Tesis Alumna FUNIBER. Juliana Batista Lima - Maestría en Gerontología

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FUNDACIÓN UNIVERSITARIA IBEROAMERICANA – FUNIBER ÁREA DE SAÚDE PROGNOSTICO DO MAL DE ALZHEIMER EM IDOSOS FUTUROS (2030) DA CIDADE DE MANAUS MÁSTER EM GERONTOLOGIA Dissertação para obtenção do grau de: Máster em Gerontologia Apresentado por: Juliana Batista Lima USUARIO: BRSNMGS1051900 Orientador: Lídia Maria Henriques Rego Manaus, Amazonas, Brasil Junho/2014

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FUNDACIÓN UNIVERSITARIA IBEROAMERICANA – FUNIBER

ÁREA DE SAÚDE

PROGNOSTICO DO MAL DE ALZHEIMER EM IDOSOS FUTUROS (2030) DA

CIDADE DE MANAUS

MÁSTER EM GERONTOLOGIA

Dissertação para obtenção do grau de:

Máster em Gerontologia

Apresentado por:

Juliana Batista Lima

USUARIO: BRSNMGS1051900

Orientador:

Lídia Maria Henriques Rego

Manaus, Amazonas, Brasil

Junho/2014

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TERMO DE COMPROMISSO

Eu, Juliana Batista Lima, portadora da cédula de identidade No1196991-1. –

SSP-AM e aluna do programa acadêmico Máster en Gerontologia, declara

que:

O conteúdo do presente documento é um reflexo do meu trabalho pessoal e

manifesto que, diante de qualquer notificação de plágio, cópia ou prejuízo à

fonte original, sou responsável direto legal, financeira e administrativamente,

sem afetar o Orientador do trabalho, a Universidade e as demais instituições

que colaboraram neste trabalho, assumindo as consequências derivadas de

tais práticas.

Assinatura: ___________________________

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[Autorização voluntária]

Manaus, fevereiro de 2014

A:

Fundação Universitária Iberoamericana – FUNIBER

Att: Direção Acadêmica

Venho por meio desta, autorizar a publicação eletrônica da versão aprovada de meu Proyecto Final com título PROGNOSTICO DO MAL DE ALZHEIMER EM IDOSOS FUTUROS (2030) DA CIDADE DE MANAUS no Campus Virtual e em outras mídias de divulgação eletrônica desta Instituição.

Informo abaixo os dados para descrição do trabalho:

Título PROGNOSTICO DO MAL DE ALZHEIMER EM IDOSOS FUTUROS (2030) DA CIDADE DE MANAUS

Autora Juliana Batista Lima

Resumen

Pesquisa realizada com adultos, na faixa etária entre 30 e 59 anos para estimar possíveis prognósticos do Mal de Alzheimer do idoso em Manaus-AM (Brasil), recomendando medidas para as políticas públicas de saúde e de educação, rumo a qualidade de vida dessa população.

Programa - Máster en Gerontologia Palabras clave Envelhecimento, Stress, Depressão, Mal de Alzheimer.

Contacto [email protected]

Atenciosamente,

Assinatura:

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RESUMO ou ABSTRACT

No Amazonas, segundo a contagem populacional realizada pelo IBGE em 2010, a população estimada para o Estado é de 3.350.773habitantes.. Investigações de base populacional, sobre estilo e condições de vida são raras e quase inexistentes na região Norte do país, o que por si justifica o incremento de pesquisas desse porte. OBJETIVO: Estimar a prevalência do Mal de Alzheimer em idosos futuros a partir de evidências autorreferidas de Stress e Depressão em envelhescentes residentes na zona urbana da cidade de Manaus, na atualidade. METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa Transversal correlacional/causal de diagnóstico que tem como propósito observar as atuais condições sociais de saúde dos indivíduos que serão idosos a partir do ano de 2030. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Dos pesquisados, 39,0% já foram diagnosticados com estresse; 9,2% diagnosticados com depressão. Sobre o estado de Depressão dos pesquisados verificou-se que 9,6% dos indivíduos, por vários dias tinham tido pouco interesse ou pouco prazer em realizar suas atividades. Deprimido ou sem perspectiva (13,3%); Tiveram dificuldade para pegar no sono ou permanecer dormindo ou dormir mais do que de costume 15,2%; Se sentiram cansado/a ou com pouca energia 18%; Tiveram falta de apetite ou vontade de comer demais, 11,3%; Se sentiram mal consigo mesmo/a, ou acharam que é um fracasso ou se decepcionaram com a família ou ele mesmo, 7,4% dos indivíduos. 9,9%, disseram ter dificuldade para se concentrar nas coisas como ler jornal ou ver Televisão; Lentidão para se movimentar ou falar, a ponto das outras pessoas perceberem ou o oposto – estar tão agitado/a ou irrequieto andando de um lado para o outro muito mais que de costume foram 6,5%; Os que pensaram em se ferir de alguma maneira, ou que seria melhor estar morto/a, chegam a 4,9%; e os que tiveram alguma dificuldade, por causa de seus problemas referidos na tabela para realizar o seu trabalho, tomar conta das coisas em casa ou para se relacionar com as pessoas chegaram a 10,8%. Para o desenvolvimento do Mal de Alzheimer são considerados fatores de risco: estresse, hipertensão arterial, depressão, diabetes, obesidade, tabagismo e sedentarismo. Tais fatores consistem em hábitos modificáveis, que, se forem controlados a tempo, podem retardar o surgimento da doença (Alzheimer's Desease International, 2009). A educação, nesse sentido, surge como importante aliada na prevenção das doenças e no próprio diagnóstico e cuidado da pessoa portadora de Doença de Alzheimer. CONCLUSÃO: o estudo conclui que os dados encontrados na pesquisa quando comparados às pesquisas em nível nacional e internacional já demonstra que a população que está envelhecendo na Cidade de Manaus, já desponta com potencial de risco para o Mal de Alzheimer, como um pano de fundo para o cenário já a partir de 2030, já que elevado número de indivíduos sem interesse de realizar qualquer atividade física, além do alto número de indivíduos portadores de Stress, Depressão como doenças autorreferidas, são precursoras do Mal de Alzheimer. Não sendo esta, entretanto, a única causa. Conclui ainda que a cura e uma prevenção definitiva para o Mal de Alzheimer ainda não existe, apesar de pesquisas estarem em andamento por todo o planeta.

Palavras-chave ou Keywords: Envelhecimento, Stress, Depressão, Mal de

Alzheimer.

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ÍNDICE INTRODUÇÃO Objetivo Geral Objetivos Específicos CAPÍTULO No. 01. O ENVELHECIMENTO HUMANO 1.1. Envelhecimento com Êxito 1.2. Epidemiologia do envelhecimento 1.3. Aspectos biológicos do envelhecimento CAPÍTULO No. 02. ENFERMIDADES MENTAIS 2.1. Doença de Alzheimer 2.2. Aspectos Epidemiológicos da Doença de Alzheimer 2.3. Fisiopatologia e Diagnóstico da Doença de Alzheimer CAPÍTULO No. 03. ESTILO DE VIDA E MAL DE ALZHEIMER 3.1. Estresse e Depressão como precursores da Doença de Alzheimer 3.2. Estress 3.3. Depressão CAPÍTULO No. 04 - DESENHO METODOLÓGICO 4.1 Introdução 4.2 Variáveis 4.3 Amostra 4.4 Instrumentos de Medição e Técnicas 4.5 Procedimentos 4.6 Contribuições Científicas 4.7 Viabilidade 4.8 Análise Dos Dados 4.9 Hipótese de trabalho CAPÍTULO No. 05 RESULTADOS CAPÍTULO No. 06 DISCUSSÃO CAPÍTULO No. 07 CONCLUSÕES GERAIS CAPÍTULO No. 08 RECOMENDAÇÕES BIBLIOGRAFIA

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INTRODUÇÃO

Envelhecer é uma consequência do nascimento e um processo natural da

maioria dos seres vivos, independente de espécie. Hoje, entretanto, com os

excessos do culto a beleza e a boa forma, envelhecer assusta. Correa, M.R.

(2009)1. A ideia do “para sempre jovem” transita com frequência no imaginário dos

indivíduos, principalmente, porque tal concepção vem sendo fortemente arraigada

na sociedade, ser velho é cair em desuso.

Embora esta constatação possa parecer extremista, de fato se verifica a

marginalização e o preconceito para com a pessoa idosa2, formas essas de

pensamento e ação que precisam ser revistas e mudadas, tendo em vista que o

mundo está envelhecendo e que, brevemente, seremos uma sociedade

predominantemente de idosos.

Deixa-se claro esta questão, pois no contexto analisado pelo presente

estudo, que discorre acerca da Doença de Alzheimer entre a população idosa, tais

fatores contribuem negativamente para perspectivas de cenários futuros. Desse

modo, apesar de a maioria das pessoas temerem o envelhecimento, se faz

imprescindível a compreensão de que é possível chegar a uma idade mais

avançada de forma saudável e ativa.

Nesse sentido, vale destacar que para além do próprio bem-estar dos

indivíduos, medidas educativas e preventivas poderiam contribuir para a redução

dos gastos com saúde pública, principalmente, aqueles com a saúde dos

envelhecentes3, uma vez que a qualidade de vida aumentada contribui para a

minimização da incidência de doenças.

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O envelhecimento é temido, diante desse contexto, por seus efeitos no

corpo humano, tendo em vista que com o passar dos anos, o indivíduo se torna

mais frágil e suscetível, o que varia de organismo para organismo. Por essa

perspectiva, a Doença ou Mal de Alzheimer figura como a mais temida entre as

enfermidades crônico-degenerativas, sendo inclusive apelidada de o “mal do

século” 3. Não obstante, constitui o tipo mais comum de demência e sua incidência

é mais habitual entre a população idosa, sendo raros os casos da Doença de

Alzheimer em jovens.

O portador do Mal de Alzheimer (MA) perde, de modo gradativo, a

noção de tempo e espaço4. Portanto, o temor existente com relação a Doença de

Alzheimer é plenamente válido e inquestionável, levando-se em consideração que,

como uma espécie de ladrão de memórias, a Doença de Alzheimer tem se tornado

um problema de saúde pública e um desafio de proporções consideráveis aos

governos, encontrando-se no ranking das doenças de maior prevalência entre os

idosos.

Exatamente por tais averiguações é que se originou o interesse pelo estudo

da temática, visando responder quais as perspectivas de abrangência da

ocorrência da Doença de Alzheimer entre a população de idosos a partir de 2030

na cidade de Manaus, tendo com base o atual cenário. Para isso, a pesquisa

ouviu 2500 indivíduos de ambos os sexos com idade entre 30 e 59 anos

(envelhecentes), residentes na cidade.

Com esse intuito, objetiva-se traçar um diagnóstico hipotético da

prevalência do Mal de Alzheimer nos idosos da cidade de Manaus a partir de

2030, com base nos resultados obtidos na pesquisa de campo, valendo-se da

revisão dos marcadores teóricos acerca do , tendo em vista uma prospecção

evolutiva do quadro da doença na cidade.

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É um dos produtos da pesquisa “Marcadores sociais de envelhecimento

e qualidade de vida do idoso de 2030 da zona urbana de Manaus-Am”,

realizado pela Universidade do Estado do Amazonas, via Universidade Aberta da

Terceira Idade (UnATI/UEA) com o apoio financeiro da Fundação de Apoio a

Pesquisa do Amazonas (FAPEAM) e Coordenado pela Profa. Dra. Terezinha Lima

Silva cujo objetivo foi estimar o perfil de saúde e de qualidade de vida do idoso a

partir do ano de 2030, da área urbana da cidade de Manaus, em função do estilo

atual de vida, suas relações sociais e familiares, o grupo étnico, o ambiente de

floresta e o estágio de seu envelhecimento.

Estruturou-se esta Dissertação em Capítulos para melhor aproveitamento

do tema. No CAPÍTULO No. 01 – O ENVELHECIMENTO HUMANO, onde se

disserta sobre a epidemiologia do envelhecimento no Brasil e no Amazonas e as

expectativas de longevidade, com relação às do planeta.

O CAPÍTULO No. 02 – ENFERMIDADES MENTAIS, estrutura-se a

etiologia do Mal de Alzheimer a Fisiopatologia, o diagnóstico e os aspectos

epidemiológigos dessa enfermidade que avança com o envelhecimento em escala

planetária. .

No CAPITULO No. 03 – ESTILO DE VIDA E MAL DE ALZHEIMER, aqui

foi evidenciado como o estresse e a Depressão podem se tornar os precursores

dessa enfermidade, mormente ligada ao estilo de vida moderno das populações

urbanas.

O CAPITULO No. 04 – DESENHO METODOÓGICO - descreve os vários

passos dados na definição dos métodos para obtenção dos dados que deram

suporte estatístico ao trabalho e os tipos de análises realizadas no tratamento

desses dados.

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Nos CAPITULOS Nos. 05 e 06 respectivamente delineiam-se os

RESULTADOS e a DISCUSSÃO destes, é o momento em que se evidencia a

essência do esforço metodológico e da busca no campo, e se encontra respostas

aos objetivos traçados inicialmente. O CAPITULO No. 07 - CONCLUSÕES

GERAIS, traz a constatação de que alguns importantes hábitos são protetores do

risco para o Mal de Alzheimer, como a Dieta, a Educação e os Exercícios Físicos

incluindo-os em seu estilo de vida.

O CAPITULO No. 08 – RECOMENDAÇÕES. Finalmente recomenda-se que

somente com a consciência de que são hábitos saudáveis como: a prática de

atividades físicas, alimentação saudável, controle do peso, não fumar, consumir

bebidas alcoólicas em pequenas quantidades, manter-se ativo mentalmente (ler,

estudar), ter boas relações e realizar exames médicos periodicamente, continua

sendo a melhor forma para prevenção não só o Mal de Alzheimer como também

outras doenças.

OBJETIVO GERAL

Estimar a prevalência do Mal de Alzheimer em idosos futuros a partir de

evidências autorreferidas de Stress e Depressão em envelhecentes residentes na

zona urbana da cidade de Manaus, na atualidade.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

a) Estudar o atual estágio de conhecimento sobre o Mal de Alzheimer no

mundo;

b) Analisar as variáveis e circunstâncias que contribuem para o surgimento

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do Mal de Alzheimer;

c) Identificar evidência de prognostico futuro do Mal de Alzheimer na região Amazônica (Brasil)

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CAPÍTULO No. 01. O ENVELHECIMENTO HUMANO

1.1 Envelhecimento Com Êxito

O século XXI inaugurou não apenas uma nova era para a humanidade, na

qual se assiste a uma verdadeira revolução tecnológica e científica, mas também

avanços consideráveis relacionados à qualidade de vida da espécie humana,

principalmente, progressos nas diversas áreas dos saberes médicos que, têm

contribuído para o aumento da longevidade saudável.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS) 5 o envelhecimento

populacional é tanto um triunfo da humanidade quanto um desafio. Do ponto de

vista desafio, o aumento da população idosa significa um maior dispêndio de

dinheiro público, uma vez que a maioria dos países tende a marginalizar a pessoa

idosa, deixando de vê-la como um recurso ativo, ou seja, nessa concepção de

idoso das sociedades modernas, principalmente as ocidentais, o indivíduo

envelhecido não é capaz de contribuir economicamente.

O envelhecimento ativo surge diante desse contexto como uma maneira

revolucionária de promoção de qualidade de vida entre as pessoas em idade

envelhescente para que alcancem uma velhice saudável, além de propor para a

sociedade uma nova mentalidade que vai em direção contrária à marginalização

da pessoa idosa.

Assim, o envelhecimento ativo consiste no “processo de otimização das

oportunidades de saúde, participação e segurança visando à melhoria do bem-

estar das pessoas à medida que envelhecem” 5 . Todavia, o conceito de ativo não

implica apenas no bem-estar equivalente a saúde física ou a integração do

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indivíduo como força de trabalho, mas num conjunto de elementos que contribuem

efetivamente para um envelhecimento ativo abrangente, que, segundo a OMS5, se

refere à participação regular da pessoa idosa nas questões sociais, econômicas,

culturais, espirituais e civis.

