Textos postagem

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GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁ SECRETARIA DA CIÊNCIA, TECNOLOGIA E EDUCAÇÃO SUPERIOR FUNDAÇÃO CEARENSE DE APOIO AO DESENVOLVIMENTO CIENTÍFICO E TECNOLOGICO- FUNCAP. LICEU DEP. FRANCISCO ALVES SOBRINHO –ACOPIARA –CE FORMADORA: Maria Sonia Taveira de Andrade ESTRATÉGIAS DE LEITURA skimmimg – leitura rápida do texto scanning – leitura  aprofundada do texto inferência 1. ilustrações 2. mapas 3. gráficos 4. fonte 5. efeitos 6. referências 7. autor 8. texto atual \ informações históricas 9. tipo de publicação ( revista, seção, etc) campo semântico ( palavras- chaves) disposição dos paragráfos numerais cognatos( lingua estrangeira) referencia contextual ( relação entre textos) marcadores textuais ( relação entre frases)

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SECRETARIA DA CIÊNCIA, TECNOLOGIA E EDUCAÇÃO SUPERIOR

FUNDAÇÃO CEARENSE DE APOIO AO DESENVOLVIMENTO CIENTÍFICO E 

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ESTRATÉGIAS DE LEITURA

• skimmimg – leitura rápida do texto• scanning – leitura  aprofundada do texto• inferência

1. ilustrações2. mapas3. gráficos4. fonte5. efeitos6. referências7. autor8. texto atual \ informações históricas9. tipo de publicação ( revista, seção, etc)

• campo semântico ( palavras­ chaves)• disposição dos paragráfos• numerais• cognatos( lingua estrangeira)• referencia contextual ( relação entre textos)• marcadores textuais ( relação entre frases)

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Gêneros de textos

Gênero  Textual  ou  Gênero  de  Texto  refere­se  às  diferentes   formas  de   expressão textual. Nos estudos da Literatura, temos, por exemplo, poesia, crônicas, contos, prosa, etc.

Para a Linguística, os gêneros textuais englobam estes e todos os textos produzidos por usuários de uma língua. Assim, ao lado da crônica, do conto, vamos também identificar a carta pessoal, a conversa telefônica, o  email, e tantos outros exemplares de gêneros que circulam em nossa sociedade.

Sempre que nos manifestamos linguisticamente, o fazemos por meio de textos. E cada texto realiza sempre um gênero textual. Cada vez que nos expressamos linguisticamente estamos   fazendo   algo   social,   estamos   agindo,   estamos   trabalhando.  Cada   produção textual, oral ou escrita, realiza um gênero porque é um trabalho social e discursivo. As práticas   sociais   é   que   determinam   o   gênero   adequado.Mas   o   que   então   pode   ser classificado   como   gênero   textual?   Pode   –se   dizer   que   os   gêneros   textuais   estão intimamente   ligados   à   nossa   situação   cotidiana.   Eles   existem   como   mecanismo organização   das   atividades   sociocomunicativas   do   dia­a­dia.   Assim   caracterizam­se como eventos   textuais  maleáveis   e  dinâmicos.  Vejamos:  Nas   sociedades  modernas, trabalho e obtenção de dinheiro estão intrinsecamente ligados. Por isso, muitas vezes não percebemos que algumas de nossas atividades cotidianas não remuneradas também são trabalho.O trabalho representa, na sociedade em que vivemos, para cada indivíduo, uma forma de se situar na sociedade, sendo ele remunerado ou não. Por isso trabalho é parte integrante da vida de cada um de nós.Nessa perspectiva, a linguagem é um dos nossos mais relevantes trabalhos.

 Gêneros textuais

Gêneros textuais são tipos específicos de textos de qualquer natureza, literários ou não­literários.

Modalidades   discursivas   constituem   as   estruturas   e   as   funções   sociais   (narrativas, discursivas, argumentativas) utilizadas como formas de organizar a linguagem. Dessa forma, podem ser considerados exemplos de gêneros textuais: anúncios, convites, atas, avisos,   programas  de  auditórios,  bulas,   cartas,   cartazes,   comédias,   contos   de   fadas, crônicas,   editoriais,   ensaios,   entrevistas,   contratos,   decretos,   discursos   políticos, histórias, instruções de uso, letras de música, leis, mensagens, notícias. São textos que 

circulam no mundo, que têm uma função específica, para um público específico e com características próprias. Aliás, essas características peculiares de um gênero discursivo nos permitem abordar aspectos da textualidade, tais como coerência e coesão textuais, impessoalidade, técnicas de argumentação e outros aspectos pertinentes ao gênero em questão.

