Tornearia Completo

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9 QUALIDADE, MEIO-AMBIENTE, SEGURANÇA NO TRABALHO E HIGIENE MÓDULO METALMECÂNICA TORNEARIA MECÂNICA SENAI PROGRAMA DE ATUALIZAÇÃO TECNOLÓGICA DE DOCENTES SENAI-RJ Qualidade Incêndio Noções básicas de primeiros socorros N ão faça da sua vida um rascunho, pois você pode não ter tempo de passá-la a limpo A. R OSSATO Qualidade, Meio ambiente, Segurança no Trabalho e Higiene NESSE CAPÍTULO VOCÊ ENCONTRA NESSE CAPÍTULO VOCÊ ENCONTRA 1 1

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9Qualidade, Meio-aMbiente, Segurança no trabalho e higiene

M Ó D U L OMETALMECÂNICA

TORNEARIA MECÂNICA

SENAI

PrograMa de atualiZaçÃo teCnolÓgiCa de doCenteS Senai-rJ

Qualidade

incêndio

noções básicas de primeiros socorros

Não faça da sua vida

um rascunho, pois você pode não ter tempo de passá-la

a limpoA. Ro s s A to

Qualidade, Meio ambiente, Segurança no Trabalho

e Higiene

NESSE CApíTULO vOCê ENCONTRANESSE CApíTULO vOCê ENCONTRA11

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10Qualidade, Meio aMbiente, Segurança no trabalho e higiene

M Ó D U L OMETALMECÂNICA

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SENAI

Senai-rJ PrograMa de atualiZaçÃo teCnolÓgiCa de doCenteS

Qualidade

Defi nição de qualidade total

A qualidade total pode ser defi nida como: um conjunto

de atitudes e técnicas que abordam toda a organização

para através da valorização das pessoas produzir, geren-

ciar e aperfeiçoar, de modo continuo, os processos de

trabalho a fi m de atender às necessidades e expectativas

dos clientes.

Dez princípios da qualidade total

11 Total satisfação dos clientes

22 Gerência participativa

33 Desenvolvimento dos recursos humanos

44 Constância de propósitos

55 Aperfeiçoamento contínuo

6 6 Gerência de processos

77 Delegação

88 Disseminação de informações

99 Garantia da Qualidade

1010 Não-aceitação de erros

Conceito de Desperdício

É todo e qualquer recurso que se gasta na execução de um

produto ou serviço além do estritamente necessário (ma-

téria-prima, materiais, tempo, dinheiro, energia etc.). Dis-

pêndio extra acrescentado aos custos normais do produ-

to / serviço, sem trazer qualquer melhoria ao cliente.

Programa 5S – ABC da qualidadeO Programa 5S teve sua origem no Japão, onde os pais en-

sinavam aos seus fi lhos bons hábitos para terem uma vi-

da melhor. Este programa é utilizado para melhorar a qua-

lidade do ambiente de trabalho, dos funcionários e da pro-

dução da empresa.

Agora que já sabemos o que é o desperdício (tudo que

gera custo extra) e como localizá-lo, podemos eliminá-lo

em 5 fases, ou seja, aplicando o Programa 5S.

PARA BOTAR NA MOLDURAPARA BOTAR NA MOLDURA

Os focos de ação da qualidade total

Os Princípios da Qualidade são bordados

na Qualidade Total em focos de ação, os

quais chamamos de Focos da Qualidade.

Foco no cliente

Foco no processo

Foco nas pessoas

UMA LUZUMA LUZ

OLHA AÍ!OLHA AÍ!

Conheça o Programa 5S1ª FASE1ª FASE Descarte (SEIRI)

2ª FASE2ª FASE Ordem/Arrumação (SEITON)

3ª FASE3ª FASE Limpeza (SEISO)

4ª FASE4ª FASE Higiene (SEIKETSU)

5ª FASE5ª FASE Disciplina (SHITSUKE)

(SEITON)

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11Qualidade, Meio-aMbiente, Segurança no trabalho e higiene

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SENAI

PrograMa de atualiZaçÃo teCnolÓgiCa de doCenteS Senai-rJ

PDCA Como gerenciar para se atingir um ponto mais baixo

dos custos?

Ou um ponto de qualidade superior?

Ou um ponto de melhor prazo de entrega?

Existe um caminho para isso que todos na empresa po-

dem estudar e aprender, que é o método do ciclo PDCA

de controle.

O que é

O ciclo PDCA é um método gerencial que tem como ob-

jetivo exercer o controle de processo, que nada mais é que:

Estabelecer uma diretriz de controle fazendo um pla-

nejamento da qualidade.

Manter o nível de controle respeitando todos os padrões

que foram estabelecidos anteriormente.

Alterar a diretriz de controle sempre que necessário

para mantê-la atualizada com as necessidades do pú-

blico-alvo.

Esse método de gerenciamento é composto de quatro

fases básicas de controle:

Planejar

Desempenhar

Controlar

Agir corretivamente

Essas palavras são, respectivamente, a tradução dos sig-

nifi cados das siglas do ciclo PDCA que signifi cam: Plan,

Do, Check e Act.

Cada termo do ciclo PDCA exerce um papel importan-

te na organização do Programa de Qualidade adotado

em sua empresa. Só se atinge a Qualidade Total quando

você e o restante de sua equipe “giram” o ciclo. Quando

esse Ciclo “gira” em sua empresa, signifi ca que todos pla-

nejam, desempenham, controlam e agem corretivamen-

te. Logo, são responsáveis por aquilo que fazem.

Meio-ambienteO Fórum Global das ONGs, de 1992, elaborou quase qua-

tro dezenas de documentos e planos de ação, demons-

trando o grau de organização e de mobilização atingido

pelas ONGs na década fi nal do século XX.

Os documentos resultantes da Cúpula da Terra foram

os seguintes:

Declaração do Rio sobre Meio Ambiente

Desenvolvimento e a Agenda 21

Norma NBR ISO 14001 – ABNT Esta norma, ao defi nir o SGA como sistema de gestão glo-

bal, quer dizer que a gestão ambiental deve ser implemen-

tada de forma integrada, com o gerenciamento global da

empresa ou instituição.

NA LINHA

DO VENTO

NA LINHA

DO VENTO

Conheça o que signifi ca PDCA

PP Planejar

DD Desempenhar

CC Controlar

AA Agir corretivamente

LINHA

VENTO

LINHA LINHA LINHA LINHA

VENTOVENTOVENTOVENTO

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SENAI

Senai-rJ PrograMa de atualiZaçÃo teCnolÓgiCa de doCenteS

A função do Sistema de Gestão Ambiental é organizar

todas as ações da empresa relativas às questões ambien-

tais de suas atividades, produtos e serviços. Ao estruturar

as ações ambientais de uma empresa, o SGA torna possí-

vel o maior atendimento às leis e regulamentos ambien-

tais, minimizando os riscos fi nanceiros decorrentes de

aplicações de multas e penalizações por parte das agên-

cias de controle ambiental.

O SGA também possibilita às organizações signifi cati-

va economia de tempo e ganho de competitividade, de-

corrente da melhoria de seus processos e da construção

de uma imagem “verde”.

BOLA NA REDEBOLA NA REDE

de uma imagem “verde”.

BOLA NA REDE

Economia por meio da conservação de matérias-primas

e insumos.

Satisfação das expectativas ambientais dos clientes;

Satisfação dos critérios para as linhas de fi nanciamentos.

Limitação dos aspectos de operações de risco.

Obtenção de seguros a custo mais baixo.

Manutenção das boas relações com as partes interessadas.

Entre as diversas vantagens propiciadas pela implementação de um Sistema de Gestão Ambiental, citamos:

LIGAÇÃO DIRETALIGAÇÃO DIRETA

A Norma NBR ISO 14001 se aplica a todos os tipos e tamanhos de organizações que queiram:

Implementar um sistema de gestão ambiental.

Garantir que sua atuação esteja em conformidade com sua política ambiental.

Demonstrar essa conformidade para terceiros, sejam eles ONGs, agências de

controle ambiental, seguradoras, grupos de pressão etc.

Buscar certifi cação de seu Sistema de Gestão Ambiental, por meio de um organismo

externo, chamado de certifi cação de terceira parte.

Realizar uma autodeclaração de conformidade do SGA com a Norma ISO 14001.

As etapas para a implementação da Norma NBR ISO 14001 na empresa você pode

analisar no Quadro 1. Veja o que compreende cada uma delas.

A função do Sistema de Gestão Ambiental é organizar

todas as ações da empresa relativas às questões ambien-

tais de suas atividades, produtos e serviços. Ao estruturar

as ações ambientais de uma empresa, o SGA torna possí-

vel o maior atendimento às leis e regulamentos ambien-

tais, minimizando os riscos fi nanceiros decorrentes de

aplicações de multas e penalizações por parte das agên-

LIGAÇÃO DIRETALIGAÇÃO DIRETALIGAÇÃO DIRETALIGAÇÃO DIRETALIGAÇÃO DIRETA

A Norma NBR ISO 14001 se aplica a todos os tipos e tamanhos de organizações que queiram:

QUADRO

Etapas para implementar a Norma NBR ISO 1400111PLANEJAMENTO IMPLEMENTAÇÃO E

OPERAÇÃOVERIFICAÇÃO E

AÇÃO CORRETIVAANÁLISE CRÍTICA PELA

ADMINISTRAÇÃO

Política ambiental

Aspectos ambientais

Requisitos legais e outros requisitos

Objetivos e metas

Programa de Gestão Ambiental

Estrutura e responsabilidade

Treinamento, conscientização e competência

Comunicação

Documentação do SGA

Controle de documentos

Controle operacional

Preparação e atendimento a emergências

Monitoramento e medição

Não-conformidade, ações corretivas e preventivas

Registros

Auditoria do SGA

Avaliação dos processos de auditoria

Acompanhamento e apoio das revisões do sistema

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CORES TIPO DE RESÍDUO

Azul

Vermelho

Verde

Amarelo

Preto

Branco

Laranja

Roxo

Marrom

Cinza

Papel e papelão

Plástico

Vidro

Metal

Madeira

Resíduos infectantes, ambulatoriais e de serviços de saúde

Resíduos perigosos

Resíduos radioativos

Resíduos orgânicos

Resíduo geral não reciclável ou misturado, ou contaminado não passível de separação

ORIGEM DO RESÍDUO CLASSES RESPONSÁVEL

DomiciliarComercial

IndustrialPúblicoServiços de saúde

Portos, aeroportos e terminais ferroviáriosAgrícolaEntulho

III, II e IIII, II e I

III, II e IIII e II

III, II e I

III, II e I

III, II e IIII

PrefeituraPrefeitura e o próprio gerador do resíduo, quando ele é um grande geradorO próprio gerador do resíduoPrefeituraO gerador do resíduo. Em algumas cidades, a prefeitura assume a responsabilidadeGerador do resíduo

Gerador do resíduoGerador do resíduo

Gestão de Resíduos e de Reciclagem

A contaminação do solo é ocasionada, em grande parte,

pelos resíduos sólidos.

Mas o que é um resíduo sólido?

Para a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT),

lixo é defi nido como “restos das atividades humanas, con-

siderados pelos geradores como inúteis, indesejáveis ou

descartáveis, podendo-se apresentar no estado sólido, se-

mi-sólido ou líquido, desde que não seja passível de tra-

tamento convencional”.

O lixo sólido e o semi-sólido constituem os resíduos

sólidos, cuja definição, de acordo com a Norma NBR

10004, da ABNT, é a seguinte: “resíduos nos estados sóli-

do e semi-sólido, que resultam de atividades da comuni-

dade de origem industrial, doméstica, hospitalar, comer-

cial, agrícola, de serviços e de varrição”.

Classifi cação dos resíduos sólidos quanto aos riscos

Os resíduos sólidos são classifi cados de acordo com os

riscos potenciais que acarretam ao meio ambiente e à saú-

de pública. É na Norma NBR 10004, da ABNT, que esses

resíduos são classifi cados, de modo que possam ter ma-

nuseio e destinação adequados.

Classe I – Resíduos perigosos

Classe II – Resíduos não-inertes

Classe III – Resíduos inertes

QUADRO

QUADRO

Coleta de resíduos sólidosResponsabilidade

Código de cores dos resíduos

2

3

2

3

NA LINHA

DO VENTO

NA LINHA

DO VENTO

Veja, no

Quadro 2,

ao lado,

a quem

cabe a

responsabilidade pela coleta

dos resíduos sólidos

LINHA

VENTO

LINHA LINHA LINHA LINHA

VENTOVENTOVENTOVENTOQuadro 2,

Código de cores dos resíduos Por meio da Resolução nº 275, do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), o governo brasileiro estabeleceu um código de cores para alguns tipos de resíduos sólidos a ser usado na identifi cação de coletores e transportadores, assim como nas campanhas informativas para a coleta seletiva.

Conheça o código de cores para diferentes tipos de resíduo que está relacionado no Quadro 3, ao lado.

CHOQUE DE ORDEM

Conheça o código

diferentes tipos de

Quadro 3, ao lado.

CHOQUE DE ORDEM

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14Qualidade, Meio aMbiente, Segurança no trabalho e higiene

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SENAI

Senai-rJ PrograMa de atualiZaçÃo teCnolÓgiCa de doCenteS

Segurança no trabalho e higieneNa Lei nº 8.213, de 24/7/1991, do Ministério da Previdên-

cia Social, que dispõe sobre o plano de benefícios da pre-

vidência social, encontra-se a defi nição de acidente do

trabalho, nos artigos transcritos a seguir.

Além do conceito legal de acidente do trabalho, mais

direcionado para as lesões ocorridas no trabalhador, há

também o conceito prevencionista, mais amplo, volta-

do para a prevenção e que considera outros danos além

dos físicos.

De acordo com o conceito prevencionista, veja o que

é acidente do trabalho.

Art. 19. Acidente do Trabalho é

o que ocorre pelo exercício do

trabalho a serviço da empresa

ou pelo exercício do trabalho

dos segurados especiais,

provocando lesão corporal ou

perturbação funcional que

cause a morte ou a perda ou

redução, permanente ou

temporária, da capacidade

para o trabalho.

UMA LUZUMA LUZ

o que ocorre pelo exercício do

trabalho a serviço da empresa

ou pelo exercício do trabalho

dos segurados especiais,

provocando lesão corporal ou

perturbação funcional que

cause a morte ou a perda ou

redução, permanente ou

temporária, da capacidade

para o trabalho.

Veja o que é o acidente do trabalho. Em seguida você vai conhecer como previní-los.

ACIDENTEACIDENTE

É todo fato inesperado, não planejado, que interrompe ou

interfere num processo normal de trabalho, resultando em lesão

e/ou danos materiais ou, simplesmente, perda de tempo.

INCIDENTEINCIDENTE

É um acontecimento não desejado e inesperado que, em circunstâncias um pouco

diferentes, poderia ou não ter resultado em lesão, doença, danos ao patrimônio ou

interrupção do processo produtivo. Pode-se destacar que, a diferença entre acidente

e incidente é que, no incidente não há o contato com a fonte de energia.

ATO INSEGUROATO INSEGURO

É a maneira pela qual o indivíduo se expõe, consciente ou inconscientemente, a riscos

de acidentes. Muitas vezes se trata da violação de um procedimento de segurança

consagrado, violação essa responsável pelo acidente.

CONDIÇÕES INSEGURASCONDIÇÕES INSEGURAS

Condições inseguras em um local de trabalho são as falhas físicas que comprometem

a segurança do trabalhador; em outras palavras, as falhas, defeitos, irregularidades

técnicas, carência de dispositivos de segurança e outros, que põem em risco a

integridade física e/ou a saúde das pessoas, além da própria segurança das instalações

e dos equipamentos.

PARA BOTAR NA MOLDURAPARA BOTAR NA MOLDURA

Em seguida você vai conhecer como previní-los.

interfere num processo normal de trabalho, resultando em lesão

Acidente de trabalho

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Agora você vai saber quais são os riscos ocupacionais. Eles podem ser representados por riscos:

FÍSICOSFÍSICOS

São múltiplos e existem em todos os locais de trabalho, contribuindo para causas de doenças profi ssionais. Incluem-se neste item: temperaturas extremas (calor e frio), umidade, ruídos e vibrações, pressões anormais, radiações etc.

QUÍMICOSQUÍMICOS

São substâncias ou produtos químicos empregados como matéria-prima, uso na manufatura de produtos etc. que podem contaminar um ambiente de trabalho. São os maiores causadores de doenças profi ssionais. Dos riscos químicos fazem parte: aerodispersóides (poeiras, fumos, pós), névoas, neblinas, gases, vapores.

BIOLÓGICOSBIOLÓGICOS

São representados por microrganismos, capazes de ocasionar doenças relacionadas ou não com uma atividade profi ssional. Exemplos: infecções causadas por bactérias (tuberculose, tétano, pneumonia), vírus (sarampo, gripe etc.) e fungos.

ERCONÔMICOSERGONÔMICOS

Caracterizam-se por determinadas condições adversas de trabalho e por atitudes e hábitos profi ssionais incorretos que podem ser transmitidos ao esqueleto e órgãos do corpo, criando deformações físicas, posturas viciosas, modifi cações da estrutura óssea e, principalmente, fadigas.

ACIDENTAISACIDENTAIS

Caracterizam-se pelas falhas ambientais (máquinas, ferramentas, equipamentos, projetos etc.) que possam provocar um acidente. Exemplos: arranjo físico inadequado, máquinas e equipamentos sem proteção, ferramentas inadequadas ou defeituosas, iluminação inadequada e outros.

PARA BOTAR NA MOLDURAPARA BOTAR NA MOLDURA

Caracterizam-se por determinadas condições adversas de trabalho e por atitudes e hábitos profi ssionais incorretos que podem ser transmitidos ao esqueleto e órgãos

Exemplos: arranjo físico inadequado, máquinas e equipamentos sem proteção, ferramentas inadequadas ou defeituosas, iluminação inadequada e outros.

Riscos ocupacionais CHOQUE DE ORDEMCHOQUE DE ORDEM

CIPA – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes

A Comissão Interna de Prevenção de

Acidentes (CIPA) tem como objetivo a

prevenção de acidentes e doenças

decorrentes do trabalho, de modo a tornar compatível

permanentemente o trabalho com a preservação da vida

e a promoção da saúde do trabalhador.

Entre as atribuições da CIPA, destacamos:

Realização de reuniões ordinárias mensais, extraordinárias

emergenciais.

Identifi cação dos riscos do processo de trabalho e

elaboração do mapa de riscos, com a participação do

maior número de trabalhadores com assessoria do SESMT,

onde houver.

Elaboração do plano de trabalho que possibilite

a ação preventiva na solução de problemas de segurança e

saúde no trabalho.

Divulgação aos trabalhadores de informações relativas à

segurança e saúde no trabalho.

Colaboração no desenvolvimento e implementação do

PCMSO e PPRA e de outros programas relacionados à

segurança e saúde no trabalho.

Divulgação e promoção do cumprimento das

Normas Regulamentadoras, bem como de cláusulas de

acordos e convenções coletivas de trabalho relativas à

segurança e saúde no trabalho.

CHOQUE DE ORDEMCHOQUE DE ORDEMCHOQUE DE ORDEMCHOQUE DE ORDEM

decorrentes do trabalho, de modo a tornar compatível

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Senai-rJ PrograMa de atualiZaçÃo teCnolÓgiCa de doCenteS

Ergonomia no local de trabalhoA NR-17 estabelece parâmetros que permitem a adapta-

ção das condições de trabalho às características psicoló-

gicas e físicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar

o máximo de conforto, segurança e desempenho efi cien-

te. Esses parâmetros podem ser chamados de fatores er-

gonômicos positivos, pois visam proporcionar situações

favoráveis de ocupação para o trabalhador.

No entanto, na maioria das vezes, em cada tipo de tra-

balho predominam os fatores ergonômicos negativos, que

trazem sérios riscos para a saúde do trabalhador

Dispositivos e instalação elétrica

Podemos dividir os trabalhos em instalações elétricas em:

Observe a seguir a descrição dos dois tipos.

Segurança em instalações elétricas desernegizadas

Somente serão consideradas desenergizadas as instala-

ções elétricas liberadas para trabalho mediante os proce-

dimentos apropriados, obedecida à sequência:

Seccionamento.

Impedimento de reenergização.

Constatação da ausência de tensão.

Instalação de “Aterramento Temporário”, com equipo-

tencialização dos condutores dos circuitos.

Proteção dos elementos energizados existentes na “Zo-

na Controlada”.

O estado de instalação desenergizada deve ser manti-

do até a autorização para reenergização, devendo respei-

tar a sequência de procedimentos a seguir:

Retirada das ferramentas, utensílios e equipamentos.

Retirada da zona controlada de todos os trabalhadores

não envolvidos no processo de reenergização.

Remoção do aterramento temporário, da equipotencia-

lização e das proteções adicionais.

Remoção da sinalização de impedimento de reenergi-

zação.

“Destravamento”, se houver, e religação dos dispositi-

vos de seccionamento.

Assim sendo, as instalações elétricas só serão conside-

radas desenergizadas e seguras para trabalhos após os

procedimentos de “Travamento e Sinalização”.

Segurança em instalações elétricas energizadas

Instalações elétricas energizadas são aquelas com tensão

superior à tensão de segurança (Extrabaixa Tensão – EBT),

ou seja: 50 VCA ou 120 Vcc (Vca – Volts em Corrente Al-

Energizadas Desernegizadas

Conheça como

proceder com segurança

em instalações

elétricas deserginizadas

e energizadas.

CHOQUE DE ORDEMCHOQUE

DE ORDEM

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17Qualidade, Meio-aMbiente, Segurança no trabalho e higiene

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SENAI

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ternada; Vcc – Volts em Corrente Contínua). O trabalho

nessas condições só poderá ser realizado por profi ssio-

nais autorizados, como é descrito na NR-10.

Qualquer pessoa não treinada em eletricidade pode re-

alizar operações elementares de ligar ou desligar circui-

tos elétricos em baixa tensão (a baixa tensão vai de 50

Vca até 1.000 Vca ou 120 Vcc até 1.500 Vcc), desde que

se encontrem em perfeitas condições de operação.

Sempre que atividades forem executadas no interior da

zona controlada, procedimentos de segurança especí-

fi cos devem ser observados, respeitando-se as distân-

cias de segurança, isolamento de partes energizadas,

proteção por barreiras, indicação aos trabalhadores en-

volvidos quanto a pontos energizados, palestra inicial

de segurança, preenchimento de permissões de traba-

lho, utilização de listas de verifi cação etc.

Antes de qualquer nova atividade é necessária a identi-

fi cação dos riscos inerentes, e depende desses riscos a

utilização de um determinado procedimento, de tipos

diferenciados de EPIe EPC, de diferentes acessórios de

trabalho. A esse procedimento damos o nome de “Aná-

lise de Risco”. No entanto outros riscos não previstos

podem surgir, como inundações, tempestades, raios,

ou quaisquer outros cuja neutralização não seja possí-

vel. Nesse caso, o responsável pela atividade deve sus-

pender as atividades.

UMA LUZUMA LUZ

Riscos em máquinas e equipamentos

MÁQUINAMÁQUINA

Todo o equipamento, (inclusive acessórios e equipamentos

de segurança), com movimento, (engrenagens), e com

fonte de energia que não a humana.

SEGURANÇA DE MÁQUINASSEGURANÇA DE MÁQUINASO uso de máquinas e ferramentas deve sempre ser

seguido das determinações de operação e segurança de

cada equipamento e as normas da empresa.

REDUÇÃO DOS RISCOS DE ACIDENTEREDUÇÃO DOS RISCOS DE ACIDENTEOs acidentes são evitados com a aplicação de medidas

específi cas de segurança, selecionadas de forma a

estabelecer maior efi cácia na prevenção da segurança.

ELIMINAÇÃO DO RISCOELIMINAÇÃO DO RISCOSignifi ca torná-lo defi nitivamente inexistente. (exemplo: uma escada com piso

escorregadio apresenta um sério risco de acidente. Esse risco poderá ser eliminado

com um piso antiderrapante).

NEUTRALIZAÇÃO DO RISCONEUTRALIZAÇÃO DO RISCOO risco existe, mas está controlado. Esta opção é utilizada na impossibilidade

temporária ou defi nitiva da eliminação de um risco.

Exemplo disto são as partes móveis de uma máquina como polias, engrenagens,

correias etc. devem ser neutralizadas com anteparos de proteção

SINALIZAÇÃO DO RISCOSINALIZAÇÃO DO RISCO

É a medida que deve ser tomada quando não for possível eliminar ou isolar

o risco. (exemplos: máquinas em manutenção devem ser sinalizadas com

placas de advertência).

UMA LUZUMA UMA UMA LUZLUZLUZLUZ

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18Qualidade, Meio aMbiente, Segurança no trabalho e higiene

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Senai-rJ PrograMa de atualiZaçÃo teCnolÓgiCa de doCenteS

BOLA NA REDEBOLA NA REDE CHOQUE DE ORDEMCHOQUE DE ORDEM

Os Requisitos de segurança seus acionamentos e comandos:

Tem de ser acionados ou desligados pelo

operador na sua posição de trabalho.

Não se localize na zona perigosa da máquina

ou equipamento e nem acarrete riscos adicionais.

Possa ser acionado ou desligado, em caso de emergência,

por outra pessoa que não seja o operador.

Não possa ser acionado ou desligado involuntariamente pelo

operador ou de qualquer outra forma acidental.

Devem estar devidamente identifi cados em português ou

então por símbolos.

COMANDO DE ARRANQUECOMANDO DE ARRANQUE

A máquina só entra em funcionamento quando se acionar este

comando, não devendo arrancar sozinho quando ligado a corrente;

COMANDO DE PARAGEMCOMANDO DE PARAGEM

Deve sempre sobrepor-se ao comando de arranque;

STOP DE EMERGÊNCIASTOP DE EMERGÊNCIA

Corta a energia, pode ter um aspecto de barra botão ou cabo.

CHOQUE DE ORDEMCHOQUE DE ORDEMCHOQUE DE ORDEMCHOQUE DE ORDEM

Não se localize na zona perigosa da máquina

ou equipamento e nem acarrete riscos adicionais.

Proteção de partes móveis de máquinas

DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃODISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO

PROTETORES FIXOSPROTETORES FIXOS

Os mais vulgarmente utilizados são as guardas. São estruturas metálicas

aparafusadas à estrutura da máquina e devem impedir o acesso aos órgãos de

transmissão. O acesso só para ações de manutenção.

PROTETORES MÓVEISPROTETORES MÓVEIS

Neste caso as guardas são fi xadas à estrutura por dobradiças ou calhas o que as

torna amovíveis. A abertura da proteção deve levar à paragem automática do

“movimento perigoso”, (pode-se recorrer a um sistema de encravamento elétrico).

COMANDO BI-MANUALCOMANDO BI-MANUALPara uma determinada operação, em vez de uma só betoneira existem duas que

devem ser pressionadas em simultâneo. Isto obriga a que o trabalhador mantenha

as duas mãos ocupadas evitando cortes e esmagamentos (Guilhotinas, Prensas).

BARREIRAS ÓPTICASBARREIRAS ÓPTICASDispositivo constituído por duas “colunas”, uma emissora e

a outra receptora, entre elas existe uma “cortina” de raios

infra-vermelhos. Quando alguém ou algum objeto atravessa

esta “cortina” surge uma interrupção de sinalo que leva

á paragem de movimentos mecânicos perigosos.

DISTÂNCIAS DE SEGURANÇASDISTÂNCIAS DE SEGURANÇASDefi ne-se distância de segurança, a distância necessária que

impeça que os membros superiores alcancem zonas perigosas

do equipamento.

as duas mãos ocupadas evitando cortes e esmagamentos (Guilhotinas, Prensas).as duas mãos ocupadas evitando cortes e esmagamentos (Guilhotinas, Prensas).as duas mãos ocupadas evitando cortes e esmagamentos (Guilhotinas, Prensas).as duas mãos ocupadas evitando cortes e esmagamentos (Guilhotinas, Prensas).as duas mãos ocupadas evitando cortes e esmagamentos (Guilhotinas, Prensas).as duas mãos ocupadas evitando cortes e esmagamentos (Guilhotinas, Prensas).as duas mãos ocupadas evitando cortes e esmagamentos (Guilhotinas, Prensas).as duas mãos ocupadas evitando cortes e esmagamentos (Guilhotinas, Prensas).

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UMA LUZUMA LUZ

As proteções e dispositivos de segurança são instalados nas

máquinas para evitar acidentes.

Nunca operar qualquer equipamento sem que as proteções estejam

no lugar e em bom estado, no caso de falta da proteção ou a mesma

ter sido retirada para reparos ou ajustes, comunicar a supervisão.

Familiarize-se com o manual e com as regras de segurança.

Quando julgar que alguma máquina esteja apresentando falha de

segurança, informar a supervisão imediatamente.

Sempre ter atenção para não deixar as mãos expostas nas áreas

perigosas ou através de abertura de proteção.

Antes de usar uma maquina rotativa, certifi que-se que a direção de

rotação está correta.

Só faça medições após a máquina parar todos os seus movimentos.

O uso de luvas é proibido nos trabalhos de usinagem.

Antes de iniciar qualquer trabalho, verifi car se todas as proteções

estão nos devidos lugares, e se não há ninguém nas proximidades

onde a máquina possa atingi-lo.

Nunca operar um equipamento se nele estiver presa a

etiqueta de bloqueio.

Não alterar, ajustar ou remover proteção alguma e se esta

interferir com a operação, comunicar a supervisão.

Não devem ser usados anéis nos dedos para operar máquinas

nas quais possa haver contato com partes móveis.

Riscos de partes móveis de máquinas

OLHA AÍ!OLHA AÍ!

A seguir você vai conhecer,

sobre a utilização de

equipamentos de segurança.

Equipamento de Proteção Coletiva

Equipamento Proteção Individual

Equipamento de Proteção Coletiva

Não usar luvas com máquinas que tenham partes rotativas ou pontos

de agarramento.

Ajuste, troca de ferramentas, manutenções e outras intervenções

devem ser feitas Exclusivamente com a máquina parada.

Evitar / bloquear movimentos perigosos.

Utilizar recursos auxiliares adequados.

Os pontos de transmissão de força das máquinas e equipamentos

deverão estar devidamente protegidos.

Máquinas e equipamentos que propiciam a projeção de peças, deverão

estar protegidos.

A industria deverá implantar rotinas de manutenção preventiva,

além de fornecer treinamento para o uso de Equipamentos de

Proteção Individual.

Os cabos de alimentação devem estar dispostos de tal modo que

não sejam criados obstáculos para se tropeçar.Antes de iniciar qualquer trabalho, verifi car se todas as proteções

estão nos devidos lugares, e se não há ninguém nas proximidades

Não devem ser usados anéis nos dedos para operar máquinas

Os cabos de alimentação devem estar dispostos de tal modo que

não sejam criados obstáculos para se tropeçar.

Page 12: Tornearia Completo

20Qualidade, Meio aMbiente, Segurança no trabalho e higiene

M Ó D U L OMETALMECÂNICA

TORNEARIA MECÂNICA

SENAI

Senai-rJ PrograMa de atualiZaçÃo teCnolÓgiCa de doCenteS

LIGAÇÃO DIRETALIGAÇÃO DIRETALIGAÇÃO DIRETALIGAÇÃO DIRETALIGAÇÃO DIRETALIGAÇÃO DIRETALIGAÇÃO DIRETA

Utilização do Equipamento de Proteção Coletiva e IndividualNo ambiente de trabalho, você e as pessoas que

ali se encontrem estão expostos a diversos riscos,

e portanto é necessário a instalação e o uso de

equipamentos, dispositivos e materiais que

proporcionem proteção.

EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA (EPCs)EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA (EPCs)

São os equipamentos instalados nos locais de trabalho para

dar proteção a todos que ali executam suas tarefas.

EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPIs)EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPIs)

São equipamentos de uso pessoal, cuja fi nalidade é atenuar

ou evitar lesões no trabalhador. É dito individual porque

protege individualmente o trabalhador em relação a riscos

inerentes à sua atividade e/ou empresa.

O tipo de equipamento e o seu uso serão determinados pela

função ou atividade que promova a exposição ao(s) agente(s)

de risco específi co(s), passível de gerar um acidente com

lesão no trabalhador.

SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇASINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA

A norma NR26 estabelece as cores que devem ser utilizadas

nos locais de trabalho para prevenção de acidentes. Identifi ca

os equipamentos de segurança, delimita áreas, identifi ca as

canalizações empregadas nas indústrias para a condução de

líquidos e gases e adverte contra riscos. Veja no quadro ao

lado, as cores adotadas pela NR-26.

BATER DE FRENTEBATER DE FRENTE

VERMELHOVERMELHO

Distingui e indica equipamentos e aparelhos de proteção e combate a incêndio. Não deve ser usado na indústria para assinalar perigo, por ser de pouca visibilidade em

comparação com o amarelo (de alta visibilidade) e o alaranjado (que signifi ca alerta).

AZULAZUL

Indica Cuidado!, em avisos contra o uso e movimentação de equipamentos, que deverão permanecer fora de serviço. Também é utilizado em canalizações de ar comprimido, prevenção contra movimentação acidental de qualquer equipamento em manutenção entre outros.

PÚRPURAPÚRPURA

Indica perigos de radiações eletromagnéticas penetrantes de partículas nucleares. Também usada em portas e aberturas que dão acesso a locais onde se manipulam ou armazenam materiais radioativos ou contaminados por radioatividade, sinais luminosos etc.

VERDEVERDE

Caracteriza segurança. Empregado para sinalizar canalizações de água, caixas de equipamento de primeiros socorros de urgência, chuveiros de segurança etc.

LILÁSLILÁS

Indica canalizações que contenham álcalis.

AMARELOAMARELO

Indica Cuidado!. Como fundo de letreiro e avisos de advertência, partes baixas de escadas portáteis, espelhos de degraus etc.

BRANCOBRANCO

Empregado em passarela e corredores de circulação, por meio de faixas, zonas de segurança, áreas de armazenagem, áreas em torno dos equipamentos de socorro de urgência etc.

PRETOPRETO

Empregado para indicar as canalizações de infl amáveis e combustíveis de alta viscosidade como óleo lubrifi cante, asfalto, piche etc.

LARANJALARANJA

Identifi ca canalizações contendo ácidos, partes móveis de máquinas, faces internas de caixas protetoras de dispositivos elétricos etc.

CINZACINZA

Claro para identifi car canalizações de vácuo. Escuro na identifi cação de eletrodutos.

ALUMÍNIOALUMÍNIO

Utilizado em canalizações contendo gases liquefeitos, infl amáveis e combustíveis de baixa viscosidade.

MARROMMARROM

Pode ser adotado, a critério da empresa, para identifi car qualquer fl uido não identifi cável pelas demais cores.

