Tiago (Lições Bíblicas - 3º trimestre de 2014) MESTRE
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■y «mm ^ “ÉFe e ObrasEnsinos de Tiago para uma
Vida Cristã Autêntica
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J o v e n sA d u l t o s ^
O SEGREDO DA SUA VITÓRIA AO SEUAECANCE!
J o h n C . M a x w e l l
ÀS VEZES VO CE
GANHA,As VEZES VOCÊ
Treinador de líderesStan Toler e Larry G ilbert
Este livro com partilha in form ações
que o ajudarão a estim ular sua
congregação para o m in istério
ativo, e você aprenderá a filosofia
do m in istério das equipes de ação
que revolucionará sua igreja local.
A prenda a ver você m esm o não
só com o jogador, mas tam bém
com o tre in a d o r que po d e
revelar os dons de seus
com panheiros de equ ipe.
Às vezes você ganha, às vezes você aprende
John Maxwell
Em As vezes você ganha, às
vezes você aprende, Dr. M axwell
explora as mais com uns lições
que nós podem os a p re n d e rco m
a experiência da perda. A p re n d e r
não é fácil em m om entos difíceis.
Isto exige d iscipfina para fazer
a coisa certa quan to tu d o está
errado. Este livro oferece o mapa
para fazerm os exatam ente isto.
Comentário: ELIEZER DE LIRA E SJLVA Lições do 3o Trimestre de 2014 CPÆ>
Disponível também em
VER SÃ O DIG ITA Lwww. cp ad. com .br/e seal a do mini cal
Lição 1Tiago — Fé Que Se Mostra Pelas Obras
Lição 20 Propósito da Tentação 10
Lição 3A Im portância da Sabedoria Humilde 18
Lição 4Gerados Pela Palavra da Verdade 26
Lição 5O Cuidado ao Falar e a Religião Pura 33
Lição 6A Verdadeira Fé Não Faz Acepção de Pessoas 41
Lição 7A Fé se M anifesta em Obras 48
Lição 8O Cuidado com a Língua 56
Lição 9A Verdadeira Sabedoria se Manifesta na Prática 62
Lição 10O Perigo da Busca pela Autorrealização Humana 69
Lição 110 Julgam ento e a Soberania Pertencem a Deus 76
Lição 12Os Pecados de Om issão e de Opressão 83
Lição 1 3A Atualidade dos Últimos Conselhos de Tiago 90
L iç õ e s B íb l ic a s 1
3ÍBLICASPublicação Trim estral da Casa Publicadora das A ssem bleias de Deus
Presidente da Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil José Wellington Bezerra da Costa _Presidente do Conselho Administrativo José Wellington Costa Júnior Diretor Executivo Ronaldo Rodrigues de Souza Gerente de Publicações Alexandre Claudino Coelho Consultoria Doutrinária e Teológica Antonio Gilberto e Claudionor de Andrade Gerente Financeiro Josafá Franklin Santos Bomfim Gerente de Produção Jarbas Ramires Silva Gerente Comercial Cícero da Silva Gerente da Rede de Lojas João Batista Guilherme da Silva Chefe de Arte & Design Wagner de AlmeidaChefe do Setor de Educação Cristã César Moisés Carvalho RedatoresMarcelo de Oliveira e Telma Bueno Designer Gráfico Marlon SoaresCapaFlamir Ambrósio
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mm?
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2 L iç õ e s B íb l ic a s
Lição 16 de Julho de 2014
Fé Q ue SeM o s t r a P e l a s O b r a s
‘Assim também a fé, se não tiver as obras, é m orta em s i m esm a”
(Tg 2.17).
VERDADE PRATICA
A nossa fé tem de produzir frutos verdadeiros de amor, do contrário , ela se apresenta fa lsa.
HENOS SUGERIDOS 18, 47 , 93
LEITU R A DIARIA
Segunda - Hb 10.24As boas obras devem ser estim uladas
Terça - 1 Tm 6.1 7-19As boas obras e as riquezas do mundo
Quarta - Tg 2.14-1 7É possível haver fé sem as obras?
Quinta - Ef 2.8,9Não somos sa lvos pelas boas obras
Sexta - Ef 2.10Salvos praticam boas obras
Sábado - Rm 12.9,10Am or cordial e fraterno
L iç õ e s B íb l ic a s 3
L E I T U R A B ÍB L IC A EM C L A S S ETiaig© 2.14-26
INTERAÇÃO
1 4 - Meus irmãos, que aproveita se alguém disser que tem fé e não tiver as obras? Porventura, a fé pode salvá-lo?15 - E, se o irmão ou a irmã estiverem nus e tiverem falta de mantimento cotidiano,16 - e algum de vós lhes disser: Ide em paz, aquentar-vos e fartai- -vos; e lhes não derdes as coisas necessárias para o corpo, que proveito virá daí?1 7 - Assim também a fé, se não tiver as obras, é m orta em si mesma.1 8 - Mas dirá alguém: Tu tens a fé, e eu tenho as obras; mostra- -me a tua fé sem as tuas obras, e eu te mostrarei a minha fé pelas minhas obras.19 - T u crês que há um só Deus? Fazes bem; também os demônios o creem e estremecem.2 0 - Mas, ó homem vão, queres tu saber que a fé sem as obras é morta?21 - Porventura Abraão, o nosso pai, não foi justificado pelas obras, quando ofereceu sobre o altar o seu filho Isaque?2 2 - Bem vês que a fé cooperou com as suas obras e que, pelas obras, a fé foi aperfeiçoada,2 3 - e cumpriu-se a Escritura, que diz: E creu Abraão em Deus, e foi- -Ihe isso imputado como justiça , e foi chamado o amigo de Deus.2 4 - Vedes, então, que o homem é justificado pelas obras e não somente pela fé.2 5 - Ede igual modo Raabe, a meretriz, não foi também justificada pelas obras, quando recolheu os emissários e os despediu por outro caminho?2 6 - Porque, assim como o corpo sem o espírito está morto, assim também a fé sem obras é morta.
“Fé e o b ra s : Ensinos de Tiago p a ra um a Vida C ristã A u tê n tica ” é o tem a deste tr im e stre ! P o rta n to , e s tu d a re m o s a Ep ísto la de Tiago. O co m en ta ris ta é o p a s to r E lie ze r de L ira e S ilva , co n feren c ista de Esco la s B íb licas e d ire to r do p ro je to m iss ion á rio Ide En sin a i em M oçam bique, Á fr ica .A o le r a E p ís to la U n ive rsa l de T ia go ch e g a m o s à c o n c lu sã o de q u eo E va n g e lh o não a d m ite um a vida c r is tã a com p a n h a d a de um d is cu rso d e sa s so c ia d o da p rá t ic a . A n o ssa fé deve s e r co n firm a d a a tra v é s da s o b ra s . C a ro p ro fe s s o r , de m a n e ira p ro fu n d a , e stu de e sta ep ísto la , p o is , tem os um g ra n d e d esa fio : co n ven cer os n o sso s a lu n os de que vale a pena le v a r e s te s en sin a m en to s até as ú lt im as co n seq u ên c ia s .
O BJETIVO S___
Após a au la , o aluno deverá estar apto a:
Descrever as questões de autoria , local, data e destinatário da ep ísto la .
Entender o propósito da ep ísto la .
Destacar a atualidade da ep ísto la .
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Prezado professor, para in ic iar o estudo da Carta de T iago sugerim os que
reproduza o esquem a da página seguinte na lousa, ou em cópias, conform e as suas possib ilidades. O esquem a é um
esboço da ep ísto la a ser estudada. Ele vai au x ilia r na análise panorâm ica da carta.
Neste esquem a ainda constam in fo rm ações com o: a estrutura da epísto la,
autoria , tem a, data e uma consideração prelim inar. Tenha uma boa aula!
4 L iç õ e s B íb l ic a s
IN TRO D U ÇÃ ONeste trim estre , estudarem os
a m ensagem de Deus entregue aos san to s irm ãos do p rim e iro sécu lo por interm édio de T iag o ,o irm ão do Senhor. A ssim pode ser resum ida a Ep ístola u n ive rsa l de T iag o : um a c a r ta de c o n s e lhos práticos para um a v id a bem -sucedida e de acordo com a Pa lavra de D e u s . A e s p ir i t u a lid ad e s u p e r f ic ia l , a ausênc ia de in teg rid ade, a carência de perse v e ra n ç a e a in su f ic iê n c ia da com paixão para com o p róxim o
P A LA V R A -C H A V E
F é : Confiança a b so lu ta em a lguém .
A p rim e ira das trê s v irtu d es teo loga is :
fé, e sp e ra n ça e
são caracte rísticas que perm eiamo ca m in h o de m u ito s c re n te s dos d ia s m o d e rn o s . O estu d o d essa ep ísto la é re levan te para os nossos d ias, pois contem pla a oportun idade de aperfe içoarm oso nosso relacionam ento com Deus e com o p ró x im o , levando-nos a com preender que a fé sem as
t obras é m orta (Tg 2.17).
I - A U TO R IA , LO C A L , DATA
E D ESTIN A TÁ R IO S (Tg 1.1)
am or.
1. Autoria. Em prim eiro lugar, é preciso destacar o fato de que há, em o Novo T e s ta
m ento, a m enção de quatro pessoas com o nome de T iago : T iago ,
li.Eli.IV.v.
VI.
ESBOÇO DA CARTA DE TIAGO
Saudações (1.1)As provações e seu Benefício (1.2-1 8)Aceitá-las como Meio de Crescimento (1.2-4)Orar por Sabedoria ao Lidar com Elas (1.5-8)Regozijar-se pelo seu Efeito Nivelador nas Pessoas (1 .9-1 2) Reconhecer a Diferença entre Provação e Tentação (1.1 3-1 8) Ouvir a Palavra e Praticá-la (1.1 9-27)Ser Imparcial e Demonstrá-lo (2.1 -1 3)Professar a Fé e Comprová-la (2.14-26)Reconhecer Ardis e Evitá-los (3.1— 5.6)A Língua Desenfreada (3.1-1 2)A Sabedoria Terrena (3.1 3-1 8)A Conduta Pecaminosa (4.1-1 0)Falar.Mal de um Irmão (4.11,12)O Mal da Presunção (4.1 3-1 7)A Riqueza Egoísta (5.1-6)Virtudes Cristãs e sua Prática (5.7-20)Paciência e Constância (5.7-1 1)Genuína Honestidade (5.12)A Oração Eficaz pelos Enfermos (5.13-18)Restaurando os Desviados (5.1 9,20)
C o n sid eraçõ es P re lim in are s: Tiago é classificada como ‘epístola universal’ porque foi originalmente escrita para uma comunidade maior que uma igreja local. A saudação: “Às doze tribos que andam dispersas” (1.1), juntamente com outras referências (2.1 9,21), indicam que a epístofa foi escrita inicialmente a cristãos judeus que viviam fora da Palestina. É possível que os destinatários fossem os primeiros convertidos em Jerusalém, que, após a morte de Estêvão, foram dispersos pela perseguição (At 8.1) até a Fenícia, Chipre, Antioquia da Síria e além (At 1 1 .1 9).
Texto extra ído d a “Bíblia de Estudo Pentecostal', editada pela CPAD.
L iç õ e s B íb l ic a s 5
rpai de Ju d as , não o Iscario tes, (Lc 6 .1 6 ); T ia g o , f ilh o de Zebedeu e irm ão de João (Mt 4 .21 ; 10 .2 ; Mc 1.19, 10.35; Lc 5 .10; 6 .14 ; At. 1.13; 12.2); T iag o , filho de A lfeu , um dos doze d iscípu los (Mt 10.3; Mc 3.18; 15.40; Lc 6.15; At 1.13) e, finalm ente, T iag o , o autor da epísto la , que era filho de José e Maria e meio-irmão do nosso Senhor (Mt 1.18,20). Após firm ar os passos na fé e testem unhar a ressurreição do Filho de Deus, o irm ão do Senhor liderou a Igreja em Jerusa lém (At 15.13-21) e, m ais tarde , foi considerado apóstolo (Cl 1.19). Pela riq u eza d o u trin á ria da ca rta , o
£ autor não poderia ser outro T iago ,
I senão, o irm ão do Senhor e líder da Igreja em Je rusa lém .
2. Local e data. Em bora a m aio ria dos b ib lis ta s ve ja a Pale stin a , e m ais esp ec ificam en te
I Je ru sa lé m , com o loca i m ais in- | d icado de p rodução da e p ísto la , ? tal in fo rm ação é d esco n h ec id a .
S o b re a d a ta , t ra ta n d o -se do p e río d o a n t ig o da e ra c r is t ã , se m p re se rá a p ro x im a d a . Por e ssa ra z ã o , a B íb lia de E stu d o
1 P en teco sta l data a p rodução da ca rta de T iag o entre os anos 45 a 49 d .C ., ap ro x im ad am en te .
3. Destinatário. “À s doze tribos que andam d isp e rsas” (Tg 1.1). Há m uito a estru tu ra po lítica de Israel perdera a configuração de d iv isão em trib o s. A ssim , em o Novo Testam ento , a exp ressão “doze trib o s” é um recurso lingu ístico que faz a lusão , de form a figurativa , à nação inteira de Israel (Mt 19.28; A t 26 .7 ; Ap 21.12). Todavia , ao usar a fó rm ula “doze trib o s”, na verdade , T iag o refere-se aos cristãos d ispersos na Palestina e variad as igrejas estabelec idas em
outras regiões, isto é, todo o povo de Deus espalhado pelo m undo.
SIN O PSE DO T Ó P IC O (1)
O autor da ep ísto la é T iago ,o m eio-irm ão d e je su s . A carta foi escrita provavelm ente em Je ru sa lém , entre os anos 45 e 49 d .C . e d irig ida aos cristãos d ispersos da Palestina bem com o as igrejas de outras reg iões.
RESPO N D A
1. Quem é o a u to r da Epísto la de Tiago?2. Quem são os d estin a tá rio s da Epísto la de T iago?
II - O PRO PÓ SITO DA EP ÍS T O LA D E T IA G O
1. Orientar. Em um tem po m arcado pela fa lsa espiritualidade e egoísm o, as orientações de T ia go são re levantes e pertinentes. Isso porque a Escritu ra nos revelao se rv iço a Deus com o a prática concreta de atitudes e com unhão: guardar-se do sistem a m undano (e n g a n o , fa ls id a d e , e g o ísm o , etc .) e am ar o p ró xim o . A ss im , através de orientações p ráticas, T iago alm eja fo rta lecer e consolar os cris tão s , exortando-os acerca da pro fund idade da ve rd ad e ira , pura e im acu lad a re lig ião para com Deus a qual é: a) v is ita r os órfãos e as v iú vas nas tribulações;b) não fa ze r acepção de pessoas e c) guardar-se da corrupção do m undo (Tg 1.27).
2. Consolar. Num a cu ltu ra onde não se dobrar a César, honrando-o como divindade, significava rebelião à autoridade maior, os crentes antigos foram impiedosamente perseguidos, humilhados
6 L iç õ e s B íb l ic a s
e m ortos. Entretanto, a despeito de perder emprego, pais, filhos e sofrer m artírios em praças públicas , eles se m antiveram fié is ao Senhor. Por isso, a epístola é, ainda hoje, um bálsamo para as igrejas e crentes perseguidos espalhados pelo mundo (Tg 1.17,18; 5.7-11).
3. Fortalecer. A lém das persegu ições c ru é is , os crentes eram e xp lo rad o s pelos ricos e d e frau d a d o s e a f lig id o s pe los p a trõ es (Tg 5 .4 ). A p e sa r de a Pa lavra de Deus condenar com veem ência essa prática m undana, in fe lizm ente , ela a inda é muito atual (Ml 3 .5 ; Mc 10.19; 1 Ts 4 .6 ). A Epístola de Tiago não foge à tradição profética de condenar ta is abusos, pois, além de expor o ju ízo d ivino contra os exp lo radores,o meio-irmão do Senhor exo rta os santos a não desanim arem na fé, pois há um Deus que contem pla as más atitudes do injusto e certam ente cobrará muito caro por isso . A queda de quem exp lora o trabalhador não tardará (Tg 5.1-3).
SIN OPSE DO T Ó P IC O (2)
O propósito geral da epísto la de T iago era orientar, conso lar e fo rta lecer a Igreja de C risto que estava sendo perseguida.
RESPONDA
3. Segundo a lição, qua is são os p rop ósito s da Ep ísto la de Tiago?
III - A TU A LID A D E DA EP ÍSTO LA
1. Num tempo de superficialidade espiritual. Outro propósito da epísto la é levar o le itor a um relacionam ento m ais íntimo com Deus e com o p ró xim o . A
“A epísto la de Tiago é um bálsam o p a ra as ig re ja s
e cren tes persegu idos espa lhados pelo m undo .”
E liezer de Lira
REFLEXÃO ______
ca rta tra z d ive rsa s c itações do Sermão do Monte como prova de que o autor está em plena concordância com o ensino de Jesus C risto. T iago cham a a atenção para a verdade de que se as orientações de Jesus não forem praticadas, o leitor estará fo ra da boa, perfe ita e ag rad áve l vo n tad e de D eus. Portanto, a Igreja do Senhor não pode a b a n d o n a r os co n se lh o s d iv in o s para d e se n v o lv e r um a esp iritualidade sad ia e profunda.
2. Num tempo de confusão entre “salvação pela fé” ou “salvação pelas obras”. O leitor desavisado pode pensar que a Epísto la de T iag o contrad iz o apóstolo Paulo quanto à doutrina da sa lvação m ediante a fé . Nos tem pos apostó licos, fa lsos m estres torceram a doutrina da sa lvação pela graça proclam ada pelo apóstolo dos gentios (2 Pe 3.14-16 cf. Rm 5 .2 0 — 6.4 ). Entretanto , a Epísto la de T iag o evidencia que não se pode fazer separação entre a fé e as obras. A pesar de as obras não garantirem a sa lvação , a sua m anifestação dá testem unho da exp eriên cia sa lv ífica do crente (Ef 2 .10; cf. Tg 2 .24).
3. Uma fé posta em prática. M uitos d izem ser d isc íp u lo s de C ris to , m as estão d is tan te s d a s v i r t u d e s b íb l ic a s . E s te s não ev id en c iam sua fé por in te rm éd io de suas a t itu d e s . Os
L iç õ e s B íb l ic a s 7
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p seud o d isc íp u lo s v isam os seus in te re s s e s p a r t ic u la re s e não a g ló r ia de D e u s . P re c isa m o s urgentem ente p r io r iza r o Reino de Deus e a sua ju s t iç a (Mt 6 .33 ). T iag o nos e n s in a , assim com o João Batista (Lc 3 .8-14), que p rec isam os p ro d u z ir fru to s d ignos de a rrep end im ento .
SIN OPSE DO TÓ P IC O (3)
Num tempo de superficia lidade esp iritual e de confusão entre “sa lv a ç ã o pela fé ” e '‘sa lva ç ã o pelas ob ras”, a epísto la de T iago é uma m ensagem atual sobre a fé posta em prática .
RESPONDA
4. O que provam as várias citações do Serm ão da M ontanha na Espí- tola de Tiago?
5. Por que não p o d em o s fa z e r separação entre a fé e as ob ra s?
CO N CLU SÃ O
Como em toda a Escritura Sagrada, a Epístola de Tiago é um farol acesso e permanentemente atual. Ela nos alerta contra a mediocridade da vida supostamente cristã e nos exorta a fazer das Escrituras o nosso pão diário. Jesus Cristo sempre foi zeioso pelo bem estar do seu rebanho (Jo 10.10). Em todas as épocas Ele é o bom pastor que cuida das suas ovelhas (Jo 10.11). É do interesse do Mestre que os discípulos vivam em harmonia e amor mútuo, afim de não trazerem escândalo aos de dentro e, muito menos, aos de fora (1 Co 10.32). E não nos esqueçamos: A religião pura e imaculadaé a fé que se mostra através de nossas práticas e obras.
8 L iç õ e s B íb l ic a s
r AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICOV O C A B U LÁ R IO
Compatriota: Que se origina da mesma terra.Dispersa: Espalhada, separada. Imaculada: Pura, sem qualquer mancha.Pseudodiscípulos: Falsos d iscípulos.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
RICHARDS, Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. 1 .ed. Rio de Janeiro : CPAD, 2007 .STAMPS, Donald C (Ed .). Bíblia de Estudo Pentecostal: Antigo e Novo Testam ento . Rio de Jan e iro: CPAD, 1995 .STRONSTAD, Roger; ARRINGTON, French L. (E d s .) Com entário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. 2 .ed . Rio de Jane iro : CPAD, 2004 .
SAIBA MAISRevista Ensinador C ristão
CPAD, n° 59, p .36 .
RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS
1. Tiago, filho de José e Maria e meio--irmão do nosso Senhor.
2 . Os cristãos dispersos na Palestina e variadas igrejas estabelecidas em outras regiões, isto é, todo o povo de
Deus espalhado pelo mundo.3 . Orientar, consolar e fortalecer a
Igreja de Cristo .4 . Que o autor está em plena concordância com o ensino de Jesus Cristo .5. Porque apesar de as obras não garantirem a salvação, a sua manifestação dá testemunho da experiência salvífica
do crente (Ef 2 .10; cf. Tg 2.24).
Subsídio Bibliológico“Deve ser observado que e x is
tem resultados mais abençoados e reais quando um indivíduo realm ente confia no Senhor Je su s C risto . Há não apenas uma m udança de posição d iante de Deus (ju stificação ), m as há o in ício da obra redentora e santificadora de Deus. Em bora a transfo rm ação da v ida não se ja a base da sa lvação , ela é a evidência da sa lvação . E sem tal ev id ên c ia (em m aior ou m enor grau) deve ser levan tad a um a questão quanto à autenticidade d a fé do indivíduo. [...]
As boas obras de um cristão são o resu ltado e a ev id ên c ia da autenticidade da sua fé. É o entendim ento deste fato que reso lverá o problem a de alguns quanto a uma alegada d iscrepância entre Paulo e T iag o . Paulo certam ente relaciona as boas obras com a fé (Ef 2.8-1 0). Fica claro que Tiago está falando da ju stificação diante dos hom ens (Tg 2 .1 8 - ‘m ostra-m e’ , ‘te m ostrare i’ ; v .2 2 - ‘bem v ê s ’ ; v .2 4 - ‘v e d e s ’ ; v .2 6 ), e que a fé é provada pelas obras (v .2 2 )” (PFEIFFER, Charles F.; VOS, Howard, F. Dicionário Bíblico Wydiffe. Rio de Jane iro : CPAD, 2 0 0 9 , p p .77 9 ,8 0 ).
L iç õ e s B íb l ic a s 9
Lição 213 de Julho de 2014
O P r o p ó s i t o d a
TEXTO ÁUREO"Meus irm ãos, tende grande gozo quando ca irdes em várias tentações, sabendo que a prova da vossa fé p roduz a paciência”
(Tg 1.2,3).
VERDADE PRATICA
O triunfo sobre a tentação fortalecemos espiritualmente e nos tom a mais íntimos de Deus.
HINOS SUGERIDOS 34, 195, 246
LE IT U R A D IARIA
Segunda - Pv 1.10Tentado, não cedas!
Terça - Hb 2.18Jesus foi provado assim como nós
Quarta - 1 Pe 1.7Tentação, a provação da fé
Quinta - Dt 8.2,3Conheça a ti mesmo
Sexta - Mt 26.41Vig ilância e oração
Sábado - 1 Pe 5.9 Identificação através das provações
10 L iç õ e s B íb l ic a s
: INTERAÇÃO ___“Pare de sofrer!", “É tempo de vitória!”, “Você vai conquistar!" Estas são fra ses de e fe itos bem conhecidas no m eio eva n g é lico . N elas, e stá p re se n te a ideia do não sofrim ento . A lição desta sem ana é um resgate do ensino b íb lico quanto ao valor do sofrim ento por C risto e da sua im portância p a ra o nosso crescim ento espiritual. A epístola de Tiago nos m ostra que devem os nos a legra r na tentação, pois a p a rtir desta reconhecem os a nossa inteira dependência de Deus. O sofrim ento é uma realidade e não podem os fu g ir dele. Em Cristo, temos o priv ilégio de so frerm os para a honra do seu nom e. A cruz de Cristo é a aJória do Evanaelho!
LE ITU R A BÍBLICA EM CLA SSE Tiago 1.2-4,12-1 5
2 - Meus irm ãos, tende grande gozo quando ca irdes em várias tentações,
3 - sabendo que a p rova da vossa fé p ro d u z a paciência .
4 - Tenha , porém , a paciência a su a ob ra p e rfe ita , p a ra que se ja is p e rfe ito s e com pletos, sem fa lta r em co isa a lgum a.
12 - Bem -aventurado o varão que so fre a ten tação ; porque , quando fo r p rovado , receberá a coroa da vida, a qua l o Senhor tem prom etido aos queo am am . O B J E T IV O S _____________
Após a au la , o aluno deverá estar apto a:
Conceituar a tentação.
Pontuar a origem da tentação.
Compreender o propósito da tentação.
O R IEN TA Ç Ã O PED A G Ó G IC A
“Pela tentação de Jesus Cristo, a tentação de Adão chegou ao fim . Tal como na
tentação de Adão caiu toda a carne, assim toda a carne foi libertada do poder de Satanás na tentação de Jesus Cristo, pois Jesus
Cristo carregou nossa carne, ele sofreu nossa tentação e obteve triunfo” (Dietrich
Bonhoeffer). Prezado professor, reproduza este fragmento textual conforme as suas possibilidades e distribua-o aos alunos.
Conclua a lição refletindo, juntamente com a classe, sobre o texto do teólogo alemão. Afirme que há um Sumo Sacerdote que em tudo foi tentado, mas sem pecado: Jesus Cristo. Este é a mediação entre Deus e o
homem e, por isso, podemos ir ao Pai com confiança (Hb 4.1 5,1 6).
L iç õ e s B íb l ic a s 11
1 3 - Ninguém, sendo tentado, diga : De Deus sou tentado; po rque Deus não pode se r tentado pelo m al e a ninguém tenta.
14 - Mas cada um é tentado, quando atraído e engodado pela sua p rópria concupiscência.
1 5 - Depois, havendo a concup iscência concebido, dá à luz o pecado ; e o pecado , sendo consum ado, gera a m orte.
IN TRO D U ÇÃ OD efin itivam e n te , o homem
m o d ern o não e s tá p re p a ra d o para sofrer. Os m em bros de m uitas igrejas evangélicas, através da Teologia da P ro sp erid ad e , têm se iludido com a filo so fia enganosa do “não sofrim ento”. O resultado é que quando o ilud ido so fre o in fo rtún io , perde a fé em “Deus”.Mas, que se entenda bem, num “d eu s" que nad a tem com as Escrituras! A lição dessa sem ana tem o objetivo de resgatar esse ensinam ento evangélico (Tg 1 .2). Aprenderemos acerca da tentação, do sofrim ento e da provação, não como consequência de uma v ida de pecado ou de fa lta de fé, mas como o cam inho delineado por
| Deus para o nosso aperfeiçoamen- to . Ninguém m elhor do que Jesus
I C risto , com seu exem plo de v ida , p para nos ensinar tal lição (Hb 5 .8 ).
O convite do Mestre é um cham ado ao sofrim ento por am or do seu
I nome (Jo 16 .33 ; Mt 5 .10-12).
I - O FO R TA LECIM EN TO PRO D U ZID O PELA S
TEN TA Ç Õ ES (Tg 1 .2 ,1 2 )
1. O que é tentação. O| term o em pregado na Bíb lia tanto È no hebra ico , m assah , quanto no* grego, p e ira sm o s, para tentação ,
I s ig n ifica “p rova”, “p rovação” ou “te ste ”. A exp ressão pode estar re lacionada tam bém ao conflito m oral, isto é, a uma incitação ao pecado. De fato , com o m ostram as Escritu ras , a tentação é uma
provação , uma espécie de teste . O pecado, por sua v e z , já se trata de um ato im ora l co n su m ad o . Por isso , a tentação não é, em si m esm a, pecado , po is n inguém peca quando passa pelo processo “probatório”. A própria v id a te r
rena do Senhor Je su s d e m o n s tra , com c la reza , a d istinção entre ten tação e pecado . A E p ís to la aos H ebreus a f irm a que J e s u s , o nosso Senhor, em tudo
r foi tentado. Ele foi provado e testado em to
das as co isas . Todavia , o Mestre não pecou (Hb 4.1 4-1 6). Portanto, confiantes de que Jesu s C risto é o nosso Sumo Sacerdote perfeito, devem os nos aproxim ar, com fé, do trono da graça sabendo que Ele conhece as nossas tentações e pode nos dar a fo rça necessária para res istirm o s (1 Co 1 0.1 3).
2. Fortalecimento após a tentação (v.2). Do mesmo modo que o ouro precisa do fogo para ser refinado ou purificado, o cristão passa pelas tentações para se aperfeiçoar no Reino de Deus (1 Pe 1.7). Quando tentado, o crente é posto à prova para mostrar-se aprovado tal como C risto , que foi conduzido ao deserto para ser tentado por Satanás e em bora debilitado e provado esp iritua lm ente , saiu do deserto vitorioso e fortalecido, tendo em segu ida in ic iad o seu m inistério terreno de pregação a respeito do Reino de Deus (Lc 4.1 - 13). À luz do exem plo de Cristo , com preendem os bem o que Tiago q u er d iz e r quando exo rta -n o s a term os “grande gozo quando [cairmos] em várias tentações”. Tal conselho aponta para a certeza de
PALAVRA-CHAVE
Tentação:Im pulso pa ra a
p rá tica de a lgum a co isa cen su rá ve l ou não recom endável.
12 L iç õ e s B íb l ic a s
“Je su s Cristo conhece as nossas tentações e pode nos d a r a fo rça necessária
para resistirm os." E liezer de Lira
REFLEXÃOque ao passar pela tentação, além de paciente e maduro, o crente se sentirá ainda mais fortalecido pela graça de Deus.
3. Felicidade pela tentação (v. 12). Quando o cristão é subm etido às tentações há uma tendência de ele entregar-se à tris teza e à angústia . Mas atentem os para esta exp ressão : “Bem-aventurado o varão que so fre a ten tação ”. Em outras pa lavras, como é fe liz , realizado ou ating iu a felicidade aquele crente que é provado, não em uma, mas em várias tentações (v .2 ). Ser participantes dos so frim entos de C ris to e ao m esm o tem po fe lizes parece paradoxal. A Bíblia, porém, orienta-nos a que nos alegrem os em Deus porque a tribu lação produz a paciência , e esta , a experiência que, fin a lm ente, cu lm ina na esperança (Rm 5.3-5). Isto mesmo! V ivem os sob a esperança de receber diretam ente de Jesus a coroa da v id a . Uma recom pensa preparada de antem ão pelo nosso Senhor para os que o am am . Você am a ao Senhor? É d iscípu lo dEle? Então, não tem a passar pela tentação. Há uma prom essa: Você “receberá a coroa da v ida , a qual o Senhor tem prom etido aos que o am am ”. Alegre-se e regozije-se em ser participante das a f liç õ e s de C r is to , po is é justam ente nessa condição — de felicidade verdadeira — , que Ele nos de ixará por toda a eternidade quando da revelação da sua glória (1 Pe 4.1 2,1 3)!
SIN OPSE DO T Ó P IC O (1)
A tentação é uma espécie de prova ou teste , que uma vez ve n cido, fortalece a v ida do crente.
RESPON DA
7. Segundo as E sc r itu ra s o que é ten tação?
II - A ORIGEM DAS TEN TA Ç Õ ES (Tg 1.13-15)
1. A tentação é hum ana. Em bora a tentação ob jetive p ro va r o c re n te , as E s c r itu ra s a f irm a m que e la não vem da parte de Deus, m as da fragilidade hum ana (Tg 1.1 3). O ser hum ano é atraído por aqu ilo que dese ja . A h is tó r ia de A dão e Eva nos m ostra o prim eiro casa l sendo tentado por aquilo que lhe atra ía (Gn 3 .2-6 ). Mesmo sabendo que não poderiam tocar na árvore no centro do Jard im do Éden, depois de atra ídos pelo dese jo , Adão e Eva entregaram -se ao pecado (Gn3 .6-9 ). A Ep ísto la de T iago ap licao te rm o “g e ra r” , u t il iz a d o no ve rs ícu lo 1 5, à ideia de que n inguém peca sem desejar o pecado. A ss im , antes de ser efetivam ente consum ada, a transgressão passa por um processo de gestação inte rio r no ser hum ano. Portanto, a origem da ten tação está nos d e se jo s hum anos e ja m a is no A lt ís s im o , “porque Deus [ . . . ] a ninguém ten ta”.