Quanto  à   forma ou estrutura das sequências   linguísticas  encontradas  em cada  texto, podemos classificá­los  dentro  dos  tipos   textuais  a  partir  de suas  estruturas  e  estilos composicionais.

 Gêneros Orais e Escritos na Escola

Domínios   sociais de comunicação

Aspectos tipológicos

Capacidade   de linguagem dominante

Exemplo   de   gêneros   orais   e escritos

Cultura Literária Ficcional

Narrar;

Mimeses   de   ação através   da   criação   da intriga no domínio do verossímil

Conto   Maravilhoso,   Conto   de Fadas,   fábula,   lenda,narrativa   de aventura,   narrativa   de   ficção cientifica,   narrativa   de   enigma, narrativa mítica, sketch ou história engraçada,   biografia   romanceada, romance, romance histórico, novela fantástica,   conto,   crônica   literária, adivinha, piada

Documentação   e memorização   das ações humanas

Relatar

Representação   pelo discurso   de experiências   vividas, situadas no tempo

Relato de experiência vivida, relato de   viagem,   diário   íntimo, testemunho,   anedota   ou   caso, autobiografia,   curriculum   vitae, noticia, reportagem, crônica social, crônica   esportiva,   histórico,   relato histórico,   ensaio   ou   perfil biográfico, biografia

Discussão   de problemas   sociais controversos

ArgumentarSustentação, refutação e   negociação   de tomadas de posição

Textos   de   opinião,   diálogo argumentativo, carta de leitor, carta de   solicitação,   deliberação informal,   debate   regrado, assembleia,   discurso   de   defesa (advocacia),   discurso   de   acusação (advocacia), resenha crítica, artigos de  opinião ou  assinados,  editorial, ensaio

Transmissão   e construção   de 

Expor Apresentação   textual de   diferentes   formas dos saberes

Texto   expositivo,   exposição   oral, seminário,   conferência, comunicação   oral,   palestra, entrevista   de   especialista,   verbete, 

saberes

artigo   enciclopédico,   texto explicativo,   tomada   de   notas, resumo   de   textos   expositivos   e explicativos,   resenha,   relatório científico,   relatório   oral   de experiência

Instruções   e prescrições

Descrever ações

Regulação   mútua   de comportamentos

Instruções   de   montagem,   receita, regulamento,   regras   de   jogo, instruções   de   uso,   comandos diversos, textos prescritivos

SARMENTO,Leila Lauar Oficina de redação: 2ª ediçã. Moderna

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INTERTEXTUALIDADE.A intertextualidade é  quantas  vezes,  no processo de escrita,  constituímos um 

texto recorrendo a outros textos. Veja um exemplo de intertextualidade.

ESCÂNDALO e LITERATURA1.” Um Haicai“ Cueca e dinheiro, o outono da ideologia do vil companheiro”.2.Machado de Assis “Foi poetisa por 25 anos e 100 mil dólares na cueca.”3.Dalton Travisan“ PT. Cem mil. Cueca. Acabou”.4. Concretista“ PTCuecaCuPTEcaPetecaTePecaCloaca”5. Graciliano Ramos“   Parecia   padecer   de   um   desconforto   moral.Eram   os   dólares   a   lhe   pressionar   os testículos”6. Rimabud“ Prendi os dólares na cueca, e vinte e cinco anos de rutilantes empulhações cegaram – me os olhos, mas  não o raio­x”.7. Álvaro de Campos“ Os dólares estão em mim, já não me sou, mesmo sendo o que estava destinado a ser, nunca fui senão isto: um estelionato moral na cueca das idéias vãs”.8. Drummond“ Tinha um raio­x no meio do caminho, e agora José?”9. Proust  “  Acabrunhado  com  todas   aquelas  denúncias   e   a  perspectiva  de  mais  um dia   tão sombrio como os últimos, juntei os dólares e levei­os á cueca. Mas no mesmo instante em que aquelas cédulas tocaram a minha pele, estremeci, atento ao que se passava de extraordinário em mim. Invadiram­me um prazer delicioso, isolado, sem noção da sua causa  esse prazer logo me tornara indiferente ás vicissitudes da vida, inofensivos  seus desastres, ilusória sua brevidade, tal como fazem a ideologia e o poder, enchendo­me de uma preciosa essência.” 

