Tese da CST - 3º Congresso do PSOL 2011

11
Tese ao 3º Congresso do Partido Socialismo e Liberdade A Crise Mundial e os desafios dos socialistas revolucionários CORRENTE SOCIALISTA DOS TRABALHADORES

description

Tese da CST

Transcript of Tese da CST - 3º Congresso do PSOL 2011

Page 1: Tese da CST - 3º Congresso do PSOL 2011

Tese ao 3º Congresso do Partido Socialismo e Liberdade

A Crise Mundial e os desafiosdos socialistas revolucionários

CORRENTE SOCIALISTA DOS TRABALHADORES

Page 2: Tese da CST - 3º Congresso do PSOL 2011

A Crise Mundial e os desafios dos socialistas revolucionários

Internacional 1 – Não houve calote da dívida norte-americana, mas, no entanto, a crise da economia capitalista mundial se aprofundou. A desconfiança dos especuladores frente à evidente fragilidade política da condução imperialista fez com que aumentassem os juros dos empréstimos de países europeus super endividados como Itália e Espanha, e que as bolsas desabassem pelo mundo numa busca frenética por lucros. Nunca como hoje a situação mundial esteve tão presente na realidade de cada país. A crise do capitalismo imperialista é um fenômeno mundial, que com suas lógicas desigualdades abrange todo o planeta. A restauração capitalista na Ex-URSS e na China não conseguiu reverter a tendência à crise crônica cada vez mais aguda do capitalismo. Esta não só não foi superada como se agravou. A crise da dívida deixou de ser um fenômeno dos países semi-coloniais transformando-se numa crise sistêmica cujo centro está nos EUA e na Europa, fundamentalmente nos países do sul deste continente. Mas não podemos desvincular a economia da luta de classes: outra seria a história se o imperialismo tivesse triunfado no Iraque, no Afeganistão, no Oriente Médio, ou se tivesse conseguido impor severas derrotas às lutas e aos levantes operários e populares na América Latina e na Europa. Greves, lutas e mobilizações, levantes e revoluções sacodem o planeta de leste ao oeste, do norte ao sul, impedindo o que o capitalismo precisa para se estabilizar: uma derrota estratégica dos trabalhadores e dos povos, única forma através da qual o capitalismo poderia superar sua crise crônica, transformando em semi-escravas ou escravas as relações de trabalho. Não é esta a perspectiva que vemos no horizonte, mas a das massas continuarem lutando e desestabilizando o capital, seus governos e seus regimes, independente de este poder conseguir recuperações parciais e transitórias, como têm acontecido nas últimas décadas. 2 – Estes processos de lutas, revoltas e revoluções eclodiram nos primeiros meses de 2011 com toda força nos países do norte da África e obtiveram os primeiros e gigantescos triunfos democráticos derrubando ditaduras como as da Tunísia e Egito, golpeando mais uma vez a dominação imperialista