2. Atração pela própria concupiscência. O texto bíblico é claro ao d izer que “cada um é tentado, quando atraído e engodado
L iç õ e s B íb l ic a s 13
própria concup iscência . Todavia, Deus é a fonte do nosso fo rta lecim ento na tentação.
RESPON DA
2. Q uais são a s o rigens das ten tações?
III - O PR O PÓ SITO DAS TEN TA Ç Õ ES (Tg 1 .3 ,4 ,1 2 )
1. Para provar a nossafé (v.3). Na época de T iago , os c r is tã o s estavam d esan im ad o s por passarem duras p rovas de p erseg u ição . No v e rs ícu lo três ,0 m eio-irm ão do Senhor u tiliza então o term o “sabendo”, o qual se deriva do verbo grego ginosko e s ign ifica saber, reconhecer ou compreender, para encorajá-los a com preenderem o propósito das lutas enfrentadas na lida c ristã : Deus prova a nossa fé (Tg 1.1 2). À sem elhança do aluno que estuda e pesquisa para submeter-se a uma prova e, em seguida, ser aprovado e dip lom ado, os filhos de Deus são testados para am adurecer a fé uma ve z dada aos santos Co 16 .33 ; Jd 3). O capítulo1 1 da ep ísto la aos Hebreus lista inúmeras pessoas que tiveram sua fé p rovada, porém , term inaram v ito rio sas e aprovadas. Por isso o referido texto bíb lico é conhecido como a “galeria dos heróis da fé”.
2. Produzir a paciência (vv.3,4). No grego, “p ac iên c ia ” d e riv a de h u p o m o n e e denota a capacidade de perseverar, ser constante, ser firm e, suportar as circunstâncias d ifíce is . A palavra aparece em o Novo Testam ento ao lado de “tribu lações” (Rm 5 .3), aflições (2 Co 6 .4 ) e perseguições (2 Ts 1.4). Mas também está ligada
14 L iç õ e s B íb l ic a s
REFLEXÃO
"Não dê vazão às p u lsões in te r io re s , an tes p ro cu re
im ita r Je su s fazendoo bem a todos. ”
E iiezer de Lira
pela sua própria concupiscência” (v. 14). A tentação e x te r io riza o vício , os desejos, a malignidade da natureza hum ana, isto é, a concupiscência . Ser tentado é sentir-se aliciado pela própria m alíc ia ou os sentim entos mais reclusos de nossa natureza má. Você tem ouvido o ressoar das suas m alícias? Elas te atraem? Ouça a Epístola de Tiago! Não dê vazão às pulsões interiores, antes procure im ítarjesus afastando-se do pecado. A ssim , não darás luz ao pecado e v iverás.
3. Deus nos fortalece na tentação. Em b o ra a te n ta ção seja fruto da frag ilidade hum ana, quando ouvim os o Espírito Santo, Deus nos dá o escape em tempo oportuno : “Não ve io sobre vós tentação , senão hum ana; mas fiel é Deus, que vos não deixará tentar acim a do que podeis, antes com a tentação dará tam bém o escape, para que a possais supo rtar” (1 Co 10 .1 3 ). O Santo Espírito nos fará lem brar a Palavra de Deus para não pecarm os contra o nosso Senhor A ltíssim o (Is 3 0 .2 1 ; jo1 4 .26 ). Todavia, para que isso seja uma realidade em nossa v id a , precisam os cu lt iva ra Palavra de Deus em nossos corações (SI 119 .11 ).
SIN OPSE DO T Ó P IC O (2)
A origem das tentações é a fragilidade humana, a atração pela
à esperança (Rm 5.3-5; 1 5 .4 ,5 ; 1 Ts 1 .3 ), à a legria (Cl 1.1 1) e, frequentem ente , à v id a eterna (Lc 2 1 .1 9 ; Rm 2 .7 ; Hb 1 0 .3 6 ). O term o ilustra a capacidade de uma pessoa perm anecer firm e em meio à algum a p re ssão , pois quem é p o rtad o r da p aciência b íb lica não d esiste fa c ilm e n te , m esm o sob as c ir cunstâncias das provas extrem as (Jó 1.1 3-22; 2.1 0). T iago encoraja- nos então a alegrarm o-nos diante do e n fre n ta m e n to d a s v á r ia s ten tações (v. 1), pois a paciência é resultado da prova da nossa fé.
3» Chegar à perfeição. A hab ilidade de p e rseve ra r ou desen vo lve r a p aciência não acontece da noite para o d ia . Envo lve tem po , exp e riên c ia e m aturidade . O m eio-irm ão do Senhor d estaca na ep ísto la a paciência para que0 le itor se ja estim u lado a chegar à perfe ição e, consequentem ente , à com pletude da v id a c ris tã , que se dará na etern idade . A e xp re ssão “ob ra p e rfe ita ” t ra z a id e ia de algo g radual, em d e se n vo lv im ento co n stan te , com v is ta s à m aturidade e sp ir itu a l. O m otivo pelo qual o cristão é provado não é outro senão para que persevere na v id a c ris tã e a tin ja o m odelo de perfe ição segundo C ris to Je su s (SI1 1 9 .6 7 ; Hb 5 .8 ; E f 4 .1 3 ) .
SIN O PSE DO T Ó P IC O (3)
O p ro p ó sito d as te n ta çõ e s é am ad urecer o cren te , para que e ste d e s e n v o lv a a p a c iê n c ia e chegue à perfe ição .
RESPO N D A
3. Q ual é a ide ia que a e xp re ssã o “o b ra p e r fe ita ” tra z ?4 . Q u a l é o m otivo p e lo q u a l o c r is tã o é p ro va d o ?5. O que s ig n ifica cada ten tação vencida pelo c ren te ?
C O N C LU SÃ OSabemos que todo cristão pas
sa por aflições e tentações ao longo da v ida . Ta lvez você esteja v ivendo i tal situação . Lembre-se de que o I nosso Senhor Je su s passou por inúm eras tribulações e tentações, m as venceu tod as, to rnand o-seo m aior exem plo de vida para os seus seg u id o res . Cada tentação vencida pelo crente, sign ifica um avanço rumo ao am adurecim ento e sp ir itu a l. Um dia ele a tin g irá a estatura de varão perfeito à medida da estatura de Cristo (E f4 .1 3). Este é o nosso objetivo na jo rnada cristã! Deus nos recompensará! Estejam os firm es no Senhor Jesus , pois Ele já venceu por nós e por isso somos m ais que vencedores.
REFLEXÃO
“Cada ten tação vencida pelo cren te sign ifica um avanço ru m o ao am adurecim ento
esp ir itu a l. Um dia ele a tin g irá a e sta tu ra de va rão p e rfe ito à m edida da e sta tu ra de C risto .
E íie ze r de Lira
L i ç õ e s B í b l i c a s 15
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO ISubsídio Teológico
“A Tragédia do Desejo Consumado (1.15)
No v e rs íc u lo 14 , c o n c u p is cê n c ia p ro va v e lm e n te re fe re -se a q u a lq u e r a tração para o m al. A linguagem , no entanto , é m ais com um ente asso c iad a à indução ao pecado sexua l. Tiago usa essa figura no versícu lo 1 5 para traçaro curso do m al, in iciando com um pensam ento errado, que resulta em um ato pecam inoso e term ina com0 ju lgam ento de Deus. Um pensamento errado dá à luz quando lhe damos o consentimento da vontade. Segue-se então o ato em si. Sendo consum ado não se refere tanto ao ato completado do pecado, mas sim ao acúm ulo de atos maus que constitui uma vida pecam inosa. Philips associa este versícu lo ao versícu lo1 6 e o interpreta da seguinte form a: ‘E o pecado com o tem po sign ifica m orte — não se enganem , m eus irm ãos!’ (TAYLOR, S. R ichard . Comentário Bíblico Bacon: H ebreus a Apoca lipse . Vol. 2. 1 .ed . Rio de Janeiro : CPAD, 2 0 0 6 , p. 160).
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
P F E IF F E R , C h a r le s F .; V O S , H ow ard , F. Dicionário Bíblico Wycliffe. Rio de Jan e iro : CPAD, 2 0 0 9 .R ICH A RD S, Law ren ce O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. 1 .ed. Rio de Janeiro : CPAD, 2007 .
SAIBA MAISRevista Ensinador C ristão
CPAD, n° 59, p. 3 7.
RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS
1. O termo empregado na Bíblia tanto no hebraico, m assah, quanto no grego, peirasm os, para tentação, significa “prova”, “provação” ou “teste”.2 . Os d ese jo s h um ano s. O ser humano é atraído por aquilo que
deseja.3 . A expressão “obra perfeita” traz a ideia de algo gradual, em desenvolvimento constante, com vistas à
maturidade espiritual.4 . O motivo pelo qual o cristão é provado não é outro senão para que persevere na vida cristã e atinja o modelo de perfeição segundo Cris- to jesus (SI Tl 9 .67 ; Hb 5.8 ; E f4 .13 ).5 . Cada tentação ven c id a pelo crente, significa um avanço rumo
ao amadurecimento espiritual.
16 L iç õ e s B íb l ic a s
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO IISubsídio Teológico
“A Tentação Vem de Dentro (1.14)Tiago conhecia os poderes sobrenaturais do mal que agiam no
mundo (cf. 3 .6 ), mas aqui ele procura ressa lta r o envo lvim ento e a responsabilidade pessoal do homem ao com eter pecados. O engodo do mal está em nossa própria natureza. Ele está de algum a form a entrelaçado com a nossa liberdade. A questão é: ‘Será que eu preferiria ser livre , tentado e ter a possib ilidade de v itó ria ou ser um ‘bom ’ robô?’ O robô está livre de tentação , m as ele tam bém não conhece a dignidade da liberdade ou o desafio do conflito e não conhece nada acerca da im ensa a legria quando vencem os uma batalha.
Tiago d iz que cada um é atraído e engodado pela sua própria concup iscência . Essa palavra epithum ia (‘desejo ’ , RSV) pode ter um sign ificado neutro, nem bom nem mal. A ssim , H. Orton W iley escreve : ‘Todo apetite nunca se contro la , mas está sujeito ao contro le . Por isso o apóstolo Paulo d iz : ‘A ntes, sub jugo o meu corpo e o reduzo à serv idão , para que, pregando aos outros, eu m esm o não venha de algum a m aneira a ficar reprovado’ (1 Co 9 .2 7 )’. Este ta lvez seja o sentido que Tiago em prega aqui.
No entanto, na m aioria dos casos no Novo Testam ento, epithum ia tem im plicações m aléficas. Se for o caso aqui, quando um homem é seduzido para longe do cam inho reto, isso ocorre por causa de um desejo errado. Taske r escreve : ‘Este ve rs ícu lo , na verdade , confirm a a doutrina do pecado orig inal. Tiago certam ente teria concordado com a declaração de que ‘a im aginação do coração do homem é má desde a sua m eninice’ (Gn 8 .21 ). Desejos concupiscentes, como nosso Senhor ensinou de m aneira tão clara (Mt 5 .28 ), são pecam inosos m esmo quando ainda não se concretizaram em ações la sc iva s ’. Se essa interpretação for verdadeira , há aqui mais uma dim ensão na origem da tentação. Desejos errados podem ser errados não som ente porque são incontro lados, mas porque, à parte da presença santificadora do Esp írito , eles são carnais ÍT A Y I ( IR <; R irh ^ rH r n m p n t á r in R íh l i r n Beacon: H ebreus a Apo2006 , p p .l 59-60).
L iç õ e s B í b l i c a s 17
Lição 320 de Julho de 2014
A Im p o r t â n c i a d a S a b e d o r i a H u m il d e
TEXTO AUREO"Não desam pares a sabedoria , e ela te guarda rá ; ama-a e ela
te conservará” (P m 4 .6 ) .
VERDADE PRATICA
A sabedoria que procede de Deus é hum ilde, por isso , equ ilib ra o crente em todas as circunstâncias da v ida .
HINOS SUGERIDOS 423 , 482 , 592" V i ! LE IT U R A DIARIA
Segunda - Tg 4.3Oração com propósito sábio
Terça - Pv 3.35 A sabedoria resulta em honra
Quarta - Pv 16.16A sabedoria é a m aior riqueza
Quinta - Cl 4.5A sabedoria com os não-crentes
Sexta - Pv 3.21 b A sabedoria inclui a prudência
Sábado - 2 Cr 1.10Deus dá sabedoria a quem o pede
18 L iç õ e s B íb l ic a s
gg
L E IT U R A B ÍB L IC A E M C L A S S ETiago 1.5; 3=13-18
T ia g o 15 - E, se a lgum de vós tem fa lta de sa b ed o ria , peça-a a D eus , que a todos dá lib e ra lm ente e não o lança em ro sto ; e ser-lhe-á dada .
T ia g o 31 3 - Quem den tre vós é sáb io e in te ligen te? M ostre , pelo seu bom tra to , a s su a s o b ra s em m ansidão de sa b ed o ria .
14 - M as, se tendes am arga inve ja e sen tim ento faccio so em vosso co ra çã o , não vos g lo rie is , nem m inta is con tra a verdade.
1 5 - Essa não é a sabedoria que vem do a lto , m as é te rre na, an im al e d iabó lica .
16 - Porque, onde há inve ja e esp írito fa cc io so , a í há p e rtu rbação e toda obra p e rve rsa .
1 7 - M as a sa b e d o r ia que vem do alto é, p rim eiram ente , p u ra , depo is , pa c ífica , m odera d a , tra tá ve l, cheia de m isericó rd ia e de bons fru to s , sem parc ia lidade e sem h ipocris ia .
18 - O ra, o fru to da ju s t iç a sem eia-se na paz , p a ra os que exerc itam a paz.
INTERAÇÃO
A sabedoria do alto g e ra am or, bondade, ben ign idade e hum ildade . Ela não e stim u la o c re n te a to rn a r-se sob erb o ou a rrog an te em re lação ao próx im o , m as nos dá lim ites. Faz-nos sa b e r a té onde podem os ir. A inda que elevem os a nossa cu ltu ra , a língua e tantos ou tros conhecim entos, nós não tem os o d ire ito de nos m o stra rm o s a ltivo s , os donos da verdade , pois de fa to não o som os. A sabedoria do alto nos dá bom senso I Q uantos cheios de sa b ed o ria não m ais a dem o n stra m no re lacionam ento com o ou tro? Teoricam ente são sáb ios, m as relacional- m ente im atu ros. A sabedoria do alto não g e ra co ração soberbo , m as um co ração hum ilde!
_______ OBJETIVOS __
Após a au la , o aluno deverá estar apto a:
Descrever a sabedoria que vem de Deus.
Demonstrar na prática a sabedoria hum ilde.
Compreender a d istinção entre a verdadeira sabedoria e a arrogante.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Prezado professor, reproduza o quadro da página seguinte conform e as suas possib ilidades. Para in ic iar o primeiro
tópico da lição, juntam ente com os seus alunos, complete as duas colunas do esquema sugerido pedindo-lhes que citem as características de cada coluna respectivam ente. Em seguida, d iscuta com eles as consequências destas sabedorias no am biente da igreja local, da fam ília , da escola, da em presa onde trabalham etc. Conclua a lição desta sem ana dizendo
que Deus é bom e dá a sua sabedoria a quem lhe pede.
L iç õ e s B íb l ic a s 19
IN TRO D U ÇÃONesta lição estudarem os os
ensinam entos da Palavra de Deus acerca da im portância da sab edoria d iv ina para o nosso v ive r diário. Tiago inicia a tem ática em tom de exortação, enfatizando a n ecess id ad e da sa b e doria d iv ina como condição básica de levar a igreja a v ive r a Palavra de Deus com a le g ria , c o e rê n c ia , se g u ra n ça e re sp o n sa b ilid a d e . E isso tudo sem precisar fu g ir das tr ib u la çõ e s ou negar que o crente passa por problemas. A nossa expectativa é que você abrace o estilo de v ida proposto pelo Santo Espírito nesta carta. Não fugindo da realidade da vida, mas enfrentando-a com sabedoria do alto e na força do Espírito Santo.
1 - A N ECESSID A D E DE PEDIRM OS SABED O RIA
A DEUS (Tg 1.5)
1 = A sabedoria que vem de Deus. Tiago fala da sabedoria que vem do alto para distingui-la da hu-
PALAVRAS-CHAVE
Sabedoria Humilde:Nesta lição, um tipo de sabedoria que só
pode v ir de D eus.
mana, de origem má (Tg 3.1 3-1 7). Irrefutavelm ente, a sabedoria que vem de Deus é o meio pelo qual o homem alcança o discernimento da boa, agradável e perfeita vontade d iv ina (Pv 2 .10 -19 ; 3 .1 -8 ,13-15 ; 9.1-6; Rm 12 .1 ,2 ). Sem esta sabedoria, o ser humano vive à mercê de suas próprias iniciativas, dominado por suas em oções, sujeitando-se
aos mais drásticos efeitos das su as reações. Enfim , a Palavra de Deus nos orienta a viverm os com prudência. Todavia, quando nos acham os em meio às aflições é possível que nos falte
sabedoria. Por isso, o texto de T ia go revela ainda a necessidade de o crente desenvolver-se, adquirindo maturidade espiritual.
2 . Deus é o doador da sabedoria. O texto bíb lico não detalha a m aneira pela qual Deus concede sab ed o ria . T iag o ap e nas afirm a que o A ltíssim o a dá. Ju n tam en te com a sú p lica pela sabedoria que fazem os ao Pai em oração, a epístola fornece riqu íssimos ensinam entos (v .5):
a) O Sen h o r é que dá sabedoria . Je su s ensina que o Pai atende
SABEDORIA DO ALTO
1.
2.
3.
4.
5.
Humildade
SABEDORIA TERRENA
A rr o g â n c ia
3.
4.
5.
2 0 L iç õ e s B íb l ic a s
às orações daqueles que o pedirem (Mt 7 .7 ,8 ) .
b) O Senhor dá todas as co is a s . N este s e n t id o , d ize m as Sagradas Escritu ras : “Aquele que nem mesm o a seu próprio Filho poupou , an tes , o entregou por todos nós, com o nos não dará também com Ele todas as coisas?” (Rm 8 .32 c f .Jó 2 .10 ).
c) O S e n h o r dá a tod os os hom ens. Ele não faz acepção de pessoas (At 1 0 .3 4 ; Rm 2 .1 1 ; Ef 6 .9 ; Tg 2 .1 ,9 ).
d) O Senhor dá libera lm ente. É de graça! Nosso Deus não vende bênçãos apesar de pessoas, em seu nome, “com ercia lizá-las1'.
e) O Senhor dá sem lan ça r em rosto . A expressão é sinônim a do adágio popular “jo g ar na cara”. O Pai Celeste não age dessa form a.
3. Peça a Deus sabedoria» Ainda no versícu lo cinco, Tiago estimula-nos a fazerm os as seguintes perguntas: Falta-nos sabedoria espiritual? Sentim ental? Emocional? Nos relacionam entos? Caso ache em si falta de sabedoria em alguma área, não desanime! Peça-a a Deus, pois é Ele quem dá liberalm ente. E m ais: não lança em rosto! Ouça as Escrituras e ponha em prática este ensinam ento. Fazendo assim , terás sabedoria do alto.
SINOPSE DO TÓ P IC O (1)
A sabedoria vem de Deus. Nós tem os a necessidade de pedirmos a Ele, pois o A ltíssim o é o doador.
RESPONDA
1. Q u a l é o m e io p e lo q u a l o hom em a ican ça o d isce rn im en to da b o a , a g ra d á v e l e p e r fe i t a vontade d iv ina?
REFLEXÃO
"Caso ache em s i fa lta de sabedoria em a lgum a á rea ,
não desanim e! Peça-a a Deus, po is é Ele quem dá libera lm ente . E m a is : não
iança em rosto!1’ E liezer de Lira
2. Sem sabedoria do alto , divina, como viveria o s e r hum ano?
SI - A D EM O N STRAÇÃO PRÁTICA DA SABED O RIA
HUM ILDE (Tg 3 .13)
1. A sabedoria colocada em prática. Tiago conclam a os servos de Deus, m ais notadamen- te aqueles que exercem algum a liderança na igreja local, a dem onstrarem sabedoria d ivina através de ações concretas (Dt 1.13,1 5; 4 .6 ; Dn 5.1 2). A sabedoria é a virtude que devem os b u sca r e c u lt iv a r em nossos relacionam entos neste mundo (Mt 5.1 3-1 6). O tempo do ve rb o ‘‘m o s t ra r ’’, u t iliz a d o por Tiago em 3 .1 3 , indica uma ação contínua em torno da finalidade ou do re su ltad o de um a o b ra . Desta m aneira, a Bíblia está determ inando um a atuação c r is tã que prom ova as boas obras no relacionam ento humano.
2. A humildade como prática cristã. Instruída pela Palavra de Deus, a hum ildade cristã promove as boas obras na vida do crente (Tg1.1 7-20; cf. Mt 1 1.29; 5 .5). Quem é portador dessa humildade revela a verdadeira sabedoria, produzindo para si a leg ria e ed ificação (Mt5.1 6). A fim de redundar em honra e glória ao nome do Senhor Jesus,
L iç õ e s B íb l ic a s 21
“Am or, co rd ia lidade e so lida riedade são va lores
éticos abso lu tos reclam ados no Eva n g e lh o .,r E lie z e r de L ira
REFLEXÃ O
I
a hum ildade deve ser uma virtude contínua. Isso a torna igualmente uma porta fechada para o crente não reto rnar às ve lh as p ráticas. O homem natural, dom inado pelo pecado, não tem o tem or de Deus nem o com prom isso de v ive r para a honra e g lória dEle . Porém , o que nasceu de novo e, portanto, “ressusc itou com C ris to ”, busca ajuda do alto para v ive r em plena com unhão e hum ildade com o seu sem elhante (Cl 3.1 -1 7).
3. Obras em mansidão de sabedoria. Vivem os em um tem po onde as pessoas se aborrecem por pouca coisa, onde tudo é motivo para desejar o mal ao outro. Vemos descontrole no trânsito , o destempero na fila , a pouca cordialidade com o colega de trabalho e coisas afins. Parece que as pessoas não convivem espontaneam ente com as o u tras . Apenas se to le ram! Nesse contexto , o ensino de Tiago é de sobremodo relevante: “M ostre, pelo seu bom trato as suas obras em m ansidão de sabedoria” (v. 13). Amor, cordialidade e so lidariedade são valores éticos absolutos reclam ados no Evangelho. Ouçamos a sua voz!
SINOPSE DO T Ó P IC O (2)
A sabedoria deve ser colocada em prática como uma ação concreta através da hum ildade.
RESPO N D A
3. Quem Tiago co n cla m a a d e m o n stra r sabedoria divina a través de ações co n cre ta s?4 . O que indica o verbo m o stra r utilizado p o r Tiago em 3 .1 3 ?
III - O VALO R DA V ER D A D EIR A SABED O RIA
E A A RRO G ÂN CIA DO SABER CO N TEN CIO SO
(Tg 3 .14-18)
1. Administrando a sabedoria. A sabedoria m encionada por Tiago assina la a vontade de Deus para a v ida do crente. Uma vez dada por Deus, taí sabedoria constitui-se parte da natureza do crente. É resultado do novo caráter lapidado pelo Espírito Santo. É um novo pensar, um novo sentir, um novo agir. Deus dá ao homem essa sabedoria para que ele adm inistre as bênçãos, os dons e todas as e s fe ra s de re lac io n am en to s da v id a hum ana. Quando Je su s de Nazaré expressou “assim brilhe a vossa luz diante dos hom ens” (Mt5.1 6), Ele estava refletindo sobre o propósito divino de o crente v ive ra inteireza do Reino de Deus diante dos hom ens.
2. Sabedoria verdadeira e a arrogância do saber. Há pessoas orgulhosas que, por se ju lgarem sábias, não admitem serem aconselhadas ou advertidas. Sobre tais pessoas as Escritu ras são claras Qr 9 .2 3 ). Entre os filhos de Deus não há uma pessoa que seja tão sábia que possa abrir mão da necessidade de aconselhar-se com alguém . O livro de Provérbios descreve que há sabedoria e segurança na multidão de conselheiros, pois do contrário : o povo perece
2 2 L iç õ e s B íb l ic a s
(11.1 4). O rei Salomão orou a Deus pedindo-lhe sabedoria para entrar e sair perante o povo judeu (2 Cr1.10). Disto podemos concluir que lidar com o povo sem depender dos sábios conselhos de Deus é um pedantismo trágico para a saúde espiritual da igreja. Portanto, leve em conta a sabedoria divina! É um bem indispensável para os filhos de Deus. Para quem sente falta de sabedoria, Tiago continua a aconselhar: “peça-a a Deus”.
3. Atitudes a serem evitadas. “Onde há inveja e espírito faccioso , aí há perturbação e toda obra perversa” (v. 1 6). Aqui o autor da epístola descreve o resultado de uma “sabedoria” soberba e terrena. C lassificando tal sabedoria, Tiago u tiliza dois term os fo rtíss im o s , afirmando que ela é “animal” e “diabólica”. Anim al, porque é acom panhada por em oções oriundas de um instinto natural, prim itivo, irracional e carnal, sendo por isso destituída de qualquer preocupação espiritual. D iabólica, porque o nosso adversário inspira pessoas a transbordarem desejos que em nada se assem elham aos que são oriundos do fruto do Espírito , antes, são sentim entos egoísticos, que se identificam com as obras da carne (2 Tm 4.1 -3; Gl 5.1 9-21). A titudes que trazem contenda, facções, d ivisão , gritarias e irritabilidade devem ser evitadas em
nossa fam ília , em nossa igreja ou em quaisquer lugares onde nos relacionarmos com o outro. O Senhor nos chamou para paz e não para confusão. V ivam os, pois uma vida cristã sábia e em paz com Deus!
SINOPSE DO TÓ P IC O <3)
0 valor da verdadeira sabedoria reflete a hum ildade; a arrogância, o orgulho, a soberba e a altivez à sabedoria terrena e diabólica.
RESPONDA
5. Segundo a lição , qual é o p ro pósito de Deus ao d a r sabedoria ao hom em ?
CO N CLU SÃ O
A pós e s tu d a rm o s o te m a “sabedoria hum ifde” é im possível ao crente adm itir a possib ilidade de v iv e rm o s a v id a c r is tã em q u a lq u e r e s fe ra h u m an a sem depender da sabedoria do alto . A sabedoria d ivina não só garante a saúde esp iritual entre os irm ãos, mas da m esm a m aneira, a em ocional e psíqu ica . Ela estabelece parâm etros para o convív io social sadio ao m esm o tem po em que nos previne para que não ca ia mos nos escândalos e pecados que entristecem o Esp írito Santo. Ouçamos o conselho de Deus. Que possam os v ive r de fo rm a sóbria , ju s ta e piamente (Tt 2.1 2).
REFLEXÃO
“A sabedoria d iv ina não só garan te a saúde e sp ir itu a l entre os irm ãos, m as da m esm a m aneira , a em ocional e psíqu ica .
E liezer de Lira
L iç õ e s B íb l ic a s 2 3
SAIBA MAISRevista Ensinador Cristão
CPAD, n° 59, p .37 .
Subsídio Teológico“Em bora Paulo não tenha p re
gado de acordo com a sabedoria do m undo, tod avia ele pregou a sabedoria oculta de Deus que só pode ser d iscern ida quando Deus dá ao homem a direção e a ajuda do E sp írito Santo (1 Co 2 .7-14). Deus deseja que o homem tenha e conheça sua sabedoria (Tg 1.5). Ela é esp iritual e consiste no conhecimento de sua vontade (Cl 1.9; Ef1.8,9). Ela é ‘do alto ’ e é contrastada com a sabedoria terrena e hum ana deste m undo, que pode até se r inspirada pelos dem ônios (Tg 3.13- 17; cf. Cl 2 .23 ; 1 Co 3 .19 ,20 ; 2 CoI.12). A sabedoria de Deus deve ser revelada ou ‘dada’ aos hom ens (RmII .3 3 ,3 4 ; 2 Pe 3.15; Lc 21.15). Isto pode ser conferido pela Palavra de Deus e pelo ensino humano dela (Cl 3.16; 1.28; Ap 13.18; 17.9). Como no caso da sabedoria (heb. hokm a) do livro de Provérbios, ela permite que o crente saiba como agir em relação às outras pessoas, e aproveitar ao m á x im o as suas o p o rtu n id ad e s esp irituais (Cl 4 .5) (PFEIFFER, Charles F.; VOS, Howard, F. Dicionário Bíblico Wycliffe. Rio de Janeiro : CPAD, 2009 , p.1712).
AUXILIO BIBLIOGRÁFICO I
RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS
1. A sabedoria que vem de Deus.2 . Sem esta sabedoria, o ser humano viveria à mercê de suas próprias in ic ia t iva s , dom inado por suas emoções, sujeitando-se aos mais drásticos efeitos das suas reações.3 . Tiago conclama os servos de Deus, mais notadamente aqueles que exercem alguma liderança na igreja local, a demonstrarem a sabedoria divina através de ações con
cretas (Dt 1.13,15; 4 .6 ; Dn 5.12).4 . Indica uma ação contínua em torno da finalidade ou do resul
tado de uma obra.5 . De o crente viver a inteireza do Reino de Deus diante dos homens.
2 4 L iç õ e s B íb l ic a s
Subsídio Exegético
“As Ações Revelam as Origens da Sabedoria (3.13-18).O retrato que T iago nos oferece daquilo que é considerado como ‘sabedoria ' peia m aioria das pessoas é bastante perturbador, mas precisam os ser cu idadosos para não entenderm os erroneam ente. Ele não está sugerindo que não ex is ta qualquer co isa boa na hum anidade (lem brem os de seu aviso de que fom os ‘fe itos à sem elhança de D eus’,3 .9 ). O problem a com essa sabedoria ‘terrena, anim al e d iabó lica ’ é que tem sua origem na alm a hum ana. Sendo ass im , partic ipa dos desejos d iv id idos dos ‘inconstan tes’; é capaz de faze r o bem (‘bend izer a Deus e Pai’, 3 .9 ), mas tam bém de m uitas vezes levar a ‘toda obra p erve rsa ’ . Quando nossa ‘sabedoria ’ é s im b o lizad a pela ‘m ansidão ’ (v .l 3), que reconhece que sua principal origem está em Deus (1 .5 ,2 1 ) e não em nós m esm os (com o resu ltado de nossa egoísta am bição ’, vv . 1 4,1 6) então os bons desejos ex isten tes dentro de nós, por term os sido criados à sem elhança de D eus, unem-se à Sua vontade em um a v id a correta , e de bom trato (v .l 3).
T iago se vo lta às qualidades que s im bo lizam o ‘bom trato ’ nos ve rso s 17 e 1 8. A lista de caracte rísticas e v irtudes que Tiago nos oferece aqui é sem elhante à descrição que Paulo faz do ‘fruto do Esp írito ’ (Gl 5 .2 2 ,2 3 ; c f. Tg 3.1 7). Tanto Paulo como Tiago enfatizam que essas caracte rísticas devem ser a consequência natural de um a v id a renovada por Deus.
O que há de p articu lar in teresse nessa lista de Tiago é o núm ero de term os que exp ressam diretam ente ações ao invés de sim p les qua lidades. Aqueles que têm em si m esm os a sabedoria que vem da Palavra que foi neles ‘en xe rtad a ’ (1 .2 1 ), não são apenas ‘am antes da paz’ , m as tam bém ‘pacificadores’ . São atenciosos com os seus sem elhantes e não procuram apenas sa tis fa ze r sua am bição egoísta . São subm issos à vontade de Deus ao invés de serem ‘atra ídos e engodados pela sua própria con cup iscência ’ (ve ja 1 .14 ). Seus atos são m isericord iosos (c f. 2 .1 2 ,1 3 ), são im parcia is e sinceros e não com o aqueles que dem onstram favo ritism o (2 .1 ,9 ) . O resultado de v ive r de acordo com a ‘sabedoria que vem do a lto ’ é uma sa fra de v irtu d es (cf. 2 .2 1 -2 3 )” (STRONSTAD, Roger; ARRÏNGTON, French L. (Eds.) Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. 2 .ed . Rio de Jane iro : CPAD, 2 0 0 4 , p .l 680 ).
__________AU XÍLIO BIBLIOGRÁFICO II____________
L iç õ e s B íb l ic a s 2 5
Lição 427 de Julho de 2014
G e r a d o s P e l a Pa l a v r a d a V e r d a d e
TEXTO AUREO
“Sendo de novo gerados, não de sem ente co rruptíve l, m as da incorruptível, pela pa lavra de Deus, viva e gue
perm anece para sem pre” (1 Pe 1 .2 3 ) .
HINOS SUGERIDOS 50, 106, 128
VERDADE PRÁTICA
Somente aqueles que foram gerados pela Palavra da Verdade são guiados pelo Espírito Santo.