10. T.S.Eliot“Que dólares são estes que se agarraram a esta imundice pelancosa? Filhos da mãe! Não podem dizer! Nem mesmo estimam o mal porque conhecem não mais do que tanto de idéias fraturadas batidas pelo tempo. E as verdades mortas já não mais os obrigam nem consolam.”11. Lispector“Guardei os dólares na cueca e senti o prazer terrível da traição. Não a traição aos meus pares,   que   estávamos   juntos,   mas   a   séculos   de   uma   crença   que   eu   sempre   soube estúpida, embora apaixonante. Sentia­me ao mesmo tempo santo e vagabundo, mártir de uma causa e seu mais sujo servidor, nota a nota”.12. Lenin“ Não escondemos dólares na cueca, antes afrontamos os fariseus da social democracia. Recorrer aos métodos que a hipocrisia burguesa criminaliza não é, pois, crime, mas ato de resistência e fratura revoluciónária. Não há bandidos quando é a ordem burguesa que está   sendo derribada.  Robespierre  não cortava  cabeças,  mas   irrigava   futuros  com o sangue da reação. Assim faremos nós; o dólar na cueca é uma arma que temos contra os inimigos do povo. Não usá­lo é fazer o jogo dos que querem deter a revolução. Usá­la é dever indeclinável de todo revolucionário’.13. Stalin“ Guarda a grana e passa fogo na cambada!”14. Gilberto Gil“ Se a cueca fosse verde como as notas, teríamos resgatado o sentido de brasilidade impregnado nas cores diáfanas de nosso pendão, numa sinergia caótica com o mundo das tecnologias e dos raios que, diferentemente dos da baianidade, não são de sol nem das luzes dos orixás, mas de um aparelho apenas, aleatoriamente colocado ali, naquele momento,conformando   uma   quase   coincidência   entre   acultura   do   levar   e   trazer numerário,tão nacional, tão brasileira quanto um poema de Torquato.”15. Ferreira Gullar“ Sujo, sujo, não como o poema mas como os homens em seus desvios.”16.Paulino da Viola“ Dinheiro da cueca é vendaval.”17. Camões“ Eis pois, a nau ancorada no porto á espreita dos que virão d’além da cobiça da distante terra,   trazendo seus  pertences,  embarcaram minh’alma se aflige  tão cedo desta  vida descontente.”18. Guimarães Rosa“ Notudo. Ficado fico. Era apenas a vereda errada dentre as várias.”19. Shakespeare“ Meu reino por uma ceroula!!!”20.Dráuzio Varela“ Ao perceber na fila de embarque o cidadão á frente, notei certa obesidade na região central.  Se tivesse me sentado ao seu lado durante o vôo, recomendaria  um regime, vexame que me foi poupado pelos agentes da PF de plantão no aeroporto.  Cuidado, portanto, nem toda morbidez é  obesidade”.21.Neruda“ Cem mil  dólares e uma cueca desesperada.”  

KOCH, Ingedore V. e Elias, Vanda Maria.Ler e compreender:Os sentidos do texto. São Paulo, 2008.

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LEITURA, TEXTO E SENTIDOO   que   é   ler?   Para   que   ler?Como   ler?   Evidentemente,   as   perguntas   poderão   ser respondidas  de  diferentes  modos,  os  quais   revelarão  uma  concepção  de   sujeito,  de língua, de texto e de sentido que se adote .

