TextoRelatividadeFisica IV
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7/25/2019 TextoRelatividadeFisica IV
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Texto de Relatividade para Física IV - Prof. Maria Luiza Bedran
1. RelatividadeA teoria da Relatividade Especial baseia-se no princípio de que todos os referenciais
inerciais são equivalentes em relação à formulação das leis físicas ( PrimeiroPostulado).
1.1 Invari!ncia das leis físicas
Referencial inercial ! por definição! um referencial no qual as leis demovimento de "e#ton são v$lidas. %m carrossel &irando ou um carro acelerado não sãoreferenciais inerciais. 'ualquer referencial movendo-se com velocidade constante emrelação a um referencial inercial tambm inercial! porque a aceleração de um corpo amesma quando medida nestes dois referenciais.
%m observador que deia cair um obeto num trem em movimento observa uma
traet*ria retilínea! enquanto que um observador na estação observa uma traet*ria parab*lica. Para cada observador! usando velocidades e aceleraç+es medidas em seu pr*prio referencial! as leis de "e#ton são obedecidas. As leis de Newton são as mesmas
(invariantes) em todos os referenciais inerciais.
Einstein prop,s em /0 que este princípio deveria ser estendido a todas as leisda física.
1onsideremos a propa&ação de ondas na matria. %ma fonte de ondas sonorasest$ em repouso em relação ao ar atravs do qual as ondas se propa&am. A eperi2nciamostra que para um observador em repouso em relação ao ar! as ondas se propa&amcom a mesma velocidade em todas as direç+es. Para um observador em movimento! noentanto! a velocidade aparece diferente. Para um observador que se afasta da fonte comvelocidade u ! a velocidade das ondas v - u ! onde v a velocidade do som em relaçãoao ar. Analo&amente! para um observador que se aproima da fonte! a velocidade dasondas v + u .
3er$ que essas consideraç+es tambm se aplicam a fen,menos *pticos4 5s físicosdo sculo 676 acreditavam que a lu8 deveria ter um meio material no qual se propa&ar.Este meio 9ipottico era c9amado de éter . 3uas propriedades deveriam ser as se&uintes:
a) densidade muitíssimo baia! $ que não era observado. b) etremamente rí&ido para ustificar o alto valor da velocidade da lu8.3e o ter eistisse! deveria ser possível determinar nosso movimento em relação a
ele! medindo a velocidade da lu8 em v$rias direç+es. ;odas as eperi2ncias reali8adas
com o obetivo de medir a velocidade do ter deram resultados ne&ativos. As maiscon9ecidas são as eperi2ncias de <ic9elson e <orle=. >icou claro que o ter nãoeiste. A propa&ação da lu8 no v$cuo não pode ser entendida com base na propa&açãode ondas num meio material.
3omos levados a concluir que! se todos os referenciais inerciais são equivalentes para a propa&ação da lu8! então a velocidade da luz no vácuo deve ser a mesma em
todos os referenciais inerciais (3e&undo Postulado). 3e&ue-se que! a velocidade da luz é
independente do movimento da fonte. Assim que a lu8 emitida por uma fonte ela?esquece@ qualquer movimento que a fonte ten9a em relação a al&um observador e viaacom uma velocidade definida (desi&nada por c) independente do movimento da fonte.
Esta conclusão foi confirmada eperimentalmente em B. <ediu-se a velocidade
da radiação eletroma&ntica emitida pelo decaimento de mesons/
π movendo-se a
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rel*&ios em movimento relativo e determinar com certe8a que eles permanecemsincroni8ados durante o movimento.
Oeremos mais adiante que estas duas 9ip*teses! a invariIncia do comprimento ea escala de tempo universal! devem ser modificadas para ficarem de acordo com o
princípio de invariIncia das leis físicas sob transformaç+es de coordenadas.
1.* Relatividade do te#po
Para desenvolver as conseq2ncias dos postulados de Einstein! faremos uso deeperi2ncias ima&inadas. Ao discutir eperi2ncias ima&inadas precisamos tomar muitocuidado para não fa8ermos consideraç+es que violem os postulados da relatividade.
Eperi2ncias ima&inadas envolvem a descrição de um ou mais eventos em v$riosreferenciais. A descrição de um evento inclui a posição e o instante de tempo em que eleocorre. %m evento descrito num sistema 3 como (x#$#z#t) pode ser descrito em 3K como(x#$#z#t). "osso obetivo obter uma transformação &eral que relacione estas duasdescriç+es. 5 resultado! as transforma%&es de 'orentz ! uma &enerali8ação das relaç+es
"e#tonianas (.B).Primeiro vamos questionar a 9ip*tese "e#toniana de que t! t . >açamos a
se&uinte per&unta: 'uando dois eventos ocorrem! cada um deles observado em doisreferenciais 3 e 3K! o intervalo de tempo entre eles parecer$ i&ual ou diferente nos doisreferenciais4
Ao tentar responder a esta per&unta qualitativamente! precisamos notar que amedida de tempo ou intervalos de tempo envolve o conceito de simultaneidade de doiseventos. 'uando di8emos que um ,nibus deia a estação ao meio-dia! queremos di8er que o evento da passa&em do ,nibus pelo fim da plataforma simultIneo ao evento do
ponteiro do rel*&io atin&ir o nQmero B. A dificuldade fundamental com medidas detempo que dois eventos que parecem simultIneos num referencial! em &eral não
parecem simultIneos em outro referencial que se move em relação ao primeiro. Para ver isso! consideremos a se&uinte eperi2ncia ima&inada:
>7J%RA B na p$&.