na região. Mas suas reivindicações não param na derrubada dos regimes, pois se combinam com a luta contra o ajuste econômico, pelo direito ao trabalho, ao pão, ao salário, pelos direitos democráticos, se tornando assim num processo permanente que questiona as bases do próprio capitalismo e seus regimes. A juventude, que foi protagonista fundamental, irradiou e contagiou a juventude da Grécia, Espanha, Portugal, Reino Unido, Itália, onde a entrada em cena de milhares de jovens acompanha as reiteradas greves gerais como na Grécia ou Portugal, e as lutas, que se repetem, de servidores e diversas categorias de trabalhadores nos países da Europa que não aceitam pagar pela crise. Nos EUA começou também a luta dos servidores públicos contra os duríssimos planos de ajuste que impõem os governos estaduais, como foi o caso de Wisconsin. Na China, um novo proletariado que migrou para as cidades protagoniza greves e revoltas violentas em defesa do salário e por condições de trabalho contra a ditadura capitalista do “Partido Comunista” chinês. No nosso continente, a vanguarda no ultimo período tem sido os jovens chilenos em defesa da educação publica, se unificando com as heróicas greves dos mineiros do cobre. E no Peru, as comunidades da Amazônia se levantam contra as concessões mineiras e não dão trégua ao novo discípulo de Lula, o presidente Ollanta Humala que acaba de assumir entregando o controle da economia do país aos “mercados” e aos setores mais conservadores e ortodoxos. 3 – Destaca-se nestas revoltas o profundo caráter antiburocrático e anti-regime, de questionamento às ditaduras e à falsa democracia do poder econômico e da corrupção; a negação da política aplicada pelos partidos da ordem, incluídos aí, também, os falsos esquerdistas ou socialistas. Estas características refletem o fim do stalinismo, a negativa de “acatar as ordens” de cima para baixo, dos “secretários gerais” poderosos, das burocracias sindicais governistas, processo extremamente progressivo e revolucionário, ainda que tenha enormes contradições. A maior delas é a falta de uma alternativa política de poder por parte dos de baixo, de uma direção e um poder alternativo dos trabalhadores, dos jovens, das comunidades, do povo. Mas nestes processos, de condições objetivamente revolucionárias, abrem-se possibilidades para que amadureça esta alternativa, pois o movimento está se rebelando e enfraquecendo o controle que pretendem exercer as burocracias sindicais e políticas. Amadurece

Page 3: Tese da CST - 3º Congresso do PSOL 2011

nos programas, onde os indignados da Espanha mostraram como vai se construindo no dia a dia da luta, e hoje chamam a uma greve geral, assim como a revolução árabe abriu o processo de construção de programas alternativos que respondem às reivindicações e às necessidades das massas numa perspectiva socialista. 4 – Esta situação mundial aprofunda a crise da hegemonia imperialista, crise política, econômica e militar. Nunca como hoje o imperialismo norte americano esteve tão débil. Seu gigantesco endividamento, fruto dos trilhões investidos nas guerras do Iraque e Afeganistão assim como no resgate dos bancos falidos, leva o Presidente democrata Barak Obama, que se apresentou como alternativa “diferente”, a pactuar com os republicanos um brutal plano de ajuste golpeando em primeiro lugar os idosos, as aposentadorias e os planos de saúde dos setores mais desprotegidos da população. Enquanto isso, suas tropas derrotadas naqueles países começam a voltar, fortalecendo um quadro de crise social e de reativação das lutas dos setores operários e populares. A perda dos seus principais aliados na Tunísia e no Egito, as intensas lutas que continuam como na Síria, o levaram a montar o gigantesco operativo para assassinar Bin Laden, sem que isso tenha servido para reverter nem um pouco a situação de fragilidade na qual se encontra. 5 – Um elemento decisivo para determinar o espaço e os desafios que nós, socialistas revolucionários temos, é verificar a profunda crise do stalinismo, da socialdemocracia, e de todas aquelas variantes intermediárias como a centro esquerda, o nacionalismo burguês, ou outras variantes pós stalinistas. A crise econômica e o ascenso das lutas faz com que estas correntes ou partidos cumpram o papel de algozes dos trabalhadores, aplicando os planos de ajuste em nome da “esquerda”, do “socialismo do século XXI” ou de um falso anti imperialismo. Frente às tensões e ao acirramento da realidade mundial eles vão mais à direita, não à esquerda, e seria um grave erro alentar a possibilidade de “disputar por dentro” estes governos burgueses populistas. Os governos de Chávez, Correia ou Evo na Bolívia, produtos e expressões de revoltas e revoluções que chegaram a conquistar até uma relativa independência política do imperialismo, estão em pleno retrocesso, evidenciando o fracasso e o limite destas experiências. O pacto com a direita fascista de Santa Cruz, concretizado