S e g u n d a - 1 Pe 4 .1 2 ,1 3Alegrai-vos com a provação
LE IT U R A D IÁ RIA
T e rç a - Lm 5 .21 Nossa oração pelo perdão
Quarta - Jo 3.3Novo nascim ento e Reino de Deus
Quinta - 1 Jo 5.4 A v itó ria sobre o mundo
Sexta - 2 Co 6.2 Hoje é dia de sa lvação
Sábado - 1 Tm 2.4 Deus a todos quer sa lva r
2 6 L iç õ e s B íb l ic a s
INTERAÇÃO
Deus pode fazer o mal? O contexto da epístola de Tiago mostra que Ele é bom e , portanto, a sua sabedoria só pode fazer o bem , jam ais o mal. Nele, não há variação de bondade e malignidade; de luz ou trevas. O nosso Pai Celestial decidiu de uma vez por todas, em Jesus, fazer o bem para reconciliar o mundo consigo mesmo. Por isso, a sabedoria de Deus é pura, bondosa, benigna, humilde, cordata, temperante, etc. Porque Ele é bom! Prezado professor, que a bondade de Deus inunde a sua vida e a dos seus alunos. Que eles decidam am ar o próximo como o nosso Pai o ama.
L E IT U R A B ÍB L IC A EM C L A S S E
Tiago 1.9-11,16-18
9 - Mas glorie-se o irm ão abatido na sua exaltação,
10 - e o rico , em seu aba tim en to , p o rq u e ele p a s sa rá como a flo r da erva .
11 - Porque sa i o so l com a rdor, e a erva seca , e a sua ffo r cai, e a fo rm osa aparência do seu aspecto perece ; assim se m urchará tam bém o rico em seus cam inhos.
16 - Não erre is , m eus am ados irm ãos.
1 7 - Toda boa dádiva e todo dom p e r fe ito vêm do a lto , descendo do Pai das luzes, em quem não há m udança, nem som bra de variação .
OBJETIVOS
Após a aula , o aluno deverá estar apto a:
Analisar a relação entre os pobres e os ricos da igreja.
Defender a verdade que Deus só faz o bem.
Compreender que os filhos de Deus são as prim ícias dentre as criaturas.
r ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Prezado professor, para concluir o primeiro tópico da lição sugerimos
mais uma leitura dos versícu los 9-1 1 do primeiro capítulo de T iago. Logo
em seguida, explique aos alunos que à luz das Escrituras, apesar de o pobre ser m arginalizado pela sociedade cuja
cultura predominante é a de “ter” e não de “ser”, ele é convidado a gloriar-se em Cristo pela sua nova posição de filho de Deus. Enquanto o rico, no encontro como Evangelho de Cristo , é convidado por Cristo a se hum ilhar para compreender a natureza passageira da sua riqueza.
Sabendo assim acerca da sua missão de suprir o pobre necessitado. Conclua o tópico afirmando que Deus é o Senhor
dos pobres e dos ricos.
L iç õ e s B íb l ic a s 2 7
18 - Segundo a sua vontade, ele nos gerou pela palavra da verdade, para que fôssem os como prim ícias das suas criaturas.
INTRODUÇÃONa lição de hoje vam os estu
dar acerca da qualidade relaciona! da igreja nos d iversos n íve is de interação entre pessoas geradas pela Palavra. Verem os a Epístola de Tiago apontando as d isto rções so cia is que podem e x is t ir em um am b ien te e c le s iá s t ic o ou de convivência entre irmaos. A nossa perspectiva é a de que possamos nos re la c io n a r com o outro independente da sua condição econôm ica e social. Ligados, sobretudo, pelo Evangelho.
1 - A RELAÇÃO EN TREOS POBRES E OS RICOS DA IGREJA (Tg 1.9-11)
1. Os pobres na Igreja do primeiro século. Do ponto de vista social, a pobreza exclui o ser humano dos d ireitos básicos necessários à sua subsistência. Não é difícil reconhecer que a Igreja do primeiro século era constituída por duas classes sociais: a dos pobres e a dos ricos, tendo evidentemente
; mais pobres em sua composição.■ Uma vez que não podemos fazer
acepção de pessoas (Rm 2.11; Cl3.11), os pobres daquela época, que foram gerados pela Palavra e inseridos no corpo de Cristo — a Igreja— tinham motivos de alegrar- -se no Senhor, pois além do novo nascim ento, eles eram acolhidos pela igreja local (Cl 2.10).
2. Os ricos na Igreja Antiga. Por vezes, os ricos são identificados
\ na Bíblia como judeus proprietários de muitos bens e que negligencia-
2 8 L iç õ e s B íb l ic a s
vam as obrigações que pesam sobre os que desfrutam de tal condição (Lv 19.10; 23.22,35-55; Dt 15.1-18; Is 1.15- 17; Mq 6.9-16; 1 Tm 6.9,17-19). Por cuja razão, e pelas suas atitudes, eles eram frequentemente repreendidos pelas Escrituras (Am 3.10; Pv 11.28;1 Tm 6.17-19; Lc 6 .24; 18.24,25). Os ricos e abastados têm a tendência
a desenvolverem a arrogância, a autossuficiência e a postura de senhores poderosos, que pensam poder com prar as pessoas a qualquer preço. As Escrituras são claras
r em afirm ar que o Reino de Deus não pode ser
com prado por dinheiro algum . É possível o irmão rico ser gerado pela Palavra e tornar-se um filho de Deus? Sim, claro (Lc 18.25-26). Porém, ele pode encontrar m aior d ificu ld ad e p ara d esp render-se de suas riquezas (Mt 19.23-26, cf. v . l l ) . É imprescindível que os mais abastados compreendam que após entregarem-se a Cristo, obedecerão ao mesmo Evangelho a que os irmãos pobres submetem-se. Aqui, torna-se ainda mais clara a verdade bíblica: para Deus não há acepção de pessoas (Rm 2.11; Cl 3.11).
3. Perante Deus, pobres e ricos são iguais. A igreja local deve receber a todos no espírito do Evangelho, isto é, como membros da fam ília de Deus, pois através da sa lvação em Cristo , independentemente da condição social, todos têm a Deus como Pai (Rm 8.14), e a Jesus como irmão (Lc 8.21). Somos coerdeiros, juntam ente com Cristo, de uma herança eterna (1 Pe 1.4), pertencentes à san ta fam ília de Deus (Ef 2.19) e cidadãos de um reino imutável (Hb 12.28). Na famí-
PALAVRA-CHAVE
Verdade:P ro p ried a d e de e s ta r con fo rm e
os fa to s ou a rea lidade .
lia de Deus há lugar para todo ser humano justificado por Cristo. Portanto, o irmão pobre e o irmão rico não devem se envergonhar de suas condições sociais. Se o Evangelho alcançou seus corações, o rico saberá biblicamente o que fazer com a sua riqueza. E o pobre, de igual form a, como v iverá sua pobreza. O importante é que Cristo em tudo seja exaltado!
SINOPSE DO TÓ PICO (1)
Na igreja do prim eiro sécu lo , pobres e rico s eram aco lh id o s em am or.
RESPONDA
/. A Igreja do prim eiro século era constituída por duas classes sociais. Quais eram elas?2. Quem eram os ricos identificados na Bíblia?
II - DEUS SÓ FAZ O BEM (Tg 1.16,17)
1. Não erreis (v.16). Comessa a d ve rtê n c ia o m eio-irm ão do Senhor não está afirm ando a doutrina da “santidade plena” ou perfeccionista: a de que o homem, uma vez remido, não mais pecará. Tal palavra tem como propósito conclamar o crente a não dar ouv idos à “v o z ” da concupiscência carnal. Recapitulando a mensagem dos versículos 12 a 15, que tratam do tema da tentação, os versículos 9 a 11 formam uma introdução ao tema da tentação, ao passo o que ve rs ícu lo 16 é uma advertên cia para os crentes não se curvarem aos desejos imorais e infames do mundo, pois Deus é a fonte de tudoo que é bom. Logo, não podemos dar crédito àquilo que é mau.
2. Todo dom e boa dádiva vêm de Deus. Um dom de Deus, como a sabedoria que tom a uma pessoa esp iritua lm ente m adura (v.4), não pode ser recebido pelo crente através de esforço humano. Quem o distribui é Deus. Este dom é fruto da graça do Pai para nós. Num tempo onde o ascetismo religioso tende a tirar o foco da glória de Deus e da sua ben ign idade, tornando o se r hum ano “d igno” do céu, precisamos lembrar que a nossa vida espiritual não depende de disciplinas humanas para receber dádivas de Deus. Depende de um relacionamento livre, espontâneo e sincero com o Pai das Luzes mediante o seu F ilh o je su s Cristo, e na força do Espírito Santo.
3. A origem de tudo o que é bom está no Pai das Luzes. Ao escrever que “toda boa dádiva e todo dom perfeito vêm do alto”, Tiago declara que apenas as boas virtudes vêm de Deus. Não há som bra de variação no Pai das Luzes, isto é, nEle não há momentos de trevas e outros de luzes. Só há luz.1Ele não muda e é bom! Não faz oI
mal aos seus filhos (Lc 11.11-13). Infelizmente, muitos têm uma visão turva de Deus como se Ele fosse um carrasco pronto a castigar-nos na primeira oportunidade. Não devemos falar sobre o Pai desta maneira, lem brem o-nos do ensinam ento joanino que fala sobre sermos defendidos e advogados por Jesus, o Filho de Deus (1 Jo 2.1,2).
SINOPSE DO TÓ PICO <2)
Tudo o que é bom vem de Deus, pois nEle não há momento de bondade e maldade. Ele é sem pre bom!
L iç õ e s B íb l ic a s 2 9
RESPO N D A3. Quem pode d istribu ir o dom da sabedoria?
III - PRIMÍCIAS D E DEUS ENTRE AS CRIATURAS
(Tg 1.18)1. Algo que somente Deus
faz. A regeneração é um milagre p ro ven ien te do Pai das Lu ze s , segundo a sua vontade (v .l7). Foi Ele que nos gerou pela Palavra da Verdade. Ser gerado de novo é uma ação realizada exclusivamente pelo Pai das Luzes através do Santo Fs- pírito. Ele limpa o homem dos seus pecados (Is 1.18), dando-lhe perdão e implantando-lhe um novo caráter. Aqui, acontece o que o nosso Senhor falou aos seus discípulos: “Se alguém me am a, guardará a minha palavra, e meu Pai o amará, e virem os para ele e faremos nele morada" Qo 14.23). O Pai é a fonte de nossa vida espiritual (Jo 1.12,13).
2. A Palavra da verdade. N aqueles d ia s , parte da ig re ja estava dispersa, sofrendo muitas trib u laçõ es . Para superá-las era preciso uma inabalável convicção de que, apesar das lutas, ela não havia deixado de se ras primícias do Senhor entre as criaturas. Por esse motivo, Tiago enfatiza a expressão “Palavra da Verdade”. Fomos gerados e enxertados pela Palavra que salva a nossa alma (v.21). Assim , a despeito de todas as circunstâncias difíceis da vida, podemos aplicar essa verdade afirmando que somos filhos de Deus, as prim ícias entre as criaturas do Senhor.
3. O propósito de Deus. A salvação é a maior bênção de Deus para a hum anidade. O propósito divino não é primeiramente abençoar o crente com bênçãos mate
riais, mas fazer dele prim ícias de suas criaturas: os salvos pela graça mediante a fé (Ef 2.8). No Antigo Testam ento, as prim ícias eram a colheita do melhorfruto (Lv 23.10,11 cf. Êx 23.19; Dt 18.4). Ao referir-se às prim ícias, Tiago dizia aos primeiros irmãos, notadamente judeus, que eles foram escolhidos como primícias do Evangelho. Os primeiros de muitos outros que Deus havia começado a colher. Alegre-se no Senhor! Você faz parte das primícias da sua geração. Escolhido por Deus e nomeado por Ele para proclamar as virtudes do Senhor neste mundo.
SINOPSE DO TÓ PICO (3)A partir da promessa da sa lva
ção, Deus colhe as suas primícias (os salvos) dentre as criaturas.
RESPONDA4. Ser gerado de novo é uma ação realizada exclusivamente por quem?5. Qual é a m aior bênção de Deus para a humanidade?
CONCLUSÃOInseridos no processo de aper
feiçoamento espiritual, sofremos os mais diversos tipos de provações, independentemente de nossa posição social, econôm ica e cultural. Tais situações aperfeiçoam-nos e am adurecem -nos como pessoas. Q uando a lguém é gerado pela Palavra da Verdade, ele é cham ado pelo Pai a v ive r o Evangelho em fidelidade. Não podemos nos esquecer do nosso m aior desafio: fazer o Evangelho falar num mundo dominado por relacionamentos distorcidos. Somo o Corpo de Cristo, a Igreja de Deus: a coluna e firm eza da verdade (1 Tm 3.15).
3 0 L iç õ e s B íb l ic a s
V O CA B U LÁ R IOAscetismo: Doutrina de pensamento ou de fé que considera a ascese, isto é, a disciplina e o autocontrole estritos do corpo e do espírito, um caminho im prescind íve l em direção a Deus, à verdade ou à virtude.Joanino: Referente ao Evangelho de João.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
P F E IF F E R , C h a r le s F .; V O S , H ow ard , F. Dicionário Bíblico Wycliffe. Rio de ja n e iro : CPAD, 2 0 0 9 .R IC H A RD S, Law ren ce O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. 1 .ed . Rio de Janeiro : CPAD, 2007 .
SAIBA MAISRevista Ensinador C ristão
CPAD, n° 59 , p .38.
RESPO STA S D O S EX ER C ÍC IO S
= A dos pobres e a dos ricos, tendo evidentemente mais pobres em sua
composição.2 . Os ricos são id en tificad o s na Bíblia como judeus proprietários de muitos bens e que negligenciavam as obrigações que pesam sobre os que desfrutam de tal condição (Lv 1 9.1 0 23 .22 ,35-55 ; Dt 1 5.1-18; Is 1.15-17
Mq 6.9-1 6; 1 Tm 6.9,1 7-1 9)3 . Deus
. Ser gerado de novo é uma ação realizada exclusivam ente peio Pa das Luzes através do Santo Espírito
5 , A salvação
Subsídio Histórico-Cultural“Mas glorie-se o irmão aba
tido na sua e x a l t a ç ã o , e o rico, em seu a b a t im e n to (1.9,10). Ap rim e ira p a lav ra é h yp so s , ‘e x a lta ç ã o ’ . A se g u n d a é ta p e in o s is , ‘hum ild ad e/hum ilhação ’. O perigo da pobreza é que um a pessoa pode inve ja r os ricos e sentir-se in ferior, ao passo que o perigo da riqueza é que um a pessoa pode tornar-se orgu lhosa e arrogante . Cada perigo é equ ilib rado pela p e rsp ectiva da v id a , que é m odelada pela fé . O pobre encontra conforto e identidade na percepção de que em Cristo ele foi exa ltad o até a posição de um filh o de D eu s . O rico recu p era a hum ildade ao contem plar o fato de que a riqueza m aterial é passageira , e que para v ir até o Senhor ele abandonou a dependência de suas posses , aproxim ando-se de Deus como um homem necessitado , p rocu rando a sa lvação que está en ra izad a na g raça” (R ICHARDS, Law rence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. 1 .ed. Rio de Jane iro : CPAD, 2007, p.513).
AUXILIO BIBLIOGRÁFICO I
L iç õ e s Bíb l ic a s 31
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO IISubsídio Teológico
“O Nascimento através da Palavra (1.17-18).Nesse capítulo de abertura, ao in sistir que ‘Toda boa dádiva e todo
dom perfeito vêm do a lto ’ (v. 1 7), Tiago está realçando dois pontos crucia is de seu argum ento.
Deixa claro que um ‘dom perfeito ’, tal como a sabedoria , necessário para tornar uma pessoa ‘m adura’ (‘m adura’ em 1.4 e ‘perfe ita ’ em 1 .17 são traduções da m esm a palavra grega, teleios), não pode ser recebido através do esforço humano, pois este vem som ente de Deus.
Ao a firm ar que ‘tod os’ esses dons têm sua origem em Deus, T iago está tam bém declarando sua convicção de que som ente bons dons vêm de D eus. Q uando d iz que Deus é o ‘Pai das lu zes , em quem não há m udança, nem som bra de va r ia ç ã o ’, está p ro vave lmente fazend o uma a lusão a fenôm enos astro n ô m ico s , ta is com o eclip ses lunares ou so la res , ou às fases da lua. Pode-se con fiar que cada dom de Deus se rá bom e não resu lta rá em q ua lq uer tentação ou p rovação (1.13 e com entário s).
A vontade de Deus difere da hum ana não só em sua perfeita bondade, mas tam bém em seus efe itos. Enquanto a vontade hum ana, pela sua inclinação ao mal, o rig inária de nossa natureza pecam inosa, leva a ações que irão ao final resu ltar em m orte, a vontade de Deus leva à v ida. Na verdade, Tiago estabelece o contraste desses diferentes resultados por meio de paralelos entre os processos de três estágios que se iniciam com a vontade humana e a d iv ina” (STRONSTAD, Roger; ARRINGTON, French L. (Eds.) Comentário Bíblico Pentecostal Novo
3 2 L iç õ e s B íb l ic a s
Lição 5
O C u i d a d o a o F a l a r e a R e l i g i ã o P u r a
TEXTO ÁUREO
“[—] Mas todo o hom em seja pronto p a ra ouvir, tard io pa ra fa la r, tardio
p a ra se ira r” (T g 1 .1 9 ) .
VERDADE PRATJCA
L E IT U R A D IA RIA
Segunda - Ex 1 9.5 O uçam os a vo z do Senhor
Terça - Ec 3.7 Tem po de fa la r e de ca la r
Quarta - Ef 4.26,29 A ira é um a porta para o pecado
Quinta - 1 Pe 1.23-2 5 Gerados em am or pelo poder da Palavra
Sexta - SI 68.5Deus é Pai dos órfãos e ju iz das v iú vas
Sábado - Ef 1.3-6 Santos e irrep reensíve is em am or
3 de Agosto de 2014
L iç õ e s B íb l ic a s 3 3
___ INTERAÇÃO
O uvir não é um a atitude fácil. Dem anda tem po, paciência , p e rseve ra n ça e concen tração . O ato de o u v ir é um a obra doadora . Quem ouve um a p essoa , doa o seu tem po e a sua atenção . A prin cíp io , quem ouve pode a p a ren ta r uma atitude p a ss iva , m as na ve rdade esta pessoa rea liza um a intensa ativ idade de p en sa r e de raciocinar. E tra tan do-se da P a la vra de D eus, a a tiv idade in tensa de a lim en ta r a p ró p ria a lm a. Então, quando o cren te a b r ir a sua boca p a ra fa lar, fa la rá de m aneira sáb ia e pod ero sa . Portanto , as E sc r itu ra s nos aconselham a o u v ir m ais e a fa la r m enos; p a ra quando a rticu la rm o s as p a la v ra s , o fa ze rm o s com au to ridade e coerência .
LE IT U R A BÍBLICA EM CLA SSE
Tiago 1.19-2 7
19 - Sabeis isto , m eus am ados irm ã o s ; m a s todo o hom em se ja p ronto p a ra ouvir, ta rd io p a ra fa la r, ta rd io p a ra se irar.
2 0 - Porque a ira do hom em não opera a ju s t iç a de Deus.
21 - Pelo que , re je itando toda im undícia e acúm ulo de m alíc ia , re ceb e i com m ansidão a p a la v ra em vós enxertada , a qua l pode sa lv a r a vossa alm a.
2 2 - E sede cu m p rid o re s da p a la v ra e não som ente ouvintes, enganando-vos com fa lso s d iscu rso s .
23 - P o rq u e , se a lg u é m é ouvinte da p a la vra e não cum p rido r, é sem elhante ao varão que contem pla ao espelho o seu ro sto n a tu ra l;
24 - porqu e se contem pla a s i m esm o, e fo i-se , e logo se esqueceu de com o era .
2 5 - Aquele, porém , que atenta bem p a ra a lei p e rfe ita da liberdade e n isso p ersevera , não sendo ouvinte esquecido , m as fa ze d o r da obra , este ta! se rá bem -aventurado no seu fe ito .
26 - Se alguém entre vós cuida se r re lig ioso e não re fre ia a sua lín g u a , a n te s , en gan a o seu co ração , a re lig ião desse é vã.
t i2 7 - A re lig iã o p u ra e im acu lada p a ra com Deus, o Pai, é e sta : v is ita r os ó rfã o s e as viúvas nas suas tribu lações e g u a rd a r-se da co rru p çã o do m undo.
OBJETIVOS
Após a au la , o aluno deverá estar apto a:
Aprender sobre estar “pronto para ouv ir” e “tardio para fa la r”.
Compreender a im portância de ser praticante, e não só ouvinte .
Saber qual é a relig ião pura e ve rdadeira.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Prezado professor, para conclu ir a lição desta sem ana, reproduza a seguinte pergunta na lousa: “O que é religião?” Peça aos alunos para responderem à pergun
ta. Ouça-os com atenção. Em seguida, de acordo com o auxílio da palavra-chave, defina para a classe o termo “relig ião”. Logo depois, leia com os alunos Tiago 1.27 e explique o va lo r da verdadeira
religião de acordo com o ensinam ento de Tiago, o meio-irmão do Senhor. Conclua a lição afirm ando que a verdadeira religião em Deus não consiste em ritual e regra humana, mas em vida de amor a
Deus e ao nosso próxim o. Boa aula!
34 L iç õ e s B íb l i c a s
IN TRO D U ÇÃ ONa lição dessa sem ana vam os
estudar a m aneira adequada deo cren te u sa r um in stru m e n to m a ra v i lh o s o , m as ao m e sm o tem po, potencia lm ente perigoso: a fa la . Este a ssunto está interligado à tem ática da verd ad e ira re lig ião que ag rad a a D eus. O fenôm eno da fa la é um a das fontes de e xp re ssã o do pensam ento hum ano, como tam bém é responsável pelo processo de com un icação e de form ação da identidade cu ltu ra l de um a sociedade . As pessoas querem fa la rá soutras àquilo que pen- -----------sam . O crente , tod avia , tem o com prom isso de não apenas fa la r o que pensa, m as ag ir com o propõe o Evangelho .
I - PR O N TO PAR A O U V IR E T A R D IO PAR A FALAR
(T g 1 .1 9 ,2 0 )
1. Prorato para ouvir. Paraalguns cren tes , a pessoa sáb ia é a que sem pre tem algo a fa la r. O u v ir é um e m p re e n d im e n to trab a lhoso e, por isso , ignorado por m u itos. D ife ren tem en te , as E sc ritu ras adm oestam -nos a ser prontos para ouv ir. No ve rs ícu lo 19, T iag o in trod uz o seu ensino sobre o “o u v ir ” e o “fa la r” d estacand o a exp ressão sa b e i isto . Com essa exp ressão , ele dem onstra a sua p reocupação pasto ra l com os seus le ito res . O utro te rmo no v e rs ícu lo 19 cham a-nos
PALAVRA-CHAVE
Religião:Geralm ente
caracteriza-se pela crença na existência de um poder
ou princíp io superior, sobrenatura l, do qua l depende o destino do se r
hum ano e ao qual se deve respeito e
obediência.
a a ten ção : p ro n to . No g rego , a p a lav ra s ig n ifica “ráp id o”, “ lig e iro” e “v e lo z ”. A li, o e scrito r sacro in cen tiva nos a e sta r d isp o n íve is a ouvir. É uma atitude que depende de um a d isposição e tam bém da decisão em o u v ir o outro . A exem p lo do p ro feta Sam uel, que__________ d esd e a su a in fâ n c ia
foi ensinado a o u v ir a vo z d iv in a (1 Sm 3.10;1 6 .6 -1 3 ) , o p o vo de Deus deve p e rs is t ir em e s c u ta r os d e s íg n io s do P a i, p o is n e s s e s ú lt im o s d ia s têm Ele fa lad o através do seu F ilho , o Verbo V ivo de Deus (Hb 1.1; c f .Jo 1.1).
2. T a rd io para falar. Quem ouve com atenção ad q u ire a rara cap ac id ad e de o p in ar a c e r c a de q u a lq u e r a ssu n to . É ju s ta m e n te
por isso que a C a rta de T iag o exo rta-n o s a se r ta rd io s p a ra fa la r ( v .19). Uma p a lav ra d ita sem p en sa r, fo ra de tem p o , e sem co n h ec im en to dos fa to s , pode p ro vo ca r ve rd ad e ira s tra g é d ia s . Q u em n u n c a se a r re p e n d e u de te r fa lad o an tes de pensar? D ian te de Fa ra ó , o im p e ra d o r do Eg ito A n tig o , o p a tr ia rca Jo sé ap rove ito u sab iam en te um m om ento ím p ar em sua v id a . A n tes de re sp o n d e rá s perguntas sobre os sonhos do m o n arca , Jo sé as ouv iu e re fle tiu sob re e la s . Em seg u id a , o rien tad o pelo Senhor, re sp o n d e u s a b ia m e n te Fa raó (Gn 41 .16). Tem os de ap ren d er a re fle tir sobre o que vam o s d ize r e fa la r no tem po ce rto . Pese bem as p a la v ra s , e ore com o o rei D avi: “ Põe, ó S e n h o r , um a guarda
L iç õ e s B íb l ic a s 3 5
REFLEXÃ O RESPO NDA
“A re lig ião pu ra , san ta e im acu lada é su p r ir a n ecess idade do p ró x im o : “V is ita r os ó rfã o s e as v iúvas nas su a s
tribu lações E liezer de Lira
à m inha b oca ; g uard a a p o rta dos m eus láb io s” (SI 141.3).
3- Controle a sua ira. Umaterce ira adm oestação encontrada no ve rs ícu lo 19 da carta de T iago exp ressa o segu inte : ta rd io s para
Ise irar. A ira é um profundo sentim ento de ódio e rancor contra a outra pessoa. Uma vez descontrolada, ela não produz a ju s t iça de
| Deus, mas uma ju s t iça segundo o crité rio da pessoa que sofreu o dano : a v in g a n ç a . A P a lav ra de Deus não proíbe o crente de fica r indignado contra a in justiça (Is 58 .1 ,7 ; Lc 19.45). Contudo, ao mesmo tempo, a Bíblia estabelece lim ites p ara o nosso te m p e ra m ento não se ach ar irre fle tid o , d e s c o n tro la d o , d e ix a n d o -n o s im pu lsivam ente irados (Ef 4 .2 6 ; Pv 17.27). O cris tão , tem plo do Espírito Santo, tem de levar a sua mente cativa a Cristo (2 Co 10.5) e m an ifestar o fruto do Santo Espírito : o dom ínio próprio (Gl 5.22 — ARA). Fuja da aparência do mal. Tenha autocontro le .
SINOPSE D O T Ó P IC O (1)1 A luz da P a la v ra de D eus■ aprendem os que o crente deve : ser tard io para fa lar e pronto para \ ouvir. Por isso , a ira é um senti-
2 mento que deve ser contro lado Ê p e lo crente.
3 6 L iç õ e s B íb l ic a s-j
1. T iago in tro d u z o seu ensino sobre o “o u v ir” e o “fa la r” d e sta cando a exp ressã o “sabei is to ”. O que e\e dese ja d em o n stra r com essa exp ressão?2. Segundo a lição , o que é ira?
II - P R A T IC A N T E E NÃO APENAS O U V IN T E DA P A LA V R A (T g 1.21-25)
1. Enxertai-vos da Palavra <21). A Palavra de Deus é o guia m aio r do cren te . E para que a P a la v ra a t in ja e fe t iv a m e n te o coração do servo de Deus, este p rec isa aco lhê-la com pureza e s in ce rid ad e . Isto é, f irm a r um a posição rad ica l re je itando toda a im undícia e a m alícia m undana ( v .19); receb en d o o Evan g e lh o com m a n s id ã o e so b r ie d a d e . Leia os Evangelhos! Persiga em conhecer a m ensagem d iv ina de C ris to Je s u s , m as , ig u a lm en te , abra o coração para ouv ir a voz do Senhor.
2. Praticai a Palavra (22- 24). O e sc r ito r sacro não tem in te re s s e em q ue o le ito r da ep ísto la apenas aco lha a Pa lavra no c o ra ç ã o , an te s d e se ja que o crente a p ratique (v .2 2 ). Não pode h a v e r in c o e rê n c ia en tre o que se “d iz ” e o que se “ f a z ” para quem é d isc íp u lo de Je su s . Se am ar a D eus e ao p ró x im o são os m aio res dos m an d am en tos , en tão , devem os p o rfia r em v ivê - lo s . Quem aco lhe a Pa lavra re je ita tudo o que é im u n d o , m aligno , p e rve rso , in justo , d is s im u lad o , in s in ce ro . Não apenas is s o , m as ig u a lm e n te a b re a po rta do co ração para “tudo o que é ve rd ad e iro , tudo o que é
honesto , tudo o que é ju s to , tudo o que é puro , tudo o que é am áv e l, tudo o que é de boa fa m a ” (Fp 4 .8 ). Do contrário ,, se rem os id en tificad o s com o hom em que c o n te m p la a p ró p r ia im ag em no e sp e lh o e d ep o is se re t ira esq u ecen d o -se co m p le tam en te d e la . Há p e s s o a s q ue o lh a m para o Evang e lho e o uvem , m as sem m em ó ria e p e rse v e ra n ç a , não dão nenhum a re sp o sta ou seq u ên cia ao cham ado de Je su s C ris to (v v .2 3 ,2 4 ). Deus nos liv re desse engodo!
3» Fersevere ©yvirido e ag in do (v.25). T ia g o co n c lu i este ponto da ep ísto la da segu inte m an e ira : Quem é cu idadoso para com a le i, nela p e rsevera ; não apenas ouvindo-a neg ligentem en te , m as p ra tican d o -a z e losam ente . Fe lic idade p lena em tudo é a p ro m essa p ara quem ousa v ive r o Evangelho cônscio das im plicações esp iritua is e das consequências m ateriais. A lguém , um d ia, d isse que os evangélicos são poderosos no d iscu rso , m as fracos na prática do m esm o d iscurso . Falam os, mas não vivem os! P rec isam os a n a lisa r nossa v id a em am or e sinceridade . Entrem os na presença de Deus com o rosto d e s c o b e rto , c o ra ç ã o ra sg a d o e a lm a d e sp id a . No tem po em que v ivem os não dá para passar desperceb id os na d iss im u lação , ou seja , fing indo se r algo que na verdade não som os.
SIN O PSE DO T Ó P IC O (2)
O crente deve encher-se da Pa lavra , p ra ticar a Palavra e perseverar na Palavra .
3. Q ual é o gu ia m a io r do cren te?
III - A R E LIG IÃ O PU R A E V E R D A D E IR A (Tg 1 .26 ,27)
1. A fa lsa re lig ios idade.A p e sa r de a lg u m as p e sso as se c o n s id e ra re m r e l ig io s a s p o r f re q u e n ta re m um te m p lo , as E sc ritu ra s reve lam o s ig n ifica d o da v e rd a d e ira re lig iã o . E la re p rova todo o a t iv ism o re lig io so fe ito em “ nom e de D e u s”, m as em d e t r im e n to do p ró x im o . A q u i, a fíng ua do cren te tem um papel im p o rtan te . T iag o d iz que é p o s s ív e l e n g a n a r o p ró p r io c o ra ç ã o q u an d o d e ix a m o s de re fre a r a n o ssa lín g u a . O ra , o co ração é a sede dos d e se jo s , dos sentim entos e das vo n tad es . E a boca só fa la d aq u ilo que o co ração e stá che io (Mt 12 .34 ). É in co m p a tíve l com o E va n g e lho , v iv e r a g raça de D eus sem m e rg u lh a r no Reino d E le . Quem não se en treg a in te iram e n te ao Senho r p ra tica um a re lig ião vã e fa ls a . Não podem os se r com o a p esso a ca p a z de fa z e r um a belís s im a o ração por um fa m in to , e d ep o is d esp ed i-lo sem lhe dar um ún ico g rão de a rro z .
2. A verdadeira relig ião (v.27). A re lig ião pura , santa e im aculada, de acordo com o autor sacro , é sup rir a necessidade do p róxim o: “V is ita r os ó rfãos e as v iú v a s nas suas tr ib u la çõ e s”. O problem a hoje é que a nossa atenção, quase sem pre , está vo ltada para o p razer pessoal. Tem os os olhos fechados para os n ecess itados que na m aioria das vezes cultuam a Deus, assen tad os, ao nosso lado . Lem b rem o -n o s da
L iç õ e s B íb l ic a s 3 7
SIN O PSE DO T Ó P IC O <3)A v e rd a d e ira re lig iã o e s tá
em o lharm os para o necess itado , irm os até ele e aco lhê-lo .