Page 13: Tornearia Completo

21Qualidade, Meio-aMbiente, Segurança no trabalho e higiene

M Ó D U L OMETALMECÂNICA

TORNEARIA MECÂNICA

SENAI

PrograMa de atualiZaçÃo teCnolÓgiCa de doCenteS Senai-rJ

Incêndio

Algumas noções sobre o fogoO fogo é a consequência de uma rápida reação química

de oxidação, denominada combustão, que produz calor

ou calor e luz. Para que ocorra esta reação, devem existir,

no mínimo, dois reagentes que, a partir de uma situação

favorável, poderão se combinar. É o chamado, para fi ns

didáticos, triângulo do fogo, cujos elementos são:

Mais tarde, descobriu-se que a combustão se proces-

sa em cadeia, ou seja, após o início é mantida pelo calor

produzido pelas rupturas das moléculas do combustível

(pirólise) que resultam em produtos intermediários ins-

táveis (radicais) e os elétrons.

CHOQUE DE ORDEMCHOQUE DE ORDEM

COMBURENTECOMBURENTE

É o oxigênio, isto é,

o que ativa e

intensifi ca o fogo.

COMBUSTÍVELCOMBUSTÍVEL

É o que alimenta a combustão e

permite a propagação do fogo,

ou seja, é o queimado.

CALORCALOR

É o que inicia a combustão e

incentiva a propagação do fogo.

CHOQUE DE ORDEMCHOQUE DE ORDEMCHOQUE DE ORDEMCHOQUE DE ORDEMCHOQUE DE ORDEM

É o oxigênio, isto é,

LIGAÇÃO DIRETALIGAÇÃO DIRETALIGAÇÃO DIRETALIGAÇÃO DIRETALIGAÇÃO DIRETALIGAÇÃO DIRETALIGAÇÃO DIRETA

Os radicais reagem com as

moléculas do combustível e

os elétrons tornam o oxigênio

mais reativo, aumentando a

intensidade da oxidação.

As reações liberam calor, que

aumenta a intensidade da

combustão. Com esse fenômeno,

uma outra fi gura passou a ser

utilizada, o “quadrado do fogo”.

OLHA AÍ!OLHA AÍ!

A reação em

cadeia

representa

o quarto

elemento

essencial.

A reação em

representa

elemento

essencial.

Page 14: Tornearia Completo

22Qualidade, Meio aMbiente, Segurança no trabalho e higiene

M Ó D U L OMETALMECÂNICA

TORNEARIA MECÂNICA

SENAI

Senai-rJ PrograMa de atualiZaçÃo teCnolÓgiCa de doCenteS

BOLA NA REDEBOLA NA REDE

Métodos empregados para se interromper o fogoRESFRIAMENTORESFRIAMENTO

É o mais conhecido. Consiste em diminuir a temperatura do material em chamas até situá-la abaixo do ponto de combustão, quando não mais haverá o desprendimento de vapores, na quantidade necessária para sustentar a combustão.

ABAFAMENTOABAFAMENTO

Redução do oxigênio presente no ar, situado acima da superfície do combustível. Para corpos sólidos, abaixo de 13% de oxigênio a combustão ocorre lentamente, sem chamas, até que a concentração atinja 6%, quando a combustão não mais existirá.

INTERFERÊNCIA NA REAÇÃO EM CADEIAINTERFERÊNCIA NA REAÇÃO EM CADEIA

Conhecido como extinção química. O agente extintor reage com os produtos intermediários da combustão (radicais livres e elétrons), reduzindo a intensidade da combustão, até eliminá-la.

REMOÇÃO DO COMBUSTÍVELREMOÇÃO DO COMBUSTÍVEL

Não necessita de agente extintor. Consiste na retirada ou na interrupção do fl uxo do combustível que alimenta as chamas e daqueles ainda não atingidos pelo incêndio. Como exemplo pode ser citado o fechamento de válvulas.

DILUIÇÃODILUIÇÃO

Incêndio em líquido solúvel em água pode, em alguns casos, ser extinto por diluição. A proporção de água necessária à extinção varia em função do líquido.

EMULSIFICAÇÃOEMULSIFICAÇÃO

Quando dois líquidos não miscíveis são vigorosamente agitados há formação de emulsão, ou seja, dispersão e mistura das gotículas de ambos os líquidos. Esse fenômeno ocorre se a água na forma de jato for lançada na superfície de um líquido não miscível que possua baixa pressão de vapor, como é o caso dos óleos (minerais e vegetais). A emulsão, em geral, apresenta aspecto leitoso ou como espuma, que reduz a liberação de vapores do líquido aquecido.

PARA BOTAR NA MOLDURAPARA BOTAR NA MOLDURA

diluição. A proporção de água necessária à extinção varia em função do líquido.

líquidos. Esse fenômeno ocorre se a água na forma de jato for lançada na superfície

dos óleos (minerais e vegetais). A emulsão, em geral, apresenta aspecto leitoso

BOLA NA REDE

Classes de Incêndio Os incêndios são divididos em quatro classes:

CLASSE ACLASSE A

São os que ocorrem em materiais combustíveis

comuns ( como tecidos, madeira, papel, fi bras, etc.), e

que têm a propriedade de queimar em sua superfície

e profundidade, e que deixam resíduos (cinzas).

CLASSE BCLASSE B

Ocorrem em líquidos e gases combustíveis e

infl amáveis, (óleos, graxas, vernizes, tintas, gasolina,

etc.), e que queimam somente em sua superfície, não

deixando resíduos.

CLASSE CCLASSE C

Ocorrem em equipamentos elétricos energizados,

(motores, transformadores, quadros de distribuição,

fi os, etc).

CLASSE DCLASSE D

Ocorrem em elementos pirofóricos (magnésio,

o zircônio, o titânio, lítio, etc.). Exigem, para sua

extinção, agentes extintores especiais que se fundem

em contato com o material combustível em chama,

formando uma capa que o isola do ar, interrompendo

a combustão.

Page 15: Tornearia Completo

23Qualidade, Meio-aMbiente, Segurança no trabalho e higiene

M Ó D U L OMETALMECÂNICA

TORNEARIA MECÂNICA

SENAI

PrograMa de atualiZaçÃo teCnolÓgiCa de doCenteS Senai-rJ

UMA LUZUMA LUZ

Os principais agentes de extinção são conhecidos como extintores de incêndio, em virtude da sua atuação sobre o fogo, conforme os métodos

expostos anteriormente, e são os seguintes substâncias:

ÁGUAÁGUA

Apresenta como característica principal a capacidade de diminuir a temperatura dos

materiais em combustão, agindo, portanto, por resfriamento, quando utilizada sob a

forma de jato. Pode também combinar uma ação de abafamento, se aspergida em

gotículas, isto é, sob a forma de neblina.

ESPUMAESPUMA

Pode ser química, quando resultante da mistura de duas substâncias (por exemplo,

bicarbonato de sódio e sulfato de alumínio, ambos em solução aquosa) ou mecânica

(extrato adicionado à água, com posterior agitação da solução para formação da

espuma). Sua ação principal é de abafamento, criando uma barreira entre o material

combustível e o oxigênio (comburente).

GÁS CARBÔNICOGÁS CARBÔNICO

Agente que atua por abafamento, reduzindo o oxigenio necessário a

combustão, também conhecido por dióxido de carbono ou CO2. É mais

pesado que o ar; no entanto, não é efi ciente em locais abertos eventilados.

PÓ QUÍMICOPÓ QUÍMICO

Seco comum (bicarbonato de sódio) atua por abafamento; é preferível

ao CO2 em locais abertos. Quando se trata de pós especiais, utilizados

na chamada “classe D”, eles se fundem em contato com o metal

pirofórico, formando uma “camada protetora” que isola o oxigênio,

interrompendo a combustão (existem pós químicos expecifi cos

para cada material).

Agentes extintores

. É mais

pesado que o ar; no entanto, não é efi ciente em locais abertos eventilados.

Seco comum (bicarbonato de sódio) atua por abafamento; é preferível

em locais abertos. Quando se trata de pós especiais, utilizados

OLHA AÍ!OLHA AÍ!OLHA AÍ!OLHA AÍ!OLHA AÍ!OLHA AÍ!

Variante para CLASSE DCLASSE D

Utilizar o método de

abafamento por meio

de areia seca ou limalha

de ferro fundido.

CLASSE DE INCÊNDIO

TIPO DE EXTINTOR

ÁGUA ESPUMA CO2PÓ QUÍMICO

SECO

APapel Madeira Tecidos Fibras

Sim Sim Não Não

B

Óleo Gasolina Graxa Tinta GLP

Não Sim Sim Sim

CEquipamentos Elétricos Energizados

Não Não Sim Sim

DMagnésio Zircônio Titânio

Não Não Não Sim

Obs: um pó químico

especial

QUADRO

Utilização de extintores44

Page 16: Tornearia Completo

24Qualidade, Meio aMbiente, Segurança no trabalho e higiene

M Ó D U L OMETALMECÂNICA

TORNEARIA MECÂNICA

SENAI

Senai-rJ PrograMa de atualiZaçÃo teCnolÓgiCa de doCenteS

Noções básicas de primeiros socorrosAcidentes acontecem e a todo o momento estamos ex-

postos a inúmeras situações de risco que poderiam ser

evitadas se, no momento do acidente, a primeira pessoa

a ter contato com o paciente soubesse proceder correta-

mente na aplicação dos primeiros socorros.

Muitas vezes esse socorro é decisivo para o futuro e a

sobrevivência da vítima.

Recomendações aos socorristas Procure sempre conhecer a história do acidente.

Peça ou mande pedir um resgate especializado enquan-

to você realiza os procedimentos básicos.

Sinalize e isole o local do acidente.

Durante o atendimento utilize, equipamentos que lhe

dêem proteção.

Sinalize o local para evitar outros acidentes e disperse

os curiosos.

QUADRO

Tipos de agentes extintores55

NA LINHA

DO VENTO

NA LINHA

DO VENTO

É preciso proteger e controlar o local do acidente:

Isolando-o e sinalizando-o

Iluminando-o, se for noite ou

se a região for pouco iluminada

Arejando-o, para que a vítima

receba ventilação

LINHA

VENTO

LINHA LINHA LINHA LINHA

VENTOVENTOVENTOVENTO

É preciso proteger e controlar

se a região for pouco iluminada

CLASSE COMBUSTÍVEL GÁS ÁGUA PRESSURIZADA

ESPUMA GÁS CARBÔNICO

PÓ QUÍMICO A PRESSURIZAR /

PRESSURIZADO

PÓ SECO ESPECIAL

A

B

C

D

Madeira Papel Tecido Papelão Algodão Fibras Lixo

Gasolina Óleo Querosene Tintas Graxas

Instalação elétrica energizada

Metais pirofóricos

Sim (ótimo)

Não (contra-

indicado): aumenta a área de incêndio

Não (perigoso):

conduz eletricidade

Não (provoca explosão)

Sim (ótimo)

Não (contra-

indicado): aumenta a área de incêndio

Não (perigoso):

conduz eletricidade

Não (provoca explosão)

Sim (regular)

Sim (ótimo)

Não (perigoso):

conduz eletricidade

Não (provoca explosão)

Sim (sem

grande efi ciência)

Sim (bom)

Sim (ótimo)

Não (inefi caz)

Sim (sem

grande efi ciência)

Sim (ótimo)

Sim (bom)

Não (inefi caz)

Sim (sem

grande efi ciência)

Sim (ótimo)

Sim (bom)

Não (inefi caz)

Sim (sem

grande efi ciência)

Sim (sem

grande efi ciência)

Sim (bom)

Sim (bom)

Page 17: Tornearia Completo

25Qualidade, Meio-aMbiente, Segurança no trabalho e higiene

M Ó D U L OMETALMECÂNICA

TORNEARIA MECÂNICA

SENAI

PrograMa de atualiZaçÃo teCnolÓgiCa de doCenteS Senai-rJ

Avalie o estado geral da vítima e verifi que os sinais vitais:

Pulso

Respiração

Temperatura

Pupila

Nível de consciência

Sensibilidade do corpo, entre outros.

Efetue as técnicas de primeiros socorros de acordo com

cada caso.

Antes de adotar qualquer procedimento o socorrista

deve avaliar o estado geral da vítima e efetuar a técnica

específi ca para o caso dos primeiros socorros.

O controle das vias aéreas

Em algumas situações as vias aéreas podem fi car obstruídas

por sangue, vômitos, corpos estranhos (pedaços de dente,

próteses dentárias, terra) ou pela queda da língua para trás,

como acontece nos casos de convulsões e inconsciência.

O controle da ventilação

Restabelecer a respiração natural, caso esta tenha cessa-

do (parada respiratória) ou em caso de asfi xia.

O sinal indicativo da parada respiratória é a paralisa-

ção dos movimentos do diafragma (músculo que realiza

os movimentos do tórax e abdome).

Respiração boca-a-boca

Antes de aplicar a respiração boca-a-boca verifi que se há

obstrução das vias aéreas e proceda à desobstrução e apli-

que as manobras para facilitar a ventilação.

A restauração da circulação

Em algumas situações você poderá se deparar com casos

em que o coração da vítima deixou de pulsar, porém, com

possibilidade de restabelecimento, neste caso você deve

aplicar massagem cardiorespiratória.

Para tal, a forma mais correta de se diagnosticar a pa-

rada cardíaca será a verifi cação, cuidadosamente, do pul-

so da artéria carótida.

Os princípios básicos do atendimento de emergência

Rapidez no

atendimento

Reconhecimento

das lesões

Reparação das lesões

CHOQUE DE ORDEMCHOQUE

DE ORDEM

LIGAÇÃO DIRETALIGAÇÃO DIRETA

Como agir em casos de emergência, algumas técnicas são válidas e podem ser aplicadas em todos os casos

Se a vítima sentir sede umedeça os lábios com gaze.

Não dê bebidas alcoólicas.

Mantenha-a deitada.

Mantenha a respiração.

Evite a perda de sangue.

Evite virá-la, empurrá-la ou puxá-la, para não agravar as

lesões ósseas.

Não retire do corpo objetos penetrantes, como vidros, etc.

Chame de imediato o atendimento especializado.

específi ca para o caso dos primeiros socorros.

Page 18: Tornearia Completo

26Qualidade, Meio aMbiente, Segurança no trabalho e higiene

M Ó D U L OMETALMECÂNICA

TORNEARIA MECÂNICA

SENAI

Senai-rJ PrograMa de atualiZaçÃo teCnolÓgiCa de doCenteS

Transporte de acidentados

O transporte da vítima é de extrema importância e pode

ser decisivo para a sua sobrevivência.

Antes de transportá-la verifi que sempre:

Se está respirando

Se há hemorragia

Se há fraturas

Se existe traumatismo da coluna

Choque elétrico

Nunca toque na vítima até que ela seja separada da cor-

rente elétrica, ou que esta seja interrompida.

Se a corrente não puder ser desligada, coloque-se sobre

um pedaço de madeira e afaste a vítima com uma vara

de madeira ou bambu.

Queimaduras

São lesões decorrentes da ação do calor sobre o organismo.

Setenta por cento das queimaduras ocorrem no lar,

com crianças e pessoas idosas por descuido na manipu-

lação de líquidos superaquecidos.

Ferimentos

Os ferimentos acontecem com muita frequência em nos-

so cotidiano. No entanto, costumamos tratá-los de forma

incorreta. Muitas vezes damos prioridade ao uso de subs-

tâncias anti-sépticas em detrimento de adequada limpe-

za da ferida com água corrente e sabão comum.

Hemorragias

A hemorragia é a perda de sangue ocasionada pelo rom-

pimento dos vasos sanguíneos.

Toda hemorragia deve ser controlada imediatamente.

Grandes perdas sanguíneas podem levar ao estado de cho-

que e à morte em poucos minutos.

Estado de choque

O estado de choque é uma situação

de risco que pode levar à morte e de-

corre, na maioria das vezes, de he-

morragias internas ou externas não

controladas adequadamente.

NA LINHA

DO VENTO

NA LINHA

DO VENTO

Consequências mais comuns nos casos de eletrocussão (Choque elétrico)

QUEIMADURASQUEIMADURAS

As queimaduras por corrente elétrica se propagam em

ondas, o que acarreta a continuidade das lesões, podendo

atingir planos mais profundos da pele mesmo após a

separação da vítima da corrente elétrica.

LINHA

VENTO

LINHA LINHA LINHA LINHA

VENTOVENTOVENTOVENTOOLHA AÍ!OLHA AÍ!

Agora você vai estudar O processo Mecânico de Usinagem. Boa sorte!

Agora você vai

Mecânico de

Page 19: Tornearia Completo

27ProPriedades mecânicas dos metais

ProGrama de atUaLiZaÇÃo tecnoLÓGica de docentes senai-rJ

M Ó D U L OMETALMECÂNICA

TORNEARIA MECÂNICA

SENAI

metais

características do ferro fundido

aços aço carbono

aços liga ou aços especiais

Propriedades dos aços ligas ou aços especiais

cobre

Latão

Bronze

alumínio

uma máquina pode fazer o trabalho de 50 pessoas

comuns. Nenhuma

máquina pode fazer o trabalho de uma pessoa extraordinária

El b E r t Hu bb a rd

Propriedades mecânicas dos metais

NESSE CAPíTULO vOCê ENCONTRANESSE CAPíTULO vOCê ENCONTRA22

Page 20: Tornearia Completo

28ProPriedades mecânicas dos metais

senai-rJ ProGrama de atUaLiZaÇÃo tecnoLÓGica de docentes

M Ó D U L OMETALMECÂNICA

TORNEARIA MECÂNICA

SENAI

MetaisOs metais são geralmente uma combinação de elemen-

tos metálicos e apresentam essas características:

São bons condutores de calor e eletricidade.

Não são transparentes à luz visível.

Têm aparência lustrosa quando polidos.

Geralmente são resistentes e deformáveis.

São muito utilizados para aplicações estruturais.

Qual o custo do produto acabado?

Um material pode reunir um conjunto ideal de pro-

priedades, porém com custo elevadíssimo.

NA LINHA

DO VENTO

NA LINHA

DO VENTO

Custo

É um dos

itens mais

importante

num produto

acabado.

BOLA NA REDEBOLA NA REDE

São muito utilizados para aplicações estruturais. São muito utilizados para aplicações estruturais.

Qualquer projeto requer, para a sua

viabilização, um vasto conhecimento das

características, propriedades e

comportamento dos materiais disponíveis.

Veja os critérios que se deve adotar para selecionar um

material entre muitos outros:

11 Conhecer as suas propriedades.

22 Condições de serviço (forças que atuam sobre ele).

33 Perda das proprieda des (tipo de degradação que o

material sofrerá em serviço)

44 O custo (consideração talvez mais convincente é

provavelmente a econômica).

VENTOVENTOVENTOVENTOVENTO

num produto

CHOQUE DE ORDEMCHOQUE

DE ORDEM

Um exemplo para você guardar

Em elevadas

temperaturas e

ambientes corrosivos

diminuem

consideravelmente

a resistência

mecânica do material.

PARA BOTAR NA MOLDURAPARA BOTAR NA MOLDURA

CLASSE PROPRIEDADES

Física

Química

Elétrica

Térmica

Ótica

Mecânica

Densidade Porosidade Teor de umidade

Alcalinidade Resistência à corrosão

Condutividade

Condutividade Expansão (Dilatação)

Cor Transmissão Refl exão de Luz

Resistência: Tração, compressão, cisalhamento e fl exão.

Elasticidade Plasticidade Ductilidade Dureza Tenacidade

cisalhamento e fl exão.

Page 21: Tornearia Completo

29ProPriedades mecânicas dos metais

ProGrama de atUaLiZaÇÃo tecnoLÓGica de docentes senai-rJ

M Ó D U L OMETALMECÂNICA

TORNEARIA MECÂNICA

SENAI

ElasticidadePropriedade do material

segundo a qual a deformação que ocorre em função da aplicação de tensão desaparece

quando a tensão é retirada.

Plasticidade Capacidade de o material

sofrer deformação permanente sem se romper.

Dureza Medida da resistência que um material apresenta ao ser pressionado por outro.

Tenacidade Refl ete a energia total

necessária para provocar a fratura do material ou a

capacidade que o material apresenta de absorver energia até a fratura.

Ductilidade Representa a medida do

grau de deformação suportada quando

da fratura do material.

Veja aqui os exemplos de resistência mecânica

BATER DE FRENTEBATER DE FRENTE

Veja aqui os exemplos de resistência mecânica

BATER DE FRENTEBATER DE FRENTEBATER DE FRENTEBATER DE FRENTEBATER DE FRENTE

A força ou a tensão de cisalhamento

tende a cortar o material.

Cisalhamento

Quando esta força provoca somente

uma deformação elástica no material,

dizemos que se trata de um esforço de fl exão.

Flexão

Consiste em submeter o material

a um esforço que tende a

alongá-lo até a ruptura.

Tração

É um esforço axial, que tende a

provocar um encurtamento do

corpo submetido a este esforço.

Compressão

EXEMPLOEXEMPLO

Viga bi apoiada com carregamento.

NA LINHA

DO VENTO

NA LINHA

DO VENTO

Confi ra algumas propriedades mecânicas dos metais

Tenacidade

LINHA

VENTO

LINHA LINHA LINHA LINHA

VENTOVENTOVENTOVENTOmecânicas dos metais

OLHA AÍ!OLHA AÍ!

Primeiros ensaios – Escala de Mohs

Habilidade de um material em riscar um outro mais macio.

Varia de 1 para o talco até 10 para o diamante. Plásticos são macios. Metais são duros. Cerâmicos possuem maior dureza.

Varia de 1 para o talco até 10 para o diamante.

Page 22: Tornearia Completo

30ProPriedades mecânicas dos metais

senai-rJ ProGrama de atUaLiZaÇÃo tecnoLÓGica de docentes

M Ó D U L OMETALMECÂNICA

TORNEARIA MECÂNICA

SENAI

Características do ferro fundido

Ferro fundido cinzento

O carbono, neste tipo de ferro fundido, apresenta-se

quase todo em estado livre, sob a forma de palhetas pre-

tas e grafi ta.

Quando quebrado, a parte fraturada é escura, devido à

presença de grafi ta.

Apresenta elevadas porcentagens de carbono (3,5% a

5%) e de silício (2,5%).

Muito resistente à compressão. Não resiste bem à tração.

Fácil de ser trabalhado pelas ferramentas manuais e de

se usinado nas máquinas. Seu peso específi co é igual a

7,8 kg/dm3.

Funde-se a 1.200ºC, apresentando-se muito líquido, con-

dição que é a melhor para a boa moldagem de peças.

Pelas suas características, o ferro fundido cinzento

presta-se aos mais variados tipos de construção de peças

e de máquinas, sendo assim, é o mais importante sob o

ponto de vista da fabricação mecânica.

Para melhorar a resistência à tração é necessário adi-

cionar alguns elementos especiais, na sua composição

tais como o níquel, cromo, molibdênio, vanádio e titânio.

Estes ferros fundidos especiais tem uma resistência à tra-

ção superior a 50kg/mm2.

AçosOs aços podem ser divididos em duas grandes categorias:

Aços ao carbono Aços especiais

Aço carbono

Os aços carbono são ligas (Fe-C) que tem como elemen-

tos fundamentais o ferro e o carbono, apresentando pe-

quenas porcentagens de outros elementos, tais como si-

lício, manganês, fósforo, enxôfre, cobre, etc.

Aços liga ou aços especiais

São ligas de ferro mais carbono, além dos outros elementos

presentes nos aços carbono ( silício, manganês, enxofre, fós-

foro sobre as quais adicionamos elementos como o níquel

(Ni), cromo (Cr), tungstênio (W), vanádio (V), cobalto (Co),

molibdênio (Mo), com a fi nalidade de melhorar as proprie-

dades mecânicas e tecnológicas. Veja o quadro abaixo:

LIGAÇÃO DIRETALIGAÇÃO DIRETAPelas suas características, o ferro fundido cinzento

presta-se aos mais variados tipos de construção de peças

e de máquinas, sendo assim, é o mais importante sob o

Para melhorar a resistência à tração é necessário adi-

cionar alguns elementos especiais, na sua composição

tais como o níquel, cromo, molibdênio, vanádio e titânio.

Estes ferros fundidos especiais tem uma resistência à tra-

LIGAÇÃO DIRETALIGAÇÃO DIRETALIGAÇÃO DIRETALIGAÇÃO DIRETALIGAÇÃO DIRETA

Propriedades dos aços ligas ou aços especiais

Resistência mecânica

Resistência ao calor

Resistência ao desgaste

Resistência de corte

Resistência à corrosão

Elétricas e magnéticas

Resiliência

Elasticidade

Temperabilidade

Page 23: Tornearia Completo

31ProPriedades mecânicas dos metais

ProGrama de atUaLiZaÇÃo tecnoLÓGica de docentes senai-rJ

M Ó D U L OMETALMECÂNICA

TORNEARIA MECÂNICA

SENAI

CobreA palavra cobre é derivada do cuprum (em latin), que sig-

nifi ca metal da ilha de Chipre, onde foi descoberto em seu

estado natural na antiguidade. Seu símbolo químico é Cu.

Atualmente, é obtido a partir de minérios, sendo mais

conhecidos os minérios sulfurados.

O cobre possui uma cor avermelhada é maleável, dúc-

til, bom condutor de calor e eletricidade.

LatãoÉ uma liga de cobre e zinco com a quantidade mínima de

50% de cobre. A sua cor é amarela e se aproxima bastan-

te da cor do cobre, quando na sua composição, a quanti-

dade de cobre aumenta.

QUADRO

Utilização geral do aço carbono11

35 a 45

45 a 55

55 a 65

65 a 75

75 a 100

0,05 a 0,15

0,15 a 0,30

0,05 a 0,15

0,40 a 0,60

0,60 a 1,50

Extra doce

Doce

Meio doce

Meio duro

Duro a extra duro

Negativa

Negativa

Boa

Fácil

Grande

Regular

Difícil

Péssima

Fácil

Regular

Difícil

Difi cílima

Negativa

Chapas, fi os, parafusos, tubos estirados, produtos de caldeiraria

Barras laminadas e perfi ladas, peças comuns de mecânica

Peças especiais de máquinas e motores, ferramentas para agricultura.

Peças de grande dureza, ferramentas de corte molas, trilhos

Peças de grande dureza e resistência, molas, cabos, cutelaria

_r kg/mm2 TEOR DE C (%) TIPO TEMPERABILIDADE MALEABILIDADE SOLDABILIDADE UTILIZAÇÃO

PARA BOTAR NA MOLDURAPARA BOTAR NA MOLDURA

Conheça algumas propriedades do latão

Pode ser laminado ou trefi lado (em forma de fi o)

a frio e a quente, isto é, transforma-se em chapas,

fi os barras e perfi lados. Quando laminado ou trefi lado

a frio, aumenta em 1,8 a sua resistência e a sua dureza.

O latão pode ser fabricado em diversas durezas:

Macio Semiduro Duro

Page 24: Tornearia Completo

32ProPriedades mecânicas dos metais

senai-rJ ProGrama de atUaLiZaÇÃo tecnoLÓGica de docentes

M Ó D U L OMETALMECÂNICA

TORNEARIA MECÂNICA

SENAI

BronzeÉ uma liga de cobre, estanho e outros metais como chum-

bo e zinco, sendo de 60% a quantidade mínima de cobre

na sua composição da liga.

PropriedadesPossuem segundo a composição da sua liga, boas carac-

terísticas de deslizamento e de condutibilidade elétrica.

São resistentes à corrosão e ao desgaste.

AlumínioÉ o metal não ferroso mais importante. Seu símbolo quí-

mico é Al. Depois do ferro é o metal de maior consumo.

As principais razões do grande emprego do alumínio são

a sua leveza e a sua resistência.

O alumínio quimicamente puro, além de não encon-

trar aplicações na construção de elementos de máquinas

ou de estruturas, é difícil de se obter. Considera-se tecni-

camente puro o metal com 99% a 99,5% de Al e o restan-

te de impurezas, entre as quais se destacam o ferro (Fe) e

o silício (Si).

Fazem parte do grupo de ligas de alumínio de grandes

aplicações, as ligas de Al-Mn (aluman) e Al-Mg (peralu-

man) que constituem uma numerosa série de ligas para

fundição, e para semi-acabados (laminados, trefi lados,

extrudidos, entre outras ligas) amplamente empregados

na indústria automobilística e aeronáutica.

CHOQUE DE ORDEMCHOQUE DE ORDEM

A classifi cação do bronze é em função dos seus componentes que podem ser:

Bronze de estanho

Bronze de alumínio

Bronze de manganês

Bronze de chumbo

Bronze de zinco

Bronze fosforoso

Bronze de manganêsNA

LINHA DO

VENTO

NA LINHA

DO VENTO

Agora que você viu tudo

sobre Propriedades mecânicas

dos metais você está

preparado para estudar o

Processo mecânico de

usinagem (torneamento), que

é o nosso próximo capítulo.

NA LINHA

DO VENTO

NA NA NA NA LINHA LINHA LINHA LINHA

DO DO DO DO VENTOVENTOVENTOVENTO

sobre Propriedades mecânicas

usinagem (torneamento), que

é o nosso próximo capítulo.

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33O PROCESSO MECÂNICO DE USINAGEM: TORNEAMENTO

PROGRAMA DE ATUALIZAÇÃO TECNOLÓGICA DE DOCENTES SENAI-RJ

M Ó D U L OMETALMECÂNICA

TORNEARIA MECÂNICA

SENAI

A beleza de ser

um eterno aprendiz

Go n z a G u i n h a

O processo mecânico de usinagem: torneamento

A importância do torneamento no contexto dos processos mecânicos de usinagem

Movimentos principais

Tipos de tornos

Equipamentos e acessórios

Tipos de ferramentas para tornear

Materiais das ferramentas

Geometria de corte da ferramenta

NESSE CApíTULO vOCê ENCONTRANESSE CApíTULO vOCê ENCONTRA33

Page 26: Tornearia Completo

34O PROCESSO MECÂNICO DE USINAGEM: TORNEAMENTO

SENAI-RJ PROGRAMA DE ATUALIZAÇÃO TECNOLÓGICA DE DOCENTES

M Ó D U L OMETALMECÂNICA

TORNEARIA MECÂNICA

SENAI

a importância do torneamento no contexto dos processos mecânicos de usinagemQuando estudamos a história do homem, percebemos

que os princípios de todos os processos de fabricação são

muito antigos.

Eles são aplicados desde que o homem começou a fa-

bricar suas ferramentas e utensílios, por mais rudimen-

tares que eles fossem.

Um bom exemplo é o processo mecânico de usinagem

de torneamento. Ele se baseia em um dos princípios de

fabricação dos mais antigos, usado pelo homem desde a

mais remota antiguidade, quando servia para a fabrica-

ção de vasilhas de cerâmicas.

Esse princípio baseia-se na rotação da

peça sobre seu próprio eixo para a produ-

ção de superfícies cilíndricas ou cônicas.

Apesar de muito antigo, pode-se dizer

que este princípio só foi efetivamente

usado para o trabalho de metais no co-

meço do século passado. A partir de

então, tornou-se um dos processos

mais completos de fabricação mecânica, uma vez que per-

mite conseguir a maioria dos perfi s cilíndricos e cônicos

necessários aos produtos da indústria mecânica.

Então, vamos em frente.

O torneamento, como todos os demais trabalhos exe-

cutados com máquinas-ferramentas, acontece mediante

a retirada progressiva do cavaco da peça a ser trabalhada.

O cavaco é gerado por uma ferramenta de um só gume

cortante, que deve ter uma dureza superior à do material

a ser cortado.

Observe a Figura 1. A ferramenta penetra na peça que

possui somente um tipo de movimento: o rotativo, ou de

giro uniforme ao redor do eixo A que permite o corte con-

tínuo e regular do material. A força necessária para reti-

rar o cavaco é feita sobre a peça, enquanto a ferramenta,

fi rmemente presa ao porta-ferramenta, contrabalança à

reação dessa força.

figura

Movimentos do torneamento11

A norma NBR 6175:1971

classifi ca torneamento

como o processo

mecânico de usinagem

destinado à obtenção de

superfícies de revolução

com auxílio de uma ou

mais ferramentas

monocortantes. Para

tanto, a peça gira em

torno do eixo principal

de rotação da máquina e

a ferramenta se desloca

simultaneamente

segundo uma trajetória

coplanar com o

referido eixo.

OLHA AÍ!OLHA AÍ!

Esse princípio baseia-se na rotação da

peça sobre seu próprio eixo para a produ-

ção de superfícies cilíndricas ou cônicas.

Apesar de muito antigo, pode-se dizer

que este princípio só foi efetivamente

a ferramenta se desloca

simultaneamente

segundo uma trajetória

coplanar com o

referido eixo.

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35O PROCESSO MECÂNICO DE USINAGEM: TORNEAMENTO

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TORNEARIA MECÂNICA

SENAI

Cavaco

Material que

é removido

da peça pela

ferramenta,

quando ela está em ação.

Tem formatos e tamanhos

diferentes, conforme o

trabalho e o material

utilizado.

Máquina-ferramenta

É uma máquina que

utiliza ferramentas

para realizar o corte.

É comumente conhecida

como máquina operatriz.

Movimentos principaisAs formas que a peça recebe são provenientes dos movi-

mentos coordenados e relativos entre peças e ferramenta.

Movimento de corte (ou principal)O movimento de corte ou principal é realizado pela pró-

pria peça no processo de de torneamento, através de seu

movimento giratório.

A velocidade do movimento de corte ou principal cha-

ma-se velocidade de corte (Vc) e ela é dada ou medida no-

malmente em m/mim.

BOLA NA REDEBOLA NA REDE

Para executar o torneamento, são necessários três movimentos relativos (figura 2) entre a peça e a ferramenta. São eles:

MOVIMENTO DE CORTEMOVIMENTO DE CORTE

É o movimento principal que permite cortar o material.

O movimento é rotativo e realizado pela peça.

MOVIMENTO DE AVANÇOMOVIMENTO DE AVANÇO

É o movimento que desloca a ferramenta ao longo da super-

fície da peça.

MOVIMENTO DE PENETRAÇÃOMOVIMENTO DE PENETRAÇÃO

É o movi mento que determina a profun didade de corte ao se

empurrar a ferra menta em dire ção ao interior da peça e assim

regular a profundidade do passe e a espessura do cavaco.

figuraMovimentos empregados no torneamento22

Vamos, então, estudar melhor tais movimentos

Como dissemos antes, em toda máquina-ferramenta há três movimentos distintos:

Movimento de corte

(ou principal).

Movimento de avanço.

Movimento de

aproximação e

penetração.

LIGAÇÃO DIRETALIGAÇÃO DIRETA

O movimento é rotativo e realizado pela peça.O movimento é rotativo e realizado pela peça.

É o movimento que desloca a ferramenta ao longo da super-É o movimento que desloca a ferramenta ao longo da super-

fície da peça.fície da peça.

É o movi mento que determina a profun didade de corte ao se É o movi mento que determina a profun didade de corte ao se

empurrar a ferra menta em dire ção ao interior da peça e assim empurrar a ferra menta em dire ção ao interior da peça e assim

regular a profundidade do passe e a espessura do cavaco.regular a profundidade do passe e a espessura do cavaco.