no fato que Evo Morales modificou em uma noite 144 artigos da Constituição, fruto da Assembléia Constituinte, preservando o poder do latifúndio e das multinacionais que controlam os hidrocarbonetos, entre elas a Petrobrás, iniciou um processo de desgaste do presidente que se expressou na revolta contra o “Gasolinazo” de dezembro de 2010 e na greve geral de dez dias de março de 2011. O aberto apoio de Chávez aos ditadores árabes como Kaddafi e a entrega do lutador sueco-colombiano Pérez Becerra ao Presidente Santos da Colômbia, são outra amostra do caminho que tomou o chavismo, que condena a autonomia sindical, ataca os trabalhadores, tolera a existência de bandos armados que assassinam dirigentes sindicais e camponeses e nega as convenções coletivas aos servidores públicos em meio a uma crise econômica, energética e política que se agrava. E, paradoxalmente, enquanto o capitalismo se afunda na crise, o PC cubano em nome de supostas “atualizações” avança no caminho da restauração do capital na ilha, privatizando, demitindo e pactuando com as multinacionais. 6 – Também os setores da esquerda socialista que apostaram como centro da sua intervenção nos processos eleitorais, sofrem crises, pois entram em aguda contradição com as lutas e suas características atuais. Um bom exemplo é a crise pela qual passa o Bloco de Esquerda em Portugal. Concordamos com a análise feita pelo Boletim Correspondência da Imprensa: “Como parte da queda do PS o Bloco Socialista sofreu a sua mais importante derrota eleitoral. O Bloco que tinha nascido há 12 anos como uma esperança para a esquerda portuguesa pelo seu caráter antiburocrático que rejeitava gerir o capitalismo, agora se juntou à socialdemocracia e apoiou a Manuel Alegre candidato do governo do PS, no momento em que são mais brutais as medidas neoliberais do governo. O bloco está numa encruzilhada; gira em torno do parlamentarismo, seu orçamento é financiado mais de 90% com dinheiro do Estado e todo o aparelho do partido está orientado à exposição midiática e aos resultados eleitorais. Esta opção responde à estratégia de ocupar o espaço da socialdemocracia com um programa socialdemocrata” 7 – Ainda que no Brasil a situação não seja a da Grécia ou Egito, o partido tem a obrigação de tirar conclusões, pois os ventos do mundo, devagar, também começam a soprar no Brasil. Nosso partido não pode ficar atrelado a velhas estruturas

Page 4: Tese da CST - 3º Congresso do PSOL 2011

partidárias rejeitadas pelas massas, a burocratas com privilégios, a falsos socialismos do século XXI, às burocracias “comunistas” que gerem o capital. Tampouco, á alianças eleitoreiras que desfiguram nosso projeto original. Ou a filiações de políticos de “ofício” que mudam de legenda na procura de reeleição ou eleição, independente do projeto político. O espaço para a construção de uma alternativa de esquerda, de luta, de classe e de massas hoje é maior. Mais do que nunca o PSOL deve ser a expressão do NOVO, retomando com força as bandeiras da luta, do socialismo e da liberdade. Contra toda exploração e opressão, o PSOL deve estar comprometido com a revolução árabe, apoiando os povos da Líbia, Egito, Síria, Iêmen, etc. Deve estar lado a lado com os indignados, com as greves gerais da Grécia ou de Portugal, defendendo o fim do pagamento das dívidas corruptas e impagáveis, e apoiando as lutas que exigem o fim dos governos do ajuste.

Nacional 1- O governo Dilma completou seu primeiro semestre. Tempo suficiente para mostrar que não estamos diante de um governo e regime mais fortes. Uma grave crise derrubou Antonio Palocci, principal articulador político do planalto, homem de confiança de Lula e dos mercados. Em seguida caíram mais dois ministros. As contradições sociais estimularam ações dignas de nota dos canteiros de obras aos quartéis. A rebelião de Jirau e as greves da construção civil inauguraram uma nova situação na luta de classes, evidenciada na maré vermelha dos bombeiros em Copacabana. Sem Lula na presidência, não há quem consiga mediar os interesses das várias frações que sustentam o governo e, de tabela, conter os batalhões pesados da classe operária. A crise econômica mundial terá novos reflexos na economia nacional e, diferentemente de 2008/2009 o país está em piores condições para enfrentar um cenário adverso, pois as políticas “anti-crise” aplicadas àquela altura não se sustentam hoje. As revoluções no norte da África, as greves gerais e o surgimento dos indignados na Europa, se refletem de forma embrionária por aqui. A classe trabalhadora começa a perder a paciência. A tendência é que o ajuste fiscal, o arrocho salarial, o desgaste do regime estimule mais lutas, possibilitando rupturas com a velha direção, sobretudo no terreno sindical, inicialmente. O PSOL deve ter linha nacional e intervir nas mobilizações se postulando como direção política

