TINTAS

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TINTAS Patrocínio Bazar do Gráfico - www.bazardografico. com. br 1. Definição A tinta para impressão offset é um fluido de alta viscosidade, constituído por um ou mais pigmentos dispersos num verniz que, após aplicada sob a forma de uma fina camada a um suporte e passada por um processo de secagem, se converte num filme aderente ao suporte. 2. Tipos de tintas offset Os tipos de tintas offset referem-se a um conjunto de características específicas quando a aplicação. Os principais tipos de tintas offset encontradas no mercado são: tintas de escala; tintas com cores especiais; tintas metálicas; tintas de segurança ou para aplicações específicas. 2.1. Tintas de escala As tinas de escala referem-se as quatro cores bases utilizadas na quadricromia (cyan, magenta amarelo e preto). Existem padrões quanto as características de tonalidade, luminosidade e saturação, em diversas

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sobre tintas offset

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TINTASPatrocnio Bazar do Grfico -www.bazardografico.com.br1. DefinioA tinta para impresso offset um fluido de alta viscosidade, constitudo por um ou mais pigmentos dispersos num verniz que, aps aplicada sob a forma de uma fina camada a um suporte e passada por um processo de secagem, se converte num filme aderente ao suporte.2. Tipos de tintas offsetOs tipos de tintas offset referem-se a um conjunto de caractersticas especficas quando a aplicao.Os principais tipos de tintas offset encontradas no mercado so:tintas de escala;tintas com cores especiais;tintas metlicas;tintas de segurana ou para aplicaes especficas.2.1. Tintas de escalaAs tinas de escala referem-se as quatro cores bases utilizadas na quadricromia (cyan, magenta amarelo e preto).Existem padres quanto as caractersticas de tonalidade, luminosidade e saturao, em diversas regio do mundo (de acordo com os gostos e sensaes das pessoas que vivem nessas regies).Os padres de escala mais conhecidos so:escala Europa: a mais utilizada no Brasil e em pases da Europa;escala Toyo: utilizada no Japo e em pases asiticos;escala Kodak: utilizada na Amrica do norte;escala DIN (alem): utilizada na Alemanha e alguma pases da Europa.

Escala (cromia).Fonte: CAPARROZ, 2012.Para facilitar as comunicaes referentes s caractersticas para as tintas de impresso offset, a ISO (International Organization for Standardization) criou padres colorimtricos que so utilizados por muitos fabricantes de diversos pases. Maiores informaes podem ser obtidas nas normas ISO 2846 e 12647.2.2. Tintas com cores especiaisAs tintas com cores especiais so aquelas com cores diferentes das tintas de escala, ou seja, tintas que no sejam cyan, magenta, amarela ou preta. Essas tintas possuem o processo de fabricao muito similar s tintas de escala.Na maioria dos casos as cores especiais so empregadas com o intuito de reproduzir uma cor que no pode ser gerada pela juno das cores de escala, ou para facilitar o processo de impresso.

Cores especiais.Fonte: CAPARROZ, 2012.As tintas com cores especiais so obtidas atravs da mistura de diferentes tintas ou diferentes bases de tintas, j as cores metlicas so obtidas por pigmentos especficos (ouro: p de bronze; prata: p de alumnio)As cores especiais podem ser produzidas a partir de frmulas particulares, passadas entre as geraes de impressores, catlogos prprios desenvolvidos pelas grficas ou fabricantes de tintas ou ainda com a utilizao do catlogo Pantone(marca registrada)que conhecido mundialmente.Diversos fabricantes de tintas do mundo pagam licena para a Pantone e utilizam o catlogo.Como o catlogo Pantone o mais utilizado, ele ser tomado como exemplo descritivo para formulao de cores especiais.O catlogo Pantonecontm duas linhas, uma para papel revestido e outra para papel no revestido. A verso lanada na DRUPA 2012 possui quatorze cores de base (mais o branco transparente), com as quais podem ser formuladas 1677 cores especiais diferentes.Sua utilizao simples, conforme exemplo a seguir, basta seguir as recomendaes das bases e quantidades que devem ser utilizadas.