RESPO N D A4 . O que ocorre quando não nos entregam os in te iram ente ao Senhor?5. Segundo a lição, q u a l é a re lig ião que ag rada a D eus?
C O N C LU SÃ ON essa sem ana ap ren dem os
sobre o cuidado que devem os ter com o ouvir e o falar. Estudam os tam bém acerca da re lig ião pura e im acu lada que a leg ra a Deus: v is ita r os órfãos e as v iú vas nas tribu lações e guardarm o-nos da corrupção do mundo. Que os nossos ouvidos estejam prontos para o u v ir , a nossa língua para fa la r sabiamente e a nossa v ida para praticar tudo quanto aprendem os do Evangelho. Em bora estejam os em um m undo tu rbu lento , devem os exa lar o bom perfum e de Cristo por onde form os (2 Co 2.15).
REFLEXÃO
“A ig re ja deve m anter-se longe da co rru p çã o . Esta m o s no m undo, m as não fa zem o s
p a rte do seu sistem a!"E lieze r de Lira
v id a dc jc s u s C risto ! Ele não ap enas olhou para os m arg inalizados, m as fo i até eles e os aco lheu em am or (Mt 25 .35-45). A re lig ião que ag rada a Deus é aquela cu jos d iscípu los p ro fessam e bendizem o seu nom e, v is itan d o e aco lhendo os necess itad o s nas a flições.
3. Guardando-se da co rrupção (v.27)= A lém de re c o m e n d a r a o b r ig a to r ie d a d e de v is ita rm o s os ó rfãos e as v iú v a s , a E p ís to la de T ia g o m e n c io n a outro aspecto da ve rd ad e ira re lig ião : guardar-se da co rru p ção do m undo. A re lig ião fa lsa está m ergu lhada no ego ísm o , na corrupção e nos in teresses m aléficos do s istem a pecam inoso . A igre ja deve m anter-se longe da co rru p ção . Estam os no m undo, m as não fazem o s parte do seu sistem a! O Evangelho nada tem com os seus va lo re s e p rece itos. Portanto , não fle rte com o m odo co rrup to de v iv e r no m undo (Tg 4 .4 ). Am em os e dese jem os o Evangelho de todo o nosso coração!
3 8 L iç õ e s B íb l ic a s
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO IBIBLIOGRAFIA SUGERIDA
RICHARDS, Lawrence O. Comentário H istórico-Cultura l do Novo Testam ento, l .e d . Rio de Janeiro : CPAD, 2 0 0 7 .S T R O N S T A D , R o g e r ; A R RINGTON, French L. (Eds.) Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. 2.ed . Rio de Jane iro : CPAD, 2 0 0 4 .
SAIBA MAISRevista Ensinador C ristão
CPAD, n° 59 , p .38 .
RESPO STA S DOS E X E R C ÍC IO S
: , Com essa expressão , ele dem onstra a sua preocupação pastoral com
os seus leitores.2 . A ira é um profundo sentimento de ódio e rancor contra a outra pessoa.
3 . A Palavra de Deus. 4* Quem não se entrega inteiramente ao Senhor pratica uma religião vã
e fa lsa .5 . A religião que agrada a Deus é aquela cujos discípulos professam e bendizem o seu nome, v isitando e aco lhendo os necessitado s nas
suas aflições.
Subsídio Histórico-Cultural“Se alguém é ouvinte da pala
vra e não cum pridor, é sem elhante ao varão que contem pla ao espelho o seu rosto natural; porque se contem pla a si m esm o, e foi-se, e logo se esqueceu de com o era (1 .2 3 ,2 4 ). O verbo traduzido como ‘co n tem p la ’ é ka ta n o o u n ti, que indica ‘um escrutín io atento’. Esta pequena a legoria d escreve um a pessoa que encontra um espelho e olha intensam ente para si m esm a.
A alegoria depende de uma questão sim p les. Por que as pessoas olham-se no espelho? Embora alguns possam sim plesm ente dese ja r adm irar-se, na m aioria dos casos nós olhamos no espelho para guiar nossos atos. Como devo pentear o meu cabelo? Meu rosto está sujo? E nós agim os com base no que vem os. Mas o que acontece se olharm os com atenção, e nos afastarm os, sim plesm ente esquecendo a su jeira em nosso rosto, ou aquela m echa que fica em pé de m aneira tão selvagem ? Então o espelho terá provado ser totalm ente irrelevante e nosso exam e com p le tam en te sem sign ificado . Da mesm a maneira, Tiago argumenta que olhar para a Palavra de Deus e não agir de acordo com o que vem os ali significa que o que encontramos nas Escrituras não tem significado para nós. Não é a pessoa que conhece o que diz a Bíblia que é abençoada, mas sim a pessoa que faz o que a Bíblia diz (RICHARDS, Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento, l .e d . Rio de Janeiro: CPAD, 2007 , p .51 4).
L iç õ e s B íb l ic a s 3 9
mm
A U X IL IO B IB LIO G R Á FIC O II " \
Subsídio Teológico
“A Religião Pura e Imaculada (1.26,27). Fazendo eco com seu conse lho an terio r de se r ‘tard io no fa la r ’ (1 .1 9 ) , e antecipando d iscu ssõ es m ais deta lhadas do d iscu rso hum ano que aparecerão posterio rm ente (3.2-1 2 ; 41 1-16), T iago reve la , nesse ponto, que um dos s in a is para se saber se o com portam ento re lig ioso de alguém é ou não agradáve l a D eus, é a capacidade de ‘m anter a língua sob rédeas cu rta s ’ .
N esse conse lho ele inclu i a p ro ib ição contra d iscu rso s vu lg ares ou mal in tencio nado s, porém os dois exem p lo s de d iscu rso im próprio , co locados im ed iatam ente após essa declaração , ilu stram outras o fensas da linguagem hum ana que devem se r re freadas pelos c ris tão s .
Os crentes devem esta r seguros de que suas p a lavras e suas ações se jam co n sisten tes um as com as o u tras . T iago ilu stra esse p roblem a, ao lem brar a seus le itores que já o fenderam a honra das pessoas que estão a seu lado, e que tam bém acred itam que Deus está especia lm ente preocupado com o uso de uma linguagem que m ostre favo ritism o dentro da com unidade da fé , o que destró i a unidade da vontade de Deus (2 .1 -5 ).
O d iscu rso hum ano tanto pode se r usado com o sina l dos cu idados de um a piedade re lig io sa com o se rve até de p retexto para a fa lta da prática daqueles atos que Deus poderia d ese ja r (2 .1 5 ,1 6 ) . A ss im , os crentes deveriam fa la r apenas daquilo que estão desejosos de co lo car em p rática : devem ‘p ra ticar o que pregam ’, e não ca ir em V a z io s re lig io so s ’. Uma pessoa que não contro la sua língua, seu modo de falar, engana a si p róprio , e sua re lig ião não serve para nada (v .26 ).
[ ...] Aos o lhos de Deus, uma relig ião pura e im acu lada tem tanto a v e r com o que fazem os com o com o que de ixam os de fazer. Em parte por ter suas ra ízes nos m ovim entos de renovação da santidade, em parte por cau sa de sua re je ição ao ‘m ovim ento do evangelho so c ia l’ do in ício do sécu lo v in te , os p entecosta is foram ráp idos em rea lçar a santidade das pessoas e lentos ao se p ronunciar a respeito da responsab ilidade so c ia l. T iago nos lem bra que isso não é um a questão de ‘fa ze r isto ou aq u ilo ’ m as de fa ze r ‘tanto isto com o aqu ilo”’ (STRONSTAD, Roger; ARRIN GTO N , French L. (Ed s .) Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. 4 ed. Rio d e jan e iro : CPAD,
4 0 L iç õ e s B íb l ic a s
TEXTO ÁUREO
Lição 6___7 0 de Agosto de 2014
A V e r d a d e ir a Fé N ã o Fa z A c e p ç ã o de P e sso a s
LE IT U R A DIÁRIA
Segunda - Dt 1.17 Diante de Deus, som os iguais
Terça - At 2.44 Uma igreja so lidária
Quarta - Jó 5.16 Esperança para o pobre
Quinta - 1 Co 1.28O paradoxo divino
Sexta - Fp 2.5-8Nosso referencial de hum ildade
Sábado - 1 Pe 2.9trevas para a luz
L iç õ e s Bíb l ic a s 41
’’Todavia, se cum prirdes, conform e a Escritu ra , a lei rea l: A m arás a teu
próxim o como a ti mesmo, bem fazeis. Mas, se faze is acepção de pessoas , cometeis pecado e sois redarguidos pela lei como tra n sg resso res” (Tg 2.8,9).
Quem é o pobre deste m undo? Esta é uma pergunta que exige uma resposta complexa. Naturalm ente não poderem os respondê-la satisfatoriam ente neste espaço. Entretanto, nós temos a tendência de enxergar o pobre apenas sob a perspectiva econômica. Este não deixa de se r um o lhar verdadeiro e correto . Por outro lado, precisam os levar em conta que o conceito de pobre não se aplica apenas à perspectiva econôm ica, m as igualmente à perspectiva educativa, psicológica ou de outras áreas. Em tese, o pobre é o desprotegido. O analfabeto, po r exemplo, pode ter dinheiro, m as encontra- s e vulnerável podendo s e r ludibriado. Apesa r de o texto de Tiago se re fe rir ao aspecto econôm ico da sua época , é im portan te refletirm os sobre outros tipos de in justiças e pobrezas no mundo contem porâneo.
IN TERAÇÃOLE IT U R A B ÍBLICA EM C LA SSETiago 2.1-1 3
1 - Meus irmãos, não tenhais a fé de nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor da glória, em acepção de pessoas.2 - Porque, se no vosso ajuntamento entrar algum homem com anel de ouro no dedo, com vestes preciosas, e entrar também algum pobre com sórdida vestimenta,3 - e atentardes para o que traz a veste preciosa e lhe disserdes: Assenta-te tu aqui, num iugar de honra, e disserdes ao pobre: Tu, fica a í em pé ou assenta-te abaixo do meu estrado,4 - porventura não fizestes distinção dentro de vós mesmos e não vos fizestes ju izes de maus pensamentos?5 - Ouvi, m eus am ados irm ãos. Porventura, não escolheu Deus aos pobres deste m undo para serem ricos na fé e herdeiros do Reino que prometeu aos que o amam?6 - Mas vós desonrastes o pobre. Porventura, não vos oprimem os ricos e não vos arrastam aos tribunais?7 - Porventura , não b lasfem am eles o bom nome que sobre vós fo i invocado?8 - Todavia, se cum prirdes, conforme a Escritura, a lei real: Am arás a teu próxim o como a ti mesmo, bem fazeis.9 - Mas, se fazeis acepção de pessoas, cometeis pecado e sois redarguidos pela lei como transgressores.10 - Porque qualquer que guardar toda a lei e tropeçar em um só ponto tornou-se culpado de todos.11 - Porque aquele que disse: Não cometerás adultério, também disse: Não matarás. Se tu, pois, não cometeres adultério, mas matares, estás feito transgressor da lei.12 - Assim falai e assim procedei, como devendo se r ju lgados pela lei da liberdade.13 - Porque o ju ízo será sem misericórdia sobre aquele que não fez misericórdia; e a misericórdia triunfa sobre o ju ízo .
OBJETIVOSApós a au la , apto a:
o a luno deverá estar
Destacar o ensino de Tiago de que a fé não fa z acepção.
Apontar a esco lha de Deus pelos pobres aos olhos do m undo.
Distinguir a Lei M osaica das Leis Real e da Liberdade.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, leve para a sala de aula recortes de revistas ou jornais sobre temas que revelem as diversas classes sociais no Brasil.
Divida a turma em grupos. Em seguida, peça aos grupos para escolherem uma
reportagem e identificarem a classe social por ela representada. Dê um tempo para que os alunos leiam e debatam a matéria
em grupo. Encerrado o tempo de discussão, faça as perguntas para os grupos de acordo
com o esquema da página seguinte. Ouça as respostas e conclua dizendo que no Brasil há diversas classes sociais — hoje classificadas em A, B, C, D e E. Isso significa que o nosso país é plural. Afirme que as
Escrituras são taxativas quanto ao pecado de discriminação de pessoas socialmente
menos abastadas.
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IN TR O D U ÇÃ OA d is c r im in a ç ã o co n tra as
pessoas de classe social inferior é vergonhosa e ultrajante, principalmente, quando praticada no âmbito de uma ig re ja local. Nesta lição estudaremos sobre a fé que não faz acepção de pessoas. Veremos que erram os — e m uito — quando ju lgamos as pessoas sob perspectivas subjetivas tais com o a aparência f ís ic a , posição socia l, status, a bagagem intelectual, etc. Isso porque tais características não determinam o caráter (Lc 1 2.1 5). A ssim , a lição dessa sem ana tem o objetivo de mostrar, pelas Escrituras, que a verdadeira fé e a acepção de pessoas são atitudes incom patíveis entre si e, justam ente por isso, não podem coexistir na vida de quem aceitou ao Evangelho (Dt 1 0.1 7; Rm 2.1 1).
I - A FÉ NÃO PO D E FA ZER A C EP Ç Ã O D E PESSO AS
(Tg 2 .1-4)
1. Em Cristo a fé é imparcial. O primeiro conselho de Tiago para a igreja é o de não term os uma fé que faz acepção de pessoas (v. 1). Mas é possível haver favoritism o
PALAVRA-CHAVEAcepção:
Predileção por a lguém ; tendência em
fa vo r de pessoa(s) p or sua classe social.
social onde as pessoas dizem-se geradas pela Palavra da Verdade? As Escrituras mostram que sim . Aconteceu na igreja de Corinto quando da celebração da Ceia do Senhor (1 Co 1 1.1 7-34). Hoje, não são poucos os relatos de pessoas discrim inadas devido a sua condição social na igreja. Ora, recebemos uma nova natureza em Cristo (Cl 3.10), pois Ele __________ derrubou o muro que fa
zia a separação entre os homens (Ef 2.14,1 5) tornando possível a igual- g dade entre eles, ou seja, estando em Jesus, “não há grego nem ju d e u , c ircu n c isão nem incir- cuncisão, bárbaro, cita,
servo ou livre; mas Cristo é tudo em todos” (Cl 3.1 1). É, portanto, inaceitável e inadmissível que exista tal comportamento discrim inatório e preconceituoso entre nós.
2. O amor de Deus tem de ser manifesto na igreja local. H avia na congregação, do tem po de T iago , a acepção de pessoas. Segundo as condições econôm icas, “um homem com anel de ouro no dedo , com tra je s p re c io so s” era convidado a assentar-se em lugar de honra, enquanto o “pobre com sórd ido tra je ” era recebido com ind iferença , ficando em pé, abaixo do púlpito (v v .2 ,3 ). Tudo isso acontecia num culto solene
PERG U N TA S PARA D EBA TE
Qual a classe social representada na matéria?
Em sua opinião há desigualdade social no Brasil?
Você percebe esta desigualdade em sua igreja local?
Como você lida com tal realidade?
Você acha certo haver discrim inação social na igreja local? Por quê?
L iç õ e s B íb l ic a s 4 3
a Deus! A Ig re ja de C ris to tem com o princíp io eterno p ro d uzir um am biente regado de am or e aco lh im ento , e para isto "não há judeu nem grego; não há servo nem liv re ; não há m acho nem fêm ea; porque todos vós sois um em Cristo Jesus" (Gl 3 .28 ).
3„ Não sejamos perversos (v.4). A e x p re s sã o “ju iz e s de maus pensam entos” ap licada no texto b íb lico para q u a lifica r os que d iscrim inavam o pobre nas reun iões so lenes, não se refere às autoridades ju d ic ia is , mas aos
< membros da igreja que, de acordo com a condição socia l, se faziam ju lgad ores dos próprios irm ãos. O sím bolo da ju s t iça é uma m ulher de olhos vendados, tendo no braço esquerdo a balança e, no braço d ire ito , a espada. Tal im agem sim bo liza a im parcia lidade da ju s t iça em relação a quem está sendo ju lg ad o . Portanto, a exem plo do s ím bo lo da ju s t iç a , não fom os cham ados a ser perversos “ju iz e s ” , mas pessoas que vivam segundo a verdade do Evangelho. Este nos desafia a am ar o próxim o como a nós m esm os (Mc 12 .31 ).
SIN OPSE DO T Ó P IC O (1)
Em Cristo, o crente não pode se m ostrar parcial e, por isso , o amor de Deus deve ser manifestado na igreja local através dele. O crente não pode ter um coração perverso.
RESPON DA
1. Segundo a lição, quaí é o prim eiro conselho de Tiago para a ig re ja ?2 . É p o ss ív e l h a v e r fa vo rit ism o socia l onde as pessoas dizem -se g era d a s pela Palavra da Verdade?
II - DEUS ESCO LH EU OS POBRES AO S O LH O S
DO MUNDO (Tg 2.5-7)1. A soberana escolha de
Deus. É bem verdade que muitas pessoas ricas têm sido alcançadas pelo Evangelho. Mas ouçamos com clareza o que a Bíblia diz acerca dos pobres. Deus é soberano em suas escolhas. E de acordo com a sua soberana vontade Ele escolheu os pobres deste mundo. De maneira retórica, Tiago afirm a: “Porventura não escolheu Deus aos pobres deste mundo para serem ricos na fé, e herdeiros do Reino que prometeu aos que o amam?” (v .5). É possível que as igrejas às quais Tiago dirigiu a Epístola talvez tivessem se esquecido de que é pecado fazer acepção de pessoas. Ainda hoje não podemos negligenciar esse ensino! O Senhorjesus falou dos pobres nos Evangelhos (Lc 4.1 8; Mt 1 1.4 ,5) e, mais tarde, no Sermão da Montanha repetiu: “Bem-aventurados vós, os pobres, porque vosso é o reino de Deus” (Lc 6 .20).
2. A principal razão para não desonrar o pobre (v.6). Apesar de Deus ter esco lh ido os pobres, a igreja do tempo de Tiago fez a opção contrária . Entretanto, o meio-irmão do Senhor traz à mem ória da igreja que quem a oprimia e ra justam ente os ricos. Estes os arrastaram aos tribunais. Como podiam eles desonrar os pobres, esco lhidos por Deus, e favorecer os ricos que os oprim iam ? É triste quando esco lhem os o contrário da esco lha de Deus. As Palavras de Jesus ainda continuam a fa lar hoje: “O Espírito do Senhor é sobre m im , pois que me ungiu para e van g e liza r os pobres, enviou-
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-me a cu rar os quebrantados do coração, a apregoar liberdade aos cativos , a dar v ista aos cegos, a pôr em liberdade os oprim idos, a a n u n c ia r o ano a ce itá ve l do Senhor” (Lc 4 .1 8 ,1 9 ) . Som os os seus d iscípu los? Então para sermos coerentes com o Evangelho term os de encarnar a m issão de Je su s . Desonrar o pobre é pecado!
3. Desonraram o Senhor. Após lem brar a igreja da escolha de Deus em relação aos pobres deste m undo , T iag o e xo rta os irmãos a reconhecerem o favo ritismo que há dentro da com unidade cristã : “Mas vós desonrastes o pobre” (v.6). Já os ricos, são recebidos com toda a pompa. No versícu lo 7, o meio-irmão do Senhor pergunta: “Porventura, não blasfem am eles [os ricos] o bom nome que sobre vós foi invocado?” (v.7). Estamos frente a algo reprovável diante de Deus: a d iscrim inação social na igreja. Por isso é que o favoritism o, a parcialidade e quaisquer tipos de d iscrim inação devem ser com batidos com rigor na igreja local, principalmente pela liderança. Esta deve dar o m aior dos exem plos. Quem d iscrim ina não com preendeu o que é o Evangelho!
SIN OPSE DO T Ó P IC O (2)A s E s c r i t u r a s m o s tra m a
principal razão para o crente não desonrar os pobres: Deus os escolheu aos olhos do m undo.
RESPON DA3. Por que o fa vo ritism o , a p a rc ia lid a d e e q u a isq u e r t ip o s de d iscrim inação devem se r com batidos com r ig o r na ig re ja local, prin cipa lm en te pela lid e ra n ça ?
III - A LES R EA L, A LEI M OSAICA E A LEI DA
LIB ER D A D E <Tg 2.8-1 3)
1. A Lei Real. A lei rea l é esta: “Am arás o teu próxim o como a ti m esm o” (v.8). Essa é a concla- mação de Tiago a que os crentes obedeçam a verdadeira lei. O termo “real”, no versícu lo 8, refere-se aquilo que é o mais im portante da lei, a sua própria essência . Portanto, quem faz acepção de pessoas está quebrando a essência da lei.O am or ao próxim o é o coração de toda lei: “A ninguém devais coisa algum a, a não ser o am or com que vos ameis uns aos outros; porque quem am a aos outros cum priu a ? lei. [...] O am or não faz mal ao pró- x im o ; de sorte que o cum prim ento da lei é o am or” (Rm 1 3.8,1 0). Só o amor é capaz de impedir quaisquer tipos de discrim inação. Quem ama, não precisa da lei (Cl 5 .23 ).
2. A Lei Mosaica. Na época em que a Epístola de Tiago foi escrita os judeus faziam distinção entre as leis religiosas mais importantes e as menos importantes, segundo os critérios estabelecidos por eles mesmos. O sjudeus julgavam que o não cumprimento de um só mandamento acarretaria a culpa somente da- P quele mandamento desobedecido. Mas quando a Bíblia afirma “Porque aquele que d isse: Não cometerás jj adultério, também disse: Não ma- | tarás”, está asseverando o aspecto j coletivo da lei. Isto é, quem desobe- \ dece um único preceito, quebra, ao | mesmo tempo, toda a lei. Embora os s crentes da igreja não adulterassem, I faziam acepção de pessoas. Eles não ; atendiam a necessidade dos órfãos e das viúvas e, por isso, tornaram-se jj “transgressores de toda a lei”. No
L iç õ e s B íb l ic a s 4 b
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Sermão da Montanha, nosso Senhor ensinou sobre a necessidade de se cum prirtodaa lei (Mt 5.1 7-1 9; cf. Gl
5 .23 ; Tg 2 .10).3. A Lei da Liberdade. A
Lei da Liberdade é o Evangelho .* Por ele o homem torna-se livre .
Liberto do pecado, dos p reconceitos e da m aneira m undana de pensar (Rm 6 .1 8 ) . Quem é ve rdadeiram ente d iscípu lo de Jesus desfru ta , abundantem ente, de tal liberdade (Jo 8 .3 6 ; Gl 5.1,1 3). Entretanto , como orienta T iag o , tal liberdade deve v ir acom panhada da coerência: “Assim fa la i, e assim p rocede i” (v .1 2 ). O crente pode falar, pode ensin ar e até escrever sobre o pecado de fa ze r acepção de p esso as . Mas na ve rd ad e , é a sua co n d u ta em re lação aos irm ãos que dem onstrará se ele é, de fato , um Jiberto em C risto ou um escravo deste pecado.
SIN O PSE DO T Ó P IC O (3)
A Lei M osaica destaca-se da Real e da Liberdade. Estas repre
sentam a nova a liança de Deus com a h u m a n id a d e ; e n q u an to aquela , a antiga .
RESPO N D A
4 . A que se re fe re o term o "rea l”, no ve rs ícu lo 8?5. De aco rdo com a lição , o que é a Lei da L ib e rd a d e?
CO N CLU SÃ O
O segundo cap ítu lo da Ep ístola de Tiago é um a voz do Evangelho a ecoar através dos tem pos. Ele rotula a acepção de pessoas como pecado lem brando-nos de que Deus escolheu os “pobres deste m undo para serem ricos na fé e herdeiros do Reino que prom eteu aos que o am am ”. A ss im , se a nossa vontade estive r de acordo com a vontade de D eus, am arem os os pobres com o a nós m esm o s. E co n sc ien tiza r-n o s-em o s de que esse am or exige de nós ações ve rdadeiras, s in ceras , e não apenas de vãs palavras re lig iosas que até m esm o o vento se encarrega de levar (c f. Tg 2.1 5-1 7).
REFLEXÃO
“A d iscrim in a çã o co n tra a s p esso a s de c la sse so c ia l in fe r io r é vergonhosa
e u ltra ja n te , p rin c ipa lm en te , quando p ra tica d a no âm bito
de uma ig re ja loca l."E liezer de Lira
■ - * -'-■ --■ rr .v -r .. - -
*228+ -j; \
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r AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICOV O C A B U LÁ R IO
Sórdido: Que é ou está sujo, que tem sujeira no corpo e na roupa.Retórica: A arte de bem argumentar.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
ED RED EG , Jo h n . Um Mestre Fora da Lei: C o n h ecen d o a su rp re e n d e n te , p e r tu rb a d o ra e e x tra va g a n te p e rso n a lid a d e de Je su s . 1 .ed . Rio de Janeiro : CPAD, 201 3.HENRY, Matthew. Comentário Bíblico Novo Testamento:A tos a A poca lip se . 1 .ed. Rio de Janeiro : CPAD, 2010 .
S A IB A M A ISRevista Ensinador Cristão
CPAD, n° 59 , p .39 .
RESPO STA S DOS EX ER C ÍC IO S
1. O prim eiro conselho de Tiago para a igreja é o de não termos uma fé que faz acepção de pessoas (v .l ).2 . As Escrituras mostram que sim . A conteceu na ig re ja de Corin to quando da celebração da Ceia do
Senhor (1 Co 1 1.1 7-34).3 . Estamos frente a algo reprovável diante de Deus: a d iscrim inação
social na igreja.4. O termo “real”, no versícu lo 8, refere-se aquilo que é o mais importante da lei, a sua própria essência.5 . A Lei da Liberdade é o Evangelho.
Subsídio Teológico‘“ Mas vós deso n ra ste s o pob re ’
(v .6 ). A acep ção de p e sso as , no sentido desta passagem , por conta das suas riquezas e da aparência exterio r, é ap resentada com o um pecado muito grave, em virtude dos preju ízos devidos à riqueza e grandeza m undanas, e a tolice que há no fato de cristãos prestarem consideração indevida por aqueles que não têm consideração algum a nem por seu Deus nem por e les: ‘Porven tu ra , não vos oprim em os rico s e não vos a rra s ta m a o s t r ib u n a is ? P o rv e n tu ra , não b la sfem a m e les o bom nom e que o so b re vós fo i invocado? (v v .6 ,7 ). Considerai como é comum que as riquezas sejam incentivos aos v íc io s e ao dano da b lasfêm ia e da perseguição . Pensai nas m uitas calam idades que vós m esm os to le ra is , e nas g randes a fro n ta s que são lançadas sobre vo ssa fé e vosso Deus por hom ens de posses, poder e grandeza m undanos; e isso vai faze r vossos pecados parecerem extrem am ente pecam inosos e tolos, ao constru irdes aquilo que tende a vos destruir, e a destru ir tudo que estais ed ificando, e a desonrar esse nome pelo qual sois cham ados.’ O nome de Cristo é um nome digno; ele reflete honra , e dá d ignidade aos que o usam ” (HENRY, Matthew. Comentário Bíblico Novo Testamento: A tos a Apoca lipse . Rio de Janeiro : CPAD, 2010 , p .833 ).
L iç õ e s B íb l i c a s 4 7
A F é se M a n i f e s t a e m O b r a s
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TEXTO ÁUREO"Assim resplandeça a vossa luz diante
ç dos hom ens, pa ra que vejam a s vossas boas obras e g lorifiquem o vosso Pai,
que está nos cé u s” ( Mt 5.16).
VERDADE PRATICA
Uma vez salvos em Cristo, o amor, materia lizado por meio das boas obras, torna-se a nossa identidade cristã .
r'W SÊBBS^M
HINOS SUGERIDOS 17, 75, 79
L E IT U R A D IÁRIA
Segunda - 1 Ts 1.3 A fé e as obras são inseparáve is
Terça - 2 Ts 1.11 A oração precede a ação
Quarta - Hb 1 1.1 7As obras da fé abrangem a ação
Quinta - Ap 2.19O Senhor conhece as nossas obras
Sexta - 2 Tm 4.6-8 A esperança fo rta lec ida pelas obras
Sábado - At 7.60Uma fé a toda prova
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Lição 77 7 de Agosto de 2014
£ LE IT U R A BÍBLICA& EM C LA SSE
Tiago 2.14-26
14 - Meus irm ãos, que aproveita se alguém d isse r que tem fé e não tive r as ob ras? Porventura, a fé pode salvá-lo?15 - E, se o irm ão ou a irm ã estiverem nus e tiverem fa lta de m antim ento cotidiano,16 - e algum de vós lhes d isse r : Ide em paz, aquentar-vos e fartai- -vos; e lhes não derdes as coisas n e ce ssá r ia s p a ra o co rpo , que proveito virá dai?1 7 - Assim também a fé, se não t iv e r a s o b ra s , é m orta em s i m esm a.1 8 - Mas dirá a lguém : Tu tens a fé , e eu tenho as ob ra s; m ostra- -me a tua fé sem as tuas obras, e eu te m ostra re i a m inha fé pelas m inhas obras.19 - Tu crês que há um só Deus? Fazes bem ; também os dem ônioso creem e estrem ecem .2 0 - Mas, ó homem vão, queres tu sa b e r que a fé sem as obras é m orta?21 - Porventura Abraão , o nosso pai, não fo i ju s t if ica d o pelas obras, quando ofereceu sobre o a lta r o seu filho lsaque?22 - Bem vês que a fé cooperou com as suas ob ras e que, pelas obras, a fé fo i aperfeiçoada,23 - e cumpriu-se a Escritu ra , que d iz : E creu A braão em Deus, e foi- -Ihe isso im putado como ju stiça , e fo i cham ado o amigo de Deus.24 - Vedes, então, que o homem é ju s t if ica d o pe la s ob ras e não som ente pela fé .2 5 - E d e igual modo Raabe, a m ere tr iz , não fo i tam bém ju stificada pelas obras, quando recolheu os em issários e os despediu po r outro cam inho?2 6 - Porque, assim como o corpo sem o esp irito está m orto , assim tam bém a fé sem obras é m orta .
Im agine um p residen te que não g o ve rn a ? Um ju iz que não ju lg a ? Um advogado que não advoga? Um médico que não clinica? Um policia l que não protege? Um p ro fe sso r que não ensina? Um cien tista que não pesqu isa? Um arquiteto que não desenha? Um filósofo que não filosofa? Im aginou? Assim é o crente que não produz boas obras. Que não am a/ £ como estudam os na epístola de Tiago, as boas obras são obras de m isericórdia , isto é, ações encharcadas no amor. A carta de Paulo aos Romanos nos diz que “quem ama aos outros cum priu a lei", pois “o am or não faz mal ao próxim o; de sorte que o cum prim ento da lei é o am or” (13.8,10).
IN TERAÇÃO
O B JE T IV O S
Após a au la , o aluno deverá estar apto a:
Destacar que a fé e as obras são re lacionais.
Apontar os e xem p lo s de fé com obras no Antigo Testam ento .
Compreender a m etáfora do corpo sem esp írito proposta por T iago .
O R IEN TA Ç Ã O PED A G Ó G IC A
Prezado professor, para concluir a aula desta semana sugerimos que você reproduza o esquema da página seguinte de
acordo com as suas possibilidades. Peça aos alunos que dê exemplos de atitudes que retratam a “Fé sem as obras” e a “Fé com as obras”, de acordo com a coluna
sugerida. Em seguida releia com a classe Tiago 2.1 4-1 7; leia também Romanos
1 3.8-10 e Marcos 1 2 .30 ,31 . Então, afirme que o ensino de Tiago está em harmonia com o de Paulo em Romanos e no Evangelho de Marcos. Nas Escrituras,
subentende-se que amar é agir pelo bem do próximo. Conclua a lição dizendo que a fé sem as obras demonstram que o crente não conhece o Evangelho. Tal fé é morta!
L iç õ e s B íb l ic a s 4 9
I
c
IN TRO D U ÇÃ OA lição de hoje tra ta da fé
m an ife sta d a a tra v é s das o b ras (Tg 2 .14-26). A lém de tal assunto se r im p resc in d íve l à v id a c ris tã — , p o is , sem fé é im p o s s ív e l ag rad a r a Deus {Hb 11.6) — , é p reciso rea firm ar que o crente é sa lvo pe la g ra ça , por m eio da fé (E f 2 .8 ,9 ) .D evendo o cris tão a n dar por ela (2 Co 5 .7 ), tendo em v is ta de que tu d o a q u ilo que não é de fé , c u lm in a em pecado (Rm 14.23). En tre tan to , a fé não é um a fuga da rea lidade . Por isso , Jesus ensinou que a fé deve se r p ra ticad a (Mt 5 .22-48). Nesta lição , igualm ente, T iag o m ostra que um a fé v iv a é a u te n t ic a d a pe la p ro d u ção de boas o b ras , pois não há an tag o n ism o algum entre am bas — fé e o b ras . C onfo rm e ap rend erem os, na v id a c r is tã , fé e ob ras não são d is t in ta s , mas com p lem enta res.