Em termos históricos, o entendimento do processo de envelhecimento,

assim como a forma de lidar com a pessoa idosa, foi evoluindo com o passar dos

séculos. No século XV se tinha a ideia de que a medicina preventiva poderia

retardar o processo de envelhecimento. Já no século XVIII, verifica-se que se

propagou uma concepção menos ortodoxa acerca do envelhecimento, cuja qual

pregava que o indivíduo trazia consigo um princípio vital que se desgastava e

resultava na velhice e, consequentemente, na morte do ser6.

Posteriormente, no século XIX, o marco foi o surgimento da preocupação

para com essa etapa específica da vida ser humano, onde se passou a tomar

velhice e doença como sinônimas. Foi somente a partir do século XX,

especificamente no Ocidente, que o cuidado dos idosos passou a ser uma

especialidade dentro do campo da medicina científica, surgindo então como

resultante dessa preocupação a Geriatria6, que tem como foco o estudo do

processo do envelhecimento e suas implicações na fisiopatologia, no diagnóstico,

no tratamento e na prevenção de doenças3.

Após esses primeiros incrementos no estudo do envelhecimento, foi criada

a Gerontologia que, também como área da medicina, surge como um ramo da

ciência disposto a estudar o processo de envelhecimento não mais como doença,

tomando-o como uma parte natural e indissociável do ciclo de vida de todo ser

humano 3,6.

Atualmente, na discussão do envelhecimento ativo, leva-se em

consideração o atual parâmetro de desenvolvimento humano no decorrer do ciclo

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de vida, valendo-se da evolução das diferentes capacidades, que foram possíveis

por uma gama de fatores (tecnológicos, científicos, sociais, econômicos, dentre

outros). Nesse contexto, é fato que algumas dessas capacidades se deterioram

com o passar dos anos, porém, outras não apenas podem ser mantidas, como

também melhoradas, considerando-se a qualidade de vida das pessoas.7

Outro ponto importante nas discussões sobre o envelhecimento ativo se

refere ao fato de que as pessoas evoluem de forma diferente uma das outras,

pois, cada organismo possui características próprias7, daí a saúde ser um termo

tão recorrente nos estudos relativos a essa concepção de envelhecimento.

Consequentemente:

O objetivo do envelhecimento ativo é aumentar a expectativa

de uma vida saudável e a qualidade de vida para todas as

pessoas que estão envelhecendo, inclusive as que são

frágeis, fisicamente incapacitadas e que requerem cuidados5.

O que se averigua, portanto, é que a mudança na forma como se vê o

envelhescente e o idoso é fundamental nesse processo, justamente dessa

confirmação da importância do surgimento de áreas na medicina (Geriatria e

Gerontologia) voltadas exclusivamente para o estudo do envelhecimento e para o

cuidado da pessoa idosa, bem como o entendimento da necessidade de

propagação de formas de envelhecimento ativo e das diferenças entre os

indivíduos que farão parte desse grupo num futuro próximo.

A respeito dos modelos de envelhecimento ativo, proposto pela OMS5,

verifica-se que levam em conta fatores biológicos, psicológicos, econômicos e

socioculturais. No caso do modelo individual de envelhecimento com êxito7, este

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se baseia nas investigações através de estudos de longa duração que se

basearam por quatro grupos de fatores: 1) baixa probabilidade de adoecer e de

incapacidade associada; 2) alto funcionamento cognitivo; 3) alto funcionamento

físico; 4) compromisso com a vida 7.

Além desse modelo de envelhecimento ativo, Havighurst e Albrecht (1953) 7

na sua publicação Older people afirmam que a teoria da atividade, criada por eles,

é uma das primeiras teorias psicossociais sobre a temática e se baseia na

seguinte hipótese:

“A realização de um elevado número de papéis sociais ou interpessoais

está correlacionada de forma significativa com um elevado grau de adaptação e

satisfação vital percebidas pelas pessoas idosas.” 7.

Por essa teoria, o indivíduo envelhecente chega a uma velhice satisfatória à

medida que descobre e realiza novos papéis ou quando continua aqueles que já

vinham desempenhando. Visando confirmar ou refutar essa hipótese, os autores

aplicaram um questionário voltado a uma amostra de 100 sujeitos eleitos dentre

uma população de 670 indivíduos com idade a partir de 65 anos. De acordo com

os resultados obtidos, verificaram uma correlação positiva entre o número de

atividades realizadas e a adaptação sentida pelos indivíduos, concluindo que as

pessoas idosas que levam um estilo de vida mais ativo tendem a vivenciar a sua

velhice com maior adaptação e bem-estar7.

Posteriormente, Tartler (1961) 7 reafirma a mesma ideia. Para ele, a

satisfação da vida esta relacionada “[...] com os papéis familiares, laborais,

sociais, etc., de forma que quanto mais papel a pessoa idosa tiver maior será a

sua autoestima e satisfação. Só é feliz quem se sente ativo, e útil” 7. Os princípios

básicos dessa teoria são os seguintes: a satisfação da vida se associa a papéis

familiares, sociais e laborais; ao prolongar a atividade se prolonga a idade adulta e

a meia-idade; é preciso valorizar a idade e atribuir ao idoso papéis apreciados

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socialmente; a atividade depende do estado de ânimo, e; a satisfação está

vinculada com o tipo de atividade.

Logo, além de políticas públicas e um sistema de saúde eficiente, verifica-

se a necessidade em modificar a maneira na qual se moldou a construção social

da velhice na sociedade contemporânea, que se constitui essencial para o

entendimento desta fase da vida, que como as demais partes do ciclo de vida tem

as suas próprias características7.

O desejo de envelhecer saudavelmente e em plena forma, nesse sentido, é

parte consciente de praticamente todo ser humano. Entretanto, o que se constata

diante do quadro geral de qualidade de vida atual não corresponde a um

envelhecimento saudável equitativo.

Se o envelhecimento ativo não é equitativo, como se pode verificar, é tanto

pela necessidade de rompimento com a passividade e os limites da dependência

tão comuns em muitos grupos de envelhecentes7 quanto pela ausência de

interferência dos governos, das organizações internacionais e da sociedade civil

em ação conjunta voltada a implementação de políticas e programas de

“envelhecimento ativo” que contribuam para melhorar a saúde 5.

No mais, se pode concluir acerca do envelhecimento ativo que, quaisquer

programas que tenham como pretensão incrementar os modelos existentes ou

propor novos modelos devem buscar a prevenção de doença e a incapacidade

associada7, além de otimizar o funcionamento psicológico e em específico o

funcionamento cognitivo, “[...] o ajuste físico e maximizar o compromisso com a

vida, o que implica a participação social” 7.

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1.2. Epidemiologia do Envelhecimento

Previsões estatísticas indicam que o número da população idosa aumentará

em todo o mundo em mais de 300% nos próximos 50 anos5, o que implica afirmar

que com o aumento da população idosa, uma das principais consequências se

refere ao desafio a ser enfrentado pela administração pública com relação aos

serviços públicos de saúde. Isso tendo em vista que, a transição demográfica será

seguida da transição epidemiológica que, por sua vez, apresenta como

característica mais pontual a verificação de doenças crônico-degenerativas 8.

No Brasil, esse crescimento da população idosa se deu de forma

acelerada, podendo-se constatar que grande parte da população atual terá a

chance de alcançar a velhice9. Sendo válido registrar ainda, segundo esse

contexto, a falta de planejamento do governo para lidar com tal situação, fato que

justifica os altos gastos públicos com a saúde da pessoa idosa9. Em números,

esse crescimento variou entre 4,8% no ano de 1991, 5,9% no ano de 2000 e

alcançou 7,4% no ano de 201010.

Figura 01.1: IBGE (2009) – Expectativa de vida dos idosos

Fonte: IBGE (2009)

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Ainda considerando esse crescimento, outro ponto a chamar atenção é a

diferença entre a população masculina e a população feminina que excede,

consideravelmente, a primeira9, fato explicável ao se considerar que a expectativa

de vida é maior entre as mulheres em função de as mesmas tomarem mais

cuidados com relação à saúde que os homens.

Vale esclarecer, do mesmo modo, que a tendência de as mulheres se

sobressaírem em relação à expectativa de vida é mundial e não somente uma

realidade nacional, o que não significa, entretanto, que a população feminina goza

de melhores condições de saúde e qualidade de vida, pelo contrário, os serviços

públicos relacionados aos cuidados da saúde são os mesmos para ambos os

gêneros9.

Esse crescimento repentino da população idosa implicou ainda em

alterações nos padrões epidemiológicos até então válidos nacionalmente e, como

consequência, pode-se verificar alterações relevantes no quadro de morbi-

mortalidade 9 . Diante dessa nova realidade, verificam-se elementos específicos

que caracterizam essa rápida transição nos perfis de saúde, quais sejam:

predominância de doenças crônicas não transmissíveis; e, maior importância dada

àqueles fatores de risco à saúde que podem ser evitados com ações preventivas

em diversos níveis.

Os últimos dados do IBGE indicam que as doenças infectocontagiosas

representam um percentual de 40% das mortes registradas no País no ano de

1950, hoje, contudo, são responsáveis por menos de 10%. Porém, o oposto se

registrou quanto às doenças cardiovasculares, que em 1950 representavam 12%

das causas de morte e, atualmente, perfazem 40% dos registros de morte entre a

população idosa9,11.

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No tocante dos problemas decorrentes da transição epidemiológica, os

quadros de demência tem destaque por facilitarem o surgimento de outras

patologias no indivíduo. Mundialmente, acredita-se que cerca de 24 milhões de

pessoas tenham algum tipo de demência 12, dos quais 90.000 estão no Brasil e

são portadores da doença de Alzheimer13. Logo, reafirma-se que a longevidade é

uma questão paradoxal, que tanto se consagra como uma conquista, quanto um

desafio para a sociedade contemporânea5.

Considerando essas informações, pode-se averiguar que o Brasil passou

de um perfil de mortalidade típico de uma população jovem a um perfil

caracterizado por enfermidades complexas e mais onerosas ao sistema de saúde

pública. Perfil este, próprio de faixas etárias mais avançadas9.

Assim, se de um lado a longevidade demonstra os avanços da humanidade

em termos científicos e tecnológicos. Por outro, revela o despreparo de muitas

nações para lidar com a pessoa idosa. De acordo com estudos, a proporção de

pessoas que nascem é muito menor que a proporção crescente de idosos, o que

resulta num conjunto de situações que mudam a estrutura dos gastos públicos11.

Nesse sentido, o caso nacional de transição epidemiológica não difere de

outros países em igual condição de desenvolvimento econômico, por exemplo,

enquanto nos países mais desenvolvidos o envelhecimento populacional ocorreu

de forma gradual em concordância com o crescimento socioeconômico, cultivado

ao longo de gerações; no Brasil, o envelhecimento ocorreu num ritmo acelerado,

observado a partir da década de 1980, como resultante de vários fatores, como

por exemplo, melhorias nas condições sanitárias e maior acesso aos serviços de

saúde por meio do Sistema Único de Saúde – SUS14.

Finalmente, num país onde a expectativa de vida aumentou

consideravelmente, principalmente, no período de 1999 a 2003, tanto para

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homens quanto para mulheres, a melhor alternativa voltada tanto à diminuição dos

gastos públicos com saúde pública quanto ao aumento da qualidade de vida dos

idosos é a promoção de políticas públicas direcionadas ao envelhecimento ativo.

1.3. Aspectos Biológicos do Envelhecimento

O efeito cronológico é uma atenuante que não se pode evitar. Envelhecer é

consequência de ser humano. De forma que, tão natural quanto à respiração ou

quaisquer outros processos cotidianos típicos da espécie humana, o

envelhecimento é causa do nascimento. Logo, “envelhecimento é um equilíbrio

dinâmico. As taxas de envelhecimento diferem entre os vários sistemas de um

mesmo organismo, mas é o organismo como um todo que envelhece e morre”15.

O envelhecimento é um processo inevitável, invencível, mas

que, considerando as condições a que uma pessoa está

exposta, pode ocorrer de variadas formas. O envelhecimento

pode ser analisado a partir dos pontos de vista cronológico,

biológico, psíquico, social, fenomenológico e funcional, cada

qual com suas especificidades e respondendo

diferentemente aos questionamentos em relação ao

processo de envelhecer16.

Do ponto de vista biológico, o envelhecimento ocorre em decorrência da

perda gradual e ininterrupta da capacidade de adaptação e de reserva do

organismo antes das mudanças comuns ao avanço da idade, que provém do meio

interno e externo. Do meio interno, os principais resultados das pesquisas acerca

do envelhecimento apontam para o envelhecimento celular e a perda progressiva

e irreversível de células, levando em conta estimativas bioquímicas originadas do

conteúdo intracelular de água e potássio3, 15,16.

O envelhecimento, nesse contexto biológico, pode ser compreendido ainda

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sob duas circunstâncias: a senescência e a senilidade. A senescência se refere à

fase de vida a partir dos 60 anos de idade de uma pessoa sadia, isto é, indivíduo

não-doentio, sem distúrbios de conduta, que não tenha esquecimentos

importantes e que não perca o controle de si mesmo16.

A senilidade, por outro lado, é caracterizada como um envelhecimento não

sadio, o oposto da senescência. Na senilidade o idoso perde a autonomia e a

independência para as atividades da vida diária em função das patologias que o

acometem16.

Além da senescência e da senilidade, o envelhecimento biológico também

pode englobar mais duas vertentes que dispõem, na verdade, sobre fatores

externos e não biológicos: o envelhecimento populacional e o envelhecimento

individual7. Em suma, pode-se citar uma compilação das características atribuídas

pelas ciências que cooperam para o estudo do envelhecimento:

− Envelhecer é um processo que não tem um início preciso,

ocorre ao longo da vida do indivíduo e tem a ver com as

condições genéticas, biológicas, sociais e psicológicas. O

envelhecimento é, pois, um fenômeno individual, já que a

pessoa pode fazer muito para ser agente do seu próprio

envelhecimento positivo.

− As condições ambientais, econômicas, culturais e sociais,

num determinado contexto histórico, também têm influência

nas formas de envelhecer. Os países com maior nível

econômico contam com uma maior esperança de vida e

esperança de vida livre de incapacidade, pelo fato de

investirem mais nos programas de promoção e prevenção

para a saúde. Assim também a sociedade e o contexto

sociopolítico desempenham um papel importante neste

Page 21: Tesis Alumna FUNIBER. Juliana Batista Lima - Maestría en Gerontología

24

processo do envelhecimento ativo e com qualidade. [...].16.

De modo geral, todas essas questões interferem ativamente no

envelhecimento biológico, pois, fatores como estresse, por exemplo, influem na

funcionalidade do organismo. Além dessas questões, se verifica que as alterações

morfológicas e funcionais, que decorrem com o envelhecimento, podem ser

descritas de acordo com órgãos e sistemas.

Page 22: Tesis Alumna FUNIBER. Juliana Batista Lima - Maestría en Gerontología

25

CAPÍTULO No. 02. ENFERMIDADES MENTAIS

2.1 A Doença de Alzheimer

Identificada pelo psiquiatra e neuropatologista alemão Aloïs Alzheimer, em

1906, a doença de Alzheimer afeta a memória e o funcionamento mental dos

indivíduos acometidos. Estima-se que 50% a 70% de todos os indivíduos com

demência são portadores da doença de Alzheimer, que, na atualidade, já é tida

como um dos maiores problemas de saúde pública em função de impactar

significativamente a qualidade de vida de seus portadores16, 2.

Logo, é importante ressaltar que a probabilidade do desenvolvimento de

demências aumenta consideravelmente com o envelhecimento e a idade consiste

no principal fator de risco para a doença17.4. Entretanto, cabe ressaltar que do

ponto de vista médico, a demência não está associada à loucura ou a uma doença

específica, mas sim a perda de memória associada à alteração de função cerebral

14.

