Tipos de Apoios Pontes

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    3. MESO E INFRAESTRUTURAS DE PONTES3.1. Consideraes iniciais

    A meso e infraestruturas das pontes so as responsveis pelo suporte da superestrutura

    e pela sua fixao ao terreno, transmitindo a ele os esforos correspondentes a essa fixao.

    Pode-se dizer que enquanto a super essencialmente responsvel pelo transporte horizontal

    das cargas, est a cargo da meso o transporte vertical das mesmas e da infra, sua transmisso

    ao terreno.

    3.2. NomenclaturaO esquema abaixo fixa a nomenclatura usualmente adotada para descrever cada um

    desses elementos.

    APARELHODE APOIO

    FUNDAORASA

    (SAPATA)FUNDAOPROFUNDA

    (BLOCO C/ ESTACAS)

    SUPER

    MESO

    INFRA

    PilaresEncontros

    Ap. Apoio

    Fundaes

    Tabuleiro

    PILARENCONTRO

    Vigas

    Fig.1 Nomenclatura dos elementos das pontes

    3.3. Tipos estruturais

    3.3.1. Tipos de aparelhos de apoio vinculao super x meso

    N de prtico

    MONOLTICA FIXA MVEL

    Unidirecional Multidirecional

    Teflon sobre inox

    LIGAO ARTICULAOARTICULAO

    Fig.2 Tipos de aparelhos de apoio

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    Essas articulaes podem ser metlicas, de concreto e at mesmo de borracha, como

    veremos mais adiante.

    Rtulas podem ser obtidas com superfcies esfricas no lugar das cilndricas.

    3.3.2. Pilares

    Pilar

    PilarPilar

    PilarAp. apoio

    Ap. apoio

    Ap. apoioAp. apoio

    Transversina

    TransversinaTravessa

    Travessa

    Grelha Caixo

    Caixo

    V

    Mt

    V

    Mt

    V

    Mt

    V

    TransversinaUsual

    TransversinaObrigatria

    Fig.3

    Sees: Macias

    Paredes finas

    Constantes ou variveis

    TransversalLongitudinal

    Fig.4

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    3.3.3. Encontros

    Fig.5 Encontros

    Fig.6 Encontro aliviado (bastante comum)

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    Fig.7 Encontro na super

    Fig.8 Encontro na super

    3.3.4. FundaesOs tipos estruturais das fundaes no fazem parte do objetivo desta disciplina. Para

    tanto, ver cursos especficos.

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    3.4. Mtodos construtivos3.4.1. Fundaes

    Quando as fundaes esto localizadas no seco, como nos viadutos por exemplo, os

    mtodos construtivos a aplicar na sua execuo so os convencionais. Quando, no entanto, as

    fundaes esto dentro dgua, tais mtodos devem ser revisados.

    As novas solues podem ser divididas em 2 grupos:

    Caso 1 Lmina dgua pequena.Nesse caso as fundaes diretas ainda so possveis, devendo ser executadas em

    ensecadeiras. Essas ensecadeiras podem ser construdas com estacas prancha ou barragens de

    terra. Em ambos os casos, elas se assemelham a valas a cu aberto onde a estrutura de

    conteno suporta empuxos de gua em lugar de empuxos de terra.

    VALA ESCORADA

    ENSECADEIRA DEESTACAS PRANCHA

    Estronca

    Estronca

    Estaca prancha

    ENSECADEIRA DE TERRA

    VALA ATALUDADA

    Estaca prancha Barragem de terra

    Barragem de terra

    Fig.9 Ensecadeiras

    Quando a lmina dgua pequena e as fundaes a executar profundas, em geral

    possvel construir uma plataforma estaqueada provisria, onde se executam as fundaesdefinitivas, sejam estacas (pr-moldadas, Franki ou escavadas), sejam tubules (a ar

    comprimido, escavados mecanicamente ou mistos), sejam caixes (a cu aberto ou a ar

    comprimido).

    Os tubules escavados mecanicamente (tipo Wirth), os mistos e os caixes, sero

    descritos a seguir, por no serem usuais, seno nas fundaes das pontes.