%m lon&o trem move-se com velocidade constante. Hois raios atin&em o tremnas suas etremidades. 1ada raio deia uma marca no trem e no tril9o no mesmoinstante. 5s pontos marcados no tril9o são desi&nados por + e B ! e os pontos
correspondentes no trem por +, (traseira) e B, (dianteira). 5 trem move-se de + para B.%m observador no c9ão est$ locali8ado em ! a meio camin9o entre + e B . 5utroobservador est$ no trem em ,! a meio camin9o entre +, e B,. Ambos os observadoresusam os sinais luminosos dos raios para observar os eventos.
Oamos supor que os raios atin&em o trem em tempos tais que os dois sinais delu8 atin&em o observador simultaneamente ele conclui que os dois eventosocorreram em + e B simultaneamente. <as o observador , move-se com o trem e osinal proveniente de B, o alcança antes do sinal proveniente de +, (o sinal de B,
percorre uma distancia menor que o sinal de +,) ele conclui que o evento na frente dotrem ocorreu antes do evento na parte traseira. Lo&o! os dois eventos parecemsimultIneos para um observador mas não para o outro. A simultaneidade ou não de dois
eventos ue ocorrem em pontos distantes de um oservador depende do estado de
D
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movimento do oservador. Lo&o! o intervalo de tempo entre dois eventos distantes diferente para dois observadores em movimento relativo.
Para entender este eemplo preciso abandonar a idia de que podemos ver tudoo que acontece em todos os lu&ares. Para ver#os um evento preciso que um raio delu8 entre no nosso ol9o. "*s ordenamos temporalmente os eventos de acordo com a
ordem de c9e&ada dos raios luminosos.Para obter uma relação quantitativa entre intervalos de tempo! vamos considerar outra eperi2ncia ima&inada.
>7J%RA D na p$&.
%m referencial 3M move-se com velocidade constante u (paralela ao eixo x)
relativa a 3. %m observador 5M em 3M tem uma fonte de lu8 que ele diri&e a um espel9oa uma distIncia d ! de tal modo que a lu8 refletida de volta. A traet*ria da lu8 orto&onal ao eio x. 5M mede o intervalo de tempo t ′∆ necess$rio para que a lu8 faça a
via&em de ida e volta. A distIncia total medida em 3M *d ! a velocidade da lu8 c e ointervalo de tempo
c
d t
B=′∆ (.F)
A&ora veamos como esta eperi2ncia vista pelo observador 3! em relação aoqual 5M se move com velocidade u. 3ea t ∆ o intervalo de tempo medido por 5.Hurante este tempo 5 v2 a fonte mover-se uma distIncia t u∆ . A distIncia total
percorrida pela lu8 vista por 5 i&ual aB
-B
B
BBB
∆+=
t ud l (.0)
He acordo com o se&undo postulado da relatividade! a velocidade da lu8 a mesma paraos dois observadores! lo&o
(.)
Eliminando a distIncia d entre (.F) e (.) obtemos
B
B
-
c
u
t t
−
′∆=∆
(.)
Podemos &enerali8ar este importante resultado. e dois eventos /ue ocorre#no #es#o ponto do espa$o nu# referencial , est0o separados por u# intervalo de
te#po t ′∆ c2a#ado de intervalo de te#po pr(prio34 ent0o o intervalo de te#po
t ∆ entre eles4 o5servado e# 4 6 #aior /ue t ′∆ e os dois est0o relacionados pela
e/.1.73. Lo&o! um rel*&io movendo-se com 3M parece! para um observador em 3!funcionar a um ritmo mais lento que o medido em 3. Este efeito c9amado dedilata$0o do te#po.
8xe#plo
5 meson +π uma partícula inst$vel com massa da ordem de BD ve8es a do eletron.
Hepois da sua produção numa colisão de alta ener&ia entre partículas nucleares! ele vive
F
B-
B
B
B
BB
∆+==∆
t ud
cc
l t
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em mdia sG-/A!B −× antes de decair num muon e num neutrino. Este tempo medidonum referencial em que a partícula est$ em repouso. 3e esta partícula criada comvelocidade u!"#c! qual seu tempo de vida medido no laborat*rio! e que distIncia ela
percorre durante este intervalo4
olu$0o)7dentificamos 3Mcom o referencial da partícula! pois ela nasce e morre no mesmo
ponto de 3M. Então o tempo pr*prio st G-/A!B −×=′∆ e
( ) s
s
c
u
t t
G
B
G
B
B-/F!-G
./-
-/A!B
-
−−
×=−
×=
−
′∆=∆
A distIncia percorrida no laborat*rio (referencial 3) m s smt ud E!0F-/F!-GC-/D!/ GG =××××=∆= − .
------------------CC-------------------
3ão necess$rias duas observaç+es quanto à derivação da eq.(.):1. 5 observador 3! que mede o intervalo de tempo t ∆ 4 não pode medir este
intervalo com um Qnico rel*&io! porque os dois eventos ocorrem em pontosdiferentes de 3. Ele precisa de B rel*&ios! um locali8ado no ponto de partida dalu8 e o outro no ponto de c9e&ada. 1omo esses B rel*&ios estão estacion$rios em3! possível sincroniz9-los sem ambi&idade. 1oloca-se uma fonte de lu8 ameia distIncia entre os B rel*&ios e envia-se um sinal. 5s operadores dosrel*&ios devem acion$-los! a partir de um tempo previamente combinado! aoreceber o sinal.
