Textopra o Blog

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Estive no Colégio Estadual Rômulo Galvão, situado no município de São Félix. Minha primeira impressão foi positiva: escola aparenta boa conservação na infraestrutura, na limpeza, os funcionários ao que parece, gostam de trabalhar no ambiente. É uma escola de grande porte que serve ao nível médio e EJA. Fui muito bem recebido pelo professor Emanuel que me deu maior atenção no atendimento. Ele foi muito solicito e Cortez (pois cheguei no meio de uma reunião entre a direção e alguns coordenadores do Pronatec), me concedeu uma turma de 2º ano no turno matutino às terças feiras, serão aulas geminadas. A diretora da escola chama-se Helena Maria, conversamos bastante. Ela me contou que o colégio Rômulo Galvão é oriundo de uma antiga escola que se chamava Adalberto Dourado que era uma escola particular e a única da época que tinha de 1ª a 8ª serie. Porem como na época (década de 70) os alunos, segundo a professora pro não ter condições de pagar as mensalidades, procurava o colégio Estadual da Cachoeira para estudar, pois, lá era publico e gratuito. A professora comenta que por conta disso, passou a existir uma disputa política entre a escola Adalberto Dourado e a possibilidade de implantação de uma colégio publico no município de São Félix. Ela narra que a sua turma foi a primeira a debandar pra o colégio de Cachoeira. O colégio foi inaugurado oficialmente em 20/03/1972, no governo de Antonio Carlos Magalhães, sendo secretario de Educação e cultura do Estado o profº Rômulo Galvão de Carvalho. Para o período, a escola contava com uma infraestrutura boa. Consta no jornal que o projeto original era de “oito salas, secretaria, biblioteca, auditório, cantinas, oficinas, secretarias, quadra para recreio e exercícios físicos e outras

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texto formatado para a disciplina de estágio 3 na UFRB

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Estive no Colgio Estadual Rmulo Galvo, situado no municpio de So Flix. Minha primeira impresso foi positiva: escola aparenta boa conservao na infraestrutura, na limpeza, os funcionrios ao que parece, gostam de trabalhar no ambiente. uma escola de grande porte que serve ao nvel mdio e EJA. Fui muito bem recebido pelo professor Emanuel que me deu maior ateno no atendimento. Ele foi muito solicito e Cortez (pois cheguei no meio de uma reunio entre a direo e alguns coordenadores do Pronatec), me concedeu uma turma de 2 ano no turno matutino s teras feiras, sero aulas geminadas.A diretora da escola chama-se Helena Maria, conversamos bastante. Ela me contou que o colgio Rmulo Galvo oriundo de uma antiga escola que se chamava Adalberto Dourado que era uma escola particular e a nica da poca que tinha de 1 a 8 serie. Porem como na poca (dcada de 70) os alunos, segundo a professora pro no ter condies de pagar as mensalidades, procurava o colgio Estadual da Cachoeira para estudar, pois, l era publico e gratuito. A professora comenta que por conta disso, passou a existir uma disputa poltica entre a escola Adalberto Dourado e a possibilidade de implantao de uma colgio publico no municpio de So Flix. Ela narra que a sua turma foi a primeira a debandar pra o colgio de Cachoeira.O colgio foi inaugurado oficialmente em 20/03/1972, no governo de Antonio Carlos Magalhes, sendo secretario de Educao e cultura do Estado o prof Rmulo Galvo de Carvalho. Para o perodo, a escola contava com uma infraestrutura boa. Consta no jornal que o projeto original era de oito salas, secretaria, biblioteca, auditrio, cantinas, oficinas, secretarias, quadra para recreio e exerccios fsicos e outras dependncias exigveis para o ensino. Tem 42 anos de existncia. No ptio do colgio h dois quadros; um homenageia ao Professor Rmulo Galvo, o qual nomeia o estabelecimento, como patrono da escola e outro que narra sobre os principais eventos ocorridos n inaugurao do colgio denominado de Ecos da Histria. Na realidade o segundo quadro, trs uma matria publicada no jornal Correio de So Flix do dia 15 de abril de 1972, ano de inaugurao atravs de decreto assinado pelo ento governador da Bahia no dia 23 de fevereiro daquele mesmo ano.

O quadro mural observa sobre a grande pompa festiva ocorrida na instalao do Ginsio Estadual, que mobilizou a presena de muitas autoridades do municpio e do Estado. Algumas fotos mostram figuras importantes presentes na ocasio; bandas de musica, desfile cvico, fanfarras, que foi classificado como uma grande demonstrao de civismo. Consta no informativo que o prefeito Antonio Carlos Lobo Maia, recebe o premio junto ao governador Antonio Carlos Magalhes, o que nos sugere grande movimento de uma aliana poltica entre governo e prefeitura. Pode-se perceber ainda que a inaugurao muito significativa, pois a redao dada pelo articulista comparada a um prmio pela ao poltica do prefeito da poca. Na mesma matria fala sobre a aula inaugural do ginsio proferida pelo professor Antonio Carlos Onofre, no dia 12 de abril [] inegvel marco histrico na vida sanfelixta, a primeira aula do ginsio. Atualmente a escola conta com 14 salas de aula sendo que trs destas salas funcionam como extenso na zona rural, localidade de Outeiro Redondo, uma secretaria, uma sala para os professores, um laboratrio de informtica, um arquivo, uma sala esta sendo transformada em laboratrio de biologia outra em sala de vdeo. Funciona do 8 serie ao 3 ano, sendo que a 8 serie ser extinta no fim deste ano. So 29 professores, destes 28 possuem graduao em alguma matria, apenas um no e esta prxima sua aposentadoria. No turno da noite funciona uma turma de EJA na zona rural. O publico alvo so adolescentes dos 12 e jovens de 15 a 30 anos ou mais. Obtive deste primeiro contato as melhores impresses. O ambiente escolar transpareceu-me ser uma atmosfera de tranquilidade e os alunos demonstram a primeira vista serem calmos. Mais adiante espero que as dificuldades dos estgios anteriores, bem como as impresses negativas sejam sanadas em mim. Observao de aula 01. Colgio Estadual Rmulo Galvo turma: 2 13 M 1 Data: 29/0714. Comecei o meu dia, mesmo sendo o primeiro de observao na escola, conversando com a professora Jussiana. Informalmente, falvamos sobre o seu dia de aula. Por curiosidade, perguntei quanto tempo de profisso docente ela tem. Me contou que se formou no Antigo magistrio e em seguida se graduou em Histria na Universidade Estadual de Feira de Santana UEFS e que j tem dez anos ensinando no colgio Rmulo Galvo.