PALAVRA-CHAVE
Manifestação:Ato de d a r a
co n h ece r; revefação , e xp re ssã o .
I - D IA N TE DO N ECESSITA D O , A NOSSA FÉ SEM
O BRA S É M ORTA (T g 2 .14 -17 )
1. Fé e o b r a s . Ao ler desa- v isadam ente a Epísto la de T iagoo le ito r pode a f irm a r que e la co n tra d iz os e n s in am e n to s do apóstolo Paulo quanto à doutrina da sa lvação pela fé (Rm 4 .1-6).
^ T o d a v ia , ao e s tu d a rm os cu id a d o sa m e n teo te m a em q u e s tã o , verem os que os ensinos paulinos e os de T iag o em hipótese a lgum a se co n tra d ize m . Q uando P au lo e s c re v e so b re
as ob ras, ele se refere à Lei — o orgulho nos rituais ju d a ico s e na obediência a um sistem a de regras re lig io sas — equanto que T iag o , às obras de m isericó rd ia ao p róxim o necessitado . O m eio-irm ão do Senhor não se opôs ao apóstolo dos gentios. Enquanto Paulo anunciava ao pecador a sa lvação pela g raça m ediante a fé (Ef. 2 .8 ), T iago doutrinava os crentes sobre
r“ FÉ” SEM AS OBRAS
\FE COM AS OBRAS
1. 1.
2. 2.
3. 3«
4. 4-
5. 5,
6. 6,V J
5 0 L iç õ e s Bíb l ic a s
a im possib ilidade de v iverm os a fé de Cristo sem m an ifestar os fru tos de arrepend im ento (Mt 3 .8 ).O prim eiro preocupou-se com a causa da sa lvação e o segundo, com o efeito dela.
2. O cristão e a caridade. “A fé não acom panhada de ação é m orta”, declara T iag o . “Faze r”, “re a liza r” e “ag ir” são atitudes que integram a re lig ião pura e im aculada: a judar os necessitados nas suas necessidades. A fé , quando não produz tais fru to s , é m orta . A fim de i lu s t ra r ta l v e rd a d e , T iag o inqu ire re to ricam en te os se rvo s de Deus d izendo que se o fe re ce rm o s , a um irm ão ou a uma irm ã, que estejam padecendo necessidade, apenas um a palavra de “in cen tivo ” e não lhes derm os as co isas de que eles necessitam , isso não re so lve rá o p rob lem a. D iante de a lguém n e ce ss itad o ,o que p re c isa se r fe ito? O rar e desped i-lo sem nada? Se assim procederm os, nossa oração não s e rv irá para nad a . A liá s , com o en sin a João , a p esso a que não se com padece dos necessitados não tem o am or de Deus em sua v id a (1 Jo 3.17,18). Tal aspecto já havia sido ensinado por Jesus ao d izer que, no socorro àqueles que precisam de a juda , aco lhem os o próprio Senhor (Mt 25 .40 ).
3. A “morte” da fé» A conce p ç ã o de fé a p re s e n ta d a na Ep ísto la de T iago é a con fiança em D eu s: “Tu c rê s que há um só Deus?” (v.19). Logo, as obras de que T iago fa la , consistem na exp ressão da vontade de D eus, ou seja , am ar o próxim o, v is ita r os enferm os, defender os direitos dos pobres, p raticar a ju s t iç a , etc. Esta é a fé v iva em Deus! A epístola
nos ensina que se am amos o outro, g não am am os segundo as nossas s concup iscências, mas segundo 0 | am or de Deus por nós. Este am or ® nos estim ula a am ar o ser humano yj independentem ente de quem ele U seja . Ame o próxim o e m ostrará uma fé v iva . Não am e, e se confirm ará: a tua é fé está m orta.
SIN O PSE DO T Ó P IC O (1)
Tiago nos mostra que diante de uma necessidade do próxim o, o crente não pode espiritualizar a sua necessidade m aterial, antes deve supri-la. Do contrário , não há fé.
RESPO N D A
7. O que ocorre com a fé se não fo r acom panhada de ação?2. Como é a concepção de fé a p re sen tada na Epísto la de Tiago?
II - EXEM PLO S V E T E R O T E S TA M EN TÁ RIO S D E FÉ COM
O BR A S (Tg 2.18-25)
1* Não basta “crer”. T iago afirm a que a crença teó rica em Deus não s ig n ifica m uita co isa . Os dem ônios, igualm ente, creem e estrem ecem diante do A ltíssim o (Lc 8 .26-33 ; Mc 5.1-10). Em outras p a lav ra s , eles “creem ”, ou sabem , que Jesus é o Filho de Deus. En tretanto , a con fissão dos dem ônios não im p lica um com prom isso de obediência a Deus. A ve rd ad e ira^ fé , porém , m anifesta-se na prática g coerente do se rvo de Deus com | tudo aquilo em que ele d iz crer. O | autor da ep ísto la dem onstra que | a fé não consiste em um discur-® so, m as em convicção autên tica , ; segu ida da p rá tica de obras de u am or, pois é ju stam en te isso que Jesus fez e a inda faz (At 10 .38 ; Hb
L iç õ e s B íb l ic a s 51
£ 13.8), Exem p lificand o esse ensino u da fé com prom issada com a ação,
T iag o u tiliza dois ricos exem p los do A ntigo Testam ento .
2= A b r a ã o . O p a t r ia r c a A b raão , conhecido com o “pai da fé ”, obedeceu a Deus quando o
. Senhor lhe pediu seu am ado fi- lho, Isaque. O p atria rca de Israel já havia dem onstrado con fiança em D eus q u an d o d e c id iu , p o r
à um ato de fé e obed iência , p artir U para uma te rra d esconhecida (Hb I 1 1 .8 ,9 ) . A g o ra , A b ra ã o e s ta v a
diante de um a prova de fé a inda m a is d u ra : im o la r o seu f i lh o
* am ado e oferecê-lo em sacrifíc io i a D eus. Uma fé levada até as úl-* tim as consequências! A obra de
Abraão dem onstrou a sua con fiança em Deus independente das c ircunstânc ias . E nós, com o estam os
I d iante de Deus? C rem os quando vai tudo bem , e está tudo certo ou
I crem os apesar das c ircunstâncias?3 . R a a b e . O utro e xe m p lo
* a p re se n ta d o por T ia g o é o de é Raabe, um a m ulher gentia e pros- 'I titu ta que v iv ia em Je ricó durante
a con q u ista da te rra de C anaã pelos ju d e u s . Q uando Josué enviou os esp ias para o lharem a te rra , Raabe os escondeu e, m ais ta rd e ,
, os ajudou a e scap ar dos guardas de Je ricó . A atitude de Raabe le vou os esp ias a prom eterem que nenhum m al a c o n te c e r ia a e la quando os is rae litas tom assem a cidade (Js 2.1-24). Raabe teve fé no Deus de Israel! Na ce rteza de que Deus daria aquela cidade ao seu povo, ela agiu para proteger os esp ias enviados por Josué . Por isso , Raabe, a p rostitu ta de Jericó , fo i ju s t if ic a d a e co n s titu íd a na linhagem do nosso Sa lvad o r, J e sus C risto (Mt 1.5). É uma grande
m ulher que consta como a heroína da fé (Hb 11.31).
SIN O PSE D O T Ó P IC O (2)
A s ações de A braão e Raabe são do is g ran d es e xe m p lo s do A n tig o Testam en to quanto à fé com p rom issad a com as ob ras.
RESPO N D A
3. Segundo a lição , com o se m an ife s ta a ve rd a d e ira fé ?4 . Q uais os do is r ico s exem plos de fé do A n tigo Testam ento u tilizados p o r T iago?
IK1 - A M ETÁ FO R A DO C O R PO SEM O ES P ÍR IT O PARA EX EM P LIF IC A R A FÉ SEM
O B R A S (Tg 2 .2 6 )
1, Uma analogia do corpo sem espírito. Para os que conhecem a Palavra de Deus, é inconcebível a ideia de um corpo v ivo sem o espírito e a alm a (At 20 .9 ,10 ; 1 Ts 5 .23 ). O teó logo b ritân ico , John S to tt, e sc re v e u : “O no sso p ró x im o é um a p esso a , um ser hum ano, criado por Deus. E Deus não o criou como uma alm a sem corpo (para que pudéssem os am ar som ente sua alm a), nem com o um corpo sem alm a (para que pudéssem os preocupar-nos e x c lu s iv a m ente com seu bem -estar fís ico ), nem tam pouco um corpo-alm aem iso lam ento (para que pudéssem os preocupar-nos com ele som ente com o um ind iv íduo , sem nos preocupar com a sociedade em que ele v ive ). Não! Deus fez o homem um ser esp iritua l, fís ico e socia l. Com o ser hum ano, o nosso próxim o pode ser defin ido com o ‘um corpo-a lm a em sociedade'" (C ristianism o Equilibrado , CPAD). Sem
5 2 L iç õ e s B íb l ic a s
o esp írito , o fôlego de v id a , o ser hum ano não é nada. Só podem os ser considerados hum anos quando a s e s fe ra s e sp ir itu a l, f ís ic a e so c ia l estão inseparáve is . Qual a relação desse assunto com a fé?
2. Da m esma m aneira: fé sem obras é morta. “A ssim com o o corpo sem o esp írito está m orto , assim tam bém a fé sem obras é m o rta ” (v .2 6 ). T iag o nos en sin a que não fa z sen tid o e x p ressarm o s uma fé ve rb a lm ente se e la não tem ação co n c re ta . C om o a s p e sso a s c o n s ta ta rã o que eu creio de todo coração em Deus? À m edida que os m eus atos em re la ção a e las re ve la re m o am or do C riador. Se não houver obras de m ise ricó rd ia , am or, honestidade e carinho ao p róxim o, a nossa fé esta rá m orta , sepu ltada . Podem os c ita r de cor e sa lteadoo Credo A p o stó lico , o credo da nossa dem om inação e m ilhares de versícu lo s da Bíb lia. Mas se não h o u ve ração , tudo não p assará de argum entos sem v id a . Deus nos livre dessa ignom ínia!
A ssim com o o corpo sem o esp írito não tem v id a , a fé sem as obras é m orta .
RESPO N D A
5 . S e g u n c fo a l iç ã o , co m o a s p e sso a s p o d e rã o c o n s ta ta r que crem o s em D eus de todo co ração?
C O N C LU SÃ O
Sabem os que o se r hum ano está v ivo porque ele tem ativ idade cerebral in tacta , os pu lm ões fu n cionam ro tine iram ente , o coração bom beia o sangue, irrigando todoo co rpo . Isto é, o corpo hum ano está se m o v im en tan d o n a tu ra lm ente. Da m esm a fo rm a é a fé . Um a fé v iv a em Deus a través do seu F ilho , Je su s C ris to , ju s t if ic ao hom em de todo o pecado (Rm 5.1; Tg 2.18-25). Mas uma fé sem o b ra s e s tá m o rta ! É com o um corpo hum ano que não tem v id a . Não resp ira m ais . Que possam os v iv e r todas as im p licaçõ es reais de nossa crença em D eus.
S IN O P S E D O T Ó P IC O (3 )
“ Se não h o u ve r o b ra s de m ise ricó rd ia , am or, honestidade e ca rin h o ao p róx im o
a n ossa fé e s ta rá m orta , sep u lta d a ." E lieze r de Lira
L iç õ e s B íb l ic a s 5 3
V O C A B U LÁ R IOA ntagon ism o: P rin c íp io ou tendência contrária; oposição. Distinta: Que não é igual; d iferenteImolar: Matar em sacrifíc io a Deus.Ignomínia: Grande desonra inflig ida por um ju lgam ento público; degradação social; opróbrio.
BIBLIOGRAFIA SUGERID A
STRONSTAD, Roger; ARRINGTON, French L. (Eds.) Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. 2.ed . Rio de Janeiro : CPAD, 2004 .STO T T , Jo h n . C ris t ia n ism oEquilibrado. Rio de Jan e iro : CPAD, 2009 .
SAIBA MAISR evista Ensinador C ristão
CPAD, n° 59 , p .3 9 .
Subsídio Teológico
‘‘Somos ensinados a considerar a fé constitu ída de m era especu lação e co n hec im en to com o sendo de dem ônios: ‘ Tu c rê s que há um só D eus? Fazes bem ; tam bém os dem ônios o creem e estrem ecem ’ (v. 1 9).O e xem p lo de fé que o apósto lo aqui escolhe m encionar é o primeiro princíp io de toda re lig ião : ‘ Tu c rê s que há um só D eus , contra os ateus; e que há som ente um Deus, contra os idólatras; fa zes bem : até aqui está tudo bem. Mas se descansares aqui, e assum ires uma boa opinião de ti m esm o, ou do teu estado diante de Deus, m eram ente por conta do teu crer nele, isso vai te tornar m iserável no fina l: os dem ônios o creem e e stre m ecem . Se tu te contentas com um mero consentim ento com os artigos de fé, e algum as especulações sobre e le s , até esse ponto os dem ônios vão . E como a fé e o conhecim ento que eles têm só serve para exc ita ro horror, assim em pouco tempo o fará a tua fé ’. A palavra estrem ecer é geralm ente considerada como tendo um bom efeito sobre a fé; mas aqui deve ser entendida com o um efeito negativo, quando é aplicada à fé dos dem ônios. Eles estrem ecem , não por reverência, mas por ódio e oposição àquele Deus em quem eles creem . Recitar aquele artigo da confissão de fé : Creio no Deus Pai e Todo-Poderoso não vai nos d istinguir dos dem ônios no final, a não ser que nos entreguemos a Deus agora com o o evangelho nos orienta, e o am em os, e tenham os p razer nele, e o sirvam os, o que os dem ônios não fazem e não podem faze r (HENRY, Matthew. Comentário Bíblico Novo Testamento: A tos a A poca lip se . 2 .ed . Rio de Janeiro : CPAD, 2010 , p .836).
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I
R ESP O S T A S D O S EX E R C ÍC IO S
1. Ela se achará morta.2 . A concepção de fé apresentada na Epístola de Tiago é a confiança em Deus: “Tu crês que há um só
Deus?” (v. 19).3 . A verdadeira fé, porém, m anifesta-se na prática coerente do servo de Deus com tudo aquilo em que
ele diz crer.4 . A disposição de Abraão em entregar o seu filho a Deus e de Raabe em esconder e proteger os esp ias.5 . À medida que os meus atos em relação a elas revelarem o am or
do Criador.
5 4 L i ç õ e s B íb l ic a s
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO IISubsídio Bibiiológico
"Neste serm ão [do Monte] - que Lord Acton defin iu com o a ve rd adeira revelação de um a sociedade m oralm ente n o v a - o Senhor Je su s con trasta ideias esp iritua is que sustentam a conduta m oral adequada, com as exig ênc ias m eram ente exte rio res da lei. Ele ensina que a ira que tra z como fruto o assass in ato é errada; que a reconciliação com um irm ão é m ais essencia l do que o desem penho de atos exterio res de adoração ; que o cu ltivo de pensam entos lasc ivos tornam as pessoas tão culpadas quanto à prática do próprio adultério ; que seus seguidores devem se r extrem am ente com prom etidos com a verdade , a ponto de os ju ram en to s tornarem -se d esn ecessário s ; que a v ingança é m aligna ; que os in im igos, assim com o os am igos e benfe ito res, devem receber nosso am or; que destacar os defeitos da v id a dos outros, e ten tar rem odelar a v id a destes de form a introm etida, e tudo isto através de um a atitude de censu ra , são rep reensíve is ; que o exe rc íc io da piedade com o a doação de esm olas, as orações, e o je ju m devem ser destitu ídos de ostentação ; que o cristão só pode ter um Senhor.
M uitas passagens notáve is podem ser destacad as neste se rm ão . E x istem as parábo las que fa lam da luz in te rio r (Mt 6 .2 2 ,2 3 ) , e das duas casas (Mt 7 .2 4 -2 7 ). A oração do Senhor, c itad a por M ateus, em sua p rim e ira seção trata dos deveres para com D eus, e, na sua seg u n da, tra ta dos deveres para com o p ró x im o . O Senhor Je su s preparou este m odelo a p a rtir de um con texto ju d a ico , dando um exem p lo de com o a a lm a , m esm o com poucas p a lav ra s , pode fa la r com Deus [ . . .] .
A ‘regra áu rea ’ (Mt 7.1 2) foi assim cham ada no sécu lo XVIII por R ichard G od frey e Isaac W atts. W illian Dean H ow ells em seu rom ance S ila s Lapham (1 9 8 5 ) usou esta frase que agora nos é fam ilia r. Este p rincíp io de recip rocidade , que de acordo com W esley é recom endado pela p rópria co n sc iên c ia hum ana, tornou-se a base do s is tem a ético de John Stuart M ill. Este p rinc íp io tam bém é refletido na a firm ação de Kant de que a p essoa deve ag ir com o se sua regra de conduta e stive sse d estin ad a - pela fo rça de sua vontade - a se to rn a r um a lei u n ive rsa l da n atu reza . A d ife rença entre a ordem categ ó rica de Kant e a ‘regra áu rea ’ de C risto é que a ordem de Kant não tem conteúdo , enquanto C ris to resum e o conteúdo da segunda tábua da lei m oral de D eus. O Senhor Je su s C ris to exem p lifico u a ‘regra áu rea ’na parábo la do Bom Sam aritano (Lc 1 0 .2 5 s s .) ” (PFEIFFER , C harles F.; VOS, H ow ard , F, Dicionário Bíblico Wycliffe. 1. ed . Rio de Jan e iro : CPAD, 2 0 0 9 , p .l 8 03 -0 4 ).
L i ç o e s B íb l ic a s 5 5
L ição 824 de Agosto de 2014
O C u i d a d o c o m a L í n g u a
■_. . ..... ....
.
TEXTO AUREO’’Porque todos tropeçam os em m uitas
co isas. Se alguém não tropeça em pa la vra , o tal varão é perfe ito e poderoso para
tam bém re fre a r todo o co rpo ” (Tg 3.2).im
VERDADE PRATICA
A nossa língua pode d estru ir v id as ,.portanto , se jam os cu idadosos como que fa lam os.
L E IT U R A D IA R IA
Segunda - SI 12.3 A soberba da língua
Terça - Pv 6.16-19 A língua m entirosa
Quarta - Si 1 5.3 A língua d ifam adora
Quinta - SI 34.1 3Guarde a língua do mal
Sexta - SI 66.16,1 7Exaltem os a Deus com a nossa língua
S á b a d o -S I 1 19.172A nunciando a Palavra de Deus
5 6 I .ic õ e s B íb l ic a s
LEITU R A BÍBLICA EM CLASSE Tiago 3.1 -1 2
1 - M eus irm ã o s , m u ito s de vós não se jam m e stre s , sabendo que receberem os m a is duro ju ízo .2 - Porque todos tropeçam os em m u ita s c o i s a s . Se a lg u é m não tropeça em p a lavra , o ta l varão é perfe ito e poderoso p a ra tam bém re fre a r todo o corpo.3 - O ra, nós pom os fre io nas bocas dos cava los, p a ra que nos obedeçam ; e consegu im os d ir ig ir todo o seu corpo.4 - Vede tam bém a s n a u s que , sendo tão g ra n d es e levadas de im petuosos ventos, se v iram com um bem pequeno lem e pa ra onde qu er a vontade daquele que a s governa .5 - A ssim tam bém a língua é um p eq u en o m e m b ro e g lo r ia -se de g ra n d es co isas. Vede quão g rande bosque um pequeno fogo incendeia.6 - A língua tam bém é um fogo ; com o m undo de iniquidade , a língua está posta en tre os n o sso s m em bros, e contam ina todo o corpo , e in flam a o cu rso da n a tu reza , e é in flam ada pelo in ferno .7 - Porque toda a na tu reza , tanto de bestas-feras com o de aves, tanto de rép te is com o de an im ais do m ar, se am ansa e fo i dom ada pela na tu reza hum ana;8 - m as nenhum hom em pode dom a r a língua. É um m al que não se pode re fre a r ; está cheia de peçonha m orta l.9 - Com ela bend izem os a Deus e Pai, e com ela am ald içoam os os hom ens, fe itos à sem elhança de D eus:
I 10 - de um a m esm a boca procede | bênção e m ald ição . M eus irm ãos,
não convém que isto se faça assim .
Í 1 1 — Porventura , deita algum a fonte de um m esm o m anancia l água doce
/ e água am argosa?12- M eus irm ã os , pode tam bém a figu e ira p ro d u z ir azeitonas ou a vide ira , figos? A ss im , tam pouco pode um a fonte d a r água sa lgada e doce.
Prezado p ro fesso r ; dando prosseguim ento ao estudo da Ep ísto la de Tiago, hoje aprenderem os um tem a a tua l e bem re levan te — o cuidado que devem os te r com a nossa língua. Tiago fa z dos p rim e iro s versícu lo s do ca p itulo trê s um verdadeiro tra tado a respeito da d iscip lina da língua. Porém , este a ssun to é d e sta q u e em toda a ep ís to la . O b se rve os segu in tes textos da ep isto la : 1 .19 , 26 ; 4 .1 1 ,1 2 ; 5 .12 . Sabem os que a língua é um pequeno m em bro do nosso corpo , todavia seu p o d er é sem p re am bíguo. S im , a lingua tem poder para co n stru ire pa ra destru ir, p o r isso , ela p rec isa se r con tro lada pelo Esp írito Santo . Sozinhos não consegu irem os re fre a r nossa língua e som ente utilizá-la para g lória de D eus. P recisam os da a juda do Criador. Segundo Tiago, o hom em que dom ina esse pequeno órgão é um hom em perfe ito , com a capacidade de tam bém re fre a r a s dem ais p a rte s do seu corpo .
IN TERA ÇA O
OBJETIVOS
Após a au la , o a luno d everá esta r apto a:
A nalisar a re sp o n sa b ilid a d e dos m estres na igreja .
Conscientizar-se a respeito da ca pacidade da nossa língua.
Rejeitar a possib ilidade de alguém utilizar a língua de modo am bíguo.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, reproduza o esquem a da página seguinte no quadro. Depois,
utilizando-o , ressalte as caracte rísticas de quando a nossa fa la é m otivada pelo Diabo. Em seguida ressa lte as caracte
rísticas da língua quando ela é contro lada por Deus. Enfatize os danos te rríve is
que uma língua descontro lada pode causar na fam ília , na igreja e no am bien
te corporativo . Conclua explicando que no dia do Ju ízo , teremos que dar conta ao nosso Senhor de toda palavra ociosa proferida pela por nós. Leia com os alunos o
texto de Mateus 1 2 .36 .
I
L i ç õ e s B í b l ic a s 5 7
IN T R O D U Ç Ã ON essa lição verem os o quan
to o crente deve se r cu id ad oso na m aneira de fa la r com os o u tro s . Tem a do terce iro c a p ítu lo da e p ís to la ,o m e io - irm ã o do S e nhor escreve sobre um p eq u en o m em b ro do nosso corpo : a língua.Este acanhado , m as poderoso órgão hum ano, pode d estru ir ou ed ifica r a v id a das p esso as.Por isso , a nossa língua d e v e s e r c o n t ro la d a pelo E sp ír ito San to a fim de serm os canais de bênçãos para aqueles que nos ouve.
I - A SERIEDADE DOS M ESTRES (Tg 3.1,2)
1. O rigor com os mestres.A palavra hebraica para mestre é rabbi, cujo significado é “meu m es
PALAVRA-CHAVE
Língua:Ó rgão m u scu la r , s itu a d o na boca
e na fa rin g e , re sp o n sá ve l pelo
p a la d a r e a u x ilia r na m a stig a çã o ,
na deg lu tição e na p ro d u çã o de so n s .
tre” . Os m estres eram honrados em toda a com unidade ju d a ica , gozando de grande respeito e prestígio. Na realidade, o ofício rabínico era um a das posições mais alm ejadas pelos ju d e u s , pois era notória a in flu ên c ia dos m estres sobre as
pessoas (Mt 23.1 -7). Daío porquê de muitos am bicionarem tal posição. E é exatam ente alarm ado por isso que Tiago inicia então o cap ítu lo trê s , referindo-se aos que acalentavam essa aspiração, v isando obter prestígio, privilégio e fam a, a que tivessem cuidado (v. 1 ). A n te s de a lm e ja rm o so m in istério da Palavra
devem os estar cônscios de nossa responsabilidade e de que um dia o A ltíssim o nos pedirá conta dos atos e dos talentos a nós d ispensados.
2. A seriedade com os mestres na igreja (v.l). Em Mateus 5 .1 9 lem os sobre a ad ve rtên c ia de Je su s quanto à seriedade e a
N O S SA FA LA
Q uando a fa la é m otivada p a r Satan ás
Está ch e ia de:
Amargo ciúme;
Am bição egoísta; Preocupação e desejos terrenos;
Pensamentos e ideias não espirituais; Desordem;
Males.
Q uando a faBa é m o tivada por D eus
V___
Está ch e ia de:
Pureza;Paz;
Consideração pelos outros; Submissão;
Misericórdia;
Sinceridade.
Extra ído da Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, CPAD, p. 1 756 .
■ H n B B H N n H H
5 8 L i ç õ e s B íb l ic a s
fide lidade dos d isc ípu lo s no ensino do Evangelho. Devido a sua im portância, Jesus estabeleceu o ensino como um meio de propagar o Evangelho a toda criatura e, assim , ordenou a sua Igreja que fizesse seguidores do Caminho pelo mundo (Mt 28.1 9 ,20 ). É interessante notarmos o paralelo que Tiago faz em relação à advertência proferida porjesus em tempo anterior: Quem foi vocacionado para ser mestre não pode ter o “espírito” dos fariseus, mas o de Cristo (Mc 1 2.38-40).
3. Perfeição que dominao corpo (v.2). Quem dom ina ou controla a sua língua, sem com eter d e lito s (e xce sso s , d esco n tro les , ju lgam entos precip itados, d ifam ações, etc.), sem dúvida, é “perfeito ”. O controle da língua sign ifica que a pessoa tem a capacidade de contro lar as dem ais áreas da vida, pois a língua é poderosa “para tam bém refrear todo o corpo”. Quem tem dom ínio sobre a língua, tem igualm ente o coração preservado, pois a boca fala do que o coração está cheio . Discipline-se! Faça um p ro pó sito com Deus e consigo m esm o : não em p reste os seus lábios para faze r o mal.
SINOPSE D O TÓ PICO (1)
A língua é um pequeno órgão do nosso corpo, porém seu poder é comparado a um fogo destruidor.
RESPO NDA
7. Q ual é a p a la v ra h eb ra ica u tiliza d a p a ra m e stre ? Q ual é o seu s ig n ifica d o ?2 . D e v id o a su a im p o r tâ n c ia , com o Je su s e sta b e leceu o en sino?3. O que s ig n ifica o con tro le da lín g u a ?
II - A CAPACIDADE DA LÍNGUA (Tg 3.3-9)
1. As pequenas coisas nogoverno do todo (vv.3-5). Tiago faz uma analog ia acerca da nossa capacidade de usarm os a língua. Ele rem ete-nos ao exe m p lo do leme dos nav ios e do fre io dos ca va lo s . A p esar de ta is ob jetos serem pequenos, porém , são fu n dam entais para contro lar e d irig ir tran sp o rtes g randes e pesados. A s s im , o ap ó sto lo nos m o stra que, apesar de pequena, a língua * é capaz de rea liza r grandes em- | p reendim entos — ed ificantes ou d e stru tivo s . Com o um pequeno : m embro é capaz de “acender um bosque in te iro”? r
2 . “A língua também é um ‘ fogo” (vv.6,7). Quantas pessoas não frequentam m ais as nossas reu n iõ es porque fo ram fe r id a s com palavras? Você já se fez essa pergunta? É p reciso u sa r nossa língua sab iam ente , pois “a m orte | e a v id a estão no poder da língua [ . . . ] ” (P v 1 8 .2 1 ) . G ran d e parte dos incêndios nas flo restas in icia através de um a pequena fagu lha. T o d a v ia , e ssa fa ís c a a la s tra -se podendo d estru ir grandes áreas de vegetação . Da m esm a fo rm a, são as pa lavras por nós pronunciadas. Se não forem proclam adas com bom senso , m uitas tragéd ias podem acontecer.
3. Para dominar a língua. Ainda no versícu lo sete, Tiago faz o u tra ilu s tra çã o em re lação ao tem a do uso da língua. Ele m ostra | que a natureza hum ana conseguiu dom ar e adestrar as bestas-feras, as aves, os répteis e os anim ais do mar. Mas a língua do ser humano até hoje não houve quem fosse
L iç õ e s B íb l ic a s 5 9
cap az de d o m in ar. Por esfo rço próprio o homem não terá forças para dom ar o seu desejo e as suas vontades. Mas quando Deus passa
I a nos governar, a língua do crente de ixa de ser um órgão de destru ição e passa a ser um instrum ento poderoso e ab enço ad or, usado para o louvor da glória do Eterno. A fim de dom inar a nossa língua, devem os entregar o nosso coração inteiram ente ao Senhor, “Pois do que há em abundância no coração, d isso fa la a boca” (Mt 1 2 .3 4 ).
SINOPSE D O TÓ PIC O (2)
A p re n d e m o s com o m eio- -irmão do Senhor que em bora a
i lín g u a se ja um pequeno órgão f do nosso co rp o , ela tem poder I para ed ifica r e d estru ir pessoas e I institu ições. Precisam os subm eter
este pequeno órgão ao Criador.
RESPONDA
4 . Seg u n d o a liçã o , o que d eve m o s fa z e r a fim de d o m in a r a n o ssa lín g u a ?
III - N Ã O PO D EM O S AGIR DE D U PLA M ANEIRA
(Tg 3.10-12)
1. Bênção e m a ld ição (v.10). T ia g o até reco n h ece a possib ilidade de alguém usar a língua de modo am bíguo. Entretanto, deve a m esm a língua que expressao am o r a D eu s , d e ixa r-se u sa r para destru ir pessoas? Apesar deo meio-irmão do Senhor d ize r que tudo que existe obedece sua própria natureza, se experim entam oso novo nascim ento, tornam o-nos uma nova criação , isto é, adqu irimos outra natureza. Esta tem de ser m anifesta em nosso falar e agir.
Portanto, se você foi transform ado pela graça de Deus m ediante a fé de C risto , a sua língua não pode ser um instrum ento m aligno . A fo foca , a m entira , a ca lú n ia e a d ifam ação são obras carnais e não podem ter lugar em nossa v ida .
2. Exemplos da natureza (vv. 11,12). O líder da igreja de Jerusalém usa dois exem plos da natureza para apontar a incoerência de agirmos duplamente. Tiago questiona a possibilidade de a fonte que jo rra água doce jo rra r igualmente água salgada. Para provar a impossibilidade natural deste fenômeno, o meio-irmão do Senhor pergunta, de maneira retórica, se uma figueira poderia produzir azeitonas, e a videira, figos. Naturalmente, a resposta é um sonoro não! Portanto, a pessoa que bendiz ao Senhor não maldizo próximo. Se Deus é amor, como podemos odiar alguém?
3. Uma única fonte. Aquele que bebe da água da v id a não pode fazer jo rra r água para morte. Quem bebe da água lim pa do C risto de Deus não pode transbordar água su ja . Portanto, a palavra proferida por um d isc ípu lo de C risto deve ed ificar os irm ãos, dar graça aos que ouvem e sa rar quem se encontra ferido .
SINOPSE D O TÓ P IC O (3)
Com o se rvo s de D eus, não podem os u t il iz a r n o ssa lín g u a para exp ressar pafavras de adoração ao Senhor e em seguida utilizá- -la para destru ir o nosso próxim o.
RESPO NDA
5 . De a co rd o com S a lo m ã o , o que são as p a la v ra s da boca do hom em (Pv 18.4)7
6 0 L i ç õ e s B íb l ic a s
CO N C LU S Ã OUma ve z Salom ão d isse que
a boca do ju s to é m anancial de v id a (Pv 1 0.1 1), e que as pa lavras da boca do hom em são ág u as p ro fu n d as (Pv 1 8 .4 ) . Tom em os
o devido cuidado com a m aneira com o usam os a nossa língua. Não esqueçam os que, no d ia do Ju ízo , darem os conta a Deus de toda palav ra ociosa pro ferida pela nossa boca (Mt 1 2 .3 6 ).
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
ARRINGTO N , French L; STRON- STD (E d s .) . Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Vol. 2. 4 .ed . Rio de Jane iro , CPAD, 2 0 0 9 .