". 1onsideramos a distIncia d como sendo a mesma nos dois referenciais. Esta9ip*tese! apesar de correta! precisa ser eplicada. Para medir o comprimento deuma r&ua estacion$ria em 3M! mas movendo-se em 3! precisamos observar simultaneamente as posiç+es das duas etremidades. 'uando a r&ua se move
perpendicularmente a seu comprimento não 9$ problema. Precisamos apenas posicionar observadores ao lon&o da reta descrita pelo ponto mdio da r&ua.;odos estes observadores! movendo-se ou não! concordam quanto àsimultaneidade da passa&em das etremidades da r&ua em pontos
predeterminados. Lo&o todos concordam quanto ao comprimento da r&ua nosdiferentes referenciais. 'uando a r&ua se move paralelamente a seu
comprimento a situação diferente! como veremos mais adiante. ----------------------CC-------------------
1omo o intervalo de tempo entre B eventos que ocorrem no #es#o ponto numdado referencial mais fundamental que o intervalo medido num referencial que os v2em pontos diferentes! usamos o termo te#po pr(prio para desi&nar um intervalo detempo entre B eventos que ocorrem no mesmo ponto de um dado referencial.
'uando cu << vemos de (.) que t t ′∆=∆ ! concordando com a 9ip*tesene#toniana de uma escala de tempo absoluta para todos os referenciais.
0
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1.: Relatividade do co#pri#ento
Hevido à nature8a relativa de intervalos de tempo e simultaneidade! poder$ 9aver dificuldades em comparar medidas de comprimento em referenciais diferentes!
especialmente quando comprimentos são medidos paralelamente à direção domovimento. Para medir o comprimento de uma r&ua precisamos observar as posiç+esde suas etremidades simultaneamente! mas o que simultIneo num referencial podenão ser em outro. 3upon9a que uma r&ua est$ em repouso num referencial 3M
paralelamente ao eio x,. ;anto a r&ua como 3 Mmovem-se com velocidade constante u
em relação a outro referencial 3. 3e B observadores! um em 3Me outro em 3! medirem ocomprimento da r&ua! como comparar seus resultados4
%ma maneira de medir o comprimento da r&ua prender uma fonte de lu8 auma etremidade e um espel9o na outra. Pode-se então enviar um pulso de lu8 emdireção ao espel9o e medir o tempo necess$rio para que ele retorne à fonte. Estaeperi2ncia ima&inada mostrada na fi&ura.
>7J%RA F na p$&.
Hesi&nando por l, o comprimento medido em 3M! observamos que o tempo t ′∆necess$rio para que a lu8 percorra a r&ua duas ve8es
c
l t
′=′∆ B
(.G)
Este um intervalo de te#po pr(prio! pois medido entre B eventos que ocorrem nomesmo ponto do espaço em 3M.
Ho ponto de vista de 3! a lu8 proveniente da etremidade esquerda deve
percorrer uma distIncia maior que l (o comprimento da r&ua em 3)! pois a etremidadedireita desloca-se durante a via&em da lu8. 19amemos de -t ∆ o intervalo de temponecess$rio para que a lu8 v$ da fonte ao espel9o. Hurante este intervalo a r&ua desloca-se de uma distIncia )(
/-- t t ut u −=∆ . A distIncia percorrida pela lu8 :
-/-/- )( t ul t t ul x xd ∆+=−+=−= (.)1omo a lu8 viaa com velocidade c! temos que -t cd ∆= ! lo&o
uc
l t t ul t c
−=∆∴∆+=∆ ---
19amemos de Bt ∆ o tempo de volta da lu8. Hurante este tempo a etremidadeesquerda da r&ua move-se ao encontro da lu8! lo&o a lu8 percorre uma distIncia menor
que o comprimento da r&ua l . Esta distIncia :)( -BB- t t ul x x −−=− ou
uc
l t t ul t c
+=∆∴∆−=∆ BBB
Lo&o o tempo total B- t t t ∆+∆=∆ necess$rio para a via&em completa em 3 :
−
=+
+−
=∆
B
B
-
B
c
uc
l
uc
l
uc
l t
(./)
Esta relação difere de (.G) pelo fatorB
B
-c
u
− no denominador. 3abemos tambm que os
intervalos t ∆ e t ′∆ estão relacionados pela eq.(.)! $ que t ′∆ um intervalo de
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tempo pr*prio em 3M e t ∆ o intervalo para o mesmo par de eventos observado em 3.3ubstituindo (.G) e (./) em (.) obtemos:
B
B
B
B
B
B-
-
B
-
B
c
ul l
c
uc
l
c
uc
l −′=∴
−
′=
−
(.)
Este importante resultado mostra que o comprimento l medido em 3! no qual ar&ua se move! menor que o comprimento l, em 3M! no qual a r&ua est$ parada.19ama-se o comprimento medido no referencial em que o corpo est$ em repouso deco#pri#ento pr(prio. A eq.(.) mostra que o comprimento medido por umobservador em movimento sempre menor que o comprimento pr*prio! um efeitoc9amado de contra%ão do comprimento. 'uando uc vemos de (.) que l!l, !como no caso ne#toniano.