Perguntei para a professora como ela planeja suas aulas, ela me mostrou u caderno onde escreve um tipo de esboo, um itinerrio sobre o que ela far no dia da aula, apenas com o tema e algumas observaes, no to formal em suas estratgias, tal qual estamos aprendendo a produzir um plano de aula na universidade com objetivos especficos, contedos, tempo de aula usado, justificativas, metodologias, materiais utilizados etc. Nada disso esta exposto naquele caderno guia. A professora me prometeu que na minha proxima observao me trar o plano da terceira unidade, que havia esquecido. E pelo que me pareceu a aula acontece de forma dinmica e com ateno por parte dos alunos. Sua aula bem argumentativa, expositiva e os alunos pouco bagunam.Fui apresentado para a sala, sem tantos questionamentos por parte dos alunos. Em seguida os estudantes em grupo se preparavam para apresentao dos seminrios, referente s aulas que foram ministradas anteriormente. O assunto era sobre O Brasil Colonial e os grupos que foram marginalizados pela Histria oficial (ndios, Negros, Mulheres etc.).

As duas equipes que apresentaram, uma abordou a trajetria dos negros e outra sobre os ndios no momento da chegada dos portugueses. Ambas mostraram bom domnio na exposio dos temas. Contudo, por parte dos alunos, notavelmente o discurso era uma reproduo ntida do livro didtico. As equipes liam os texto em folhas de papel e poucos foram os que discorreram sobre o tema sem auxilio de algum tipo de papel. a histria sendo apresentada de acordo ao ponto de vista do europeu.Em seguida a professora, aps as apresentaes, conduziu a aula explicando de maneira critica as lacunas que as equipes deixaram no decorrer das apresentaes, desconstruindo algumas falas. Em alguns momentos a professora me dava uma parte pra que tambm falasse com os alunos, explicamos em conjunto questes importantes como preconceito, esteretipos, grupos marginalizados no perodo em questo, trajetria e luta das mulheres na sociedade patriarcal. Os alunos ao que me pareceu, no so to questionadores, pois, mesmo atravs de um esforo notvel da professora no criticavam, nem debateram sobre o que lhes foi apresentado atravs de intervenes. Como de praxe no meio discente, a dvida nunca paira. Contudo a professora tambm fez elogios a sala ela falou que eles so interessados e que bom trabalhar com eles que os mesmos compreendem os assuntos.A sala tranquila, percebi que a maioria dos estudantes do sexo feminino. O barulho mnimo eles so atenciosos, mesmo que dispersos algumas vezes. A docente consegue prender a ateno com a sua aula. Pela primeira vez nesta jornada de estgio pude ver uma aula ser aplicada integralmente e sem tantos percalos.

Pelo que pude perceber a professora no planeja a aula nos moldes formais que abordei acima, ou, pelo menos para este dia no o fez. Ficarei atento para ver se isso ocorre constantemente. Afinal a experincia que a professora adquiriu nessa jornada de dez anos, possa te-la feito desenvolver esta facilidade para si para a aplicao de suas aulas. De forma interacionista pude participar do acontecimento acontecendo, como no percebi um determinado planejamento, no posso nesse momento me deter a comparaes que podem ser imprecisas. Contudo conforme o visto penso que nesse estgio de amadurecimento em que o aluno passa a preocupar-se com questes de cunho profissional e estabelecimento social a realizar o vestibular para cursar o nvel superior, as relaes conflitantes que venho observando sejam minimizadas por essa nova conscincia do jovem estudante. Como bem relaciona Dalben e Castro (2010, p.15), o ser humano projeta suas aescria metas a partir das experincias e interaes vivenciadas no ambiente [] nesse processo, novas necessidades e objetivos de covivio surgem diante das condies objetivas e subjetivas de reproduo.Observao de aula 02. Colgio Estadual Rmulo Galvo turma: 2 13 M 1 Data: 05/08/14. A surpresa. O espanto. A ngstia. Relendo o que j relatei sobre minha trajetria at o momento na escola em que venho estagiando, percebi que soma-se alguns acontecimentos que acredito ser de praxe da rotina de quem faz esse tipo de atividade. Observamos apenas. Ou deveria ser assim.

Mas essa semana transcorreu tudo na paz. Os alunos como j relatei anteriormente so comunicativos, inquietos, entram e saem da sala, contudo, prestam ateno na aula, mesmo no sendo indagativos. Pra mim a aula de hoje foi atpica. Estava preparado apenas para ais uma observao comum, em relatar os ocorridos deste dia. Mas logo que cheguei encontrei a monitora da escola (no decorei seu nome, mas ela muito prestativa) que me deu o recado da professora Jussi, de que no poderia por motivos de sade, comparecer na aula de hoje.

Em seguida essa senhora me entregou um bilhete contendo as orientaes que a professora havia escrito para que me fosse entregue. Cheguei s sete e vinte da manh e a turma ainda chegava escola. As sete e quarenta, aps receber as orientaes da diretora que tambm veio falar comigo se eu poderia assumir as outras aulas da professora em outras turmas Iria responder que no, no poderia primeiro porque ainda no assumi a regncia da sala e depois, porque esse primeiro momento s de observao , mas como a professora no pde comparecer acabei aceitando. Percebi uma euforia nos alunos antes da aula sobre um vdeo de watshapp que esta sendo espalhado sobre um tal de Will, quando fui ver o que era percebi o motivo do frisson e das risadas e piadinhas dos alunos. E principalmente por parte das meninas.No bilhete a professora me orientava a obsevar a ultima turma que apresentaria o seminrio sobre Os portugueses no Brasil e a aplicar um exerccio de reviso de Histria do Brasil Colnia, em grupo para todas as equipes. Fiz o que fui orientado a fazer, nada mais. O problema foi que a equipe demorou mais de trinta minutos pra se organizar para a apresentao. E nessa espera me vi de mos atadas, por que segundo os alunos da equipe eles haviam deixado o cartaz da apresentao com uma colega que mora na zona rural e ainda no havia chegado. Contudo, poucos se preocupavam se ia ou no, apresentar o seminrio. Equipe era composta por onze alunos.Na apresentao, esta que fora lida o tempo todo em pedaos de papel transcrito tocara pontos importantes, como a navegao realizada pelos portugueses em 1500 e sentido a rota das ndias e o oriente, abordou sobre o desenvolvimento comercial martimo portugus, a colonizao do Brasil, as exploraes de fundao e povoamento, bem como a vinda da famlia real para o brasil. O cartaz foi colado no quadro da sala e era feito com imagens de pequenas fotos, provavelmente recortadas de algum livro didtico. A apresentao durou treze minutos.