Representao do Guia Pantone viso geralA partir da ilustrao anterior, nota-se que:o cdigo da cor escolhida o 157;o suporte de base do tipo C, que significacoated(revestido).A formulao pode ser feita em partes, assim, por exemplo, para produzir certo volume aleatrio de tinta, poderia ser utilizado como elemento unitrio um copo descartvel. Neste caso, para a produo da cor 157 C, seriam necessrios seis copos de PantoneYellow (amarelo), dois copos de PantoneRubine Red (vermelho rubi)e oito copos de PantoneWhite Transparent(branco transparente)Outra forma, a mais convencional, usar o valor de porcentagem. Assim, para a produo, por exemplo, de 1500g (100%) da cor especial 157 C, seriam necessrios 562,5g (37,5%) de PantoneYellow, 187,5g (12,5%) de PantoneRubine Rede 750g (50%) de PantoneWhite Transparent.A cada adio das cores de base e verificao do resulto cromtico necessrio utilizar um estratificador (que espalha a tinta) que aplique uma pelcula com espessura semelhante quela empregada na impresso.Na maioria dos casos emprega-se oQuick Peek,equipamento que tem como funo estratificar a tinta e transferi-la para o substrato.Para formulaes mais tcnicas podem ser utilizados tambm equipamentos mais automatizados, como Prfbau ou o IGT.

Equipamentos para prova de tinta.Fonte: CAPARROZ, 2012.2.3. Tintas metlicasAs tintas metlicas so utilizadas para promover algum efeito metlico no impresso, as mais utilizadas so a tinta ouro e a tinta prata.Essas tintas possuem pigmentos especficos, diferentes dos utilizados nas tintas de escalas ou tintas com cores especiais. Os pigmentos so p de alumnio (tinta prata) e p de cobre (tinta ouro). A tinta ouro tambm pode conter p de zinco misturado com o cobre, nesse caso o elemento resultante entre a mistura de cobre com zinco (liga) chamada de lato.Como alternativa pigmentos coloridos adequados podem ser misturados com tinta prata, promovendo efeitos metlicos de outras cores.

Tintas metlicas.Fonte: CAPARROZ, 2012.Suportes revestidos possibilitam maiores efeitos metlicos, e so os mais indicados para impresso com tintas metlicas.Por estas tintas serem muito pigmentadas e possurem uma opacidade excepcional, no necessrio ou mesmo recomendado tentar aumentar seu efeito com a aplicao de alta carga de tinta, pois isso sempre acaba levando a problemas como acmulo, decalque, tempos demasiadamente longos de secagem e resistncia abraso insuficiente.Quando a rea de cobertura for muito grande (chapados) evitar imprimir a tinta metlica na ltima unidade de impresso. Alisar a impresso com blanquetas adicionais (rebatimento) sempre ajuda a melhorar oefeito metlico.Pigmentos metlicos que contm cobre (tinta ouro) so particularmente susceptveis corroso (que reduz o brilho da impresso). recomendado a utilizao de soluo de molhagem com pH acima de 5.5 para assegurar um melhor efeito metlico. O volume da umectao deve ser mantida ao mnimo possvel, especialmente quando a transferncia da tinta tambm for baixa, para prevenir emulsificao excessiva, filme inadequado de tinta e problemas de secagem.Tintas metlicas a base de alumnio so mais fceis de serem impressas do que as que contm lato (tinta ouro), pois os pigmentos pratas so mais finos.Qualquer acabamento de superfcie, para melhorar a resistncia abraso, afetar o efeito metlico. A melhor soluo ainda envernizar a superfcie com verniz a base de gua.Em alguns tintas douradas so misturadas pelo impressor imediatamente antes do uso, utilizando uma pasta bronze e um verniz bronze. Se este procedimento feito com critrio ou seja, sem o uso de misturadores rpidos que podem aquecer desnecessariamente, o produto resultante pode oferecer um maior efeito metlico. Porm na maioria dos casos as tintas ouro j so compradas prontas para o uso (prmisturadas).J as tintas a base de alumnio so fornecidas prontas para o uso, uma vez que os pigmentos de alumnio so menos suscetveis oxidao que os de p de lato.O tempo de armazenagem de tintas metlicas no deve exceder 6 meses. sempre aconselhvel aplicar verniz base gua em impressos com tintas metlicas, para aumentar a resistncia ao atrito.Caso o impresso for receber plastificao e possuir grandes reas de chapados, utilizar tintas com menos concentrao de pigmentos e evitar cargas excessivas, pois os agentes deslizantes da tinta (slip agentes) reduzem a fixao da plastificao.Caso for ser impresso tinta de escala por cima da tinta metlica deve-se utilizar tinta de escala adequada, importante verificar com os fornecedores de tinta.2.4. Tintas de segurana ou para aplicaes especficasAs tintas de segurana tem por objetivo dar alguma caracterstica tcnica especfica para o impresso. A grande maioria visa aumentar a segurana dificultando falsificaes, porm algumas visam apenas dar diferencial no produto impresso (diz-se agregar valor ao impresso). importante verificar as condies de uso com o fornecedor da tinta, pois comum condies especficas dependendo do tipo de tinta, condies como caractersticas da soluo de molha, tipo de chapa (relevo ou plana) etc.Dentre algumas tintas que podemos considerar de segurana pode-se citar:fotocromticas: so tintas que quando impressas no so visveis ou pouco visveis em iluminao interna, porm quando expostas a luz solar tornam-se visveis;fosforescente: possui a propriedade de armazenar uma certa quantidade de energia enquanto exposta luz e refleti-la no escuro;fluorescentes: as tintas fluorescentes, tambm chamadas de luminosas, so tintas especiais que propiciam um efeito luminoso;sensitiva UV: quando impresso fica invisvel, porm quando visto em luz negra (UV) aparece na forma esverdeada;branco reativo a metal: a impresso no visvel, porm raspando-se um metal ela aparece em tom de cinza (muito usada como tinta de segurana em embalagens de remdio);hidrocrmicas: mudam de cor na presena de gua;termocrmicas: mudam de cor ou aparecem em determinadas temperaturas, podendo essa mudana ser reversvel ou no;tinta reativa: reagem com alguns produtos qumicos alterando sua caracterstica, muito utilizada em impressos de valores como cheques.