8xe#plo
"o eemplo do meson +π na seção .D! que distIncia o pion percorre quando medidano seu referencial de repouso4olu$0o
"este caso! a distIncia medida no laborat*rio corresponde ao comprimento pr*prio! isto! d!l, . (5 traço deiado pelo pion est$ em repouso no referencial do laborat*rio.) AdistIncia medida no referencial do pion aparece contraída:
( ) mmc
ud d E-!E./-E!0F-
B
B
B
=−=−=′
"otem que c s s
m
t
d u !/-/E!B
-/A!B
E-!E G
G =×=
×=
′∆′
= −− . Esta a velocidade do
laborat*rio em relação ao pion.
1.; +s transfor#a$%es de Lorentz
Oimos que as transformaç+es de Jalileu! eqs.(.B)! relacionando a posição e otempo de um evento num sistema de coordenadas com aqueles em outro sistema! sãoinconsistentes com os postulados da relatividade. A&ora vamos obter umatransformação de coordenadas relativisticamente correta! obtida por Lorent8 em GG.
>7J%RA na p$&.
1onsidere B referenciais inerciais 3 e 3M! 3M movendo-se com velocidade constanteu em relação a 3 no sentido positivo do eio x . (7sto equivalente a di8er que 3 move-se em relação a 3M com velocidade u no sentido ne&ativo do eio x,.) 3upon9a que noinstante em que as ori&ens 5 e 5M coincidem! os rel*&ios locali8ados em 5 e 5M seamsincronizados! de tal modo que quando /! =′=′≡ t t .. . 'ueremos obter a relaçãoentre as coordenadas (x,#$,#z,#t,) de um evento observado em 3M com as coordenadas(x#$#z#t) do mesmo evento observado em 3.
1omo $ vimos! não 9$ dificuldade em comparar comprimentos medidos perpendicularmente à direção de movimento. Podemos escrever imediatamente que $!$, e z!z, . A relação entre x e x, pode ser obtida observando a >7J%RA . Em 3! a
distIncia entre 5 e 5M no instante t ut . A coordenada x, um comprimento pr*prio
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em 3M! lo&o! quando vista por 3! aparece contraída pelo fator da eq.(.). A distInciatotal x em 3 do ponto 5 at o ponto onde o evento ocorre :
B
B
-c
u xut x −′+= (.B)
Podemos reescrever (.B) como uma equação para x, em termos de x e t :
B
B
-c
u
ut x x
−
−=′(.D)
1omo 3 e 3M são completamente equivalentes! a transformação que nos d$ x emtermos de x, e t, deve ter eatamente a mesma forma que (.D). A Qnica diferença queo sinal de u deve ser trocado! $ que a velocidade de 3 em relação a 3M - u . Podemosentão escrever:
B
B
-
c
u
t u x x
−
′+′=
(.F)
Podemos resolver (.F) para t, e usar (.D) para eliminar x, como se&ue:
B
B
B
B
B
B
B
B
B
BB
B
B
B
-
-
-
-
-
--
c
u
c
xuut
ut xc
u x
c
u
c
u
ut x
c
u x x
c
u xt u
−
−=
+−
−
−
=
−
−−−=′−−=′
Hividindo por u obtemos finalmente:
B
B
B
-c
u
c
ux
t t
−
−=′ (.0)
A eq.(.0) mostra que o tempo medido em 3Mdepende tanto do tempo como da posição observados em 3 . 7sso reflete o fato de que B rel*&ios que estão sincroni8adosem 3 aparecem dessincroni8ados em 3M por uma quantidade proporcional à distInciaentre eles em 3.
As transfor#a$%es de Lorentz são:
B
B
B
B
B
-
!!!
-c
u
c
uxt
t z z $ $
c
u
ut x x
−
−=′=′=′
−
−=′ (.)
Para uc elas se redu8em às transformaç+es de Jalileu (.B).
1.< Transfor#a$%es de velocidades
G
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'ueremos obter a relação entre as velocidades de um corpo observado em Bsistemas de refer2ncia. 1onsideremos um corpo movendo-se com velocidade constante
paralela ao eio x de cada um dos referenciais. Para aplicar as transformaç+es deLorent8! podemos considerar como eventos a c9e&ada do corpo em B pontos diferentes.
Em 3M o corpo est$ na posição - x′ no instante -t ′ e na posição B x′ em Bt ′ . Avelocidade v, em 3M :
t
x
t t
x xv
′∆′∆
=′−′′−′
=′-B
-B(.)
%semos as transformaç+es de Lorent8 para epressar estas quantidades emtermos de quantidades medidas em 3 :
B
B
B
B
-B-B-B
--
)(
c
u
t u x
c
u
t t u x x x x
−
∆−∆=
−
−−−=′−′
B
B
B
B
B
B
-B-B-B
-
C
-
C)(
c
u
c xut
c
u
cu x xt t t t
−
∆−∆=
−
−−−=′−′
BC c xut
t u xv
∆−∆∆−∆=′ (.G)
A velocidade medida em 3 t
xv
∆∆
= . Hividindo numerador e denominador por
t ∆ obtemos:
BC- cuv
uv
v −−
=′ (.)
A eq.(.) pode ser invertida (faça como eercício) resultando em:
BC- cvu
uvv
′++′
= (.B/)
5bservem que (.B/) tem a mesma forma que (.). A Qnica diferença que ostermos que cont2m u t2m sinais trocados! como era esperado. Essas equaç+es continuamv$lidas mesmo que v e v, não seam constantes.
3e u e v forem muito menores que c estas relaç+es se redu8em às equaç+es
ne#tonianas. <as se as velocidades forem compar$veis à da lu8 necess$rio usar atransformação relativística. 5 caso etremo ocorre quando v, ! c então qualquer quesea o valor de u tem-se v ! c . 7sso est$ de acordo com o se&undo postulado darelatividade.