Na medida em que eles explanavam eu anotavam os pontos importantes tocado pela equipe. Em seguida expliquei sobre os motivos que fizera com que Portugal tornar-se sculos XIV e XV uma grande potencia na navegao o que possibilitou a colonizao desde as costas africana ao atlntico sul e a consequente descobertas de terras bem como os mitos que existiam sobre a navegao e os mares com seus infortnios e lendas na poca. Eles s observavam u ou dois fizeram alguma pergunta simples. Assim pude perceber que eles so curiosos em algumas questes histricas so atentos. No houve nenhuma ocorrncia enquanto explicava para eles. Em seguida apliquei os exerccios. uma pequena apostila de cinco paginas com dezesseis questes algumas interpretativa outras de mltipla escolha. O que evidencia o modelo de avaliao aplicado na turma como uma espcie de preparao para os vestibulares e Enem. Eu apesar de tudo mantive e consegui atravs da retrica da aula prender a ateno deles abortado o tema de forma espontnea dando-lhes exemplos prticos da vida e vivencia cotidiana. Apesar da demora da apresentao a aula transcorreu no tempo previsto.

Meu medo e receio foi de ter sido pego de surpresa, com a falta da professora e ter de assumir a turma sem um planejamento realizado nem por mim nem pela professora para dar a aula. de suma importncia que se planeje as atividades com antecedncia, para que os riscos de fracasso na aula sejam mnimos. Ter de substituir a professora em suas turmas foi uma experincia que me fez enxergar as surpresas da docncia e do magistrio, porem me fez notar em mim um certo amadurecimento nas conduo da aula e principalmente na abordagem.

Observao de aula 03. Colgio Estadual Rmulo Galvo turma: 2 13 M 1 Data: 12/08/14.

BABADO, CONFUSO E GRITARIA: o comercio de roupas intimas e bijuterias X o debate sobre a criao do PPP.Gosto. Ou melhor, estou gostando dessa nova fase do estgio. H uma significante diferena entre os estgios que fiz anteriormente para o que estou realizando agora, a comear pelo espao geogrfico e o recorte do nvel da modalidade de ensino que escolhi. Meus primeiros estgios localizaram-se na zona rural de Cachoeira em uma escola na modalidade de ensino do campo. O que fatalmente implica e uma srie de questes que abordo nos relatrios.

Assim, conforme venho comentando nos meus ltimos relatrios dessa nova fase de estgio minha maior preocupao, e o que tenho percebido, que a preparao e planejamento das aulas por parte dos professores devem ser encarados com maior responsabilidade e como prtica que no se torne banal em virtude da experincia exercida no magistrio. Assim posso dizer, que at o presente no assisti uma aula que se possa considerar planejada com objetivos e instrumentos pedaggicos que facilitem a compreenso e a mediao do conhecimento histrico. Essas pseudo-aulas que venho acompanhando tem me levantado questes intimas, mais uma vez, fazendo-me refletir sobre o sentido e o significado do estgio, e o qu posso absorver de todas essas passagens onde a busca pela formao intelectual tem e cobrado.De certa forma me exauri de criticar o professor, de observar suas posturas como tambm de tentar decifrar ou estigmatizar os nossos estudantes e estabelecer comparaes. Tambm em relao ao sistema, assim com no texto de Renato Pompeu, o Ensino Publico Visto por Dentro, em certa medida, mas no lhe tirando o mrito do descrdito pela profisso tento agora compreender os modos de operao do sistema na educao, compreendendo que existem avanos e retrocessos. Enfim acredito que tenho relativizado melhor o que eu realizei l atrs com o que venho desenvolvendo. Pompeu coloca que em suas concluses existem do lado da sociedade dos professores e do governo empenho nas questes relativas a educao, ou seja, para ele no falta vontade poltica. Mas que tudo se esbarra nas dificuldades dos prprios alunos esses oriundos das classes populares.Concluda essa extensa introduo quase terica, mas precisamente retrica, passo a me ater as informaes que me so devidamente cobradas pela disciplina.

Cheguei escola no dia 12 de agosto as sete (7) e vinte e cinco (25) da manh. Aguardei a chegada da professora Jussi e dos estudantes na sala da coordenao. Em seguida passei para a sala dos professores para trocar figurinhas com os colegas. Ouvi os professores comentarem sobre as suas experincias na educao, ao que me pareceu soar de dois dos professores que estavam presentes grandes descontentamentos. Principalmente no que diz respeito carga de disciplinas, que alm das de formao, tem que ministrar. Por exemplo, o professor de portugus que formado em letras clssicas, mas tem que ensinar outras, relativos ou no a sua formao e a professora que ministra aulas de Filosofia, nutrio e sade, biologia entre outras e o professor de Histria que d aula de Fsica. Enfim descontentamentos que esto longe de serem sanados.A professora Jussi chegou uns dez minutos depois de mim. Conversei com ela o que havia feito na aula anterior de acordo com suas indicaes. Conforme o bilhete, assisti a apresentao do ultimo seminrio, explanei sobre o assunto e apliquei a atividade e grupo. A professora me presenteou com uma coleo de livros de Histria escrito por Ronaldo Vainfas, Sheila de Castro Faria, Jorge Ferreira e Georgina Santos. uma coleo em que o seu contedo vm sendo muito requisitado em concursos pblicos. Adorei o presente, sempre bom ganhar livros. Em seguida fomos juntos para a sala.Ao chegarmos nos deparamos com uma sala ainda vazia os alunos estavam chegando aos poucos. E a primeira misso da professora no dia, foi conseguir um T (tomada), para ligar o data-show. Essa busca pelo objeto durou uns quinze (15) minutos. Demorou, cheguei a ir pessoalmente ao encontro de algum responsvel na secretaria pelo objeto, consegui uma extenso, que para a nossa angstia no resolveu o problema. Enfim a professora conseguiu o bendito. Agora o problema foi que o aparelho no configurava a imagem na parede, pois, seu fio por ser muito pequeno no dava o enquadramento perfeito da imagem. Mas isso foi o mnimo s invertemos o lado da parede e a posio dos alunos na sala. Enfim as oito (08) e dez (10) a aula pde ser iniciada.A professora comeou dizendo sobre o simulado, onde foi acordado em reunio entre os professores FAT, (sigla que eu no sei o que designa e no me preocupei em perguntar o que seria) que as aulas deveriam ser um tanto mais leve e que o simulado deveria trabalhar os assuntos exigidos mais prximo da realidade dos alunos. A professora comeou a aula de fato, com uma dinmica. A dinmica era um teste de personalidade onde o aluno escolheria o desenho com que mais se identificasse e depois faria a leitura sobre a sua personalidade. Eram nove (09) imagens com textos correspondentes a cada uma delas. A forma da dinmica, segundo trazia no enunciado foi que essa foi criada por psiclogos e testadas em todo o mundo durante vrios anos e representava os nove tipos bsicos de personalidade.Essa dinmica me recordou as aulas da disciplina de psicologia da educao, e a professora neste dia me confirmou a hiptese de que o professor deve utilizar suas estratgias, tcnicas de sondagem para compreender o universo da personalidade de seus alunos para ter noo do terreno onde se caminha. E as imagens correspondiam com os textos que detectavam a personalidades das pessoas que escolhiam os nmeros referentes. Logo depois dessa que para mim foi uma maneira interessante de iniciar a aula a professora fez algumas consideraes importantes. Eu escolhi a imagem de numero quatro (04).