A DA causa à atrofia do córtex cerebral começando no lobo temporal e

progredindo para o lobo parietal, formação de placas no espaço intercelular do

córtex cerebral centrado no hipocampo devido à acumulação de proteínas e

formação de novelos neurofibrilares nas células nervosas 15.

Além da demência e desses acontecimentos, nota-se no paciente portador

de DA à perda ponderal e a caquexia, ocorrências comuns nos primeiros estágios

da doença2. A má alimentação é também uma recorrente, sendo necessária,

Page 23: Tesis Alumna FUNIBER. Juliana Batista Lima - Maestría en Gerontología

26

muitas vezes, a suplementação em razão do déficit nutricional que é mais

recorrente nas mulheres com DA2.

Os estágios iniciais da DA são caracterizados pela perda de memória em

episódios e também pela dificuldade relacionada à aquisição de novas

habilidades18. Nessa fase inicial, a DA evolui gradativamente com prejuízos em

outras funções cognitivas, como por exemplo, a capacidade de julgamento,

cálculo, dentre outros 2 , 15.

À medida que a doença avança, nos estágios intermediários, o indivíduo

pode ter afasia fluente, bem como apraxia. Com relação aos estágios finais da DA,

o que se verifica é que a doença tem duração média de 12 a 14 anos, podendo

ser muito menor ou maior. Portanto, se verifica que existem diferenças no modo

como a DA evolui, podendo diferir de paciente para paciente 18.

Embora, constate-se que a sobrevida seja de, em média, oito anos a contar

do início dos sintomas, o que para uns pode ocorrer num espaço de tempo de dez

anos, para outros pode ser muito pior em dois anos e meio, por exemplo18.

No que diz respeito à etiologia desta doença, verifica-se ainda ser uma

incógnita, a exceção de raros casos familiares com identificação e sintomas

precoces, onde se encontra mutação genética específica 14,13,18. De acordo com a

classificação do CID – 10 (Classificação Estatística Internacional de Doenças e

Problemas Relacionados à Saúde, da Organização Mundial), conceitua-se doença

de Alzheimer como (18): “[...] doença cerebral degenerativa primária de etiologia

desconhecida. O transtorno é usualmente insidioso no início e se desenvolve

lenta, mas, continuamente, durante um período de vários anos” 18.

A doença de Alzheimer se caracteriza também por não ser transmissível,

Page 24: Tesis Alumna FUNIBER. Juliana Batista Lima - Maestría en Gerontología

27

isto é, não é infecciosa e nem contagiosa e, principalmente, não mata, embora,

com o passar do tempo, à medida que evolui em seu portador, verifica-se a

deterioração do sistema imunológico, que acarreta a perda de peso e aumenta os

riscos de infecção 15,2.

2.2. Aspectos Epidemiológicos da Doença de Alzheimer

Estudos atuais informam que a ocorrência de demência a partir dos 65 anos

duplica a cada cinco anos de aumento da idade, saltando de 3% em indivíduos na

faixa dos 70 anos, para 20-30% na faixa dos 85 anos19. De acordo com pesquisas

recentes, averiguou-se que uma em cada dez pessoas maiores de 80 anos deverá

ser portadora da DA. O mesmo índice transporto para a categoria daquelas

pessoas com idade acima de 70 anos é de 1:100 e nas pessoas em idade maior

que 60 anos de 1:100019.

Segundo as pesquisas (19), a DA se configura como a terceira principal

causa de morte entre os idosos nos países desenvolvidos, ficando atrás das

doenças cardiovasculares e do câncer. Hoje, estima-se que existam mais de 35

milhões de indivíduos em todo o mundo portadores da DA, dos quais 1 milhão e

200 mil apenas no Brasil 13.

O aumento de casos da DA registrados pelo mundo representam o lado

negativo do aumento da expectativa de vida. Se de um lado a longevidade indica

a melhoria dos sistemas de saúde e a vitória sobre algumas doenças, de outro

lado também demonstra efeitos negativos como o aumento de indivíduos

desenvolvendo o Mal de Alzheimer e outras doenças relacionadas 2,20. Diante

disso, a referida doença é tratada como efeito negativo não pelos custos, mas,

pelos efeitos devastadores que causa nos portadores.

Page 25: Tesis Alumna FUNIBER. Juliana Batista Lima - Maestría en Gerontología

28

Figura 02.1: Os números de casos da Doença de Alzheimer pelo

mundo em 1900

Fonte: WorldMaper org and Age Wave Estimates. Michael W Hodin, Ph.D. Executive Director, Global Coalition on Aging. Adjunct Senior Fellow, Council on Foreign Relations. GSA Meeting 2012. USA.

Page 26: Tesis Alumna FUNIBER. Juliana Batista Lima - Maestría en Gerontología

29

Figura 02.2: Os números de casos da Doença de Alzheimer pelo mundo em

1950

Fonte: WorldMaper org and Age Wave Estimates. Michael W Hodin, Ph.D. Executive Director, Global Coalition on Aging. Adjunct Senior Fellow, Council on Foreign Relations. GSA Meeting 2012. USA.

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30

Figura 02.3: Os números de casos da Doença de Alzheimer pelo mundo em

2000

Fonte: WorldMaper org and Age Wave Estimates. Michael W Hodin, Ph.D. Executive Director, Global Coalition on Aging. Adjunct Senior Fellow, Council on Foreign Relations. GSA Meeting 2012. USA.

Page 28: Tesis Alumna FUNIBER. Juliana Batista Lima - Maestría en Gerontología

31

Figura 02.4: Os números de casos da Doença de Alzheimer pelo mundo em 2050

Fonte: WorldMaper org and Age Wave Estimates. Michael W Hodin, Ph.D. Executive Director, Global Coalition on Aging. Adjunct Senior Fellow, Council on Foreign Relations. GSA Meeting 2012. USA.

Países como Austrália, França e Coréia do Sul, por exemplo, tornaram a

DA uma prioridade nacional20. Frente esse cenário, a Alzheimer’s Disease

International (ADI) 20 estima que os gastos anuais por portador da DA varia entre

os países, isto é, o custo de uma pessoa com Mal de Alzheimer varia entre 1.521

dólares nos países de baixo rendimento, até 4.588 dólares nos países de médio

rendimento e, por fim, 17.964 dólares nos países de elevado rendimento.

Page 29: Tesis Alumna FUNIBER. Juliana Batista Lima - Maestría en Gerontología

32

Nesse contexto, vale destacar que as estimativas apontavam que, em 2010,

35,6 milhões de pessoas em todo o mundo teriam a demência. Segundo as

previsões estatísticas, este número pode duplicar a cada 20 anos, atingindo os

65,7 milhões de indivíduos em 2030 e 115,4 milhões em 205021.

A ADI (20) destaca a importância dos governos em dar maior atenção a

essa doença, ressaltando a necessidade de desenvolvimento de estratégias no

cerne das políticas públicas com o intuito de garantir melhores condições de vida

para as pessoas com DA e para aqueles que exercem o papel de cuidadores das

mesmas. A ADI indica ainda ser necessário que a Organização Mundial de Saúde

considere a demência como uma prioridade de saúde global, como já feito em

muitos países da Europa, por exemplo 20 .

Entretanto, os cientistas trabalham para conseguir resultados que

venham a dar esperanças nesta que pode-se considerar uma epidemia. Uma das

mais recentes pesquisas nessa direção foi realizada por uma equipe de cientistas

da Universidade de Toronto Western Hospital em Ontário, Canadá, liderada pelo

Dr. Andres Lozano, deu novos passos para a descoberta de tratamentos para o

Alzheimer. O trabalho começou em 2010 e foi aplicado em seis pacientes,

diagnosticados com a doença em estágio inicial .Os doentes receberam impulsos

elétricos - 130 vezes por segundo - para o cérebro através da implantação de

elétrodos, colocados junto do fórnix, um aglomerado de neurônios que envia sinais

para o hipocampo. Nos pacientes com a doença, o hipocampo é uma das

primeiras regiões a encolher e revela os primeiros sintomas: perda de memória e

desorientação. Vários exames cerebrais demonstraram que o lobo temporal, onde

se encontra o hipocampo, absorve muito menos glicose do que o normal, daí o

mau funcionamento e consequente degradação.

Não foram registrados quaisquer sinais da doença de Alzheimer, ou até

mesmo de regresso da mesma, nos seis pacientes que participaram no estudo,

um ano depois de terem recebido os impulsos elétricos Em dois dos pacientes a

Page 30: Tesis Alumna FUNIBER. Juliana Batista Lima - Maestría en Gerontología

33

deterioração da área do cérebro associada à memória tinha deixado de encolher,

tendo até voltado a crescer. A redução da absorção da glicose já não se verificava

e o lobo temporal tinha voltado a funcionar normalmente. Nos outros quatro

pacientes, o processo de deterioração desta região do cérebro tinha parado por

completo.

A pesquisa entrará em sua fase 2 e começará a ser testada em

pacientes na América do Norte e na Europa. O método também começará a ser

testado para combater outros males como depressão e anorexia. O médico

espanhol Andrés Lozano, radicado no Canadá, acredita, apesar de os estudos

ainda não serem conclusivos, que o tratamento poderá ser suscetível a qualquer

enfermidade neurológica ou psiquiátrica. Um dos principais empecilhos para a

universalização do tratamento é o preço: os pacientes usam um marca-passo

calculado em cerca de 57 mil reais, ligado a eletrodos que estimulam o cérebro. O

aparelho está ligado a uma pilha que precisa ser trocada a cada quatro anos.

Entretanto, apesar dos resultados, a equipe considera que estes não

podem ser encarados como definitivos. Os investigadores que integram a equipe

do Dr. Andres Lozano irão realizar mais testes com um grupo maior, agora com 50

enfermos com Alzheimer .

O Dr. Andres Lozano estuda também a possibilidade do desenvolvimento,

em parceria com os cientistas americanos e britânicos, de uma vacina que

funcionaria não só parando a enfermidade mas também reparando os males

causados por ela, servindo também para os parentes desses pacientes cuja

hereditariedade os poderia ameaçar no futuro. Estudos preliminares parecem

demonstrar que esta vacina não apresentará riscos nem efeitos adversos,

encontrando-se a mesma já em fase de ensaios clínicos no Reino Unido.22,23

Page 31: Tesis Alumna FUNIBER. Juliana Batista Lima - Maestría en Gerontología

34

2.3. Fisiopatologia e Diagnóstico da Doença de Alzheimer

As causas da Doença de Alzheimer (DA), também conhecida como Mal de

Alzheimer ou, simplesmente, Alzheimer, ainda não são completamente

conhecidas dos pesquisadores que se dedicam a desvendar os mistérios que

cercam tal enfermidade. A DA se caracteriza como uma doença degenerativa que,

na medicina atual, ainda não possui cura, porém, existem tratamento e pesquisas

voltadas a identificar mais características da doença21,20.

Sabe-se que é improvável que a DA seja causada por um único fator,

tratando-se, portanto, de uma doença multifatorial. Entretanto, foram identificadas

certas características genéticas que associadas a fatores ambientais, ainda não

identificados em totalidade, causam a perda progressiva de neurônios e,

consequentemente, às manifestações clínicas da doença24.

A DA pode ser transmitida de forma autossômica dominante,

e as características de idade de início e evolução são

determinadas pelos diferentes subtipos genéticos. Os

defeitos genéticos localizados nos cromossomos 14 e 21

estão relacionados a formas de início precoce (abaixo dos 65

anos) da doença. Os cromossomos implicados até o

momento nos subtipos genéticos são o 14 (gene PS-1), 21

(gene APP), 1 (gene PS-2) e 19 (apoE ε4/ε4, apoE ε3/ ε3) 21.

Pesquisas recentes indicam que a causa da Doença de Alzheimer

suspeitada pode estar associada a mutações nos genes da presenilina

(presenilina I e II) e no gene da proteína precursora do amiloide (APP – Amyloid

Precursor Protein) (21), que incidem sobre a proteína precursora do amiloide e seu

Page 32: Tesis Alumna FUNIBER. Juliana Batista Lima - Maestría en Gerontología

35

metabolismo, o que vai a concordância com a hipótese do depósito da substância

amiloide para o aparecimento do Mal de Alzheimer 21.

O acúmulo de substância amiloide é indicado por algumas pesquisas como

o causador da morte celular, acontecendo a partir do acúmulo do peptídeo

betaamiloide que, ou por superprodução ou incapacidade de degradação, resulta

no acúmulo de substância amiloide e causa as “placas amiloides no tecido

cerebral” 21,23.

A apoliproteína E (ApoE), nessa mesma linha, tem sido apontada como um

fator risco para a DA. No entanto, a ApoE não é identificada como uma causa,

porém, consiste numa das mais conhecidas determinantes genéticas de

suscetibilidade ao desenvolvimento da DA de começo tardio21. De acordo com o

que a medicina e a ciência tem conhecimento atualmente, existem três alelos

comuns para o gene da ApoE, quais sejam: e2, e3 e e4 21,17. Segundo as

pesquisas, o alelo e4 oferece maior risco relacionado à Doença de Alzheimer do

tipo dose-dependente, enquanto que o alelo e2 pode ser protetor21.

Dentre os estudos realizados para identificar as características da doença,

pode-se citar, por exemplo, o realizado por Reitz et al. (21), que considerou uma

amostra de 1051 idosos de Nova York num estudo longitudinal. Os idosos

observados por esse estudo não possuíam qualquer característica de

comprometimento demencial ou disfunção cognitiva ao início da pesquisa, que

teve como principais marcadores de risco a idade, o sexo, a escolaridade, etnia,

APOE épsilon4 genótipo, história de diabetes, hipertensão ou tabagismo, níveis de

lipoproteína de alta densidade e relação cintura/quadril 21.

O que se percebe é que mesmo dada a importância de busca por mais

características que possam elucidar as causas dessa doença e, com isso, a

procura por tratamentos mais eficazes, os estudos a respeito ainda são poucos,

Page 33: Tesis Alumna FUNIBER. Juliana Batista Lima - Maestría en Gerontología

36

principalmente no Brasil. 21,23.

Com relação ao diagnóstico, sabe-se que os fatores que determinam o Mal

de Alzheimer não são os mesmos determinantes de outras demências22. Assim,

diante de todos os entraves encontrados nas pesquisas voltadas a identificação da

doença, o que se procura fazer, hoje em dia, é diagnosticar precocemente com

base nos marcadores mais conhecidos23.

Desse modo, busca-se um diagnóstico mais precoce através de minuciosa

avaliação do comprometimento cognitivo leve (CCL) ou MCI (Mild Cognitive

Impairment) 21 , que demonstra uma diminuição das tarefas de memória episódica

(do dia a dia). Contudo, esse comprometimento não pode ser considerado

suficiente para o diagnóstico, embora, seja evidente que grande parte dos

indivíduos com CCL estejam em um estágio pré-clínico da DA, que, no entanto,

não indica que a doença evoluirá de forma rápida23.

No mês de julho de 2010, os cientistas da Alzheimer’s Association

International Conference on Alzheimer’s Disease (AAICAD 2010) 21 demonstraram

o primeiro projeto voltado a atualização dos critérios de diagnóstico da DA:

• a doença de Alzheimer acarreta mudanças no cérebro,

caracterizadas por déficits cognitivos que se desenvolvem

lentamente ao longo de muitos anos; ao mesmo tempo,

algumas pessoas têm mudanças no cérebro associadas com

o Alzheimer, mas não apresentam sintomas de demência;

• genes preditivos em início precoce de Alzheimer indicam

que os eventos iniciais culminando com ambos os sintomas

clínicos e alterações patológicas do cérebro começam com

distúrbios do metabolismo da proteína beta amilóide;

Page 34: Tesis Alumna FUNIBER. Juliana Batista Lima - Maestría en Gerontología

37

• o alelo E4 do gene APOE é bem aceito como um

importante fator de risco genético para a doença de

Alzheimer de início tardio, que é definido como o início de 65

anos ou mais;

• biomarcadores de Alzheimer têm sido desenvolvidos e

estão sendo validados, dividindo-se em várias categorias:

biomarcadores da patologia beta amiloide, biomarcadores de

disfunção neuronal, biomarcadores da neurodegeneração. 21

Fato é que não existe um único teste definitivo para o diagnóstico

do Alzheimer, sendo preferível a detecção da doença através de um processo

minucioso de eliminação, no qual são realizados testes específicos voltados a

identificar as condições físicas e mentais do paciente 22. O diagnóstico da DA é

feito, finalmente, a partir de fundamentações clínicas, onde são observados

critérios para a classificação definida (confirmações provindas de exame

anatomopatológico), provável (distúrbio de memória associado ao prejuízo de uma

ou mais funções cognitivas) e possível (de curso atípico ou associada a outros

fatores causais para demência) 21.