8xe#plo3upon9a que um corpo move-se em 3M com velocidade v,! "#c e 3M move-se emrelação a 3 com velocidade u!"#c . 'ual a velocidade do corpo medida por 34
olu$0o
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7/25/2019 TextoRelatividadeFisica IV
http://slidepdf.com/reader/full/textorelatividadefisica-iv 10/18
A velocidade não-relativística seria v!/#0c. %sando (.B/) obtemos:
cc
v F!/)!/)(!/(-
G!-=
+=
Podemos obter uma transformação de velocidades para o caso mais &eral em que
um corpo se move no plano x$ (x$) com componentes de velocidade $ x vev ′′ em 3M.A relação para a componente x continua sendo (.B/)! $ que a coordenada $ não aparecenessa equação. A componente $ da velocidade em 3M dada por:
B
B
B
C
-
c xut
c
u $
t
$v $ ∆−∆
−∆=
′∆′∆=′
Hividindo numerador e denominador por t ∆ ! obtemos:B
B
B
C-
-
cuv
c
uv
v x
$
$ −
−=′ (.B)
A transformação de velocidades no plano x$ :
BC- cuv
uvv
x
x x −
−=′
B
B
B
C-
-
cuv
c
uv
v x
$
$ −
−=′ (.BB)
e a transformação inversa (faça como eercício) l2-se:
BC- cvu
uvv
x
x
x ′++′
=B
B
B
C-
-
cvu
c
uv
v x
$
$ ′+
−′=
(.BD)
%m detal9e surpreendente destas equaç+es que a componente $ da velocidadenum referencial depende das componentes x e $ no outro! coisa que não acontece nastransformaç+es de Jalileu.
8xe#plo%ma fonte de lu8 em repouso na ori&em 5K de 3M emite um raio de lu8 no plano x,$,
formando em In&ulo ϑ ′ com o eio x,. 'ual a sua direção vista em 34olu$0o
As componentes da velocidade em 3Msão: ϑ ϑ ′=′′=′ sencvcv $ x !cos
%samos (.BD) para obter as componentes em 3 :
ϑ
ϑ
ϑ
ϑ
′+
−′=
′+
+′=
cos-
C-!
cos-
cos BB
c
u
cu sencv
c
u
ucv $ x
A direção em 3! isto ! o In&ulo que o raio fa8 com o eio x de 3! dado por:
cu
cu sen
v
vt1
x
$
Ccos
C- BB
+′−′
==ϑ
ϑ ϑ
Para u!" ! ϑ ϑ ′= t1 t1 como esperado. Esta f*rmula Qtil na an$lise de umfen,meno c9amado ?aberração estelar@.
/
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". =in!#ica Relativística
As relaç+es cinem$ticas da relatividade requerem modificaç+es correspondentesnos princípios da dinImica. Para que o princ2pio de conserva%ão do momentum de umsistema isolado sea satisfeito em todos os referenciais inerciais preciso que a
definição de momentum sea &enerali8ada. A definição &enerali8ada indica o camin9o para a nova equação de movimento! que a &enerali8ação da se&unda lei de "e#ton. Amodificação correspondente da definição de ener1ia cinética leva naturalmente àconsideração da ener1ia associada 3 massa de um corpo e os princ2pios de conserva%ão
de massa e ener1ia emer&em como dois aspectos de uma Qnica lei de conservação. Arelação entre ener&ia e momentum para uma partícula sem massa aparece naturalmentedas novas definiç+es.
".1 Mo#entu#
As leis de "e#ton são invariantes sob as transformaç+es de Jalileu! mas estas
transformaç+es são inconsistentes com os postulados da relatividade e devem ser substituídas pelas transformaç+es de Lorent8. <odificaç+es correspondentes sãonecess$rias nos princípios da dinImica para que eles se 9armoni8em com a teoria darelatividade.
"a física ne#toniana o #o#entu# (ou momento linear) definido comovm p = ! onde m a massa do corpo e v sua velocidade. 5 momentum total de um
sistema de partículas dado por:
i
i
i
i
i vm p 4 ∑∑ == (B.)
"o entanto! esta &rande8a não invariante sob transformaç+es de Lorent8! isto ! se omomentum dado por (B.) for conservado num referencial inercial 3! ele não ser$
conservado em outro referencial inercial 3M que se move em relação a 3.Para que a lei de conserva$0o do #o#entu# permaneça v$lida em todos os
referenciais inerciais! preciso que a definição de momentum de um corpo seamodificada. A nova definição deve preservar as propriedades usuais do momentum! isto! deve ser proporcional à massa do corpo e paralelo à sua velocidade. Alm disso deveredu8ir-se ao momentum ne#toniano no limite de baias velocidades. 5 #o#entu#
relativístico definido por:
vmv
c
v
vm p
)(
-B
Bγ =
−
=(B.B)
onde introdu8imos o fator de Lorentz :B
B
-
-)(
c
vv
−
=γ (B.D)
1om esta definição! o momentum total de um sistema (isolado) de partículas
ii
i
i
i
i vmv p 4 )(∑∑ == γ (B.F)
conservado em qualquer referencial inercial.
A nova definição de momentum requer uma revisão no conceito de centro de
massa. Hefine-se a velocidade do centro de massa como sendo a velocidade de umreferencial no qual o momentum total do sistema 8ero. 7sso define apenas a velocidade
B
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do centro de massa! não a sua posição! mas suficiente para a maior parte dasaplicaç+es.