O objetivo da dinmica ao que me pareceu, foi introduzir para os alunos a informao de que a escola ir iniciar a construo do seu projeto politico pedaggico (PPP). E o objetivo para a construo do documento que a escola pretende participar do (PROEMI) Programa do Ensino mdio Inovador. Que repassa uma verba diretamente para a escola. Ainda no sei bem como funciona, mas ao que parece a escola esta se movimentando nesse sentido. Eu s me questionei o porqu uma escola desse porte, e ao que parece to organizada, com 42 anos de existncia s agora em funo de um programa se preocupa com a realizao de um PPP, antes disso este j deveria estar em pleno vigor.O discurso da professora valido escola deve se preocupar em realizar esse algo diferente para os estudantes torna-la atraente. Contudo vale a pena pensar nessa possibilidade somente quando se tem verbas publicas em jogo? Depois de passada as explicaes sobre a dinmica e o objetivo a professora pediu que os alunos escrevessem em uma folha para entreg-la atravs de poucas palavras a seguinte pergunta:

O que que a escola deveria ter e o que deveria fazer para que os seus alunos tenham prazer de vir para as aulas?

Algum no canto da sala perguntara logo:

-Professora obrigado a fazer?.A professora responde:

-Eu no obrigo a vocs fazer nada

Um aluno intervm do fundo:

-Vai cair a sua mo se voc escrever um texto?.

No mesmo momento uma das alunas, que presidente da sala questionou a professora qual a necessidade da matria nutrio e Sade, porque para os alunos no h entrosamento entre eles e a professora que ensina a matria. A professora explicando sobre as adaptaes que devemos ter na vida respondeu-os:

-Vocs precisam ir se adaptando da melhor maneira possvel Podemos perceber que essa discusso em torno do PPP, da escola tem entre estudantes e professores uma lavanderia cheia de roupas sujas que tero que ser lavadas duramente a mos. Durante a primeira aula o assunto girou e torno disso. Em seguida os alunos comearam a redigir o texto para a entrega. Confesso que particularmente morro de curiosidade pra saber das reivindicaes dos estudantes. II RODADA.

Atividades entregues. A professora comeou a explicar sobre s eleies e o processo eleitoral. Colocou uma nova imagem no data-show. Um homem carregava outro preso em um cabresto, sobre um balco. A preocupao ainda o simulado. Ela comentou em seguida comigo, que explicar as imagens ajudariam os alunos para a interpretao e analise de charges. Aps toda aquela discusso sobre o PPP, a sala nesse momento parecia nem ligar, dar a mnima para a professora. Era indiferente a sua figura em sala, explicando. Teve um momento em que ela encostou-se no quadro, de maneira reflexiva, fitava o comportamento da sala e balanava a cabea. Por no aguentar mais pediu com educao e fala mansa, que eles escutassem 10 minutos pelo menos. Nesse momento ela voltou a explica-los sobre as regras que devero ser vigoradas a partir do PPP.

Ainda assim atravs de todo esse esforo, os alunos tem sempre um truque nas mangas. Falam sobre tudo: celulares, namoro, homens e mulheres bonitos, folheiam bijuterias que so revendidas em sala, comercializam roupas intimas e lingerie. Eu fiquei beje, com esse comrcio paralelo. Mas percebo que esse fato se caracteriza pelo grande nmero de mulheres que h na sala. Uns realizam as atividades outros jogam ao celular. Para descontentamento dos estudantes a escola tem WIFI mas bloqueada e eles reclamam que no usam a sala de informtica.

III RODADA.

Essa rodada de discusso sobre o PPP deu e deixou. Jussi comeou a dizer a respeito da internet que uma das coisas que podem ser modificadas com o PPP seria juntamente isso. Contudo questionou que para ser um professor diferente, requeria alunos diferentes. E perguntou at que ponto os discentes teriam conscincia da importncia da internet. Onde os alunos, segundo a professora, sequer utilizam a rede de forma adequada pra fazerem os seus trabalhos e pesquisas, segundo ela s copiam e colam.Por que, aqui tambm tem professores que so formados em uma matria e ensinam outra? retrucou uma aluna. Os professores de faculdade tem que entender tambm que quando chega aqui o ensino diferente! (entendi o recado, esse entendi) Alunos de escola pblica no tem o mesmo desempenho de alunos da escola particular. Mencionava outra aluna. Uma previa discusso sobre o corpo docente ganhou o destaque no debate sobre o PPP.

Nesse momento a resposta da professora limitou-se a explicao da defasagem da formao de professores por parte do Estado as questes salariais e as contrataes realizadas nos moldes do PST e REDA, bem como entre outras. Entendi grosso modo que existe uma linha tnue entre a gesto da escola e seu corpo docente e que de algum modo vem ou est refletindo diretamente na vida escolar dos alunos. No meu ponto de vista, os estudantes no esto passivos a tudo, eles sabem do que precisa; sabem e esto por dentro que existe uma diferena entre o professor formado em uma matria e que ensina outra e que esta prtica destorce a qualidade das aulas; Tem uma sensibilidade extrema, mesmo que no seja epistemolgica, mas tem noo de transposio didtica; Tem ideologicamente construda a noo de que alunos de escola particular recebem tratamento diferenciado pelos professores, que alunos de escola pblica. Concluso que eu chego neste dia cansativo, mas proveitoso de que os estudantes tem razo e reconhecem as deficincias da escola. Mas aceitam passivamente as diretrizes escolares. Agora percebi tambm que a construo do PPP, para alm da captao de recursos dar um poder de ao e reivindicao melhor categoria estudantil. Acredito que eles anseiam por isso.

Observao de aula 04. Colgio Estadual Rmulo Galvo turma: 2 13 M 1 Data: 19/08/14.

Como de rotina, cheguei as sete e trinta na escola. Na sala j esperava seis alunos. Nesse perodo at que a professora e os demais estudantes chegassem ficamos conversando informalmente. Perguntei aos que se encontravam qual o professor seria desejoso para ensina-los Histria. A resposta foi que eles desejam um professor dinmico e sem tantas exposies.

Eu perguntei a eles se teramos como dar aula que no fosse, tambm a com exposio dos assuntos. A partir da tentei realizar uma pequena retrospectiva sobre como na antiguidade o professor se comportava e como era que se preocupavam com a educao. Fomos parar na Grcia, viajamos pela educao romana. Falei sobre a sofistica e a organizao educacional para fins cvicos entre outras questes sobre retrica.A professora Jussi chegou s sete e cinquenta. Falou mais uma vez sobre o simulado que acontecer daqui a duas semanas, o simulado temtico. A professora tambm falou que a prximas aulas ser realizado um debate em sala que valer um ponto esse debate para servir como reviso para o simulado.