SAIBA MAISR ev ista Ensinador C ristão
CPAD, n° 59 , p .3 9 .
R ESP O ST A S D O S EX E R C ÍC IO S
1 . A p a lavra heb ra ica para m estre é ra b b i, cu jo s ig n ific a d o é
“meu m estre ” .2 . Jesus estabeleceu o ensino como um meio de propagar o Evangelho a toda criatura e, assim , ordenou a sua Igreja que fizesse seguidores do caminho pelo mundo (Mt 28.1 9,20).3 . O controle da língua significa que a pessoa tem a capacidade de controlar as demais áreas da vida, pois a língua é poderosa “para também
refrear todo o corpo". 4» A fim de dom inara nossa língua,
devemos entregar o nosso coração inteiramente ao Senhor, “pors do que há em abundância no coração, disso
fala a boca” (Mt 1 2.34). 5 . As palavras da boca do homem
são águas profundas (Pv 1 8.4).
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICOSubsídio Teológico
“Tiago em prega duas m etáforas para d escrever a habilidade da língua em ‘refrear todo o corpo’ —o freio nas bocas dos cavalos e o leme no navio . Nos dois exem plos, qualquer uma das m enores partes é capaz de contro lar a direção e as ações de todo conjunto . No entanto, a relação entre a língua e o resto do corpo é d iferente daquela de um freio com o cavalo ou de um leme com o navio ; ela não contro la d iretam ente as ações de uma pessoa. Devido à im perfeita adaptação dessa analogia, alguns com entaristas sugeriram que Tiago está estendendo sua d iscussão ao papel dos professores da Igreja. É a lín g u a ’ do mestre que controla todo o ‘corpo’ da Igreja. Porém, a principal preocupação de T iag o n essa seção da ca rta está d irig ida às atitudes ind iv iduais dos cren tes , e não à v id a co le tiva da Igreja (um a questão que ele analisa em 5.1 3-20). A ssim sendo, [ ...] pode ainda estar fazendo um a ilustração da ideia dos ensinam entos de Jesus quando d iz que ‘do que há em abundância no coração, d isso fala a boca’ (Mt 1 2 .3 4 ; Tg 3.1 0), onde o desejo do indeciso coração humano profere tanto a bênção quanto a m ald ição)’’ (ARRINGTON, French L; STRONSTD, Roger. (Eds.), Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Vol. 2. 4 . ed. Rio de Jane iro , CPAD,2 0 0 9 , pp. 873-74).
L i ç õ e s B í b l i c a s 61
r a t u m ;
Lição 931 de Agosto de 2014
% I B m f r i f c
A V e r d a d e i r a S a b e d o r i a se M a n i f e s t a n a P r á t i c a
wTOMT
TEXTO AUREO
“Quem dentre vós é sábio e inteligente?5 Mostre, pelo seu bom trato , as suas obras í em mansidão de sabedoria” (T g 3.13).
VERDADE PRÁTICA
A verdadeira sabedoria não se m an ifesta na v ida do crente a través do d iscu rso , mas das obras.
wm üfe W&rm.i S B
HINOS SUGERIDOS 7 65, 225, 499
LE IT U R A DIAREA
Segunda - 2 Cr 9.22O rei mais sábio do m undo
Terça - Jó 28.28Sabedoria e in te ligência
Quarta - SI 111.10; Pv 9.10O princíp io da sabedoria
Quinta - Dn 2.20,21Deus é o dono da sabedoria
Sexta - Lc 2.52Je su s cresceu em sabedoria
Sábado - Cl 4.5Sabedoria para com “os de fo ra”
6 2 L iç õ e s B íb l ic a s3
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L E I T U R A B ÍB L IC A EM C L A S S E
Tiago 3=13 18
1 3 - Quem den tre vós é sábio e inteligente? M ostre, pelo seu bom tra to , a s su a s o b ra s em m ansidão de sabedoria .
14 - M as, se tendes am arga inve ja e sentim ento faccio so em vosso co ra çã o , não vos g lo rie is , nem m in ta is contra a verdade.
1 5 - Essa não é a sabedoria que vem do alto , m as é te rre na, an im al e d iabólica .
16 - Porque, onde há inveja e esp írito faccioso , a í há p ertu rbação e toda obra p e rve rsa .
1 7 - M as a sa b e d o r ia que vem do alto é, prim eiram ente, p u ra , depois, pacífica , m oderada , tra táve l, cheia de m isericó rd ia e de bons fru to s , sem parcia lidade e sem h ipocrisia .
18 - O ra, o fru to da ju s t iç a sem eia-se na paz, pa ra os que exercitam a paz.
\
INTERAÇAONa lição de hoje estudarem os a respeito das duas sa b ed o ria s a p resen ta d as p o r Tiago — a que vem do a lto e a te rren a . O meio- -irm ão do Sen hor dá in ício a este tem a com a segu in te indagação : “Quem den tre vós é sábio e inteligente?’1 A tualm ente vivem os na sociedade da inform ação,' do conhecim ento, m as se ria este tipo de conhecim ento a que Tiago se re fe re ? Certam ente que não. Tiago estava querendo m o stra r que o verdadeiro sábio é reconhecido p o r su a s o b ra s , ações. Parece que os le ito re s do m eio-irm ão do Senhor estavam contam inados pelo orgulho do conhecim ento. A a ltivez destes deu lugar à inve ja am argu rada , a am bição egoísta e a sen tim en tos fa cc io so s. Que venham os b u sc a r a v e rd a d e ira sa b e d o ria que nos a juda a p ro d u z ir fru to s de ju s t iç a p a ra Deus e que prom ove a un idade da Ig re ja .
O B JE T IV O S
Após a au la , o aluno deverá esta r apto a:
Conscientizar-se de que a nossa conduta pessoal demonstra se a nossa sabedoria é humilde ou demoníaca.
Mostrar que onde prevalecem a inveja e sentimento faccioso , prevalece tam bém o mal.
Analisar as qualidades da verdadeira sabedoria .
'-------------------------------------------------■>O R IEN TA Ç Ã O PED A G Ó G IC A
Professor, providencie cópias do quadro da página seguinte para os alunos. D istribua as cópias e introduza a lição com a seguinte indagação: “Quem den tre vós
é sáb io e in te lig en te?"O u ça os alunos com atenção. Em seguida explique que
de acordo com os ensinos de Tiago, sábio é aquele que apresenta “bom trato com os outros" e “obras de m ansidão”.
Após, utilize o quadro para m ostrar o que é a verdadeira sabedoria e os
benefícios que ela traz para nossas vidas e para a Igreja. Conclua mostrando os
resultados nefastos da sabedoria diabólica para a igreja e para seus m em bros.
I
L iç õ e s B íb l ic a s 6 3
IN TR O D U ÇÃ ON essa lição a p re n d e re m o s
que obter inform ação, ou conhecimento intelectual, não sign ifica adqu irir sabedoria . A lgum as pessoas são bem in te lig e n te s , m as ao m esm o tem po in a p ta s p ara re la c io n arem -se com o u tra s pessoas. Hoje estudaremos a sabedoria como a habilidade de exercer um a ética correta com v is tas a praticar o que é certo. Verem os a pessoa sáb ia com o alguém que se m ostra m adura em todas as c ircu n stân c ias da v ida , pois é no cotidiano que a sabedoria do crente deve se m ostrar.
I - A C O N D U TA PESSOAL D EM O N STR A SE A NOSSA SABEDORIA É DIVINA O U D EM O N ÍACA (Tg 3.13-15)
!. Sabedoria não se mostra com discurso (v. 13). Segundo as Escrituras, quem é sábio? De acordo com o que nos ensina Tiago, é
PALAVRAS-CHAVE
Sabedoria do Alto:Nesta lição , este tipo de sabedoria ca ra c
teriza-se pela capacidade de co n v ive r de fo rm a ín tegra , ética
e respe ito sa p a ra com todos.
aquela pessoa que apresenta “bom trato com os outros” e “obras de m ansidão”. Note que os conceitos de sabedoria, conforme expostos no texto , apenas podem ser provados pela prática. Quem se ju lga sábio e inteligente, para fazer ju s aos termos, deve dem onstrar sabedoria e
t habilidade na vida diária, tanto para com os de dentro da igreja, quanto para com os de fora.
2. Inveja e facção (v. 14). Se para ocupar a posição de m estre a pessoa for m otivada pela inve ja , ou por um se n t im e n to fa c c io so , de nada va lerá o ensino por ela m in istrad o . O
que Tiago apresenta na passagem em estudo não d iz resp e ito ao conteúdo m inistrado pelo m estre, mas à postura soberba e arrogante adotada por ele ao m inistrá-fo. As in fo rm ações podem até se r corretas e o rtodoxas, mas a postura adotada pelo m estre lançará por terra , ou não, o d iscu rso por ele proferido. O m estre , por vocação , co m p re e n d e a su a p o s içã o de servo . Ele gosta de estar com as
A V E R D A D E IR A S A B E D O R IA X A S A B E D O R IA T E R R E N A E D IA B Ó L IC A
A p e s s o a q u e te m s a b e d o r ia d o a lto B e n e f íc io s d a s a b e d o r ia d o a lto
É amorosa Vida longa e prósperaÉ fiel Tem o favor de Deus e das pessoas
Coloca Deus em primeiro lugar Boa reputaçãoSabe discernir o certo e o errado Bom julgamento
Ouve e aprende SucessoFaz o que é certo Riqueza, honra, prazer e paz
R e s u lt a d o s d a s a b e d o r ia t e r r e n a , a n im a l e d ia b ó lic a
Orgulho ■ Inveja » Espírito faccioso ■ Perturbação ■ Ciúme « Obras perversas
Adaptado da Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, CPAD, p. 83-8.
6 4 L iç õ e s B íb l ic a s
pessoas. A ss im , naturalm ente, ele ensinará o aluno com e fic iênc ia , m as p rin c ip a lm en te , com o seu exem plo e respeito (Mt 23 .1-39 ).
3. S a b ed o ria do a lto e sabedoria diabólica (v. 1 5). A fonte da verdadeira sabedoria é o tem or ao Senhor (SI 5 1 .6 ; 111.1 0 ; Pv 9 .1 0 ). Mediante a nossa reverência e confiança depositada no A ltíssim o , o próprio Deus concede- -nos sa b e d o ria para v iv e rm o s . Mas não podem os nos esquecer da fa lsa sabed oria . Esta , afirm a- -nos T iago , é “terrena”, “an im a l” e “d iabó lica” , pois não ed ifica , mas destrói; não une, mas d ivide; não é hum ilde, mas soberba. É na arena da prática que a nossa conduta pessoal dem onstrará o tipo de sabedoria que obtem os — se do alto ou se terrena. Deus nos guarde da fa lsa e d iabó lica sabedoria!
SINOPSE D O TÓ PICO (1)
A sabedoria do a lto , d iv ina , é evidenciada por nossas ações.
RESPONDA
7. Segundo a s E sc r itu ra s , quem é sáb io?2 . Q ual é a fon te da ve rd a d e ira sa b ed o ria ?
II - O N D E PREVALECEM A INVEJA E SEN TIM EN TO
FACCIOSO, PREVALECE TA M BÉM O M A L (Tg 3.16)
1. A maldade do coração hum ano. “Quem q u ise r se r rea lm ente o m aio r deve tornar-seo m enor de todos, e aquele que dese jar o lugar de governo tem de se apresentar como servo” . É o que ensina o Sen h o rje su s nos Evangelhos (Mt 20 .25-28 ; Mc 1 0 .42-45 ; Lc
22 .24 -27 ). A pesar de a vaidade e a am bição serem sentim entos que despertam desejos latentes no ser hum ano (Pv 17 .20 ), os d iscípu los i de C risto não podem perm itir que j ta is desejos os dom inem .
2 . A inveja e a facção instauram a desordem. Jesus de Nazaré Ü sabia desde antemão que a vaidade j dom inaria o coração de muitos dos [ seus seguidores. Por isso Ele ensi- 1 nava tal realidade nos Evangelhos, jí A Epísto la de Tiago relata exata- * mente os problemas anteriormente abordados por Jesus. Nos dias do §j meio-irmão do Senhor, a “ inveja” eo “espírito faccioso” assolavam as igrejas locais (Tg 3.1 6). A tualm ente, m uitos são os prob lem as d essa natureza em nossas ig re jas. In ju stiças e perseguições ocorrem em nossas com unidades até m esm o em nome de Deus, quando sabemos que o Senhor nada tem com tais atitudes (Jr 23 .30 -40 ).
3. Obras perversas. Com o é do conhecim ento de cada sa lvo em C ris to , onde há “in ve ja ” e “e s pírito facc io so ”, o mal im pera . Em um am biente onde a perversidade e a m align idade estão p resen tes, m uitas pessoas “ad o ecem ” e até “m o rrem ” e sp ir itu a lm e n te (1 Jo3 .1 5 ). M aldades contra o irm ão , m entiras con tra o p ró x im o , m exe r ico s e fa la tó r io s , en fim , são a t itu d e s q ue as p e s s o a s que passam a freq u en ta r um a igre ja loca l, natu ra lm ente , esperam não l encontrar. Ta is p rob lem as lista- ; dos ac im a podem fac ilm ente se r ! ev itados (Rm 2 .1 7 -2 4 ). Depende ap enas de cada um o lh a r para i Je su s , dep o is para si m esm o e in ic ia r um processo de correção I de suas im perfe ições e m ás ten- I d ên c ias . Ag indo a ss im , o Senhor J
L i ç õ e s B íb l ic a s 6 5
certam ente d isp en sa rá sabedoria para o nosso bem v ive r (Tg 1.5-8).
SINOPSE DO TÓ PICO <2)
Onde a sabedoria te rrena e d iabólica im pera, há inveja , esp írito faccioso , perturbação e toda obra m aligna.
RESPONDA
3. O que im pera onde há “in ve ja " e “e sp írito fa cc io so ”?
III - AS Q UALIDADES DA VERDADEIRA SABEDORIA
(Tg 3.17*18)
1. C a r a c t e r ís t ic a s d a v e r d a d e ira s a b e d o r ia . O objetivo de Tiago em c lass ifica r as d iferenças
* entre a sabedoria que vem do alto, l e da terrena e dem oníaca, é mos- I tra r que am bas podem facilm ente | ser identificadas através da prática I co tid ian a . A p rim e ira qualidade í da “sabedoria que vem do alto” , I ressaltada pelo líder de Jerusa lém , I é a pureza. O term o é um adjetivo I grego, hagnós, que se refere àquilo I que é “sag rado” , “ca sto ” e “sem I m ancha”. A sabedoria que vem do [ alto é pura, não no sentido huma- I no da palavra , mas algo que vem 1 exclusivam ente de Deus para nós.
2 . M a is s e te c a r a ^ “ *‘í ‘r* : - I c a s . Após asseg u ra r a p rim eira I c a ra c te r ís t ica da sab ed o ria que I procede de Deus, a pureza, Tiago I elenca outras sete: paciência , mo- I deração, conciliação , m isericórdia, I bons fru tos, im parcialidade e ver- : dade. Note que, de algum a form a,
todas têm relação com o autodo- | m ínio, ou com o “dom ínio próprio” [ (Gl 5 .2 2 ,2 3 - ARA). O EvangelhoI adverte-nos a ser m ais hum anos l e parecidos com Jesu s , ou se ja ,
não autoritários, in flex íve is , co lérico s, sem m isericó rd ia , parcia is com as pessoas e m uito m enos m entirosos. Isso porque tais más qua lid ades são p roven ientes da sab ed o ria d em o n íaca , an im a l e te rre n a (Gl 5 .1 9 -2 1 ) . O Sen h o r nos cham ou para o bem (Ef 2.1 0). Procuremos fazer o bem com am or e verdade (Gl 6 .9 ).
3. O fruto da justiça (v. 18). “Bem-aventurado quem tem fom e e sede de ju s t iç a ” (Mt 5 .6 ). Já im aginou essa verdade com preendida e assum ida por cada crente onde quer que este esteja? Já im aginouo tipo de mundo que teríam os se co m p reen d êssem o s as im p lica ções reais dos te rm o s “fo m e” e “sede de ju s t iç a ”? Tiago d iz que o fruto da ju s t iça na v ida do crente deve ser sem eado na paz de Deus. Ele, porém , acrescenta que essa realidade é para os que, sabiam ente , “exercitam a paz” . Em outras palavras, é preciso traba lhar pela paz. Seja sábio , sem eie , portanto,o fruto da ju s t iça e tenha paz!
SINOPSE DO TÓ PICO (3)
A sabedoria que vem do alto é pura, m oderada, m isericord iosa, im parcial e repleta de bons frutos e obras de ju stiça .
RESPONDA
4 . Q ual é a p r im e ira q u a lida d e da “sab ed o ria que vem do a lto ”, re ssa ltad a p o r Tiago?5. Quais são a s sete ca racte rística s da sabedoria que procede de Deus, eiencadas p o r T iago?
CO N CLU SÃ O
A n o s s a c o n d u ta p e sso a l dem onstrará se tem os a “sabedo-
6 6 I j ç õ e s B íb l ic a s
ria do alto’’, que é pura, pacífica , m oderada, tra táve l, cheia de m ise ricó rd ia , de bons fru to s , sem parcialidade e sem h ipocrisia ; ou se som os portadores da terrena, an im al e d iab ó lica , que p roduz in ve ja , e sp írito fa cc io so , perturbação e obras perversas. Qual o tipo de sabedoria está presente em
BIBLIO GRAFIA SUGERID A
R IC H A R D S , La w re n ce O . C o mentário Histórico-Culturai do Novo Testamento. 1 ed.Rio de Jan e iro , CPAD, 2 0 0 7 . ARRINGTO N, French L; STRON- STD (E d s .) . Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Vol. 2 . 4 . ed. Rio de Jane iro , CPAD, 2 0 0 9 .
SAIBA MAISRevista Ensinador C ristão
CPAD, n° 59 , p .4 0 .
RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS
1, De acordo com o que nos ensina Tiago, é aquela pessoa que apresenta “bom trato com os outros” e
“obras de m ansidão”. 2. O tem or ao Senhor.
3. 0 mal. ; A pureza.
S. Paciên c ia , m oderação , co n c iliação , m isericórd ia , bons frutos,
im parcialidade e verdade.
G
sua vida? Fom os cham ados a não tom ar a form a deste presente século , mas para isso precisam os da ' sabedoria do alto . Só assim produzirem os frutos que se coadunam com a sabedoria que vem do alto . Busque a verdadeira sabedoria no Senhor com fé e você será um testem unho v ivo do poder de Deus!
____ \_____
A UXILIO BIBLIOGRÁFICO IS u b s íd io B ib i io ló g ic o
“Sabedoria diabólica Essa fa lsa ‘sabedoria’ é, princi
palm ente, ‘diabólica’ (no grego dai- m oniodes, literalmente ‘dem oníaca’. Utilizando este termo, Tiago não está dizendo que ela seja edo demônio’, no sentindo de ter se originado dele, mas que é ‘dem oníaca’ em sua qualidade. Essa assim chamada ‘sabedoria’ tem sua verdadeira natureza exposta pelo fato de resultar em ‘perturbação e toda obra perversa’ (v. 1 6). Ao invés de ser uma ‘sabedoria’ genuína, é sim plesmente igual à mesma ‘concupiscência’ que ‘dá à luz o pecado’ (Tg 1.1 4,1 5), a respeito do qual Tiago anteriormente já preveniu seus leitores. O retrato que Tiago nos oferece daquilo que é considerado como ‘sabedoria’ pela maioria das pessoas é bastante perturbador, mas precisamos ser cuidadosos para não entendermos sua linguagem erroneamente. Ele não está sugerindo que não exista qualquer coisa boa na humanidade. O problema com essa sabedoria ‘terrena, animal e diabólica’ é que tem sua origem na alma humana. Sendo assim , participados desejos divididos dos ‘inconstantes’; é capaz de fazer o bem, mas também de muitas vezes levar a ‘toda obra perversa’ (ARRINGTON, French L.; STRONSTAD. Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Vol. 2. 4 . éd., CPAD, 2009 , p. 876).
L i ç õ e s B íb l ic a s 6 7
m . ' .Ê
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO IISubsídio Bibliológico
r “As Ações Revelam as Origens da Sabedoria (3 .13-18 )Esse cap ítu lo com eça com Tiago prevenindo contra a soberba
de serm os ensinad ores, e pode estar am pliando esse conceito nos ve rso s 1 3 e 1 4 . A m aneira m ais adequada de dem onstrar que alguém é ‘sábio e in te ligente ’ não é sim p lesm ente colocar-se à frente dos sem elhantes e d iscu rsa r sobre seus conhecim entos, m as através de m ostrar ‘pelo seu bom trato , as suas obras de m ansidão de sabedoria ’. A verdadeira sabedoria esp iritua l som ente poderá se r dem onstrada através da con sistênc ia entre palavras e obras, uma con sistênc ia que não só exp ressa a vontade de Deus, mas que tam bém pratica essa vontade no m undo. Se a m otivação que leva alguém a ser um en sinador fo r ‘am arga inve ja e sentim ento facc io so ’, m ostrará que seus dese jos in terio res , em seu coração , a inda estão d iv id idos e que ela ainda não aceitou a ‘sabedoria ’ com o um dom de Deus. Cabar-se de sua ‘sabed oria ’ , com o sendo um a conqu ista pessoal, é o m esm o que ilud ir a si próprio e ‘m entir con tra a verdade ’ (ARRIN CTO N , French L; STRO N STD , Roger. (Ed s .). Comentário Bíblico Pentecostal Novo
:PAD, 2 0 0 9 , p. 875 ).
6 8 L iç õ e s B íb l ic a s
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VERDADE PRATICA
A re a liza ção hum ana , à parte de D eus, é im p o ss íve l de acontecer, pois a cria tu ra não pode v ive r longe do Criador.
HINOS SUGERIDOS 60, 77, 201
LE IT U R A Dl ARI A
Segunda - Jó 30.1 5 A felicidade passageira
Terça - Cl 2.20-23A frustração advinda dos preceitoshum anos
Quarta - 2 Tm 3.1-5 A d issim ulação hum ana
Quinta - Lc 12.13-21 A insensatez do m ateria lista
Sexta - 1 Tm 6.1 7 A esperança na incerteza das riquezas
Sábado - Ap 3.1 7 A tragédia da autoconfiança hum ana
L iç õ e s Bíb l ic a s 6 9
TEXTO ÁUREO
Lição 1 07 de Setembro de 2014
O P e r i g o d a Bu s c a p e l a A u t o r r e a l i z a ç ã o H u m a n a
"Humilhai-vos perante o Senhor, e ele vos exa lta rá ” (T g 4 .1 0 ) .
Todo s e r hum ano a lm eja se re a liza r p ro fiss iona lm en te , no m in isté rio , em fam ília e n a s d iv e rsa s á rea s da vida. Esta busca é norm al e leg ítim a . Ela fa z com que venham os a traba lh a r, estudar, ca sa r, te r filhos, nos leva a c o r re r em b u sca dos n o sso s sonhos e p ro je to s . Todavia, a rea lização p esso a l se to rna pecado quando ela é colocada acim a de D eus. A Pa lavra de D eus é bem c la ra quanto a is to : “M as b u sca i o Reino de D eus, e a sua ju s t iç a , e todas e ssa s co isa s vos se rã o a c re sce n ta d a s” (M t 6 .33 ). D eus dese ja que venham os te r um a vida abundan te , de rea liza ções , m as não podem os d e ixa r de leva r e a p re sen ta r a Ele todos os n o ssos p ro je to s . Se n o ssos a lvos são a lcan çados, não é p o r m erecim ento p róp rio , m as porque Deus a ssim perm itiu peia sua g ra ça e bondade in fin ita s. Não se ja a rrogan te ou autossuficiente, m as se
íh u m ilh e perante o Senhor e Ele o exaltará .
_ _ _ _ _ _ _ IN TERAÇÃO ”LEITURA BÍBLICA EM CLASSETiago 4.1-10
1 - Donde vêm as g u e rra s e pe le ja s en tre vós? Porven tu ra , não vêm d is to , a sa b er, dos vossos deleites, que nos vossos m em bros g u e rre ia m ?
2 - C ob iça is e nada ten d es ; so is invejosos e cobiçosos e não podeis a lca n ça r; com bate is e g u e rre a is e nada tendes, p o rque não ped is.
3 - Pedis e não recebe is , p o rque ped is m al, p a ra o g a s ta rdes em vossos deleites.
4 - A d ú lte ro s e a d ú lte ra s , não sa b e is vós que a am izade do m undo é in im izade co n tra D eus? Portan to , q u a lq u er que q u ise r s e r am igo do m undo constitu i-se in im igo de D eus.
5 - Ou cu ida is vós que em vão d iz a E sc r itu ra : O E sp írito que em nós hab ita tem ciúm es?
6 - A n te s , dá m a io r g ra ç a . Portanto , d iz : Deus re s is te aos so b e rb o s , dá , p o rém , g ra ça aos hum ildes.
7 - Su je ita i-vos, po is , a D eus; re s is t i ao d iabo , e ele fu g irá de vós.
8 - Chegai-vos a D eus, e ele se ch eg a rá a vós. L im pa i as m ãos, p eca d o res ; e, vós de duplo ânim o, p u rifica i o co ração .
9 - Sen ti a s vo ssa s m isé ria s , e lam enta i, e ch o ra i; converta- s e o vosso riso em p ran to , e o vosso gozo , em tr is te za .
10 - Hum ilhai-vos peran te o Senhor, e ele vos exa lta rá .
OBJETIVOS
Após a au la , o aluno deverá estar apto a:
Analisar qual é a origem dos conflito s e d iscórd ias na v id a do crente e da igreja.
Mostrar que o crente não pode flertar com o sistem a do mundo.
Compreender que a autorealização não pode v ir em prim eiro lugar em nossas v id as .
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, para iniciar o primeiro tópico da lição, escreva no quadro a primeira
parte do versículo um do capítulo quatro de Tiago: “Donde vêm as guerras e pelejas
entre vós?” Peça que os alunos discutam e respondam esta indagação. Em seguida explique que as disputas entre crentes são sempre prejudiciais. Nestas contendas não existem vencedores. Toda a igreja sofre,
pois em geral as discussões e disputas são resultado de desejos egoístas e perversos. Explique que a cura para os desejos egoístas e malignos é a humildade. Encerre
lendo com os alunos 1 Pedro 5 .5 ,6 . j
7 0 L iç õ e s B íb l ic a s
IN T R O D U Ç Ã O
R ea lização p ro fiss io na l, pessoal e o dese jo de um a m elhor q u a lid ad e de v id a são an se io s leg ítim os do ser hum ano. Entretanto , o problem a ex is te quando e sse a n se io to rn a-se um a ob sessão , um dese jo cego , co locandoo Senhor nosso Deus à m a rg e m d a v id a para e leger um ídolo :o so nho p e sso a l. Ao con clu irm os o estudo dessa sem ana verem os que não se pode a b r ir m ão de Deus para rea lizarm os os nossos sonhos, pois os dEle devem esta r em prim eiro lugar!
I - A ORIGEM DOS CO N FLITO S E DAS
DISCÓRDIAS (Tg 4.1-3)
1 . Q u e s e n t im e n t o s s ã o e s s e s ? T ia g o ab re o c a p ítu lo4 p erg un tand o : “Donde vêm as guerras e pele jas entre vó s?”. Em segu ida , responde reto ricam ente : '"Po rven tu ra , não vêm d is to , a sa b e r , dos vo sso s d e le ite s , que nos vo sso s m em bros guerre iam ?” ( v . l ) . A q u i, o líd e r da ig re ja de Je rusa lém denuncia o tipo de sabedoria que estava predom inando na ig re ja : a te rrena , an im al e d ia bólica. Por quê? Ora, entre aqueles crentes havia “guerras e pe le jas” e “ in teresses dos próprios d e le ites”, enquanto os m enos favo recidos estavam à m argem d essas am b ições. Estava nítido que eles não sem eavam a p az .
2 . A o r ig e m d o s m a le s ( T g 4= 2 ). “C o m b a te is e g u e r
PALAVRA-CHAVE
Autorrealização:A to ou e fe ito
de re a liz a r a s i p ró p rio .
i
re a is ” ( v .2) , é a a f irm a ç ã o do m eio-irm ão do Senho r em re la ção àq u e la s ig re ja s . T iag o não m asca ra o que está no co ração h u m an o : a co b iça e a in v e ja . E s tas são as p red ispo siçõ es básicas da n o ssa n a tu re za para d e se n v o lv e r um a a titu d e co m b a tiva e de g u erra co n tra as p e sso as , até
m e sm o em nom e de D eus (Jo 1 6 .2 ) . Quem p ro ce d e a s s im a in d a não entendeu o E van g e lh o e nem m esm o a t in a p ara a v e rd a d e de que Deus não tem c o m p ro m is s o a lg u m
com os d e se jo s e g o ís ta s , m as a ten ta à p u re za e a v e rd a d e ira m o t iv a ç ã o do c o ra ç ã o (1 Sm1 6 .7 ; Lc 1 8 .9 -1 4 ).
3 . O p o rq u ê d e n ã o re c e b e rm o s b ê n ç ã o s (T g 1 .3 ) . O texto sagrado m ostra o porquê de as pessoas que agem assim não receberem as bênçãos de D eus, a p e sa r de m u itas v e z e s ap a re ce rem “ p ro fe ta s ” p ro fe t iz a n d oo co n trá r io . Em p rim e iro lugar, Deus não é um garçom que está d iu turnam ente ao nosso se rv iço . Seg und o , com o v im o s , Ele não têm com prom isso com os nossos in teresses m undanos. E, fina lm ente , quando ped im os, o pedim os m al, pois não é a vontade d iv ina que está em nosso co ração , maso d ese jo eg o ís tico da n a tu re za h u m a n a p e d in d o a D eu s p a ra chancelá-lo .
SINOPSE D O TÓ P IC O (1)
As g u e rra s e p e le ja s entre os crentes são fru tos dos dese jos egoístas e carnais que carregam os em nosso interior.
s
L iç õ e s B íb l ic a s 71
J . T iago a b re o cap ítu lo 4 fa zen do q u a l p e rg u n ta ?
- A BU SCA EG O ÍSTA (Tg 4 .4 , S)
1. Adúlteros e amigos do sistem a m undano (Tg 4.4).Tiago cham a de “adú lteros e ad ú lte ra s ” os c ren te s que fle rta ram com o s is tem a do m undo . Mas a qual s istem a m undano o e scrito r da e p ís to la se re fere? O lhando para o con texto an terio r da passagem em apreço , verem os que T iago se refere às más atitudes (a in ve ja , a cob iça , o de le ite ca rn a l, as pe le jas e as g u erras , isto é, o egoísm o do coração hum ano) que ca racte rizam o s is tem a presente deste m undo . Os que fle rta ram com tal s is tem a fizeram -se in im igos de D eus.
2. “Inimigos de Deus” O S líd e r da ig re ja de Je ru sa lé m fa z
esta a firm ação baseado nas duasi im agens lin g u ís ticas usadas por » ele para co n fig u rar a am izad e dos ; cren tes com o s istem a m undano :
S “ad ú lte ro s e a d ú lte ra s”. Q uando §j T iago usa essas duas im agens, ele |i quer m ostrar que da m esm a form a | que Israe l p rocurou e sta b e le ce r
aco rdos não só com o Deus de A b raão , m as tam bém com Baal, A se ra e outras d iv ind ad es de Ca- naã, os le itores de T iago tam bém
Ip ro cu ra ram e sta b e le ce r tanto a am izad e com o m undo , quanto
7 2 L i ç õ e s B íb l i c a s
com D eus. Todavia , T iago m ostra que a am izad e com Deus e com o m undo, tran sfo rm ará as pessoas em “ in im igas de D eus”.
3. O Esp ír ito tem “c iú mes” (Tg 4.5). O Esp írito Santo que em nós hab ita é ze lo so . Ele éo se lo que m arca-nos com o p rop riedade e x c lu s iv a de Deus (2 Co 1 .2 1 ,2 2 ; 1 Pe 2 .9 ) . No v e rs ícu lo c inco do cap ítu lo q uatro , os le ito res de T iago aparecem com o o ob jeto dos “c iú m es do E sp ír ito ”. Por isso , o au to r sag rad o os co n fronta cham ando-os de “adú lteros e a d ú lte ra s ” . Tal a d v e rtê n c ia é a ad m o estação de D eus para o seu povo . A q u i, tam bém cabe lem b ra r-n o s de um a p ro m e ssa re g is tra d a na P rim e ira E p ís to la U n ive rsa l de Jo ão : tem os um ad vogado ã d estra de Deus (2.1 ,2 ).