da vanguarda que surge. Para isso deve superar a lógica unicamente eleitoral, adotar um perfil militante e um programa de ruptura com a ordem estabelecida. 2 - Descolamento do Brasil? - O Ministro da Fazenda e o Presidente do Banco Central propagam que a economia está “preparada para o cenário adverso” e que vamos “crescer de forma sustentável”. Sempre mantendo a política de FHC, nos juros, metas de inflação, superávit e câmbio. Na prática, é o mesmo papo furado do “descolamento dos emergentes” da crise de 2008/2009. Naquela altura, ao contrário da “marolinha”, tivemos a maior crise dos últimos anos. O país está mais vulnerável do ponto de vista externo. A política de juros altos estimula uma explosão da dívida, cujo total beira R$ 3 trilhões. As taxas de juros alimentam o capital especulativo. Empresta-se a taxas de 2% e “investe-se” ganhando juros próximos a 13%. Apenas o governo faz o caminho inverso, obtendo prejuízo, ao investir nos títulos dos EUA. A política “anti-crise” aplicada em 2009 possui uma margem muito menor internamente. A expansão do crédito, a redução do IPI contribuíram para um gigantesco endividamento das famílias. Os bilhões repassados para as empresas por meio dos bancos públicos foram maiores que o PROER de FHC, mesmo assim, por exemplo, o Panamericano quebrou de novo em 2010. A receita aplicada por Lula foi semelhante a que levou a União Européia e os EUA à segunda fase da crise por meio do endividamento estatal. O cenário é o oposto do apresentado pelo governo, por isso elevações sucessivas dos juros, o corte de R$ 53 bilhões das áreas sociais e anúncio de novos ataques aos trabalhadores. O fortalecimento do modelo exportador de commodities, com grande dependência da China, é outro elemento de instabilidade, sobretudo pela crise nos EUA, principal comprador dos produtos chineses. Lógico que devemos levar em conta os investimentos com a Copa e Olimpíadas. No entanto, as olimpíadas de Atenas não salvaram a Grécia do abismo. Por outro lado, essas obras estimulam as greves, como a da construção civil na África do Sul antes da Copa. 3 - Faxina na corrupção? - O enriquecimento ilícito e o tráfico de influência derrubaram Palocci. Em seguida caiu Alfredo Nascimento, juntamente com mais 22 integrantes do Ministério dos Transportes. E mais recentemente aconteceu a