A professora abordou que o simulado ser entre duas equipes defendendo as seguintes ideias:

1) O povo no tem conscincia poltica.

2) O povo tem conscincia poltica.

Como esquema para analise relacionado com as equipes, a professora pediu para que, quem defendesse a proposta de nmero um estudar e ler sobre:

Passividade; corrupo; voto de cabresto; emoo nos eleitores; venda de votos; submisso; alienao.

A equipe dois analisaria as seguintes categorias:

Resistncia/revoltas; movimentos sociais; lutas por direitos sociais; manifestaes. Como reflexo, pediu para que cada equipe tivesse criatividade nas criticas, e que todos teriam que obrigatoriamente participar. Exemplificou como dever seguir-se os debates. Segundo a professora as perguntas devero ser para agredir a ideologia dos outros. E que quem tiver argumentos ais convincentes ter mais pontos.

Percebi que h uma extrema preocupao por parte da professora com o simulado que ser aplicado. Segundo a mesma essa debate ser a aula de reviso, pois o simulado ser coposto de questes reflexivas e abertas.

No mais venho notando que a professora no leva dirio e nem realiza chamada na sala com os alunos. Em nenhuma aula que acompanhei vi a presena de dirio de classe (ser que no se utiliza mais?) acompanhando a docente.No segundo momento da aula a professora utilizou o quadro por sinal a mesma tem uma caligrafia admirvel, que d gosto de ver e escreveu u longo trecho do livro Casa Grande & Senzala de Gilberto Freyre. E para descontrair a professora levou duas caixinhas de chocolate bis e passou algumas imagens referindo-se a temtica do longo trecho transcrito do livro. A partir deste trecho a professora destacou alguns pontos sobre a culinria n colnia e fez diversas relaes ao pensamento machista e sexista e aos apelos sexuais atravs da confeco de doces como: beijinho, carinha de anjo, casadinho, lngua de sogra, p de moa entre outros.Tambm explicou sobre o comportamento da sociedade patriarcal, na realidade ela jogou a pergunta, mas ningum respondeu. Aps a explicao da professora que de maneira feliz conduziu perfeitamente a aula muitas meninas deram risadas do exposto sobre o simbolismo sexual da culinria portuguesa extrada do livro citado.

Umas gritavam:

- Ave, assim ruim hein?! quando abordou-se sobre relaes e tipos de relaes sexuais. Os gritos eram mais por parte das meninas que dos meninos que pouco participam das aulas. Das aulas observadas at agora essa foi, pra mim a mais interessante at o momento. Agora esperar pra ver com o ser o debate.

Observao de aula 05. Colgio Estadual Rmulo Galvo turma: 2 13 M 1 Data: 09/09/14.

PRIMEIRA AULA + PRIMEIROS PROBLEMAS = FOR(C)A FOCO E F.

Chegue 09/09 tera-feira passada faltando dez minutos para as sete da manh. Arrumei sala em semicrculo, como havia projetado, escrevi o plano de unidade no quadro branco. Em seguida, conforme programei em meu plano de aula, chamei um dos funcionrios da escola para instalar o Data-show (claro que antes havia solicitado da direo o aparelho) E, foi ai, que comearam a desandar as coisas!

O data-show no tinha cabo para instalar o notebook e s funcionava pen-drive. Como ainda estava cedo e os alunos estavam chegando e pela facilidade de morar perto da escola. Fui at a residncia e peguei o cabo e passei os arquivos da aula para um pen-drive. (imaginei que se o cabo no funcionasse, teria o pen-drive para me socorrer).

Fui para a sala, com a sensao que a partir desta minha iniciativa, iria dar tudo certo. E os alunos comeavam a chegar. Logo depois, como eu havia planejado, expliquei como a unidade ser, pois j estava tudo escrito no quadro, eles copiaram. Trabalharemos com uma unidade temtica, cujo tema : Uma Terra Chamada Brasil: independncia e formao do Estado Imperial. Entre Revoltas e Rebelies. E passado o momento da explicao da unidade, da diviso das equipes e apresentao dos contedos. Fomos para a aula.

O assunto da aula foi, A fuga da Famlia Real para o Brasil. Conforme o plano de aula desenvolvido, passaramos trs breves historinhas (desenho) em quadrinho, por sinal muito bem elaborado, contando como foi o processo de sada da famlia real de Portugal e sua chegada no Brasil. Em seguida passaria para a parte pratica, que seria a explicao desse processo.Quando ligo o bendito data-show, logo de cara, descobri que o sistema operacional do aparelho Linux, e no compatvel com o meu notebook. Ai me correu o desespero. Mas de fato o primeiro problema foi que a leitura do pen drive no acontecia, fui ficando nervoso, pois estava perdendo tempo. Chamei o tcnico da escola ele configurou, instalou meu notebook. Mas eis que surge um novo problema. O udio no funcionava, o desenho passava mudamente. Ele continuou ajeitando, e a primeira aula acabava de soar. (acalmem-se, porque eu tinha um Plano B). Eu de alguma forma j previa esse tipo de problema e minha inteno foi utilizar o quadro, explicando o assunto. Mas quando comeo, o rapaz havia conseguido instalar a caixa de som e o udio prenunciava, ledo engano. E a segunda aula j estava no final. Somou-se a tudo isso que os estudantes acabaram criando uma expectativa com a aula. Mas e contrapartida, (talves em retaliao a todo o processo) as meninas comeara a conversar, no momento m que eu executava o plano B.

Eu nervoso, me concentrava para no explodir. Os alunos no tiveram culpa da situao eles criaram uma expectativa, at prestaram u pouco de ateno, contudo quando perceberam que a aula estava comum, comearam a conversar a no prestar ateno. Pedia silencio, parava de explicar numa pausa abrupta o assunto para ver se eles se tocavam. Alguns gritam p velho, silencia a o professor quer dar aula!.Mas naquele ponto at minha excitao em prosseguir com uma aula que eu estava ansioso para dar, alm de estar bem preparada, com planos A e B, teoricamente bem embasado, que demorei trs longas semanas para construir lendo livros, pesquisando metodologias, acessando sites, formulando idias j estava exaurido.

Acabei me estourando, e reclamei as alunas que estavam conversando. Questionei para todos, qual seria para eles, o real sentido de irem para a escola. Se era para no caso das meninas se livrarem dos afazeres domsticos no caso dos meninos para se livrarem de alguma atividade laboral. At nesta questo fiquei em respostas. Acabou a aula e fiquei na sensao do no dever cumprido. Alguns alunos me acalantaram: prxima semana o senhor d a aula professor, que esses aparelhos daqui da escola assim mesmo, e a gente vai prestar mais ateno. Com tudo isso, quero dizer, que no deu certo essa minha primeira aula. Mas em seguida, conversei a situao com a professora Jussi. Ela me contou que quando prepara aula com slide, leva o seu prprio aparelho, e combinou comigo que levaria na prxima semana. Eu mostrei meu plano de unidade, que foi baseado no que ela me deu. Ela achou muito bom, e a chamei para darmos as aula em conjunto, com ela me acompanhando em sala. No tenho problemas em ser observado nas atividades Ela comentou que s no fez isso antes, porque a maioria dos estagirios que ela j supervisionou, no pede para ela acompanhar. Ao contrrio, pede pra ela deixa-los vontade. E que por isso no tinha ficado comigo esta aula.