Tintas para aplicaes especiais.Fonte: CAPARROZ, 2012.3. Linha de tintaA linha de tinta refere-se s caractersticas de aplicao e de resultados esperados. Pode ser de qualquer um dos tipos de tinta (escala, especiais, metlicas ou de segurana). Existem muitas linhas de tinta no mercado, muitas inclusive so para aplicaes especficas de alguns poucos clientes.Exemplos de algumas linhas de tinta:Atxica: linha de tinta empregada na confeco de embalagem para alimentos e brinquedos. Apresenta baixssimo teor de metais pesados em sua composio. Em alguns casos a taxa de persistncia de metais pesados zero, j que os pigmentos de origem metlica (xidos metlicos) so substitudos outros componentes. Verificar maiores informaes com o fornecedor de tintas antes de imprimir a embalagem.Set rpido: (tambm chamada de secagem rpida) possui secagem mais rpida do que tintas normais. Empregada de forma geral em papis revestidos e substratos de baixa porosidade;Concentrada: maior concentrao de pigmentos, deixando a tinta mais forte, costuma-se dizer tinta mais concentrada;Para laminados e sintticos: empregada em substratos que apresentam baixa aderncia superficial e pouca ou nenhuma absoro, essa linha tambm conhecida como foil (lmina);UV: linha de tinta que sofre mudana de fase por ao de radiao UV. Essas tintas sofrem processo de foto polimerizao, passando ento para o estado slido. Seu uso vem crescendo em impresso offset;EB: linha de tinta que muda de estado por ao bombardeamento de feixe de eltrons (EB electron beam feixe de eltrons). Ainda pouco utilizada em impresso offset;Metalgrafia: linha empregada para impresso em folhas de flandres; sua secagem por termo polimerizao ou por radiao UV, dependendo da impressora utilizada.4. Processos de secagemdas tintasConsideramos como processo de secagem as diferentes maneiras nas quais as tintas se fixam e/ou solidificam no suporte impresso. Na maioria dos casos no ocorre apenas um processo de secagem de uma determinada tinta, ocorrem vrios processos at a tinta estar seca, sendo normalmente um o predominante.Os principais processos de secagem das tintas de impresso offset so:absoro (penetrao);evaporao;oxidopolimerizao (polimerizao oxidativa);cura (polimerizao induzida por radiao).4..1 Absoro (penetrao)Essa secagem acontece pela interao entre tinta e substrato. Ela depende muito da viscosidade dos componentes da tinta, do veculo e da capacidade de absoro do substrato.A tinta comea a penetrar no substrato no momento da impresso atravs de pequenos capilares (poros) existentes no papel. Consequentemente a penetrao da tinta depende da absoro do substrato e da viscosidade da tinta.Nas mquinascoldsetas tintas secam exclusivamente por penetrao. Neste caso as tintas so produzidas basicamente com leo mineral que penetram rapidamente no substrato devido a sua baixa densidade molecular. A tinta juntamente com o leo penetra rapidamente no substrato. Porm o leo mineral no sofre processo de oxidao por isso a tinta no seca completamente, prova disso que mesmo depois de anos, se algum atritar a superfcie do jornal a tinta acaba saindo nos dedos.Em substratos revestidos ou microporosos acontece uma secagem chamada de penetrao seletiva. Neste processo os leos mais finos (normalmente o mineral, e em alguns casos os vegetais) presente no veculo da tinta tende a se separar e penetrar no substrato, deixando na superfcie os leos mais grossos, os pigmentos e o verniz. Como grande parte do verniz no penetra, ocorre a filtrao seletiva. Este processo tambm chamado de secagem inicial ousetting. O verniz solidifica predominantemente por oxidopolimerizao (polimerizao pela ao do oxignio).Setting Secagem inicial da tinta. Remoo de lquido da superfcie da pelcula, o que permite o leve toque sobre a superfcie do impresso aps alguns segundos. Ajuda a reduzir falhas de decalque.4.2. EvaporaoConsiste no aquecimento gradual do substrato e da pelcula de tinta nele contido por meio de calor (resistncias ou queima de gases).Impressoras heatset costumam trabalhar num processo combinado de secagem onde a substrato impresso passa por um secador (alta temperatura por queima de gases) , ocorrendo evaporao dos da tinta e depois por um sistema de resfriamento (chill rools), onde ocorre um choque trmico e a tinta solidificada.4.3. Oxidopolimerizao (polimerizao oxidativa)Esse processo ocorre pela ao do oxignio com os leos ou componentes secativos das tintas (os componentes absorvem o oxignio). Nesse processo o oxignio realiza ligaes cruzadas com os componentes, sendo conhecido como reticulao polimrica.A reticulao polimrica um processo que ocorre quando cadeias polimricas lineares ou ramificadas so interligadas por ligaes covalentes, um processo conhecido como crosslinking ou ligao cruzada, ou seja, ligaes entre molculas lineares produzindo polmeros tridimensionais com alta massa molar. Com o aumento da reticulao, a estrutura se torna mais rgida.Por causa da ligao cruzada, a cadeia polimrica perde a sua fluidez e, como resultado, deixa de ser moldada.Nas tintas convencionais o processo de secagem final feito por oxidao.Para auxiliar a entrada do oxignio nas pilhas de papel formadas nas mquinas planas, utilizado o p anti decalque que tem a funo de evitar o decalque e de formar um pequeno espao entre as folhas permitindo assim a secagem final.Para a impresso de materiais no absorventes deve-se utilizar tintas totalmente oxidativas ou tintas por cura UV.4.4. Cura (polimerizao induzida por radiao)A cura um processo que consiste no entrelaamento das molculas da tinta fazendo com que esta solidifique. A diferena entre secagem e cura que na secagem h alguma perda de solvente (evaporao, absoro ou oxidao) da tinta e na cura no h nenhuma perda de solvente e todos os componentes se solidificam.Existem dois tipos de cura por radiao utilizadas em offset, sendo:cura por radiao ultravioleta UV;cura por bombardeamento de eltrons (electron beam,EB).4.4.1. Cura por radiao ultravioleta (UV)Consiste na exposio da pelcula de tinta impressa a raios ultravioleta (UV) gerados por uma fonte apropriada que se encontra na mquina impressora ou prximo a ela, fazendo com que a pelcula solidifique-se quase que instantaneamente.