8xe#plo%ma partícula de massa m est$ em repouso na ori&em 5 de um sistema 3 e uma
se&unda partícula com mesma massa move-se no sentido positivo do eio x comvelocidade v. Ac9e a velocidade do centro de massa.olu$0oProcuramos um sistema 3M com velocidade u relativa a 3! tal que em 3M o momentumtotal 8ero. As velocidades em 3M são (ver eq. .):
B
-
-c
uv
uvv
−
−=′
e uv −=′B
Para que o momentum total em 3M sea 8ero! devemos ter:
B
B
B
B
B
BB
B
B
B-
-
---
/
--c
v
vuu
c
v
uv
c
v
vm
c
v
vm
−+
=∴=
−
−⇒=
′−
′+
′−
′
(B.0)
"otem que! para vc#-
-
-)(
B
B≈
−
=
c
vvγ
eB
vu = ! que o resultado ne#toniano.
"." For$a e #ovi#ento
A eq.(B.B) pode ser interpretada de duas maneiras. 5 ponto de vista apresentado
foi o da &enerali8ação da definição de momentum m constante para uma dada partícula e representa as propriedades inerciais da partícula. 5utro ponto de vista queo momentum continua sendo o produto da massa pela velocidade! mas a massa a ser usada não apenas m mas uma ?massa relativística@ dada por ( )m vγ . A escol9a entreestes dois pontos de vista uma questão de &osto. 5corre que o primeiro ponto de vista(o da &enerali8ação do momentum) mais Qtil na &enerali8ação correta da se&unda leide "e#ton! nosso pr*imo problema. Em qualquer caso! m comumente c9amada demassa de repouso# para distin&uir da massa relativística. 5 conceito de ?aumento damassa relativística@ desnecess$rio e pode levar a erro! por isso não o usaremos. "adiscussão que se se&ue m sempre constante! não uma quantidade dependente davelocidade.
Pode-se fa8er duas adivin9aç+es ra8o$veis sobre a &enerali8ação da se&unda leide "e#ton para 9armoni8$-la com o princípio da relatividade. %ma delas manter a
forma 5 ma=∑ r! usando para m a massa relativística dada por ( )m vγ . A outra
retornar à forma ori&inal de "e#ton!
B
B
dp d mv 5
dt dt v
c
÷ ÷= = ÷
− ÷
∑r r
r
(B.)
As duas formas não são equivalentes! pois no primeiro caso temos ( )
dv
5 m v dt γ =∑
r
.A forma correta s* pode ser decidida por comparação com resultados eperimentais.
D
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Esta questão tem sido investi&ada eperimentalmente numa &rande variedade desituaç+es! especialmente com partículas carre&adas em alta velocidade na presença decampos eltricos e ma&nticos. Oerificou-se que a e/ua$0o de #ovi#ento correta :
B
B
( )
d mv 6 v 7
dt v
c
÷ ÷+ × = ÷
− ÷
rr rr
(B.)
que concorda com o se&undo ponto de vista. 5 lado esquerdo de (B.) c9amado de
for$a de Lorentz. 1onsidera-se que ! ! 6 7 vr
são medidos no mesmo referencial e quem e são constantes que caracteri8am as propriedades inercial e eltrica da partícula.
"em m nem dependem da velocidade v da partícula essas &rande8as são invariantes
sob transformaç+es de um referencial inercial para outro.5bservaç+es com outros tipos de força são mais difíceis! mas todas as
observaç+es são consistentes com a lei de movimento (B.).
8xe#plo%ma partícula carre&ada de massa m e car&a viaa com velocidade v ! "#0 c. Encontrea ma&nitude do campo eltrico necess$rio para dar à partícula uma aceleração a nadireção do movimento ori&inal. 3e este campo fosse aplicado a uma partícula emrepouso! que aceleração ele produ8iria4olu$0oHa eq.(B.) temos:
B
B
DB B B B
B B B
v
d v dvc6 m mdt dt v v v
c c c
÷ ÷= = + ÷ − − ÷ − ÷
Escrevendodv
adt
= e simplificando! obtemos:( )
DB B
B
-B0
BE-
ma ma 6
(v(c
= =−
para v!"#0c. 3e este campo fosse aplicado a uma partícula inicialmente em repouso! a
aceleração seria maior pelo fator A!FBE
-B0 ≈ . 5u sea! para provocar uma aceleração a
numa partícula em repouso precisamos de um campo 6 ! e para provocar a mesmaaceleração numa partícula com velocidade "#0c precisamos de um campo 8#96 ! quasecinco ve8es maior. >ica cada ve8 mais difícil acelerar a partícula à medida que ela seaproima da velocidade da lu8. Oeremos mais adiante que a velocidade da lu8 no v$cuoc inatin&ível para partículas materiais.
".* Tra5al2o e ener>ia
As modificaç+es nas leis de movimento implicam em modificaç+escorrespondentes na relação entre trabal9o e ener&ia. Assim como a se&unda lei de
"e#ton em sua forma ori&inal usada para obter-se a relação entre trabal9o e ener&ia :
F
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B
-
B
BB
-
B
-B
-
mvmv 5dx
x
x
−=∫ ! usamos a equação de movimento &enerali8ada (B.)
para obter a &enerali8ação relativística desta relação. <antemos a definição detrabal9o:
∫ =B
-
x
x
5dx: (B.G)
e usamos a eq.(B.) para converter esta inte&ral numa forma que contem apenas avelocidade da partícula! fa8endo então a inte&ração. 5 resultado uma epressãocontendo as velocidades inicial e final! da qual podemos dedu8ir uma &enerali8açãoapropriada da definição de ener&ia cintica.