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SENAI

Movimento de avançoNo processo de torneamento, esse tipo de movimento é

contínuo, mas também pode ser intermitente em sequên-

cia de cortes, como na operação de aplainar.

A espessura do cavaco depende do movimento de

avanço e a grandeza, basicamente, das características da

ferramenta, e, principalmente, da qualidade exigida da

superfície usinada. O movimento de avanço é feito pelo

operador, mas pode ser automática também.

Movimento de aproximação e penetraçãoO movimento de aproximação e penetração serve para

ajustar a profundidade (P) de corte, e, juntamente com o

movimento de avanço (A), para determinar a secção do

cavaco a ser retirado, como, no exemplo da Figura 3. Es-

se movimento pode ser realizado manual ou automatica-

mente e depende da potência da máquina, assim como

da qualidade exigida da superfície a ser usinada.

Veja, na Figura 3, uma representação desses três movi-

mentos, acompanhando o sentido das setas Vc (para indi-

car o movimento de corte), a (para indicar o movimento

de avanço) e p (para indicar o movimento de penetração).

São vários os fatores que infl uem na velocidade do corte:

Material da peça Material duro – baixa Vc

Material mole – alta Vc

Material da ferramenta Muito resistente – alta Vc

Pouco resistente – baixa Vc

Acabamento superfi cial desejado

Tempo de vida da ferramenta

Refrigeração

Condições da máquina e de fi xação

O ajuste da profundidade

de corte (P) normalmente

é medido por meio

de uma escala

graduada

conectada ao fuso

(anel graduado).

OLHA AÍ!OLHA AÍ!

figuraRepresentação dos movimentos principais33

A = Avanço em (mm/rat.)

P = Profundidade em (mm)

Vc = Velocidade de corte em (m/min)

LIGAÇÃO DIRETALIGAÇÃO DIRETA

de corte (P) normalmente

é medido por meio

conectada ao fuso

(anel graduado).

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figura

figura

Secção de cavaco

Composição das forças

4

5

4

5

S = A . p em mm²S = Secção (área) do cavaco (mm²)

Em máquinas modernas, esses movimentos são hi-

dráulicos e/ou eletro-hidráulicos. Em máquinas com co-

mando numérico, todos esses movimentos são coman-

dados por elementos eletrônicos.

Agora que você conheceu os principais movimentos

no processo de torneamento, vamos melhor exemplificar

as forças neles envolvidas.

Secção do cavacoA secção (área) do cavaco (S) no processo de usinagem é

calculada em função da profundidade (P) e do avanço (A)

(Figura 4).

Composição das forças de corteDurante a formação de cavacos, forças geradas pelo cor-

te atuam tanto na ferramenta quanto na peça.

Tais forças devem ser equilibradas, em direção e sen-

tido, pela peça e pelos dispositivos de fixação da má-

quina. A Figura 5 ilustra a representação espacial des-

sas forças que podem ser aplicadas a outros processos

de usinagem.

a

p

Fp

FA

FC

FR

F

FR = FP + FA

F = FC + FR

LegendaLegenda

Fc = Força de corte

Depende do material e dos

ângulos da ferramenta

Fa = Força de avanço

Fp = Força causada pela penetração

Fr = Força resultante de Fp + Fa

F = Força total para cortar

É a resultante de Fc + Fr

Ela influi na fixação da peça

e da ferramenta

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A força de corte Fc é básica para cálculos de potência

e é calculada em função da secção do cavaco e do mate-

rial a ser utilizado, aplicando Ks, força específi ca, à fór-

mula. Os valores de Ks de cada material são determina-

dos e tabelados.

Como vimos até então, o processo de usinagem exige

um circuito fechado de força entre peça e ferramenta. Por

isso, para obter boas superfícies é preciso que este circui-

to seja o mais rígido possível.

A necessidade de movimentos relativos ferramenta-

peça (velocidade de corte, avanço e penetração) preconi-

za necessidade de máquinas-ferramenta de guiamento

robustas que garantam a trajetória desejada e dispositi-

vos de regulagem de folga dos deslocamentos durante a

usinagem, entre outros.

Mais a frente, estudaremos os principais parâmetros

de corte. Nesse momento, será detalhado o cálculo da sec-

ção de corte e as forças envolvidas no processo.

A origem da palavra torno é latina:

tornus. Este termo designava a

máquina para tornear marfi m,

madeira etc., originando o sentido

de “forma arredon dodada”,

“movimento circular”. É esta

a ideia presente em expressões

como: em torno de (ao redor de)

e letra bem torneada

(= bem feita).

A máquina-ferrramenta que estamos discutindo nes-

te material denomina-se torno. Daí falamos em processo

de torneamento

Fc = Força de corte (N)

S = Área da secção do cavaco (mm²)

Ks = Força específi ca de corte do material (N/mm²)

Fc = S . Ks

UMA LUZUMA LUZ

NA LINHA

DO VENTO

NA LINHA

DO VENTO

São vários os fatores que infl uem no acabamento superfi cial da peça. Veja alguns.

Processo de usinagem

Aspecto construtivo da máquina

Velocidade de corte

Ferramenta (material, ângulos, afi ação, etc.)

Refrigeração e suas propriedades (resfriar, lubrifi car,

transportar cavacos etc.)

NA LINHA

DO VENTO

NA NA NA NA LINHA LINHA LINHA LINHA

DO DO DO DO VENTOVENTOVENTOVENTO

acabamento superfi cial da peça. Veja alguns.

tornus. Este termo designava a

máquina para tornear marfi m,

madeira etc., originando o sentido

de “forma arredon dodada”,

“movimento circular”. É esta

a ideia presente em expressões

como: em torno de (ao redor de)

e letra bem torneada

(= bem feita).

LUZ

Page 31: Tornearia Completo

39O PROCESSO MECÂNICO DE USINAGEM: TORNEAMENTO

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Tipos de torno e suas aplicaçõesDependendo da peça a ser usinada, das operações re-

queridas nesse processo e do tipo de peça, se específi -

ca ou seriada, escolhe-se o torno mais adequado. Apre-

sentamos, a seguir, os principais tipos de tornos e os

princípios a eles relacionados. Mostraremos, primeira-

mente, o torno universal, suas partes e seu funciona-

mento, que são básicos para a compreensâo dos demais

tipos de tornos.

Torno mecânico universalEmbora possua grande versatilidade, este tipo de torno

não oferece grandes possibilidades de fabricação em sé-

rie, devido à difi culdade que apresenta com as mudanças

ou troca de ferramentas. Ele pode executar operações que

normalmente são feitas por outras máquinas como a fu-

radeira, a fresadora e a retifi cadora, com adaptações rela-

tivamente simples.

O torno universal, con-

forme Figura 6, é o tipo

mais simples que existe.

Estudando seu funciona-

mento, é possível enten-

der o funcionamento de

todos os outros, por mais

sofi sticados que sejam.

Esse torno possui eixo e barramento horizontal e tem

capacidade de realizar todas as operações:

Faceamento

Torneamento de superfícies cilíndricas e cônicas (interna

e externa)

Abrir rosca (interna e externa)

Furação

Corte

Uma dicaTorno é uma máquina-ferramenta

no qual geralmente são usadas

ferramentas monocortantes.

figura

Torno universal66

BATER DE FRENTEBATER DE FRENTE

O torno universal, con-

forme Figura 6, é o tipo

mais simples que existe.

Estudando seu funciona-

mento, é possível enten-

der o funcionamento de

todos os outros, por mais

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SENAI

Assim, basicamente, todos os tornos, respeitadas suas

variações de dispositivos ou dimensões exigidas em cada

caso, apresentam as seguintes partes principais; no que

se deno mina corpo de máquina: barramento (Figura 7),

cabeçote fi xo ou árvore (Figura 8) e móvel, caixas de mu-

dança de velocidade.

As partes que compõem o corpo da máquina e as

que fazem parte do torno são as responsáveis pelo

desenvolvimento dos sistemas destacados abaixo:

figura

figura

figura

Barramento

Cabeçote fi xo ou árvore

Fixação de ferramentas

7

8

9

7

8

9

BOLA NA REDEBOLA NA REDE

Sistema de transmissão de movimento do eixo:

motor, polia, engrenagens, redutores.

Sistema de deslocamento da ferramenta e

de movimentação da peça em diferentes

velocidades: engrenagens, caixa de câmbio,

inversores de marcha, fusos, vara etc.

Sistema de fi xação da ferramenta (Figura 9):

torre, carro porta-ferramenta, carro transversal,

carro principal ou longitudinal.carro principal ou longitudinal.carro principal ou longitudinal.carro principal ou longitudinal.carro principal ou longitudinal.carro principal ou longitudinal.carro principal ou longitudinal.carro principal ou longitudinal.

Sistema de fi xação da peça:

placas e cabeçote móvel.

Sistema de comandos

dos movimentos e

das velocidades:

manivelas e alavancas.

Sistema de frenagem

(Figura 10)

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41O PROCESSO MECÂNICO DE USINAGEM: TORNEAMENTO

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Detalhando algumas partes do tornoA Figura 11 detalha as principais partes de

um torno mecânico hori zontal.

Placa universalServe para fixar as peças cilíndricas ou com

número de lados múltiplo de três.

O ajuste ou perfeito encaixe da peça na

placa universal é feito com uma chave en-

caixada no parafuso de aperto da placa

(Figura 12).

Placa universalPorta ferramenta

Carro transversalEspera (Carro superior)

Cabeçote móvel

Barramento

Carro longitudinal ou principal

Pé de torno (traseiro)

Pé de torno(dianteiro)

Cabeçotefixo

Bandeja

Castanhas

Chave

figura figura

figura

Sistema de frenagem Torno horizontal

placa universal

10 11

12

10 11

12Confira o detalhe do ajuste encaixe

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As placas universais possuem dois tipos de castanhas.

Confi ra as diferenças delas na Figura 13.

figura

Tipos de castanhas1313

Para prender peças de grande diâmetro

Para prender peças de diâmetro menor

11As castanhas

são numeradas

e devem ser

montadas na

placa pela ordem

de numeração

correspondente

(Figura 14).

22Porta-ferramenta

É a parte na qual

onde se fi xa a

ferramenta de corte

(Figura 15).

figura

figura

Montagem da castanha

porta ferramenta

14

15

14

15CASTANHA INVERTIDACASTANHA INVERTIDA CASTANHA COMUMCASTANHA COMUM

OLHA AÍ!OLHA AÍ!

CastanhaÉ a parte da placa

usada para fi xar

a peça a ser

trabalhada.

É a parte da placa

usada para fi xar

CHOQUE DE ORDEMCHOQUE

DE ORDEM

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Cabeçote móvel

Esta parte serve para prender a contraponta, a broca de

haste cônica, os mandris etc. O cabeçote móvel deve

trabalhar alinhado com a placa. O alinhamento é feito

com um parafuso em sua base. Veja estes itens nas Fi-

guras 16 e 17.

Barramento

Suporta as partes principais do torno e está situado sobre

os pés da máquina-ferramenta. O carro longitudinal e o

cabeçote móvel se deslocam sobre ele. O barramento ser-

ve de referência para indicar os movimentos longitudinal

e transversal (Figura 18).

Transversal

Longitudinal

MangoteAlavanca de fi xação do mangote

Contraponte

Volante de avanço e recuo do Mangote

Parafuso de fi xação do cabeçote

Barramento

BarramentoParafuso de regulagem

figura figura

figura

Barramento Alinhamento do cabeçote móvel

Cabeçote móvel

18 17

16

18 17

16

NA LINHA

DO VENTO

NA LINHA

DO VENTO

As Figuras

16 e 17

mostram

o cabeçote

móvel

em dois

momentos

VENTOVENTOVENTOVENTOVENTOmostram

o cabeçote

em dois

momentos

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44O PROCESSO MECÂNICO DE USINAGEM: TORNEAMENTO

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Cabeçote fi xoEsta parte possui, no seu interior, conjuntos de engrena-

gens que servem para a mudança de velocidade e o avan-

ço automático do carro longitudinal.

A mudança da velocidade é feita pelas alavancas ex-

ternas. O cabeçote fi xo recebe movimento de um motor

elétrico, através da transmissão do movimento, feito por

polias e correias.

Carro longitudinal Esta parte trabalha ao longo do barramento (Figura 20).

Seu movimento pode ser feito manualmente, por meio do

volante, ou automaticamente.

fuso

Tem por função controlar o movimento do carro longitu-

dinal. É usado para abertura de rosca.

figura figura

Cabeçote fi xo Carro longitudinal19 2019 20Movimento de espera

Movimento docarro transversal

Espera

Carro transversal

Manivela B

Carro longitudinal

Alavanca de partida (rotação)

Para baixo engate o carro transversal

Alavanca 1 de engate da vara

Para cima engata o carro longitudinal

Alavanca 2 de engate de fuso (para abrir rosca)

Volante do carro longitudinal

Movimento do carro longitudinal

Fuso

Vara

Manivela A

Porta ferramentas

BATER DE FRENTEBATER DE FRENTEA mudança de velocidade varia de acordo com o modelo da máquina

Esta parte possui, no seu interior, conjuntos de engrena-

gens que servem para a mudança de velocidade e o avan-

A mudança da velocidade é feita pelas alavancas ex-

ternas. O cabeçote fi xo recebe movimento de um motor

elétrico, através da transmissão do movimento, feito por

BATER DE FRENTEA mudança de velocidade varia de acordo com o modelo da máquina

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Vara

Esta parte movimenta o carro longitudinal e transversal

para desbastar a peça (automático).

Carro transversal

Trabalha transversalmente ao barramento, sobre o carro

longitudinal. Seu movimento pode ser manual, por meio

de manivela A, ou automático, engatando-se a alavanca

1 (para baixo). Estas partes são visíveis na Figura 20.

É usado para dar profundidade de corte no torneamen-

to longitudinal ou para facear.

Espera

Trabalha sobre o carro transversal. Sobre ela está o porta-

ferramenta. Seu movimento é feito por meio da manive-

la B (ver Figura 20).

É usada para dar profundidade de corte, manualmen-

te, principalmente no faceamento de peças, ou para o tor-

neamento cônico de peças pequenas, através da inclina-

ção da espera.

Barramento

Recuo

Errado

CertoCerto

figura

figura

Suporte de ferramenta

Espera: o certo e o errado

22

21

22

21

UMA LUZUMA LUZ

NA LINHA

DO VENTO

NA LINHA

DO VENTO

Nas Figuras

21 e 22 você

vai ver

detalhes úteis

LINHA

VENTO

LINHA LINHA LINHA LINHA

VENTOVENTOVENTOVENTO

detalhes úteis

A espera não deverá ser recuada além do seu barramento. Observe na Figura 21 o certo e o errado.

Suporte de ferramenta

Esta parte é destinada

a prender ferramentas

de corte. Veja a

Figura 22 ao lado.

OLHA AÍ!OLHA AÍ!

Suporte de ferramenta

Esta parte é destinada

a prender ferramentas

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anel graduado

Esta parte tem como função controlar o movimento dos

carros. Para remover certa espessura de material, ou seja,

“dar um passe”, o torneiro necessita fazer avançar a ferra-

menta contra a peça, na medida determinada. A fi m de

que o trabalho se execute de modo preciso, a medida da

espessura a ser removida deve ser fi xada e garantida por

um mecanismo que, além de produzir o avanço, permita

o exato e cuidadoso controle desse avanço.

Os dois mecanismos 11 e 22 no quadro ao lado, possi-

bilitam o avanço de ferramenta por meio de um sistema

parafuso-porca. O parafuso gira entre buchas fi xas, pela

rotação de um volante ou de uma manivela. Com o giro

do parafuso, a porca (que é presa à base do carro) deslo-

ca-se e arrasta o carro, fanzendo-o avançar ou recuar, con-

forme o sentido do parafuso.

O controle dos avanços, em ambos os carros, se faz por

meio de graduações circulares existentes em torno de bu-

chas ou anéis cilíndricos, solidários com os eixos dos para-

fusos de movimento, e junto aos volantes ou às manivelas.

figura

Carro transversal2323

Espera

Carro transversal

Anel graduado do carro transversal

Anel graduado da esperaBOLA NA REDEBOLA NA REDE

o exato e cuidadoso controle desse avanço.

BOLA NA REDE

O torno mecânico possui, em dois lugares diferentes, mecanismos que atendem a tais condições:

11 No carro transversal, cujo deslocamento

é sempre perpendicular ao eixo da peça

ou à linha de centros do torno, como

pode ser visto na Figura 23.

22 Na espera, onde se situa o

porta-ferramenta; ela pode ser inclinada

a qualquer ângulo, pois sua base é

rotativa e dispõe de graduação angular.

Alguns

tornos

mecânicos

possuem

colares micrométricos

no volante do carro

longitudinal,

facilitando o controle

de deslocamento

longitudinal.

LIGAÇÃO DIRETALIGAÇÃO DIRETA

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TORNEARIA MECÂNICA

SENAI

figura

figura

Detalhes da torre revólver

Torno revólver

25

24

25

24Os anéis graduados, chamados “colares micrométri-

cos”, são os dispositivos circulares que determinam e con-

trolam as medidas em que se devem avançar os carros,

mesmo que os avanços tenham de ser muitos pequenos.

Agora que você conhece as principais partes do torno

mecânico universal, que são comuns a todos os tornos,

passaremos a novos tipos de tornos mecânicos, nos quais

o diferencial é a capacidade de produção (se é automáti-

co ou não); o tipo de comando (manual, hidráulico, ele-

trônico, por computador, entre outros). Nesse grupo se

enquadram os tornos revólver, copiadores, automáticos

ou por comando numérico computadorizado.

Torno revólverA característica fundamental do torno revólver é o emprego

de várias ferramentas, convenientemente dispostas e pre-

paradas, para executar as operações

de forma ordenada e sucessiva. Ve-

ja a Figura 24. Verifi que as legendas.

As ferramentas adicionais são

fi xadas em um dispositivo chama-

do torre revólver (Figura 25). Es-

sas ferramentas devem ser mon-

tadas da forma sequencial e racio-

nalizada para que se alcance o ob-

jetivo visado.

A B C

A – Torre anterior

B – Carro revólver

C – Torre revólver

LegendaLegenda

1. Facear

2. Tornear

3. Furar

4. Tornear interno

5. Formar

6. Chanfrar

7.Tornear externo

8. Tornear rosca

9. Formar

10. Cortar

LegendaLegenda

10 3 9 8 2 5 7

6

4

1

1

2

9

10

4 5

6

3

8

7

BATER DE FRENTEBATER DE FRENTE

A torre normalmente

é hexagonal, podendo

receber até seis

ferramentas; porém,

se for necessário uma

variedade maior, a troca de

equipamentos se processa

de forma rápida.

paradas, para executar as operações

de forma ordenada e sucessiva. Ve-

ja a Figura 24. Verifi que as legendas.

As ferramentas adicionais são

fi xadas em um dispositivo chama-

do torre revólver (Figura 25). Es-

sas ferramentas devem ser mon-

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TORNEARIA MECÂNICA

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Torno de placa ou platôO torno de placa ou platô é amplamente utilizado nas em-

presas que executam trabalhos de mecânica e caldeiraria

pesada. É adotada para torneamento de peças de grande

diâmetro, como polias, volantes, fl anges, entre outras pe-

ças. Veja a Figura 26.

Torno verticalPossui o eixo de rotação vertical e é empregado no torne-

amento de peças de grandes dimensões, como volantes,

polias, rodas dentadas, entre outras peças.

figura

figura

Torno de placa ou platô

Torno vertical

2627

2627

A

B

D

E

A – Cabeçote

B – Placa

C – Sela

D – Porta-ferramenta

E – Carros

A – Porta-ferramentas vertical

B – Porta-ferramentas horizontal

C – Placa

D – Travessão

E – Montante

F – Guia

E

C

B

A

D

F

No torno vertical

peças de grande

dimensões e devido

ao peso, podem ser

montadas mais

facilmente sobre uma

plataforma horizontal

do que sobre uma

plataforma vertical.

Ver Figura 27.

CHOQUE DE ORDEMCHOQUE

DE ORDEM

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49O PROCESSO MECÂNICO DE USINAGEM: TORNEAMENTO

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TORNEARIA MECÂNICA

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Torno CNCOs tornos automáticos, muito utilizados na fabricação

de grandes séries de peças, são coman dados por meio

de cames, excêntricos e fi m de curso. O seu alto tem-

po de preparação e ajuste, para início de nova série de

peças, faz com que ele não seja viável para médios e

pequenos lotes, daí o surgimento das máquinas CNC

(comando numérico computadorizado). Ver Figura 29.

Torno copiadorNeste torno, os movimentos que defi nem a geometria da

peça são comandados por mecanismos que copiam o con-

torno de um modelo ou chapelona.

No copiador hidráulico, um apalpador, em contato

com o modelo, transmite o movimento através de um am-

plifi cador hidráulico que movimenta o carro porta-ferra-

mentas (Figura 28).

ABCD

GHFE

figura figura

Detalhe do torno copiador Torno CNC28 2928 29

Válvula direcional 4/2

Bomba ApalpadorChapelona

Carro porta-ferramenta

Avanço

60º

A – Placa

B – Cabeçote principal

C – Vídeo display

D – Programação

E – Painel de operação

F – Barramento

G – Cabeçote móvel

H – Torre porta-ferramenta

Cames excêntricos e fi m de curso, são peças que fazem parte do sistema de controle dos movimentos rotativos e retilíneos do torno CNC.

OLHA AÍ!OLHA AÍ!

do sistema de controle

rotativos e retilíneos

BATER DE FRENTEBATER DE FRENTE

O torno copiador

tem grande

aplicabilidade e

não deve ser

utilizado em

produções de

peças pequenas,

por ser

antieconômico.

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TORNEARIA MECÂNICA

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BOLA NA REDEBOLA NA REDE

Há uma série de equipamentos que são adotados pa-

ra uso com o torno. Vejamos alguns deles.

Equipamentos e acessórios Apresentaremos o detalhamento dos equipamentos e

acessórios que são considerados os principais.

Contraponto (fi xo) e ponto rotativoUtilizados nas operações de torneamento que requerem

fi xação entre pontos de torno (Figura 31). O ponto rotati-

vo é fi xado no cabeçote móvel, assim como o contrapon-

to. A diferença é que o contraponto fi xo é usado para tor-

neamento em baixas rotações e com lubrifi cantes.

A tecnologia avança a passos largos. Atualmente, já são comercia lizados

tornos CNC com múltiplas funções, que podem ser usados tanto como

tornos convencionais ou como torno CNC tradicional (Figura 30).

figura

ponto rotativo3131

Torno CNC Multiplicfigura

2626

M Ó D U L OTORNEARIA MECÂNICAM Ó D U L OTORNEARIA MECÂNICAM Ó D U L O

A tecnologia avança a passos largos. Atualmente, já são comercia lizados A tecnologia avança a passos largos. Atualmente, já são comercia lizados A tecnologia avança a passos largos. Atualmente, já são comercia lizados A tecnologia avança a passos largos. Atualmente, já são comercia lizados A tecnologia avança a passos largos. Atualmente, já são comercia lizados A tecnologia avança a passos largos. Atualmente, já são comercia lizados

tornos CNC com múltiplas funções, que podem ser usados tanto como tornos CNC com múltiplas funções, que podem ser usados tanto como tornos CNC com múltiplas funções, que podem ser usados tanto como tornos CNC com múltiplas funções, que podem ser usados tanto como tornos CNC com múltiplas funções, que podem ser usados tanto como

tornos convencionais ou como torno CNC tradicional (Figura 30).tornos convencionais ou como torno CNC tradicional (Figura 30).tornos convencionais ou como torno CNC tradicional (Figura 30).tornos convencionais ou como torno CNC tradicional (Figura 30).tornos convencionais ou como torno CNC tradicional (Figura 30).

figura

26262626

OLHA AÍ!OLHA AÍ!

Atualmente nos

trabalhos de

usinagem

é mais

usado o

ponto

rotativo.

trabalhos de

usinagem

rotativo.

Page 43: Tornearia Completo

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Placa universalApesar de ser uma parte do torno, a placa universal é

um equipamento muito comum e importante nos tra-

balhos de torneamento, sendo a mais utilizada das pla-

cas. Daí, a elencarmos aqui entre os equipamentos.

Possui três castanhas que efetuam o aperto da peça si-

multaneamente e sua consequente centra lização. Po-

de efetuar fixação em diâmetros internos e externos

(Figura 32).

Placa de arrasteEste equipamento é usado no torneamento de peças fixa-

das entre pontas, em que se pretende manter a maior con-

centricidade no comprimento total torneado (Figura 33).

Placa de quatro castanhasUtilizada na fixação de peças de perfis irregulares, pois

suas castanhas de aperto podem ser acionadas separada-

mente, oferecendo condições de centragem da região que

se pretende usinar (Figura 34).

Placa planaUtilizada na fixação de peças irregulares com auxílio de

alguns dispositivos. Como vemos na Figura 35, a placa

plana amplia as possibilidades de fixação de peças de for-

mato irregular que necessitam ser torneadas.

Contra-peso

Placa

figura

figura

figura

figura

placa universal

placa de quatro castanhas

placa de arraste

placa plana

32

34

33

35

32

34

33

35

Page 44: Tornearia Completo

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Luneta fixaTem grande utilidade quando pretende-

mos tornear eixos longos de pequenos diâ-

metros. Atua como mancal, e evita que a

peça saia de centro ou vibre com a ação da

ferramenta (Figura 36).

Luneta móvelÉ utilizada em eixos de pequenos diâme-

tros, os quais são sujeitos a flexões e vibra-

ções na usinagem (Figura 37).

Mandril pinçaEste acessório de fixação é amplamente utilizado quan-

do se pretende tornear eixos de diâmetros pequenos, por

oferecer grande precisão na concentricidade. Ele permi-

te rápidas trocas de peças e é comumente encontrado em

tornos automáticos (Figura 38).

figura figura

Luneta fixa Luneta móvel36 3736 37Parafuso de ajuste Força

figura

figura

Mandril pinça

Mandril expansivo

38

39

38

39

Funciona como mancal e deve ser mon-

tada junto da ferramenta, para evitar vi-

brações e flexões, pois tais movimentos

anulam as forças de penetração da fer-

ramenta.

Mandril expansivoÉ utilizado na fixação de peças que terão

seu diâmetro externo totalmente tornea-

do. Visa manter uniformidade na superfí-

cie (Figura 39).

Page 45: Tornearia Completo

53O PROCESSO MECÂNICO DE USINAGEM: TORNEAMENTO

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Mandril paralelo de aperto com porcaÉ utilizado na fi xação de uma ou várias peças por vez. Ve-

ja dois esquemas na Figura 40.

Tipos de ferramentas para tornearAs ferramentas utilizadas no processo de torneamento

podem ser classifi cadas em dois grandes grupos: usadas

no torneamento externo e no torneamento interno.

Torneamento externoHá diversos tipos de ferramentas para tornear externa-

mente. As suas formas, os ângulos, os tipos de operações

que executam e o sentido de corte são os fatores que as

caracterizam e as diferenciam entre si.

Mandril porta-brocaÉ utilizado para fi xar brocas no trabalho de furação. Ele é

fi xado, geralmente, no cabeçote móvel.

figuraMandril paralelo de aperto com porca4040

Peças

MandrilArruela

Calça

Arruela ajustáveis

PARA BOTAR NA MOLDURAPARA BOTAR NA MOLDURA

O sentido do corte é considerado sentido à direita

quando a ferramenta se deslocar em direção à

árvore (cabeçote fi xo). Observe a Figura 41.

Sentido de cortefigura

4141

À direita

NA LINHA

DO VENTO

NA LINHA

DO VENTO

Até este

ponto, você

teve contato

com os

diferentes

tipos de

torno e as

suas partes e

acessórios

principais. Passaremos a

outro tópico importante:

As ferramentas utilizadas

no torno para se efetuar

o torneamento.

VENTOVENTOVENTOVENTOVENTOteve contato

suas partes e

O sentido do corte é considerado sentido à direita

quando a ferramenta se deslocar em direção à

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Tornear com hasteroscar

formarSangrar

alisar

Torneamento internoAs ferramentas utilizadas para tornear internamen-

te podem ser de corpo único, com pontas monta-

das ou com insertos. Podemos adotá-las nas ope-

rações de desbaste ou de acabamento, variando os

ângulos de corte e a forma da ponta. Elas recebem

o nome de bedame. Veja elas na Figura 43 ao lado.

figura

Ferramentas para torneamento externo4242

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

1. Cortar

2. Cilindrar à direita

3. Sangrar

4. Alisar

5. Facear à direita

6. Sangrar

7. Desbastar à direita

8. Cilindrar e facear à esquerda

9. Formar

10. roscar

figuraFerramentas para torneamento interno4343

Desbastar

Sangrar

roscar

alisar

formar

Tornear com haste

Desbastar

Sangrar

roscar

alisar

formar

Tornear com haste

A Figura 42 acima ilustra

algumas ferramentas

para torneamento

externo, com setas

indicando o sentido

do movimento.

OLHA AÍ!OLHA AÍ!

A Figura 42 acima ilustra

algumas ferramentas

OLHA AÍ!OLHA AÍ!OLHA AÍ!OLHA AÍ!

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Materiais das ferramentas Os materiais dos quais as ferramentas de corte são feitas

são os responsáveis pelo seu desempenho e conferem-

lhes características físicas e propriedades mecânicas.

Os materiais mais comuns são: aço-carbono, aço rápi-

do, metal duro, cerâmica.

aço-carbonoO aço-carbono possui teores que variam de 0,7 a 1,5%

de carbono e é usado em ferramentas para usinagens ma-

nuais ou em máquinas-ferramenta.

Trata-se de um material utilizado para pequenas quan-

tidades de peças, não sendo adequado para altas produ-

ções. É pouco resistente a temperaturas de corte superio-

res à 250ºC, daí a desvantagem de usarmos baixas veloci-

dades de corte.

aço rápidoO aço rápido possui, além do carbono, outros elemen-

tos de liga, como: tungstênio, cobalto, cromo, vanádio,

molibdênio, boro entre outros elementos, que são os

responsáveis pela excelente propriedade de resistência

ao desgaste.

Os elementos desta liga, além de conferirem maior re-

sistência ao desgaste, aumentam a resistência de corte a

quente (550ºC) e possibilitam maior velocidade de corte.

Metal duro O metal duro é comumente chamado carboneto metáli-

co e compõe as ferramentas de corte mais utilizadas na

usinagem dos materiais na mecânica (Figura 44).

pastilhas de metal duro4444figura

LIGAÇÃO DIRETALIGAÇÃO DIRETA

BATER DE FRENTEBATER DE FRENTE

Como exemplo

de ferramentas

feitas em aço

rápido, podemos

destacar brocas,

alargadores, ferramenta

de torno, fresas de topo,

fresas circulares, entre

outras ferramentas.

O aço rápido possui, além do carbono, outros elemen-

tos de liga, como: tungstênio, cobalto, cromo, vanádio,

molibdênio, boro entre outros elementos, que são os

responsáveis pela excelente propriedade de resistência

Como exemplo

de ferramentas

feitas em aço

rápido, podemos

destacar brocas,

alargadores, ferramenta

Comum 3%W, 1%Va

Superior6%W, 5%Mo, 2%Va

Extra-superior12%W, 4%Mo, 3%Va e Co até 10%

Extra-rápido18W2Cr, 2Va e 5%Co

Tipos de aço rápido

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TORNEARIA MECÂNICA

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O carboneto metálico possui grande resistência ao desgaste, e apresenta as seguintes vantagens:

Alta resistência ao corte a

quente, mantendo uma dureza

de 70HRC até 800ºC.

Alta velocidade de corte (±50 a 300m/min),

isto é, até 10 vezes mais que a velocidade do aço

rápido. Isso favorece um maior volume de

cavaco por usinagem.

Maior vida útil para a ferramenta, exigindo, porém,

máquinas e suportes mais robustos para evitar

vibrações, que são criticas para os metais duros.

As pastilhas de metal duro podem ser de dois tipos:

aquelas fi xadas com solda (Figura 45) e aquelas que

são intercambiáveis.

Os elementos mais importantes de sua composição

são o tungstênio, o tântalo, o titânio e o molibdênio, além

do cobalto e do níquel como aglutinantes. Uma dica

Aglutinante

É o material

ou elemento

que dá liga

em uma

mistura.

figura

Fixação de pastilhas4545

Suporte

Pastilha

Suportes com pastilhas intercabiáveisSuportes com pastilhas intercabiáveis

A intercambialidade elimina os tempos

de parada da máquina para afi ação.

PARA BOTAR NA MOLDURAPARA BOTAR NA MOLDURA

resistência ao desgaste,

quente, mantendo uma dureza

PARA BOTAR NA MOLDURAPARA BOTAR NA MOLDURAPARA BOTAR NA MOLDURAPARA BOTAR NA MOLDURAPARA BOTAR NA MOLDURA

NA LINHA

DO VENTO

NA LINHA

DO VENTO

Aglutinante

ou elemento

VENTOVENTOVENTOVENTOVENTO

OLHA AÍ!OLHA AÍ!

Page 49: Tornearia Completo

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TORNEARIA MECÂNICA

SENAI

Há muitos tipos de modelos de suportes existentes no

mercado; também são vários os sistemas de fi xação da

pastilha no suporte. A escolha está vinculada à operação

e aos ângulos de corte desejados, pois estes são resultan-

tes da combinação entre os ângulos da pastilha e a incli-

nação de seu assento no suporte. Confi ra na Figura 46.

CerâmicaAs ferramentas de cerâmica são constituídas de pastilhas

sinterizadas com aproximadamente 98% a 100% de óxi-

do de alumínio. Possuem dureza maior que a de metal du-

ro, e possuem uma velocidade de corte de 5 a 10 vezes

maior (Figura 47).

O seu gume de corte pode resistir ao desgaste em uma

temperatura de até 1.200oC, o que favorece a aplicação na

usinagem de materiais como ferro fundido, ligas de aço,

entre outros elementos.

figura

Defi nição de ângulos de corte4646

Pastilha Parafuso de aperto

Placa de aperto

(< γ Negativa)

(< γ Positiva)

Pastilha Parafuso de aperto

Placa de aperto

ferramenta negativaferramenta negativa

ferramenta positivaferramenta positiva

figura

Escala de dureza4747

Diamante

Cerâmica

Carboneto

Aço rápido

HRC

100

82

80

6258

LIGAÇÃO DIRETALIGAÇÃO DIRETA

A escolha da pastilha

em função da aplicação

é feita por meio de

consulta a tabelas

específi cas.

Outra dica

Page 50: Tornearia Completo

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ferramenta a direitaferramenta a esquerda

As pastilhas de cerâmica também podem ser intercam-

biáveis, porém, em função da sua alta dureza, possuem

pouca tenacidade e necessitam de suportes robustos que

evitem vibrações (Figura 48) e máquinas operatrizes que

ofereçam boas condições de rigidez.