Princpio de cura UV.Fonte: CAPARROZ, 2012.A radiao UV quebra a ligao entre os tomos do fotoiniciador, que passa a produzir radicais livres. A seguir esses radicais iniciam a ligao entre os monmeros (solvente) e os oligmeros (resina), ocorrendo a reticulao, o resultado final a formao de polmeros insaturados, que fazem ligaes com outros polmeros insaturados gerando polmeros saturados terminando e finalizando o processo de solidificao.

Fases de cura das tintas ultravioleta.Fonte: FERNANDEZ e CAPARROZ, 2012.Sistemas de cura por radiaes UV podem ser integrados com dispositivos para eliminao do oxignio durante a cura, pois o oxignio dificulta a passagem da radiao, gerando maior consumo de energia e aquecimento, o que pode deformar o suporte. muito utilizado a injeo de gs nitrgnio nas cmaras de secadores, enchendo essa cmara e expulsando o gs oxignio (pois o nitrognio mais leve que o oxignio).Esse processo conhecido como secagem inerte (o nitrgnio no reage com radiao UV, inerte). Os principais benefcios da utilizao de secagem inerte so: menor consumo de energia, menor gerao de gs oznio, menor ataque ao suporte (amarelamento no caso de celulsicos ou distores no caso de plsticos).4.4.2. Cura por feixe de eltrons (electron beam EB)A cura por feixe de eltrons uma tecnologia largamente utilizada na indstria farmacutica para medicamentos secos e na esterilizao de instrumentos mdicos e de leite. EB uma tecnologia perfeitamente segura e j utilizada pela indstria de impresso litogrfica desde 1960.Na cura EB, uma cortina de eltrons acelerados emitida para o suporte (em uma cmara fechada). Quando os eltrons energizados atingem a tinta ou verniz, o processo de cura acontece instantaneamente.As tintas EB no tem a desvantagem de requerer fotoiniciador, tais como aquelas necessrias na impresso UV.O processo de EB oferece melhores resultados se realizado numa atmosfera inerte. O ar que respiramos contm 78% de nitrognio, porm a parte restante de oxignio enibe a radiao EV/UV reduzindo a eficincia do processo de cura.