Page 35: Tesis Alumna FUNIBER. Juliana Batista Lima - Maestría en Gerontología

38

CAPÍTULO No. 03. ESTILO DE VIDA E MAL DE ALZHEIMER

Para a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia; Academia Brasileira de Neurologia; e Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade, “A Doença de Alzheimer (DA) é uma condição neurodegenerativa caracterizada por deterioração de memória e de outras funções cognitivas, comprometimento progressivo das atividades de vida diária e uma multiplicidade de alterações comportamentais e psicológicas que mais comprometem a qualidade de vida na velhice” A Doença de Alzheimer (DA) é a principal causa de demência e é a responsável pela maior parte das demências e incapacitação em adultos maiores, afetando as funções cognitivas em declínio progressivo em mais da metade dos quadros de demência existentes.25 Estima-se que no Brasil identificou-se 390.000 casos no ano de 2000 sendo que destes, 50% eram Doença de Alzheimer.26 Apesar dos avanços da medicina ainda se trata o retardamento da evolução dos sintomas conseguindo reduzir os transtornos psicológicos, melhorando o estado de independência dos indivíduos. Para a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 35 milhões de indivíduos estão sofrendo do Mal de Alzheimer e este quantitativo deverá dobrar em 2030, já que a cura para esse Mal até agora não foi descoberta27. No mundo, este novo processo de transição demográfica que se caracteriza pelo crescimento da população com idade acima de 60 anos e continua crescendo. As estatísticas mostram que em 2050 o número de idosos com 100 anos e mais será maior28,29.

A DA se apresenta como uma epidemia, e de caráter, até o momento, incurável, como dito acima, entretanto o estilo de vida é uma forma de prevenir o aparecimento desta.

Page 36: Tesis Alumna FUNIBER. Juliana Batista Lima - Maestría en Gerontología

39

Um estilo de vida, ativo, no processo de envelhecimento de cada

individuo, pode ter um impacto na estrutura cerebral que reduz o risco da Doença

de Alzheimer, segundo a equipe liderada por Cyrus Raji da Universidade da

Califórnia (USA), que pesquisou 876 adultos, com uma média de idade de 78 anos

e cujo status cognitivos variavam entre a normalidade e a Doença de Alzheimer.

Foram observados o estilo de vida de cada idoso e o tipo de atividade que

estavam envolvidos como: esportes, trabalho em casa, jardinagem, dança e

ciclismo.

Nessa pesquisa foi avaliada a associação entre a massa cinzenta e o dispêndio de

energia, através de exames de ressonância magnética e de Morfometria baseada

em Voxel, muito usada para comparar quantitativamente as diferenças estruturais

e funcionais de mudanças de matéria cinzenta. Esse método permite a construção

de um modelo matemático que permite compreender a relação entre o volume da

massa cinzenta – marcador chave para a saúde do cérebro – e o estilo de vida.

Quanto maior o volume da massa cinzenta, melhor é a saúde mental do paciente.

Outros fatores foram considerados nas análises como gênero, IMC, déficit

cognitivo, escolaridade, dimensões da cabeça, ambiente do estudo, além do

volume da massa cinzenta.

A interessante conclusão que os pesquisadores chegaram foi que quanto maior o

dispêndio calórico, maior o volume da massa cinzenta nos lóbulos frontal,

temporal e parietal (hipocampo, cingulado posterior e gânglios basais), ou seja, a

vida ativa, que permite um alto consumo de energia, uma maior circulação do fluxo

sanguíneo aumentando o volume da massa cinzenta. Essa combinação traz um

benefício concreto para o cérebro, protegendo o indivíduo do Mal de Alzheimer30.

Page 37: Tesis Alumna FUNIBER. Juliana Batista Lima - Maestría en Gerontología

40

3.1. Estresse e Depressão como precursores da Doença de Alzheimer

Os autores divergem quando o tema está relacionado aos fatores

precursores da Doença de Alzheimer. Enquanto alguns acreditam que o estresse

e a depressão são fatores incisivos no desenvolvimento da DA 21, outros indicam

se tratar de uma consequência natural da doença, que torna o organismo dos

indivíduos portadores mais suscetíveis ao estresse e ao desenvolvimento de

transtornos depressivos22.

No entanto, é aceito entre os estudiosos da DA que a depressão possa ser

uma das primeiras manifestações do Alzheimer, devendo ser acompanhada em

longo prazo, pois, no geral, os idosos acometidos pela doença sofrem com graves

cargas de estresse e depressão 31.

3.2 Estresse

O estresse está entre os fatores que incidem nocivamente no processo de

envelhecimento24, sendo inclusive apontado como uma das causas de outras

condições patológica5. No caso dos indivíduos portadores da Doença de

Alzheimer o estresse é gerado, quase sempre, pelas alterações

psicoemocionais24.

O envelhecimento por si só já é determinante para a perda de respostas

adaptativas ao estresse 5, somando-se ao rompimento de laços pessoais, solidão

e situações conflituosas (que, constituem as maiores fontes de estresse) e ao

maior tempo exposto a fatores externos fazem a pessoa idosa mais vulnerável se

comparada a pessoas com menos idade, mais suscetível a doenças.

Page 38: Tesis Alumna FUNIBER. Juliana Batista Lima - Maestría en Gerontología

41

O estresse é ainda facilitador dos quadros de depressão, verificando-se que

indivíduos expostos a uma série de estresse psicológico ou traumático tem grande

possibilidade de desenvolver depressão (5). A fim de minimizar a carga de

estresse no portador de Alzheimer, bem como na própria dinâmica familiar, Santos

24 indica que os familiares devem enfrentar a seguinte idéia: “ausência definitiva do

ente querido; tomar decisões; adaptar-se as exigências; compartilhar

responsabilidades; enfrentar as reações emocionais”.

3.3 Depressão

Como a Doença de Alzheimer a depressão não é causada por um único

fator, havendo o entrecruzamento de vários fatores, tais quais: psicológicos,

biológicos, sociais, culturais, econômicos, de ordem familiar, dentre outros5.

A depressão esta vinculada a altos níveis de cortisol, que podem resultar

em dano ao hipocampo, o que aumenta o risco de desenvolvimento de demência.

Outro fator importante condiz ao fato de estudos recentes identificarem que,

indivíduos com depressão têm reforçado depósito de substância b – amiloide 21.

Ocorre também que uma depressão pode imitar o Alzheimer, sendo

necessário o diagnóstico diferencial, podendo inclusive ser efeito tratamento com

antidepressivos. Chama-se a essa depressão “Pseudo Demência” 22. Nesse

contexto, um histórico de depressão é indicativo de maior possibilidade de

desenvolvimento posterior da DA, oferecendo maior risco 21.

A relação encontrada reflete um fator de risco independente para a doença

21 . De acordo com estudos atuais, observou-se que indivíduos com mais idade,

possuidores dos sintomas de depressão, apresentam maior chance de ter

Page 39: Tesis Alumna FUNIBER. Juliana Batista Lima - Maestría en Gerontología

42

demência se comparados a outros indivíduos sem os mesmos sintomas 21. De

acordo com os trabalhos pesquisados 21,22, muitas teorias tem sido propostas para

explicar a relação entre demência e depressão:

• Depressão na demência: sintomas depressivos parte

integrante do processo demencial;

• Demência com depressão: coexistem os dois fenômenos,

porém o quadro depressivo instalou-se num quadro

demencial preexistente;

• Depressão com comprometimento cognitivo: depressão

evolui com dificuldades cognitivas, particularmente memória

recente e concentração;

• Demência na depressão: comprometimento cognitivo

resulta do processo depressivo (pseudodemência

depressiva) 21.

Todavia, a maioria dos pesquisadores indica ser necessário mais estudo

sobre a relação entre demência e depressão a fim de esclarecer a correlação

entre os transtornos depressivos e o Mal de Alzheimer.

São incomensuráveis os impactos desta enfermidade nas sociedades, em

caráter global, e novas formas de tratamento e cura são fortemente buscados. A

Alzheimer’s Disease International recomenda no seu World Alzheimer Report de

2013, fazem importantes recomendações que de alguma forma, suportam essa

enfermidade que se configura em uma epidemia mundial para os próximos anos32:

“1. Todos os governos devem fazer da demência uma prioridade. Isto deve ser

representado pelo desenvolvimento de Planos Nacionais para assegurar que a

saúde e o sistema social de cuidados sejam estruturados e financiado

Page 40: Tesis Alumna FUNIBER. Juliana Batista Lima - Maestría en Gerontología

43

adequadamente para oferecer um atendimento de alta qualidade e apoio às

pessoas durante toda a demência.

2. Todos os governos devem iniciar debates nacionais em relação ao futuro dos

cuidados de longo prazo, com todas as partes interessadas. Informar as futuras

gerações para o crescimento do número de idosos.

3. Os governos devem assegurar a existência de sistemas locais para medir e

monitorar a qualidade dos cuidados com demência e apoio em todos os

ambientes.

4. Os sistemas de saúde e de assistência social devem ser coordenados de modo

integrado para melhor atender as necessidades desses indivíduos.

5. Os governos e os prestadores de cuidados devem garantir que os profissionais

de saúde e os cuidadores de demência sejam adequadamente treinados enquanto

força de trabalho.

6. Os governos e outras partes interessadas devem assegurar que autonomia e

escolha seja promovida em todos os estágios da trajetória da demência.

7. O cuidado é em lares, e continuará sendo, um importante componente do setor

de cuidados em longo prazo e deve ser valorizado como tal.

Page 41: Tesis Alumna FUNIBER. Juliana Batista Lima - Maestría en Gerontología

44

CAPÍTULO No. 04 - DESENHO METODOLÓGICO

Este trabalho, que viaja nessa vertente especulativa, é um dos produtos

da pesquisa “Marcadores sociais de envelhecimento e qualidade de vida do idoso

de 2030 da zona urbana de Manaus-Am”, realizado pela Universidade do Estado

do Amazonas, via Universidade Aberta da Terceira Idade (UnATI/UEA) e

Coordenado pela Profa. Dra. Terezinha Lima Silva, com apoio da FAPEAM cujo

objetivo foi estimar o perfil de saúde e de qualidade de vida do idoso a partir do

ano de 2030, da área urbana da cidade de Manaus, floresta amazônica em função

do estilo atual de vida, suas relações sociais e familiares, o grupo étnico, o

ambiente de floresta e o estágio de seu envelhecimento. Optou-se aqui, trabalhar

com as populações que estão envelhecendo, como forma de detectar possíveis

hábitos que se trabalhados com antecedência pudessem ter um efeito protetor

deste indivíduo na terceira idade, no caso a devida orientação para a proteção

econômica, como o recolhimento da Previdência Social, garantindo assim uma

aposentadoria e consequentemente a tranquilidade financeira que todos

necessitam para um envelhecimento de qualidade.

Page 42: Tesis Alumna FUNIBER. Juliana Batista Lima - Maestría en Gerontología

45

4.1 Introdução

Trata-se de uma pesquisa ação de diagnóstico que tem como propósito

observar as atuais condições sociais de saúde dos indivíduos que serão idosos a

partir do ano de 2030, ou seja, foram pesquisados adultos, na faixa etária entre 30

e 59 anos para estimar se em futuro próximo os idosos da zona urbana da cidade

de Manaus estarão expostos ao Mal de Alzheimer, a partir de informações

fornecidas sobre a incidência de Estress e Depressão na atualidade. .

4.2 Variáveis

i. O conhecimento sobre as consequências do estilo de vida dos adultos

deve ser uma variável constante mormente sobre as consequências do estresse e

da depressão, para o controle e a proteção do Mal de Alzheimer.

ii. Não há garantias do não desenvolvimento do Mal de Alzheimer nos idosos,

entretanto a educação é comprovadamente um fator de proteção e deve começar

na idade ativa.

A população de Manaus é estimada em 1.861.838 habitantes, dos quais 664.977

têm entre 30 e 59 anos de idade, sendo que 51,6% (343.024) são do gênero

feminino e 48,4% (321.953) são do gênero masculino (BRASIL, 2012). A amostra

foi calculada com base na proporção esperada de 51%, erro amostral de 2% e

confiança de 95%, totalizando 2.500 entrevistas.

4.3 Amostra

O método amostral utilizado foi probabilístico em dois estágios com

probabilidade proporcional ao tamanho (PPT). Esse processo foi escolhido por

controlar o tamanho da amostra entre os setores censitários, além de mantê-la

auto ponderada.

Na primeira fase, a amostra foi estratificada por bairros, distribuída

proporcionalmente em relação ao gênero e a idade, que foi dividida em três faixas

Page 43: Tesis Alumna FUNIBER. Juliana Batista Lima - Maestría en Gerontología

46

(30 a 39, 40 a 49 e 50 a 59 anos). Na segunda fase foram escolhidos diferentes

pontos de fluxos em cada bairro da cidade de Manaus, onde as entrevistas foram

realizadas por meio da amostragem sistemática. A distribuição da amostra por

zonas geográficas pode ser observada no Quadro 1.

Quadro 1. Distribuição da amostra em relação as zonas geográficas da cidade de

Manaus - AM.