Por simplicidade! consideraremos apenas o movimento ao lon&o de uma lin9areta. A força pode variar ao lon&o do movimento! mas a&e sempre na direção do eio x.3ea a velocidade da partícula -
v no ponto de coordenada - x e instante -
t eanalo&amente no ponto B. 5 momentum pode ser encarado como função de x#v ou t ! $
que 9$ uma relação funcional entre eles. %sando a re&ra da cadeia e dt dxv = !
transformamos sucessivamente a vari$vel de inte&ração em (B.G)! como se&ue:
dvvdv
dpdx
dt
dx
dx
dv
dv
dpdx
dt
dv
dv
dpdx
dt
dp 5dx:
v
v
x
x
x
x
x
x
x
x
∫ ∫ ∫ ∫ ∫ =====B
-
B
-
B
-
B
-
B
-
(B.)
1omo p dado como função de v por (B.B)! temos:
dv
c
v
mv
dv
d v:
v
v
−
= ∫ B
B
-
B
-
(B./)
>a8endo a inte&ração por partes obtemos:
B
B
-
B
B
B
B
B
B
B
B
-BB
BB
B
B
B
--
)(
-
)(-
-c
v
mc
c
v
mcidem
c
v
mcveventrecalculado
c
vmc
c
v
mv:
−
−
−
=
−
=−+
−
=
(B.)A eq.(B.) mostra que o efeito do trabal9o produ8ir uma mudança na
quantidadeB
B
B
B
)(
-
mcv
c
v
mc 6 γ =
−
=(B.B)
Entretanto! esta não pode ser a ener&ia cintica! porque quando v!" seu valor não 8ero! mas Bmc . Para obter o an$lo&o da ener1ia cinética cl$ssica devemos subtrair
Bmc ! definindo a ener>ia cin6tica relativística como:
)-(
-
BB
B
B
B
−=−
−
= γ mcmc
c
v
mc ;
(B.D)
0
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A epressão (B.D) deve se redu8ir a B
B
-mv quando vc . Podemos mostrar
isso epandindo o fator de Lorent8 usando o teorema binomial:
...G
D
B
---
F
F
B
BB-
B
B
+++=
−
−
c
v
c
v
c
v
3ubstituindo em (B.D) encontramos:
...G
D
B
-...
G
D
B
--
B
FBB
F
F
B
BB ++=−
+++=
c
vmmvmc
c
v
c
vmc ;
Para vc! ; redu8-se à epressão cl$ssica.
A validade da eq.(B.D) tem sido confirmada eperimentalmente com o uso deaceleradores de partículas a altas ener&ias (1ER"! >ermilab! etc.).
A eq.(B.B) su&ere que! alm de ter ener&ia associada a movimento! uma partícula de massa m tem uma ener&ia Bmc mesmo quando est$ parada. Podemos pensar que esta ener&ia est$ associada à massa da partícula. 1om base nessainterpretação! a eq.(B.B) representa a ener&ia total da partícula! incluindo tanto aener&ia cintica como a ener&ia Bmc associada à sua massa! que c9amada de ener>ia
de repouso. Esta especulação não uma prova de que a ener&ia de repouso umconceito que tem si&nificado físico! mas su&ere um camin9o para investi&ação. He fato!9$ evid2ncias eperimentais diretas de que Bmc representa realmente uma ener&iaassociada à massa.
%ma visão mais profunda da relação massa-ener1ia pode ser obtida derivando-se uma equação relacionando a ener&ia total de uma partícula e seu momentum. Parafa8er isso! combinamos as equaç+es (B.B) e (B.B) para eliminar v e obter umaepressão relacionando 6 e p. Hividimos (B.B) por Bmc e elevamos ao quadrado:
B
B
B
B
-
-
c
vmc
6
−=
(B.Fa)
A&ora dividimos (B.B) por mc e elevamos ao quadrado:
B
B
B
B
B
-c
v
cv
mc
p
−=
(B.Fb)
3ubtraindo e rearranando obtemos:
BBBBB)( pcmc 6 += (B.0)
Esta equação envolvendo ener1ia# massa e momentum# tem importantesimplicaç+es te*ricas. 1omo ela não contm o fator de Lorent8 )(vγ ! ela pode ser analisada no caso etremamente relativístico em que cv → (ver pr*ima p$&ina). "o
limite não-relativístico! quando vc e pmc ! (B.0) redu8-se am
pmc 6
B
BB += .
5 etremo oposto uma partícula com uma velocidade tão pr*ima de c que oseu momentum muito maior que mc. "este caso! c9amado ?domínio etremamente
relativístico@ ! o se&undo termo de (B.0) fica tão &rande que o primeiro termo pode ser despre8ado e a relação ener1ia-momentum torna-se aproimadamente cp 6 = . Para
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uma partícula etremamente relativística a ener&ia total muito maior que a ener&ia derepouso.
A eq.(B.0) tambm su&ere a possibilidade de partículas sem massa. 1onsidereuma partícula com m!" e v!c as equaç+es
vmv
c
v
vm p
)(
-B
B
γ =
−
= e
B
B
B
B
)(
-mcv
c
v
mc
6 γ =−= tornam-se indeter#inadas
com estes valores! mas uma partícula desse tipo não proibida pela eq.(B.0). Para uma partícula sem massa a relação ener&ia-momentum simplesmente
/== m paracp 6 . (B.)