Princpio de cura por radiao EB.Fonte: CAPARROZ, 2012.5. Produtos auxiliaresOs produtos auxiliares que so produtos utilizados quando se quer fazer alguma alterao nas caractersticas originais da tinta.Sua utilizao visa atender determinadas necessidades que o impressor possa vir a ter no dia a dia. Porm aconselha-se utilizar a tinta pura, como veio da fbrica, e quando realmente necessrio utilizar os produtos auxiliares de acordo com as recomendaes dos fabricantes desses produtos (ler o rtulo).Dentre os principais produtos auxiliares podemos citar:diluente mineral;diluente vegetal;pasta anti-tack;cera deslizante;verniz mordente;pasta anti-decalque;secante.Diluente mineral:tem por objetivo principal aumentar a penetrao da tinta no suporte atravs da reduo de sua viscosidade. Isso ajudar na secagem inicial (setting) da tinta. Outra funo ajudar na cobertura (espalhamento) em papeis que apresentam superfcies irregulares, como papeis reciclados. fabricado com leos minerais que no oxidam; por consequncia, se adicionado em excessotende a causar velatura e diminuio do brilho, assim como prejudicar a fixao da tinta no suporte.Verificar recomendaes do fabricante da tinta e do produto auxiliar.Diluente vegetal:costuma-se apresentar em estado lquido e geralmente formulado base de leo de linhaa refinado ou leo de soja.Sua principal funo reduzir a viscosidade da tinta melhorando a cobertura (espalhamento) em suportes irregulares. No afeta muito a penetrao da tinta, principalmente em suportes microporosos.Seu uso em excesso tende a retardar a secagem da tinta.Verificar recomendaes do fabricante da tinta e do produto auxiliar.Pasta anti-tack:tem a funo de reduzir otackda tinta sem alterar muito sua viscosidade. Indicada para impresso em suportes de colagem deficiente ou para adaptar otackdas tintas de acordo com a sequncia de impresso.Usado em excesso tende a causar velatura, diminuir o brilho da tinta, a reduzir a secagem e a fixao da tinta sobre o suporte.Verificar recomendaes do fabricante da tinta e do produto auxiliar.Cera deslizante (pasta anti-atrito):Este produto auxiliar contm ceras na forma micro cristalinas. Quando a tinta est secando essas partculas migram para a superfcie, aumentando o deslizamento da tinta e consequentemente a resistncia ao atrito.Evitar o uso em impressos que vo receber plastificao ou qualquer outro tratamento de superfcie (envernizamento) e em tintas que faro cromias em mquinas monocolores ou bicolores).Usado em excesso, prejudica o brilho e dificulta a aderncia de vernizes sobreimpresso (UV e Base d gua).Verificar recomendaes do fabricante da tinta e do produto auxiliar.Verniz mordente:tem por objetivo aumentar otacke a viscosidade de tintas que estejam causando problemas de velatura, excesso de ganho do ponto ou repinte. Deve ser aplicado em tintas muito fludas, que atingiram tal estado por uma questo de aumento de temperatura ou falha operacional. Em excesso, tende a retardar a secagem da tinta e provoca arrancamento superficial do substrato.Verificar recomendaes do fabricante da tinta e do produto auxiliar.Pasta anti decalque: adicionada em impressos que possuem tendncia ao decalque (tipo de papel, rea de imagem etc). Este produto contm partculas de amidos quimicamente tratados, cujas dimenses so pouco maiores que as da camada de tinta impressa. Por tal motivo estas partculas sobressaem da superfcie da pelcula de tinta impressa, separando um impresso do outro e assim evitando o decalque.Verificar recomendaes do fabricante da tinta e do produto auxiliar.Secante:a funo do secante acelerar o processo de secagem oxidativa em todo o filme de tinta.O secante normalmente fabricado base de sais orgnicos de metais pesados, como cobalto e mangans (entre outros), em veculos base de leos minerais. Funcionam como catalisadores, isto , atraem mais oxignio para a tinta e o retm dentro da camada de tinta, favorecendo com isso o processo de oxidopolimerizao.Os principais tipos de secantes encontrados no mercado so:secantes de cobalto: trabalham acelerando