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    Caso 2 Lmina dgua grande.Nesse caso nenhuma das duas solues anteriores so utilizadas, ambas ficam muito

    dificultadas pela altura da lmina dgua. A soluo usual corresponde a execultar fundaes

    profundas a partir de barcaas ou flutuantes.

    Essas barcaas, muitas vezes feitas de concreto, so suficientemente grandes para

    suportar, alm de equipamentos de perfurao, guindastes, betoneiras e depsito de materiais

    (brita, areia, cimento, ao, etc.). Elas so fixadas s margens atravs de cabos de forma a

    garantir uma maior preciso nas locaes em planta. Em rios mais largos, elas podem ser

    ancoradas no fundo e, quando a velocidade da gua for baixa (caso do mar), podem ter pernas

    retrteis.

    3.4.2. Fundaes especiais Tubules mistosSoluo a usar no lugar de tubules a ar comprimido, quando a presso superar 3 atms

    ou 30 mca.

    Fig.10 Seqncia construtiva de tubules com estacas metlicas (Pfeil, 1983).

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    1. Escavao e descida da camisa a ar comprimido (camisa de concreto);2. Desativada a compresso, cravao das estacas por dentro da camisa, com

    suplemento;

    3. Concretagem submersa. Tubules Mecanizados tipo Bade WirthSoluo alternativa pode ser usada com Camisa Perdida

    Fig.11

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    NOTA

    1. Conforme Pfeil 1983

    2. possvel substituir o tubo Bade e a camisa permanente (pequena espessura) por uma

    nica camisa perdida (de espessura maior).

    Caixes a Cu Aberto ou Ar Comprimido

    Fig.12Notas:1. Conforme Pfeil 19832. Escavao mecnica, a cu aberto, mas em presena de gua. Para solos

    suficientemente impermeveis e escavaes suficientemente profundas essa guapode ser esgotada e a escavao executada de fato a cu aberto.

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    Fig.13 Caixes Formas conforme Pfeil 1983

    3.4.3. PilaresAlm das formas convencionais preciso, no caso de pilares de pontes, relembrar as

    frmas saltantes e as frmas deslizantes abaixo esquematizadas.

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    3.5. Concepo dos apoios da ponte (da vinculao super x mesoestrutura)3.5.1.Tipos de aparelho de apoio

    A. Aparelhos de vinculao rgida

    Nestes casos, a super rigidamente vinculada mesoestrutura relativamente a alguns

    movimentos e a outros so praticamente livres.

    Numa articulao fixa, por exemplo, so impedidas translaes e rotaes, a menos

    daquela liberada pela articulao. Numa mvel, uma translao tambm foi liberada.

    Aparelhos metlicos

    As articulaes mais antigas se baseavam num cilindro metlico para liberar rotaes

    (articulao fixa) e deslocamentos unidirecionais (articulao mvel). Ver figura 15.

    As articulaes mais modernas usam apenas uma parte do cilindro para liberar

    rotaes e contato, teflon x inox, para liberar deslocamento unidirecional ou multidirecional.

    Em lugar do rolamento do cilindro, liberam-se os deslocamentos por escorregamento teflon x

    inox.

    Fig.15 Detalhe de articulao

    Rtulas podem ser obtidas de forma anloga substituindo-se as superfcies cilndricas

    por superfcies esfricas.

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    Esses movimentos no so completamente livres devido ao atrito teflon x inox. O

    coeficiente de atrito correspondente da ordem de 5%.

    Exemplos:

    Articulao fixa

    Fig.16 Articulao mvel unidirecional

    Fig.17 Articulao mvel multidirecional

    Fig.18 Articulao mvel multidirecional

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    Antigamente era difcil obter uma articulao deste tipo.

    Aparelhos de elastmeroEsses aparelhos so constitudos por uma panela de ao espessa, cheia de elastmero

    e tampada.

    Fig.19 Nota Conforme Leonhardt 1979

    O princpio de funcionamento do aparelho de apoio de borracha em panela: a capacidade derotao em todas as direes proporcionada pela deformao por cisalhamento da massa de

    borracha incompressvel dentro da panela.

    As translaes so liberadas de forma anloga aos aparelhos metlicos.