Passei para ela o que eu tinha planejado e mostrei meus planos de aula, disse que sou muito organizado teceu elogios ao plano tanto o de aula quanto o da unidade. Comentou que foi uma pena uma aula como essa no ter sido dada. Apesar do contratempo e no ter efetuado as atividades programadas vou persistir com essa aula e acrescentar no plano o prximo contedo, pois acredito que isso acontece. Mas uma questo me veio e a seguinte: quando os planos A e B no do certo, quais as alternativas para prosseguir com a aula? A gente tambm vai ter que ficar planejando o tempo todo o alfabeto inteiro? Pra mim assim no rola, porque fazer um plano coplicado, imagine 26. Espero que a prxima aula de tudo certo e os aparelhos funcionem. Enquanto isso vou estudando mais para explicar bem os assuntos.

Observao de aula 06. Colgio Estadual Rmulo Galvo turma: 2 13 M 1 Data: 16/09/14.A aula desta semana foi melhor que a anterior. Aps ler alguns relatrios do blog, colhi algumas idias/informaes metodolgicas interessantes, como a utilizao de msicas para audio, leitura e acompanhamento. Continuei insistindo na apresentao do slide preparado, pois, como havia combinado com a professora ela levou o seu Data-show e consegui passar o que havia feito, (pelo menos as imagens) ainda que com deficincias de udio.Cheguei escola o mesmo horrio que de costume s sete horas. Dividi a aula em dois momentos o de toda exposio do assunto que girava e torno de 30 minutos. E a produo da atividade. Utilizei melhor o quadro branco para expor e relacionar numa linha temporal, o contexto da fuga da famlia real. Conforme tenho lido em alguns relatos so comuns, recorrente o fato dos estudantes no esboarem nem omitirem opinies nas aulas. Uma idia/sugesto foi preparar o contedo que seria exposto no quadro em um caderno, em seguida foi s copiar os pontos.

Em conjunto lemos uma breve biografia do cantor e compositor Portugus/brasileiro Roberto Leal e em seguida discutimos ponto a ponto as estrofes da letra da msica Portugus Brasileiro do mesmo cantor:

No Brasil sou Portugus Em Portugal brasileiro

L eu toco guitarra e aqui toco pandeiro

s vezes em Lisboa ou no rio de Janeiro

Agora sei que sou portugus e brasileiro.

Brasuca lusitano

Portuga tropical

Alfacinha baiano

Nascido em Portugal.

Este feedback, possibilitou questionarmos o porqu na Histria, estudar sobre a fuga da famlia real para o Brasil? E qual a importncia para que algo acontecido a 205 anos ainda faa parte de nossas vidas? O questionamento suscitou respostas interessantes, contudo, poucos alunos se arriscavam a participar da aula. Em seguida, expliquei a linha do tempo que anteriormente havia escrito no quadro com o objetivo de relacionar a musica que acabamos lendo com algumas imagens do slide.

Consegui mostra-los em dois momentos distintos a idia que se tinha da colnia pelos portugueses no momento da vinda da Famlia Real e atravs da imagem do slide apresentei a gravura com a famlia e posteriormente rvore genealgica da Famlia Real a partir de D. Joo VI. O objetivo de Atentar para a importncia da construo do imprio brasileiro a partir da fuga da Corte portuguesa para o Brasil, entendendo as transformaes e desenvolvimento ocorridos, foi alcanado. No final da aula pedi que redigissem uma redao com no mnimo 20 linhas expondo o que eles haviam entendido a partir das explicaes em sala de aula. Respondendo a seguinte questo norteadora: em que foi importante vinda da Famlia real para o Brasil? Dos 25 alunos em sala recebi 20 redaes, o que prova a participao da turma na atividade individual, mesmo em alguns momentos tendo que chamar a ateno e ocorrer momentos de muito barulho em sala. Mas vejo que aos poucos estou conseguindo progredir. A prxima aula ser explicar sobre o panorama politico no Imprio.Observao de aula 07. Colgio Estadual Rmulo Galvo turma: 2 13 M 1 Data: 23/09/14. (obs: por problemas com internet, no pude publicar o relatrio na semana requisitada s sendo possvel esta data)No decorrer do processo a gente vai ganhando prtica para lhe dar com as situaes que vem surgindo e os obstculos. Em uma das aulas que no surtiu o efeito esperado por uma serie de questes uma aluna disse,prxima semana o senhor d a aula professor, que esses aparelhos daqui da escola assim mesmo, e a gente vai prestar mais ateno. Que eu iria dar a aula eu sabia. S no sabia o que me esperava.Acho que a aluna estava na realidade prevendo uma melhora, ou pelo menos sacou certo esforo de minha parte para que as aulas possam acontecer. E esta semana no foi diferente (na aula do dia 23/09). Como de costume passei o fim de semana em boa parte planejando a aula da semana que seria sobre a independncia do Brasil. Pensei em uma atividade que ao mesmo tempo soasse de maneira artstica e participativa.Coma havia j separado os grupos para pesquisa sobre as revoltas do perodo regencial, decidi us-los para explicar o assunto. E grupo os alunos se juntaram. Conforme havia falado anteriormente pensei e uma aula, primeiramente, jogo de perguntas e respostas com eliminao de equipes que no conseguissem responder as questes propostas. Mas refletindo melhor desisti, pois, a atividade no esta prevista e nem faz parte dos objetivos da unidade. Contudo s fui observar tal fato quando j havia preparado. Tive que voltar atrs e montar outro plano.

Havamos assistido um desenho que retratava a vinda da famlia real. Era uma montagem feita em forma de quadrinhos. Como uma das atividades montar uma historia a partir do tema da aula. Peguei algumas revistas em quadrinhos HQ, que tenho e levei para sala no intuito de explica-los sobre esse conceito de revista em quadrinhos, HQ. E utilizei os meus como exemplo ilustrativo.

Tambm para explicar a aula expositiva, utilizei slids com iconografias referentes ao processo de independncia (o grito do Ipiranga e D. Pedro I sendo abraado pelo povo de Pedro Amrico e Franois Moniet), charges que satirizando o perodo realizam criticas profundas do processo. Pra essa aula tambm havia pensado o processo do Enem, que relativamente explora muito esse tipo de imagem nas questes. O processo era explicar o que cada imagem trazia de critica e si quanto ao fato de percebemos em que rumos se deu a Independncia se de fato mesmo, tornamos-nos independentes, mesmo mantendo as praticas escravistas a dependncia do comercio, principalmente dos ingleses e que na sociedade foram favorecidos com esse desenho politico.