O volume de cavaco por tempo é muito superior ao do

metal duro, em função de suas altas velocidades de corte.

geometria de corte da ferramentaO estudo das condições de formação de calor e sua trans-

missão, em função de diferentes fatores de corte, permi-

te que se determinem as dimensões e as formas mais con-

venientes das ferramentas, além de um melhor regime de

trabalho e durabilidade da aresta de corte da ferramenta.

No que se refere à geometria de corte da ferramenta, a de-

fi nição depende de onde se encontra a aresta de corte prin-

cipal: se está à esquerda ou à direita, conforme Figura 49.figura

figura

Suportes

Ferramenta esquerda e direita

4849

4849

Aresta de corte principal

Aresta de corte principal

ferramenta a esquerdaferramenta a esquerda ferramenta a direitaferramenta a direita

BATER DE FRENTEBATER DE FRENTE

As pastilhas de cerâmica também podem ser intercam-

biáveis, porém, em função da sua alta dureza, possuem

pouca tenacidade e necessitam de suportes robustos que

evitem vibrações (Figura 48) e máquinas operatrizes que

O volume de cavaco por tempo é muito superior ao do

metal duro, em função de suas altas velocidades de corte.

Tenacidade É a qualidade

do material que

é tenaz, ou seja,

resiste à ruptura,

apresentando deformação

permanente, em virtude da

consistência do material

que compõe o seu interior.

OLHA AÍ!OLHA AÍ!

Aresta de corte principal

Próxima atraçãoNos tópicos que estão

a seguir vamos

avançar na questão

do corte e dos

ângulos das

ferramentas.

Você não

pode perder!

Page 51: Tornearia Completo

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TORNEARIA MECÂNICA

SENAI

A geometria de corte da ferramenta é infl uenciada, na

usinagem, pelas variáveis a seguir:

Ângulo de corte

Forma da ferramenta

A segunda variável já foi vista ao longo do material até

aqui. Passemos, então, à primeira.

Ângulo da ferramenta de tornear Os ângulos e superfícies da geometria de corte das ferramen-

tas são de grande importância e constituem elementos fun-

damentais no rendimento e durabilidade dos equipamentos.

figura figura

Ângulos no espaço Ângulos no plano50 5150 51

Os ângulos da ferramenta de tornear são os seguintes:

Ângulo de incidência (α), compreendido

entre a peça e a ferramenta. Varia de 5º a 12º.

Ângulo de cunha (β) formado pelas faces de incidência e

de saída, deve ser determinado em função do material.

Materiais moles β = 40º a 50º (alumínio)

Materiais tenazes β = 55º a 75º (aço)

Materiais duros β = 75º a 85º

Ângulo de saída (γ) formado pelas faces de ataque e

pelo plano da superfície de saída, é determinado em

função do material.

Materiais moles γ = 15º a 40º

Materiais tenazes γ = 14º

Materiais duros γ = 0º a 8º

Ângulo de corte (δ), que varia em função do material da

peça, resultando: δ = α + β

Ângulo de ponta (ε) formado pelas arestas cortantes.

Conforme o avanço, temos:

Avanço até 1mm/volta ângulo de ε = 90º

Avanço maior que 1mm/volta ângulo ε > 90º

Ângulo de rendimento (χ) é formado pela aresta cortante e

a superfície da peça trabalhada. Ao se determinar o ângulo

χ de uma ferramenta de corte para tornear, deve-se levar

em consideração as forças de corte que dele dependem.

Vejamos como.

LIGAÇÃO DIRETALIGAÇÃO DIRETA

A Figura 50

apresenta

os ângulos

representados

espacialmente e a

Figura 51 apresenta

os ângulos no plano.

PARA BOTAR NA MOLDURAPARA BOTAR NA MOLDURA

entre a peça e a ferramenta. Varia de 5º a 12º.

PARA BOTAR NA MOLDURAPARA BOTAR NA MOLDURAPARA BOTAR NA MOLDURAPARA BOTAR NA MOLDURAPARA BOTAR NA MOLDURA

Ângulo de saída (γ)

Sentido do avanço

Ângulo de incidência lateral

Ângulo de rendimento (χ)

Ângulo de incidência (α)

Ângulo de inclinação (β)

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TORNEARIA MECÂNICA

SENAI

Ângulo χ >45º

Pequena parte da aresta cortante tem contato com

o material, resultando no seu rápido desgaste (Fi-

gura 52).

Esse ângulo é usado no torneamento de peças

compridas e de diâmetros pequenos, porque pro-

porciona pouco esforço radial (Fp).

Ângulo χ = 45º

A fixação ideal da ferramenta para cilindrar uma

peça é posicionar o corpo da ferramenta a 90º em

relação ao eixo de simetria da peça e com ângulo

de rendimento χ = 45º, salvo em casos especiais

(Figura 53).

Ângulo χ < 45º

Neste caso, a aresta de corte tem bastante contato

com o material (Figura 54). Por isso, o seu desgaste

é menor, mas ocasiona grande esforço radial (Fp).

Ângulo de inclinação de aresta constante (λ) tem

por finalidade controlar a direção de escoamento

do cavaco e o consumo de potência, além de pro-

teger a ponta das ferramentas de corte e aumen-

tar seu tempo de vida útil (Figura 55). O ângulo de

inclinação pode variar de λ = -10º a λ = +10º.

figura

figura

figura

figura

Ângulo χ > 45º

Ângulo χ = 45º

Ângulo χ < 45º

Ângulo de inclinação

52

54

53

55

52

54

53

55

Page 53: Tornearia Completo

61O PROCESSO MECÂNICO DE USINAGEM: TORNEAMENTO

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TORNEARIA MECÂNICA

SENAI

Ângulo negativo

Quando a ponta de ferramenta for a parte mais baixa em

relação à aresta de corte. É usado nos trabalhos de des-

baste e em cortes interrompidos (peças quadradas, com

rasgos ou com ressaltos) em materiais duros (Figura 56).

Ângulo positivo

Dizemos que λ é positivo quando a ponta da ferramen-

ta em relação à aresta de corte for a parte mais alta. É

usada na usinagem de materiais macios, de baixa dure-

za (Figura 57).

Ângulo neutro

Dizemos que λ é neutro quando a ponta da ferramenta

está na mesma altura da aresta de corte. É usado na usi-

nagem de matérias duros e exige menor potencia do que

λ positivo ou negativo (Figura 58).

Ângulo em função do material O fenômeno de corte é realizado pelo ata-

que da cunha da ferramenta. Nele o rendi-

mento depende dos valores dos ângulos da

cunha, pois é esta que corrompe as forças de

coesão do material da peça. Experimental-

mente, determinaram-se os valores desses

ângulos para cada tipo de material da peça.

Ângulo de inclinaçãoEle pode ser:

Negativo

Positivo

Neutro

Confi ra os ângulos de inclinação

nas fi guras ao lado.

figura

figura

figura

Ângulo negativo

Ângulo positivo

Ângulo neutro52

54

5352

54

53UMA LUZUMA LUZ Ângulo de inclinação

Ele pode ser:

Confi ra os ângulos de inclinação

nas fi guras ao lado.

UMA LUZUMA UMA UMA LUZLUZLUZLUZ

OLHA AÍ!OLHA AÍ!

Na página seguinte veja o Quadro 1 que mostra os ângulos recomendamos em Função do material empregado.

Page 54: Tornearia Completo

62O PROCESSO MECÂNICO DE USINAGEM: TORNEAMENTO

SENAI-RJ PROGRAMA DE ATUALIZAÇÃO TECNOLÓGICA DE DOCENTES

M Ó D U L OMETALMECÂNICA

TORNEARIA MECÂNICA

SENAI

ÂNGULOS

Terminada esta unidade, você já tem

condições de conceber o tipo de trabalho

realizado na usinagem de torneamento e

os equipamentos envolvidos.

Vamos, a seguir, a outro ponto importante:

a questão da geração de calor no processo

de usinagem e como resolvê-la.

QuaDrO

Ângulos recomendados em função do material11

Aço 1020 até 45N/mm2

Aço 1045 até 70N/mm2

Aço 1060 acima de 70N/mm2

Aço ferramenta 0,9%C

Aço inox

FoFo brinell até 250HB

FoFo maleável ferrítico brinell até 150HB

FoFo maleável perlítico brinell 160HB a até 240HB

Cobre, latão, bronze (macio)

Latão e bronze (quebradiço)

Bronze para bucha

Alumínio

Duralumínio

Celeron, baquelite

Ebonite

Fibra

PVC

Acrílico

Tefl on

Nylon

α

8

8

8

6 a 8

8 a 10

8

8

8

8

8

8

10 a 12

8 a 10

10

15

10

10

10

8

12

β

55

62

68

72 a 78

62 a 68

76 a 82

64 a 68

72

55

79 a 82

75

30 a 35

35 a 45

80 a 90

75

55

75

80 a 90

82

75

γ

27

20

14

14 a 18

14 a 18

0 a 6

14 a 18

10

27

0 a 3

7

45 a 48

37 a 45

5

0

25

5

0

0

3

MATERIAL

DURAPLÁSTICO

χ

0 a –4

0 a –4

–4

–4

–4

0 a –4

0 a –4

0 a –4

+4

+4

0 a +4

+4

0 a +4

+4

+4

+4

+4

0

+4

+4

TERMOPLÁSTICOS

BOLA NA REDEBOLA NA REDE

TORNEARIA MECÂNICA

No Quadro 1, mostrada aí do lado nos fornece os valores para os materiais mais comuns.

CHOQUE DE ORDEMCHOQUE DE ORDEM

condições de conceber o tipo de trabalho

Para saber mais sobre ferramentas

de corte para usinagem, consulte a

ABNT TB-388:1990.

BATER DE FRENTEBATER DE FRENTE

Page 55: Tornearia Completo

63Ação de lubrificAção e refrigerAção nA usinAgem

ProgrAmA de ATuAliZAção TecnolÓgicA de docenTes senAi-rJ

M Ó D U L OMETALMECÂNICA

TORNEARIA MECÂNICA

SENAI

Longo é o caminho ensinado

pela teoria, curto e

eficaz, o do exemplo

Sê n e c a

Ação de lubrificação e refrigeração na usinagem

NESSE CApíTULO vOCê ENCONTRANESSE CApíTULO vOCê ENCONTRA44

A importância da refrigeração no processo de usinagem fluido de corte funções dos fluidos de corte Tipos de fluidos de corte

Page 56: Tornearia Completo

64Ação de lubrificAção e refrigerAção nA usinAgem

senAi-rJ ProgrAmA de ATuAliZAção TecnolÓgicA de docenTes

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TORNEARIA MECÂNICA

SENAI

A importância da refrigeração no processo de usinagemA usinagem de um metal produz sempre calor, que resul-

ta do atrito entre ferramenta, cavaco e peça.

FIGURAFontes de calor na formação do cavaco11

O calor produzido apresenta dois inconvenientes:

Aumenta a temperatura

da parte da ferramenta,

o que pode alterar

suas propriedades.

Aumenta a temperatura

da peça, provocando

dilatação, erros de

medida, deformações,

entre outros

inconvenientes.

Para evitar esses

inconvenientes,

utilizam-se, nas ofi cinas

mecânicas, os fl uidos

de corte. Que você

vai acompanhar na

página ao lado.

CHOQUE DE ORDEM

Como as deformações e as forças de atrito se distri-

buem irregularmente, o calor produzido também se dis-

tribui de forma irregular, como representado na Figura 2.

AA Da formação plástica do cavaco na região de cisalhamento.

BB Do atrito do cavaco com a superfície de saída da ferramenta.

CC Do atrito da peça com a superfície de incidência da ferramenta.

Veja a Figura 1

Principais fontes de calor no processo de formação do cavaco (Figura 1):

Principais fontes de calor no processo de formação do cavaco (Figura 1):

CHOQUE DE ORDEM

A quantidade de calor produzida por essas fontes ener-

géticas é dissipada através do cavaco, da peça, da ferra-

menta e do ambiente.

FIGURARepresentação da distribuição do calor22

Page 57: Tornearia Completo

65Ação de lubrificAção e refrigerAção nA usinAgem

ProgrAmA de ATuAliZAção TecnolÓgicA de docenTes senAi-rJ

M Ó D U L OMETALMECÂNICA

TORNEARIA MECÂNICA

SENAI

Fluido de corteFluido de corte é um líquido composto por várias subs-

tâncias que têm a função de introduzir uma melhoria no

processo de usinagem dos metais.

A melhoria poderá ser de caráter funcional ou de ca-

ráter econômico.

Melhorias de caráter funcional são aquelas

que facilitam o processo de usinagem,

conferindo-lhe melhor desempenho

Redução do coefi ciente de atrito entre a ferramenta

e o cavaco.

Refrigeração da ferramenta.

Refrigeração da peça em usinagem.

Melhor acabamento superfi cial da peça em usinagem.

Refrigeração da máquina-ferramenta.

Melhorias de caráter econômico

são aquelas que levam a um

processo de usinagem mais econômico

Redução do consumo de energia de corte.

Redução do custo da ferramenta na operação

(maior vida útil).

Proteção contra a corrosão da peça em usinagem.

PARA BOTAR NA MOLDURAPARA BOTAR NA MOLDURA

Função lubrifi canteDurante o corte, o óleo forma uma película entre a ferramenta e o material, impedindo quase que totalmente o contato direto entre eles (Figura 3).

Função refrigeranteComo o calor passa de uma substância mais quente para outra mais fria, ele é absorvido pelo fl uido. Por essa razão, o óleo deve fl uir constantemente sobre o corte (Figura 4).

Se o fl uido for usado na quantidade e velocidade adequadas, o calor será eliminado quase que imediatamente e as temperaturas da ferramenta e da peça serão mantidas em níveis razoáveis.

Função anti-soldante Algum contato, de metal com metal, sempre existe em áreas reduzidas. Em vista da alta temperatura nestas áreas, as partículas de metal podem soldar-se à peça ou ferramenta, prejudicando o seu corte.

Durante o corte, o óleo forma uma película entre a ferramenta e o material, impedindo quase

OLHA AÍ!OLHA AÍ!

O uso dos fl uidos de corte na

usinagem dos metais concorre

para maior produção, melhor

acabamento e maior conservação

da ferramenta e da máquina.

Funções dos fl uidos de corteOs fl uidos de corte têm três funções es-

senciais num processo de usinagem.

Lubrifi cante

Refrigerante

Anti-soldante

acabamento e maior conservação

11

22

FIGURA

FIGURA

Ação lubrifi cante

Ação refrigerante

3

4

3

4

fl uido de corte

peça

ferramenta

fl uido de corte

peça

ferramenta

LIGAÇÃO DIRETALIGAÇÃO DIRETAAlgum contato, de metal com metal, sempre existe em áreas

as partículas de metal podem soldar-se à peça ou ferramenta,

LIGAÇÃO DIRETALIGAÇÃO DIRETALIGAÇÃO DIRETALIGAÇÃO DIRETALIGAÇÃO DIRETA

Para evitar a solda, enxofre, cloro ou outros produtos químicos podem ser adicionados ao fl uido.

Page 58: Tornearia Completo

66Ação de lubrificAção e refrigerAção nA usinAgem

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TORNEARIA MECÂNICA

SENAI

FUNDIDOS

AÇOS

NÃO-FERROSOS

MATERIAIS DUREZA BRINELL FLUIDOS

Tipos de fl uidos de corteAs denominações dadas às funções de fl uido de cor-

te designam, também, os tipos de fl uido. Daí eles se-

rem classifi cados em fl uidos refrigerantes, fl uido lu-

brifi cante e fl uidos refrigerantes lubrifi cantes.

Como fl uidos refrigerantes empregam-se, de pre-

ferência:

Ar insufl ado ou ar comprimido, mais usado nos traba-

lhos de rebolos.

Água pura ou misturada com sabão comum, mais usa-

da na afi ação de ferramentas, nas esmerilhadoras.

Como fl uidos lubrifi cantes, os mais usados são os óleos.

São aplicados, geralmente, quando se deseja dar passes pe-

sados e profundos, em que a ação da ferramenta contra a

peça produz calor.

Como fl uido refrigerante lubrifi cante, o mais utilizado

é uma mistura de aspecto leitoso contendo água (como

refrigerante) e de 5 a 10% de óleo solúvel (como lubrifi -

cante). Esses fl uidos são, ao mesmo tempo, lubrifi cantes

e refrigerantes, agindo, porém, muito mais como refrige-

rantes, em vista de conterem grande proporção de água.

São usados de preferência em trabalhos leves.

O Quadro 1 contém os fl uidos de corte recomendados

de acordo com o trabalho a ser executado.

QUADRO

Fluidos de corte11

Vamos, na próxima unidade, aprofundar

questões relacionadas ao trabalho com

a peça, ou seja, ao processo de

torneamento, envolvendo diferentes

cálculos relacionados ao corte.

UMA LUZUMA LUZ Vamos, na próxima unidade, aprofundar

questões relacionadas ao trabalho com

a peça, ou seja, ao processo de

torneamento, envolvendo diferentes

cálculos relacionados ao corte.

LUZLUZLUZLUZLUZ

LIGAÇÃO DIRETALIGAÇÃO DIRETA

Duas dicasDuas dicas

11

22

Rebolo é uma

ferramenta usada no

processo de retifi cação.

Não é recomendável

o uso de água na função

de refrigerante nas

máquinas-ferramentas

por causa da

oxidação das peças.

Aço para cementaçãoAço para construção sem ligaAço para construção com ligaAço fundidoAço para ferramenta sem ligaAço para ferramenta com ligaAço para máquinas automáticasAço para molaAço inoxidável

Cobre com 1% de chumboLiga: cobre 70% + níquel 30%Latão para máquinas automáticasLatão comumBronze ao chumboBronze fosforosoBronze comumAlumínio puroSilumino (alumínio duro)DuralumínioOutras ligas de alumínioMagnésio e ligas

Ferro fundidoFerro nodular

100-140100-225220-265

250180-210220-240140-180

290150-200

125-290100-125

A seco ou óleo solúvel 2,5%Óleo de corte ou solúvel 5%

Óleo solúvel 5% ou óleo de corte

A seco ou óleo solúvel 2,5%

Óleo de corte com 50% de querosene

A seco

Óleo de corteÓleo de corte sulfurado

Page 59: Tornearia Completo

67Ação de lubrificAção e refrigerAção nA usinAgem

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TORNEARIA MECÂNICA

SENAI

Aprendi na vida que a

maioria dos problemas complexos

tem soluções simples

Al e i d e s TA p i A s

Parâmetros de corte

NESSE CAPíTULO vOCê ENCONTRANESSE CAPíTULO vOCê ENCONTRA55

Principais parâmetros de corte para o processo de torneamento Avanço (A)

Profundidade de corte (P)

Área de corte (s)

Tabela de tensão de ruptura (Tr)

Pressão específica de corte (Ks)

força de corte (fc)

Velocidade de corte (Vc)

Tempo de fabricação Tempo de corte (Tc)

cálculo do tempo de corte (Tc)

Torneamento longitudinal

Torneamento transversal

Page 60: Tornearia Completo

68Ação de lubrificAção e refrigerAção nA usinAgem

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SENAI

Principais parâmetros de corte para o processo de torneamentoParâmetros de corte são grandezas numéricas que defi -

nem, na usinagem, os diferentes esforços, velocidades,

etc. a serem empregados. Eles nos auxiliam na obtenção

de uma perfeita usinabilidade dos materiais, com a utili-

zação racional dos recursos oferecidos por uma determi-

nada máquina-ferramenta.

No Quadro 1 estão os parâmetros de corte utilizados

para as operações de torneamento.

Vejamos, então, cada parâmetro de corte se-

paradamente e sua respectiva utilização nas ope-

rações de torneamento.

avanço (a)O avanço, por defi nição, é a velocidade de deslo-

camento de uma ferramenta em cada volta de

360° de uma peça (avanço em mm/rotação), con-

forme Figura 1, ou por unidade de tempo (avan-

ço em mm/minuto), conforme Figura 2.

quadro

Parâmetros de corte11parÂMetro sÍMBolo

avanço

profundidade de corte

área de corte

tensão de ruptura

pressão específi ca de corte

Força de corte

Velocidade de corte

potência de corte

a

p

s

tr

ks

Fc

Vc

pc

BATER DE FRENTEBATER DE FRENTE

Na maioria das publicações que tratam do assunto Usinagem, o símbolo para a força de corte é Pc e para a potência de corte é Nc. Adotamos, porém, a simbologia que está no Quadro 1 para efeito didático.

Parâmetros de corte são grandezas numéricas que defi -

nem, na usinagem, os diferentes esforços, velocidades,

etc. a serem empregados. Eles nos auxiliam na obtenção

de uma perfeita usinabilidade dos materiais, com a utili-

zação racional dos recursos oferecidos por uma determi-

BATER DE FRENTEBATER DE FRENTEBATER DE FRENTEBATER DE FRENTEBATER DE FRENTE

Na maioria das publicações que tratam do assunto Usinagem, o símbolo para a força de corte é para a potência de corte é a simbologia que está

FIGura

Avanço em mm/rotação1 Avanço em mm/min FIGura

22110

FerramentaFerramenta

3

a = 3mm/rot. (a cada volta de 360° da peça, a ferramenta se desloca 3mm)

a = 10mm/min. (a cada minuto de usinagem,

a ferramenta se desloca 10mm)

Fique ligado! Veja no CD em anexo

um vídeo sobre Ajustando o parâmetro de corte.

TEM FILME NO CDNÃO PERCA

TEM FILME NO CDNÃO PERCA

Ajustando o parâmetro de corte

Page 61: Tornearia Completo

69Ação de lubrificAção e refrigerAção nA usinAgem

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M Ó D U L OMETALMECÂNICA

TORNEARIA MECÂNICA

SENAI

A escolha do avanço adequado deve ser feita levando-

se em consideração o material, a ferramenta e a operação

que será executada na usinagem. Os fabricantes de ferra-

mentas trazem em seus catálogos os avanços adequados,

já levando em consideração as variáveis acima citadas,

testadas em laboratório.

Ilustrativamente, apresentaremos alguns valores no

Quadro 2, que foi confeccionada em laboratório, após vá-

rios testes realizados, e leva em consideração o grau de

rugosidade em relação ao avanço e raio da ponta da fer-

ramenta, facilitando o estabelecimento do avanço ade-

quado nas operações de torneamento.

PARA BOTAR NA MOLDURAPARA BOTAR NA MOLDURA

CHOQUE DE ORDEMCHOQUE DE ORDEM

Quando tem-se a unidade

de avanço em mm/rot. e

se deseja passar para

mm/min. (ou vice e versa),

utiliza-se a seguinte

relação:

Avanço (mm/min.) = Rotação por minutos x Avanço (mm/rot.)Avanço (mm/min.) = Rotação por minutos x Avanço (mm/rot.)

quadro

22

Acabamento fi no CLASSES DE OPERAÇÕESSISTEMA DE LEITURA

Aparelho do Senai

Ra (CLA)

MIC

RO

NS

mm

FÓRMULAS

Rugosidade em µ m(H-R-Rt)

AVANÇOS EM mm / ROTAÇÃO

Rt

Rt

MIC

RO

NS-

INC

HE

S

R = S2

4 . r

Avanço em mm

S = 4R . r

r = Raio da ferramenta em mm

RA

IO D

A C

UR

VAT

UR

A

DA

PO

NTA

DA

FE

RR

AM

EN

TA(m

m)

Grau de rugosidade x avanço x raio da ponta da ferramenta

Page 62: Tornearia Completo

70Ação de lubrificAção e refrigerAção nA usinAgem

senAi-rJ ProgrAmA de ATuAliZAção TecnolÓgicA de docenTes

M Ó D U L OMETALMECÂNICA

TORNEARIA MECÂNICA

SENAI

Profundidade de corte (P)Trata-se da grandeza numérica que defi ne a penetra-

ção da ferramenta para a realização de uma determi-

nada operação, possibilitando a remoção de certa

quantidade de cavaco (Figura 3).

LIGAÇÃO DIRETALIGAÇÃO DIRETA

Estes são os dados da Figura 4:

P = mm

A = mm/rot.

Concluímos que a Área

de corte (S) é a relação

entre a Profundidade de

corte (P) e o Avanço (A).

FIGura

Profundidade de corte (P)33

Área de corte (S)Constitui a área calculada da secção do cavaco que será

retirada, defi nida como o produto da profundidade de

corte (P) com o avanço (A) (Figura 4).

FIGura

Área de corte (S)44

Tabela de tensão de ruptura (Tr)É a máxima tensão (força) aplicada em um determinado

material, antes do seu completo rompimento, tensão es-

ta que é medida em laboratório, com aparelhos especiais.

A unidade de tensão de ruptura é o kg/mm².

Apresentamos, na página ao lado, o Quadro 3 com os

principais materiais comumente utilizados em usinagem

e suas respectivas tensões de ruptura. Ela serve para con-

sultas constantes em nosso estudo.

S = P . A

Page 63: Tornearia Completo

71Ação de lubrificAção e refrigerAção nA usinAgem

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M Ó D U L OMETALMECÂNICA

TORNEARIA MECÂNICA

SENAI

Pressão específica de corte (Ks) É, por definição, a força de corte para a unidade de área

da seção de corte (S). Também é uma variável medida em

laboratório, obtida mediante várias experiências, onde se

verificou que a pressão específica de corte depende dos

seguintes fatores:

Material em pregado (resistência)

Secção de corte

Geometria da ferramenta

Afiação da ferramenta

Velocidade de corte

Fluido de corte

Rigidez da ferramenta

Na prática, utilizam-se tabelas e diagramas que sim-

plificam o cálculo desse parâmetro de corte. Apresenta-

mos, a seguir, uma tabela, na Figura 5, para a obtenção

direta da pressão específica de corte (Ks), em função da

resistência (tensão de ruptura) dos principais materiais e

dos avanços empregados comumente nas operações de

torneamento, bem como para ângulo de posição da fer-

ramenta de 90°.

Para diferentes ângulos de posição da ferramenta, não

há necessidade de correção do valor de Ks, pois as dife-

renças não são significativas.

quadro

Tensão de ruptura (Tr)33Material que será usinado

alumínio-bronze (fundido)

alumínio

Bronze-manganês

Bronze-fósforo

inconel

Metal (Monel) (Fundido)

nicrome

Ferro Fundido especial

Ferro Maleável (Fundido)

aço sem liga

aço-liga fundido

aço-carbono:

sae 1010 (laminado ou forjado)

sae 1020 (laminado ou forjado)

sae 1030 (laminado ou forjado)

sae 1040 (laminado ou forjado)

sae 1060 (laminado ou forjado)

sae 1095 (laminado ou forjado)

aço-carbono de corte fácil:

sae 1112 (laminado ou forjado)

sae 1120 (laminado ou forjado)

aço-manganês:

sae 1315 (laminado ou forjado)

sae 1340 (laminado ou forjado)

sae 1350 (laminado ou forjado)

aço-níquel:

sae 2315 (laminado ou forjado)

sae 2330 (laminado ou forjado)

sae 2340 (laminado ou forjado)

sae 2350 (laminado ou forjado)

aço-cromo-níquel:

sae 3115 (laminado ou forjado)

sae 3135 (laminado ou forjado)

sae 3145 (laminado ou forjado)

sae 3240 (laminado ou forjado)

aço-molibdênio:

sae (laminado ou forjado)

sae 4140 (laminado ou forjado)

sae 4340 (laminado ou forjado)

sae 4615 (laminado ou forjado)

sae 4640 (laminado ou forjado)

aço-cromo:

sae 5120 (laminado ou forjado)

sae 5140 (laminado ou forjado)

sae 52100 (laminado ou forjado)

aço-cromo-vanádio:

sae 6115 (laminado ou forjado)

sae 6140 (laminado ou forjado)

aço-silício-manganês:

sae 9255 (laminado ou forjado)

aço inoxidável

Material que será usinadotensão de ruptura (kg/MM²)

46 a 56

42

42-49

35

42

53

46

28 a 46

39

49

63-41

40

46

53

60

74

102

50

49

51

77

84

60

67

77

92

53

74

81

102

54

92

194

58

84

70

81

106

58

93

94

84-159

tensão de ruptura (kg/MM²)

Page 64: Tornearia Completo

72Ação de lubrificAção e refrigerAção nA usinAgem

senAi-rJ ProgrAmA de ATuAliZAção TecnolÓgicA de docenTes

M Ó D U L OMETALMECÂNICA

TORNEARIA MECÂNICA

SENAI

BOLA NA REDEBOLA NA REDEFIGura

Diagrama de obtenção pressão específi ca de corte (Ks)55 Material

Tensão de ruptura em Kg/mm2 ou dureza

1. aço duro manganês2. aço liga 140-180 kg/mm2

aço Ferram. 150-180 kg/mm2

3. aço liga 100-140 kg/mm2

4. aço inoxidável 60-70 kg/mm2

5. aço Cr Mg 85-100 kg/mm2

6. aço Mn Cr ni 70-85 kg/mm2

7. aço 85-100 kg/mm2

8. aço 70-85 kg/mm2

9. aço 60-70 kg/mm2

10. aço 50-60 kg/mm2

11. aço fundido acima de to kg/mm2

12. aço até 50 kg/mm2

aço Fundido 50-70 kg/mm2

Fundição de concha 65-90 shore13. aço fundido 30-50 kg/mm2

Ferro fundido de liga 250-400 brinell14. Ferro fundido 200-250 brinell15. Ferro fundido maleável16. Ferro fundido até 200 brinell

Como utilizar a tabela

AA Defi nir o material que se quer usinar.

BB Defi nir o avanço em mm/rot para

a usinagem.

CC Defi nir Tensão de ruptura (Tr) do

material a ser usinado, utilizando

tabela específi ca (Quadro 3).

DD Aplicar o valor da tensão de ruptura

achado, na relação de material na

tabela da pressão especifi ca de

corte (Ks) (Figura 5), determinado-se

assim uma das 16 retas do gráfi co.

EE Procurar o avanço empregado em

mm/rot. no eixo das abscissas.

FF Traçar uma linha até interceptar a

reta determinada no item DD e passar

uma perpendicular até o eixo das

ordenadas, determinado-se assim o

Ks em Kg/mm².

BOLA NA REDEBOLA NA REDEBOLA NA REDEBOLA NA REDEBOLA NA REDE

Como utilizar a tabelaComo utilizar a tabelaComo utilizar a tabelaComo utilizar a tabelaComo utilizar a tabelaComo utilizar a tabelaComo utilizar a tabela

AAAAA Defi nir o material que se quer usinar. Defi nir o material que se quer usinar. Defi nir o material que se quer usinar.

BBBBB Defi nir o avanço em mm/rot para Defi nir o avanço em mm/rot para Defi nir o avanço em mm/rot para

Page 65: Tornearia Completo

73Ação de lubrificAção e refrigerAção nA usinAgem

ProgrAmA de ATuAliZAção TecnolÓgicA de docenTes senAi-rJ

M Ó D U L OMETALMECÂNICA

TORNEARIA MECÂNICA

SENAI

Finalmente aplicamos esses valores na Figura 5 (na pá-

gina ao lado) de Ks. A partir da abscissa (eixo denomina-

do Avanço – mm/rotação) traçamos uma reta vertical até

atingirmos a reta diagonal com número 12 (obtido ante-

riormente). Nesse ponto de intersecção, seguir com uma

reta horizontal e paralela ao eixo das abscissas até tocar

um ponto no eixo das coordenadas (Pressão específi ca de

corte). A reta tocou no valor 250, o que signifi ca que te-

mos um Ks = 250 kg/mm².

Força de corte (Fc)A força de corte Fc (também conhecida por força princi-

pal de corte) é, por defi nição, a projeção da força de usi-

nagem sobre a direção de corte, conforme a Figura 6.

OLHA AÍ!OLHA AÍ!

Então, para aços

até 50 kg/mm²,

temos a reta

número 12.

O avanço

já foi dado =

0,2mm/rot.

CHOQUE DE ORDEMCHOQUE DE ORDEM

ExemploUsinar uma peça cujo material é aço SAE 1020, forjado, com um avanço de 0,2 mm/rot. Vamos até à tabela da tensão de ruptura e localizamos o

material e sua respectiva Tr.

Aço-carbono:

SAE 1010 (laminado ou forjado)

SAE 1020 (laminado ou forjado)

SAE 1030 (laminado ou forjado)

SAE 1040 (laminado ou forjado)

SAE 1060 (laminado ou forjado)

SAE 1095 (laminado ou forjado)

Para aços SAE 1020, forjado Tr = 46 kg/mm²

Com o valor de Tr = 46 kg/mm² (resistência),

vamos até a tabela de Ks e determinamos a reta

do material empregado.

Para isso, devemos verifi car na legenda do

quadro o número da reta indicada para o material

com Tr = 46kg/mm2.

40

46

53

60

74

102

de ruptura e localizamos o

material e sua respectiva Tr.

FIGura

Força de corte66

Força de usinagem

até 50 kg/mm²,

temos a reta

número 12.

O avanço

já foi dado =

0,2mm/rot.

Page 66: Tornearia Completo

74Ação de lubrificAção e refrigerAção nA usinAgem

senAi-rJ ProgrAmA de ATuAliZAção TecnolÓgicA de docenTes

M Ó D U L OMETALMECÂNICA

TORNEARIA MECÂNICA

SENAI

Esse parâmetro resulta do produto da pressão especi-

fi ca de corte (Ks) com a área de corte (S). A unidade é da-

da em kgf. Então:

Velocidade de corte (Vc) Por defi nição, a velocidade de corte (Vc) é a velocidade

circunferencial ou de rotação da peça. Em cada rotação

da peça a ser torneada, o seu perímetro passa uma vez pe-

la aresta cortante da ferramenta, conforme a Figura 7.

A velocidade de corte é importantíssima no estabele-

cimento de uma boa usinabilidade do material (quebra

de cavaco, grau de rugosidade e vida útil da ferramenta)

e varia conforme o tipo de material; classe do inserto; a

ferramenta e a operação de usinagem. É uma grandeza

numérica diretamente proporcional ao diâmetro da pe-

ça e à rotação do eixo-árvore, é dada pela fórmula que es-

tá no quadro Para calcular ou velocidade de corte.

FIGuraRepresentação do movimento circunferencial77

A maioria dos fabricantes de ferramenta informa,

em tabela, a Vc em função do material e da classe

do inserto utilizado. Nesse caso, calcula-se a rotação

do eixo-árvore pela fórmula destacada abaixo.

UMA LUZUMA LUZ

Vc = Velocidade de corte (metros/minuto)

π = Constante = 3,1416

D = diâmetro (mm)

N = rotação do eixo-árvore (rpm)

π . D . N1.000

Vc =

Para calcular a velocidade de corte

Vc . 1.000π . D

N =

pois

lembrando: P = profundidade de corte (mm)

A = avanço (mm/rot.)