o processo de secagem oxidativa superficial do filme de tinta, seu uso recomendado principalmente quando se trata com cores nicas, que no recebero sobreimpresso ou em cores finais do impresso. Devido a sua alta atividade catalisadora superficial, no recomendado em cores iniciais devido a sua tendncia a vitrificao.secantes mistos: possuem mais de uma agente catalisador, sendo os mais comuns cobalto, mangans, que quando combinados aceleram o processo de secagem oxidativa em todo o filme de tinta. Por tratar-se de um secante de media atividade catalisadora, indicado para suportes em geral, quando h necessidade de acelerar o processo de secagem por oxidao. Quando usado em excesso, pode causar vitrificao, dificultando sobreimpresso de outras cores.Verificar recomendaes do fabricante da tinta e do produto auxiliar.6. Clculo de consumo de tintaO clculo de consumo tem por objetivo fornecer um valor em massa da tinta que ser consumida durante a execuo de um lote de impressos.Calcular o consumo de tinta uma tarefa que vem sendo a muito tempo estudada no processo, pois a tinta quase sempre o segundo insumo mais caro no processo. Em alguns casos de tintas de segurana pode chegar a ser o insumo mais caro no processo.Devido ao seu valor muito importante ter-se ideia do quanto ser utilizada no processo, para que os oramentos sejam o mais prximo possvel da realidade.Os mtodos comumente utilizados so estatsticos em funo da gama de variveis envolvidas. Com isso em algumas ocasies poder ocorrer sobra e em outras falta de tinta.Seja qual for a frmula utilizada importante o impressor utilizar instrumento de controle de carga de tinta durante a impresso (densitmetro, espectrofotmetro ou espectrodensitmetro).6.1. Frmula SPANKSGPeso em kg =S x P x A x N x K x SG 353Onde:S = Substratondices adotados para S:Couch de 1 qualidade.................. 1,0Couch de qualidade inferior .......... 1,2Semi acetinado................................. 1,4Cartesduplex................................ 2,0Cartescoated................................ 1,5Papel offset de boa qualidade......... 1,6Papel-jornal...................................... 1,8Papis e cartes tipo Kraft............... 2,2P = Processo de impressondices adotados para P:Tipografia....... 1,0Offset............. 0,5A = rea de impresso (em m)N = TiragemK = Tipo de grafismondices adotados para K:Chapado........ 1,0Reticulado (proporcional ao percentual: 10% = 0,1; 20% = 0,2 etc)S texto......... 0,2SG = Peso especfico da tintandices adotados para SG:Branco transparente..........................0,8Cores de escala, bases Pantone.....1,0Prata................................................. 1,4Branco opaco e ouro........................ 2,0Na mistura entre as cores de base, deve ser criado um ndice que seja representativo em funo da quantidade de cada uma.Exemplo de clculo de consumo:Pede-se calcular a quantidade de tinta a ser consumida por uma tiragem de 50.000 fls, que reproduza impressos com rea chapada nas dimenses de 20x40cm em processo offset e em substrato tipo carto duplex. A tinta empregada utiliza 20% de cyan, 40% de prata e 40% de branco transparente.Temos: S = 2,0; P = 1,0; A = 0,04m2(20x20cm = 0,2x0,2m); N = 50.000 K = 1,0 SG = (1 x 0,2) + (1,4 x 0,4) + (0,8 x 0,4) = 1,08.Aplicando a frmula:S x P x A x N x K x SG =2,0 x 1,0 x 0,04 x 50.000 x 1,0 x 1,08 = 12,24 kg 353 353A quantidade de tinta a ser produzida para a impresso do material indicado no exemplo dever ser de 12,24kg.6.2. Grfico com base em valores de densidadeO grfico outra maneira de se calcular o consumo de tinta e tem como base valores de mdias de mercado. Seu uso restrito s cores de escala e a adio de produtos auxiliares compromete o resultado, podendo induzir a erros.Para realizar o clculo indicado conhecer com o mximo de preciso a rea de cobertura da imagem no impresso. Se for uma rea de chapado a cobertura 100%. Alguns softwares indicam o percentual de cobertura da imagem.Representao de Carta consulta Relao entre densidade ptica e massa papel revestido