Pasme! Mesmo sem participarem em massa, fazendo alguns barulhos e conversas paralelas os alunos se mostraram interessados pela aula. E isso me deixou satisfeito em partes, pois, pude explicar um assunto na integra e de acordo ao planejado.Como atividade, obvio, pedi que eles produzissem a partir da aula e de suas pesquisas, (que apesar de estarem marcadas para serem entregues dia 30 de setembro, os grupos j realizaram, s no recolhi ainda apesar da insistncia da entrega para respeitar o cronograma), uma historinha em quadrinhos ilustrando o que a equipe conseguiu refletir sobre o ponto estudado e a revolta pesquisada, contextualizando com o processo de Independncia.

Deixei quase uma aula inteira para eles pensar sobre a atividade. Todos participaram e comearam a elaborar em equipe as suas peas. Foi muito legal ter desenvolvido essa aula com os alunos. Contudo falta-lhes curiosidade para questionar e participarem das aulas. Agora quanto a isso, imagino ser uma postura da sala mesmo, pois, eles correspondem do jeito deles nas aulas. Como no deu tempo para terminarem as atividades nessa aula deixarei a primeira aula da semana que vem para concluso da atividade.

Observao de aula 08. Colgio Estadual Rmulo Galvo turma: 2 13 M 1 Data: 14/10/14.Tenho tido alguns problemas com a internet, e por isso tenho ficado quase que impossibilitado de realizar as atividades do blog em tempo hbil. Contudo, mesmo tendo, atrasado algumas postagens e comentrios. Tentarei na realidade resumir como tem sido essas duas ultimas semanas de aula.

Conforme minha ultima publicao e vrias outras ao longo do percurso, acredito que tenho me esforado ao mximo, tanto metodologicamente, quanto tenho tentado ser o mais didtico possvel com os alunos do 2 ano 13m1. No vou dizer as qualidades dos meus estudantes. Tenho trabalhado com a exibio de documentos em slids, aulas dinmicas expondo materiais iconogrficos, fotos, mapas, apresentando e produzido revistassem quadrinhos. E no posso negar que h participao dos estudantes nisso tudo. At o ponto em que lhes convm.

Nas duas ultimas aulas recebi a participao em sala do mestrando professor Flvio e tambm a participao do professor Leandro, onde pude nesta semana relatar para ambos o que vem ocorrendo em sala. Bem como venho trabalhado. Em sntese, acredito que meu trabalho em sala no esteja surtindo efeito necessrio. E venho a cada dia, deixando de acreditar na tarefado professor. Mesmo tendo conscincia que no sou o professor da turma que minha estadia com eles passageira e que no irei resolver os problemas que afligem a educao no Brasil. Definitivamente tenho aceitado as criticas que os estudantes tem a mim feito.

Acredito tambm e muito, que o fato deles comentarem comigo, o senhor conversa demais, as aulas so chata e eu no gosto de Histria, como alguns abertamente e sem receio fizeram me deixou um pouco abalado no sentido de refletir, se o que venho passando tem de alguma maneira servido para algum fim intelectual em suas vidas. E da vem as comparaes entre a professora que da turma e o estagirio por parte dos alunos. Veja que uma estudante j nem frequenta as aulas de Historia, pois, segundo ela estagirio no pode reprovar ningum. Eu fico numa sinuca de bico com afirmaes desse tipo, pois, no final terei que avalia-los, auferir pontuaes e notas e ai como que eu fico? Reprovo ou aprovo? O professor Flavio me orienta a no perder a esperana que a educao um momento de transformao e coisa e tal... O professor Leandro pede que eu tenha pacincia, que execute um plano agradvel aos olhos dos estudantes e que os assuntos abordem questes prximas de suas vidas, para que pelo menos atraia a ateno deles nessa relao entre o passado, presente e futuro. E da eu me pergunto mais uma vez, nossa! Estamos em uma regio que no processo de lutas pela independncia, a emancipao nas lutas contra a escravido e revoltas assumem papeis importantssimos na provncia, hoje Estado e o que temos e o que nos sobra dessa cultura esta presente na nossa vida atual, pujantemente. Enfim tenho atravs do contedo, tentado evidenciar essa relao de proximidade. Mas infelizmente no consigo seduzi-los a tal ponto nem sequer em um Por qu.Na questo produtiva os alunos so bons, mesmo que preguiosos eles realizam as atividades daquele jeito desleixado e sem compromisso com o conhecimento. Tenho visto que para alm da no reflexo dos assuntos eles tm se cansado das aulas que o estagirio esta passando. Eu para ser honesto comigo mesmo, vou continuar nessa batalha at o fim. Uma das alunas que conversava comigo e com o professor Leandro abordou que sinto vergonha da sala, pois, o professor deve preparar as aulas e se decepcionar com a gente quando chega sala, porque ningum liga pro que ele fala.Em sntese eu preciso at o fim desse estgio, tramar algo que os deixe pelo menos com a sensao de que estudar Histria, fuja da rotina, e seja to importante quanto estudar Portugus ou Matemtica. Eu tenho me apegado aos manuais de metodologia e ensino de Histria que tem me servido para clarear e dar ideias de como proceder nessa pratica diria que estar em sala de aula. Estar em sala, inclusive, sem tanta preparao ao longo do caminho academicista. Tenho aprendido como se diz, na tora.

Mas de uma coisa eu tenho certeza: venho realizando na turma, ou pelo menos para mim, tenho cumprido o meu dever de estagirio e futuro decente na tarefa de estimular e encaminhar o estudante aos rumos da interpretao e a construo de significados nesse mundo ao qual ele parte histrica importante. Mesmo no participando das aulas os estudantes tm recebido metodologicamente aulas de cunho critico produtivista dos contedos que esto l postos para eles resumidamente nos seus livros. Na realidade esse texto me sai, tambm, como um desabafo sobre as criticas que recebi dos meus alunos durante essas duas semanas. No, eu no pensei em desistir. E no um texto de insatisfao um texto para cumprir o dever da construo intelecto pessoal.