;ais partículas realmente eistem a mais familiar o f<ton ou uantum de radia%ão
eletroma&ntica. Oemos que uma das propriedades essenciais dos f*tons! a relaçãoener&ia-momentum! se&ue diretamente de consideraç+es relativísticas.
-----------------------------CC----------------------------------
1omo a ener&ia de um f*ton proporcional à sua freq2ncia! =f 6 foton = ! onde= a constante de PlancS ( se> s ? = .-/-D0AA!F.-/ABA/EA!A -0DF −− ×=×= )! omomentum do f<ton :
f m@1 c
=f
c
6 p
foton
foton ).-/B-/!B( FB−×=== .
1onsidere um feie de N f<tons incidindo sobre uma superfície absorvedora. A ener&ia
do feie foton feixe N6 A = e seu momentum valec
c
N6 p N 4 feixe foton foton feixe === .
1alculemos a taxa de transferBncia de momentum do feie para a superfícieabsorvedora! ou sea! a for%a eercida pelo feie sobre a superfície:
dt
d
cdt
d4 5
feixe feixe -==
3e a superfície tem $rea A! a press0o de radia$0o sobre a superfície dada por:
C cdt
d
Ac A
5 feixe
rad
--- =
==Ρ
onde C o m*dulo do vetor de Po?ntin> : 7 6 C
×=/
-
µ .
( 7 6 ! são os campos eltrico e ma&ntico associados à onda eletroma&ntica que viaacom velocidade c na direção de C .) 5 valor mdio no tempo de C(t) c9amado deintensidade da radia%ão eletroma1nética .
--------------------------------CC-----------------------------------
1ontinuemos a an$lise da eq.(B.0). Hissemos anteriormente que m (a massa derepouso) uma constante característica da partícula! lo&o ela deve ser a mesma emtodos os referenciais inerciais. T claro que a velocidade! o momentum e a ener&ia da
partícula t2m valores diferentes em diferentes referenciais. <as se m constante
(independente de referencial)! então (B.0) requer que BBBBB )(mc pc 6 =− ten9a omesmo valor em todos os referenciais inerciais# isto ! deve ser invariante sob
![Page 18: TextoRelatividadeFisica IV](https://reader034.fdocumentos.tips/reader034/viewer/2022052607/56d6c0a81a28ab30169b47e1/html5/thumbnails/18.jpg)
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transformaç+es de Lorent8. 7sso pode ser verificado diretamente usando-se astransformaç+es de velocidades entre B referenciais inerciais.
".: Massa e ener>ia
A relação massa-ener&iaB
mc 6 = tem sido confirmada por uma &randevariedade de fen,menos investi&ados nos Qltimos / anos. A característica comum uma interação em que a massa total do sistema diferente no estado final do que era noestado inicial! isto ! em que a massa não conservada. Em todos os casos! observa-seuma mudança correspondente na ener&ia! que consistente com a associação de umaener&ia Bmc com a massa m.
5 eemplo mais familiar a fissão nuclear um nQcleo pesado (por eemplo!%rInio) em repouso quebra-se em duas partes que saem com ener&ia cinticaconsider$vel. A massa total dos fra&mentos menor que a do nQcleo ori&inal e oaumento da ener&ia cintica eplicado eatamente pela associação da ener&ia Bmc àmassa perdida m. 5 fen,meno inverso ocorre quando B nQcleos leves (Uidro&2nio! por eemplo) combinam-se para formar um Qnico nQcleo (Ulio) de massa um pouco menor que a massa total dos B nQcleos iniciais isso c9amado de fusão nuclear e! novamente!a perda de massa corresponde a um ecesso de ener&ia no estado final.
Eemplos mais espetaculares da transformação mQtua entre massa e ener&iaocorrem em interaç+es de partículas elementares! em que partículas são criadas oudestruídas. 'uando um eletron e um positron (a antipartícula do eletron)! ambos demassa m! colidem! ambos desaparecem e radiação eletroma&ntica com ener&ia totali&ual a B
Bmc produ8ida. Este fen,meno c9amado de ?aniquilação de pares@. 5 processo inverso! ?criação de pares@! ocorre em colis+es de partículas a altas ener&ias.Por eemplo! quando um pr*ton de alta ener&ia emer&e de um acelerador e colide com
um nQcleo pesado! um eletron e um positron são criados! e a ener&ia total do pr*tondiminui de pelo menos BBmc . 5 eemplo mais puro da conversão massa-ener&iaocorre no decaimento de partículas inst$veis. 5 meson /
π ! tambm c9amado pion
neutro! uma partícula inst$vel produ8ida durante colis+es a altas ener&ias entre partículas nucleares ele vive em mdia apenas s-A-/ − ! antes de decair em radiaçãoeletroma&ntica (raio &ama) de ener&ia i&ual a Bmc ! onde m a massa do pion.
Oemos que a e/uival@ncia entre massa e ener&ia etremamente importante nacompreensão de fen,menos em física nuclear e física de partículas elementares. Apesar de que 9istoricamente os princípios de conservação de massa e de ener&ia sedesenvolveram independentemente! eles estão diretamente relacionados. A&ora elesemer&em como dois aspectos de um princípio mais &eral! o ?princípio de conservaçãode massa-ener&ia@.
G