SIN O PSE D O T Ó P IC O (2)
Os c re n te s que estão d iv id idos entre a ig re ja e o m undo são d en o m in ad o s por T iag o de “ad ú lte ros e ad ú lte ra s” . O crente ja m a is deve fle rta r com o s istem a do m undo.
R ESPO N D A
2 . Com o Tiq&o denom ina os c re n tes que f le r ta ra m com o s is tem a do m undo?
III - A BU SCA DA A U TO R - R E A LIZ A Ç Ã O (Tg 4 .6 -1 0 )
1. Humilhando-se perante Deus (Tg 4.6,7). Um a v e zadm oestados pelo Espírito Santo, tem os a prom essa de que Ele nos dará “maior graça” . Tal m aior graça é o fato de que “Deus resiste aos soberbos”, mas “dá, porém, graça aos h u m ild es” . Se aco lherm os a
advertência do Senhor, a tão alm ejada realização humana acontecerá de m ane ira com p leta em D eus. Humilharmo-nos diante do Senhor é reconhecermos quem somos à luz da sua admoestação. É acolher com humildade o confronto do Senhor. O arrogante, o soberbo e o ganancioso nunca terão esta atitude e, por isso, serão abatidos. E ainda, à luz do ensino de Tiago, resistir ao Diabo sign ifica não dese jar as m esm as co isas que a falsa sabedoria nos oferece: egoísmo, orgulho, soberba etc. É não alm ejarm os a posição dos m estres orgulhosos e soberbos, mas contentarmo-nos com a vocação de servirm os ao Senhor, voluntária e espontaneamente, em espírito e em verdade (Jo 4 .23 ).
2. Convertendo a soberba em humildade <Tg 4.8,9)- Se o orgulhoso e o soberbo decidirem - -se por se achegarem a D eus, o Senhor lhes será propício . A mão de Deus “não está enco lh ida , para que não possa sa lva r; nem o seu ouvido , agravado , para não poder o u v ir ” (Is 5 9 .1 ) . O que p re c isa acontecer é um verdadeiro a rre pendim ento! A exo rtação b íb lica de T iago a essas pessoas é queo “riso ” e a “aparente fe lic id ad e” d e las , p roduzidos pela am izade do m u n d o , c o n v e r ta m -s e em “ c h o ro ” , “ la m e n to ” e “m is é r ia ” (v .9 ; cf. 2 Co 7.1 0), assim que elas perceberem -se como “in im igas de D eus”. Esta é a atitude genuína de um verdadeiro arrepend im ento .
3. “Humilhai-vos peranteo Senhor” <Tg 4.10). Ao abrir m ão de n o ssa a u to rre a liz a ç ã o sob as perspectivas m undanas do ego ísm o , do in d iv id u a lism o , da soberba e da inveja, serem os pessoas satisfe itas e realizadas como Dono da v ida . Como poderemos ser fe lizes sem a presença do Doador da v ida (Jo 1 2 .2 5)? A exaltação do Senhor ser-nos-á dada mediante a sua graça e bondade in fin itas. Humilhemo-nos, portanto, debaixo da potente mão de Deus (1 Pe 5.6)!
SIN O PSE DO T Ó P IC O (3)
Com o c ria tu ra s , p recisam os nos h u m ilh a r d ian te do n o sso Criador, reconhecendo que sem Ele nada somos e nada podemos fazer.
RESPO N D A
3. Segundo a lição , o que s ig n ifica “h u m ilha rm o-n os d ia n te do Sen hor"?4 . De a co rd o com o en sin o de Tiago , o que s ig n ifica r e s is t ir ao D iabo?5. A exa ltação do Sen h o r ser-nos-á dada m ed iante a quê?
CO N C LU SÃ OA p a rt ir dos e n s in am e n to s
do Senhor Je su s , desfru ta rem os da verdade ira fe lic idade em Deus. Que ve n h a m o s a te n ta r para o en sin am en to d esta lição , humi- Ihando-nos na presença de Deus através de C risto Je su s .
*>
1
I
L iç õ e s B íb l ic a s 7 3
AUXILIO BIBLIOGRÁFICO I1
tfijSubsídio Teológico
‘Guerras e pelejasEssas ‘guerras e pelejas’ dentro
do indivíduo, que levam à ‘guerras e p e le jas ’ dentro da com unidade, poderiam ser evitados se as pessoas sim plesm ente pedissem a Deus as co isas que necessitam , p articu larmente a ‘sabedoria’ ou a ‘palavra’, que conform aria seus desejos à vontade de Deus. Pois, mesmo quando realmente pedem, seus motivos divinos e pecaminosos (m anifestado aqui pelo desejo de ‘gastar em vossos deleites’) representam a certeza de que não ‘receberão do Senhor alguma coisa’.
Ex istem entre os co m en ta ristas um a acentuada tendência para in te rp re ta r a e xo rtação de T iag o ‘com bateis e g uerrea is ’ (4 .2 ), como uma sim ples figura de retórica. De acordo com estes estud iosos, Tiago está acom panhando a precedência de Jesus quando se referiu ao ódio como assassinato (veja Mt 5 .2 1 ,2 2 ). Porém, pode ex is t ir um aspecto pelo qual T iago acred ita que essa a legação seja apropriada dentro de um sentido m ais lite ra l” (Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Vol. 2. 4 . ed. Rio d e jan e iro , CPAD, 2009 , p. 877 ).
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
R IC H A R D S , La w re n ce O . Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. 1 ed.Rio de Jane iro , CPAD, 2 007 . ARRINGTON, French L; STRON- STD (Ed s.). Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Vol. 2 . 4 . ed. Rio de Jane iro , CPAD, 2 009 .
SAIBA MAISRevista Ensinador C ristão
CPAD, n° 59, p .41 .
RESPO STA S DOS EX ER C ÍC IO S
1. “Donde vêm as guerras e pelejasentre vós?”.
2 . T iago os cham a de “adúlterose adúlteras”.
3 . Humilharmo-nos diante do Senhor é reconhecermos quem somos à luz da sua admoestação. É acolher com
humildade o confronto do Senhor.4 . Resistir ao Diabo significa não desejar as mesmas coisas que a falsa
sabedoria nos oferece.5 . A exaltação do Senhor ser-nos-á dada mediante a sua graça e bon
dade infin itas.
7 4 L iç õ e s B íb l ic a s
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO IISubsídio Bibliológico
“A expressão que Tiago usa para cham ar a audiência de ‘adúlteros e ad ú lte ras ’ (v. 4), p rovavelm ente se orig inou não só de uma anterio r associação com os m andam entos que condenam o assassinato e o adultério (2.1 1), como tam bém da associação usual de ‘de le ites’ (4 .3 ) com o desejo sexu a l. Isso lem bra duas poderosas im agens do Antigo Testam ento : uma delas é a descrição do ‘cam inho da m ulher adú ltera ’ que ‘com e’ (um eufem ism o para as relações sexu a is ) e depois d iz , ‘não com eti m aldade’ (Pv 3 0 .2 0 ). Sua declaração está de acordo com aquela atitude de im punidade e de vu lgarid ade , à qual T iago acusa de levar seus leitores a com eter pecados.
O utra imagem é a trad ição profética que considerava Israel como a esposa infiel de Deus Qr 3 .2 0 ; Ez 16; Os 2 .2 -5 ; 3 .1 ). Da m esm a form a como Israel procurou estabelecer acordos não só com o Deus de Abraão , m as tam bém com Baal, A sera e outras d iv indades de Canaã, os leitores de Tiago tam bém procuraram estabelecer tanto a ‘am izade com o m undo’, quanto com Deus. Mas tão certo com o o adu ltério destrói o re lacionam ento entre os casa is , o desejo am bivalente pelo bem e pelo mal — am izade com Deus e com o mundo — ao final transfo rm ará as pessoas em ‘in im igos de D eus’ (ARRINGTON, French L; STRONSTD (Ed s.). Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Vol. 2. 4 . ed. Rio de Jane iro , CPAD, 2 0 0 9 , p. 877).
HINOS SUGERIDOS 225 , 454 , 578
LE IT U R A DIARIA
S e g u n d a - SI 6 2 .1 1 O poder pertence a Deus
T e rç a - G n 1 7.1Deus é o Todo-Poderoso
Q u a r ta - P v 2 1 .3 1 A v itó ria vem do Senhor
Q u in ta - 1 Sm 2 .7A soberania dfvina
Lição 1 114 de Setembro de 2014
O J u l g a m e n t o e a S o b e r a n i a Pe r t e n c e m a D eus
TEXTO ÁUREOHa so um Leg islador e um Ju iz , que pode sa lva r e destru ir. Tu, porém , quem és,
que ju lg a s a outrem ?” (T g 4 .1 2 ) .
VERDADE PRATICA
Não podem os estar na posição deju- ízes contra as pessoas, pois somente Deus é o Justo Ju iz .
S e x ta - C l 4 .1 O verdadeiro Senhor
S á b a d o - M t 2 8 .1 8Todo poder no céu e na terra
7 6 L i ç õ e s B í b l i c a s
LEITURA BÍBLICA EM CLASSETiago 4.1117
1 1 - Irm ãos, não fa le is m al u n s d o s o u tro s . Q uem fa la m al de um irm ão e ju lg a a seu irm ão fa la m aI da lei e ju lg a a le i; e, se tu ju lg a s a lei, já não és o b se rva d o r da lei, m as ju iz .
12 - Há só um Leg is la d o r e um Ju iz , que pode s a lv a r e destru ir . Tu, po rém , quem és, que ju lg a s a outrem ?
1 3 - Ei a , ag o ra , vós que d iz e is : Hoje ou am anhã, irem os a tal cidade , e lá p a ssa rem o s um ano, e co n tra ta rem o s , e ganharem os.
14 - Digo-vos que não sabe is0 que a co n te c e rá a m a n h ã . Porque que é a vossa vida? É um vapo r que aparece p o r um pouco e depois se desvanece .
1 5 - Em lugar do que devíeis dizer: Se o Senhor quiser, e se viverm os, fa rem os isto ou aquilo.
16 - Mas, ago ra , vos g lo ria is em vo ssa s p re su n çõ e s ; toda glória tal com o esta é m aligna.
1 7 - A quele , p o is , que sabe fa ze r o bem e o não fa z com ete pecado .
INTERAÇÃO___Tiago nos ensina que fa la r maI do irm ão e julgá-lo nos tom a ju iz da lei. Sabemos que só existe um único ju ize s e leg is la do r— Deus. Quem som os nós para ju lg a r nossos irm ãos em Cristo? Como seres humanos som os fa lhos, imperfeitos e não conhecemos o que vai no interior de cada um. Deus é santo, ju s to e conhece as nossas verdadeiras intenções, p o r isso, som ente Ele tem como ju lg a r as pessoas com retidão. Em o Novo Testamento, Je su s afirm ou que a lei se resum e em dois m andamentos, am ar a Deus acim a de todas as coisas e ao próxim o como a nós mesmos. Quem ama o seu irm ão não o ju lg a . E quem não ama já está descum prindo a lei divina. Quais têm sido suas atitudes para com seus irm ãos? Você os ama, os com preende, ou tem se colocado diante de cada um como um ju iz im piedoso? Não se esqueça da advertência do nosso M estre : “Não ju lgue is , para que não se ja is ju lgados [ ...]” (Mt 7 .1,2).
OBJETIVOS
Após a au la , o aluno deverá estar apto a:
Analisar os perigos de se colocar como ju iz dos irm ãos.
Conscientizar-se da brevidade da vida.
Mostrar que a arrogância e a autos- su fic iência são pecados.------------------------------------------------------------------------------------ '
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, inicie o primeiro tópico da lição fazendo a seguinte indagação:
“Qual o perigo de se ju lg a r alguém ou fa lar mal?” Ouça os alunos com atenção. Explique que fa lar mal de um irmão ou ju lgá-lo é tornar-se ju iz . Quando condenamos uma pessoa, estam os condenando o nosso próxim o e aquEle que o criou , o próprio Deus. Somente o Todo- -Poderoso tem poder para ju lg a r e leg islar em favor das suas cria tu ras. Diga que o Mestre nos ensinou que antes de ju lg a r
o nosso próxim o devem os exam inar a nós m esm os. Em seguida leia e discuta com os alunos o texto de Mateus 7 .1-3.
L iç õ e s B íb l ic a s 7 /
INTRODUÇÃOA lição d e ssa se m a n a é a
I continuação dos conselhos práti-I cos de Tiago aos seus le itores. OsI assuntos com m aior destaque sãoI a “ relação social entre os irm ãos”| e o “planejam ento da v id a”. Apren- £ derem os que, uma ve z nascidosI de novo, não podemos
I nos re lac io n ar de ma- | neira conflituosa com osI o u tro s . O utro aspectoI im p o rtan te que estu-I darem os é que o plane-■ jam ento da nossa v idaI tem de estar de acordo vI com a soberana vontadeI de Deus — único leg islador e ju izI da v id a . Ele é quem sem pre terá aI últim a palavra .
I - O PERIGO DE CO LO CARI -SE CO M O JUIZ (Tg 4.11,12)
1. A ofensa gratuita. Não há1 postura mais problemática em umaI igreja local quanto a do “disse-me-I -d isse”. In fe lizm ente , tal compor-I tam ento parece ser uma questãoI cultural. A lgum as pessoas parecemI ter satisfação em destilar palavrasI que machucam. O que ganham comI isso? Um ambiente incendiado por | insinuações m aldosas, onde elas jj m esm as p assam a m aio r parte
das suas vidas sofrendo e levando ji outros a so frerem . A ss im , T iago
a inicia a segunda seção bíblica do ® capítulo quatro abordando o rela-1 cionam ento interpessoal entre os
crentes (v .l 1). Devem os evitar as ofensas e as agressões gratuitas,
! pois o “irmão ofendido é mais difícil ■I de conquistar do que um a cidade
fo rte ; e as contendas são com o
ferrolhos de um palácio” (Pv 1 8.1 9). As ofensas só trazem angústias , tristezas e desgraças.
2. Falar mal dos outros e ser juiz da lei (Tg 4.1 1). O pecado de fa la r mal do outro foi por Tiago tratado com c la reza a inda no ve rs ícu lo 1 1. Quem em presta os seu s láb io s para c a lu n ia r e em itir fa lso testem unho , além de e sta r pecando , co loca-se com o
k o ju iz do o u tro , m as não cu m p rid o r da le i. Nós, servos de C risto , fom os cham ados para ser d isc íp u lo s , não ju i z e s . Quem busca e sta belecer cond ições para
v a m a r o p ró x im o não pode se r d isc íp u lo de
Jesus de N azaré. Já im aginou se hoje , Deus, o nosso Pai, tratasse- -nos num a posição de Ju iz? Provave lm ente estaríam os perdidos!
3. O autêntico Legislador e Juiz pode salvar e destruir (Tg 4.12). Com o o b je tivo de dem onstrar o porquê de não poderm os nos co locar como ju iz e s dos outros, o texto bíblico recorda do quanto som os pecadores e declara que há apenas um Legislador (criado r das le is) e Ju iz (apto para ju lg a r a todos) (v. 12). Apenas o C riador tem o poder de sa lva r e destru ir. Portanto, antes de em itir uma palavra de ju lgam en to contra um a pessoa, responda a esta questão: “Tu, porém, quem és, que ju lg a s a outrem ?”.
SINOPSE DO TÓPICO (1)
Falar mal de um irmão e julgá- -io é pecado, pois só existe um único Ju iz e Legislador entre os crentes, Jesus Cristo.
PALAVRA-CHAVE
Julgar:P ro n u n c ia r sen ten ça
(de condenação ou de a b so lv içã o );
sen ten c ia r.
78 L iç õ e s B í b l i c a s
"Quem busca e sta b e le ce r cond ições p a ra a m a r
o p róx im o não pode s e r d isc ípu lo de Je su s de N a za ré .”
E liezer de Lira
REFLEX Ã ORESPONDA
1. Quais os assuntos de m aior destaque nesta lição?2 . Tiago inicia a segunda seção bíblica do capítulo quatro abordando qual assunto?
SI - A BREVIDADE DA VIDA E A NECESSIDADE DO RECONHECIMENTO DA SOBERA
NIA DIVINA (Tg 4.1 3-1 5)
1. Planos meramente humanos (Tg 4.13). É comum algumas vezes fa larm os “daqui tantos anos vou fazer isso” , “em 201 8 eu fare i aq u ilo ” etc. É verdade que precisam os p lanejar a v ida . Entretanto , todo planejam ento deve ser feito com a sabedoria do alto. Isto é uma dád iva de Deus. Todavia, in fe lizm ente nos acostum am os à m era rotina e tendem os a planeja rm os o futuro sem ao menos nos lem brarm os de que Deus, o autor da v id a , tem de ser consu ltado , pois tudo o que tem os é fruto da sua bondade e m isericórd ia .
2. A incerteza e a brevidade da vida (Tg 4.14). “A vida é um vapor que aparece por um pouco e depois se desvanece” . Eis uma séria advertência de Tiago para nós! O ser humano muitas vezes se esquece da sua real condição. Fazemos os planos para amanhã ou depois, mas ninguém tem a certeza do futuro que lhe espera. A nossa vida é breve, passa como a fum aça. Lembre-se de que a nossa existência terrena é passageira e que, por isso, devemos v iver a vida segundo a vontade de Deus, esperança nossa.
3. O modo bíblico de abordar o futuro (Tg 4.15). Após compreendermos que a existência humana é finita e Deus é o infinito
Absoluto, o versículo 1 5 nos ensina a ter um estilo de vida diferente A consciência da nossa limitação, bem como da transitoriedade e a brevidade da vida, deve incidir sobreo nosso modo de v iver ao mesmo tempo em que deve serv ir como ponto de partida para confiarmos ao Senhor todos os nossos planos. Só com essa consciência, buscaremos realizar a vontade de Deus que é boa, perfeita e agradável (Rm 1 2.2). Portanto, agiremos assim : “Se o Senhor quiser, e se viverm os, faremos isto ou não”. Tal postura não é falta de fé, ao contrário, é fé na Palavra de Deus.
SINOPSE DO TÓPICO (2)
A vida do homem é frágil e breve, por isso, precisamos reconhecer que somos dependentes do Criador.
RESPONDA
3. Como Tiago descreve a vida?4 . Como deve s e r fe ito todo p lan eja m e n to hum ano?
III - OS PECADOS DA ARRO GÂNCIA E DA
AUTOSSUFICIÊNCIA DO | SER H U M AN O (Tg 4.16,17)
1. Gloriar-se nas presun- ções (Tg 4.16a). P en sa r que podemos controlar a nossa vida é de uma presunção orgulhosa que afronta o próprio Deus. Nós somos
L i ç õ e s B í b l i c a s 79
as criaturas e Deus, o Criador. Infelizm ente, muitos fazem os seus planos desprezando o Senhor como se fosse possível deixá-lo fora do curso da nossa vida. Não sejamos presunçosos e arrogantes! Reconheçamos as nossas fragilidades, pois somos pó e cinza (Gn 18 .27 ; Jó 30.1 9). Mas Deus, o nosso Pai, é tudo em todos por Cristo Jesus, o nosso Senhor (Cl 3.1 1).
2. A malignidade do orgulho das presunções (Tg 4.16b). A gravidade da presunção e da arrogância humana pode ser comprovada na segunda parte do versículo d eze sse is : “toda g lória tal com o esta é m aligna”. O livro de Ezequiel conta-nos a história do rei de Tiro. A li, a malignidade, a arrogância e o orgulho humano levaram um poderoso rei a perder tudo o que tinha. Ele era poderoso em sabedoria e entendimento, acumulando para si riquezas e poder. Mas seu coração tornou-se arrogante, enchendo o interior de vio lência, iniquidades, injustiças do comércio e profanação dos santuários (Ez 2 8 .4 ,5 ,1 6 ,1 8 ). Em pouco tem po o seu fabuloso império desm oronou. Não há ser humano no mundo que resista às tentações da arrogância, do poder e do orgulho. Triste é o final de quem se entrega à malignidade do orgulho das presunções hum anas.
3. Faça o bem (v.17). Fazero bem é uma afirm ação da Epístola de Tiago que lembra as suas prim eiras recom endações de não sermos apenas ouvintes, mas praticantes da Palavra (Tg 1 .22-25). Ora, se nós ouvim os, entendemos,
compreendemos e podemos fazero que deve ser feito, mas não o fazem os, estamos em pecado. Deus condena o pecado de omissão! Não sejamos om issos quanto àquilo que podemos e devemos fazer! Como discípulos de Cristo não podemos recuar. Antes, temos de perseverar em perseguir o alvo que nos foi proposto até o fim (Fp 3 .14 ).
'SINOPSE DO TÓPICO (3)
Que jam ais venham os permitir que a presunção e o orgulho dominem os nossos corações e que nos faça acreditar que podemos controlar nossa vida.
RESPONDA
5. Qual fo i a consequência da m alignidade, a rrogância e o orgulho do re i de T iro?
CON CLUSÃO
V im os nesta lição as duras advertências de Tiago. In fe lizm ente , as tran sg ressõ es d escritas na epísto la são quase que naturais na atualidade. Não são poucos os que d ifam am , caluniam e falam mal do p róxim o . Com portam -se com o os verdadeiros ju iz e s , ignorando que com a m esm a m edida com que medem os outros, eles m esm os serão m edidos (Mc 4 .2 4 ). V im os tam bém que a inda que façam os os m elhores p lanos para a nossa v ida, devem os nos lem brar de que a vontade de Deus é sem pre o m elhor. Que aprendam os com Tiago a perdoar ao outro e subm eterm o- -nos à vontade do Pai.
8 0 L iç õ e s B íb l ic a s
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I
V O C A B U LA R IOD e s t i la r : D eixar sair, insinuar, provocar.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
RICHARDS, Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. 1, ed. Riode Janeiro , CPAD, 2 0 0 7 . ARRINGTON, French L; STRON- STD (Eds.). Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Vol. 2. 4 . ed. Rio de Janeiro , CPAD, 2 0 0 9 .
SAIBA MAISRevista Ensinador C ristão
CPAD, n °5 9 , p .41 .
RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS
1. Os assuntos com maior destaque são a “relação social entre os irmãos”
e o "planejamento da v ida”.2 . Tiago inicia a segunda seção bí
blica do capítulo quatro abordando o relacionamento interpessoal entre
os crentes.3 . “A vida é um vapor que aparece
por um pouco e depois se desvanece”.4 . Todo planejamento deve ser feito
com a sabedoria do alto.5, Ele perdeu tudo o que tinha.
Subsídio Bibliológico“Julgar ou Submeter-se à
Lei?T iag o in icia uma transição da
convocação dos crentes para o seu preparo para o im inente ju lg am e n to , e xo rta n d o -o s a cu m p rir sua responsab ilidade perante os sem elhantes que, por sua vez , tam bém o en frentarão . Faz essa m udança de retó rica e repetindo o aviso feito em 3.1, que vo lta rá a fo ca liza r em 5.1-9, aconselhando a respeito da atitude que as pessoas devem ter para com seus sem elhantes.
T iago é claram ente enfático na sua denúncia sobre com o os c ren tes às vezes tratam os outros (‘não fa le is mal uns dos outros’, v. 11). Essa tendência de fa la r ju lgando e condenando os outros, ta lvez sem um ve rd ad e iro m otivo (ca lú n ia ), certam ente representa um a das razões pelas quais ele previne contrao orgulho de assu m ir as responsab ilidades de um ensinador (3 .1). O adequado papel de um m estre é ‘convencer do erro do seu cam inho um pecador’ (5 .20 ), e não condená- -lo” (cf. 7.1-5)” (ARRINGTON, French L; STRO N STAD , Roger (Ed s .). Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. 2. ed. Rio de Jane iro , CPAD, 2 0 0 4 , p. 1683).
L iç õ e s B íb l ic a s 81
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO IIS u b s íd io B ib l io ló g ic o
“T iag o id en tifica do is p rob lem as que se o rig inam quando as p esso as re iv in d icam as p re rro g a tiva s de um ju lg am en to que por d ire ito pertence som ente a D eus, o ‘un ico Leg is lad o r e Ju iz ’ (v. 12).
Ao condenarm os o u tro s , estam os p rinc ipa lm ente condenando a p rópria le i. T a lve z T iag o acred itasse que esse era o caso porque quando condenam os as pessoas estam os condenando aqueles que fo ram ‘fe ito s à sem elhança de D eus’ (3 .9 ), e a ss im , im p lic itam ente , estam os condenando o p róprio Deus (cf. Rm 14.1-8).
A q ue les que ju lg a m os se m e lh a n te s estão se p o s ic io n an d o com o ju iz e s acim a da lei ao invés de subm eterem -se a ela (‘se tu ju lg a s a lei, já não és o b servad o r da lei, m as ju iz ’, Tg 4.11); isto é, inev itave lm en te o padrão de com portam ento rep roduz o dese jo do ju iz hum ano e não a vontad e de Deus (ve ja 4.13-17). Ao invés de nos aterm os às om issões dos sem elhantes na obed iência à lei de D eus, deveríam o s nos con cen tra r em nossa sub m issão a Ele (4 .7 ) e à sua le i” (ARRIN GTO N , French L; STRO N STAD , Roger (Ed s.). Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. 2. ed. Rio de Jane iro , CPAD, 2 0 0 4 , p. 1683).
8 2 L i ç õ e s B íb l ic a s
HINOS SUGERIDOS 5, 50, 155
fa ze rAquele não ft
sabe bempois que oofaz com ete pecado (Tg 7)4
VERDADE PRATICA
l Os pecados de om issão e opressão |j são tão repu ls ivos diante de Deus
quanto às dem ais tran sg ressõ es.
X:í--
;VP:
Lição 1 221 de Setembro de 2014
Os P e c a d o s d e O m i s s ã o e d e O p r e s s ã o
TEXTO AUREO
L E IT U R A D IÁ RIA
S e g u n d a - G n 3 .1 -2 4 A queda do ser hum ano
T e rç a - Is 5 9 .2O pecado nos separa de Deus
Q u a r ta - Jo 1 .2 9O Cordeiro de Deus que tira o pecado
Q u in ta - H b 9 .2 2 Rem issão pelo sangue de Jesus
S e x ta - 1 Jo T . 7O sangue de Jesu s purifica de todo pecado
S á b a d o - 1 R s 8 .4 6 Não há quem não peque
I j ç õ e s B íb l ic a s 8 3
<
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE T ia g o 4 .1 7 ; 5 .1 -6
T ia g o 41 7 - A q u e le , po is , que sabe fa ze r o bem e o não fa z com ete pecado.
T ia g o 51 - Eia, po is , a go ra vós, r ico s , ch o ra i e p ra n tea i p o r vo ssas m isé r ia s , que so b re vós hão de vir.
2 - A s vo ssa s r iq u eza s estão a p o d rec id a s , e a s vo ssa s vestes estão com idas da tra ça .
3 - 0 vosso ouro e a vo ssa pra ta se en fe rru ja ra m ; e a sua fe r ru g e m d a rá te ste m u n h o co n tra vó s e co m e rá com o fogo a vossa ca rne . En tesou ra ste s p a ra os ú ltim os d ias.
4 - E is q u e o s a lá r io d o s tra b a lh a d o re s que ce ifa ra m a s v o ssa s te r ra s e que p o r vós fo i d im inu ído c lam a ; e os clam ores dos que ce ifa ram entra ram nos ouvidos do Sen h o r dos Exé rc ito s .
5 - Deliciosam ente, vivestes sob re a te rra , e vos de le ita stes , e cevastes o vosso coração , como num dia de m atança .
6 - C ondenastes e m a ta stes o ju s to ; ele não vos re s is t iu .
IN TERAÇÃOP ro fe sso r, na lição de ho je e s tu d a re m o s a r e s p e ito d o s p e c a d o s de o m is sã o e o p re ssã o . Tam bém ve rem o s a exo rta çã o de T iago em re la çã o ao ju lg a m e n to d o s r ico s im piedosos. O m eio-irm ão do Sen h o r adverte os r ico s , não pela p o sse de bens m a te r ia is , m a is p o rq u e e s te s não e ra m bons m ordom os dos seu s bens. Segundo Tiago, e s te s r ico s exp lo ra va m os p o b re s (Tg 2 .5 ,6 ) . A titu d e esta que D eus abom ina .O S e n h o r d e se ja que ven h am os u t i l iz a r n o sso s re cu rso s p a ra a ju d a r as p e sso a s n ece ss ita d a s , não som en te p a ra o nosso d e le ite e p ra z e r . Que p o ssa m o s u t i l iz a r nossos bens p a ra p ro m o ve r o Evangelho e a ju d a r a s p e sso a s , po is “a fé sem o b ra s é m o rta ”. T iago m o stra que os r ico s e stavam tão a b so rto s em seu s d e le ites que nem se deram con ta do ju íz o d iv ino e da d e sg ra ça que se aba teu so b re e le s : “A s vo ssa s r iq u e za s estã o a p o d rec id a s , e a s vo ssa s ve ste s estão com idas da tra ça " (5 .2 ). Que venham os u t iliza r n o ssos bens com sa b ed o ria .
O B JE T IV O S
Após a au la , o aluno deverá esta r apto a:
C o n s c ie n t iz a r - s e dos perigos do pecado de om issão .
M o s t ra r que adqu irir bens à custa da exp loração alheia é pecado.
S a b e r que Deus ouve o clam or dos trabalhadores in ju stiçad os.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, reproduza o quadro da página seguinte para os a lunos. Utilize-o para m ostrar como a Palavra de Deus identifica a riqueza. Enfatize que a riqueza não é e jam ais será um sinal de fé ou
do favor d iv ino . Explique que Jesus fez duras criticas aqueles que amam os bens
m ateria is. O Mestre declarou: “Quão dificilm ente entrarão no reino de Deus
os que têm riq u ezas” (Lc 18 .24 ).
84 L i ç õ e s B í b l i c a s
IN TR O D U ÇÃ ON esta lição , e stu d arem o s a
contundente reprimenda da Palavra de Deus à opressão dos ricos contra os pobres. A denúncia de Tiago é semelhante a dos profetas * do Antigo Testam ento : de isaías, de Ezequiel, de Am ós, de Miqueias e de Zacarias (Is 3.14,15; 58.7;Ez 16.49; Am 4.1; 5.11,12;8.4-8; Mq 6.12; Zc 7.10) „ contra os senhores que oprim iam os pobres. É importante refletirm os sobre este assunto, pois alguns pensam que as advertências dos santos profetas ficaram restritas à época da Lei (Lv 25.35; Dt 15.1- 4 ,7 ,8). Entretanto, o mesmo tema é alvo do ensinamento do próprio Senhor Jesus (Lc 6 .24 ,25). Igualmente, o livro de Atos nos inform a que a Igreja do primeiro século cuidava dos pobres (At 2.42-45). isso sign ifica que o tem a abordado nesta lição é atual e urgente.
I - O P EC A D O DE OMISSÃO (Tg 4.17)
1. A realidade do pecado.Um dia o hom em reso lveu vo lu n
ta riam ente desobedecer a Deus 1 (Gn 3 .1 -2 4 ). O p e c a d o , e n tã o , tornou-se um a realidade fa ta l. A í partir dessa atitude rebelde, todas i as re lações dos seres hum anos i entre si, com o C riad o r e com a : c r ia çã o , fo ram d is to rc id a s (Rm 1.18-32). A ss im , a hum anidade e
k. a criação so frem e ge- \ mem com o v ítim as da va id ad e hu m ana (Rm 8 .1 9 -2 2 ). Não so m o s c a p a z e s d e , p o r nós m esm os, vencerm o s o 1 pecado! C o n tu d o , em Je su s toda essa grave
re a lid a d e pode se r s u p e ra d a , pois o Pai enviou o seu Filho para que m orresse por nós e, ass im , resgatasse-nos da m iséria do pecado (Rm 8 .3 ; Hb 10.1-39).
2. O pecado de com issão (Gn 3.17-19). A partir da realidade do pecado a lgum as fo rm as de pecados podem ser ve rificad as nas E scritu ras . Uma delas é o pecado de c o m is sã o , ou s e ja , re a liz a r aquilo que é exp ressam ente condenado por Deus. Os nossos pais, Adão e Eva , fo ram pro ib idos de com er do fru to da árvo re do bem e do m al. En tretanto , a inda assim dela com eram . R ea liza r co n sc ien tem ente o que Deus de antem ão
PALAVRAS-CHAVE
Pecado de comissão:R e a liza r aquilo
que é exp ressam en te condenado p o r Deus.
R I Q U E Z A S
A sua busca insaciável e avarenta é idolatria. C l 3.5
Segundo Jesus é um obstáculo à salvação. Mt 19 .24 ; 13.22
Transmite um falso senso de segurança, enganam. Lc 12.1 5-21
Exigem total fidelidade do coração. Mt 6.21
Levam as pessoas a caírem em tentação. 1 Tm 6 .9
O amor a elas é raiz de muitos males.V
1 Tm 6 . 10J
Adaptado da Bíbfia de Estudo Pentecostal, CPAD, p. 1547.