Zonas (n = 2500) ni % Norte 681 27,2 Sul 424 17,0 Leste 570 22,8 Oeste 358 14,3 Centro-Sul 248 9,9 Centro-Oeste 219 8,8

Para o cálculo amostral foi utilizada a população de cada bairro com faixa

etária entre 31 e 59 anos e por sexo cujo total segundo Censo de 2010 do IBGE é

de 639.562 habitantes, distribuídos nos Bairros das 6 (seis) Zonas, conforme

quadro abaixo:

População residente (Pessoas) - Amostra por Sexo

Grupos de idade - 30-59 anos

Bairro Total Ponderaçã

o Total Amostra

Total

Homens

Ponderação

Homens

Amostra Homens

Mulheres Ponderaç

ão Mulheres

Amostra Mulheres

Centro 12.608 0,0197 49 5.941 0,0093 23 6.667 0,0104 26

Aparecida 2.666 0,0042 10 1.228 0,0019 5 1.438 0,0022 6

Pres. Vargas 3.088 0,0048 12 1.508 0,0024 6 1.580 0,0025 6

Page 44: Tesis Alumna FUNIBER. Juliana Batista Lima - Maestría en Gerontología

47

Praça XIV 4.030 0,0063 16 1.836 0,0029 7 2.194 0,0034 9

Cachoeirinha 6.666 0,0104 26 3.114 0,0049 12 3.552 0,0056 14

S. Raimundo 5.843 0,0091 23 2.767 0,0043 11 3.076 0,0048 12

Glória 3.163 0,0049 12 1.535 0,0024 6 1.628 0,0025 6

Sto Antonio 7.568 0,0118 30 3.589 0,0056 14 3.979 0,0062 16

Vila da Prata 4.182 0,0065 16 2.009 0,0031 8 2.173 0,0034 8

Compensa 26.515 0,0415 104 12.975 0,0203 51 13.540 0,0212 53

S. Jorge 8.574 0,0134 34 4.051 0,0063 16 4.523 0,0071 18

Sto Agostinho 6.190 0,0097 24 2.997 0,0047 12 3.193 0,0050 12

Nova Esperança 6.638 0,0104 26 3.166 0,0050 12 3.472 0,0054 14

Lirio do Vale 8.056 0,0126 31 3.775 0,0059 15 4.281 0,0067 17

Planalto 6.938 0,0108 27 3.175 0,0050 12 3.763 0,0059 15

Alvorada 24.394 0,0381 95 11.460 0,0179 45 12.934 0,0202 51

Redençao 12.340 0,0193 48 5.810 0,0091 23 6.530 0,0102 26

Da Paz 5.708 0,0089 22 2.667 0,0042 10 3.041 0,0048 12

Raiz 5.254 0,0082 21 2.458 0,0038 10 2.796 0,0044 11

S.Francisco 6.489 0,0101 25 3.166 0,0050 12 3.323 0,0052 13

Petrópolis 15.419 0,0241 60 7.345 0,0115 29 8.074 0,0126 32

Japiim 20.509 0,0321 80 9.691 0,0152 38 10.818 0,0169 42

Coroado 18.925 0,0296 74 9.069 0,0142 35 9.856 0,0154 39

Educandos 5.763 0,0090 23 2.827 0,0044 11 2.936 0,0046 11

Santa Luzia 2.501 0,0039 10 1.201 0,0019 5 1.300 0,0020 5

Morro da Liberdade 4.370 0,0068 17 2.095 0,0033 8 2.275 0,0036 9

Betânia 4.057 0,0063 16 1.930 0,0030 8 2.127 0,0033 8

Colônia Oliveira Machado 2.944 0,0046 12 1.449 0,0023 6 1.495 0,0023 6

Page 45: Tesis Alumna FUNIBER. Juliana Batista Lima - Maestría en Gerontología

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São Lázaro 4.727 0,0074 18 2.331 0,0036 9 2.396 0,0037 9

Crespo 5.385 0,0084 21 2.581 0,0040 10 2.804 0,0044 11

Vila Buriti 901 0,0014 4 496 0,0008 2 405 0,0006 2

Distrito Indl I 956 0,0015 4 477 0,0007 2 479 0,0007 2

Mauazinho 7.469 0,0117 29 3.781 0,0059 15 3.688 0,0058 14

Colônia Antônio Aleixo 4.545 0,0071 18 2.299 0,0036 9 2.246 0,0035 9

Puraquequara 1.746 0,0027 7 938 0,0015 4 808 0,0013 3

Dom Pedro I 6.897 0,0108 27 3.131 0,0049 12 3.766 0,0059 15

Flores 19.395 0,0303 76 9.210 0,0144 36 10.185 0,0159 40

Parque 10 de Novembro 17.567 0,0275 69 8.191 0,0128 32 9.376 0,0147 37

Aleixo 8.392 0,0131 33 3.898 0,0061 15 4.494 0,0070 18

Adrianópolis 3.873 0,0061 15 1.718 0,0027 7 2.155 0,0034 8

Nossa Senhora das Graças 6.278 0,0098 25 2.945 0,0046 12 3.333 0,0052 13

São Geraldo 2.926 0,0046 11 1.358 0,0021 5 1.568 0,0025 6

Chapada 4.863 0,0076 19 2.243 0,0035 9 2.620 0,0041 10

Colônia Santo Antônio 6.171 0,0096 24 3.034 0,0047 12 3.137 0,0049 12

Novo Israel 5.365 0,0084 21 2.622 0,0041 10 2.743 0,0043 11

Colônia Terra Nova 14.315 0,0224 56 7.231 0,0113 28 7.084 0,0111 28

Santa Etelvina 8.354 0,0131 33 4.240 0,0066 17 4.114 0,0064 16

Monte das Oliveiras 12.882 0,0201 50 6.403 0,0100 25 6.479 0,0101 25

Cidade Nova 45.756 0,0715 179 21.668 0,0339 85 24.088 0,0377 94

Ponta Negra 2.117 0,0033 8 1.037 0,0016 4 1.080 0,0017 4

Tarumã 8.991 0,0141 35 4.649 0,0073 18 4.342 0,0068 17

Page 46: Tesis Alumna FUNIBER. Juliana Batista Lima - Maestría en Gerontología

49

Armando Mendes 9.191 0,0144 36 4.439 0,0069 17 4.752 0,0074 19

Zumbi dos Palmares 10.961 0,0171 43 5.357 0,0084 21 5.604 0,0088 22

São José Operário 22.771 0,0356 89 11.038 0,0173 43 11.733 0,0183 46

Tancredo Neves 15.389 0,0241 60 7.617 0,0119 30 7.772 0,0122 30

Jorge Teixeira 35.422 0,0554 138 17.743 0,0277 69 17.679 0,0276 69

Distrito Industrial II 1.318 0,0021 5 686 0,0011 3 632 0,0010 2

Novo Aleixo 34.025 0,0532 133 16.399 0,0256 64 17.626 0,0276 69

Cidade de Deus 23.037 0,0360 90 11.596 0,0181 45 11.441 0,0179 45

Nova Cidade 22.159 0,0346 87 10.632 0,0166 42 11.527 0,0180 45

Tarumã-Açu 3.908 0,0061 15 2.009 0,0031 8 1.899 0,0030 7

Gilberto Mestrinho 17.856 0,0279 70 9.134 0,0143 36 8.722 0,0136 34

Lago Azul 2.256 0,0035 9 1.151 0,0018 4 1.105 0,0017 4

TOTAL 639.56

2 1,0000 2500 309.116 0,4833 1.208 330.446 0,5167 1.292

Os locais onde ocorreram as atividades, foram selecionados aleatoriamente por

sorteio obedecendo as seguintes etapas:

1) Divisão política administrativa da cidade de Manaus dividido por zona,

conforme descrito acima;

2) Nomeação dos bairros por zonas

3) Sorteio de um bairro por zona da cidade

4) Mapeamento do bairro sorteado para escolha do local de melhor

acessibilidade para os participantes, que reúna o maior número de

pessoas, como feiras, ruas de comercio ou mercados

Page 47: Tesis Alumna FUNIBER. Juliana Batista Lima - Maestría en Gerontología

50

5) Contato com as lideranças do bairro e local sorteado para a execução das

atividades.

Como critérios de inclusão os participantes deveriam:

• Ter idade igual ou superior a 30 e não mais que 60 anos;

• Aceitar participar do projeto após assinatura do Termo de

Consentimento Livre e esclarecido.

• Ter capacidade cognitiva mínima para responder o questionário.

4.4. Instrumentos de Medição e Técnicas

Foram utilizando métodos qualitativos e quantitativos de caráter descritivo

que tem como propósito descrever, explorar, classificar e interpretar aspectos de

fatos ou fenômenos pesquisados33, a partir da aplicação do Formulário

estruturado. A abordagem quantitativa prevê a mensuração de variáveis pré-

estabelecidas para verificar e explicar sua influência sobre outras, mediante

análise de frequência de incidência e correlações estatísticas34.A abordagem

qualitativa enfatiza especificidades em termos de origens e sentidos dos

fenômenos sociais. É uma metodologia coletiva que favorece as discussões e a

produção cooperativa de conhecimentos específicos sobre a realidade vivida, tem

como foco a análise, as redes de poder e o caráter desarticulador dos discursos e

das práticas instituídas no convívio social35.

Foi elaborado um questionário estruturado, construído a partir de outros

estudos já validados, dos quais se retirará apenas as questões que responderem

aos objetivos da pesquisa, conforme segue:

Page 48: Tesis Alumna FUNIBER. Juliana Batista Lima - Maestría en Gerontología

51

1. Características sócio demográficas: sexo, idade, escolaridade, estado, tipo

moradia;

2. Características socioeconômicas: renda pessoal e familiar, ocupação;

3. Suporte Social: estado civil, tamanho da família, religião;

4. Estilo de vida: tabagismo, uso de álcool, exercício físico, alimentação, lazer;

5. Morbidade autorreferida e serviços de saúde – osteoporose,

cardiovasculares, metabólicas, dentárias, imunológicas, pulmonar, neoplasias,

gratrointestinal, trato urinário, parasitárias, dengue e malária;

6. Características do ambiente: segurança física e proteção, ambiente do lar,

ambiente físico (poluição, ruído, trânsito, clima), meios de transporte, risco de

queda; condições do entorno do domicílio

7. Capacidade Funcional – atividades básicas de vida diária, atividades

instrumentais de vida diária;

8. Qualidade de Vida – avaliação psicossocial, satisfação com a vida e com a

familia;

9. Índice de Massa Corpórea (IMC) – medidas de peso e estatura

10. Dislipidemias: medidas de Glicemia e Hipertensão arterial

Alguns instrumentos referendados internacionalmente serviram de apoio

para dar suporte científico ao instrumento da pesquisa. Destacam-se os seguintes

estudos:

a) BOAS é um instrumento multidimensional utilizado em inquéritos populacionais,

concebido no Brasil com base em vários instrumentos internacionais. Possui

padrão aceitável de validade e confiabilidade. É dividido em nove seções, a saber:

sobre informações gerais, saúde física, utilização dos serviços médicos e

dentários, atividades de vida diária, recursos sociais, recursos econômicos, saúde

mental, necessidades e problemas que afetam o entrevistado36.

Page 49: Tesis Alumna FUNIBER. Juliana Batista Lima - Maestría en Gerontología

52

b) WHOQOL OLD E WHOQOL BREF – avalia a qualidade de vida através da

percepção do indivíduo. É composto de quatro domínios: físicos, psicológico,

relações sociais e meio ambiente37 .

c) Avaliação do Ambiente, segurança, proteção, poluição, ruído, trânsito, clima,

meios de transporte.12

d) Índice de Massa Corporal (IMC) - As medidas de massa corporal e estatura

serão determinadas em balança antropométrica, capacidade de 150kg e intervalos

de 100g, com o indivíduo descalço e usando roupas leves. A altura será verificada

utilizando-se antropômetro vertical fixo à balança. A CC foi medida com fita

métrica no ponto médio entre a última costela e a crista ilíaca, sem fazer pressão.

Todas as medidas antropométricas foram feitas, obedecendo ao prescrito no

International Standards for Anthropometric Assessment e as recomendações do

Manual de Técnicas e Procedimentos do Ministério da Saúde – SISVAN.

e) A Escala de depressão geriátrica abreviada (GDS) – avalia como a pessoa se

sente na última semana com relação ao humor, desamparo, inutilidade,

desinteresse, aborrecimento e felicidade – foi adaptada para atender ao público

envelhescente, os adultos que se aproximam da terceira idade. O resultado

sugere diagnóstico de depressão a partir de ponto de corte. (FREITAS, et al,

2006)

f) Exames Dislipidêmicos - Aferição de glicose e Hipertensão arterial.

Neste trabalho apenas foram selecionados para análise os dados sobre o

perfil dos pesquisados; os dados sobre Depressão e Estresse; além da Escala de

Depressão Geriátrica Abreviada e adaptada.

Page 50: Tesis Alumna FUNIBER. Juliana Batista Lima - Maestría en Gerontología

53

4.5. Procedimentos

As entrevistas foram feitas pela manhã, com duração aproximada de 40

minutos. Os dados antropométricos e os exames glicêmicos e de pressão arterial

serão realizados em local apropriado, (barraca fechada e ventilada com os

equipamentos necessários (glicosímetro e esfignomanômetro) obedecendo a

critérios rigorosos de aferição.

O estudo fundamenta-se na Resolução 196, do Conselho Nacional de

Saúde – CNS, que estabelece diretrizes e normas regulamentadoras da pesquisa

envolvendo seres humanos. Esta resolução incorpora sob a ótica do indivíduo e

das coletividades a autonomia, pelo Consentimento Livre e Esclarecido dos

participantes e pela proteção dos grupos vulneráveis; não maleficência, pela

garantia de que prováveis danos serão evitados; beneficência, pelo compromisso

de proporcionar ao máximo de benefícios e o mínimo de danos; e assegurar os

direitos e deveres que dizem respeito à comunidade científica, aos sujeitos da

pesquisa e ao Estado38.

4.6. Contribuições Científicas

O estudo permitirá a identificação de problemas sócio-ambientais

vivenciados pelos idosos, bem como identificar as localidades mais

comprometidas, as comunidades com maiores necessidade de cuidados,

proporcionando informação para elaboração de propostas inovadoras no campo

da promoção de saúde e das questões ambientais. Os resultados permitirão ainda

Page 51: Tesis Alumna FUNIBER. Juliana Batista Lima - Maestría en Gerontología

54

novas pesquisas, caso alterações de grande significância sejam observadas e

detectadas durante o estudo.

4.7. Viabilidade

O estudo foi viabilizado com a participação da Universidade Aberta da

Terceira Idade – UnATI, da Universidade do Estado do Amazonas e com o

fomento da Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado do Amazonas – FAPEAM,

com o objetivo principal de desenvolver estudos sobre o envelhecimento e meio

ambiente que qualifiquem a atenção à Saúde do Idoso na Américas, com

destaque a Amazônia. Um dos programas da UnATI/UEA concentra-se aos

problemas bio-socioambiental, tendo como linha de pesquisa as Interações

Genético-Ambientais Associadas à Longevidade das Populações do Amazonas, já

em andamento, com financiamento da FAPEAM, com enfoque direcionado para as

questões homem-natureza.

Há um grande interesse da UnATI, neste estudo, uma vez que contribuirá

para o direcionamento das ações do programa de Promoção da Saúde e

Assistência Social realizados pela Universidade do Estado do Amazonas – UEA.

Considerando ser este estudo de grande relevância não só pelos aspectos

socioambientais a serem revelados, mas pela aplicação no desenvolvimento de

políticas públicas para a pessoa idosa no Estado e posteriormente nos municípios

do interior.

Também houve um grande interesse dos pesquisadores na realização

deste estudo, por considerarem a carência de pesquisas no Estado, a própria

formação e o compromisso em ações positivas para a população idosa.

Page 52: Tesis Alumna FUNIBER. Juliana Batista Lima - Maestría en Gerontología

55

4.8. Análise Dos Dados

Os dados foram apresentados por meio de tabelas, onde se calculou as

frequências absolutas simples e relativas para os dados categóricos. Na análise

dos dados quantitativos foi calculada a média e o desvio-padrão, pois os dados

apresentavam distribuição normal por meio do teste de Shapiro-Wilk ao nível de

5% de significância. Na análise das frequências dos resultados dos instrumentos

ainda foram calculados os Intervalos de Confiança ao nível de 95% - IC95%. 39

O software utilizado na análise foi o programa Epi-Info 7 para windows, que

é desenvolvido e distribuído gratuitamente pelo CDC (www.cdc.gov/epiinfo).

4.9. Hipótese de trabalho

O idoso do futuro da cidade de Manaus terá um perfil psicossocial que

denotará uma prevalência de Mal de Alzheimer?

Page 53: Tesis Alumna FUNIBER. Juliana Batista Lima - Maestría en Gerontología

56

CAPÍTULO N. 05 - RESULTADOS

Os dados basais da pesquisa evidenciam o perfil do pesquisado, definindo

lhes o gênero, a raça, a cor, a naturalidade, a situação conjugal e a sua religião,

conforme Tabela 1 a seguir:

Tabela 05.1. Distribuição segundo a frequência do gênero, idade, raça/cor, naturaliade situação conjugal e religião dos indivíduos na faixa etária de 30 a 59 anos na zona urbana da cidade de Manaus - AM.

Variáveis (n = 2500) fi %

Gênero Masculino 1208 48,3

Feminino 1292 51,7

Idade

30 |--- 39 1180 47,2

40 |--- 49 811 32,4

50 |--- 59 509 20,4

Média ± DP 41,7 ± 8,4

Raça/Cor

Parda 1725 69,1

Branca 471 18,8

Negra 181 7,2

Indígena 56 2,2

Outra 67 2,7

Naturalidade

Manaus 1448 57,9

Interior do AM 506 20,2

Outro Estado 541 21,6

Outro País 5 0,2

Situação conjugal

Casado 1137 45,5

União estável 455 18,2

Solteiro 684 27,4

Viúvo 61 2,4

Separado 96 3,8

Divorciado 67 2,7

Page 54: Tesis Alumna FUNIBER. Juliana Batista Lima - Maestría en Gerontología

57

Religião

Católico 1360 54,4

Evangélico 941 37,6

Sem religião 126 5,0

Outra 66 2,6

Umbanda 7 0,4

fi = frequência absoluta simples. Fonte: Pesquisa Marcadores Sociais de Envelhecimento e qualidade de vida do idoso futuro da zona urbana de Manaus-Am (2013).