Fc = Ks . S

S = P . A

Fc = Ks . P . Aou

Page 67: Tornearia Completo

75Ação de lubrificAção e refrigerAção nA usinAgem

ProgrAmA de ATuAliZAção TecnolÓgicA de docenTes senAi-rJ

M Ó D U L OMETALMECÂNICA

TORNEARIA MECÂNICA

SENAI

BOLA NA REDEBOLA NA REDE

Tabelas de velocidades de corte destinadas à usinagem

seriada de grandes lotes são tabelas completas que levam

em conta todos os fatores que permitem trabalhar com

parâmetros muito perto dos valores ideais. Podemos con-

tar também com tabelas que levam em conta apenas o fa-

tor mais representativo, ou o mais crítico, possibilitando

a determinação dos valores de usinagem de maneira mais

simples e rápida (Quadro 4).

BOLA NA REDE

ExemploUtilizando-se uma Vc = 160m/min, qual é a rotação do eixo-árvore para a usinagem de uma peça de 60mm

de diâmetro?

Aplique a fórmula

160 . 1.000π . 60

N = N ≅ 849 rpm

Vc . 1.000π . D

N =

CHOQUE DE ORDEMCHOQUE DE ORDEM

Visando facilitar o trabalho, costuma-se utilizar tabelas relacionando velocidade de corte e diâmetro de material, para a determinação da rotação ideal.

Vejamos um tipo de tabela no Quadro 5, na página a seguir.no Quadro 5, na página a seguir.

quadro velocidades de corte (vc) para torno (em metros por minuto)44

Materiais

aço 0,35%C

aço 0,45%C

aço extraduro

Ferro fundido maleável

Ferro fundido gris

Ferro fundido duro

Bronze

latão e cobre

alumínio

Fibra e ebonite

FerraMentas de aÇo rápido

desBaste

25

15

12

20

15

10

30

40

60

25

aCaBaMento

30

20

16

25

20

15

40

50

90

40

rosCarreCartilHar

10

8

6

8

8

6

10-25

10-25

15-35

10-20

FerraMentas de CarBoneto-MetáliCo

desBaste

200

120

40

70

65

30

300

350

500

120

aCaBaMento

300

160

60

85

95

50

380

400

700

150

Page 68: Tornearia Completo

76Ação de lubrificAção e refrigerAção nA usinAgem

senAi-rJ ProgrAmA de ATuAliZAção TecnolÓgicA de docenTes

M Ó D U L OMETALMECÂNICA

TORNEARIA MECÂNICA

SENAI

Para determinar a N (rpm) necessária para usinar um

cilindro de aço 1020, com uma ferramenta de aço rápido,

conforme desenho da Figura 8, onde o valor de Ø100,

“maior”, é para desbaste, enquanto o de Ø95, “menor”, é

para acabamento.

NA LINHA

DO VENTO

NA LINHA

DO VENTO

Vamos a um exemplo prático, considerando desbaste e acabamento, tomando os Quadros 4 e 5 e as fórmulas já apresentadas.

LINHA

VENTO

LINHA LINHA LINHA LINHA

VENTOVENTOVENTOVENTOdesbaste e acabamento, tomando os Quadros 4 e 5

quadro

Rotações por minuto (rpm)55V

M/Min 6318477636794

1 1081 1141 2721 4831 5881 9082 1202 3822 6502 8603 1763 4404 6004 4756 35212 900

6912151921242830364045505460657285120243

10191287382477605669764892954

1 1461 272 1 4311 5901 7201 9081 0702 2922 7103 8167 750

2096144191238303335382446477573636716795860954

1 0351 1461 3551 9083 875

306496127159202223255297318382424477530573636690764903

1 2722 583

40487296119152168191223238286318358398430477518573679945

1 938

5038577696121134152178190230254286318344382414458542764

1 550

6032486480101112128149159191212239265287318345382452636

1 292

70274154688695109127136164182205227245272296327386544

1 105

8024364860768496112119143159179199215239259287339477969

902132425367748599106127141159177191212230255301424861

10192938486067768995115127143159172191207229271382775

12016243240505664758096106120133144159173191226318646

diÂMetro do Material eM MilÍMetros

FIGura

Desgaste e acabamento88

Ø95

Ø10

0

OLHA AÍ!OLHA AÍ!OLHA AÍ!OLHA AÍ!OLHA AÍ!OLHA AÍ!OLHA AÍ!

Na página ao lado você

encontra os dados e

a solução para debaste.

Confi ra e acompanhe.

Page 69: Tornearia Completo

77Ação de lubrificAção e refrigerAção nA usinAgem

ProgrAmA de ATuAliZAção TecnolÓgicA de docenTes senAi-rJ

M Ó D U L OMETALMECÂNICA

TORNEARIA MECÂNICA

SENAI

Potência de corte (Pc)

Potência de corte é a grandeza despen-

dida no eixo-árvore para a realização de

uma determinada usinagem. É um pa-

râmetro de corte que nos auxilia a esta-

belecer o quanto podemos exigir de

uma máquina-ferramenta para um má-

ximo rendimento, sem prejuízo dos

componentes dessa máquina, obtendo-

se assim uma perfeita usinabilidade.

É diretamente proporcional à velocidade de cor-

te (Vc) e à força de corte (Fc). Reúnem-se todos os dados necessários

Para desbaste

Para acabamento

A velocidade de corte obtém-se no Quadro 3.

Monta-se a fórmula e substituem-se os valores.

Ø de desbaste

Vc de desbaste

Ø de acabamento

Vc de acabamento

UMA LUZUMA LUZ

Vc . 1.000π . D

25 . 1.000 mmπ mm . min . 100

1mm

N = = = 80

Vc . 1.000π . D

N =

30 . 1.000 mm95 . π mm . min

1mm

N = = 100

N ≅ 80 rpm

Valor obtido na Figura 8

Valor obtido na Tabela 3

D = 100 mm

mmin

Vc = 25Para materiais de aço 0,35%C o desbaste com ferramentas de aço rápido indica Vc = 25

Valor obtido na Figura 8

D = 95 mm

N ≅ 100 rpm

mmin

Vc = 30

Valor obtido na Tabela 3

LUZLUZLUZLUZLUZ

Vc . 1.000

Valor obtido na Figura 8

Valor obtido na Tabela 3

D = 100 mm

Vc = 25

Solução para desbaste Solução para acabamento onde: Ks = pressão específi ca de corte (kg/mm²)P = profundidade de corte (mm)A = avanço (mm/rot.)Vc = Velocidade de corte (m/min)� = rendimento da máquina (%)Pc = potência de corte (CV)

Fc . Vc� . 60 . 75

Pc =

Ks . P . A . Vc� . 4.500

Pc =

Fc = Ks . P . A

LIGAÇÃO DIRETALIGAÇÃO DIRETA

Pc (potência de corte) é

dada em CV (cavalo-vapor),

utilizando-se corretamente os

parâmetros em suas unidades

mencionadas acima.

LIGAÇÃO DIRETALIGAÇÃO DIRETALIGAÇÃO DIRETALIGAÇÃO DIRETALIGAÇÃO DIRETA

Page 70: Tornearia Completo

78Ação de lubrificAção e refrigerAção nA usinAgem

senAi-rJ ProgrAmA de ATuAliZAção TecnolÓgicA de docenTes

M Ó D U L OMETALMECÂNICA

TORNEARIA MECÂNICA

SENAI

A fórmula apresentada, na prática, é a mais utilizada,

pois sempre é fornecida a potência nominal da máquina.

Quando se deseja obter a potência de corte (Pc) em kw

(quilowatt), basta transformar a unidade (da Pc que é CV)

pela relação:

1 CV = 0,736 kw

Na prática, também é fornecida a potência do motor

principal da máquina-ferramenta. Então, no lugar de cal-

cularmos a Pc (potência de corte) e compararmos o re-

sultado com a potência do motor, aplicamos a fórmula

para o cálculo da profundidade de corte (P) permitida de

acordo com a potência fornecida pela máquina.

Pc . � . 4.500Ks . A . Vc

P =

Visando consolidar o entendimento, vamos a um

exemplo para cálculo da profundidade de corte (P).

dados:

potência da máquina: 35kw

Ks = 230 kg/mm²

A = 0,3 mm/rot.

Vc = 180 m/min.

� = 0,8 (máquina nova)

OLHA AÍ!OLHA AÍ!

Duas dicas

O rendimento (�)Geralmente, em

máquinas novas, tem-se

um rendimento entre

70% e 80% (0,7 a 0,8).

Em máquinas usadas,

um rendimento entre

50% e 60% (0,5 a 0,6).

O rendimento é uma

grandeza que leva em

consideração as perdas

de potência da máquina

por atrito, transmissão,

entre outras.

O HP é também

uma unidade de

potência,

e podemos

considerar que

11

22

1 HP = 1 CV

O HP é também

uma unidade de

considerar que

= 1 CV

Observe que não é dado o valor da potência de corte

(Pc), mas já foi indicado que Pc pode ser dada em cava-

lo-vapor (CV) que, por sua vez, pode ser transformada em

kw e vice-versa.

Então, primeiramente, vamos obter Pc a partir de kw.

Agora, aplicamos todos os valores à fórmula.

Logo, a máxima profundidade de corte (P) permitida

nas condições acima, para uma potência do motor prin-

cipal da máquina de 35 kw (47,55 CV), é de 13mm.

Pc . � . 4.500Ks . A . Vc

P =

A fórmula apresentada, na

prática, é a mais utilizada, pois

sempre é fornecida a potência

nominal da máquina.

1 CVX

0,736 kw35 kw

350,736

X = X = 47,55 CV

47,55 . 0,8 . 4.500230 . 0,3 . 180

P =

P = 13 mm

Page 71: Tornearia Completo

79Ação de lubrificAção e refrigerAção nA usinAgem

ProgrAmA de ATuAliZAção TecnolÓgicA de docenTes senAi-rJ

M Ó D U L OMETALMECÂNICA

TORNEARIA MECÂNICA

SENAI

Tempo de fabricaçãoO tempo de fabricação abarca desde o começo até a en-

trega do produto de uma tarefa que não tenha sofrido in-

terrupção anormal em nenhuma de suas etapas.

O tempo de fabricação engloba tempos de caracterís-

ticas diferentes, dentre os quais consta o tempo de usina-

gem propriamente dito, tecnicamente chamado tempo

de corte (Tc).

Senão, vejamos: preparar e desmontar a máquina se

faz uma única vez por tarefa; já o corte se repete tantas

vezes quantas forem as peças.

Fixar, medir, posicionar resultam em tempo de mano-

bra, operações necessárias, mas sem dar progresso na

conformação da peça. Também podemos ter desperdícios

de tempo ocasionados por quebra de ferramentas, falta

de energia etc.

Tempo de corte (Tc)Também chamado tempo principal, é aquele em que a

peça se transforma tanto por conformação (tirar mate-

rial) como por deformação.

Nesta unidade só trataremos do cálculo do tempo de

corte (Tc) em que a unidade usual e adequada é o segun-

do ou o minuto.

PARA BOTAR NA MOLDURAPARA BOTAR NA MOLDURA

Cálculo do tempo de corte (Tc)

Inicialmente, antes de

vermos o tempo de corte

propriamente dito, vamos

recordar como se processa o

cálculo do tempo em física.

O tempo (t) necessário para que um objeto realize

um movimento é o quociente de uma distância S

(comprimento) por uma velocidade V. Se pensarmos

no nosso trabalho, especifi camente, o tempo para

que a ferramenta execute um movimento está

representando na equação

PARA BOTAR NA MOLDURAPARA BOTAR NA MOLDURAPARA BOTAR NA MOLDURAPARA BOTAR NA MOLDURAPARA BOTAR NA MOLDURA

recordar como se processa o

cálculo do tempo em física.

Tc = [s; min]

Vamos

então, ao

estudo de

uma variável

importante

para a determinação do

tempo de fabricação:

Tempo de Corte (Tc).

BATER DE FRENTEBATER DE FRENTEO tempo de fabricação abarca desde o começo até a en-

trega do produto de uma tarefa que não tenha sofrido in-

O tempo de fabricação engloba tempos de caracterís-

ticas diferentes, dentre os quais consta o tempo de usina-

gem propriamente dito, tecnicamente chamado tempo

BATER DE FRENTEBATER DE BATER DE BATER DE BATER DE FRENTEFRENTEFRENTEFRENTE

S (comprimento)V (avanço)

OLHA AÍ!OLHA AÍ!OLHA AÍ!OLHA AÍ!OLHA AÍ!OLHA AÍ!OLHA AÍ!

A seguir vamos

apresentar um

exemplo prático.

Page 72: Tornearia Completo

80Ação de lubrificAção e refrigerAção nA usinAgem

senAi-rJ ProgrAmA de ATuAliZAção TecnolÓgicA de docenTes

M Ó D U L OMETALMECÂNICA

TORNEARIA MECÂNICA

SENAI

BOLA NA REDEBOLA NA REDEBOLA NA REDE

ExemploUm comprimento de 60mm deve ser percorrido por uma ferramenta com a velocidade (avanço) de 20 mm/min.

Qual o tempo necessário para percorrer essa distância?

SoluçãoFórmula geral

Vejamos agora, a fórmula do Tc, considerando tais re-

lações entre comprimento e velocidade.

O avanço (a) é caracterizado por milímetros de deslo-

camento por volta. Através da fórmula do tempo, vemos

que velocidade de avanço (Va) pode ser determinada pe-

lo produto do avanço (mm) e da rotação (rpm).

Portanto, a fórmula para o cálculo do tempo de corte

pode ser:

60mm . min20mm

t =SV

t =

1min

Va = a . n mm .

Sa . n

Tc = [ min ]

L . ia . N

Tc = [ min ]

Conforme o desenho e a notação da Figura 9, e levan-

do em conta o número de passes (i), podemos ter a fór-

mula completa:

LIGAÇÃO DIRETALIGAÇÃO DIRETA

Veja na página ao lado um exemplo

de aplicação desta fórmula em um

processo de torneamento longitudinal.

Observe a Figura 9.

LIGAÇÃO DIRETALIGAÇÃO DIRETALIGAÇÃO DIRETALIGAÇÃO DIRETALIGAÇÃO DIRETA

Veja na página ao lado um exemplo

de aplicação desta fórmula em um

processo de torneamento longitudinal.

Observe a Figura 9.

onde: L = eixo de comprimento

i = nº de passes (movimentos)

a = avanço

N = rotação por minuto

Page 73: Tornearia Completo

81Ação de lubrificAção e refrigerAção nA usinAgem

ProgrAmA de ATuAliZAção TecnolÓgicA de docenTes senAi-rJ

M Ó D U L OMETALMECÂNICA

TORNEARIA MECÂNICA

SENAI

Torneamento longitudinal

Torneamento transversal O cálculo de Tc neste tipo de torneamento é o mesmo que

para o torneamento longitudinal, sendo que o comprimen-

to L é calculado em função do diâmetro da peça (Figura 10).

FIGura

Torneamento longitudinal99L

a

n

BOLA NA REDEBOLA NA REDE

Calcular N = rpm

Calcular o Tempo de corte

AA

AA

ExemploUm eixo de comprimento L = 1.350 mm; Vc = 14m/min; diâmetro Ø = 95mm; avanço a = 2mm, deve ser torneado longitudinalmente com 3 passes.

Rotações da máquina:24 – 33,5 – 48 – 67 – 96 – 132/min

Calcule

AA rpm

BB Tempo de corte Tc

Veja a solução do exemplo no

quadro ao lado.

1º PASSO1º PASSO

2º PASSO2º PASSO

Solução

14 . 1.00095mm . πmm

46,93min

N = =

1.350mm . 32mm . 48 min

Tc = = 42min

N = 48

Vc . 1.000d . π

N =

L . ia . n

Tc =

Page 74: Tornearia Completo

82Ação de lubrificAção e refrigerAção nA usinAgem

senAi-rJ ProgrAmA de ATuAliZAção TecnolÓgicA de docenTes

M Ó D U L OMETALMECÂNICA

TORNEARIA MECÂNICA

SENAI

FIGura

Torneamento transversal1010ANOTE E GUARDE

d d

D

d2

L = D – d2

L =

BOLA NA REDEBOLA NA REDEBOLA NA REDE

Agora que terminamos a

apresentação dos diversos elementos

e procedimentos envolvidos no

torneamento, vamos à prática.

Aproveite o espaço ao lado para

suas anotações.

ANOTE E GUARDE

Page 75: Tornearia Completo

83Delineamento e aplicação prática

proGrama De atUaliZação tecnolÓGica De DocenteS Senai-rJ

M Ó D U L OMETALMECÂNICA

TORNEARIA MECÂNICA

SENAI

Penso 99 vezes e

nada descubro. Deixo de pensar,

mergulho no silêncio, e a verdade me é

revelada.Al b e r t ei n s te i m

Delineamento e aplicação prática

NESSE CApíTULO vOCê ENCONTRANESSE CApíTULO vOCê ENCONTRA66

caso prático

entendendo o esquema de sequência lógica

Page 76: Tornearia Completo

84Delineamento e aplicação prática

Senai-rJ proGrama De atUaliZação tecnolÓGica De DocenteS

M Ó D U L OMETALMECÂNICA

TORNEARIA MECÂNICA

SENAI

caso práticoChegou a hora de colocar a “mão na massa”, com a práti-

ca em ofi cina. Para tanto, vamos ao desafi o: tornear o con-

junto apresentado na Figura 1, o desenho de conjunto

197-operador, que se apresenta de forma mais detalhada

na Figura 2.

O conjunto é formado por duas peças:

A prática envolverá diversas operações de torneamen-

to, destacando:

Fixação de peça na placa Universal

Faceamento

Furo de centro

Fixação de peça entre placa e ponta

Fixação de peça entre pontas

Torneamento de canal

Tornear superfi cie

cônica externa

Abrir rosca externa

Furação

Broqueamento

Calibrar furo com

alargador

Tornear peça presa

em mandril

figuRADesenho de conjunto (prática de ofi cina – Tornearia)11

BOLA NA REDEBOLA NA REDE

Analisando as peças, conclui-se que elas serão

montadas com ajustes determinados. Assim

sugerimos que se inicie a usinagem pela peça nº 01

eixo, visando facilitar o ajuste do furo da peça nº 02

no momento de sua usinagem. Logo, poderemos

testar o ajuste, ainda com a luva montada no torno.

Torneamento de canal

Analisando as peças, conclui-se que elas serão Analisando as peças, conclui-se que elas serão Analisando as peças, conclui-se que elas serão Analisando as peças, conclui-se que elas serão Analisando as peças, conclui-se que elas serão Analisando as peças, conclui-se que elas serão Analisando as peças, conclui-se que elas serão Analisando as peças, conclui-se que elas serão

montadas com ajustes determinados. Assim montadas com ajustes determinados. Assim montadas com ajustes determinados. Assim montadas com ajustes determinados. Assim montadas com ajustes determinados. Assim montadas com ajustes determinados. Assim montadas com ajustes determinados. Assim

sugerimos que se inicie a usinagem pela peça nº 01 sugerimos que se inicie a usinagem pela peça nº 01 sugerimos que se inicie a usinagem pela peça nº 01 sugerimos que se inicie a usinagem pela peça nº 01 sugerimos que se inicie a usinagem pela peça nº 01 sugerimos que se inicie a usinagem pela peça nº 01 sugerimos que se inicie a usinagem pela peça nº 01

eixo, visando facilitar o ajuste do furo da peça nº 02 eixo, visando facilitar o ajuste do furo da peça nº 02 eixo, visando facilitar o ajuste do furo da peça nº 02 eixo, visando facilitar o ajuste do furo da peça nº 02 eixo, visando facilitar o ajuste do furo da peça nº 02 eixo, visando facilitar o ajuste do furo da peça nº 02 eixo, visando facilitar o ajuste do furo da peça nº 02 eixo, visando facilitar o ajuste do furo da peça nº 02

no momento de sua usinagem. Logo, poderemos no momento de sua usinagem. Logo, poderemos no momento de sua usinagem. Logo, poderemos no momento de sua usinagem. Logo, poderemos no momento de sua usinagem. Logo, poderemos no momento de sua usinagem. Logo, poderemos no momento de sua usinagem. Logo, poderemos

testar o ajuste, ainda com a luva montada no torno.testar o ajuste, ainda com a luva montada no torno.testar o ajuste, ainda com a luva montada no torno.testar o ajuste, ainda com a luva montada no torno.testar o ajuste, ainda com a luva montada no torno.testar o ajuste, ainda com a luva montada no torno.testar o ajuste, ainda com a luva montada no torno.

NA LINHA

DO VENTO

NA LINHA

DO VENTO

As operações

estão

desenvolvidas

em sequências

lógicas:

15 sequências lógicas

para o torneamento do

eixo e 9 para o da luva.

Tais sequências são um

delineamento detalhado,

desenvolvido para cada

peça do conjunto

(eixo e luva).

Interprete os

desenhos

técnicos

mecânicos nas

fi guras 1 e 2 e

vamos em

frente.

desenvolvido para cada

peça do conjunto

(eixo e luva).

Interprete os

mecânicos nas

fi guras 1 e 2 e

Eixo Luva

Page 77: Tornearia Completo

85Delineamento e aplicação prática

proGrama De atUaliZação tecnolÓGica De DocenteS Senai-rJ

M Ó D U L OMETALMECÂNICA

TORNEARIA MECÂNICA

SENAI

figuRADesenho de detalhamento (prática de ofi cina – Tornearia)22

ANOTE AQUIANOTE AQUI

Page 78: Tornearia Completo

86Delineamento e aplicação prática

Senai-rJ proGrama De atUaliZação tecnolÓGica De DocenteS

M Ó D U L OMETALMECÂNICA

TORNEARIA MECÂNICA

SENAI

entendendo o esquema de sequência lógicaO que denominamos sequência lógica constitui a repre-

sentação das informações, sob forma de esquemas e fi -

guras, referentes a um momento preciso do processo de

torneamento de uma peça. Assim, nesse esquema, cada

etapa de trabalho leva esse nome – sequência lógica – por

entendermos que essa ordem é a mais adequada e gera

um trabalho produtivo. Logo, cada sequência lógica é a

descrição de uma etapa do processo de usinagem e seu

ordenamento obedece a uma “lógica”.

Nesse sentido, você vai perceber que, ao lado do ter-

mo sequência lógica, vem um número, que indica a orde-

nação no encadeamento das sequências, e, logo depois,

um texto explicando a ação que será realizada naquela se-

quência que está sendo apresentada.

Em seguida, há um outro campo, denominado Repre-

sentação esquemática da sequência, onde teremos a re-

presentação do status da peça naquele momento de tra-

balho descrito na sequência lógica.

Em Ferramentas e Instrumentos, elencamos os equipa-

mentos que você vai utilizar naquele momento. Em algu-

mas etapas, também estarão aí relacionados alguns aces-

sórios do torno.

No campo Parâmetros de Corte, nós indicamos a velo-

cidade de corte, a rotação por minuto e o avanço neces-

sários ao trabalho com a peça. Quando não houver essa

indicação, haverá um (–). Tais valores aparecerão somen-

te quando houver trabalho de torneamento em si, sendo

que o parâmetro de avanço é característico de torneamen-

to em automático.

O Tempo de Execução estimado funciona para indicar

o tempo que se tem como base para o desenvolvimento

da ação indicada na etapa descrita. Ele será importante

para se calcular o tempo de fabricação e para avaliação

do tempo de trabalho.

Finalmente, no campo Pontos Críticos (chave), nós

descrevemos alguns procedimentos considerados impor-

tantes para aquela etapa em foco. Não se trata de um pas-

so a passo, mas de uma indicação do que você deve ob-

servar com atenção e, na maioria das vezes, vem acom-

panhada de fi guras esquemáticas.

Agora, já tendo interpretado

os desenhos e se

familiarizado com os itens

da sequência lógica

dê início à parte prática.

Vamos ao próximo capítulo.

BATER DE FRENTEBATER DE FRENTE

panhada de fi guras esquemáticas.

Agora, já tendo interpretado

os desenhos e se

familiarizado com os itens

da sequência lógica

dê início à parte prática.

Vamos ao próximo capítulo.

BATER DE FRENTEBATER DE FRENTEBATER DE FRENTEBATER DE FRENTEBATER DE FRENTE

Page 79: Tornearia Completo

87Delineamento e aplicação prática

proGrama De atUaliZação tecnolÓGica De DocenteS Senai-rJ

M Ó D U L OMETALMECÂNICA

TORNEARIA MECÂNICA

SENAI

Realizar conferência das

dimensões dos materias

Tornear superfície cilíndrica (32)

com peça presa entre

placa e ponta

Tornear chanfros no Ø20 e nas

2 (duas) arestas do Ø30

Eliminar rebarbas

Fixar peça na placa universal,

facear e efetuar furo de centro

Tornear Ø20g6 no

comprimento de 30

Prender a peça na placa universal para faceamento

Prender peça entre pontas

e tornear diâmetro de

30 ± 0,05

Tornear Ø24 no

comprimento de 35

Facear uma das

extremidades

Tornear canal de medida

Ø20x15

Tornear Ø20g6 no

comprimento de 30

Efetuar furo de centro

Tornear Ø20g6 no

comprimento de 30

Eliminar rebarbas e realizar

conferência final das dimensões

lineares, angulares e geométricas

11 22 33 44 55

66

1111

77

1212 1313

88 99

1414

1010

1515

SEqUêNCIA LÓgICApARA

USINAgEM DO EIXO

SEqUêNCIA LÓgICApARA

USINAgEM DO EIXO

Page 80: Tornearia Completo

Representação esquemática da sequência

PARâmetRos de coRte

Pontos críticos (chave)

tempo de execução estimado (min)Velocidade de corte - (m/min) Avanço (mm/min)Rotação por minutos (RPm)

SEqUêNCIA LÓgICA

SEqUêNCIA LÓgICA

88Delineamento e aplicação prática

Senai-rJ proGrama De atUaliZação tecnolÓGica De DocenteS

M Ó D U L OMETALMECÂNICA

TORNEARIA MECÂNICA

SENAI

– – – 2 min

Pelo fato de o material estar bruto, aconselha-se utilizar a régua graduada para a verificação das medidas de comprimento e de diâmetro, evitando o uso de instrumento de maior precisão sem necessidade.

Realize conferência das medidas dos materiais da peça 01 (eixo), baseando-se pelas dimensões indicadas na legenda do desenho técnico. (Figuras 1 e 2)

Obs.: O material deve ter dimensões suficientes para ser usinado, isto é, obter as dimensões de ∅ 30 x 120mm

Régua graduada

Paquímetro quadrimensional

Uso do paquímetro

Uso da régua graduada

125

1 1/2’’

Realizar conferência das

dimensões dos materias

11

figuRA 1

figuRA 2

ferramentas e instrumentos

Page 81: Tornearia Completo

Representação esquemática da sequência

PARâmetRos de coRte

Pontos críticos (chave)

tempo de execução estimado (min)Velocidade de corte - (m/min) Avanço (mm/min)Rotação por minutos (RPm)

SEqUêNCIA LÓgICA

SEqUêNCIA LÓgICA

89Delineamento e aplicação prática

proGrama De atUaliZação tecnolÓGica De DocenteS Senai-rJ

M Ó D U L OMETALMECÂNICA

TORNEARIA MECÂNICA

SENAI

– – – 5 min

Importante fixar peça em uma morsa, para que a ação de limar seja realizada com mais firmeza.

Cuidado com as rebarbas para não se machucar.

A eliminação das rebarbas, além de evitar a condição insegura de corte, poderá evitar acidentes com o desprendimento da peça da placa e facilitará a ação de torneamento, principalmente no momento do início do corte.

Obs.: Provavelmente você só encontrará rebarbas nas arestas dos cortes da secção do material, proveniente do corte por serra.

Caso o corte tenha ocorrido por método com elevada geração de calor, sugere-se o uso do equipamento moto-esmeril.

Lima paralela bastarda picado cruzado (Figura 3)

Eliminar rebarbas

22

figuRA 3

ferramentas e instrumentos

Page 82: Tornearia Completo

Representação esquemática da sequência

PARâmetRos de coRte

Pontos críticos (chave)

tempo de execução estimado (min)Velocidade de corte - (m/min) Avanço (mm/min)Rotação por minutos (RPm)

SEqUêNCIA LÓgICA

SEqUêNCIA LÓgICA

90Delineamento e aplicação prática

Senai-rJ proGrama De atUaliZação tecnolÓGica De DocenteS

M Ó D U L OMETALMECÂNICA

TORNEARIA MECÂNICA

SENAI

– – – 15 min

Com o auxílio da chave de aperto, abra as castanhas até uma medida um pouco maior do que o diâmetro do material (Figura 4).

Deixar para fora da placa o mínimo de material possível, somente o sufi ciente para realizar a sequência de faceamento, sem choque com a ferramenta e seu suporte. Assim, o ideal é que a parte para fora da placa, seja no máximo a medida do diâmetro do material.(Figura 5).

O material deverá estar centrado, isto é, ao girar não deve oscilar. Caso não fi que centrado, mude de posição, girando sobre si, até fi car centrado e bem apoiado na pega das três castanhas da placa.(Figura 6).

Aperte com as duas mãos e retire a chave da placa. (Figura 7).

Obs.: Ligar a máquina com a chave de aperto na placa é super-perigoso, logo, sempre que concluir o aperto da peça, retire-a da placa.

Paquímetro

Chave de aperto da placa universal

Prender a peça na placa universal para faceamento

33

figuRA 4 figuRA 5

figuRA 6

figuRA 7

ferramentas e instrumentos

Veja o vídeo Processos de tornearia:

modo de fi xação da peça

TEM FILME NO DVDNÃO PERCA

TEM FILME NO DVDNÃO PERCA

modo de fi xação da peça

Page 83: Tornearia Completo

Representação esquemática da sequência

PARâmetRos de coRte

Pontos críticos (chave)

tempo de execução estimado (min)Velocidade de corte - (m/min) Avanço (mm/min)Rotação por minutos (RPm)

SEqUêNCIA LÓgICA

SEqUêNCIA LÓgICA

91Delineamento e aplicação prática

proGrama De atUaliZação tecnolÓGica De DocenteS Senai-rJ

M Ó D U L OMETALMECÂNICA

TORNEARIA MECÂNICA

SENAI

25 210 0,10 10 min

Prenda a contraponta no cabeçote móvel, com auxílio da bucha de redução.

Prenda a ferramenta de facear à direita no suporte, deixando para fora o mínimo possível (Figura 8).

Prenda o suporte no porta-ferramenta do torno, considerando uma posição de maior apoio possível (Figura 9).

Alinhe a ponta da ferramenta na altura do eixo do torno, fazendo coincidir a ponta da ferramenta com a ponta do contraponto (Figura 10).

Posicione a aresta de corte da ferramenta, formando o menor ângulo possível com a face do material e prenda o porta-ferramenta (Figura 11).

Certifi que-se de que a chave da placa não esteja na placa, a ferramenta e seu suporte estejam bem presos, as alavancas do automático do torno estejam em posição neutra.

Ligue a máquina na RPM calculada ou a mais próxima abaixo da calculada permitida pelo torno.

Aproxime a ferramenta da face até tocar e fi xe o carro longitudinal.

Paquímetro

Suporte para ferramenta

Ferramenta de facear à direita

Chave de aperto do suporte e ferramenta

Contraponta

Bucha cônica de redução

Facear uma das extremidades

(Continua)

44Chave de aperto

Parte esmerilhada

Porca

Lâmina de açoferramentas e instrumentos

figuRA 10

figuRA 9

figuRA 8

Veja o vídeo Processos de tornearia:

modo de fi xação da ferramenta

TEM FILME NO DVDNÃO PERCA

TEM FILME NO DVDNÃO PERCA

ferramenta

Page 84: Tornearia Completo

Representação esquemática da sequência

PARâmetRos de coRte

Pontos críticos (chave)

tempo de execução estimado (min)Velocidade de corte - (m/min) Avanço (mm/min)Rotação por minutos (RPm)

SEqUêNCIA LÓgICA

SEqUêNCIA LÓgICA

92Delineamento e aplicação prática

Senai-rJ proGrama De atUaliZação tecnolÓGica De DocenteS

M Ó D U L OMETALMECÂNICA

TORNEARIA MECÂNICA

SENAI

25 210 0,10 10 min

Facear uma das extremidades

(Continuação)

44

ferramentas e instrumentos

Afaste a ferramenta para fora da peça, dê profundidade com a ajuda do anel graduado do carro porta-ferramenta e avance manualmente até ao centro do material.

Não ultrapasse o centro do material, pois certamente danificará a ferramenta.

Dê profundidade e faceie até a regularização completa da face da peça. (Figura 12).

Agora que você já tem a sensibilidade da ação de corte em um faceamento, dê um último passo utilizando o movimento automático transversal.

Obs.: Toda ação de corte deve ser acompanhada com o uso de refrigeração e uso de EPI (equipamento de proteção individual) exigido para o uso de máquinas-ferramentas.

Avanço de 0,5mm

Corte

figuRA 11

figuRA 12

Paquímetro

Suporte para ferramenta

Ferramenta de facear à direita

Chave de aperto do suporte e ferramenta

Contraponta

Bucha cônica de redução

Page 85: Tornearia Completo

Representação esquemática da sequência

PARâmetRos de coRte

Pontos críticos (chave)

tempo de execução estimado (min)Velocidade de corte - (m/min) Avanço (mm/min)Rotação por minutos (RPm)

SEqUêNCIA LÓgICA

SEqUêNCIA LÓgICA

93Delineamento e aplicação prática

proGrama De atUaliZação tecnolÓGica De DocenteS Senai-rJ

M Ó D U L OMETALMECÂNICA

TORNEARIA MECÂNICA

SENAI

25 995 – 10 min

Prenda o mandril porta-brocas no magote do cabeçote móvel, com auxílio da bucha de redução (Figura 13).

Prenda a broca de centrar no mandril com auxílio da chave de aperto do mandril.

Aproxime a broca da face da peça a ser furada, por meio do deslocamento do cabeçote móvel e fixe-o quando a broca estiver aproximadamente à 10 mm da face (Figura 14).

Obs.: O cabeçote deverá estar alinhado como eixo do material, se necessário, efetuar regulagem (Figura 15).

Ligue a máquina na RPM calculada ou a mais próxima abaixo da calculada que o torno permita.

Efetuar furo de centro(Continua)

55

Deslocador

Volante

B

Parafuso de regulagem

Porca da base

Paquímetro

Mandril porta-brocas

Broca de centrar

Chave de aperto do mandril porta-broca

Chave de aperto do cabeçote móvel

ferramentas e instrumentos

figuRA 13

figuRA 14

figuRA 15

Page 86: Tornearia Completo

Representação esquemática da sequência

PARâmetRos de coRte

Pontos críticos (chave)

tempo de execução estimado (min)Velocidade de corte - (m/min) Avanço (mm/min)Rotação por minutos (RPm)

SEqUêNCIA LÓgICA

SEqUêNCIA LÓgICA

94Delineamento e aplicação prática

Senai-rJ proGrama De atUaliZação tecnolÓGica De DocenteS

M Ó D U L OMETALMECÂNICA

TORNEARIA MECÂNICA

SENAI

25 995 – 10 min

Efetuar furo de centro

(Continuação)

55

ferramentas e instrumentos Através do volante do cabeçote móvel,

aproxime a broca e efetue o furo de centro (Figura 16).