Representao de Carta consulta Relao entre densidade ptica e massa papel no revestido7. Controle de qualidade e propriedades das tintasO controle de qualidade, tanto no recebimento quanto na utilizao da tinta, visa garantir que cada propriedade esteja dentro dos padres preestabelecidos pelo cliente ou fabricante.No controle da qualidade das tintas utilizam-se equipamentos ou instrumentos de medies para que o operador possa analisar os resultados comparando-os com os valores preestabelecidos.Os fabricantes das tintas realizam todos os controles que sero citados alm de outros especficos para a fabricao da tinta.Podemos dividir as anlises das tintas em duas categorias:anlises fsico-qumicas;anlises pticas.7.1. Anlises fsico-qumicas das tintasAs principais anlises fsico-qumicas realizadas nas tintas so:granulometria;viscosidade;rigidez;tack.7.1.1. GranulometriaA anlise da granulometria tem por objetivo identificar o grau de moagem ou disperso dos pigmentos na tinta. A anlise realizada com a utilizao de um instrumento chamadogrindmetro.A realizao da anlise da granulometria mais comum em laboratrios, os fabricantes realizam esse controle durante o processo de fabricao, porm algumas grficas podem realizar a anlise no recebimento das tintas para verificar se est dentro dos padres.Para se considerar uma tinta com um bom grau de disperso recomendado que a mesma no ultrapasse valores de cinco micrometros de disperso.No entanto algumas tintas podem possuir pigmentos com valores de disperso maiores, como tintas metlicas por exemplo.

Grindmetro.Fonte: CAPARROZ, 2012.Tintas que no estejam com o grau correto de moagem ou disperso tendem a causar desgaste prematuro das chapas, desgaste das lminas de tinteiro e rolo alimentador, problemas de voagem (desprendimento de partculas de tinta ou pigmento na rolaria da impressora) e podragem (partculas da tinta ou pigmento soltam do impresso quando recebem algum atrito, como o passar da mo).7.1.2. ViscosidadeA anlise de viscosidade tem por objetivo identificar a fluidez da tinta, ou seja, sua viscosidade.Viscosidade a propriedade dos fluidos correspondente ao transporte microscpico de quantidade de movimento por difuso molecular. Ou seja, quanto maior a viscosidade, menor ser a velocidade em que o fluido se movimenta.Para avaliar a viscosidade em tintas pastosas utilizado o viscosmetro Laray.Viscosmetro LarayViscosidade abaixodo padro preestabelecido para a aplicao da tinta pode causar problemas como:ganho de ponto, volatizao da tinta (voagem/ nvoa);deficincia na distribuio da tinta (baixo poder de cobertura /baixa intensidade de cor / baixo brilho);dificuldade no balanceamento gua/tinta (elevado grau de emulsionamento da tinta na gua e da gua na tinta).Viscosidade acimado padro preestabelecido para a aplicao da tinta pode causar problemas como:dificuldade na transferncia da tinta;perda de definio da imagem impressa;acumulo de tinta na rolaria e principalmente na blanqueta.7.1.3. RigidezA rigidez est relacionada com a resistncia inicial que a tinta oferece para iniciar o escoamento (movimentao).Tambm dizemos que a rigidez a medida da fora necessria para retirar a tinta de seu estado de repouso.Quando a rigidez muito elevada, a fora qual a tinta submetida pelo rolo do alimentador do tinteiro insuficiente para coloc-la em movimento. Nesse caso, diz-se que a tinta dorme no tinteiro.O equipamento utilizado para a sua medio o Laray, o mesmo utilizado para a leitura da viscosidade.Antes de adicionar produtos auxiliares importante que o impressor agite bastante a tinta no tinteiro, para quebrar a rigidez da tinta.7.1.4.TackOtack, tambm chamado de pegajosidade, refere-se a resistncia que um filme de tinta oferece ao ser dividido em duas partes.Teoricamente quanto maior otackda tinta maior a definio da imagem no suporte e menor a tendncia de emulsionamento da tinta, porm a caracterstica de resistncia superficial do suporte limita o valor detackda tinta, com isso o limite mximo dotackda tinta a resistncia superficial do suporte ao arrancamento.A fora (F) necessria para realizar a separao da pelcula de tinta em duas proporcional a velocidade da impressora (V) viscosidade da tinta (v), a rea do filme de tinta (A) e inversamente proporcional a espessura (e) do filme de tinta, conforme expressa a equao de Stefan:Os instrumentos utilizados para a medio so o Tack-o-Scope ou o Inkometer.