Page 5: Tese da CST - 3º Congresso do PSOL 2011

queda do Ministro da Agricultura, Wagner Rossi, homem forte do PMDB. A corrupção é parte inseparável do atual modelo econômico e político, pois sela o pacto entre os políticos e o capital. Daniel Dantas resumiu tudo ao afirmar que suas confissões “derrubariam a república”. Por isso, foi errado não se posicionar sobre Erenice na eleição 2010. Erro que levou Marina a ocupar um espaço que poderia ser do PSOL. Atualmente, a operação contra a CPI dos transportes mostra que a “faxina” na corrupção já acabou. A máfia do PMDB e PTB ficará impune salvo algum “expurgo” marginal. Em nome da governabilidade a corrupção vai correr solta nos feudos de Sarney. Dilma não pode seguir, pois atacaria globalmente o regime, seus aliados e o PT. Dilma inicia seu mandato indicando Fux, o 11º ministro do STF, cujo voto derrubou a Lei do Ficha Limpa e favoreceu corruptos como Jader Barbalho. Em seguida veio o salário mínimo de fome, aprovado no congresso, e meses antes houve o reajuste milionário da remuneração dos políticos. Os acordos para tentar salvar Palocci impuseram até mesmo um retrocesso no campo democrático, com o recuo dos kit’s contra a homofobia. Um setor do movimento de massas está tirando conclusões sobre esses fatos. Antes, o mensalão, Satiagraha, Renan e Sarney produziram a radicalização na UnB e o Fora Arruda. Esses processos não atingiram Lula pessoalmente. Derrubaram seus colaboradores, produziram rupturas e desgastaram o PT. Com Dilma será diferente, porque estamos diante de um governo e um regime mais fraco. A corrupção vai continuar um tema recorrente. Depois da crise com o PR, o governo é mais do que refém do PMDB. O sigilo das obras da Copa e Olimpíadas é outro fator que estimula as falcatruas e o favorecimento das empreiteiras, hoje principais financiadoras do PT. O elemento mais forte do regime é Lula, que fica como alternativa para 2014, uma carta na manga diante de uma ebulição social, que hoje ainda é freada pelo papel da direção do movimento representado pela CUT, FS, MST e UNE. 4 - Ataques do governo dinamizam as lutas - Dilma cortou R$ 53 bilhões das áreas sociais. Arrochou o salário mínimo. Quer privatizar os Hospitais Universitários e o setor aéreo. Pretende desonerar a folha de pagamento da patronal, estrangulando a previdência. Prepara a previdência complementar privada aos servidores federais. Tudo dentro de uma estratégia de tentar impor uma “chinalização” nas relações de trabalho, cujo símbolo maior foi visto nos

canteiros do PAC. Não é a toa que, diante dos aumentos salariais na China, Dilma tenha proposto a Foxconn ampliar suas instalações no Brasil. Dilma mantém o BNDES como um vetor de financiamento das multinacionais e de favorecimento das empreiteiras. Segue o estímulo à expansão internacional de inúmeras empresas brasileiras, aprofundando o caráter sub-imperialista do país em relação à América Latina. E, ao mesmo tempo, aprofunda a penetração de capitais imperialistas em inúmeros ramos de nossa economia. Continua a destruição sócio-ambiental dos rios, florestas e povos conectados a elas. No campo reina o latifúndio e a impunidade. A dívida pública segue no centro dos problemas nacionais, cujo pagamento leva 48% do orçamento, R$ 635 bilhões. A cada 1% a mais na taxa de Juros se gasta R$ 10 bilhões a mais na dívida interna. Com o ajuste fiscal anunciado, a crise social nos estados e municípios cresceu em função das proibições de investimento da Lei de Responsabilidade Fiscal. A crise social avança, sobretudo num contexto de alta da inflação. Apesar das políticas focalizadas e as pequenas concessões aos assalariados – se comparadas aos anos FHC – as pesquisas comprovam que o Brasil segue sendo um dos países mais desiguais do planeta com elevada concentração de renda nas mãos de antigos e novos milionários. Essas contradições sociais estimulam a retomada de fortes greves. São explosivas como a de Jirau e nos canteiros, onde a peãozada enfrenta a burocracia sindical. A base passa por cima de suas direções e vai à luta. Com os bombeiros correu por fora das Centrais, e as novas lideranças organizaram a mobilização. Nos ferroviários de SP, a pressão da base empurrou os velhos burocratas a convocar a greve depois de 20 anos de traições. À frente está um jovem proletariado, incorporado ao processo produtivo ou ao serviço público na última década, sem referência no velho PT e na CUT dos anos 1980. Não viu, também, o PC do B cumprir nenhum papel relevante na luta juvenil nos últimos 18 anos. São influenciados pela revolução árabe e pelos indignados. Não é casual que a Praça da ALERJ - RJ tenha sido ponto de encontro dos bombeiros e de outras categorias. É sintomático que os jovens servidores das universidades sejam determinantes para que a traição não se consolide na greve indignada da FASUBRA. Há lutas onde a base não aceita