Obs.: Utilize refrigeração.

Afaste a broca para fora da peça permitindo a limpeza dos cavacos.

Obs.: Utilize pincel.

Desligue o torno e quando o eixo parar totalmente, efetue a medição.

Através da repetição dos últimos 4 (quatro) passos efetue a furação obtendo a medida desejada (Figura 17).

Obs.: Toda ação de corte deve ser feita com o uso de refrigeração e uso de EPI (equipamento de proteção individual) exigido para o uso de máquinas-ferramentas

figuRA 16

figuRA 17

Paquímetro

Mandril porta-brocas

Broca de centrar

Chave de aperto do mandril porta-broca

Chave de aperto do cabeçote móvel

Page 87: Tornearia Completo

Representação esquemática da sequência

PARâmetRos de coRte

Pontos críticos (chave)

tempo de execução estimado (min)Velocidade de corte - (m/min) Avanço (mm/min)Rotação por minutos (RPm)

SEqUêNCIA LÓgICA

SEqUêNCIA LÓgICA

95Delineamento e aplicação prática

proGrama De atUaliZação tecnolÓGica De DocenteS Senai-rJ

M Ó D U L OMETALMECÂNICA

TORNEARIA MECÂNICA

SENAI

25 248 0,10 15 min

Prenda a contraponta no cabeçote móvel, com auxílio da bucha de redução.

Prenda a peça. Nesse caso, você irá trazer a peça mais para fora da placa, deixando-a aproximadamente à 100mm para fora da placa.

Aproxime a contraponta, através do cabeçote móvel, e fi xe-o no barramento.

Obs.: O cabeçote deverá estar alinhado como eixo do material e o mangote deverá fi car para fora do cabeçote no máximo duas vezes o seu diâmetro.

Através do volante do cabeçote móvel, aproxime a contraponta do furo de centro e ajuste-o (Figura 18).

Obs.: Utilize lubrifi cante no furo, caso a contraponta seja fi xa.

Verifi que a centricidade do material (o mais próximo possível da placa) com o auxílio do graminho.

Tornear superfície cilíndrica (32)

com peça presa entre

placa e ponta(Continua)

66

Paquímetro

Suporte para ferramenta

Ferramenta de desbastar à direita

Chave de aperto do suporte de ferramenta

Contraponta

Bucha cônica de redução

Graminho

ferramentas e instrumentos

figuRA 18

Veja o vídeo Torneamento

cilíndrico externo e torneamento

cilíndrico externo com placa de

três castanhas e ponto rotativo

TEM FILME NO DVDNÃO PERCA

TEM FILME NO DVDNÃO PERCA

Page 88: Tornearia Completo

Representação esquemática da sequência

PARâmetRos de coRte

Pontos críticos (chave)

tempo de execução estimado (min)Velocidade de corte - (m/min) Avanço (mm/min)Rotação por minutos (RPm)

SEqUêNCIA LÓgICA

SEqUêNCIA LÓgICA

96Delineamento e aplicação prática

Senai-rJ proGrama De atUaliZação tecnolÓGica De DocenteS

M Ó D U L OMETALMECÂNICA

TORNEARIA MECÂNICA

SENAI

25 248 0,10 15 min

Prenda a ferramenta de desbastar à direita no suporte, deixando para fora o mínimo possível.

Prenda o suporte no porta-ferramenta do torno, considerando uma posição de maior apoio possível.

Alinhe a ponta da ferramenta na altura do eixo do torno, fazendo coincidir a ponta da ferramenta com a ponta da contraponta.

Ligue a máquina na RPM calculada ou a mais próxima abaixo da calculada permitida pelo torno e verifique o paralelismo (Figura 19).

Obs.: Efetue um pequeno rebaixo na extremidade da peça, tomando como referência a profundidade marcada no anel; recue a ferramenta e efetue um segundo rebaixo o mais próximo possível da placa; efetue medição dos rebaixos. Caso os diâmetros não sejam iguais, desloque o cabeçote móvel.

Torneie na medida de 32.

Obs.: Toda ação de corte deve ser acompanhada com o uso de refrigeração e uso de EPI (equipamento de proteção individual) exigido para o uso de máquinas-ferramentas.

Tornear superfície cilíndrica (32)

com peça presa entre

placa e ponta(Continuação)

66

Paquímetro

Suporte para ferramenta

Ferramenta de desbastar à direita

Chave de aperto do suporte de ferramenta

Contraponta

Bucha cônica de redução

Graminho

ferramentas e instrumentos figuRA 19

Page 89: Tornearia Completo

Representação esquemática da sequência

PARâmetRos de coRte

Pontos críticos (chave)

tempo de execução estimado (min)Velocidade de corte - (m/min) Avanço (mm/min)Rotação por minutos (RPm)

SEqUêNCIA LÓgICA

SEqUêNCIA LÓgICA

97Delineamento e aplicação prática

proGrama De atUaliZação tecnolÓGica De DocenteS Senai-rJ

M Ó D U L OMETALMECÂNICA

TORNEARIA MECÂNICA

SENAI

25 995/248 0,10 15 min

Fixar peça

Prenda a peça na placa universal pela parte torneada, deixando para fora a parte ainda não torneada.

Facear na medida de 120mm

Prenda a contraponta no cabeçote móvel, com auxílio da bucha de redução.

Prenda, alinhe e posicione a ferramenta de facear à direita.

Certifique-se de que a chave da placa não esteja na placa, a ferramenta e seu suporte estejam bem presos, as alavancas do automático do torno estejam em posição neutra.

Ligue a máquina na RPM calculada ou a mais próxima abaixo da calculada permitida pelo torno.

Aproxime a ferramenta da face até tocá-la e fixe o carro longitudinal.

Afaste a ferramenta para fora da peça, dê profundidade com a ajuda do anel graduado do carro porta-ferramenta e avance manualmente até ao centro do material.

Faceie até obter a medida de 120mm.

Furo de centrar

Prenda o mandril porta-brocas no mangote do cabeçote móvel, com auxílio da bucha de redução.

Fixar peça na placa universal, facear e efetuar furo de centro

77

Paquímetro

Mandril porta-brocas

Broca de centrar

Chave de aperto do mandril porta-broca

Chave de aperto do cabeçote móvel

Suporte para ferramenta

Ferramenta de facear à direita

Chave de aperto do suporte e ferramenta

Contraponta

Bucha cônica de redução

ferramentas e instrumentos

Prenda a broca de centrar no mandril com auxílio da chave de aperto do mandril.

Aproxime a broca da face da peça a ser furada, por meio do deslocamento do cabeçote móvel e fixe-o quando a broca estiver aproximadamente à 10mm da face.

Obs.: O cabeçote deverá estar alinhado como eixo do material.

Ligue a máquina, na RPM calculada ou a mais próxima abaixo da calculada, permitida pelo torno.

Através do volante do cabeçote móvel, aproxime a broca e efetue o furo de centro.

Obs.: Utilize refrigeração.

Afaste a broca para fora da peça permitindo a limpeza dos cavacos.

Desligue o torno e quando o eixo parar totalmente, efetue a medição.

Através da repetição dos últimos 4 (quatro) passos efetue a furação até obter a medida desejada.

Obs.: Toda ação de corte deve ser acompanhada com o uso de refrigeração e uso de EPI (equipamento de proteção individual) exigido para o uso de máquinas-ferramentas.

Page 90: Tornearia Completo

Representação esquemática da sequência

PARâmetRos de coRte

Pontos críticos (chave)

tempo de execução estimado (min)Velocidade de corte - (m/min) Avanço (mm/min)Rotação por minutos (RPm)

SEqUêNCIA LÓgICA

SEqUêNCIA LÓgICA

98Delineamento e aplicação prática

Senai-rJ proGrama De atUaliZação tecnolÓGica De DocenteS

M Ó D U L OMETALMECÂNICA

TORNEARIA MECÂNICA

SENAI

Comprimento da peça

25 265 0,10 30 min

Fixar peça entre pontas

Monte a placa arrastadora do torno.

Obs.: Limpe bem os cones e a rosca, afim de evitar acidentes e fixação descentralizada.

Verifique a centragem e o alinhamento das pontas, corrigindo se necessário (Figura 20).

Prenda o cabeçote móvel no barramento, de tal forma que a distância entre pontas seja o comprimento da peça (Figura 21).

Prender peça entre pontas e

tornear diâmetro de 30 ± 0,05

(Continua)

88

Paquímetro

Micrômetro externo com capacidade de 25mm a 50mm

Suporte para ferramenta

Ferramenta de desbastar à direita

Ferramenta de alisar

Chave de aperto do suporte e ferramenta

Contraponta

Bucha cônica de redução

Placa arrastadora

Arrastador

ferramentas e instrumentos figuRA 20

figuRA 21

Page 91: Tornearia Completo

Representação esquemática da sequência

PARâmetRos de coRte

Pontos críticos (chave)

tempo de execução estimado (min)Velocidade de corte - (m/min) Avanço (mm/min)Rotação por minutos (RPm)

SEqUêNCIA LÓgICA

SEqUêNCIA LÓgICA

99Delineamento e aplicação prática

proGrama De atUaliZação tecnolÓGica De DocenteS Senai-rJ

M Ó D U L OMETALMECÂNICA

TORNEARIA MECÂNICA

SENAI

25 265 0,10 30 min

Monte o arrastador na peça sem fixá-lo. Coloque a peça entre pontas e fixe o mangote, posicione e fixe o arrastador (Figura 22).

Obs.: Verifique se a ponta do arrastador está posicionada de tal forma que ao ligar o torno, o mesmo arraste a peça.

Tornear medida final de 30 ± 0,05

Prenda a ferramenta de desbastar à direita, no suporte, deixando para fora o mínimo possível.

Prenda o suporte no porta-ferramenta do torno, considerando uma posição de maior apoio possível.

Alinhe a ponta da ferramenta na altura do eixo do torno, fazendo coincidir a ponta da ferramenta com a ponta da contraponta.

Obs.: Posicione a ferramenta e verifique se a mesma poderá percorrer todo percurso sem bater na contraponta, placa e arrastador.

Ligue a máquina na RPM calculada ou a mais próxima abaixo da calculada permitida pelo trono e verifique o paralelismo, corrigindo se necessário.

Torneie na medida de 30, considerando a tolerância e o acabamento superficial indicados no desenho mecânico. Para tanto, poderá ser utilizada a ferramenta de alisar.

Obs.: Toda ação de corte deve ser acompanhada com o uso de refrigeração e uso de EPI (equipamento de proteção individual) exigido para o uso de máquinas-ferramentas.

Prender peça entre pontas e

tornear diâmetro de 30 ± 0,05(Continuação)

88

Paquímetro

Micrômetro externo com capacidade de 25mm a 50mm

Suporte para ferramenta

Ferramenta de desbastar à direita

Ferramenta de alisar

Chave de aperto do suporte e ferramenta

Contraponta

Bucha cônica de redução

Placa arrastadora

Arrastador

ferramentas e instrumentos

figuRA 22

Page 92: Tornearia Completo

Representação esquemática da sequência

PARâmetRos de coRte

Pontos críticos (chave)

tempo de execução estimado (min)Velocidade de corte - (m/min) Avanço (mm/min)Rotação por minutos (RPm)

SEqUêNCIA LÓgICA

SEqUêNCIA LÓgICA

100Delineamento e aplicação prática

Senai-rJ proGrama De atUaliZação tecnolÓGica De DocenteS

M Ó D U L OMETALMECÂNICA

TORNEARIA MECÂNICA

SENAI

25 150 – 20 min

Prenda a ferramenta para abertura do canal em seu suporte, que poderá ser flexível, deixando para fora o mínimo possível, suficiente para atingir a dimensão de 20, sem a peça tocar no suporte (Figura 23).

Prenda o suporte no porta-ferramenta do torno, considerando uma posição de maior apoio possível e que a ferramenta se posicione a 90º do eixo da peça (Figura 24).

Marque o local do canal, podendo a marcação ser feita diretamente com a ferramenta. Para tanto, ligue a rotação do torno e efetue duas marcas limitando o canal (Figura 25).

Localize a ferramenta entre as marcas; trave o carro longitudinal; avance até tocar de leve no material, tome referência no anel graduado do carro transversal para controlar a profundidade (Figura 26).

Avance a ferramenta até próximo da profundidade, deixando material para o acabamento.

Com o carro transversal, afaste a ferramenta da peça.

Tornear canal de medida

Ø20x15(Continua)

99

Paquímetro

Suporte para ferramenta bedame

Ferramenta para abertura do canal (bedame)

Chave de aperto do suporte e ferramenta

ferramentas e instrumentos

figuRA 24

figuRA 23

figuRA 25

Page 93: Tornearia Completo

Representação esquemática da sequência

PARâmetRos de coRte

Pontos críticos (chave)

tempo de execução estimado (min)Velocidade de corte - (m/min) Avanço (mm/min)Rotação por minutos (RPm)

SEqUêNCIA LÓgICA

SEqUêNCIA LÓgICA

101Delineamento e aplicação prática

proGrama De atUaliZação tecnolÓGica De DocenteS Senai-rJ

M Ó D U L OMETALMECÂNICA

TORNEARIA MECÂNICA

SENAI

Referência fixa

Anel graduado

Porca de aperto

25 150 – 20 min

Utilizando o carro superior, desloque para o lado de referência, isto é, o risco mais próximo da extremidade do cabeçote móvel.

Cuidado: Não usinar sobre o risco, pois existe medida a ser conferida (Figura 27).

Penetre transversalmente e confira a medida de 50 (30 +20). Caso esteja maior, deve-se deslocar o faltante com ajuda do anel graduado do carro superior e penetrar novamente até o indicado no anel graduado do carro transversal.

Com a medida de 50 garantida, efetue o mesmo processo para o outro lado e garanta a medida de 15 (Figura 28).

• Resta garantir a medida de ∅20, que poderá ser obtida com movimento de profundidade e deslocamento para ambos os lados conforme Figura 29.

Obs.: Toda ação de corte deve ser acompanhada com o uso de refrigeração e uso de EPI (equipamento de proteção individual) exigido para o uso de máquinas-ferramentas.

Tornear canal de medida

Ø20x15(Continuação)

99

Paquímetro

Suporte para ferramenta bedame

Ferramenta para abertura do canal (bedame)

Chave de aperto do suporte e ferramenta

ferramentas e instrumentos

figuRA 26

figuRA 29figuRA 28figuRA 27

Page 94: Tornearia Completo

Representação esquemática da sequência

PARâmetRos de coRte

Pontos críticos (chave)

tempo de execução estimado (min)Velocidade de corte - (m/min) Avanço (mm/min)Rotação por minutos (RPm)

SEqUêNCIA LÓgICA

SEqUêNCIA LÓgICA

102Delineamento e aplicação prática

Senai-rJ proGrama De atUaliZação tecnolÓGica De DocenteS

M Ó D U L OMETALMECÂNICA

TORNEARIA MECÂNICA

SENAI

Avançar pelo volante de carro longitudinal

25 400 0,10 20 min

Prenda, alinhe e posicione a ferramenta de desbastar à direita, deixando para fora o mínimo possível.

Obs.: Posicione a ferramenta e verifique se a mesma poderá percorrer todo percurso sem bater na contraponta, placa e arrastador.

Ligue a máquina na RPM calculada ou a mais próxima abaixo da calculada permitida pelo torno.

Efetue o risco, limitando o comprimento de 30mm para o ∅20g6 (Figura 30).

Torneie na medida de 21, sem atingir o risco que limita o comprimento da área a ser torneada, sendo importante a usinagem de um pequeno rebaixo no início do torneamento (Figura 31) e seu controle pelo anel graduado (Figura 32).

Substitua a ferramenta e posicione-a de tal forma que permita efetuar o canto reto (faceamento) no final do corpo de 20g6, limitando à medida de 30 .

Torneie na medida de 20g6 e 30 . Considerando a tolerância e o acabamento superficial indicados no desenho mecânico.

Obs.: Toda ação de corte deve ser acompanhada com o uso de refrigeração e uso de EPI (equipamento de proteção individual) exigido para o uso de máquinas-ferramentas.

Tornear Ø20g6 no

comprimento de 30

1010

Paquímetro

Micrômetro externo com capacidade de 0 a 25mm

Suporte para ferramenta

Ferramenta de desbastar à direita

Ferramenta de alisar

Chave de aperto do suporte e ferramenta

ferramentas e instrumentos

figuRA 31

figuRA 30

figuRA 32

0-0,1

0-0,1

Page 95: Tornearia Completo

Representação esquemática da sequência

PARâmetRos de coRte

Pontos críticos (chave)

tempo de execução estimado (min)Velocidade de corte - (m/min) Avanço (mm/min)Rotação por minutos (RPm)

SEqUêNCIA LÓgICA

SEqUêNCIA LÓgICA

103Delineamento e aplicação prática

proGrama De atUaliZação tecnolÓGica De DocenteS Senai-rJ

M Ó D U L OMETALMECÂNICA

TORNEARIA MECÂNICA

SENAI

25 400 – 10 min

Prenda, alinhe e posicione a ferramenta de desbastar à direita, deixando para fora o mínimo possível.

Solte os parafusos da base do carro superior e gire o carro no ângulo de 45º (Figura 35).

Aperte os parafusos.

Posicione a ferramenta em área de corte e fixe o carro principal (Figura 34).

Ligue o torno e inicie o torneamento pelo extremo mais perto do eixo e, com passos finos, gire a manivela de carro superior tocando de mão, de modo que não interrompa o corte (Figura 35).

Verifique o ângulo do chanfro e a medida e complete a usinagem do chanfro.

Repita a usinagem nos demais chanfros, observando que a medida é de 1,5 em três chanfros e de 1 no chanfro posterior ao canal.

Obs.: Toda ação de corte deve ser acompanhada com o uso de refrigeração e uso de EPI (equipamento de proteção individual) exigido para o uso de máquinas-ferramentas.

Tornear chanfros 1x45º no Ø20

e nas duas arestas do Ø30

1111

Paquímetro

Transferidor simples

Suporte para ferramenta

Ferramenta de desbastar à direita

Chave de aperto do suporte e ferramenta

ferramentas e instrumentos

figuRA 33

figuRA 34

figuRA 35

Page 96: Tornearia Completo

Representação esquemática da sequência

PARâmetRos de coRte

Pontos críticos (chave)

tempo de execução estimado (min)Velocidade de corte - (m/min) Avanço (mm/min)Rotação por minutos (RPm)

SEqUêNCIA LÓgICA

SEqUêNCIA LÓgICA

104Delineamento e aplicação prática

Senai-rJ proGrama De atUaliZação tecnolÓGica De DocenteS

M Ó D U L OMETALMECÂNICA

TORNEARIA MECÂNICA

SENAI

10 106 – 30 min

Prenda, alinhe e posicione a ferramenta de abertura de rosca triangular externa, deixando para fora o mínimo possível (Figura 38).

Prepare o torno. Dispondo da caixa de avanço coloque em posição que corresponda ao passo de 1,5.

Retire folga do carro superior, isto é, gire no sentido de avanço e zere-o.

Selecione rotação para roscar e ligue o torno.

Desloque a ferramenta pelo carro transversal até que ela toque na superfície da peça a ser usinada e zere o anel graduado do carro transversal.

Afaste a ferramenta até a posição inicial de abertura da rosca, dê uma profundidade de 0,2 e engate o carro principal.

Quando a ferramenta concluir o percurso a ser roscado, deve-se desligar a rotação do torno e afastar a ferramenta transversamente.

Com o pente de rosca, verifi que o passo da rosca (Figura 39).

Ligar rotação no sentido invertido e retornar ao ponto de entrada da rosca.

Atenção: Para não perder a posição da ferramenta em relação ao passo da rosca, deve-se utilizar apenas a alavanca da vara do torno, isto é, apenas o acionador de ligar e desligar a rotação.

Abrir rosca de 30x1,5(Continua)

1212

Paquímetro

Suporte para ferramenta

Ferramenta para abertura de rosca triangular externa por penetração perpendicular

Chave de aperto do suporte e ferramenta

Calibrador de rosca externa M30 x 1,5

Escantilhão

Verifi cador de asso de rosca

ferramentas e instrumentos

figuRA 36

figuRA 37

Veja o vídeo Processos de tornearia:

Abertura de rosca externa

TEM FILME NO DVDNÃO PERCA

TEM FILME NO DVDNÃO PERCA

Page 97: Tornearia Completo

Representação esquemática da sequência

PARâmetRos de coRte

Pontos críticos (chave)

tempo de execução estimado (min)Velocidade de corte - (m/min) Avanço (mm/min)Rotação por minutos (RPm)

SEqUêNCIA LÓgICA

SEqUêNCIA LÓgICA

105Delineamento e aplicação prática

proGrama De atUaliZação tecnolÓGica De DocenteS Senai-rJ

M Ó D U L OMETALMECÂNICA

TORNEARIA MECÂNICA

SENAI

10 106 – 30 min

Dê a profundidade de corte recomendada e ligue o torno. Chegando ao final do passe desligue a rotação, afaste a ferramenta e retorne ao ponto de partida através da inversão do sentido de rotação.

Antes de cada passe, sugere-se deslocar longitudinalmente a ferramenta, conforme Figura 38, efetuando em cada passe a inversão do sentido do deslocamento longitudinal (Figura 39).

Deve-se efetuar os últimos dois procedimentos até chegar próximo da profundidade final da rosca.

Termine a rosca, verificando com calibrador apropriado, devendo o calibrador entrar justo, porém não forçado (Figura 40).

Obs.: Toda ação de corte deve ser acompanhada com o uso de refrigeração e uso de EPI (equipamento de proteção individual) exigido para o uso de máquinas-ferramentas.

Abrir rosca de 30x1,5

(Continuação)

1212

Paquímetro

Suporte para ferramenta

Ferramenta para abertura de rosca triangular externa por penetração perpendicular

Chave de aperto do suporte e ferramenta

Calibrador de rosca externa M30 x 1,5

Escantilhão

Verificador de passo de rosca

ferramentas e instrumentos

figuRA 39

figuRA 38

figuRA 40

Page 98: Tornearia Completo

Representação esquemática da sequência

PARâmetRos de coRte

Pontos críticos (chave)

tempo de execução estimado (min)Velocidade de corte - (m/min) Avanço (mm/min)Rotação por minutos (RPm)

SEqUêNCIA LÓgICA

SEqUêNCIA LÓgICA

106Delineamento e aplicação prática

Senai-rJ proGrama De atUaliZação tecnolÓGica De DocenteS

M Ó D U L OMETALMECÂNICA

TORNEARIA MECÂNICA

SENAI

25 332 0,10 15 min

Tornear Ø24 no

comprimento de 35

1313

Paquímetro

Suporte para ferramenta

Ferramenta de desbastar à direita

Ferramenta de alisar

Chave de aperto do suporte e ferramenta

ferramentas e instrumentos

Fixar peça entre pontas pela extremidade usinada

Utilize proteção sobre o ∅20 g6 da peça que está sendo trabalhada; monte o arrastador na peça sem fixá-lo; coloque a peça entre pontas e fixe o mangote, posicione e fixe o arrastador.

Obs.: Verifique se a ponta do arrastador está posicionada de tal forma que ao ligar o torno, o mesmo arraste a peça.

Tornear ∅24 no comprimento de 25

Prenda, alinhe e posicione a ferramenta de desbastar à direita, deixando para fora o mínimo possível.

Obs.: Posicione a ferramenta e verifique se a mesma poderá percorrer todo percurso sem bater na contraponta, placa e arrastador.

Ligue a máquina na RPM calculada ou a mais próxima abaixo da calculada permitida pelo torno.

Efetue o risco, limitando o comprimento de 25mm para o ∅24.

Torneie na medida de 25, sem atingir o risco que limita o comprimento da área a ser torneada.

Substitua a ferramenta e posicione-a de tal forma que permita efetuar o canto reto (faceamento) no final do corpo de 24, limitando à medida de 25.

Torneie o ∅24 e o comprimento de 25 considerando a tolerância e o acabamento superficial indicada no desenho mecânico.

Obs.: Toda ação de corte deve ser acompanhada com o uso de refrigeração e uso de EPI (equipamento de proteção individual) exigido para o uso de máquinas-ferramentas.

Page 99: Tornearia Completo

Representação esquemática da sequência

PARâmetRos de coRte

Pontos críticos (chave)

tempo de execução estimado (min)Velocidade de corte - (m/min) Avanço (mm/min)Rotação por minutos (RPm)

SEqUêNCIA LÓgICA

SEqUêNCIA LÓgICA

107Delineamento e aplicação prática

proGrama De atUaliZação tecnolÓGica De DocenteS Senai-rJ

M Ó D U L OMETALMECÂNICA

TORNEARIA MECÂNICA

SENAI

25 265 – 20 min

Tornear superfície

angular 10º(Continua)

1414

Paquímetro

Transferidor simples

Suporte para ferramenta

Ferramenta de desbastar à direita

Chave de aperto do suporte e ferramenta

ferramentas e instrumentos

figuRA 42

Tornear superfície ângular de 10º

Prenda, alinhe e posicione a ferramenta de desbastar à direita, deixando para fora o mínimo possível.

Solte os parafusos da base do carro superior e gire o carro no ângulo de 10º (Figura 41).

Aperte os parafusos.

Posicione a ferramenta na área de corte e fi xe o carro principal.

Ligue o torno e inicie o torneamento pelo extremo mais perto do eixo, e com passos fi nos, gire a manivela de carro superior tocando de mão, de modo que não interrompa o corte (Figura 42).

Verifi que o ângulo do chanfro e a medida e complete a usinagem do chanfro.

Tornear chanfro 1 x 45º

Prenda, alinhe e posicione a ferramenta de desbastar à direita, deixando para fora o mínimo possível.

Solte os parafusos da base do carro superior e gire o carro no ângulo de 45º.

Aperte os parafusos.

Posicione a ferramenta na área de corte e fi xe o carro principal.

figuRA 41

Veja o vídeo Processos de

tornearia:Inclinação da esfera para

torneamento cônico

TEM FILME NO DVDNÃO PERCA

TEM FILME NO DVDNÃO PERCA

torneamento cônico

Page 100: Tornearia Completo

Representação esquemática da sequência

PARâmetRos de coRte

Pontos críticos (chave)

tempo de execução estimado (min)Velocidade de corte - (m/min) Avanço (mm/min)Rotação por minutos (RPm)

SEqUêNCIA LÓgICA

SEqUêNCIA LÓgICA

108Delineamento e aplicação prática

Senai-rJ proGrama De atUaliZação tecnolÓGica De DocenteS

M Ó D U L OMETALMECÂNICA

TORNEARIA MECÂNICA

SENAI

25 265 – 20 min

Tornear superfície

angular 10º(Continuação)

1414

Paquímetro

Transferidor simples

Suporte para ferramenta

Ferramenta de desbastar à direita

Chave de aperto do suporte e ferramenta

ferramentas e instrumentos

Ligue o torno e inicie o torneamento pelo extremo mais perto do eixo, e com passos finos, gire a manivela de carro superior tocando de mão, de modo que não interrompa o corte.

Verifique o ângulo do chanfro e a medida e complete a usinagem do chanfro.

Obs.: Toda ação de corte deve ser acompanhada com o uso de refrigeração e uso de EPI (equipamento de proteção individual) exigido para o uso de máquinas-ferramentas.

Page 101: Tornearia Completo

Representação esquemática da sequência

PARâmetRos de coRte

Pontos críticos (chave)

tempo de execução estimado (min)Velocidade de corte - (m/min) Avanço (mm/min)Rotação por minutos (RPm)

SEqUêNCIA LÓgICA

SEqUêNCIA LÓgICA

109Delineamento e aplicação prática

proGrama De atUaliZação tecnolÓGica De DocenteS Senai-rJ

M Ó D U L OMETALMECÂNICA

TORNEARIA MECÂNICA

SENAI

– – – 5 min

Eliminar rebarbas e

realizar conferência

final das dimensões

lineares, angulares e geométricas

1515

Paquímetro

Micrômetro

Transferidor simples

Lima mursa

Calibre de rosca

ferramentas e instrumentos

Eliminar rebarbas

Retirar rebarbas com a peça ainda presa no torno, para que a ação seja realizada com mais firmeza e menor risco de pancadas e queda da peça.

Cuidado com as rebarbas para não se machucar.

Conferência final das dimensões lineares, angulares e geométricas.

Execute conferência de todas as medidas indicadas no desenho mecânico, caso alguma não atenda ao indicado no desenho, deve-se efetuar a correção.

Efetue a completa limpeza da peça e efetue a entrega.

Page 102: Tornearia Completo

110Delineamento e aplicação prática

Senai-rJ proGrama De atUaliZação tecnolÓGica De DocenteS

M Ó D U L OMETALMECÂNICA

TORNEARIA MECÂNICA

SENAI

ANOTE AQUIANOTE AQUI

Page 103: Tornearia Completo

111Delineamento e aplicação prática

proGrama De atUaliZação tecnolÓGica De DocenteS Senai-rJ

M Ó D U L OMETALMECÂNICA

TORNEARIA MECÂNICA

SENAI

SEqUêNCIA LÓgICApARA

USINAgEM DA LUvA

SEqUêNCIA LÓgICApARA

USINAgEM DA LUvA

Realizar conferência das dimensões dos materiais

Eliminar rebarbas e realizar conferência

final das dimensões lineares, angulares e geométricas

Prender a peça na placa universal e facear e tornear

externamente no Ø42

1 2 31 2 3

Efetuar furo de 3/4” passante

Broquear furo para 19,80mm e calibrar furo com alargador Ø20H7

Tornear chanfros Ø20

4 5 64 5 6

Virar a peça prendendo-a pelo Ø42 usinado,

facear no comprimento final e tornear

chanfros no Ø20

Tornear Ø40 utilizando mandril

Eliminar rebarbas e realizar conferência

final das dimensões lineares, angulares e geométricas

7 8 97 8 9

Page 104: Tornearia Completo

Representação esquemática da sequência

PARâmetRos de coRte

Pontos críticos (chave)

tempo de execução estimado (min)Velocidade de corte - (m/min) Avanço (mm/min)Rotação por minutos (RPm)

SEqUêNCIA LÓgICA

SEqUêNCIA LÓgICA

112Delineamento e aplicação prática

Senai-rJ proGrama De atUaliZação tecnolÓGica De DocenteS

M Ó D U L OMETALMECÂNICA

TORNEARIA MECÂNICA

SENAI

– – – 2 min

Realizar conferência

das dimensões dos materiais

11

Régua graduada

Paquímetro quadrimensional

ferramentas e instrumentos

Pelo fato de o material estar bruto, aconselha-se utilizar a régua graduada para a verificação das medidas de comprimento e de diâmetro, evitando o uso de instrumento de maior precisão sem necessidade.

Realize conferência das medidas dos materiais, baseando-se nas dimensões indicadas na legenda do desenho técnico (Figuras 1 e 2).

Obs.: O matrial deve ter dimensões suficientes para ser usinado, isto é, obter as dimensões de ∅40 x 30mm

Uso da régua graduada

Uso do paquímetro

1 3/4’’

35

figuRA 1

figuRA 2

Page 105: Tornearia Completo

Representação esquemática da sequência

PARâmetRos de coRte

Pontos críticos (chave)

tempo de execução estimado (min)Velocidade de corte - (m/min) Avanço (mm/min)Rotação por minutos (RPm)

SEqUêNCIA LÓgICA

SEqUêNCIA LÓgICA

113Delineamento e aplicação prática

proGrama De atUaliZação tecnolÓGica De DocenteS Senai-rJ

M Ó D U L OMETALMECÂNICA

TORNEARIA MECÂNICA

SENAI

– – – 5 min

Eliminar rebarbas e

realizar conferência

final das dimensões

lineares, angulares e geométricas

22

Lima paralela bastarda picado cruzado (Figura 3)

ferramentas e instrumentos LimafiguRA 3

Importante fixar peça em uma morsa, para que a ação de limar seja realizada com mais firmeza.

Cuidado com as rebarbas para não se machucar.

A eliminação das rebarbas, além de evitar condição insegura de corte, poderá evitar acidentes com o desprendimento da peça da placa e facilitará a ação de torneamento, principalmente no momento do início do corte.

Obs.: Provavelmente você só encontrará rebarbas nas arestas dos cortes da secção do material, proveniente do corte por serra.

Caso o corte tenha ocorrido por método com elevada geração de calor, sugere-se o uso do equipamento moto-esmeril.

Page 106: Tornearia Completo

Representação esquemática da sequência

PARâmetRos de coRte

Pontos críticos (chave)

tempo de execução estimado (min)Velocidade de corte - (m/min) Avanço (mm/min)Rotação por minutos (RPm)

SEqUêNCIA LÓgICA

SEqUêNCIA LÓgICA

114Delineamento e aplicação prática

Senai-rJ proGrama De atUaliZação tecnolÓGica De DocenteS

M Ó D U L OMETALMECÂNICA

TORNEARIA MECÂNICA

SENAI

25 177 0,10 15 min

Prender a peça na placa

universal e facear e tornear

externamente no Ø42

33

Paquímetro

Chave de aperto da placa universal

Suporte para ferramenta

Ferramenta de facear à direita

Chave de aperto do suporte e ferramenta

Contraponta

Bucha cônica de redução

Graminho

ferramentas e instrumentos

Prender peça na placa universal

Deixar para fora da placa o comprimento de 20mm, suficiente para realizar a sequência de faceamento.

O material deverá estar centrado, isto é, ao girar não deve oscilar. Caso não fique centrado, mude de posição, girando sobre si, até ficar centrado e bem apoiado na pega das três castanhas da placa.

Verifique a centricidade do material com o auxílio do graminho.

Facear

Prenda, alinhe e posicione a ferramenta de facear à direita.

Ligue a máquina na RPM calculada ou a mais próxima abaixo da calculada permitida pelo torno.

Aproxime a ferramenta da face até tocá-la e fixe o carro longitudinal.

Afaste a ferramenta para fora da peça, dê profundidade com a ajuda do anel graduado do carro porta-ferramenta e avance manualmente até o centro do material.

Não ultrapasse o centro do material, pois certamente danificará a ferramenta.

Dê profundidade e faceie até a regularização completa da face da peça.

Agora que você já tem a sensibilidade da ação de corte em um faceamento, dê um último passo utilizando o movimento automático transversal.

Obs.: Toda ação de corte deve ser acompanhada com o uso de refrigeração e uso de EPI (equipamento de proteção individual) exigido para o uso de máquinas-ferramentas.

Tornear ∅42

Prenda, alinhe e posicione a ferramenta de desbastar à direita.

Desloque a ferramenta ao máximo na direção da placa universal, ligue o torno e efetue um risco com a ponta da ferramenta, limitando assim o ponto de chegada do corte.

Torneie na medida de 42.

Obs.: Toda ação de corte deve ser acompanhada com o uso de refrigeração e uso de EPI (equipamento de proteção individual) exigido para o uso de máquinas-ferramentas.