Instrumentos para medio dotack.Fonte: CAPARROZ, 2012.Se otackestiver acima do idealpodem surgir problemas como arrancamento ou delaminao superficial do papel, acmulo de partculas (fibras e cargas minerais) na blanqueta, perda de definio da imagem e deficincia da distribuio da tinta na rolaria.Neste caso, para corrigir o problema pode-se adicionar tinta pasta amaciante ou pasta anti-tack (na proporo indicada pelo fabricante de tinta).Se otackestiver abaixo do idealpodem surgir problemas como entupimento das reas de reticulas do impresso, ganho de ponto mecnico, ganho de ponto ptico, dificuldade na distribuio da tinta pela rolaria, perda de detalhes e nitidez da imagem e volatizao da tinta.Neste caso, para corrigir este problema podemos adiciona tinta verniz mordente (na proporo indicada pelo fabricante de tinta).7.2. Anlises pticas das tintasAs principais anlises pticas realizadas nas tintas so:densidade ptica;cor.7.2.1. Densidade pticaA densidade ptica da tinta est relacionada com o quanto de luz a camada de tinta consegue absorver. Quanto mais luz a tinta absorver (no refletir) maior ser o valor da densidadeO valor da densidade obtido pelo logaritmo da opacidade do filme de tinta aplicada sobre o substrato. O instrumento utilizado para a sua verificao o densitmetro.O densitmetro analisa os valores de luz incidente e luz emergente do impresso, e atravs de filtros de cor consegue calcular os valores de densidade, rea de ponto, ganho de ponto, contraste relativo de impresso, erro de tom, grau de gris etrapping.

Densitmetro de reflexoPara o uso deste instrumento necessrio empregar uma tira de controle posicionada adequadamente no impresso.Cada zona do tinteiro ter um campo de anlise correspondente na tira de controle.

Posicionamento adequado da tira de controle no impressoO densitmetro no mede cor, apenas reflexo de luz, no sendo recomendado para anlises de cores especiais. Seus filtros foram elaborados para anlise das cores de escala.7.2.2. CorA cor da tinta est relacionada aos atributos de tom, saturao e luminosidade.Para a avaliao das cores e seus atributos utiliza-se oespectrofotmetroe/ou oespectrodensitmetro. Estes instrumentos so capazes de avaliar a cor em diferentes espaos de cores (CIE, LAB etc.) atravs da utilizao de diversos iluminantes ou ainda calcular a diferena entre duas cores, por meio de utilizao uma referncia e uma amostra, por mtodos de determinao de Delta E.O espectrodensitmetro um aparelho que possibilita tanto as leituras de densidade quanto as leituras de cor.

EspectrodensitmetroOutro instrumento que j foi muito utilizado para analise dos atributos da cor o colormetro. O colormetro faz a leitura dos atributos da cor por meio de trs iluminantes conhecidos como Rx, Ry e Rz.Porm devido a evoluo dos espectrodensitmetros esto sendo cada vez menos utilizados.

Colormetro interligado ao computador(catlogo X-Rite)