Toda mulher me...Mesmo que nunca tenha gerado um filho.Mesmo que nunca venha a ger-lo.Toda mulher me!Primeiro, da boneca; mais tarde, do irmozinho.Casada, me do marido antes de o ser dos filhos.

Sem filho, ser me adotiva; entregar a algum os benefcios do seu amor.

Quantas mulheres, que a vida no escolheupara a maternidade de seus prprios filhos, no se tornaram mes de suas prprias mes?Ou do pai? Ou do av?A maternidade irreprimvel.Como uma fonte de gua que uma pedra obstruiu, ela vai brotar adiante.

A maternidade no tem fronteiras, no tem cor, no tem preferncias. das poucas coisas que se bastam a si mesmas.

Tem sua prpria devoo: a esperana.Tem sua prpria ideologia: o amor.Toda mulher me!Jurema abraa a cada dia essa vocao como um presente da vida. Primeiro dos filhos, todos hoje criados e encaminhados na vida; do neto, onde a alegria ganha novas cores; do marido, no companheirismo dirio e da prpria me, qual sempre se dedicou incansavelmente. Mas o corao dessa me se alarga a cada dia... Um corao cheio de amor e generosidade que leva a todos o carinho, a dedicao e a preocupao de uma verdadeira me. A famlia cresceu e se estendeu ao local de trabalho. L, os funcionrios, ou filhos, como ela mesma gosta de chamar, so diariamente acalentados com o melhor ch de amor que algum consegue preparar. Um ch que cura tristezas, angstias, aborrecimentos, saudades... O colo da me partilhado, e disputado, mas tem lugar para todos os filhos. E cada um l encontra o acalanto que precisa: de um sorriso, um abrao, um mimo to desejado, o puxo de orelha oportuno, o ombro amigo, a solicitude, a disponibilidade, a confiana, a cumplicidade e, a cima de tudo, a ternura que s encontramos em uma verdadeira me.