Page 107: Tornearia Completo

Representação esquemática da sequência

PARâmetRos de coRte

Pontos críticos (chave)

tempo de execução estimado (min)Velocidade de corte - (m/min) Avanço (mm/min)Rotação por minutos (RPm)

SEqUêNCIA LÓgICA

SEqUêNCIA LÓgICA

115Delineamento e aplicação prática

proGrama De atUaliZação tecnolÓGica De DocenteS Senai-rJ

M Ó D U L OMETALMECÂNICA

TORNEARIA MECÂNICA

SENAI

25 995/420 – 20 min

Efetuar furo de 3/4”

passante(Continua)

44

Paquímetro

Mandril porta-brocas

Broca de centrar

Broca helicoidal de 5/16” e 3/4”

Chave de aperto do mandril porta-broca

Chave de aperto do cabeçote móvel

ferramentas e instrumentos

figuRA 4

figuRA 5

Furo de centrar

Montar broca de centrar e prender broca e cabeçote móvel.

Obs.: O cabeçote deverá estar alinhado com o eixo do material.

Ligue a máquina na RPM calculada ou a mais próxima abaixo da calculada permitida pelo torno e efetue a furação obtendo a medida desejada.

Furar passante em 3/4”

Verifique o diâmetro da broca com o paquímetro, medido sobre as guias, sem girá-la (Figura 4).

Em razão de o furo ser maior que 1/2” mm, se faz necessário uma furação inicial: optamos por ela ser de 5/16”.

Prenda o mandril porta-brocas no mangote do cabeçote móvel, com auxílio da bucha de redução.

Prenda a broca helicoidal de 5/16” no mandril com auxílio da chave de aperto do mandril.

Aproxime a broca da face da peça a ser furada, por meio do deslocamento do cabeçote móvel e fixe-o quando a broca estiver à aproximadamente 10 mm da face (Figura 5).

Page 108: Tornearia Completo

Representação esquemática da sequência

PARâmetRos de coRte

Pontos críticos (chave)

tempo de execução estimado (min)Velocidade de corte - (m/min) Avanço (mm/min)Rotação por minutos (RPm)

SEqUêNCIA LÓgICA

SEqUêNCIA LÓgICA

116Delineamento e aplicação prática

Senai-rJ proGrama De atUaliZação tecnolÓGica De DocenteS

M Ó D U L OMETALMECÂNICA

TORNEARIA MECÂNICA

SENAI

25 995/420 – 20 min

Efetuar furo de 3/4”

passante(Continuação)

44

Paquímetro

Mandril porta-brocas

Broca de centrar

Broca helicoidal de 5/16” e 3/4”

Chave de aperto do mandril porta-broca

Chave de aperto do cabeçote móvel

ferramentas e instrumentos

Obs.: O cabeçote deverá estar alinhado como eixo do material.

Ligue a máquina na RPM calculada ou a mais próxima abaixo da calculada permitida pelo torno.

Através do volante do cabeçote móvel, aproxime a broca e efetue o furo passante (Figura 6).

Obs.: Utilize refrigeração.

Eventualmente afaste a broca para fora da peça permitindo a limpeza dos cavacos.

Desligue o torno e quando o eixo parar totalmente, efetue a medição.

Substitua a broca helicoidal de 5/16” pela broca helicoidal de 3/4”, regule a rotação do torno e efetue furação final.

Obs.: Toda ação de corte deve ser acompanhada com o uso de refrigeração e uso de EPI (equipamento de proteção individual) exigido para o uso de máquinas-ferramentas.

figuRA 6

Page 109: Tornearia Completo

Representação esquemática da sequência

PARâmetRos de coRte

Pontos críticos (chave)

tempo de execução estimado (min)Velocidade de corte - (m/min) Avanço (mm/min)Rotação por minutos (RPm)

SEqUêNCIA LÓgICA

SEqUêNCIA LÓgICA

117Delineamento e aplicação prática

proGrama De atUaliZação tecnolÓGica De DocenteS Senai-rJ

M Ó D U L OMETALMECÂNICA

TORNEARIA MECÂNICA

SENAI

25 400/120 0,10 30 min

Broquear furo para

19,80mm e calibrar furo

com alargador Ø20H7

(Continua)

55

Paquímetro

Micrômetro interno com capacidade para 20mm

Calibrador passa não passa de 20H7

Alargador para máquina 20H7

Ferramenta de broquear ∅19

Porta alargador auto centrante.

Bucha cônica de redução

ferramentas e instrumentos

figuRA 7

figuRA 8

figuRA 9

Broquear furo para 19,80mm

Prenda, alinhe e posicione a ferramenta de broquear (Figura 7).

Teste o percurso da ferramenta, garantindo que a passagem pelo furo esteja livre de choque.

Ligue a máquina na RPM calculada ou a mais próxima abaixo da calculada permitida pelo torno.

Aproxime a ferramenta da face até toca-la e fixe o carro longitudinal.

Afaste a ferramenta para fora da peça, dê profundidade com a ajuda do anel graduado do carro transversal.

Obs.: A penetração da profundidade é o inverso do torneamento interno.

Manualmente efetue pequeno rebaixo na entrada do furo.

Desligue o torno, afaste a ferramenta para fora, efetue medição, corrija a profundidade do passe e ligue o torno.

Agora que você já tem a sensibilidade da ação de corte em um broqueamento, dê um último passo utilizando o movimento automático longitudinal.

Page 110: Tornearia Completo

Representação esquemática da sequência

PARâmetRos de coRte

Pontos críticos (chave)

tempo de execução estimado (min)Velocidade de corte - (m/min) Avanço (mm/min)Rotação por minutos (RPm)

SEqUêNCIA LÓgICA

SEqUêNCIA LÓgICA

118Delineamento e aplicação prática

Senai-rJ proGrama De atUaliZação tecnolÓGica De DocenteS

M Ó D U L OMETALMECÂNICA

TORNEARIA MECÂNICA

SENAI

25 400/120 0,10 30 min

Broquear furo para

19,80mm e calibrar furo

com alargador Ø20H7

(Continua)

55

Paquímetro

Micrômetro interno com capacidade para 20mm

Calibrador passa não passa de 20H7

Alargador para máquina 20H7

Ferramenta de broquear ∅19

Porta alargador auto centrante.

Bucha cônica de redução

ferramentas e instrumentos

figuRA 10

figuRA 11

Obs.: Toda ação de corte deve ser acompanhada com o uso de refrigeração e uso de EPI (equipamento de proteção individual) exigido para o uso de máquinas-ferramentas.

Calibrar furo com alargador ∅20H7

Monte e posicione o porta-alargador autocentrante (Figura 8). Na sua ausência prenda o alargador diretamente no cabeçote ou com auxílio da bucha cônica (Figura 9).

Ligue o torno e introduza o alargador com giro uniforme do volante do cabeçote móvel.

Após passar todo alargador pelo furo, recue o alargador girando o material para o mesmo sentido da usinagem.

Desligue o torno efetue limpeza do furo e verifique a medida, com micrômetro interno (Figura 10) ou calibrador do tipo passa não passa (Figura 11).

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Representação esquemática da sequência

PARâmetRos de coRte

Pontos críticos (chave)

tempo de execução estimado (min)Velocidade de corte - (m/min) Avanço (mm/min)Rotação por minutos (RPm)

SEqUêNCIA LÓgICA

SEqUêNCIA LÓgICA

119Delineamento e aplicação prática

proGrama De atUaliZação tecnolÓGica De DocenteS Senai-rJ

M Ó D U L OMETALMECÂNICA

TORNEARIA MECÂNICA

SENAI

25 400 – 10 min

Tornear chanfros Ø20

66

Paquímetro

Transferidor simples

Suporte para ferramenta

Ferramenta de broquear

Chave de aperto do suporte e ferramenta

ferramentas e instrumentos

Prenda, alinhe e posicione a ferramenta de broquear, deixando para fora o mínimo possível.

Solte os parafusos da base do carro superior e gire o carro no ângulo de 45º.

Aperte os parafusos.

Posicione a ferramenta em área de corte e fixe o carro principal.

Ligue o torno e inicie o torneamento pelo extremo mais perto do eixo, e, com passos finos, gire a manivela de carro superior tocando de mão, de modo que não interrompa o corte.

Verifique o ângulo do chanfro e a medida, em seguida, complete a usinagem do chanfro.

Obs.: Toda ação de corte deve ser acompanhada com o uso de refrigeração e uso de EPI (equipamento de proteção individual) exigido para o uso de máquinas-ferramentas.

Page 112: Tornearia Completo

Representação esquemática da sequência

PARâmetRos de coRte

Pontos críticos (chave)

tempo de execução estimado (min)Velocidade de corte - (m/min) Avanço (mm/min)Rotação por minutos (RPm)

SEqUêNCIA LÓgICA

SEqUêNCIA LÓgICA

120Delineamento e aplicação prática

Senai-rJ proGrama De atUaliZação tecnolÓGica De DocenteS

M Ó D U L OMETALMECÂNICA

TORNEARIA MECÂNICA

SENAI

25 177/400 0,10 20 min

Virar a peça prendendo-a

pelo Ø42 usinado, facear no

comprimento final e tornear

chanfros no Ø20

77

Paquímetro

Mandril porta-brocas

Broca de centrar

Chave de aperto do mandril porta-broca

Chave de aperto do cabeçote móvel

Suporte para ferramenta

Ferramenta de facear à direita

Chave de aperto do suporte e ferramenta

Contraponta

Bucha cônica de redução

Graminho

ferramentas e instrumentos

Virar a peça prendendo-a pelo ∅42 usinado

Prenda a peça na placa universal pela parte torneada, deixando para fora a parte ainda não torneada.

Verifique a centricidade do material com o auxílio do graminho.

Facear na medida de 30 mm

Prenda, alinhe e posicione a ferramenta de facear à direita.

Certifique-se de que chave da placa não esteja na placa, a ferramenta e seu suporte estejam bem presos, as alavancas do automático do torno estejam em posição neutra.

Ligue a máquina na RPM calculada ou a mais próxima abaixo da calculada permitida pelo torno.

Aproxime a ferramenta da face até tocar e fixe o carro longitudinal.

Afaste a ferramenta para fora da peça, dê profundidade com a ajuda do anel graduado do carro porta-ferramenta e avance manualmente até ao centro do material.

Faceie até obter a medida de 30 mm.

Tornear chanfros no ∅20

Prenda, alinhe e posicione a ferramenta de broquear, deixando para fora o mínimo possível.

Solte os parafusos da base do carro superior e gire o carro no ângulo de 45º.

Aperte os parafusos.

Posicione a ferramenta em área de corte e fixe o carro principal.

Ligue o torno e inicie o torneamento pelo extremo mais perto do eixo, e com passos finos, gire a manivela de carro superior tocando de mão, de modo que não interrompa o corte.

Verifique o ângulo do chanfro e a medida e complete a usinagem do chanfro.

Obs.: Toda ação de corte deve ser acompanhada com o uso de refrigeração e uso de EPI (equipamento de proteção individual) exigido para o uso de máquinas-ferramentas.

+0,100

+0,100

Page 113: Tornearia Completo

Representação esquemática da sequência

PARâmetRos de coRte

Pontos críticos (chave)

tempo de execução estimado (min)Velocidade de corte - (m/min) Avanço (mm/min)Rotação por minutos (RPm)

SEqUêNCIA LÓgICA

SEqUêNCIA LÓgICA

121Delineamento e aplicação prática

proGrama De atUaliZação tecnolÓGica De DocenteS Senai-rJ

M Ó D U L OMETALMECÂNICA

TORNEARIA MECÂNICA

SENAI

25 200 0,10 30 min

Tornear Ø40

utilizando mandril

88

Paquímetro

Suporte para ferramenta

Ferramenta de desbastar à direita

Ferramenta de alisar

Chave de aperto do suporte e ferramenta

Mandril e chave de aperto

ferramentas e instrumentos

Fixar peça em mandril

Monte a peça no mandril, na medida justa, isto é, sem folga excessiva.

Monte a placa arrastadora do torno.

Obs.: Limpe bem cones e rosca, afim de evitar acidentes e fixação descentralizada.

Verifique a centragem e o alinhamento das pontas, corrigindo se necessário.

Prenda o cabeçote móvel no barramento, de tal forma que a distância entre pontas seja o comprimento da peça.

Monte o arrastador no mandril sem fixá-lo. Coloque a peça entre as pontas e fixe o mangote; posicione e fixe o arrastador.

Obs.: Verifique se a ponta do arrastador está posicionada de tal forma que ao ligar o torno, o mesmo arraste o mandril.

Tornear medida final de 40

Prenda, alinhe e posicione a ferramenta de desbastar à direita, deixando para fora o mínimo possível.

Obs.: Posicione a ferramenta e verifique se a mesma poderá percorrer todo percurso sem bater na contraponta, placa e arrastador.

Ligue a máquina na RPM calculada ou a mais próxima abaixo da calculada permitida pelo torno.

Torneie na medida de 40, considerando a tolerância e o acabamento superficial indicada no desenho mecânico.

Obs.: Toda ação de corte deve ser acompanhada com o uso de refrigeração e uso de EPI (equipamento de proteção individual) exigido para o uso de máquinas-ferramentas.

Page 114: Tornearia Completo

Representação esquemática da sequência

PARâmetRos de coRte

Pontos críticos (chave)

tempo de execução estimado (min)Velocidade de corte - (m/min) Avanço (mm/min)Rotação por minutos (RPm)

SEqUêNCIA LÓgICA

SEqUêNCIA LÓgICA

122Delineamento e aplicação prática

Senai-rJ proGrama De atUaliZação tecnolÓGica De DocenteS

M Ó D U L OMETALMECÂNICA

TORNEARIA MECÂNICA

SENAI

– – – 5 min

Eliminar rebarbas e

realizar conferência

final das dimensões

lineares, angulares e geométricas

99

Paquímetro

Micrômetro

Transferidor simples

Lima mursa

Calibre de rosca

ferramentas e instrumentos

Eliminar rebarbas

Retirar rebarbas com a peça ainda presa no torno, para que a ação seja realizada com mais firmeza e menor risco de pancadas e queda da peça.

Cuidado com as rebarbas para não se machucar.

Conferência final das dimensões lineares, angulares e geométricas.

Execute conferência de todas as medidas indicadas no desenho mecânico, caso alguma não atenda ao indicado no desenho, deve-se efetuar a correção.

Efetue a completa limpeza da peça e efetue a entrega.

Page 115: Tornearia Completo

123Metrologia

PrograMa De atUaliZaÇÃo teCNolÓgiCa De DoCeNteS SeNai-rJ

M Ó D U L OMETALMECÂNICA

TORNEARIA MECÂNICA

SENAI

Metrologia

rugosidade superficial

tolerância geométrica

Máquina de medição por coordenadas (MMC)

Oque se aprende

profundamente jamais se esqueceA. Ro s s A to

Metrologia

NESSE CApíTULO vOCê ENCONTRANESSE CApíTULO vOCê ENCONTRA77

Page 116: Tornearia Completo

124Metrologia

SeNai-rJ PrograMa De atUaliZaÇÃo teCNolÓgiCa De DoCeNteS

M Ó D U L OMETALMECÂNICA

TORNEARIA MECÂNICA

SENAI

MetrologiaA metrologia garante a qualidade do produto fi nal favo-

recendo as negociações pela confi ança do cliente, sendo

um diferenciador tecnológico e comercial para as empre-

sas. Reduz o consumo e o desperdício de matéria-prima

pela calibração de componentes e equipamentos, aumen-

tando a produtividade.

E ainda reduz a possibilidade de rejeição do produto,

resguarda os princípios éticos e morais da empresa no

atendimento das necessidades da sociedade em que está

inserida, evita desgastes que podem comprometer sua

imagem no mercado.

A seguir, são apresentadas três áreas (medição de ru-

gosidade –parâmetro Ra, tolerância geométrica e máqui-

na de medição por coordenadas) que são intimamente li-

gadas à metrologia; ou seja, a prática dessas áreas requer

um conhecimento mínimo da ciência metrologia.

rugosidade superfi cialÉ o conjunto de irregularidades, isto é,

pequenas saliências e reentrâncias que

caracterizam uma superfície. Essas irregularidades po-

dem ser avaliadas com aparelhos eletrônicos, a exemplo

do medidor de rugosidade, mais conhecido como rugo-

símetro. A rugosidade desempenha um papel importan-

te no comportamento dos componentes mecânicos.

defi niçõesA seguir estão defi nidas superfícies, perfi s de peças:

A rugosidade superfi cial tem infl uência nos seguintes itens:

Qualidade de

deslizamento

Resistência ao desgaste

Transferência de calor

Qualidade de superfícies

de padrões e

componentes ópticos

Possibilidade de ajuste

do acoplamento forçado

Resistência oferecida

pela superfície ao

escoamento de fl uidos

e lubrifi cantes

Qualidade de aderência

que a estrutura oferece

às camadas protetoras

Resistência à corrosão

e à fadiga

Vedação

Aparência

BATER DE FRENTEBATER DE FRENTEA metrologia garante a qualidade do produto fi nal favo-

recendo as negociações pela confi ança do cliente, sendo

um diferenciador tecnológico e comercial para as empre-

sas. Reduz o consumo e o desperdício de matéria-prima

pela calibração de componentes e equipamentos, aumen-

SUPERFÍCIE GEOMéTRICA

SUPERFÍCIE REAL

Por defi nição sem erros

Da própria peça

SUPERFÍCIE EFETIVA

Captada pelo rugosímetro

PERFIL GEOMéTRICO

Por defi nição sem erros

Veja o vídeo de Rugosidade.

TEM FILME NO DVDNÃO PERCA

TEM FILME NO DVDNÃO PERCA

Page 117: Tornearia Completo

125Metrologia

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PERFIL REAL PERFIL COMPOSTO

PERFIL EFETIVO

PERFIL DE RUGOSIDADE

LInhA MéDIA

Gerado pelo corte perpendicular Rugosidade + ondulação

Gerado pelo sistema de medição

Já filtrado

Posicionada de tal forma que a soma das áreas acima seja igual à soma das áreas abaixo

Ys

Linha média

Yi

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126Metrologia

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Componentes de rugosidade

a importância da rugosidade

Aumento da resistência ao desgaste

Ajuste de rolamentos em eixos

Manutenção de fi lme lubrifi cante em mancais

Resistência ao lascamento da aresta de corte

Resistência à corrosão de cilindros hidráulicos

Infl uência na capacidade relativa de carga

Infl uência na transmissão de calor

Qualidade de imagem de componentes ópticos

Aspecto estético

figura

Componentes de rugosidade11

figuraRugosidade x ondulação x erro de forma22

figura

Filtragem da ondulação33

OLHA AÍ!OLHA AÍ!

Veja aqui a legenda da Figura 2 (A) rugosidade

Textura primária (herança do meio

de ataque)

(B) Ondulação

Textura secundária

(derivada da usinagem,

tratamento térmico etc.)

(C) Erro de forma

Geometria (retilinidade,

conicidade etc.)

figura

(derivada da usinagem,

tratamento térmico etc.)

Geometria (retilinidade,

onde: le1 = comprimento idealH1 = Profundidade da rugosidadele2 = comprimento que ainda incorpora ondulaçãoH2 = Profundidade que incorpora ondulação

AA rugosidade = textura primária (herança do meio de ataque)bb ondulação = textura secundária (derivada da usinagem,

tratamento térmico etc.)CC erro de forma = geometria (retilinidade, conicidade etc.)

amplitude da ondulação

comprimento da rugosidade

orientação dos sulcos

amplitude da ondulação amplitude da ondulação

4

2

51

3

Page 119: Tornearia Completo

127Metrologia

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distância entre suLcos cutoff

> 0,01mm a 0,032mm

> 0,032mm a 0,1mm

> 0,1mm a 0,32mm

> 0,32mm a 1mm

> 1mm a 3,2mm

0,08mm

0,25mm

0,8 m

2,5mm

8mm

rugosidade ra cutoff rugosidade rz cutoff

Conceito de filtragem quadro quadro quadro

perfil periódico perfil periódico perfil periódico1 2 31 2 3

figura

Gráfico do valor de cutoff66

figura

figura

Uma linha média para cada perfil dentro do cutoff

Todas as linhas médias são alinhadas

4

5

4

5

Valor de cutoffAcabamentos com ferramentas conformadas, usando ve-

locidade e avanço constante. Veja o Quadro 1.

Os acabamentos com rebolo, ataque químico, entre

outros estão nos Quadros 2 e 3.

< 0,1µm

> 0,1µm a 2µm

> 2µm a 10µm

> 10µm

< 0,5µm

> 0,5µm a 10µm

> 10µm a 50µm

> 50µm

0,25mm

0,8mm

2,5mm

8mm

0,25mm

0,8mm

2,5mm

8mm

Linha média

Page 120: Tornearia Completo

128Metrologia

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BOLA NA REDEBOLA NA REDEBOLA NA REDE

Filtros

Confi ra. Nesta página você tem um conjunto de três fi guras.

A Figura 7 mostra o Processamento da

fi ltragem elétrica.

A Filtragem mecânica com patim

está na Figura 8 e a Filtragem mecânica

sem patim, na Figura 9.

figura

processamento da fi ltragem elétrica77

figura figura

Filtragem mecânica com patim Filtragem mecânica sem patim8 98 9

direção de medição

direção de medição

Patim

Page 121: Tornearia Completo

129Metrologia

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figura

Obtenção do parâmetro de rugosidade1010

Classifi cação de parâmetrosOs parâmetros de rugosidade podem ser classifi cados em

três categorias:

Amplitude Espaçamento Híbridos

Parâmetro ra

O parâmetro de rugosidade mais utilizado baseia-se nas

medidas de profundidade da rugosidade. Matematica-

mente, Ra é média aritmética dos valores absolutos das

ordenadas do perfi l efetivo em relação à linha média num

comprimento de amostragem. Um meio de visualizar co-

mo o Ra é obtido é o seguinte:

O parâmetro Ra, também, conhecido no passado, co-

mo Linha Média Central (CLA) ou no EUA, Média Aritmé-

tica (AA). Onde Ra é a média aritmética dos valores abso-

lutos das ordenadas do perfi l efetivo em relação à linha

média num comprimento de amostragem.

Pode ser calculado da seguinte forma:

OLHA AÍ!OLHA AÍ!

A Figura 10 estruturada nas normasRaMédia aritmética dos valores absolutos das ordenadas do perfi l efetivo em relação à linha média num comprimento de amostragem

CLALinha Média Central

AAMédia aritmética

amostragem

Linha Média

onde: A = Média da soma das áreas acima e abaixo da linha média

Lc = comprimento analisado para a obtenção de a.

LIGAÇÃO DIRETALIGAÇÃO DIRETA

GRÁFICO AGRÁFICO A A linha média X-X é ajustada aos dados de medição

GRÁFICO bGRÁFICO b As parcelas do perfi l dentro do comprimento de amostragem “l” e abaixo da linha média são invertidos e colocados acima da linha

GRÁFICO CGRÁFICO C Ra é a altura média do perfi l acima da linha média original

A linha média X-X é ajustada aos dados de medição

As parcelas do perfi l dentro do comprimento de amostragem “l” e abaixo da linha média são invertidos e colocados acima da linha

Ra é a altura média do perfi l acima da linha média original

ouALc

Ra =1L

Ra = . y . dxL

O

.

NormasRa – ISO 4287:1997CLA – BSI 1134:1961AA – ASA – B46.1:1955

Page 122: Tornearia Completo

130Metrologia

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Emprego do ra

O parâmetro Ra pode ser empregado nas situações:

Controle da rugosidade continuamente nas linhas de

produção, devido à sua facilidade de obtenção

Superfícies onde o acabamento apresenta os sulcos de

usinagem bem orientados (torneamento, fresagem etc.)

Superfícies de pouca responsabilidade (ex.: acabamen-

tos para fi ns apenas estéticos)

Causas dos desvios de formaOs desvios de forma que afetam as dimensões nominais

das peças podem ser ocasionados por diversos fatores, sen-

do os principais (conhecidos por 6M) destacados abaixo:

CHOQUE DE ORDEMCHOQUE DE ORDEM

MATERIAL DA PEÇAMATERIAL DA PEÇA

Usinabilidade, conformabilidade ou dureza.

MEIO DE MEDIÇÃOMEIO DE MEDIÇÃO

Incerteza de medição, adequação do instrumento ao

mensurando.

MÁQUInA-FERRAMEnTAMÁQUInA-FERRAMEnTA

Ferramenta de corte, defeitos nas guias, erros de

posicionamento.

MÃO DE ObRAMÃO DE ObRA

Erros de interpretação, falta de treinamento.

MEIO AMbIEnTEMEIO AMbIEnTE

Variação de temperatura, limpeza do local de

trabalho.

MéTODOMéTODO

Processo de fabricação para obtenção da peça,

parâmetros de corte.

Usinabilidade, conformabilidade ou dureza.BOLA NA REDEBOLA NA REDE

tos para fi ns apenas estéticos)

VAnTAGEM DO RaVAnTAGEM DO Ra

O parâmetro Ra tem as seguintes vantagens:

É o mais utilizado em todo o mundo.

É aplicável à maioria dos processos de fabricação.

Devido a sua grande utilização, quase a totalidade dos

equipamentos o apresentam.

Os riscos superfi ciais inerentes ao processo, não alteram

substancialmente o seu valor.

DESVAnTAGEM DO RaDESVAnTAGEM DO Ra

O parâmetro Ra tem as seguintes desvantagens:

Não sofrerá grande alteração se aparecer um pico ou vale

não típico da superfície, ocultando tal defeito.

Não defi ne a forma das irregularidades do perfi l. poderemos

ter um mesmo valor de Ra para processos de usinagem

diferentes, veja Figura 11.

figura Diversas formas com mesmo valor de Ra1111

Page 123: Tornearia Completo

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Tolerância geométricaOs desvios geométricos permissíveis para a peça são pre-

viamente indicados, aplicando-se tolerâncias geométricas

que são os limites dentro dos quais as dimensões e formas

geométricas possam variar sem que haja comprometimen-

to do funcionamento e intercambiabilidade das peças.

Tais desvios podem ser macrogeométricos, sendo des-

vios macroscópicos como retilineidade, planeza, dimen-

sões nominais e desvios microgeométricos, sendo desvios

superficiais microscópicos como rugosidade e aspereza.

A Figura 1 a seguir apresenta os tipos de tolerâncias que

compõem as tolerâncias geométricas.

figura

Quadro geral das tolerâncias geométricas1212

a importância da tolerância geométricaA execução da peça dentro da tolerância dimensional não

garante, por si só, um funcionamento adequado. Veja um

exemplo na Figura 13.

figura

Desenho técnico de um pino1313

A Figura 13 AA mostra o desenho técnico de um pino,

com indicação das tolerâncias dimensionais. A Figura 13 bb

mostra como ficou a peça depois de executada, com a in-

dicação das dimensões efetivas.

Note que, embora as dimensões efetivas do pino este-

jam de acordo com a tolerância dimensional especifica-

da no desenho técnico, a peça real não é exatamente igual

à peça projetada. Pela ilustração você percebe que o pino

está deformado.

AA bb

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132Metrologia

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SENAI

Não é sufi ciente que as dimensões da peça estejam den-

tro das tolerâncias dimensionais previstas. E necessário

que as peças estejam dentro das formas previstas para po-

derem ser montadas adequadamente e para que funcio-

nem sem problemas. Do mesmo modo que é praticamen-

te impossível obter uma peça real com as dimensões no-

minais exatas, também é muito difícil obter urna peça re-

al com formas rigorosamente idênticas às da peça proje-

tada. Assim, desvios de formas dentro de certos limites não

chegam a prejudicar o bom funcionamento das peças.

Quando dois ou mais elementos de uma peça estão as-

sociados, outro fator deve ser considerado: a posição re-

lativa desses elementos entre si.

As variações aceitáveis das formas e das posições dos

elementos na execução da peça constituem as tolerâncias

geométricas.

Interpretar desenhos

técnicos com indicações de

tolerâncias geométricas.

Como se trata de um

assunto muito complexo,

será dada apenas uma visão

geral, sem a pretensão de

esgotar o tema. O

aprofundamento virá com

muito estudo e com a

prática profi ssional.

UMA LUZUMA LUZLUZLUZLUZLUZLUZ

Tolerâncias de forma

As tolerâncias de forma são os desvios que um elemento

pode apresentar em relação à sua forma geométrica ideal.

As tolerâncias de forma vêm indicadas no desenho técni-

co para elementos isolados, como por exemplo, uma su-

perfície ou uma linha. Acompanhe um exemplo, para en-

tender melhor.

Analise das vistas frontal e lateral esquerda do mode-

lo prismático a seguir caracterizado.

Note que a superfície S, projetada no desenho, é uma

superfície geométrica ideal plana.

figura

Modelo prismático1414

S

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133Metrologia

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SENAI

Após a execução, a superfície real da peça S’ pode não

fi car tão plana como a superfície ideal S. Entre os desvios

de planeza, os tipos mais comuns são a concavidade e a

convexidade.

figura

figura

Forma real côncava

Forma real convexa

15

16

15

figura

Forma real côncava1717

16

A tolerância de planeza corresponde à distância t en-

tre dois planos ideais imaginários, entre os quais deve en-

contrar-se a superfície real da peça.

BATER DE FRENTEBATER DE FRENTE

Observe que na Figura 17,

acima, o espaço situado

entre os dois planos paralelos

é o campo de tolerância.

BATER DE FRENTEBATER DE FRENTEBATER DE FRENTEBATER DE FRENTEBATER DE FRENTE

Observe que na Figura 17,

acima, o espaço situado

entre os dois planos paralelos

é o campo de tolerância.

S

S

S

S

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134Metrologia

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Tolerâncias de orientação

Quando dois ou mais elementos são associados pode ser

necessário determinar a orientação precisa de um em re-

lação ao outro para assegurar o bom funcionamento do

conjunto. Veja um exemplo.

A Figura 18 AA mostra que o eixo deve ser perpendicu-

lar ao furo. Observe, na Figura 18 bb , como um erro de per-

pendicularidade na execução do furo afeta de modo ina-

ceitável a funcionalidade do conjunto. Daí a necessidade

de se determinarem, em alguns casos, as tolerâncias de

orientação. Na determinação das tolerâncias de orienta-

ção geralmente um elemento é escolhido como referên-

cia para indicação das tolerâncias dos demais elementos.

O elemento como referência pode ser uma linha, como

por exemplo, o eixo de uma peça. Pode ser, ainda, um pla-

figura

figura

Tolerância de orientação1818

Tolerância de paralelismo1919

AA bb

OLHA AÍ!OLHA AÍ!

As tolerâncias de orientação podem ser de:

Paralelismo

Perpendicularidade

Inclinação

A seguir, você vai aprender a

identifi car cada um desses

tipos de tolerâncias.

As tolerâncias de orientação

A seguir, você vai aprender a

no, como por exemplo, uma determinada face da peça. E

pode ser até mesmo um ponto de referência, como por

exemplo, o centro de um furo. O elemento tolerado tam-

bém pode ser uma linha, uma superfície ou um ponto.

As tolerâncias de orientação podem ser de: paralelis-

mo, perpendicularidade e inclinação. A seguir, você vai

aprender a identifi car cada um desses tipos de tolerâncias.

Tolerância de paralelismo

Observe a Figura 19. Nesta peça, o eixo do furo superior de-

ve fi car paralelo ao eixo do furo inferior, tomado como re-

ferência. O eixo do furo superior deve estar compreendido

dentro de uma zona cilíndrica de diâmetro t, paralela ao

eixo do furo inferior, que constitui a reta de referência.

Page 127: Tornearia Completo

135Metrologia

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Nesta peça (Figura 20), o eixo do furo vertical B deve

fi car perpendicular ao eixo do furo horizontal C. Portan-

to, é necessário determinar a tolerância de perpendicu-

landade de um eixo em relação ao outro.

Tomando como reta de referência o eixo do furo C, o

campo de tolerância do eixo do furo B fi ca limitado por

dois planos paralelos, distantes entre si uma distância t e

perpendiculares à reta de referência.

figuraTolerância de perpendicularidade2020

figura

Campo de tolerância do eixo2121

Na peça mostrada na Figura 19, na página ao lado, do

exemplo anterior, o elemento tolerado foi uma linha re-

ta: o eixo do furo superior.

O elemento tomado como referência também é uma

linha, o eixo do furo inferior.

Mas, há casos em que a tolerância de paralelismo de

um eixo é determinada tomando-se como referência uma

superfície plana.

Qualquer que seja o elemento

tolerado e o elemento de

referência, a indicação de

tolerância de paralelismo, nos

desenhos técnicos, vem sempre

precedida do símbolo //.

UMA LUZUMA LUZLUZLUZLUZLUZLUZ

Dependendo da forma da peça, pode ser mais conve-

niente indicar a tolerância de perpendicularidade de uma

linha em relação a um plano de referência.

reta de referência

Page 128: Tornearia Completo

136Metrologia

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Tolerância de inclinação

O furo da peça representada na Figura 22 a seguir deve fi -

car inclinado em relação à base.

OLHA AÍ!OLHA AÍ!

Nos desenhos técnicos,

a indicação das

tolerâncias de

perpendicularidade

vem precedida do

símbolo: ⊥

Nos desenhos

técnicos,

a indicação de

tolerância de

inclinação vem

precedida do

símbolo: ∠

figura

Furo da peça2222

Para que o furo apresente a inclinação correta é neces-

sário determinar a tolerância de inclinação do eixo do fu-

ro. O elemento de referência para determinação da tole-

rância, neste caso, é o plano da base da peça.

O campo de tolerância é limitado por duas retas para-

lelas, distantes entre si uma distância t, que formam com

a base o ângulo de inclinação especifi cado α.

Em vez de uma linha, como no exemplo ilustrado na

Figura 22, o elemento tolerado pode ser uma superfície.

figura

Tolerância de inclinação2323

Tolerância de posição

Quando tomamos como referência à posição, três tipos

de tolerância devem ser considerados:

Localização

Concentricidade

Simetria

Saiba como identifi car cada um desses tipos de tolerân-

cia acompanhando com atenção as próximas explicações.

a indicação de

tolerância de

inclinação vem

precedida do

Page 129: Tornearia Completo

137Metrologia

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Tolerância de localização

Quando a localização exata de um elemento, como por

exemplo: uma linha, um eixo ou uma superfície é essen-

cial para o funcionamento da peça, sua tolerância de lo-

calização deve ser determinada. Observe na Figura 24, a

placa com furo.

figura

placa com furo2424

Como a localização do furo é importante, o eixo do fu-

ro deve ser tolerado. O campo de tolerância do eixo do fu-

ro é limitado por um cilindro de diâmetro t. O centro des-

te cilindro coincide com a localização ideal do eixo do ele-

mento tolerado. Observe a Figura 25 ao lado.