A concepção de língua como  representação do pensamento corresponde á  de sujeito psicológico, individual, dono de sua vontade e de suas ações. Trata­se de um sujeito visto como um ego que constrói uma representação mental e deseja que seja “captada” pelo interlocutor da maneira como foi mentalizada.Nessa   concepção   de   língua   como   representação   do   pensamento   e   de   sujeito   como senhor absoluto de suas ações e de seu dizer, o texto é visto como um produto­ lógico­ do pensamento ( representação mental) do autor, nada mais cabendo ao   leitor senão “ captar” essa representação mental, juntamente com as intenções( psicológicas) do produtor, exercendo, pois, um papel passivo.A leitura assim, é entendida como atividade de captação das idéias do autor, sem se levar em conta as experiências e os conhecimentos do leitor, a interação autor­texto­leitor com propósitos construídos socio­cognitivo­ interacional.  O foco de atenção é, pois o autor e suas intenções, e o sentido está centrado no autor, bastando tão somente ao leitor captar essas intenções.Foco no textoPor   sua   vez,   á   concepção   de   língua   como   estrutura   corresponde   a   de   sujeito determinado,   “assujeitado”   pelo   sistema,caracterizado   por   uma   espécie   de   “   não consciência,   ”.   O   princípio   explicativo   de   todo   e   qualquer   fenômeno   e   de   todo   e qualquer   comportamento   indivudual   repousa   sobre   a   consideração   do   sistema,   que lingüístico, quer social.Nessa concepção de língua como código  ­ portanto como instrumento de comunicação –  e  de  sujeito  como (pré)  determinado  pelo  sistema,  o   texto  e  visto  como simples produto de codificação de um emissor a ser decodificado pelo leitor \ ouvinte, bastando a este, para tanto o código utilizado.Consequentemente, a leitura, é uma atividade que exige do leitor o foco no texto, em sua   linearidade,  uma vez  que  “   tudo está  dito”.  Se,  na  concepão  anterior,  ao   leitor cabia,o   reconhecimento   do   sentido   das   palavras   e   estruturas   do   texto.   Em   ambas, porém  ,   o   leitor  é   caracterizado  por   realizar   uma   atividade  de   reconhecimento,   de reprodução.Na concepção interacional(  dialógica)  da língua,  os sujeitos são vistos como atores\ construtores   sociais,   sujeitos   ativos   que   _   dialogicamente   –   se   constroem   e   são construídos no texto,  considerado o próprio lugar da interação e da constituição dos interlocutores.

A leitura é uma atividade na qual se leva em conta experiências e os conhecimentos do leitor. A leitura de um texto exige do leitor bem mais que o conhecimento do código linguístico, uma vez que o texto não é simples produto da decodificação de um emissor a ser decodificado por um receptor passivo.A leitura é um processo no qual o leitor realiza um trabalho ativo de compreensão e interpretação do texto, a partir de seus objetivos, de seu conhecimento sobre o assunto, sobre  o   autor,   de   tudo  o  que   sabe   sobre   a   linguagem  etc.  Não   se   trata   de   extrair informação, decodificando letra por letra, palavra por palavra. Trata se de uma atividade que implica estratégias de seleção, antecipação, inferência e verificação, sem as quais não é possível proficiência. È o uso desses procedimentos que possibilita controlar o que vai sendo lido, permitindo tomar decisões diante de compreensão, avançar na busca de esclarecimentos, validar no texto suposições feitas.(PCNs) KOCH, Ingedore V. e Elias, Vanda Maria.Ler e compreender:Os sentidos do texto. São Paulo, 2008.

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Texto

Na linguística, a noção de texto é ampla e ainda aberta a uma definição mais precisa. Grosso modo, pode ser entendido como manifestação linguística das ideias de um autor, que serão interpretadas pelo leitor  de acordo com seus conhecimentos  linguísticos  e culturais. Seu tamanho é variável.

“Conjunto de palavras e frases articuladas, escritas sobre qualquer suporte”.

“Obra escrita considerada na sua redação original e autêntica (por oposição a sumário, tradução, notas, comentários, etc.)”.

"Um texto é uma ocorrência lingüística, escrita ou falada de qualquer extensão, dotada de unidade sociocomunicativa, semântica e formal. É uma unidade de linguagem em uso."

O interesse pelo texto como objeto de estudo gerou vários  trabalhos  importantes  de teóricos  da  Lingüística  Textual,  que  percorreram fases  diversas  cujas  características principais eram transpor os limites da frase descontextualizada da gramática tradicional e ainda incluir os relevantes papéis do autor e do leitor na construção de textos.

Um texto pode ser escrito ou oral e, em sentido lato, pode ser também não verbal.

Texto crítico é uma produção textual que parte de um processo reflexivo e analítico gerando um conteúdo com crítica construtiva e bem fundamentada.

Em artes gráficas, o texto é a parte verbal, lingüística, por oposição às ilustrações.