Page 6: Tese da CST - 3º Congresso do PSOL 2011

manobras e questiona o cotidiano burocrático do sindicalismo atual. Por esse motivo, a burocracia sindical trata de se relocalizar para conter, desviar e trair essa dinâmica. A CUT tratou de centralizar a campanha salarial dos servidores públicos para evitar uma greve no primeiro semestre, o que abalaria o governo. A Força Sindical esteve à frente da greve de 37 dias na WOLKS-PR esse ano, pois não suportaria outra greve como a de 2009, onde a base derrotou a traição do sindicato. Nos estados dirigidos pelo PSDB e DEM ocorrem greves para descomprimir as bases e com claros objetivos eleitorais, como a dos coveiros de SP, professores do RN ou da COSAMPA no PA. No entanto, a unidade das Centrais Lulistas, selada ano passado no Pacaembu, não foi adiante. A crise do governo Dilma estimulou o racha que dividiu a fraca jornada da CUT de um lado, e das demais centrais pra outro. Esta situação abre um espaço maior para o sindicalismo classista, na base das categorias, CIPAS, delegacias sindicais, comissões de luta, etc. Também abre um espaço para o PSOL, se souber atuar com uma política acertada. Nossas tarefas são o apoio às greves e a denúncia dos novos ataques do governo. Exigir auditoria nas obras do PAC e o fim do sigilo das obras da Copa e Olimpíadas. Intervir nas lutas populares por teto, moradia e reforma agrária; apoiar a mobilização contra Belo Monte, o novo código florestal e os assassinatos no campo; continuar intransigentes contra a homofobia e o machismo. Devemos retomar com força a bandeira contra a corrupção, seja a que está instalada no meio político ou aquela legalizada por meio da dívida e do superávit primário. A luta contra a dívida não pode ficar restrita a nossos parlamentares. Pelo contrário deve ser bandeira de agitação política constante, pois frente à crise que se acirra no mundo não existe necessidade mais premente a não ser o desconhecimento das monstruosas dívidas corruptas, injustas e impagáveis. 5- O fracasso do CONCLAT: hegemonismo e aparelhamento - O processo de construção de uma nova central classista foi abortado pela política sectária do PSTU. Eles optaram por manter um aparelho para autoconstrução, desprezando as necessidades da classe. Seu policlassismo e acomodamento na estrutura sindical explicam a capitulação da CSP-CONLUTAS diante da comissão tripartite montada por Dilma durante as greves nos canteiros do PAC. Esse espaço, formado pelo

governo, centrais sindicais e os patrões, sempre foi usado pela burguesia e pela burocracia para desmontar as lutas, seja na câmara setorial das montadoras ou no Fórum Nacional do Trabalho. Eles legitimaram uma comissão anti-operária, que aceitou a demissão de milhares de trabalhadores de Jirau. Diante dessas divergências, não podemos seguir nas discussões para a chamada “recomposição” do CONCLAT. Nem podemos inventar “novas” centrais sozinhos. O que está colocado é a necessidade de intervir nas lutas buscando unificá-las por setor, estado e cidade. Quanto maior o funcionamento pela base, melhor sua organização. Esse é o caminho para recompor os lutadores que estavam e se retiraram do CONCLAT, assim como outros setores que nunca lá estiveram, na construção de um pólo unitário real, intervindo nas greves não importando a central ou partido que a dirige. Por isso a necessidade do setor sindical do Psol batalhar por um fórum unitário a serviço de uma nova direção, que unifique a luta contra o governo. 6 - A juventude indignada - A juventude é outro setor importante no próximo período. As perspectivas na Europa e Norte da África, as lutas no Chile e Peru, indicam a dinâmica para o próximo período. É o que se pode notar das lutas contra o aumento da tarifa de ônibus, sobretudo em SP, ES e no PA, da marcha da liberdade e da explosão anti-burocrática na PUC-RS. Outra manifestação foi vista no congresso da UNE, com crescimento da oposição e defensiva do PC do B, que refletindo a crise do governo, não levou Dilma ao evento. A oposição de esquerda da UNE está à frente dos principais DCE’s das universidades públicas, sendo o pólo que pode organizar uma alternativa unitária e jornadas de lutas nacionais. Construir a luta diariamente, em cada sala de aula, é muito importante, unindo todos os que querem lutar, não importando onde se organizam. Nesse sentido, reside o erro do PSTU ao se isolar na ANEL, que, apesar de recentemente fundada, trás consigo os velhos problemas que levaram à falência da CONLUTE. Nesse cenário, o PSOL deve rearticular sua coordenação nacional da juventude e aplicar a resolução do I Congresso, organizando o encontro do setor. Isso é necessário para construir uma juventude indignada que levante as bandeiras da juventude estudantil, trabalhadora e desempregada, apóie as lutas dos trabalhadores, seja intransigentemente oposição de esquerda ao governo, anti-burocrática e militante.