Tolerância de concentricidade ou coaxialidade

Quando duas ou mais fi guras geométricas planas regula-

res têm o mesmo centro, dizemos que elas são concêntri-

cas. Quando dois ou mais sólidos de revolução têm o ei-

xo comum, dizemos que eles são coaxiais. Em diversas

peças, a concentricidade ou a coaxialidade de partes ou

de elementos, é condição necessária para seu funciona-

mento adequado. Mas, determinados desvios, dentro de

limites estabelecidos, não chegam a prejudicar a funcio-

nalidade da peça. Daí a necessidade de serem indicadas

as tolerâncias de concentricidade ou de coaxialidade.

Veja a Figura 26 que mostra o desenho da peça.

NA LINHA

DO VENTO

NA LINHA

DO VENTO

A indicação da

tolerância de

localização,

nos desenhos

técnicos, é

antecedida pelo

símbolo: ⊕

A tolerância de

concentricidade

é identifi cada,

nos desenhos técnicos,

pelo símbolo:

VENTOVENTOVENTOVENTOVENTO

antecedida pelo

A tolerância de

concentricidade

é identifi cada,

nos desenhos técnicos,

figura

Tolerância de concentricidade2626figura

Eixo do furo2525

Page 130: Tornearia Completo

138Metrologia

SeNai-rJ PrograMa De atUaliZaÇÃo teCNolÓgiCa De DoCeNteS

M Ó D U L OMETALMECÂNICA

TORNEARIA MECÂNICA

SENAI

A peça da Figura 26 é composta por duas partes de di-

âmetros diferentes. Mas, os dois cilindros que formam a

peça são coaxiais, pois têm o mesmo eixo. O campo de to-

lerância de coaxialidade dos eixos da peça fi ca determi-

nado por um cilindro de diâmetro t cujo eixo coincide

com o eixo ideal da peça projetada.

Tolerância de simetria

Em peças simétricas é necessário especifi car a tolerância

de simetria. Observe a peça a seguir, representada em

perspectiva e em vista única na Figura 27.

figura

Tolerância de simetria2727

BATER DE FRENTEBATER DE FRENTE

Nos desenhos

técnicos, a

indicação de

tolerância de

simetria vem

precedida pelo

símbolo:

A peça da Figura 26 é composta por duas partes de di-

âmetros diferentes. Mas, os dois cilindros que formam a

peça são coaxiais, pois têm o mesmo eixo. O campo de to-

lerância de coaxialidade dos eixos da peça fi ca determi-

nado por um cilindro de diâmetro t cujo eixo coincide

BATER DE FRENTE

técnicos, a

tolerância de

simetria vem

Preste atenção ao plano que divide a peça em duas par-

tes simétricas (Figura 27). Na vista frontal, a simetria vem

indicada pela linha de simetria que coincide com o eixo

da peça. Para determinar a tolerância de simetria, toma-

mos como elemento de referência o plano médio ou eixo

da peça. O campo de tolerância é limitado por dois pla-

nos paralelos, equidistantes do plano médio de referên-

cia, e que guardam entre si uma distância t. É o que mos-

tra a próxima Figura 28.

Há ainda um outro tipo de tolerância que você preci-

sa conhecer para adquirir uma visão geral deste assunto:

tolerância de batimento.

figura

Campo de tolerância2828

Page 131: Tornearia Completo

139Metrologia

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TORNEARIA MECÂNICA

SENAI

Tolerância de batimento

Quando um elemento dá uma volta completa em torno

de seu eixo de rotação, ele pode sofrer oscilação, isto é,

deslocamentos em relação ao eixo. Dependendo da fun-

ção do elemento, esta oscilação tem de ser controlada pa-

ra não comprometer a funcionalidade da peça. Por isso,

é necessário que sejam determinadas as tolerâncias de

batimento, que delimitam a oscilação aceitável do ele-

mento. As tolerâncias de batimento podem ser de dois ti-

pos: axial e radial.

Axial, você já sabe, refere-se a eixo. Batimento axial

quer dizer balanço no sentido do eixo. O campo de tole-

rância, no batimento axial, fi ca delimitado por dois pla-

nos paralelos entre si, a uma distância te que são perpen-

diculares ao eixo de rotação.

O batimento radial, por outro lado, é verifi cado em re-

lação ao raio do elemento, quando o eixo der uma volta

completa. O campo de tolerância, no batimento radial é

delimitado por um plano perpendicular ao eixo de giro

que defi ne dois círculos concêntricos, de raios diferentes.

A diferença t dos raios corresponde à tolerância radial.

figura

figura

Batimento axial

Batimento radial

29

30

29

30

NA LINHA

DO VENTO

NA LINHA

DO VENTO

As tolerâncias

de balanço

são indicadas,

nos desenhos

técnicos,

precedidas

do símbolo:

são indicadas,

Cabe ressaltar que a execução de peças com indicação

de tolerâncias geométricas é tarefa que requer grande ex-

periência e habilidade.

A interpretação completa deste tipo de tolerância exige conhecimentos muito mais aprofundados, que escapam ao objetivo deste curso.

LIGAÇÃO DIRETALIGAÇÃO DIRETA

A interpretação completa deste tipo de tolerância exige conhecimentos muito mais aprofundados, que escapam ao objetivo deste curso.

LIGAÇÃO DIRETALIGAÇÃO DIRETALIGAÇÃO DIRETALIGAÇÃO DIRETALIGAÇÃO DIRETA

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140Metrologia

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Máquina de medição por coordenadas (MMC)Ao longo de alguns anos ocorreu intensivo desenvolvi-

mento tecnológico nos processos de usinagem das peças,

destacando-se o surgimento dos centros de usinagem com

comando numérico. Paralelamente, refi naram-se as exi-

gências quanto à conformidade geométrica dos compo-

nentes de sistemas mecânicos resultando em especifi ca-

ções mais severas de projeto, de modo a garantir um ele-

vado desempenho funcional dos mesmos. Pelo não de-

senvolvimento da tecnologia de medição no mesmo rit-

mo, criou-se uma defasagem tecnológica a tal ponto, que

o controle de certas peças tornava-se extremamente difí-

cil e economicamente inviável.

Por intermédio de uma máquina de medição por co-

ordenadas determina-se, de forma universal, com um mí-

nimo de dispositivos e instrumentos específi cos, as coor-

denadas de certos pontos sobre as peças a controlar. Tais

pontos convenientemente processados pelo computador

associado resultam os parâmetros geométricos da peça.

O desenvolvimento das MMC foi favorecido ainda pe-

la evolução dos sistemas de medição de deslocamento

eletrônicos, que permitem elevar a sua qualidade e viabi-

lizaram a sua integração com sistemas automatizados de

fabricação. As MMC têm em comum com tais sistemas a

característica de grande fl exibilidade.

A aplicação racional da tecnologia de medição por

coordenadas tornou-se viável com o desenvolvimento

dos computadores que passaram a ter:

Enormes potencialidades matemáticas

Flexibilidade de comunicação e conexão com um processo

Resistência a ambientes industriais

Pequeno porte e baixo custo

PARA BOTAR NA MOLDURAPARA BOTAR NA MOLDURA

Flexibilidade de comunicação e conexão com um processo

CHOQUE DE ORDEMCHOQUE DE ORDEM

A seguir, na páginaao lado, você vai estudar

Sistema de Coordenadas.

Fique ligado!

Você vai se interessar muito por esse tema.

Veja o vídeo Apresentação da máquina

tridimensional

TEM FILME NO DVDNÃO PERCA

TEM FILME NO DVDNÃO PERCA

tridimensional

Page 133: Tornearia Completo

141Metrologia

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o que é um sistema de coordenadasA idéia de localizar posições utilizando-se números vem

de longe e é usada em muitas situações da nossa vida:

11 Quando vamos ao teatro e temos um bilhete marcado

g-7, sabemos que devemos nos dirigir á fi leira (linha)

g, cadeira (coluna) número 7 e que em algum lugar es-

tá a cadeira a-1.

22 Também quando localizamos uma cidade no mapa

usamos a linha do equador (horizontal) e o meridia-

no de greenwich (vertical) para informar onde está es-

ta cidade, e em alguns casos também vemos a altitu-

de em relação à esfera global.

figura

Nosso planeta: Latitudes e Meridianos3131

O Sistema de Coordenadas é uma forma de demons-

trar posições de qualquer coisa no espaço, tendo como

referência uma origem (um ponto zero).

O Sistema de Coordenadas é como uma planta (Ma-

pa), onde a combinação de uma letra ao longo de uma

borda no mapa, um número ao longo de outra borda e o

ponto de elevação (Altura, por exemplo: o andar), descre-

ve cada localização no mapa. Esta combinação (letra / nú-

mero/elevação) pode ser chamada coordenada de um pla-

no cartesiano.

Estamos acostumados a encontrar endereços em guias

de ruas, ou localizar uma cota no desenho pelos núme-

ros e letras nas laterais, tudo isto são formas de sistema

de coordenadas, um endereço, uma localização.

A partir de agora

vamos chamar estas

coordenadas de

X, Y e Z.

UMA LUZUMA LUZLUZLUZLUZLUZLUZ

OLHA AÍ!OLHA AÍ!

Uma dicaO Sistema de

Coordenadas foi

inventado pelo famoso

fi lósofo e matemático

francês René

Descartes

em 1619.

francês René

Descartes

em 1619.

MeridianosLatitudes

50ºn

40ºW20ºW

20ºe

25ºn

0ºn

25ºs

Meridianos de greenwich ou dos Zero graus de longitude

a escala das longitudes é traçada sobre a linha do equador

equador

Paralelos

equador

Y

X

Z

Page 134: Tornearia Completo

142Metrologia

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SENAI

Nós também usamos o Sistema de Coordenadas para

descrever as posições de características de uma peça, e

também os movimentos de uma máquina de medição

por coordenadas.

A máquina possui o seu próprio sistema de coordena-

das como pode ser observado na Figura 32.

figuraSistema de coordenadas da peça3232

Sistema de coordenadas de uma peçaO Sistema de Coordenadas da peça é importante desde a

sua usinagem, onde referenciamos a peça e zeramos a fer-

ramenta antes de usiná-la, como uma preparação para

que consigamos fazer aquilo que está determinado no de-

senho: nivelar e alinhar a peça, zerar a ferramenta refe-

renciando na face da peça e zerar os anéis graduados ou

contador da máquina de usinagem.

Para o controle dimensional nós também precisamos

desta “preparação”, pois a máquina tridimensional não

sabe onde é o zero (a referência) da sua peça.

Essas Coordenadas (XYZ), sempre partem de uma ori-

gem e de um alinhamento, o que chamamos de referên-

cia. Quando vamos medir uma Peça em uma máquina tri-

dimensional, precisamos antes Construir o Sistema de

Coordenadas, defi nindo a referência da peça conforme o

desenho, e localizar o seu ponto Zero (Origem).

NA LINHA

DO VENTO

NA LINHA

DO VENTO

Para construir um sistema de coordenadas

em uma peça, é necessário primeiro defi nir

os elementos que serão medidos e

usados como referência, e o primeiro

passo é defi nir o nivelamento, pois será

o plano de projeção onde serão criados

os demais elementos que forem medidos.

NA LINHA

DO VENTO

NA NA NA NA LINHA LINHA LINHA LINHA

DO DO DO DO VENTOVENTOVENTOVENTO

Para construir um sistema de coordenadas

em uma peça, é necessário primeiro defi nir

passo é defi nir o nivelamento, pois será

o plano de projeção onde serão criados

os demais elementos que forem medidos.

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143Metrologia

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Observe a Figura 33 abaixo confi ra a legenda e veja o

que acontece quando medimos um elemento antes de de-

fi nirmos o plano de referência.

Para evitar esta projeção errada, devemos sempre de-

fi nir o plano de projeção correto no inicio da medição de

uma peça em uma máquina tridimensional

figura

plano de referência3333

CHOQUE DE ORDEMCHOQUE DE ORDEM

Os pontos tocados são projetados

no plano da máquina, criando o

elemento com projeção errada

e resultados equivocados.

Quanto maior a inclinação

da peça, maior o erro

de projeção.

elemento com projeção errada

Como fazer um sistema de coordenadas simples

PARA BOTAR NA MOLDURAPARA BOTAR NA MOLDURA

Page 136: Tornearia Completo

144Metrologia

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NivelamentoPrecisamos medir primeiro o elemento de referência, que

pode ser um plano (com no mínimo três pontos), cone ou

cilindro (com no mínimo 6 pontos) conforme o desenho,

que será o chamado plano de referência, plano de nive-

lamento ou o plano de projeção.

Após a medição ir ao menu: Sist. De Coord. / Nivela pla-

no ou clicar no ícone Nivela Plano.

Abrirá a janela para selecionar o elemento medido e em

que face você irá trabalhar: XY, YZ ou ZX.

Também é nesta janela que defi nimos o zero do eixo de

referência (a normal do plano –> o vetor a 90º do plano

medido) se quisermos no plano de referência.

alinhamentoPara um alinhamento paralelo ao eixo precisamos ter

um elemento como linha, cone ou cilindro que esteja

paralelo a um dos eixos do sistema de coordenadas do

plano (escolha o elemento a ser usado conforme o de-

senho da peça).

Vamos imaginar que o elemento a ser utilizado será a

linha, então primeiro medimos o elemento linha (com no

mínimo 2 pontos) com o cuidado de sempre medir no

sentido positivo do eixo (X – positivo para a direita / Y –

positivo para trás / Z – positivo para cima).

Após a medição ir ao menu:

Sistema de Coord/ Alinhamento Paralelo ao Eixo ou cli-

car no ícone Alinhamento Paralelo ao Eixo (ao lado de

Nivela Plano).

Abrirá uma janela para selecionar o elemento que será

usado no alinhamento e também devemos selecionar qual

o eixo que está paralelo ao eixo do elemento medido.

Podemos também defi nir como zero (origem) do eixo

perpendicular ao alinhamento nesta janela.

origemO último passo de um sistema de coordenadas é defi nir a

Origem de uma peça, o ponto zero da peça, a partir de on-

de serão puxadas às coordenadas dos demais elementos.

Meça um elemento com ponto determinado para colo-

car a origem, como o circulo, ponto, elipse ou esfera,

pois assim fi cará defi nido exatamente onde estão os ze-

ros dos 3 eixos.

Podemos medir então um circulo (com no mínimo 3

pontos) e depois ir ao menu: Sistema de Coordenadas /

Origem, ou clicar no ícone Origem.

Abrirá uma janela onde seleciona-

remos o elemento que será usado

para determinar a origem e quais

os eixos que serão zerados neste

ponto (X, Y, e Z).

OLHA AÍ!OLHA AÍ!

Veja as fi guras que mostram:

Nivelamento

Alinhamento

Origem

Veja as fi guras que mostram:

Nivelamento

Alinhamento

nIVELAMEnTOnIVELAMEnTO

ALInhAMEnTOALInhAMEnTO

ORIGEMORIGEM

Veja o vídeo Medição

automática da peça

TEM FILME NO DVDNÃO PERCA

TEM FILME NO DVDNÃO PERCA

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145Metrologia

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informações sobre sistema de coordenadas

Sem projeção

Podemos medir um elemento círculo ou elipse sem pro-

jeção (ícone dentro do elemento – seta valor do eixo co-

mo zero), quando o ícone não está clicado a projeção es-

tá desligada, ou seja, os pontos medidos não serão proje-

tados no plano de referência e o elemento será criado na

altura em que foi medido.

Nivelamento com outros elementos além do plano

Todo plano tem uma normal (vetor) perpendicular a ele,

a Normal do Plano é igual a vetor e igual a um eixo do ele-

mento (Figura 1).

Quando usamos um plano para o nivelamento, na ver-

dade o software está usando esta normal do plano para

zerar o eixo de referência (no caso de um plano XY o eixo

de referência ou normal do plano é Z).

Então se na verdade usamos a normal do plano para o

nivelamento, podemos usar também outros elementos

com eixo para fazer o nivelamento, como o cilindro, o co-

ne ou linha.

figuraFiguras com projeção e sem projeção3434

BOLA NA REDEBOLA NA REDEBOLA NA REDE

Resumindo sistema de coordenadas simples:

nIVELAMEnTOnIVELAMEnTO

Medir plano, cone ou cilindro e nivelar.

ALInhAMEnTOALInhAMEnTO

Medir linha e alinhar paralelo ao eixo.

ORIGEMORIGEM

Medir círculo e determinar como origem.

COM PROJEÇÃOCOM PROJEÇÃO

SEM PROJEÇÃOSEM PROJEÇÃO

Page 138: Tornearia Completo

146Metrologia

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O plano de projeção (referência) estará sempre per-

pendicular ao eixo no caso do cilindro e cone.

Observe a Figura 35 abaixo onde temos primeiro al-

guns elementos e seus eixos ou normal (no caso do pla-

no), temos também um “cubo” mostrando que todo eixo

possui um plano perpendicular a ele.

Por último vemos como o software enxerga os planos

de projeção a partir do sistema de coordenadas definido.

figura

Sistema de coordenadas definido3535

alinhamento

Temos que ter cuidado ao usar linhas e eixos para alinhar

uma peça, pois se a peça for alinhada por uma linha que

foi medida ao contrário (X negativo), o sistema inteiro se-

rá rotacionado e inverterá o sentido dos eixos conforme

o exemplo mostrado abaixo.

Para verificar se o sistema de coordenadas está corre-

to, podemos verificá-lo em relação ao da máquina indo

no Menu: Janela/Mostrar eixos.

Se acontecer de alinharmos a peça por um eixo medi-

do para o sentido negativo do eixo máquina, podemos

corrigir o sistema de coordenadas rotacionando os eixos:

Menu Sistema de Coordenadas/Move e Rotaciona Sis-

tema de coordenadas, veja mais informações sobre isto

nos próximos tópicos.

SISTEMA CORRETOSISTEMA CORRETO SISTEMA ROTACIOnADO (ALInh. ERRADO)

SISTEMA ROTACIOnADO (ALInh. ERRADO)

Y+

X+

Y+X+

Page 139: Tornearia Completo

147Metrologia

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SENAI

Temos outros tipos de alinhamento, onde precisamos

alinhar a peça a partir de um ponto (ponto, circulo, elip-

se ou esfera), para isto temos duas formas:

alinhamento eixo com ponto (1 eixo)

Esta função faz o alinhamento usando uma origem e a po-

sição de outro elemento, para isto é necessário sempre

primeiro nivelar a peça e determinar a origem, para de-

pois medir o elemento que será usado no alinhamento.

O desenho deve informar se o elemento está simétri-

co à origem ou se tem um valor de referência determina-

do, conforme pode ser visto na Figura 36.

Para usar a função é só entrar no Menu:

Sist. Coord. / Alinhamento eixo com ponto ou clicar no

ícone (ao lado do alinhamento paralelo ao eixo).

Abrirá uma janela para escolher o elemento que será

usado para o alinhamento, se o elemento estiver simé-

trico a origem conforme a Figura 36 AA é só selecionar

o eixo que ele está simétrico, que será o eixo alinhado.

Já no caso da Figura 36 bb , é só selecionar o elemento,

clicar em Alinhamento Offset e inserir neste campo o va-

lor dado em desenho, neste caso devemos sempre esco-

lher o eixo de alinhamento verificando qual é o eixo que

temos o valor, se temos um valor em X, o eixo que será ali-

nhado será o Y, e vice e versa.

figura

Alinhamento eixo com ponto3636

alinhamento offset

Esta função faz o alinhamento por um ponto, porém via

teclado, ou seja, o desenho deve me informar qual as co-

tas de referencia do desenho, para que após eu medir o

elemento eu informe via teclado onde se localiza este ele-

mento. Veja Figura 37 abaixo.

figura

Alinhamento Offset3737

AA bb

20

20

50

Page 140: Tornearia Completo

148Metrologia

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Para usar esta função é só selecioná-la no Menu:

Sist.de Coordenadas/alinhamento eixo com offset, es-

ta função não possui um ícone.

Abrirá uma janela solicitando a seleção do elemento

que será utilizado no alinhamento e em qual plano vo-

cê está trabalhando. Ao escolher o plano irá aparecer

o campo para inserir os valores de referência dados no

desenho.

Caso exista algum erro de posição na peça, este erro se-

rá dividido entre os dois valores de offset dados.

alinhamento rPS (Sist. por Ponto de referência)

Este tipo de sistema de coordenadas se encontra no Menu:

Sist. Coord./Alinhamento RPS, e não possui um ícone.

É usado para determinar o sistema de coordenadas da pe-

ça conforme sua montagem, levando em consideração os

pontos de referencias dados pelo desenho.

O princípio é de usar pontos para prender os seis graus

de liberdade, levando em consideração que precisamos

prender os movimentos e rotações dos eixos do sistema de

coordenadas. São usados de 3 a 6 pontos de referencia, sen-

do que estes pontos devem ser defi nidos pelo desenho que

dará as coordenadas (XYZ) de cada um deles, e também o

peso de cada um, ou seja, em um ponto qual é a coordena-

da mais importante para o sistema de coordenadas.

OLHA AÍ!OLHA AÍ!

Alinhamento RPS é um

tipo de sistema é muito

utilizado em industrias

automobilísticas,

que usam o mesmo

sistema de

coordenadas

desde a fundição

da peça até sua

montagem.

que usam o mesmo

desde a fundição

da peça até sua

Chegamos ao fi nal

do nosso curso.

É muito importante

você rever e aplicar

os conceitos aqui

explicados e discutidos.

Boa sorte!

CHOQUE DE ORDEMCHOQUE

DE ORDEM

Fique ligado!

Veja na prática tudo

que você aprendeu aqui.

TEM FILME NO DVDNÃO PERCA

TEM FILME NO DVDNÃO PERCANÃO PERCANÃO PERCANÃO PERCANÃO PERCA

ANOTE AQUIANOTE AQUIANOTE AQUIANOTE AQUIANOTE AQUIANOTE AQUIANOTE AQUI

Page 141: Tornearia Completo

149Metrologia

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TORNEARIA MECÂNICA

SENAI

referências bibliográficas

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tro em desenho técnico: 12288. Rio de Janeiro,

1991.

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gem: TB-388, Rio de Janeiro,1990.

. Processos mecânicos de usinagem:

6371. Rio de Janeiro. 1970.

. Tornos paralelos – Ensaio para acei-

tação: 9436. Rio de Janeiro, 1986.

CHIAVERINI, Vicente. Processos de fabricação

e tratamento (Curso de Tecnologia Mecânica).

2. ed. São Paulo: Editora McGraw-Hill, 1986.

SENAI-(DN). Tecnologia de metal duro: teoria

de corte para torneamento. Rio de Janeiro: Se-

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SENAI-(RJ). Ajustagem básica. Rio de Janeiro,

2003.

. Tecnologia de Máquinas e Ferra-

mentas. Rio de Janeiro, 2007.

SENAI-(RJ). SMO: torneiro mecânico. Rio de Ja-

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SENAI-(RS). Informações Técnicas Mecânica,

10. ed. revisada e ampliada. Porto Alegre: CFP

SENAI Artes Gráficas Henrique d`Ávila Bertuso,

1996. 260p.

SENAI-(SP). Tecnologia e Ensaios dos Materiais.

Acordo de Cooperação Técnica Brasil-Alema-

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Page 142: Tornearia Completo

150Metrologia

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ANOTE E GUARDEANOTE E GUARDE

Page 143: Tornearia Completo

Roscas

Diâmetro do furo da porca para abrir rosca com macho-rosca

Whitworth.

Fórmulas:

D1= d – p ↔p= 25,4 ÷ n

Convenções:

D1 = Diâmetro menor da porca (furo);

d= Diâmetro nominal da rosca

(diâmetro maior do parafuso);

P= passo da rosca (dado em mm);

n= Numero de fios por polegada.

Exercícios:

1-Calcule o diâmetro menor (furo) de uma porca de rosca Whitworth de3/8” de diâmetro, 16 fios por polegada, para se abrir rosca com macho.

2- Calcule o diâmetro menor de uma porca de rosca Whitworth de ¾” de diâmetro, 10 fios por polegada, para se abrir rosca com macho.

Diâmetro menor da porca-Rosca triangular métrica

Fórmulas:

D1= D – 2h1 ↔ h1= p x 0,6945

Convenções:

Page 144: Tornearia Completo

D1 = Diâmetro menor da porca (furo);

D= Diâmetro maior da porca;

P= passo da rosca (dado em mm);

h1= Altura do filete.

Exercícios:

1-Calcule o diâmetro menor (furo) de uma porca de rosca triangularmétrica,onde o diâmetro maior da porcaé 32 mm de diâmetro, passo da rosca de três mm.

2- Calcule o diâmetro menor de uma porca de rosca triangular métrica

sendo que o diâmetro maior da porca é de 78 mm e o passo da rosca 6 mm.

Diâmetro menor da porca-Rosca triangular métrica

Formulas:

D1= d – 2H1 ↔ H1= p x 0,5412 P= 1” ÷n

Convenções:

D1 = Diâmetro do furo da porca;

d= Diâmetro nominal da rosca (diâmetro maior do parafuso);

P= passo da rosca (dado em mm);

H1= Altura do filete;

n= Número de fios da rosca

0,5412= Constante.

Page 145: Tornearia Completo

Exercícios:

1-Calcule o diâmetro do furo de uma porca de rosca triangular americanaonde o diâmetro nominal da rosca é ½”, n= 20 fios.

2- Calcule o diâmetro do furo de uma porca de rosca triangular

Americana onde o diâmetro nominal da rosca é 1/4”, n= 28 fios.

Diâmetro do furo da porca-Rosca triangular Whitworth normal

Formulas:

D1= d – P ↔ P= 25,4 ÷ n

Convenções:

D1 = Diâmetro menor da rosca interna (porca);

d= Diâmetro nominal do macho;

P= passo da rosca;

H1= Altura do filete;

n= Numero de filetes por polegada;

25,4 = Medida em milímetros equivalente a uma polegada.

Exercícios:

1-Calcule o diâmetro do furo, em milímetros, que deverá ser feito em

uma peçapara roscar com macho de 3/8” Whitworth, 16 filetes por

polegada.

2- Calcule o diâmetro do furo em milímetros que deverá ser feito em

uma peçapara se roscar com macho ¾” Whitworth 10 filetes por

polegada.

Page 146: Tornearia Completo

Diâmetro do furo da porca - Rosca quadrada

Fórmulas:

D1= D – 2h1 ↔ h1= p ÷ 2 + f ↔ f= p x 0,02

Convenções:

D1 = Diâmetro menor da porca (furo);

D= Diâmetro maior da porca;

P= passo da rosca;

h1= Altura do filete da porca;

n= Número de fios da rosca;

f= Folga radial (folga no diâmetro).

Exercícios:

1-Calcule o diâmetro menor (furo) de uma porca de rosca quadrada onde o diâmetro maior da porca tenha 40 mm e um passo de 6 mm.

2- Calcule o diâmetro menor (furo) de uma porca de rosca quadrada onde odiâmetro maior da porca tenha 70 mm e um passo de 8mm.

Diâmetro maior da porca -Rosca quadrada- passo em mm

Fórmulas:

D= d + 2F ↔ F= p x 0,02

Convenções:

Page 147: Tornearia Completo

D= Diâmetro maior da porca;

P= passo da rosca;

d= Diâmetro maior do parafuso;

f= folga radial (folga no diâmetro).

0,02= Constante;

Exercícios:

1-Determine o diâmetro maior de uma porca de rosca quadrada, para ser utilizada em um parafuso, onde d=30 mm e p=5 mm.

2-Calcule o diâmetro maior de uma porca de rosca quadrada, para ser utilizada em

umparafuso que tem 50 mm de diâmetro maior, sendo passo da rosca de 8mm.

Altura e Largura do filete-Rosca quadrada

Fórmulas:

hc = P ÷ 2 ↔ L = hc

Convenções:

L= largura do filete do parafuso;

hc = Altura do filete do parafuso;

P = passo da rosca.

Exercícios:

1- Calcular a altura e a largura do filete de um parafuso de rosca quadrada que apresenta um passo de 6 milímetros.

Diâmetro menor do parafuso - Rosca triangular métrica

Page 148: Tornearia Completo

Fórmulas:

d1= d – 2hc ↔ hc= p x 0,6945

Convenções:

d1 = Diâmetro menor do parafuso;

d= diâmetro maiordo parafuso (nominal);

P= passo da rosca (dado em mm);

hc= Altura do filete do parafuso;

0,6945= Constante.

Exercícios:

1-Calcule o diâmetro menor de um parafuso de rosca triangular métrica, com os seguintesdados: 26 mm, P= 3 mm.

2-Qual será então, o diâmetro menor de um parafuso de rosca triangular métrica cujodiâmetro maior mede 40 mm e o passo da rosca é de 5mm.

Diâmetro truncado – rosca Whitworth com folga nos vértices

Fórmulas:

d3= d – 2t1 ↔ t1= p x 0,074↔ P= 1” ÷ n

Convenções:

d3 = Diâmetro truncado do parafuso;

d= diâmetro nominal da rosca;

t1= Truncamento do filete;

P= Passo da rosca;

n= Número de fios da rosca;

Page 149: Tornearia Completo

0,074= Constante.

Exercícios:

1-Calcule o diâmetro truncado para uma rosca Whitworth de 5/8” de diâmetro nominal de 11 Fios por polegada.

2-Calcule o diâmetro truncado para uma rosca Whitworth de 7/8” de diâmetro nominal de 9Fios por polegada.

Altura do filete do parafuso – Rosca triangular métrica

Fórmulas:

h= P x 0,6945

Convenções:

h = Altura do filete;

P= passo da rosca;

0,6945= Constante.

Exercícios:

1-Calcule a altura do filete para um parafuso de rosca triangular métrica de 5 mm de passo.

2-Calcule a altura do filete para um parafuso de rosca triangular métrica de 3,5 mm de passo.

Altura do filete – Rosca trapezoidal métrica.

Fórmulas:

Page 150: Tornearia Completo

hc= (P ÷ 2) + f

Convenções:

h = Altura do filete do parafuso;

P= Passo da rosca;

F= folga radial ( consulta tabela, geralmente usado o valor 0,25)

d= diâmetro maiordo parafuso.

Exercício:

1-Calcule a altura do filete de um parafusode rosca trapezoidal métrica, sabendo-

se que o diâmetro maior tem 32 mm, e o passo, 4 mm.

2-Calcule a altura do filete de um parafuso de rosca trapezoidal métrica, sabendo-se que odiâmetro maiormede 40 mm e o passo é de 5 mm.

Altura do filete– Rosca Whitworth com folga nos vértices

Fórmulas:

h= P x 0,566↔ P(mm)= 1” ÷ n

Convenções:

h = Altura do filete;

P= Passo da rosca;

0,566= Constante.

n= numero de fios da rosca;

Exercícios:

Page 151: Tornearia Completo

1-Calcule a altura do filete para uma rosca Whitworth de 11 fios por polegada

( WHITWORTH COM FOLGA NOS VERTICES).

2-Calcule a altura do filete para uma rosca Whitworth de 9 fios por polegada.

Altura do filete – Rosca Whitworth normal

Fórmulas:

hc= P x 0,64 ↔P(mm)= 1” ÷ n

Convenções:

Hc = Altura do filete da rosca externa (parafuso);

P= Passo da rosca;

0,64= Constante.

n= numero de fios da rosca.

1-Calcule a altura do filete para uma rosca Whitworth normal de 11 fios por polegada ( resposta emmilímetro).

2-Calcule a altura do filete para uma rosca Whitworth normal de 16 fios por polegada.

Diâmetro menor do parafuso e altura do filete Rosca sem-

fim

Fórmulas:

d1= d – 2hc ↔hc= M x 2,166

Convenções:

Page 152: Tornearia Completo

d1 = Diâmetro menor do parafuso;

d= diâmetro maiordo parafuso (nominal);

M= Módulo;

hc= Altura do filete do parafuso;

2,166= Constante.

Exercício:

1-Calcule o diâmetro menor e a altura do filete de um parafuso sem-fim, com os seguintesdados: d= 60 mm; M= 4.

2-Calcule o diâmetro menor e a altura do filete de um parafuso sem-fim, com os seguintes dados: d= 46 mm; M= 3.

Cálculo do passo e do avanço Rosca sem-fim

Fórmulas:

P= M x ↔ A= M xx ne ou P x ne

Convenções:

P = Passo da rosca ( distancia entre dois perfis adjacentes);

A= Avanço (passo da hélice);

M= Módulo;

ne= Número de entradas;

= 3,1416

P = Passo da rosca ( distancia entre dois perfis adjacentes);

A= Avanço (passo da hélice);

M= Módulo;

ne= Número de entradas;

Page 153: Tornearia Completo

Exercício:

1-Determine o passo e o avanço, para uma rosca sem-fim, modulo 4, com duas entradas.

2-Determine o passo e o avanço, para uma rosca sem-fim, modulo 2, com duas entradas.

Cálculo de ferramentas para rosqueamento

Ângulo de folga lateral

Fórmulas:

a= 5 + (P x 18,2) ÷ d b= 5 – (P x 18,2) ÷ d

Convenções:

a= Ângulo de folga lateral, do lado do avanço da ferramenta;

b= Ângulo de folga lateral do lado oposto ao avanço da ferramenta;

P= passo da rosca;

d= Diâmetro nominal da rosca;

5 e 18,2= Constantes.

Exemplo:

Calcule: Dados: Pedidos:

P = 3 mm; a = ?

d= 30 mm. b = ?

Substituindo, nas formulas, os valores literais pelos valores numéricos dados,teremos:

Page 154: Tornearia Completo

a = 5 + ( 3 x 18,2) ÷30 Conversão de fração de grau em minutos.

a= 5 + 1,82 (a) 0,82° = 82° ÷ 100

a= 6, 82º aproximadamente 6º 49’ (82 x 60) ÷ 100=49,2

b= 5 – (3 x 18,2) ÷ 30 (b) (18 x 60) ÷ 100 = 10,8

b= 5 – 1,82

b= 3,18° aproximadamente 3°10’

Respostas: a=6°49’ b=3°10’

Exercício:

1-Calcule os ângulos de folga laterais para ferramenta de abrir rosca sendo dados o passo da roscaigual a 5 mm e o diâmetro nominal da rosca igual a 50 mm.

Cálculo da largura da ferramenta – rosca trapezoidal métrica

Fórmulas:

L= (P x 0,365) ÷ Ne - 0135

Convenções:

L= Largura da ponta da ferramenta;

P= passo da rosca;

Ne= Número de entradas da rosca;

0,365 e 0,135= Constantes.

Exercícios:

Page 155: Tornearia Completo

1-Calcule a largura da ponta da ferramenta para abrir uma rosca trapezoidal métrica(DIN-103), com um passo de 6 mm e 2 entradas.

2-Calcule a largura da ponta da ferramenta para abrir uma rosca trapezoidal métrica, com um passo de 6 mm e apenas uma entrada.

Cálculo da largura da ferramenta – rosca sem-fim (módulo)

Fórmulas:

L= M x 0,941

Convenções:

L= Largura da ponta da ferramenta;

M= Módulo;

0,941= Constantes.

Exercícios:

1-Calcule a ponta da ferramenta, para abrir uma rosca sem-fim, modulo 4.

2-Calcule a ponta da ferramenta, para abrir uma rosca sem-fim, modulo 3.

Page 156: Tornearia Completo