Todo   texto   tem   que   ter   alguns   aspectos   formais,   ou   seja,   tem   que   ter   estrutura, elementos que estabelecem relaçao entre si. Dentro dos aspectos formais temos a coesão e a coerência, que dão sentido e forma ao texto. "A coesão textual é a relação, a ligação, a   conexão   entre   as   palavras,   expressões   ou   frases   do   texto”.   A   coerência   está relacionada com a compreensão, a interpretação do que se diz ou escreve. Um texto precisa ter sentido, isto é,  precisa ter coerência.  Embora a coesão não seja condição suficiente para que enunciados se constituam em textos, são os elementos coesivos que lhes dão maior legibilidade e evidenciam as relações entre seus diversos componentes, a coerência depende da coesão.

 Textos Literários e não Literários

Os textos literários,são aqueles que, em geral, têm o objetivo de emocionar o leitor, e para isso exploram a linguagem conotativa ou poética. Em geral, ocorre o predomínio da função emotiva e poética.

Exemplos de textos literários: poemas, romances literários, contos, telenovelas.

Os textos não literários pretendem informar o leitor de forma direta e objetiva, a partir de uma linguagem denotativa. A função referencial predomina nos textos não­literários.

Exemplos de textos não­literários:  notícias e  reportagens  jornalísticas, textos de livros didáticos   de  História,  Geografia,  Ciências,   textos  científicos  em   geral,  receitas culinárias, bulas de remédio.

Bibliografia

• AURÉLIO.   Veja­se   FERREIRA,   Aurélio   Buarque   de   Holanda.  Dicionário Aurélio eletrônico – Século XXI.

• COSTA   VAL,   M.   da   Graça.  Redação   e   textualidade.   São   Paulo,   Martins Fontes, 1991.

• CAMARGO, Ana Maria  de Almeida;  BELLOTTO,  Heloísa Liberalli   (orgs.). Dicionário   de   terminologia   arquivística.  São   Paulo:   Associação   dos Arquivistas Brasileiros – Núcleo de São Paulo / Secretaria de Estado da Cultura – Departamento de Museus e Arquivos, 1996.

• FERREIRA,  Aurélio  Buarque  de  Holanda.  Dicionário  Aurélio   eletrônico  – Século XXI. Versão 3.0. São Paulo: Lexikon, 1999.

• KOCH,   Ingedore   Grunfeld   Villaça;   TRAVAGLIA,   Luis   Carlos.  Texto   e coerência. 8.ed. São Paulo: Cortez, 2002.

• PLATÃO & FIORIN.  Para entender o texto:   leitura e  redação.  3.ed.  São Paulo: Ática, 1996.

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Tipologia textual é a forma como um texto se apresenta. As tipologias existentes são: descrição, narração, dissertação, exposição, injunção, diálogo e entrevista. É importante que não se confunda tipo textual com gênero textual. 

 Explicação

O objetivo do texto é passar conhecimento para o leitor. Nesse tipo textual, não se faz a defesa de uma idéia. Exemplos de textos explicativos são os encontrados em manuais de instruções.

 Informativo

Texto informativo, tem a função de informar o leitor a respeito de algo ou alguém, é o texto de uma notícia de jornal, de revista, folhetos informativos, propagandas. Uso da função referencial da linguagem, 3ª pessoa do singular.

 Descrição

Um texto em que se faz um retrato por escrito de um lugar, uma pessoa, um animal ou um  objeto. A classe de palavras mais utilizada nessa produção é o  adjetivo, pela sua função  caracterizadora.   Numa   abordagem   mais   abstrata,   pode­se   até   descrever sensações ou  sentimentos. Não há relação de anterioridade e posterioridade. Significa "criar" com palavras a imagem do objeto descrito. É fazer uma descrição minuciosa do objeto ou da personagem a que o texto se refere.

 Narração

Modalidade em que se conta um fato, fictício ou não, que ocorreu num determinado tempo e lugar, envolvendo certos personagens. Refere­se a objetos do mundo real. Há uma   relação   de   anterioridade   e   posterioridade.   O   tempo   verbal   predominante   é   o passado.  Estamos cercados  de narrações  desde as que nos contam histórias   infantis, como   o  Chapeuzinho   Vermelho   ou   a  Bela   Adormecida,   até   as   picantes   piadas   do cotidiano.