A concentração etária da pesquisa deu-se na faixa etária entre 30 e 39

anos, proporcional aos dados de concentração populacional do IBGE (2010),

despontando essa faixa com 47,2% do total dos indivíduos. A faixa etária entre 40

e 49 anos, foi contemplada com 32,4% , e 20,4% dos pesquisados estavam na

faixa de 50 a 59 anos o que confirma a proporcionalidade da amostra com relação

à população da Cidade de Manaus.

A cor predominante entre os pesquisados foi a parda (69,1% ), cor também

predominante nesta linha dos trópicos. Indivíduos da cor Branca foram 18,8%; de

cor Negra 7,2%; Indígenas com 2,2% ao contrário do que se espera os indígenas

não são afeitos ao estilo urbano e sua predominância nestas áreas são reduzidas

como mostra a pesquisa.

Os 57,9% dos indivíduos eram nativos da Cidade de Manaus, contra 20,2%

de indivíduos migrados do interior do Estado e 20,6% de outros estados

brasileiros. O número de estrangeiros por estes lados é ínfimo com 0,2% da

população residente. Predominou a indicação de indivíduos casados, com 45,5%

e de 18,2% vivendo em união estável. Seguiu-se uma proporção de 27,4% de

solteiros, como pontos relevantes. A pesar do grande crescimento das religiões

evangélicas (37,6%), o catolicismo ainda predomina na cidade de Manaus, com

54,4% dos indivíduos.

Page 55: Tesis Alumna FUNIBER. Juliana Batista Lima - Maestría en Gerontología

58

Tabela 05.2. Distribuição segundo os problemas de saúde, dos indivíduos na

faixa etária de 30 a 59 anos na zona urbana da cidade de Manaus - AM.

Variáveis (n = 2500) fi % Alguma vez um médico ou profissional de saúde disse ao Sr.ª que tem ou teve

Estresse 976 39,0

Problemas Estomacais 461 18,4

Hipertensão 459 18,4

Obesidade 375 15,0

Problemas no fígado 240 9,6

Depressão 229 9,2

Artrite/Artrose 212 8,5

Diabetes 171 6,8

Problemas cardíacos 158 6,3

Osteopenia/Osteoporose 102 4,1

Problema de Próstata 58 2,3

Derrame (AVC) 48 1,9

Câncer 13 0,5

Outros 351 14,0

fi = frequência absoluta simples. Fonte: Pesquisa Marcadores Sociais de Envelhecimento e qualidade de vida do idoso futuro da zona urbana de Manaus-Am (2013).

Dos pesquisados, chama a atenção a quantidade de indivíduos que já foi alguma vez diagnosticado com ESTRESSE e DEPRESSÃO que são enfermidades com potencial de proximidade com o Mal de Alzheimer futuro. Destes individuos perfazendo De todos os arguídos 39% disseram ter em seu histórico de vida o Estresse e 9,2%, Depresão, como enfermidades autorreferidas.

Page 56: Tesis Alumna FUNIBER. Juliana Batista Lima - Maestría en Gerontología

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Tabela 05.3. Distribuição segundo a frequência das variáveis da avaliação de depressão nos indivíduos na faixa etária de 30 a 59 anos na zona urbana da cidade de Manaus - AM.

Variáveis (n = 2500) fi % Pouco interesse ou pouco prazer em fazer as coisas

Nenhuma vez 2033 81,3

Vários dias 241 9,6 Mais da metade dos dias 182 7,3

Quase todos os dias 44 1,8

Se sentiu “pra baixo” deprimido ou sem perspectiva

Nenhuma vez 1897 75,9 Vários dias 333 13,3 Mais da metade dos dias 232 9,3 Quase todos os dias 38 1,5

Dificuldade para pegar no sono ou permanecer dormindo ou dormir mais do que de costume

Nenhuma vez 1854 74,2 Vários dias 382 15,2 Mais da metade dos dias 149 6,0

Quase todos os dias 115 4,6

Se sentir cansado/a ou com pouca energia

Nenhuma vez 1562 62,5 Vários dias 452 18,0 Mais da metade dos dias 299 12,0 Quase todos os dias 187 7,5

Falta de apetite ou comendo demais

Nenhuma vez 1899 76,0

Vários dias 282 11,3 Mais da metade dos dias 200 8,0 Quase todos os dias 119 4,8

Se sentir mal consigo mesmo/a, ou achar que você é um fracasso ou que decepcionou sua família ou você mesmo/a

Nenhuma vez 2201 88,0

Vários dias 185 7,4

Mais da metade dos dias 89 3,6

Quase todos os dias 25 1,0

Dificuldade para se concentrar nas coisas como ler jornal ou ver Televisão

Nenhuma vez 2015 80,6 Vários dias 248 9,9 Mais da metade dos dias 168 6,7 Quase todos os dias 69 2,8

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Lentidão para se movimentar ou falar, a ponto das outras pessoas perceberem? Ou o oposto – estar tão agitado/a ou irrequieto que você fica andando de um lado para o outro muito mais que de costume

Nenhuma vez 2161 86,4 Vários dias 163 6,5 Mais da metade dos dias 140 5,6 Quase todos os dias 36 1,4

Pensar em se ferir de alguma maneira, ou que seria melhor estar morto/a

Nenhuma vez 2242 89,7 Vários dias 123 4,9

Mais da metade dos dias 109 4,4 Quase todos os dias 26 1,0

Se você assinalou qualquer um dos problemas, indique o grau de dificuldade que os mesmos lhe causaram para realizar o seu trabalho, tomar conta das coisas em casa ou para se relacionar com as pessoas

Nenhuma dificuldade 2080 83,2

Alguma dificuldade 270 10,8 Muita dificuldade 119 4,8

Extrema dificuldade 31 1,2

fi = frequência absoluta simples. Fonte: Pesquisa Marcadores Sociais de Envelhecimento e qualidade de vida do idoso futuro da zona urbana de Manaus-Am (2013).

Nos resultados sobre o estado de Depressão dos pesquisados verificou-se

que 9,6% dos indivíduos, por vários dias tinham pouco interesse ou pouco prazer

em realizar suas atividades.

Se sentiram “pra baixo” deprimido ou sem perspectiva (13,3%) dos

pesquisados; Tiveram dificuldade para pegar no sono ou permanecer dormindo

ou dormir mais do que de costume 15,2%; Se sentiram cansado/a ou com pouca

energia 18%; Tiveram falta de apetite ou vontade de comer demais, 11,3; Se

sentiram mal consigo mesmo/a, ou acharam que é um fracasso ou se

decepcionaram com a família ou ele mesmo, 7,4% dos indivíduos.

9,9%, disseram ter dificuldade para se concentrar nas coisas como ler jornal

ou ver Televisão; Lentidão para se movimentar ou falar, a ponto das outras

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pessoas perceberem ou o oposto – estar tão agitado/a ou irrequieto andando de

um lado para o outro muito mais que de costume foram 6,5%; Os que pensaram

em se ferir de alguma maneira, ou que seria melhor estar morto/a, chegam a

4,9%; e os que tiveram alguma dificuldade, por causa de seus problemas referidos

na tabela para realizar o seu trabalho, tomar conta das coisas em casa ou para se

relacionar com as pessoas chegaram a 10,8%.

Tabela 05.4. Distribuição segundo a frequência das variáveis da avaliação de qualidade de vida dos indivíduos na faixa etária de 30 a 59 anos na zona urbana da cidade de Manaus - AM.

Variáveis (n =) fi % Com que frequência você tem sentimentos negativos tais como mau humor, desespero, ansiedade, depressão

Nunca 1293 51,7

Algumas vezes 927 37,1

Frequentemente 210 8,4

Muito frequentemente 49 2,0

Sempre 21 0,8

fi = frequência absoluta simples. Fonte: Pesquisa Marcadores Sociais de Envelhecimento e qualidade de vida do idoso futuro da zona urbana de Manaus-Am (2013).

A Tabela acima mostra, em parte dos dados sobre a Avaliação da

Qualidade de Vida, que quase a metade dos pesquisados já teve alguma vez um

episódio de sentimentos negativos, mau humor, ansiedade e depressão, se

somarmos os que disseram, “algumas vezes”, “frequentemente”, “muito

frequentement e”e “sempre”, perfazendo um total de 48,30% o que leva a se

pensar em que tipo de sociedade os individuos estão vivendo e, em que, esta

sociedade está metamorfoseando seus individuos.

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62

O presente projeto trouxe informações relevantes para direcionar as ações

de saúde voltados ao adulto que está envelhescendo e ao idoso, à política

ambiental e para nortear o planejamento da gestão pública na prática de

assistência à pessoa idosa.

CAPÍTULO No. 06 - DISCUSSÃO

A concentração etária da pesquisa deu-se na faixa etária entre 30 e 39

anos, proporcional aos dados de concentração populacional, na Zona Urbana da

Cidade de Manaus, conforme dados do IBGE (2010), despontando essa faixa

com 47,2% do total dos indivíduos o que confirma a proporcionalidade da amostra

com relação à população da Cidade de Manaus.

A idade é um fator importante no contexto do estudo do Alzheimer.

Pesquisas indicam que o MA costuma se manifestar entre 60 a 65 anos, porém,

essa média de incidência recua para as faixas entre os 35 e os 60 anos 22,

conforme a característica de enfermidade epidemiologica se concretiza e se

apresenta para o futuro da humanidade.

Muitos estudos sugerem que o Mal de Alzheimer afeta mais a população

feminina. Contudo, tal verificação pode induzir ao erro, como apontam outras

pesquisas, pois, as mulheres, enquanto grupo, possuem uma estimativa de vida

maior, o que leva a deduzir que se os homens vivessem por um maior período de

tempo, e não morressem de outras doenças, consequentemente, o número da

população masculina a sofrer de DA seria próximo ou igual ao das mulheres 22.

Não foram evidenciados dados expressivos que relacionem a cor, a raça

e o estilo urbanos que inferissem aportes significativos como fatores de risco para

Page 60: Tesis Alumna FUNIBER. Juliana Batista Lima - Maestría en Gerontología

63

o desenvolvimento do MA. Também não se chegou a conclusão que fatores

geográficos ou climáticos (ambientais) tenham ligação com o desenvolvimento do

Mal de Alzheimer, logo, a regionalidade não é um fator determinante 13, 22.

Do mesmo modo, a situação conjugal não tem qualquer relevância ao

desenvolvimento do Mal de Alzheimer. Entretanto, aqueles indivíduos que sofrem

com a doença e contam com o apoio de seus familiares e seus cônjuges,

possuem uma qualidade vida melhor 13.

Para o desenvolvimento do Mal de Alzheimer são considerados fatores de

risco: estresse, hipertensão arterial, depressão, diabetes, obesidade, tabagismo e

sedentarismo. Tais fatores consistem em hábitos modificáveis, que, se forem

controlados a tempo, podem retardar o surgimento da doença 13. A educação,

nesse sentido, surge como importante aliada na prevenção das doenças e no

próprio diagnóstico e cuidado da pessoa portadora de Doença de Alzheimer.

O conhecimento dos sinais e sintomas permite não somente um diagnóstico

precoce, mas também possibilita um cuidado mais humanitário, além de reduzir as

cargas de estresse a serem enfrentadas pelos familiares e cuidadores dos

indivíduos com a doença já instalada 2. O se sentir fragilizado no ato de cuidar2,

conforme se observou, é uma constante entre aquelas pessoas que se dedicam a

esses pacientes, porém, existem atualmente redes de apoio aos familiares e

cuidadores, como a ABRAZ13, que, possui uma sede regional.

A educação – o conhecimento - é de suma importância no contexto dessa

doença também em função de desmitificar crendices, como por exemplo, a

contagiosidade do MA, pois, sabe-se comprovadamente que não se trata de uma

doença transmissível 2, 4. A quantidade de anos reservados em bancos escolares,

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64

ou de estudos formais, parece ser a maior proteção ao risco do MA, já que há

evidências que a plasticidade neuronal pode estar relacionada ao processo de

regeneração cerebral.

40Os níveis de estresse e depressão encontrados na população pesquisada

levam a se considerar que a liberação do cortisol nos estados de estresse que

destroem células produzindo moléculas de radicais livres18, podem ser importantes

precursores do Mal de Alzheimer, que junto ao quantitativo de indivíduos que

disseram mostrarem-se deprimidos, com perturbação do humor e sentimento de

exclusão (13%) tem sido, frequentemente, apontados em pesquisas recentes

como fatores de risco 21 (Carretta, 2012).

Pesquisas demonstram que pessoas mais velhas que tem sintomas de

depressão estão mais propensas a desenvolver demência se comparadas a

indivíduos sem os sintomas depressivos, isso porque a depressão está vinculada

a altos níveis de cortisol, que podem vir a danificar o hipocampo, o que

potencializa o risco de demência 21. Ao longo da doença, os sintomas depressivos

são intensificados e observados em até 40-50% dos pacientes, já os casos de

transtornos depressivos atingem de 10-20% dos casos21 (Carretta, 2012).

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CAPÍTULO No. 07 - CONCLUSÕES GERAIS

O Mal de Alzheimer se tornou uma das principais preocupações em termos

de saúde pública da população idosa, principalmente, por se tratar de um distúrbio

neurodegenerativo progressivo e fatal, e tem como característica uma

deterioração cognitiva e da memória, comprometendo progressivamente as

atividades cotidianas, apresentando ainda uma gama de outros sintomas

neuropsiquiátricos e alterações comportamentais. O Mal de Alzheimer, sem

dúvida, é degenerativo e findado, indiscutivelmente, com a memória dos

indivíduos portadores.

É um fato que ao envelhecer, grande parte das pessoas reclama com maior

frequência de perda de memória, mais corriqueira na forma de esquecimentos

acerca de situações ocorridas no dia a dia. Na verdade o risco mais conhecido e

aceito na comunidade científica como predictor do Mal de Alzheimer é a idade.

O estudo preocupou-se com a prevalência da doença no cenário regional,

buscando identificar perspectivas da prevalência do MA a partir de 2030. Como

pensar em proteção dos indivíduos para a doença implica em fatores multifatoriais

sujeitos ao estilo de vida que o indivíduo cultivou durante sua história de vida; a

prática de atividades físicas; o tipo de dieta mantida; a saúde emocional; a prática

educacional, comprovadamente um fator de proteção do Alzheimer; e a questão

genética o estudo conclui que os dados encontrados na pesquisa quando

comparados às pesquisas em nível nacional e internacional já demonstra que a

população que está envelhecendo na Cidade de Manaus, já desponta com

potencial de risco para o Mal de Alzheimer, como um pano de fundo para o

cenário já a partir de 2030, já que elevado número de indivíduos sem interesse de

realizar qualquer atividade física, além do alto número de indivíduos portadores de

Stress, Depressão como doenças autorreferidas, são precursoras do Mal de

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Alzheimer. Não sendo esta, entretanto, a única causa.

Conclui ainda que a cura e uma prevenção definitiva para o Mal de

Alzheimer ainda não existe, apesar de pesquisas estarem em andamento por

todo o planeta, como a equipe do Dr. Andres Lozano (2012), no Canadá22.

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CAPÍTULO No. 08 - RECOMENDAÇÕES

O Mal de Alzheimer, com suas perspectivas de futuro para a humanidade, é

uma das enfermidades que mais assustam as sociedades pelo seu nível de

comprometimento individual, familiar e econômico.

Neste trabalho foi possível observar que a população da Zona Urbana de

Manaus, não está, como as demais sociedades, livre desta enfermidade que se

avizinha.

A intenção desse trabalho foi levantar o debate e mostrar que a sociedade

está vulnerável e isso foi demonstrado quando se observa os níveis de stress e

depressão e de baixa escolaridade autorreferidos nestes indivíduos.

