52_-_A_Teoria_Organizacional_e_Co-evolu%E7%E3o.PDF SINA, A.; SOUZA, Paulo S. B. de. Marketing Social. Uma oportunidade para atuar e contribuir socialmente no Terceiro Setor. So Paulo: Crescente Editorial, 1999.