    Fig.20

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    Articulao Freyssinet ou fixa de concreto

    Freyssinet criou uma articulao de concreto liberando as rotaes atravs de um

    estrangulamento da seo onde as altas tenses, em estado mltiplo de compresso,

    plastificam o concreto, permitindo rotaes significativas. A rea da seo estrangulada deve

    satisfazer 2 limites:

    ( )

    ( ),,

    ,,

    2

    1

    mnckmx

    mxckmn

    VffA

    daVffA

    =

    =, Rotao

    Fig.21 Articulao Freyssinet

    Para maiores detalhes ver construes de concreto de F. Leonhardt, vol. 2.

    Esse aparelho s se aplica para esforos horizontais baixos ( 8VH ). Se 8VH>

    preciso armar conforme sugere Mesnager (figura 22).

    Fig.22 Articulao Mesnager

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    B. Aparelhos de vinculao flexvel

    Nestes casos a superestrutura vinculada elasticamente mesoestrutura, em todas as

    direes, at na vertical. Essa flexibilidade de corre do fato desses aparelhos serem feitos de

    borracha.

    A utilizao da borracha cria, conforme dito, uma ligao flexvel, por outro lado, gera

    tambm um problema delicado, o da durabilidade. Foi preciso encontrar uma borracha que

    apresentasse durabilidade compatvel com as obras civis, algo em torno de 50 anos.

    Como difcil garantir essa durabilidade, bastante varivel com a agressividade do

    meio, a qualidade da fabricao e, sobretudo hoje em dia, a qualidade da montagem, preciso

    prever a troca desses aparelhos. Com isso, devem ser previstos nichos entre meso e super,

    onde possam ser colocados macacos capazes de aliviar os aparelhos existentes, permitindo a

    sua substituio.

    A borracha especial utilizada na fabricao desses aparelhos um elastmero, mais

    precisamente o policloroprene, um polmero sinttico. O nome neoprene normalmente usado

    no lugar de elastmero o nome dado pela DuPont ao policloroprene que ela fabrica.

    Esse material tem basicamente as seguintes propriedades:

    2

    2

    2

    m120

    m10

    5,0

    m30

    kgffc

    kgfG

    kgfE

    O elastmero bastante flexvel, apresentando grandes deformaes e deslocamentos

    mesmo para as cargas de servio. No valem, portanto a Teoria da Elasticidade e a

    Resistncia dos Materiais para esse material!

    A fretagem foi criada para melhorar a resistncia e rigidez desses aparelhos. De fato:

    numa placa de elastmero no fretada as deformaes transversais provocadas por efeito dePoisson so quase livres, permitindo grandes abatimentos t. Mesmo reduzindo o atrito com

    os pratos da prensa, h um aumento pequeno na rigidez e na resistncia em relao s placas

    no fretadas (figura 23, item a).

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    Fig.23 Detalhe dos aparelhos com e sem Fretagem

    As chapas de fretagem inibem muito as deformaes transversais, reduzindo bastante

    h, isto , aumentam muito a rigidez e a resistncia dos aparelhos fretados (figura 23, item b).

    Para isso, preciso dispor de uma boa ligao ao x elastmero decorrente de atrito mais

    adeso (obtida na fabricao, por ocasio da vulcanizao).

    Esses aparelhos fretados apresentam rigidez e resistncia bastante variveis com ageometria do aparelho e com as chapas de fretagem, da ordem de:

    Mdulo de elasticidade: 2m50002000 kgfaEf

    Resistncia compresso fretada: 2m008600 kgfafcf

    A tenso admissvel nesses aparelhos da ordem de 150 kgf/m.

    Num ensaio desses aparelhos em laboratrio obtida a seguinte curva tenso x

    deformao.

    Fig.24 Curva tenso deformao

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    O valor 0 da ordem de 0,03.

    hn a altura total de elastmero.

    A a rea da seo transversal direo do carregamento.

    Como se pode observar, a fretagem s comea a trabalhar a partir de uma deformao

    considervel. De forma simples, o aparelho pode ser admitido infinitamente flexvel para

    00 e fretado a partir desse valor.