As recomendações que o trabalho evidencia, não para uma prevenção, já

que ainda não se tem evidências concretas de que exista um fator de proteção

para o Mal de Alzheimer já é possível se afirmar que fatores como a Dieta

Alimentar, a Educação, os Exercícios Físicos, a condição Econômica e

Socioambiental, conjuntamente, se trabalhados equilibradamente certamente

funcionarão como redutores de risco para esse importante Mal.

Finalmente recomenda-se que somente com a consciência de que são

hábitos saudáveis como: a prática de atividades físicas, alimentação saudável,

controle do peso, não fumar, consumir bebidas alcoólicas em pequenas

quantidades, manter-se ativo mentalmente (ler, estudar), ter boas relações e

realizar exames médicos periodicamente, continua sendo a melhor forma para

prevenção não só o Mal de Alzheimer como também outras doenças.

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BIBLIOGRAFIA

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população brasileira em 2010. Rio de Janeiro : IBGE, 2010.

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envelhecimento. Porto Alegre : EDIPUCRS, 2002. 16 Vono, Zulmira Elisa. Enfermagem gerontológica - atenção a pessoa idosa. São Paulo : SENAC São Paulo, 2000 17 GERONTOLOGIA, SOCIEDADE BRASILEIRA DE GERIATRIA E. Doença de Alzheimer: Prevenção e Tratamento. SOCIEDADE BRASILEIRA DE GERIATRIA E GERONTOLOGIA. 2009. 18 Camargo, Izabel Eri. Doença de Alzheimer. Porto Alegre : AGE, 2003. 19 Scazufcaa, M, et al. Investigações epidemiológicas sobre demência nos países em desenvolvimento. São Paulo : s.n., Rev Saúde Pública; 36(6):773-8. 2002. 20 International, Alzheimer's Desease. Relatório sobre a Doença de Alzheimer no

mundo. s.l. : Alzheimer's Desease International, 2009. 21 Perspectivas atuais na prevenção. Carretta, Marisa Basegio e Scherer, Sabrina. 1, Porto Alegre : s.n., Estudos Interdisciplinares do Envelhecimento, Vol. 17, pp. 37-57. 2012. 22 www.alert-online.com/br/news health portal Cura de Alzheimer cada vez mais perto. Citado em: 23 de janeiro de 2014

23 www.alert-online.com/br/news health portal Cura de Alzheimer cada vez mais perto. Citado em: 23 de janeiro de 2014.] 24 Diagnóstico diferencial das demências. Neto, José Gallucci, Tamelini, Melissa Garcia e Forlenza, Orestes V. São Paulo : USP, Revista de Psiquiatria. 2012.

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25 Fratiglioni L, Launer LJ, Andersen K, Breteler MM, Copeland JR, Dartigues JF, et al. Incidence of dementia and major subtypes in Europe: a collaborative study of population-based cohorts. Neurology.;54:S10-S5. 2000 26 Scazufca M, Cerqueira AT, Menezes PR, Prince M, Vallada HP, Miyazaki MC, et al. Epidemiological research on dementia in developing countries. Rev Saude Publica.;36:773-8. 2002. 27 Lanctôt KL, Herrmann N, Yau KK, Khan LR, Liu BA, LouLou MM, et al. Efficacy and safety of cholinesterase inhibitors in Alzheimer’s disease: a meta-analysis. CMAJ Can Med Assoc J.;169(6):557-64. 4. 2003. 28 Bertoleti, A. & Carreta, M.BDesospitalização: cuidados de enfermagem ao idoso no domicilio. In Bertinelli, L.A.; Portella, M. & Pasqualotti, A. (Orgs), Envelhecimento humano: múltiplas abordagens (pp. 19-44) Passo Fundo: UPF Editora. 2008. 29 Logsdon RG, Gibbons LE, McCurry SM, Teri L. Assessing quality of life in older adults with cognitive impairment. Psychosom Med.;64(3):510-9. 2002. 30 Raji C., et al. “Energy expenditure is associated with gray matter structure in normal cognition, mild cognitive impairment, and Alzheimer's dementia" [Abstract SSA16-02]. Presentation at 2012 Annual Meeting of Radiological Society of North America (RSNA), 26 Nov. 2012. 31 Ribeiro, Cléris Ferreira. Doença de Alzheimer: a principal causa de demência nos idosos e seus impactos na vida dos familiares e cuidadores. Tese. Belo Horizonte : Universidade Federal de Minas Gerais, 2010 32 Prince, M. Prina, M. Guerchet, M. on behalf of the Global Observatory for Ageing and Dementia Care. The World Alzheimer Report. Observatory and Alzheimer’s Disease International.2013. Disponível em http://www.alz.co.uk/sites/default/files/pdfs/world-report-2013-summary-sheet.pdf. Acesso em junho/2014. 33 Dyniewicz A. M. Metodologia da pesquisa em saúde para iniciantes. São Paulo. Difusão Editora, 2007. 34 Chizzotti, A. Pesquisa em ciências humanas e sociais. São Paulo. Cortez, 2000. 35 Rocha, E.E.R.B., A pesquisa participante e seus desdobramentos – Experiências em Organizações Populares. Anais do 2º Congresso Brasileiro de Extensão Universitária. Belo Horizonte. Disponível em <http:/WWW.ufmg.br.>. 2004.

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36Paixão JR. CM, Reichenheim M.E. Uma revisão sobre instrumentos de avaliação do estado funcional do idoso. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 21(1):7-19, jan-fev, 2005.

37 Freitas, E. V. et al. Tratado de Geriatria e Gerontologia. Segunda edição. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006.

38 Chizzotti, A. Pesquisa em ciências humanas e sociais. São Paulo. Cortez, 2000. 39 Vieira, Sonia – Bioestatística, Tópicos Avançados – Rio de Janeiro. 2.ed. – RJ: Elservier, p.216. 2004. 40 Hendrie HC, Hall KS, Ogunniyi A, Gao S. Alzheimer’s disease, genes, and environment: the value of international studies. Can J Psychiatry. Feb;49(2):92-9. 2004.

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ANEXOS

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“MARCADORES SOCIAIS DE ENVELHECIMENTO X QUALIDADE DE VIDA DO IDOSO FUTURO DA ZONA URBANA DE MANAUS-AM” TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO – TCLE Eu,__________________________________________________________________¬¬¬¬¬¬-____________, RG n◦ ___________________________, domiciliado nesta cidade, à rua ______________________ _____________________________________________,telefones ______________/_____________ Declaro de livre e espontânea vontade querer participar do Estudo “MARCADORES SOCIAIS DE ENVELHECIMENTO X QUALIDADE DE VIDA DO IDOSO FUTURO DA ZONA URBANA DE MANAUS-AM” , que trará informações sobre o perfil de saúde e qualidade de vida dos idosos futuros da área urbana da cidade de Manaus, relevantes para direcionar as ações de assistência à pessoa idosa em todos os setores públicos e privados e permitirá também, a identificação de riscos de enfermidades como Diabetes, Hipertensão, Obesidade, Demência, Sedentarismo, com fatores associados às condições de saúde, ambientais e econômicas, assim como novas pesquisas, caso alterações de grande significância sejam observadas e detectadas durante o estudo. O objetivo geral Estimar o perfil de saúde e de qualidade de vida do idoso do ano de 2030, da área urbana da cidade de Manaus, floresta amazônica em função do estilo atual de vida, suas relações sociais e familiares, o grupo étnico, o ambiente de floresta e o estágio de seu envelhecimento levando a necessária educação, por meio de campanha educativa a população da zona urbana em direção ao envelhecimento saudável, oportunidade em que serão alertados para os riscos de enfermidades como Diabetes, Hipertensão, Obesidade, Demência, Sedentarismo, com fatores associados às condições de saúde, ambientais e econômicas. Sei que minha participação consiste em responder algumas perguntas que será feita pela própria pesquisadora e colaboradores, com duração média de quarenta minutos sobre aspectos econômicos, sociais, demográficas, ambientais, estilo de vida, suporte social, morbidades auto-referidas, e sociais, capacidade funcional, cognitiva, qualidade de vida, IMC e dislipidemias (Glicemia e Pressão Arterial. Fui informada também que este material será arquivado em lugar apropriado, que ninguém terá acesso e que não será utilizado para outros fins. Embora saiba que os riscos que corro são mínimos, pois não há possibilidade de danos ou desconforto para minha saúde após a realização de tais procedimentos, que os dados terão privacidade e minha identidade não será divulgada. Também me foi informado que se, eventualmente vier a sofrer danos em decorrência da pesquisa, terei o apoio, inclusive indenizatório, tanto da Coordenadora do Estudo Prof. Terezinha Lima Silva, como da Instituição que realiza a pesquisa. Rubrica do Entrevistado ____________________ Rubrica do Entrevistador ___________________ Sei que me beneficiarei com este projeto já que as políticas públicas para os idosos de 2030, poderão ser inspiradas nas informações prestadas por mim retornando em benefícios para os idosos da zona urbana da Cidade de Manaus. Sei também que outros benefícios poderão surgir como a possibilidade de adequadas intervenções para a Universidade, divulgação cientifica dos resultados, recomendações de políticas publicas para melhoria da qualidade de vida do idoso de Manaus, e todo o benefício que os envelhecentes de Manaus terão com a Campanha sobre o Envelhecer com qualidade. Minha participação é inteiramente voluntária e não receberei qualquer quantia em dinheiro ou em outra espécie. Fui informado (a) que em caso de esclarecimentos ou

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dúvidas posso procurar informações com a Sra. Coordenadora da Pesquisa Dra Terezinha Lima Silva, no endereço: Rua Ramos Ferreira, 199, AP. 1403 Bl. 1. Centro – CEP: 69010-120, Fones: (92) 8121-6435, 3234-7548 e como os outros membros responsáveis pela pesquisa: Dr Euler Esteves Ribeiro no endereço: Av Jardim das Américas n◦ 33, M. E. 33- Jardim das Américas - Ponta Negra, fone 8802-3332. Este consentimento foi elaborado de acordo com as diretrizes e normas regulamentadas de pesquisa envolvendo seres humanos. Atende à Resolução n° 196, de 10 de outubro de 1996, do Conselho Nacional de Saúde do Ministério da Saúde-Brasília-DF e suas complementares. Manaus, _____de________________de 2013 ________________________________ Assinatura do voluntário/responsável ________________________________ Assinatura do responsável pelo projeto ________________________________ Assinatura do Entrevistador

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PROJETO MARCADORES SOCIAIS DE ENVELHECIMENTO DO IDOSO FUTURO DA ZONA URBANA DA

CIDADE DE MANAUS - AM Data: |__|__|/|__|__|/|201 | Pesquisador: N° do Setor Censitário: Zona: 1( ) Norte 2( ) Sul 3( ) Leste 4( ) Oeste 5( ) Centro – Sul 6( ) Centro - Oeste A - IDENTIFICAÇÃO 1 Sexo: 1( ) Masculino 2( ) Feminino 2 Idade: 3 Como o Sr(a) define sua raça/cor? 1( ) Branca 2( ) Negra 3( ) Parda 4( ) Amarela 5( ) Indígena 6( ) Mulato 7( ) Quilombola 8( ) Outra 4. Naturalidade: 1( ) Manaus 2( ) Interior do AM 3( ) Outro Estado 4( ) Outro País B – CARACTERÍSTICAS SOCIOECONÔMICAS 5 Sabe ler e escrever? 1( ) Sim 2( ) Não 6 Até que série estudou? 1( ) Nenhuma 2( ) 1º a 4º série 3( ) 5º a 8º série 4( ) Fundamental Comp. 5( ) Médio incomp. 6( ) Médio comp. 7( ) Superior Incomp. 8( ) Superior Comp. 7 Atualmente qual seu estado conjugal? 1( ) Casado 2( ) União estável 3( ) Solteiro 4( ) Viúvo 5( ) Separado 6( ) Divorciado 8 Qual a sua religião? 1( ) Católico 2( ) Evangélico 3( ) Ubanda 4( ) Sem religião 5( ) Outra 9 O Sr(a) tem filhos? 1( ) Sim 2( ) Não 10 Se SIM, quantos? _____ 11 Quantas pessoas vivem com o Sr(a) na casa? ______ (00 se o Entrevistador morar Só) 12 Atualmente o Sr(a) trabalha (qualquer atividade produtiva remunerada): 1( ) Sim 2( ) Não 13 De onde tira o sustento da sua vida? 1( ) Do seu trabalho 2( ) aposentadoria/pensão 3( ) parentes e amigos 4( ) Aluguéis, investimentos 5( ) Esposo(a) 8( ) Outra fonte 14 Qual sua ocupação: 1( ) Aposentado ou pensionista 2( ) Assalariado COM Carteira assinada 3( ) Assalariado SEM Carteira assinada 4( ) Autônomo 5( ) Estudante 6( ) Funcionário público 7( ) Profissional liberal 8( )Dona de Casa 9( )Desempregado 15 Quantas horas por semana? 1( ) 20h 2( ) 30h 3( ) 40h 4( ) 44h 5( ) 60h 9( ) Desempregado 16 Qual sua renda mensal? 1( ) < 1SM 2( ) 1SM a < 2SM 3( ) 2SM a < 3SM 4( )3SM a < 5SM 5( ) 5SM a < 10 SM 6( ) 10SM a < 20 SM 7( ) ≥ 20SM 9( ) Não respondeu 17 E qual é a renda familiar (Se o entrevistado viver sozinho e tem renda repita o rendimento da questão 16? 1( ) < 1SM 2( ) 1SM a < 2SM 3( ) 2SM a < 3SM 4( )3SM a < 5SM 5( ) 5SM a < 10 SM 6( ) 10SM a < 20 SM 7( ) ≥ 20SM 9( ) Não sabe/ Não respondeu 18 Situação de moradia: 1( ) Própria 2( ) Alugada 3( ) Cedida 4( ) Invadida 8( ) Outra

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19 O (a) Sr (a) possui um local dentro de sua casa onde consiga ficar sozinho e ter privacidade? 1( )S 2( )Ñ 20 Com o estilo de vida que o (a) Sr (a) leva como acha que vai estar de saúde com 60 anos? 1( ) Muito bem 2( ) Bem 3( ) Nem bem nem mal 4( ) Mal 5( ) Muito mal 9( ) Não sabe C – CONDIÇÕES DE SAÚDE 21 Alguma vez um médico ou profissional de saúde disse ao Sr (a) que tem ou teve: ( ) Artrite/Artrose ( ) Angina (dor no peito) ( ) Câncer ( ) Depressão ( ) Derrame (AVC) ( ) Diabetes ( ) Estresse ( ) Hipertensão ( ) Obesidade ( ) Osteopenia/Osteoporose ( ) Problema de Próstata ( ) Outros 22 Os problemas de saúde relatados atrapalham o(a) Sr.(a) de fazer coisas que precisa ou quer fazer ? 1( ) Sim 2( ) Não 8( ) Não tem problemas 9( ) Não respondeu 23 O(a) Sr(a) teve algum problema de fratura nos últimos 6 meses? 1( ) Sim 2( ) Não 9( )NS/NR 24 Em geral, o(a) Sr(a) diria que sua visão (com ou sem ajuda de óculos) está: 0( ) O Entrevistado é uma pessoa cega 1( ) Ótima 2( ) Boa 3( ) Ruim 4( ) Péssima 9( ) NS/NR 25 Este seu problema de visão atrapalha o(a) Sr(a) de fazer as coisas que precisa/quer fazer (Apenas para quem respondeu Ruim ou Péssima na questão 24? 1( ) Sim 2( ) Não 8( ) Ñ se aplica 9( ) NS/NR 26 Em geral, o(a) Sr(a) diria que sua audição (com ou sem ajuda de aparelho) está: 1( ) Ótima 2( ) Boa 3( ) Ruim 4( ) Péssima 9( ) NS/NR 27 Este seu problema de audição atrapalha o(a) Sr(a) de fazer as coisas que precisa/quer fazer (Apenas para quem respondeu Ruim ou Péssima na questão 24? 1( ) Sim 2( ) Não 8( ) NA 9( ) NS/NR 28 O (a) Sr (a) usa ponte fixa ou móvel, dentadura ou tem algum dente postiço? 1( ) Sim 2( ) Não 29 O (a) Sr (a) tem dificuldade para mastigar ou engolir os alimentos? 1( ) Sim 2( ) Não 30 Em geral qual o estado dos seus dentes? 1( ) Ótimos 2( ) Bons 3( ) Ruins 4( ) Péssimos 9( ) NS/NR 31 (Somente para mulheres) A senhora realizou exame preventivo (Papanicolau) no último ano? 1( ) Sim 2( ) Não 3( ) Nunca realizou 8( ) NA 9( ) NS/NR 32 (Somente para mulheres) A senhora realizou mamografia no último ano? 1( ) Sim 2( ) Não 3( ) Nunca realizou 8( ) NA 9( ) NS/NR D – UTILIZAÇÃO DE SERVIÇOS MÉDICOS E DENTÁRIOS 33 Qual o tipo de serviço de saúde que o Sr(a) utiliza? 1( ) SUS 2( ) Particular 34 O(a) Sr (a) vai ao médico regularmente (ao menos 1 x por ano)? 1( ) Sim 2( ) Não 35 O Sr(a) está satisfeito com os serviços médico que utiliza normalmente? 1( ) Sim 2( ) Não 8( ) NA 36 Em geral, quais os problemas que mais lhe desagradam quando o(a) Sr.(a) utiliza os serviços médicos (ESPONTÂNEA, Classifique as respostas nas categorias listadas. Na dúvida, registre o item 8)? 1( ) Os custos dos serviços médicos 2( ) Os custos dos medicamentos que são prescritos