 Dissertação

Dissertar  é   o  mesmo  que  desenvolver  ou  explicar  um assunto,  discorrer   sobre   ele. Assim, o texto dissertativo pertence ao grupo dos textos expositivos, juntamente com o texto de apresentação científica, o relatório, o texto didático, o artigo enciclopédico. Em princípio,  o   texto  dissertativo  não  está   preocupado   com a  persuasão   e   sim,   com a transmissão de conhecimento, sendo, portanto, um texto informativo.

 Argumentativo

Os textos argumentativos, ao contrário, têm por finalidade principal persuadir o leitor sobre o ponto de vista do autor a respeito do assunto. Quando o texto, além de explicar, também   persuade   o   interlocutor   e   modifica   seu   comportamento,   temos   um   texto dissertativo­argumentativo.

Exemplos: texto de opinião, carta do leitor, carta de solicitação, deliberação informal, discurso   de   defesa   e   acusação   (advocacia),   resenha   crítica,   artigos   de   opinião   ou assinados, editorial

 Exposição

Apresenta  informações  sobre assuntos,  expõe  ideias;  explica,  avalia,  reflete.  (analisa ideias).

Estrutura básica:

• ideia principal;• desenvolvimento;• conclusão.

Uso de linguagem clara. Ex: ensaios, artigos científicos, exposições,etc.

 Injunção

Indica como realizar  uma  ação. É   também utilizado para predizer  acontecimentos  e comportamentos. Utiliza linguagem objetiva e simples. Os verbos são, na sua maioria, empregados no modo imperativo. Há também o uso do futuro do presente. Ex: Receita de um bolo e manuais.

 Diálogo

Diálogo   é   uma   conversação   estabelecida   entre   duas   ou   mais   pessoas.   Pode   conter marcas da linguagem oral, como pausas e retomadas.

 Entrevista

Entrevista   é   uma   conversação   entre   duas   ou   mais   pessoas   (o   entrevistador   e   o entrevistado), na qual perguntas são feitas pelo entrevistador para obter informação do entrevistado.   Os   repórteres   entrevistam   as   suas   fontes   para   obter   declarações   que validem as  informações  apuradas  ou que relatem situações vividas  por personagens. Antes de ir  para a rua,  o repórter  recebe uma pauta que contém informações  que o 

ajudarão a construir a matéria. Além das informações, a pauta sugere o enfoque a ser trabalhado assim como as fontes a serem entrevistadas. Antes da entrevista o repórter costuma reunir o máximo de informações disponíveis sobre o assunto a ser abordado e sobre a pessoa que será entrevistada. Munido deste material, ele formula perguntas que levem o entrevistado a fornecer informações  novas e relevantes.  O repórter  também deve ser perspicaz para perceber se o entrevistado mente ou manipula dados nas suas respostas, fato que costuma acontecer principalmente com as fontes oficiais do tema. Por exemplo, quando o repórter vai entrevistar o presidente de uma instituição pública sobre um problema que está a afetar o fornecimento de serviços à população, ele tende a evitar  as  perguntas  e  a  querer   reverter  a   resposta  para  o  que  considera  positivo  na instituição. É importante que o repórter seja insistente. O entrevistador deve conquistar a confiança do entrevistado, mas não tentar dominá­lo, nem ser por ele dominado. Caso contrário, acabará induzindo as respostas ou perdendo a objetividade.

As entrevistas apresentam com frequência alguns sinais de pontuação como o ponto de interrogação, o travessão, aspas, reticências, parêntese e as vezes colchetes, que servem para dar  ao  leitor  maior   informações  que ele  supostamente  desconhece.  O  título  da entrevista é um enunciado curto que chama a atenção do leitor e resume a ideia básica da entrevista. Pode estar todo em letra maiúscula e recebe maior destaque da página. Na maioria  dos  casos,  apenas  as  preposições   ficam com a   letra  minúscula.  O subtítulo introduz o objetivo principal  da entrevista  e não vem seguido de ponto final.  É  um pequeno   texto   e   vem   em   destaque   também.   A   fotografia   do   entrevistado   aparece normalmente na primeira página da entrevista e pode estar acompanhada por uma frase dita por ele. As frases importantes ditas pelo entrevistado e que aparecem em destaque nas outras páginas da entrevista são chamadas de "olho".

SARMENTO,Leila Lauar Oficina de redação: 2ª ediçã. Moderna.