L i ç õ e s B í b l i c a s 8 5
JÊÊÊ
Lcondenou é um atentado à sua santidade e ju s t iç a (SI 106 .6 ).
3. O pecado de om issão (Tg 4.17). O u tra fo rm a m uito com um é o pecado de om issão . Essa fo rm a de tran sg red ir as leis d iv in as , m uitas ve ze s , é ignorada entre o povo de Deus. Porém , as consequências do seu ju lg a m e n to não serão m enores diante do A lt ís s im o (Mt 2 5 .3 1 -4 6 ). Não é apenas deixando de ob ed ecera lei e xp ressa de Deus que incorrem os em pecado , m as de igual m odo, quando om itim o-nos de fa ze r o bem pecam os contra Deus e a sua ju s t iç a (Lc 10.25-37; Jo 15 .22 ,24).
SINOPSE D O TÓ PICO (1)
Deus é santo e abom ina tantoo pecado de com issão com o o de om issão .
RESPONDA
/. O que é o pecado de com issão?2. O que é o pecado de om issão?
II - O PECA D O DE ADQUIRIR BENS À CUSTA DA EX PLO R A ÇÃ O ALHEIA
(Tg 5.1 3)
1» O ju lg a m e n to d iv in o j sobre os com erciantes ricosI <v=l). Não é a p rim e ira vez queI T iag o m enciona os ricos em suaI ep ísto la (Tg 1.9-11; 2 .2-6). Entre-■ tanto , aqui há uma particu larida-I de. Enquanto nos outros te xto s oI m eio-irm ão do Senhor fa z adver-I tências ou denúncias con tra os ri-I cos, o quinto cap ítu lo ap resenta oI ju ízo d iv ino contra e ies. Da fo rm aI em que o texto da ep ísto la estáI constru ído , percebem os que nãoI há ind ício algum de que a senten-
I ç a d iv in a é e xc lu s iva para os que
conhecem a D eus, de ixando “os ricos igno ran tes” de fo ra do ju ízo d iv ino . O alvo aqui são todos os rico s, crentes ou d escren tes, que conduzem os seus negócios de m ane ira d eso n esta e o p resso ra contra os m enos favo rec id o s .
2. O mal que v irá (v.2). De modo gera l, onde se encontra a co n fian ça dos rico s? A B íb lia afirm a que a con fiança dos ricos e s tá a m p a ra d a no s b e n s que possuem (Pv 10.15; 18.11; 28.11). Não atentando para a b revidade da v id a e a transito ried ad e dos bens m a te r ia is , e les o rgu lham - -se e confiam na quantidade de bens que possuem (Jr 9 .2 3 ; 1 Tm6 .9 ,17 ). T iag o d iz que as riq uezas dos ricos desonestos e a rro g an tes estão apod recidas e as suas roupas com idas pela tra ça , isto é, b revem ente elas se m ostrarão in e f ic a z e s p a ra g a ra n tir- lh e s o fu tu ro . Os ricos o p resso res terão uma triste surpresa em suas vidas!
3. A corrosão das riquezas e o ju ízo divino (v.3). Jesus de Nazaré falou do m esmo assunto no Serm ão da M ontanha, ao ad- ve rtir que “não [devem os ajuntar] tesouros na te rra , onde a traça e a ferrugem tudo consom em , e onde os ladrões m inam e roubam " (Mt 6.19). Sabem os que nos dias atua is , m uitos ignoram esta adm oestação do Senhor, d izendo que não é bem isso que Ele quis d izer. O ra, então do que se tratava o assunto do nosso Senhor, senão do perigo de se acum ular bens neste mundo? A a rro g ân c ia d em o n strad a pelo rico insensato revela esse d esvario do nosso tem po (Lc 12.15-21). O lhando para os dois textos c itados, tanto o de Mateus quanto o de Lucas, é im possível não atentar-
8 6 L iç õ e s B íb l ic a s
mos para essas duas perspectivas: a denúncia para o mal da riqueza e a reve lação pro fética do ju ízo d ivino contra a confiança nela (Ap 3.17; 6.15; 13.16).
SINOPSE D O TÓ PICO (2)
A Palavra de Deus condena àqueles que adqu irirem riq uezas as custa da exp loração dos pobres e necessitados.
RESPONDA
3. O que T iago ap resen ta no qu in to cap ítu lo?4. De m odo gera l, onde se encontra a con fiança dos rico s?
III - O ESCASSO SALÁRIO DOS TR A B A LH A D O R ES
“C L A M A ” A DEUS (Tg 5=4-6)
1. O clamor do salário dos trabalhadores (v.4). O Evang elho a lcança pessoas de todos os tipos e c lasses soc ia is . Muitos que constituem a classe a lta econôm ica de nossa nação têm crido em C r is to . O u tros f ilh o s do nosso meio têm em ergido e a lcançado a lto s p a ta m a re s e c o n ô m ic o s . De fu n c io n á r io s , to rn a ra m -se patrões, ju iz e s , po líticos, etc. Por isso , é preciso ad ve rtir que a Bíblia tem conselhos d iv inos claros para a é tica do hom em cris tão que se tornou rico ou do rico que se to rnou cris tão . Neste quarto versícu lo , com tons graves, o líder da igre ja de Je rusa lém levanta-se como um profeta veterotestam én- tario bradando contra a in justiça social (Jr 22.13; Ml 3 .5 ). Para tal exercício , T iago evoca a Lei, isto é, u tiliza a Escritu ra do prim eiro testam ento para fundam entar a sua
redação e p isto la r (D t 24 .14 ,15 ). 1 O m eio-irm ão do Senhor adverte | que o Todo-Poderoso certam ente fi se levantará contra toda a sorte de ; opressão e in justiça!
2. A regalia dos ricos que ; raã© temem a Deus cessará (v. 5)= O ve rs ícu lo cinco lem bra a f denúncia p ro ferida por Jesus em Lucas 16.19-31, quando o Senhor ■ fa la acerca do m endigo Láza ro e do rico op resso r: um a v id a regalada que não se im p ortava com o fu turo e com o p róxim o , v iven d o fe s te jo s com o se o fim n u n ca fo sse chegar. D e le itando-se em suas riq u ezas , mal pensava o rico que e n te so u ra va para si ju íz o s de Deus.
3. O pobre não res iste à opressão do rico (v=6). Há seve ras condenações no A ntigo Testam ento contra a opressão dos m enos favo rec id o s (Ê x 2 3 .6 ; Dt24.17). O fato de essa advertên cia aparecer em o Novo Testam ento ind ica a gravidade dessa atitude (1 Tm 6.17-19). Muitos podem se perguntar por que a Bíb lia é tão d u ra c o n tra os r ico s in ju s to s . Uma vez que eles estão econom icam ente bem posic ionados, o pobre, ou “ju s to ”, sucum be à sua opressão , restando a eles apenas D eus p ara d e fen d ê-lo s . A ss im , m esm o que o pecado de op ressão continue sendo consum ado , ' entendem os b ib licam ente que o Senhor dos Exé rc ito s continua a o u v ir o c lam or dos pobres!
SINOPSE D O TÓ PICO (3)
D eu s o u ve o c la m o r d o s trabalhadores in justiçad os. Ele é ju sto e não aceita nenhum a fo rm a
! de opressão e in ju stiça .
L iç õ e s B íb l ic a s 8 7
RESPONDA5. Cite um a re fe rên c ia b íb lica no A ntigo Testam ento e um a em o N ovo que m o stra m a s s e v e ra s co n d en a çõ es co n tra a o p re ssã o dos m enos favorecidos.
CO N C LU SÃ OAs ad vertências de T iag o são
re levan tes e o po rtunas para os nossos d ias . Quanto engano tem sido com etido por ensinam entos d e tu rp a d o s em nom e de um a
suposta p rosperidade . Tal teo lo gia tem levado m uitas pessoas a tornarem -se m ate ria listas . T iag o nos e x o r ta a d e m o n s tra rm o s um a fé ve rd a d e ira , não apenas de p a lav ra s , m as p rincipa lm ente em obras (Tg 2.14-26). De igual m aneira, conform e a lição de hoje, o nosso desafio é v ive rm o s um estilo de v ida segundo o Evangelho , onde a s im p lic idad e , a m odéstia e o contentam ento devem ser as suas m arcas .
y.r'... V :
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO ISubsidio Bâbliológico
“ P o r(5 .1 -6 )
q u e c o n t r a o r i c o ?
Em Je ru s a lé m , eram p o u cas as pessoas da c la sse a lta que se m ostravam sensíve is ao Evangelho . Enquanto crescia a perseguição contra a igreja p rim itiva , m uitos crentes perderam sua fonte de sub sistência e passaram a ser exp lo rad o s pelos poderosos. As investidas de Tiago contra os ricos são : 1 ) eles anseiam aum entar a riqueza com o so frim ento dos outros; 2) defraudam seus em pregados; 3) v ivem de m aneira extravag an te , e am am a boa v id a ; e, 4 ) matam os ju s to s .
Temos condições de ser pacientes até m esm o quando provocados pela a v id e z dos exp lo rad o re s da riqueza . Pois, sabem os que C risto ,o Ju iz , está às portas {Tg 5 .7 -9 )” R ICHARDS, Law rence O. G u ia do L e ito r d a B íb lia : Uma aná lise de G ênesis a A p o ca lip se cap ítu lo p o r cap ítu lo . 9. ed. Rio de Janeiro , CPAD,20 1 0 , p. 875 ).
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
R IC H A R D S , La w re n ce O. C omentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. 1. ed .Rio de jan e iro , CPAD, 2 0 0 7 . ARRINGTON, French L; STRON- STD (E d s .) . Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Vol. 2 . 4 . ed. Rio de Jane iro , CPAD, 2 0 0 9 .
SAIBA MAISRevista Ensinador C ristão
CPAD, n° 59 , p .4 2 .
RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS
1. É realizar aquilo que é exp ressamente condenado por Deus.
2 . Quando omitim o-nos de fazero bem.
3 . O quinto capítulo apresenta o ju ízo divino contra os ricos opressores.
4 . Nos seus bens m ateriais.5 . Êxodo 23 .6 e 1 Timóteo 6.1 7-1 9.
8 8 L iç õ e s B íb l ic a s
A U X ILIO B IBLIO G R Á FICO IISubsidio Bibliológico
“RiquezaA B íb lia Sagrada tra z m u itas ad ve rtên c ias para que não d ep o si
tem os a nossa con fiança nas riq u ezas m ate ria is (SI 4 9 .6 ,7 ) . Tam bém não podem os co lo car o nosso coração nas r iq u e zas .
T iago deixou reg istradas fo rtes palavras de advertência aos ricos (Tg 5 .1 ), que tam bém se rvem , sem d ú v id a , para os ricos de todas as ép ocas. E ste s , a quem T iago se re fe riu , não fo ram ju lg ad o s por serem rico s , m as porque haviam feito um mau uso de su as riq u ez a s . Os c ris tão s tam bém podem fa ze r um mau uso da riq u eza que p ossuem , se ja e la pequena ou g rande. Eles tam bém podem , sem d ú v id a , com o vá rio s crentes nos d ias de T iag o , in ve ja r aqueles que possuem riq u e zas . A in ve ja é um pecado tão grande quanto o mau uso da riq u eza . É tam bém m uito im portante que os m eios u t iliz a dos para se a lcan çar a riq u eza se jam ad equados. Ev id en tem ente , aqueles a quem T iag o se d irige em 5.1 haviam enriq uecido às cu stas da exp lo ração dos trab a lh ad o res” (PFEIFFER , C h arle s F.; REA, Jo h n ; VO S, Howard F. (Ed s .). Dicionário Bíblico Wycliffe. 1. ed. Rio de Jan e iro , CPAD, 2 0 0 9 , p. 1 6 8 0 ).
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___________Lição 1 328 de Setembro de 2014
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A A t u a l i d a d e d o s Ú l t i m o s C o n s e l h o s d e T i a g o
HINOS SUGERIDOS 231, 299, 378
LE IT U R A D IA RIA
S e g u n d a - T g 5 .7 ,8 Pacientes até a v in d a do Senhor
T e r ç a - T g 5 .9Não nos acusem os m utuam ente
Q u a r ta - T g 5 .1 0 ,1 1O exem plo da paciência d e jó
Q u in ta - T g 5.1 2Ninguém se ja fa lso
S e x ta - T g 5 .1 3-16A oração da fé
S á b a d o - T g 5 .1 7 ,1 8O exem plo da oração de Elias
Confessa i as vossas cu lpas uns aos outros e o ra i uns pelos outros, para que sa re is ; a oração fe ita p o r um ju s to pode
m uito em seus e fe itos’1 (T g 5 .1 6 ) .
VERDADE PRATICA
. Se v ive rm o s os princíp ios da Epístolai de Tiago terem os uma v ida cristã que
agradará ao nosso Deus.
TEXTO ÁUREO
90 L i ç õ e s B íb l i c a s
P ro fe sso r, chegam os ao fina ! da sé rie de lições a re sp e ito da Ep isto la de T iago . O m eio-irm ão do Sen h o r Je su s dá in ic io a sua ca rta trazendo aos c ren tes um a p a lavra de en co ra ja m en to , po is ao que tudo ind ica , e les e stavam sendo d u ram en te p ro va d o s ( 1 . 2 ,3 ) . Sa b em o s que a s p ro v a çõ e s não são p a ra nos aba ter, m as p a ra nos lap idar, fo r ta le ce r e a m a du recer. T iago fin da sua ca rta , tam bém com um a con so lação . Ele fa la a re sp e ito da paciência em m eio à s a flições e c ita Jó com o exem plo de vida e paciência (5.1 1). Este se rvo de D eus, depo is de e xp e rim e n ta r te rr ív e is so fr im e n to s , r e cebe do Todo-Poderoso a sua v itó ria . T iago lem b ra aos irm ã o s que J e su s em b reve vo lta rá e que toda tribu la çã o te rá o seu fim , p o is d e s fru ta re m o s da m ise ricó rd ia e bondade de D eus p a ra todo o sem p re .
____________ IN TERAÇÃOLEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Tiago 5.7-20
7 - Sede, pois, irmãos, pacientes até a vinda do Senhor. Eis que o lavrador espera o precioso fru to da terra , aguardando-o com paciência, até que receba a chuva temporã e serôdia.8 - Sede vós também pacientes, fo rtalecei o vosso coração, porque Já a vinda do Senhor está próxima.9 - Irmãos, não vos queixeis uns contra os outros, para que não sejais condenados. Eis que o ju iz está à porta.10 - Meus irmãos, tomai por exemplo de aflição e paciência os profetas que falaram em nome do Senhor.11 - Eis que temos por bem-aventu- rados os que sofreram . Ouvistes qual foi a paciência de Jó e vistes o fim que0 Senhor lhe deu; porque o Senhor é muito misericordioso e piedoso.1 2 - Mas, sobretudo, meus irmãos, não ju re is nem pelo céu nem pela te rra , nem faça is qualquer outro juram ento; mas que a vossa palavra seja sim, sim e não, não, para que não caiais em condenação.1 3 - Está alguém entre vós aflito? Ore. Está alguém contente? Cante louvores.1 4 - Está alguém entre vós doente? Chame os presbíteros da igreja , e orem sobre ele, ungindo-o com azeite em nome do Senhor;15 - e a oração da fé sa lva rá o doente, e o Senhor o levantará; e, se houver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados.16 - Confessai as vossas culpas uns aos outros e orai uns pelos outros, para que sareis; a oração feita por um ju sto pode muito em seus efeitos. 1 7 - Elias era homem sujeito às mesmas paixões que nós e, orando, pediu que não chovesse, e, por três anos e seis meses, não choveu sobre a terra.18 - E orou outra vez, e o céu deu chuva, e a terra produziu o seu fruto.19 - Irmãos, se algum de entre vós se tem desviado da verdade, e alguém o converter,20 - saiba que aquele que fizer converter do erro do seu caminho um pecador salvará da morte uma alma e cobrirá uma multidão de pecados.
OBJETIVOS
Após a au la , o aluno deverá esta r apto a:
C o m p re e n d e r o va lo r da paciência e da pro ib ição de ju ram en to .
S a b e r a respeito do real s ign ificado da unção dos enferm os.
C o n s c ie n t iz a r- s e da im portância da conversão de um irm ão.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, chegamos ao final do estudo da Epístola de T iago . Para esta última
aula, sugerim os que você reproduza o esquem a abaixo no quadro. Utilize-o
para fazer um resumo geral dos últimos conselhos de Tiago.
Capítulo 5■ O mau uso dos bens materiais (5.1-6);
* Paciência e constância nas provações até a volta de Jesus (5.7-1 1);
■ Não ao juram ento (5.1 2);■ A oração e unção em favor dos enfermos
(5.13-18);■ A restauração dos irmãos que
se desviaram (5.1 9,20).
L iç õ e s B í b l i c a s 91
IN T R O D U Ç Ã OD e p o is de e s tu d a rm o s os
p rin c ip a is a ssu n to s da Ep ísto la de T iag o , nessa u ltim a lição do t r im e s tre , ch eg am o s às seçõ es f in a is da ca rta (v v .7 -2 0 ). N essa o ca s ião , a n a lisa re m o s o s e n s in o s p rá t ic o s
| e a tu a is que o m eio-I -irm ão do S en h o r es-* c re v e u p a ra os se u s
le ito res. São conse lhos b íb lic o s p rá t ic o s , p erenes e necessário s ao nosso re lacionam ento com Deus e a um a boa co n v ivên c ia na igreja local bem com o em sociedade .
I - O V A LO R D A PACIÊNCIA E A PROIBIÇÃO DO JU R A
M E N T O (Tg 5.7-12)
1. O valor da paciência e da perseverança (vv.7,8). Nove rs ícu lo sete T iag o evoca um a
| im agem agríco la para e xe m p lif icar o va lo r da paciência e da perseveran ça . Tal im agem é com um aos d estin a tá rio s de sua época .O líd e r da ig re ja em Je ru sa lé m nos ensina que tanto a paciência quanto a perseverança são valo res que devem ser cu ltivad o s, não em a lguns m om entos, m as durante a v id a to d a . A fim de v e n c e rm os as d if icu ld a d e s , p riva çõ e s , in q u ie ta ç õ e s e so fr im e n to s da ex is tê n c ia te rrena , p recisarem os da p aciência e da p e rseve ran ça . E s s a s c a r a c t e r ís t ic a s ta m b é m estão re lac ionadas à nossa esp erança na v inda do Senhor. Sejam os p a c ie n te s e p e rs e v e ra n te s em
■ aguardá-la, pois ela, conform e nos l d i z as E scritu ras , está p róxim a (Fp
4 .5 ; Hb 1 0 .2 5 ,3 7 ; 1 Jo 2 .1 8 ; Ap 22.1 0,1 2 ,20).
2. O valor da tolerância de uns para com os outros (v.9).Mais um a v e z a Palavra do Senhor re ite ra o cu idado com a língua , p o is se não so u b e rm o s u sá-la acab arem o s por co m ete r fa lso s ju lg am e n to s co n tra as p esso as .
No ve rs ícu lo nove, T ia go adverte-nos acerca do dia do ju íz o d iv ino .O Ju iz está às portas! Ele sim ju lg a rá com retidão e, ju stam ente por isso , não podem os nos ocupar em itindo op in i
ões e com entário s fa lso s contra q u a isq u e r p e sso a s , q u er se jam estas parte da ig re ja , quer não.
3. Aflição, sofrim ento e juramento (vv. 10-12). O ensino desses três v e rs ícu lo s , p rim e iram ente, alude à a flição e a paciência dos profetas que fa laram em nom e do Senhor. De igual m odo, posteriorm ente , trata da paciência de Jó e o fim que o Senhor lhe concedeu após tam anha a flição e so fr im e n to (E z 1 4 .1 4 ,2 0 ; Hb1 1 .2 3 -3 8 ) . Os c re n te s a quem T iago escreveu sentiam -se orgulhosos por se r com p arad o s aos personagens do Antigo Testam ento. Ao e xp e rim en ta r as a fliçõ es , eles sabiam que assim com o Deus concedera g raça a Jó (jó 4 2 .1 0 -1 7), da m esm a fo rm a daria a e les. No ve rs ícu lo doze , após o e xe m plo do poder de Deus em relação aos seus se rvo s , os profetas e jó , T iag o ad m o esta-no s a que não ca iam os no erro de ju ra r pelo céu ou pe la te rra . N o ssas p a la v ra s não são poderosas para g aran tiro ju ra m e n to . Não! Tudo depende de Deus e da sua vo n tad e . T iago
PALAVRA-CHAVE
Conselho:En sin o ou a v iso ao
que cabe fa ze r.
9 2 L i ç õ e s B í b l ic a s
nos ensina que não devem os fazer tais ju ram en to s , pois a palavra do discípulo de Jesus deve se resum ir ao sim ou ao não (Mt 5 .33-37). Isto deve ser suficiente!
SINOPSE DO TÓ PICO (1)
Com o cristãos devem os cu ltiva r a paciência e a perseverança até a vo lta de Je su s .
RESPONDA
7. No versícu lo nove, T iago adver- te-nos a cerca do quê?2 . Como se sen tiam os c ren te s a quem Tiago escreveu ?
II - A U N ÇÃ O DE ENFERMOS E C O M O DEUS OUVIU
A ELIAS (Tg 5.13 18)
1. Oração e cânticos (Tg 5.13). Diante das ad versidades, ou nos períodos de bonança, a B íb lia nos recom enda a ad o rar a Deus. Se estive rm o s tr is te s e ang ustiado s, devem os buscar o Senhor em oração ; se estiverm os a legres, devem os cantar louvores a D eus. Em am bas as situações, Deus deve se r adorado! Com o é bom se rm o s a c o lh id o s pelo Senhor. Se t iv e rm o s de cho rar, chorem os na p resen ça dE le ; se t iv e rm o s de can ta r, en to em o s louvores diante dEle. Dessa m aneira, serem os m aravilhosam ente consolados pelo Criador.
2. A oração da fé (vv.14,15). A orientação de se cham ar os p resb íte ro s , ou anc iãos da com unidade cris tã , para orar por um enferm o e ungi-lo com aze ite , denota a ideia de respeito que os crentes tinham com esses m in istros. Os presbíteros serviam ao povo de Deus com alegria. Isso
tam bém indica que a atitude de ungir o enferm o com o óleo não deve se r b a n a lizad a em nosso m eio . H oje , as p esso as ungem bens m ateria is , bairros e até c idades. Isso é esoterism o! A base bíblica em o Novo Testam ento fala do aco lh im ento ao enferm o para que ele seja curado. É a “oração da fé” que, além de curar o doente, fa z com que ele sinta igualm enteo perdão dos seus pecados.
3. O ração e co n f issão (v. 16-18). Esse é um texto ma- I rav ilhoso , mas in fe lizm ente , d esprezado por m uitos. Ele rechaça a “confissão entre os irm ãos”. É um incentivo a koinonia , ou se ja , à união e ao am or fraternal entre os sa lv o s . Com o tod os som os pecadores, em vez de acusarm o- -nos uns aos o u tro s , d evem o s rea lizar con fissões públicas para | ajudarm o-nos m utuam ente. Uma ve z con fessada a nossa cu lpa e i tendo orado uns pelos outros, se- | remos sarados. T iago lança ainda • mão do conhecido profeta E lias , j para m ostrar que até m esm o um homem como ele, que foi usado p o d e ro sa m e n te por D eu s , e ra igual a nós e su je ito às m esm as p a ixões. Todavia , o profeta orou e Deus ouviu o seu clam or. De fato , a oração de um ju sto pode muito em seus efe itos.
SIN OPSE DO T Ó P IC O (2)
P rec isam o s a co lh e r os e n ferm os com n ossas in terseções e orações.
RESPONDA
3. D iante da s a d v e rs id a d e s , ou nos períodos de bonança , o que a Bíblia nos recom enda?
L iç õ e s B íb l ic a s 9 3
[ 4. O que denota a orientação de seI cham ar os presb íteros, ou anciãosI da comunidade cristã, para o ra r por ! um enferm o e ungi to com azeite?
Ill - A IM PORTÂNCIA DA CO N V ER SÃ O DE UM IR
M Ã O (Tg 5.19,20)
1. O cuidado de uns para com os o u tro s (v.19). Nos
I v e r s íc u lo s f in a is da e p ís to la , a c o n v e rsã o é i lu s t ra d a com o lite ra lm en te re to rnar à ve rd ad e orig ina l da qual a lguém um dia se a fasto u . A m ensagem é bem c la ra : só podem os a lcançar quem
f se desv iou da verdade se fo rm os em busca de ta! pessoa . Para ir
Í p recisam os e xe rce r um cu idado especia l e am oroso de uns para com os outros (Fp 2 .4 ).
2. A proximidade do ensi- no de Tiago com o de Jesus. É im portante ressa lta rm os que o ensino da Epístola de Tiago encontra-se em plena harm onia com o
Í Evangelho de Jesus (Mc 1 2 .3 0 ,3 1 ). Com m uita c la re za percebem os que o fio condutor que perpassa toda a ep ísto la é ju stam en te o da
Lei do A m or: “Am arás o Senhor teu Deus de todo o coração” e o “o teu próxim o como a ti m esm o”.
SINOPSE D O TÓ PICO (3)
Prec isam os b u sca r aq u e les que se desv iaram e cu idar destes para que se reco nciliem com o Senhor e sejam restaurados.
RESPO NDA
5. Como a co n versã o é ilu stra d a nos ve rs ícu lo s fin a is da Ep ísto la de T iago?
C O N C LU SÃ O
Chegam os ao fim do estudo panorâm ico e conciso da Ep ísto la de T iago . Que cada p ro fesso r e, igualm ente cada a luno , não im portando a idade, cresça m ais e m ais em C risto , para a g ló ria e o louvor de Deus Pai. O nosso desejo é que a Igreja do Senhor cresça diariam ente no tem or de Deus, em sua santidade, dem onstrando a fé em C risto Je su s a través das boas obras, pois esta é a vontade do nosso Pai {Tg 1 .2 2 ,2 3 ,2 5 ) .
“Só podem os a lca n ça r quem se desv iou da verdade se fo rm o s em busca de ta l p esso a . Para
ir p re c isa m o s e x e rc e r um cu idado esp ec ia l e am oroso de uns p a ra com os o u tro s ."
94 L iç õ e s B í b l i c a s
BIBLIO GRAFIA SU GERID A
R IC H A R D S , La w re n ce O . C o mentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. 1. ed.Rio de Jan e iro , CPAD, 2 0 0 7 . ARRIN G TO N , French L; STRON- STD (Ed s .). Com entário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Vo l. 2 . 4 . ed . R io de Jan e iro , CPAD, 2 0 0 9 .
SAIBA MAISRevista Ensinador C ristão
CPAD, n° 59 , p .4 2 .
RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS
1 . No versículo nove, Tiago adverte- -nos acerca do dia do ju ízo divino. O
Juiz está às portas!2 . Os crentes a quem Tiago escreveu sentiam-se orgulhosos por ser comparados aos personagens do Antigo
Testamento.3 . A Bíblia nos recomenda adorar
a Deus.4 . A orientação de se chamar os presbíteros, ou anciãos da comunidade cristã, para orar por um enfermo e ungi-lo com azeite, denota a ideia de respeito que os crentes tinham com
esses ministros.5 . Nos versículos finais da epístola, a conversão é ilustrada como literalmente retornar à verdade original da
qual alguém um dia se afastou.
Subsidio Bibliológico
“A paciência de Jó (5.10,11)Esses v e rso s m arcam a t ra n
sição dos ensin am entos de T iago sobre a nossa responsab ilidade por aqueles que estão fo ra da co m u n idade da Igre ja , para com os que e stão dentro dela, à luz do ju lgam ento de Deus. Faz e ssa tran sição a través de dois exem p lo s que os cren tes devem seg u ir; ‘os pro fetas que fa laram em nome do Senhor’ (v. 1 0) e a fide lidade de Jó em suas adver- sidades (v. 1 1). Nos dois exem p lo s , o ponto que T iago dese ja en fa tiza r é que devem os co n sid e ra r aqueles que perseveram com o abençoados. Por saberem que ‘o Senhor é m uito m ise rico rd io so e p iedoso ’ , Jó e os pro fetas fo ram pacientes frente às a flições que so freram .
Os cren tes p recisam im ita r o exem p lo da p erseverança de Jó sem se ‘d e sv ia re m da ve rd a d e ’ ( 5 . 19 ) de que Deus é a im utável fonte de ‘toda boa d ád iva e de todo dom p erfe ito ’ (1 .17) . Precisam im ita r o exem p lo dos pro fetas fa lando ‘em nome do Senhor’ , isto é, usando de seu d iscu rso para m o stra r a d iv ina ‘m ise ricó rd ia e p iedade ’ ( v . l l ) para que possam os tra ze r de vo lta aqueles que se d esv iaram da verdade por atos pecam inosos ou por te rem acu sad o s a D eus por suas d if ic u ld a d e s ( 1 . 13 ) . A q u e le s que a ss im fize re m se rão ab en ço ad o s com a v ida eterna e com o perdão de seus pecados (5 .2 0 )” (ARRIN GTO N , French L; STRONSTAD, R o g e r(Ed s .) . Com entário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. 2 . ed. Rio de Jan e iro , CPAD, 2 0 0 4 , p. 1687) .
--------------------------------------------------------------------------------------AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I
L i ç õ e s B í b l ic a s 9 5
AU XÍLIO B IBLIO G RÁ FICO IISubsidio Bibliológico
Cobrindo uma Multidão de Pecados <5.19,20)Tiago conclu i sua carta encorajando-nos a fazer, por nossos se
m elhantes, o m esm o que ele fez por m eio de seus e scrito s ao povo de D eus, ‘às doze trib o s que andam d isp e rsa s ’ (1 .1) . Se ob serva rm o s um a pessoa ‘desviando-se da ve rd ad e ’, a vontade de Deus é que fa çam os com que ela vo lte (v. 1 9 ), porque ‘o Esp írito que em nós hab ita tem c iú m es’ (4.5, nota NVI), quando ‘segundo a sua vontad e , ele nos gerou peia pa lavra da ve rd ad e ’ (1 .18) . D essa fo rm a, nós tam bém nos to rnam os ‘se rvo s de Deus e do Senhor Je su s C ris to ’ (1.1) .
A ‘verdade ’, da qual a lguns se ‘d esv iavam ’, representa a convicção de Tiago de que Deus é a fonte de ‘toda dád iva e de todo dom p erfe ito ’ (1 .17) , e de nada que se ja mau ou pecam inoso . Para T iag o , esse ‘e rro ’ teo lóg ico (v. 20) tem pro fundas con seq uências é ticas . A queles que creem que Deus é a fonte de todas as co isas ru ins em sua v id a (1 .13) duvidarão que Deus este ja d isposto e desejoso de lhes conceder com o d ád iva generosa , a sabedoria de que necess itam (1.5-8) . Seus esfo rço s fru strad o s de ap render essa sabedoria a través das lutas da v id a , m ostrarão que perm anecem ‘inconstan tes’, dese josos de agradar a Deus, m as ao m esm o tem po possu id o res de um a ‘co n cu p iscên c ia ’ que tenta a ‘p ecar’ (1.1 4,1 5). Ta is pessoas não podem ser tra z id a s de vo lta para Deus através de palavras de condenação (4.1 1,1 2), som ente sendo novam ente co n ven cid as de sua m ise ricó rd ia serão cap azes de co n fia r nEle e de ‘receber com m ansidão a p a lavra nela e n xe rtad a”’ ( 1 . 21 ; cf. 4 . 7-10) (ARRIN CTO N , French L; STRO N STAD , Roger (Ed s .). Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. 2. ed. Rio de ja n e iro , CPAD, 2004 , p. 1689) .
9 6 L i ç o e s B í b l ic a s
Neste livro, o teólogo
Louis Berkhof investiga a
história e o propósito dos
Evangelhos e Epístolas
do N ovo Testamento.
Repleto de referências dos
mais diversos estudiosos
do N ovo Testamento,
incluindo os primeiros pais da
igreja, é de fácil leitura e
navegação. Uma obra ideal
para estudos bíblicos e
utilização em sala de aula.
C o m en tá r io B íblico
Ross E. P r ic e / C. P a u l G ray ] . K e n n e t h G r id e r / Roy E. S w im
Com um novo formato e acabamento, este clássico comentário teológico irá cativar você. Profundo e
abrangente, composto por 10 volumes sobre o Antigo e o Novo Testamentos, comentado por 40 especialistas nas Escrituras Sagradas e com análises concisas versículo
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