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3( ) Os exames clínicos que são prescritos 4( ) A demora para a marcação das consultas/exames 5( ) O tempo de espera para ser atendido(a) no consultório 6( ) O tratamento oferecido pelos médicos 7( ) O tratamento oferecido por outros profissionais 8( ) Outros problemas 9( ) NA 37 Quando o(a) Sr.(a) necessita de tratamento dentário, onde ou a quem o(a) Sr.(a) normalmente procura (ESPONTÂNEA)? 0( ) Ninguém ou o entrevistado não procura o dentista há muito tempo 1( ) Serviço dentário de uma instituição pública 2( ) Serviço dentário credenciado pelo Plano de Saúde 3( ) Dentista particular 4( ) Outros 9( ) NS/NR 38 O(a) Sr(a) toma algum remédio regularmente? 1( ) Sim 2( ) Não 39 42. O (a) Sr (a) segue as orientações que os médicos lhe dão (ex, toma todas as medicações, em horários corretos, faz dieta ...)? 1( ) sim 2( ) não 40 Em caso de ficar doente ou incapacitado, que pessoa poderia cuidar do Sr(a)? 0( ) Nenhuma 1( ) Esposo(a)/Companheiro(a) 2( ) Filho(a) 3( ) Pai/Mãe 4( ) Irmãos 5( ) Outro parente 8( ) NS 41 Tomou alguma vacina no último ano? 1( ) Sim 2( ) Não E – ALIMENTAÇÃO 42. Nos últimos três meses houve diminuição da ingestão alimentar devido a perda de apetite, problemas digestivos ou dificuldade para mastigar ou deglutir? 1( ) Diminuição severa da ingestão 2( ) Diminuição moderada da ingestão 3( ) Sem diminuição da ingestão 43 O Sr (a) perdeu peso nos últimos 6 meses? 1( ) Entre 1 a 3 quilos 2( ) Superior a três quilos 3( ) Sem perda de peso 4( ) Não sabe informar Quantas refeições o Sr. (a) faz por dia? _____ 44a Quantas vezes por semana o Sr(a) consome Leite ou derivados? 1( ) Todos os dias 2( ) 4 a 6 vezes 3( ) 1 a 3 vezes 4( ) Não consome 44b Aves? 1( ) Todos os dias 2( ) 4 a 6 vezes 3( ) 1 a 3 vezes 4( ) Não consome 44c Peixes? 1( ) Todos os dias 2( ) 4 a 6 vezes 3( ) 1 a 3 vezes 4( ) Não consome 44d Carne bovina? 1( ) Todos os dias 2( ) 4 a 6 vezes 3( ) 1 a 3 vezes 4( ) Não consome 44e Ovos? 1( ) Todos os dias 2( ) 4 a 6 vezes 3( ) 1 a 3 vezes 4( ) Não consome 44f Feijão? 1( ) Todos os dias 2( ) 4 a 6 vezes 3( ) 1 a 3 vezes 4( ) Não consome 44g Frutas e vegetais? 1( ) Todos os dias 2( ) 4 a 6 vezes 3( ) 1 a 3 vezes 4( ) Não consome 44h Pão? 1( ) Todos os dias 2( ) 4 a 6 vezes 3( ) 1 a 3 vezes 4( ) Não consome 44i Arroz/Macarrão/Farinha 1( ) Todos os dias 2( ) 4 a 6 vezes 3( ) 1 a 3 vezes 4( ) Não consome 45 Qual a quantidade de água que bebe por dia? 1( ) Menos que 8 copos 2( ) 8 ou mais copos

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46 O Sr(a) costuma comer? 1( ) Restaurantes ou Lanchonetes 2( ) Vai em casa almoçar alimento feito por outra pessoa 3( ) Cozinha o próprio alimento 47 O Sr(a) acredita ter algum problema nutricional? 1( ) Acredita estar desnutrido 2( ) Acredita não ter problemas nutricionais 3( ) Não sabe dizer F – HÁBITOS DA VIDA 48 O Sr (a) é: 1( ) Fumante 2( ) Não fumante 3( ) Ex-fumante (< 2 anos) 4( ) Ex-fumante (> 2 anos) 49 O (a) Sr (a) costuma consumir bebida alcoólica? 1( ) Sim 2( ) Não 49a Há quanto tempo? ____ anos 50 Durante o dia o(a) Sr(a) fica a maior parte do tempo: 1( ) Sentado 2( ) Em pé 3( ) Se movimentando 51 O(a) Sr(a) faz alguma atividade física? 1( ) Sim 2( ) Não 51a Quantas vezes por dia?____ (00 NA) 52 Qual tipo de atividade o(a) Sr(a) faz? 1( ) Caminhada 2( ) Correr 3( ) Pedalar 4( ) Musculação 5( ) Ginástica 6( ) Hidroginástica 7( ) Natação 8( ) Dança 9( ) Luta (qualquer tipo) 88( ) Outras 53 O(a) Sr(a) costuma praticar alguma atividade de lazer? 1( ) Sim 2( ) Não 54 Com que freqüência? 1( ) 1 vez por semana 2( ) 2 vezes por semana 3( ) 3 vezes por semana 4( ) 1vez mês 5( ) 2 vezes mês 6( ) 3vezes por mês 55 O (a) Sr (a) sente dificuldade de conversar ou de se relacionar no dia a dia com as pessoas? 1( ) S 2( ) N 56 Qual tipo de transporte o(a) Sr(a) usa cotidianamente? 1( ) Coletivo 2( ) Carro particular 3( ) Só a pé G – INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO EM DEPRESSAO Durante as últimas duas semanas, com que frequência você foi incomodado/a por qualquer um dos problemas a seguir? 57 Pouco interesse ou pouco prazer em fazer as coisas? 0( ) Nenhuma vez 1( ) Vários dias 2( ) Mais da metade dos dias 3( ) Quase todos os dias 58 Se sentiu “pra baixo” deprimido ou sem perspectiva? 0( ) Nenhuma vez 1( ) Vários dias 2( ) Mais da metade dos dias 3( ) Quase todos os dias 59 Dificuldade para pegar no sono ou permanecer dormindo ou dormir mais do que de costume? 0( ) Nenhuma vez 1( ) Vários dias 2( ) Mais da metade dos dias 3( ) Quase todos os dias 60 Se sentir cansado/a ou com pouca energia? 0( ) Nenhuma vez 1( ) Vários dias 2( ) Mais da metade dos dias 3( ) Quase todos os dias 61 Falta de apetite ou comendo demais? 0( ) Nenhuma vez 1( ) Vários dias 2( ) Mais da metade dos dias 3( ) Quase todos os dias 62 Se sentir mal consigo mesmo/a, ou achar que você é um fracasso ou que decepcionou sua família ou você mesmo/a? 0( ) Nenhuma vez 1( ) Vários dias 2( ) Mais da metade dos dias 3( ) Quase todos os dias 63 Dificuldade para se concentrar nas coisas como ler jornal ou ver Televisão? 0( ) Nenhuma vez 1( ) Vários dias 2( ) Mais da metade dos dias 3( ) Quase todos os dias 64 Lentidão para se movimentar ou falar, a ponto das outras pessoas perceberem? Ou o oposto – estar tão agitado/a ou irrequieto que você fica andando de um lado para o outro muito mais que de costume.

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0( ) Nenhuma vez 1( ) Vários dias 2( ) Mais da metade dos dias 3( ) Quase todos os dias 65 Pensar em se ferir de alguma maneira, ou que seria melhor estar morto/a. 0( ) Nenhuma vez 1( ) Vários dias 2( ) Mais da metade dos dias 3( ) Quase todos os dias 66 Se você assinalou qualquer um dos problemas, indique o grau de dificuldade que os mesmos lhe causaram para realizar o seu trabalho, tomar conta das coisas em casa ou para se relacionar com as pessoas. 1( ) Nenhuma dificuldade 2( ) Alguma dificuldade 3( ) Muita dificuldade 4( ) Extrema dificuldade G - AVALIAÇÃO DA FUNCIONALIDADE FAMILIAR 67 (Adaptação) O Sr. (a) está satisfeito (a) pois pode recorrer sua minha família em busca de ajuda quando alguma coisa está me incomodando ou preocupando? 2( ) Sempre 1( ) Algumas vezes 0( ) Nunca 68 (Companheirismo) O Sr. (a) está satisfeito (a) com a maneira pela qual sua família e o Sr (a) conversam e compartilham os problemas? 2( ) Sempre 1( ) Algumas vezes 0( ) Nunca 69 (Desenvolvimento) O Sr. (a) está satisfeito (a) com a maneira como sua família aceita e apóia seus desejos de iniciar ou buscar novas atividades e procurar novos caminhos ou direções? 2( ) Sempre 1( ) Algumas vezes 0( ) Nunca 70 (Afetividade) O Sr. (a) está satisfeito (a) com a maneira pela qual sua família demonstra afeição e reage às suas emoções, tais como raiva, mágoa ou amor? 2( ) Sempre 1( ) Algumas vezes 0( ) Nunca 71 ( Capacidade Resolutiva) O Sr. (a) Está satisfeito (a) com a maneira pela qual sua família e o Sr. (a) compartilham o tempo juntos? 2( ) Sempre 1( ) Algumas vezes 0( ) Nunca H - AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA 72 Como o Sr (a) avaliaria sua qualidade de vida? 1( ) Muito ruim 2( ) Ruim 3( ) Nem ruim nem boa 4( ) Boa 5( ) Muito boa 73 Quão satisfeito o Sr (a) está com sua saúde? 1( ) Muito ruim 2( ) Ruim 3( ) Nem ruim nem boa 4( ) Boa 5( ) Muito boa 74 O quanto você precisa de algum tratamento médico para levar sua vida diária? 1( ) Nada 2( ) Muito pouco 3( ) Mas ou menos 4( ) Bastante 5( ) Extremamente 75 O quanto você aproveita a vida? 1( ) Nada 2( ) Muito pouco 3( ) Mas ou menos 4( ) Bastante 5( ) Extremamente 76 Em que medida você acha que a sua vida tem sentido? 1( ) Nada 2( ) Muito pouco 3( ) Mas ou menos 4( ) Bastante 5( ) Extremamente 77 O quanto você consegue se concentrar? 1( ) Nada 2( ) Muito pouco 3( ) Mas ou menos 4( ) Bastante 5( ) Extremamente 78 Quão seguro(a) você se sente em sua vida diária? 1( ) Nada 2( ) Muito pouco 3( ) Mas ou menos 4( ) Bastante 5( ) Extremamente 79 Quão saudável é o seu ambiente físico (clima, barulho, poluição, atrativos)? 1( ) Nada 2( ) Muito pouco 3( ) Mas ou menos 4( ) Bastante 5( ) Extremamente 80 Você tem energia suficiente para seu dia-a- dia? 1( ) Nada 2( ) Muito pouco 3( ) Médio 4( ) Muito 5( ) Completamente 81 Você é capaz de aceitar sua aparência física? 1( ) Nada 2( ) Muito pouco 3( ) Médio 4( ) Muito 5( ) Completamente

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82 Você tem dinheiro suficiente para satisfazer suas necessidades? 1( ) Nada 2( ) Muito pouco 3( ) Médio 4( ) Muito 5( ) Completamente 83 Quão disponíveis para você estão as informações que precisa no seu dia-a-dia? 1( ) Nada 2( ) Muito pouco 3( ) Médio 4( ) Muito 5( ) Completamente 84 Em que medida você tem oportunidades de atividade de lazer? 1( ) Nada 2( ) Muito pouco 3( ) Médio 4( ) Muito 5( ) Completamente 85 Quão satisfeito(a) você está com o seu sono? 1( ) Muito insatisfeito 2( ) Insatisfeito 3( ) Nem satisfeito nem insatisfeito 4( ) Satisfeito 5( ) Muito satisfeito 86 Quão satisfeito(a) você está com sua capacidade para o trabalho? 1( ) Muito insatisfeito 2( ) Insatisfeito 3( ) Nem satisfeito nem insatisfeito 4( ) Satisfeito 5( ) Muito satisfeito 87 Quão satisfeito(a) você está consigo mesmo? 1( ) Muito insatisfeito 2( ) Insatisfeito 3( ) Nem satisfeito nem insatisfeito 4( ) Satisfeito 5( ) Muito satisfeito 88 Quão satisfeito(a) você está com suas relações pessoais (amigos, parentes, conhecidos, colegas)? 1( ) Muito insatisfeito 2( ) Insatisfeito 3( ) Nem satisfeito nem insatisfeito 4( ) Satisfeito 5( ) Muito satisfeito 89 Quão satisfeito(a) você está com sua vida sexual? 1( ) Muito insatisfeito 2( ) Insatisfeito 3( ) Nem satisfeito nem insatisfeito 4( ) Satisfeito 5( ) Muito satisfeito 90 Quão satisfeito(a) você está com o apoio que você recebe de seus amigos? 1( ) Muito insatisfeito 2( ) Insatisfeito 3( ) Nem satisfeito nem insatisfeito 4( ) Satisfeito 5( ) Muito satisfeito 91 Quão satisfeito(a) você está com as condições do local onde mora? 1( ) Muito insatisfeito 2( ) Insatisfeito 3( ) Nem satisfeito nem insatisfeito 4( ) Satisfeito 5( ) Muito satisfeito 92 Quão satisfeito(a) você está com o seu acesso aos serviços de saúde? 1( ) Muito insatisfeito 2( ) Insatisfeito 3( ) Nem satisfeito nem insatisfeito 4( ) Satisfeito 5( ) Muito satisfeito 93 Quão satisfeito(a) você está com o seu meio de transporte? 1( ) Muito insatisfeito 2( ) Insatisfeito 3( ) Nem satisfeito nem insatisfeito 4( ) Satisfeito 5( ) Muito satisfeito 94 Com que freqüência você tem sentimentos negativos tais como mau humor, desespero, ansiedade, depressão? 1( ) Nunca 2( ) Algumas vezes 3( ) Frequentemente 4( ) Muito frequentemente 5( ) Sempre I - AFERIÇÕES Peso:______Kg Altura:______m IMC:_____Kg/m2 Circunferência da Cintura: ______ cm Pressão arterial (máxima): _______mmHg Pressão arterial (mínima): _______mmHg Glicemia capilar: _________m/dl Glicemia capilar pós prandial: _________m/dl

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