    Comportamento dos aparelhos de elastmero fretado(Observado experimentalmente, j que no vale a Teoria da Elasticidade)

    a) Sob carga vertical

    Fig.25 Comportamento dos aparelhos de elastomro fretado

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    Devido placa de elastmero estar submetida compresso tridimensional (figura

    25), h aumento de rigidez e resistncia.

    Os diagramas de s e t da placa de elastmero na regio de contato com a placa de ao

    est indicada na figura 25.

    b) Sob momento

    c) Sob carga horizontal

    O projeto desses aparelhos exige uma srie de verificaes que so:

    i. Verificao da ligao ao x elastmero (limita V, H, M);ii. Verificao do escorregamento (limita H);iii. Verificao do bordo menos comprimido (limita relao M/V);iv. Verificao da estabilidade (limita altura/largura);v. Verificao das espessuras de ao (define a espessura da chapa).

    Ver publicao do IPT sobre o projeto dos aparelhos de elastmero fretado.

    A execuo de obras com aparelhos desse tipo requer alguns cuidados especiais:

    i. Ensaio para verificao da qualidade de fabricao;ii. Cuidado na instalao de forma a no impor ao aparelho deformaes imprevistas.

    Superfcies no planas ou no paralelas podem romper o aparelho mesmo que s

    sob carga permanente;

    iii. Prever a troca dos aparelhos.

    3.5.2.Concepo da vinculaoA. Aparelhos de vinculao rgida

    Exatamente por causa da rigidez da vinculao promovida por esses aparelhos

    preciso ter cuidado para no impedir deformaes inevitveis como as decorrentes de

    temperatura, retrao e deformaes imediatas e progressivas devido protenso.

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    Assim, para uma obra contnua com 4 apoios teramos:

    BA

    Articulao fixa

    Articulao multidirecional

    Articulao mvel unidirecional

    Fig.26 Vinculao

    Note-se que tanto no sentido do comprimento quanto da largura no se deve fixar mais

    que um ponto numa dada direo. Note-se tambm que quase todo o esforo longitudinal

    aplicado obra vai para o apoio A (no todo o esforo por causa do atrito mobilizado nos

    outros apoios).

    Modelo de clculo para esforos horizontais

    B. Aparelhos de vinculao flexvelNeste caso, como podemos dosar a rigidez dos aparelhos atravs das suas geometrias,

    podemos direcionar os esforos aos apoios e na proporo que se deseja.

    A liberdade de concepo ao utilizar aparelhos de apoio flexveis muito maior!

    Considere a obra contnua sobre 4 apoios da figura 27.

    Fig.27 Obra sobre 4 apoios

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    Como os pilares dessa obra so altos em B e C, conveniente reduzir ao mximo os

    esforos horizontais nesses apoios. Isso possvel prevendo para B e C aparelhos

    suficientemente flexveis em relao a A e D.

    A escolha dos aparelhos A e D deve ainda levar em conta outro aspecto. Esses

    aparelhos devem ser suficientemente flexveis para que as deformaes decorrentes de

    temperatura, retrao e protenso no gerem esforos exagerados nos encontros A e D.

    aps definir esses aparelhos de apoio A e D que se devem definir aqueles para B e

    C, tal que tais apoios resultem mais flexveis que A e D.

    3.5.3.Comentriosi. Os aparelhos de apoio mais econmicos e, portanto, os mais usados so os de

    elastmero fretado e as articulaes Freyssinet;

    ii. Os aparelhos mais caros e sofisticados como os metlicos e os de panela sonormalmente usados para cargas importantes;

    iii. A troca de aparelhos de apoio deve ser prevista para todos casos com exceo doFreyssinet. Elas so especialmente necessrias no caso dos elastmeros fretados

    que so os menos durveis;

    iv. Qualquer que seja o tipo de aparelho de apoio, as cargas so por eles suportadasso transmitidas aos pilares ou encontros em regies reduzidas, o que exige a

    verificao do efeito de bloco parcialmente carregado e a previso de uma

    armadura de fretagem.

    3.6. Clculo da meso e infraestruturaNo caso das pontes em arco ou prtico, ou mesmo daquelas suportadas por cabos, o

    clculo no pode em geral, ser dividido em dois: super de um lado, meso e infra de outro.

    Nesse caso a estrutura deve ser calculada como um todo.