Quanto criticas e os questionamentos recebidos do tipo: porque o senhor no fala menos nas aulas como o professor tal, que chega aqui e todo mundo fica pianinho escutando as aulas? As respostas dadas as questes, observando que na minha vida eu nunca vi professor dar aula sem falar muito, penso que de agora em diante vou caminhar a partir das sugestes deles. E a primeira discusso da prxima aula ser em desenvolver com eles um perfil de professor como eles acham adequado. Porque de meu esforo intelectual basta! Como essa batalha tem o vis de experimento, vou partir para o ataque e experimentar.Observao de aula 09. Colgio Estadual Rmulo Galvo turma: 2 13 M 1 Data: 04/11/14.Aps longas trs semanas sem poder, por inmeros fatores, publicar as aulas no blog, hoje peo desculpas pelo atraso constante. Contudo, esse processo, de estagio foi pego de surpresa por alguns feriados e folgas em dias de nossas aulas. Vale ainda acrescentar que tenho passado transtornos em virtude da constante queda da internet e a falta dela nos computadores da universidade quando preciso. Em tempo vale justificar que a nossa ultima aula do dia 28/10/14 no aconteceu, pois, os estudantes em massa no compareceram na escola, somente os professores. Os poucos que foram, disseram que aquele dia seria o dia da vingana dos alunos, em represlia as faltas dos professores sem justificativa. Segundo eles. Contudo neste dia alguns estudantes que vagavam pela escola me chamaram pra ficar batendo papo com eles em uma das salas vazias. Dai conversamos cerca de uma aula integral sobre o final de semana da eleio a politica entre outros assuntos.A aula de hoje foi sobre a independncia da Bahia e a Participao e luta das mulheres pela independncia. Eu preparei um texto pequeno que lemos em conjunto na sala. O texto foi compilado por mim e foi o que de maior entendimento em meu ponto de vista que pude oferecer aos alunos. A leitura transcorreu bem, os estudantes que se sentiram a vontade para participar, leram e outros acompanhavam.

Em seguida, pedi para que pudssemos debater o texto, mas, ningum, como sempre se prontificou a dar alguma opinio, logo depois respondemos as trs questes pertinentes ao texto e pedi que relacionassem com as aulas e a explicao sobre a independncia da Bahia e a aula sobre independncia do Brasil. A maioria dos alunos me entregaram as atividades que sero corrigidas e avaliadas.

Conversei com a professora jussi e disse que no faria prova na turma, mas, que todas as atividades sero passiveis de notas que ser somada ao valor da nota do simulado que acontecer no dia 20 de novembro, para formar o valor global. A professora concordou. Entretanto eu no me sinto capaz de aplicar uma prova, porque se for aplicar uma prova a partir de todas as aulas que passei durante a unidade, tenho certeza que muitos alunos podero ser prejudicados, pois, vi que poucos faziam questo de assistir as aulas.

Nossa prxima aula, combinamos de levar os alunos para uma aula extra-sala, analisando na cidade de Cachoeira os pontos onde houve batalhas pela independncia e revoltas ocorridas que influenciara as cidades de So Felix e de Cachoeira. Espero que a aula seja interessante, pois, acatando a ideia que eles em sala apresentaram, de sair um pouco da rotina da sala que planejei essa aula. E acredito, pelos meus clculos, que esse ser o nosso ultimo encontro. Observao de aula 10. Colgio Estadual Rmulo Galvo turma: 2 13 M 1 Data: 11/11/14. ____________________(THE END). FIM?A aula de tera dia 11/11/14, foi a nossa ultima aula presencial no Colgio Romulo Galvo. Bem, como tudo que comea um dia termina, comigo no seria diferente nessa jornada. Acredito que nesse meio tempo, vivenciei o mnimo do que na realidade ser professor. Mas toda experincia vale a pena, afinal j dizia o poeta que tudo vale a pena se a alma no pequena.Consegui levar os alunos para a aula de campo que eles solicitaram. Entrei em contato com o IPHAN em Cachoeira, onde contei com a cordialidade do guia Jos que nos abrilhantou com o seu conhecimento sobre a Histria local. Contudo, antes de chegar ao local fomos observando desde So Flix os espaos e monumentos importantes na cidade. Olhamos a estao onde tive a oportunidade de explica-los sobre a sua utilidade no passado e sua falta de preservao no presente e a simbologia e representatividade do relgio que fica localizado em sua torre, como elemento de marcao do tempo e disciplina do trabalho. Mais adiante defrontamo-nos com a esttua de Ruy Barbosa, considerado por muitos, grande estadista na passagem do imprio para republica tendo se destacado principalmente como jurista, poltico, diplomata, escritor, fillogo, tradutor e orador.Expliquei tambm, fazendo um link sobre a aula onde abordei sobre a vinda da famlia real em 1808 para o Brasil, sobre como se deu a construo da ponte secular D. Pedro II, ligando So Felix a Cachoeira, fortalecendo os laos econmicos e progressistas das cidades a partir da pactuao comercial no passado, entre Portugal e Inglaterra. E como poderamos ver essa grande construo ainda sobrevivendo no tempo. Paramos tambm na Praa 25, atual e principal local de distrao da populao da cidade, onde explicamos sobre a independncia da Bahia e do Brasil. Como ocorreu esse processo na cidade, onde os portugueses foram sitiados e perderam a batalha do 02 de julho. Os estudantes participavam bastante em cada explicao dada.

Chegamos ao local e o cachoeirano Jos j nos aguardava, chegamos por volta das nove da manha. Fomos eu, a professora Jussiana, e os alunos. No caminho encontramos o professor, estagirio e colega de curso Sandro, comentei sobre a iniciativa e fizemos algumas observaes pontuais sobre o estgio, a escola entre outros. Chegamos ao IPHAN e em seguida fomos brindados com uma bela aula que fora gravada, durante 40 minutos e que vai postada nesse breve relato, pra que todos possam tambm apreciar os momentos e rir com as nossas descontraes. Gostaria de agradecer em nome da professora moreninha diretora, e professor Emanuel, a escola por ter nos recebido de braos abertos durante todo esse processo sem maiores burocracias, (alm das que a disciplina nos coloca). Aos professores que me acolheram e sem reservas me trataram como membro e no mais um da escola. Aos estudantes da turma 2 ano 13M1, que conseguiram me refazer e vislumbrar a possibilidade de seguir na profisso docente, me fazendo rever os conceitos. Agradeo as palavras da Professora Jussiana que depositou sua total confiana, pois, segundo a mesma, enxergava em mim uma grande capacidade de guiar a turma sozinho. Fiquei radiante ao receber seus elogios.

Meus objetivos foram alcanados, no final todos os alunos (quem dera) me elogiaram, abraaram tiraram fotos se entristeceram com aminha partida. Para alm da relao professor-aluno, criamos um lao de fraternidade, amizade e compreenso. No imaginaria, que ao final, para mim seria um pesar deixar a turma. Essa foi a melhor experincia do estgio.

No mais e sem maiores delongas segue o vdeo que fala por si. Formao na berlinda: a realidade vivenciada da prtica docente e as condies de trabalho dos professores de uma escola de ensino do campo na zona rural do Municpio de Cachoeira Ba. Relatrio de estagio supervisionado elaborado por Fabio Calisto em 2013. Estgio supervisionado I - atividade de observao. Elaborao de diagnstico sobre as escolas: olhares e dilogos com a comunidade escolar caderno de campo: orientaes e instrumentos de trabalho. Elaborado por Adenizia, Miranda, Carla Santana, Fabio Calisto, 2012.