    Nas pontes em viga, que constituem a grande maioria das obras executadas, isso

    usualmente feito, o que simplifica bastante o projeto.

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    Fig.28

    1. Modelo de viga contnua para o clculo dos esforos devido s cargas verticais na super(esforos solicitantes e reaes de apoio).

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    2. Modelo de bloco rgido sem apoios elsticos para o clculo dos efeitos das cargashorizontais.

    3. Modelo de conjunto de apoio isolado (aparelho de apoio, pilar e fundao) sob cargasprovenientes da super.

    Fig.29 Modelo conjunto de apoio pilar isolado

    Cargas verticais

    V, Mt (= V.e)

    Mt o momento decorrente da excentricidade transversal de V

    Cargas verticais

    Hl - Longitudinal

    Ht - Transversal

    No dimensionamento da meso e infra, as seguintes combinaes de esforos devem

    ser consideradas:

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    ( )

    ( )

    ( )tesconcomitan,,,

    tesconcomitan,,,

    tesconcomitan,,,

    , tlmxt

    tltmn

    tltmx

    HHVM

    HHMV

    HHMV

    Notas:

    i. As deformaes impostas no clculo longitudinal so as que decorrem detemperatura, retrao e protenso (deformao imediata e lenta);

    ii. kap a rigidez do aparelho de apoio, kenc a rigidez do encontro e k1l a rigidezlongitudinal do apoio 1;

    iii. Observe que para as cargas verticais que solicitam especialmente a super flexo,esta deve ser considerada deformvel para se obter uma soluo aceitvel (modelo

    de viga contnua). Ao contrrio, para as cargas horizontais que solicitam

    especialmente meso e infra flexo, a super pode ser considerada como rgida

    modelo de bloco rgido. Para efeito das cargas transversais em obras longas

    preciso cuidado. A deformabilidade do tabuleiro flexo horizontal pode no ser

    desprezvel;

    iv. O modelo de bloco rgido sobre apoios elsticos j aparecem algumas vezes: blocode fundaes sobre estacas e modelo Courbon/Engesser para soluo de grelhas.

    3.6.1. Rigidez do conjunto meso-infraPara calcular esses modelos de bloco rgido sobre apoios elsticos preciso calcular as

    rigidezes desses apoios.

    Fig.30

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    Por definio rigidez o esforo que provoca deslocamento unitrio. Assim, como a

    fora F provoca o deslocamento , a rigidez k do apoio dada por F/.

    Rigidez do neoprene

    Fig.31 Neoprene

    nnkF =

    kn a rigidez do neoprene

    Neoprene:

    nn

    n

    n

    n

    h

    GAFk

    hGA

    F

    Gtg

    ==

    ==

    Neoprene + Teflon (despreza-se o atrito no teflon):

    000 == kF

    Fixo (articulao fixa qualquer):

    = kF 00

    Rigidez do pilar3

    3 33 h

    IEFk

    IE

    hF

    p

    pp

    ==

    =

    (seo constante)

    Rigidez da fundao

    Fundao direta:

    Hipteses:

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    A sapata rgida e indeslocvel; O solo tem resposta linear que satisfaz hiptese de Winckler, isto :

    ( )

    ( )

    =

    ==

    =3

    2

    /solodoreaodeecoeficientk

    todeslocameny /

    mtf

    mtfpressopykp

    Fig.32

    xkykp ==

    sap

    a

    a

    a

    a

    a

    a

    IkdxxbkdxxbkdxxbphFM =====

    22

    sapIkM

    k ==

    (rigidez a rotao da sapata)

    f

    f

    Fk

    = (rigidez da sapata em relao ao deslocamento do topo do pilar)

    22h

    Ik

    h

    Ikk

    h

    IkF

    hsapsap

    fsap

    f =

    =

    =

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    ( ) hFMFMf +++=

    f

    f

    Fk

    =

    Note-se que aqui M e F esto acoplados, isto , provocam ambos e . Assim:

    FF

    MM

    F

    M

    Matricialmente teramos:

    =

    kk

    kk

    F

    M

    Logo, no possvel substituir 1 tubulo ou uma estaca por 2 molas k e k (k =

    k 0).As estacas devem ser estudadas como vigas sobre apoio elstico para determinar os 3

    coeficientes kq, kd e kdq = kqd (simetria!).

    Viga sobre apoio elstico:

    EI

    p

    dx

    yd

    EI

    M

    dx

    yd==

    4

    4

    2

    2

    , (EI constante)

    yk

    =

    32

    mtf

    m

    mtf

    k depende: do solo

    iaconsistnc

    e oucompacidad

    tipo

    das dimenses b, lda direo { horizvert kk

    0, === pparabykbykpp

    04

    4

    =+ kybdx

    ydEI

    0=p , porque as estacas s recebem cargas externas no topo.

    Equao diferencial linear homognea de 4 ordem

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    Soluo geral:

    ( ) ( )[ ] ( ) ( )[ ]xsenDxCexsenBxAey xx +++= coscos

    4

    4 IE

    bk

    = , 1/b medido em m, representando o comprimento elstico. l 1,5/

    equivale a l = 1,5/, isto , o comprimento alm intil, no afetando o que ocorre no topo.

    Com 4 condies de contorno possvel definir y, exemplo:

    Fig.35

    EI

    V

    dx

    yde

    EI

    M

    dx

    ydlx

    yeyx

    ===

    ===

    3

    3

    2

    2

    0'00

    A soluo dessa equao para vrias condies de extremidade encontra-se tabelada.

    Ver dissertao R. Teramoto (outros Shenf, Whiften, Heteny,...).

    Rigidez da fundao

    Fig.36 Rigidez do conjunto

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    hpf

    concluso

    hpf

    hpf

    kkkkk

    F

    k

    F

    k

    F

    k

    F

    kF

    1111++=++=

    =

    ++=

    3.6.2. Distribuio longitudinal de esforos Caso de fora longitudinalComo a estrutura tem apenas 1 grau de liberdade tem-se que:

    ==== n

    j

    n

    j

    n

    jj

    n

    j

    k

    FkFkFF

    1

    111

    onde n o numero de apoios.

    ik

    kFkkF i

    j

    i

    iiii ==== ,

    Fig.37

    Como no poderia deixar de ser, cada apoio i suporta uma parcela de F dada pela

    relao entre sua rigidez e a rigidez total (princpio da rigidez).

    Caso de deformaes impostasConsideremos os efeitos de temperatura, retrao e protenso reunidos numa nica

    variao de temperatura equivalente:

    = eqt (temperatura, retrao e protenso)

    A soluo desse problema se obtm facilmente superpondo 2 solues: uma em que se

    aplica teq super com extremidade fixa e outra em que se desenvolve estrutura o esforo

    para fixar essa extremidade.De fato:

  • 7/30/2019 Tipos de Apoios Pontes

    31/32

    a. Efeito teq com 01 = 0

    Fig.38 Efeito da variao de temperatura

    Do equilbrio: =n

    iFF1

    00

    b. Efeito da devoluo de F0 estrutura

    Fig.39 Efeito da devoluo do F0 estrutura

    =

    j

    ii

    k

    kFF 0

    c. Superposio

    == j

    eqiiiiik

    FtCkFFF 00

    Essa expresso vale inclusive para i = i, pois C1 = 0.

  • 7/30/2019 Tipos de Apoios Pontes

    32/32

    Caso de empuxo de terraSe o empuxo de terra se aplicar diretamente super, vale a mesma soluo de fora

    longitudinal. Se se aplica ao encontro preciso rever aquela soluo:

    Fig.40 Caso do empuxo de terra

    +

    =n

    i

    ap

    eq

    kk

    k

    2

    111

    eqenc

    enctenc

    kk

    kEF

    +=

    encter FEF =sup

    A fora Fsuper vai para a super, mas deve ser distribuda apenas entre os apoios 2 a n.

    Distribuio de esforos transversaisQuando for possvel admitir a super rgida o problema idntico ao de Coubon-

    Engesser.

    Quando isso no for possvel necessrio calcular uma viga contnua sobre apoios

    elsticos. Nesse caso super e meso-infra seriam deformveis.

    Quando a super muito flexvel, possvel calcular os esforos transversais nos

    apoios por rea de influncia.