Page 7: Tese da CST - 3º Congresso do PSOL 2011

3 - Partido – Elementos de balanço e perspectivas 1-O último congresso do partido em 2009 foi de crise. E constatamos que a crise não se superou com a composição de uma nova equipe de direção, em que pese existir alguns avanços parciais. Em 2010, depois da explosão da conferência eleitoral com os piores métodos imagináveis, o PSOL enfrentou eleições. Com Plínio como candidato saímos razoavelmente bem, apesar do boicote declarado de vários diretórios que estiveram com o PV ou PSTU. Reelegemos a maioria de nossos parlamentares e crescemos, ainda que tenhamos sofrido duas significativas derrotas, com a não eleição de Luciana e Heloísa. No entanto, cometemos importantes erros políticos: a aliança vergonhosa realizada com o PTB por Randolfe no AP e a decisão de voto na Dilma no Segundo Turno da eleição presidencial. Tentaram justificar este voto afirmando que sua candidatura era “desenvolvimentista”, que não criminalizaria os movimentos, que era o mal menor. Na prática, estimularam a falsa polarização entre PT e PSDB. Além de desarmar o PSOL para o enfrentamento ao governo, que começou em fevereiro na marcha nacional dos servidores públicos. No entanto, posteriormente, houve acertos na nossa localização política na institucionalidade: fomos com candidatura própria para a presidência da Câmara e do Senado; votamos contra o aumento dos parlamentares; nos posicionamos corretamente na luta contra o código florestal, a homofobia, o endividamento do país, a auditoria e defendemos o fim do superávit primário. Também no âmbito local, a localização de nosso companheiro Marcelo Freixo na luta contra as milícias e a corrupção no governo Sergio Cabral, e junto à nova deputada Estadual Janira o apoio aos bombeiros que fortaleceu o PSOL/RJ. Essa intervenção ativa na conjuntura local e na luta de classes é um exemplo que deve se repetir nos demais diretórios. No Pará destaca-se o mandato de Edmilson na luta contra a corrupção, uma forte figura na disputa da prefeitura de Belém em 2012, sendo que o PSOL se destaca no cenário regional com forte incidência nas lutas sociais através da inserção de suas correntes políticas. 2 - O principal problema do partido é que suas correntes majoritárias, sejam da direção anterior ou a atual, não superam a lógica meramente eleitoral e institucional reduzindo o PSOL a uma

legenda que tem alguma vida orgânica somente de dois em dois anos para as eleições e de dois em dois anos para a disputa interna congressual. O partido carece de uma política nacional que nos unifique no parlamento, nas universidades, nas escolas, nos bairros, nas fábricas. Uma política que ajude nossa militância a intervir na sua realidade quotidiana, e dê instrumentos - jornal, panfletos, cartazes, campanhas – para poder fazer uma intervenção qualificada. Perdem-se assim uma infinidade de oportunidades de fortalecer o PSOL, ajudando os trabalhadores, os jovens a avançar na sua luta e na sua organização. Não tivemos essa intervenção na explosiva greve de Jirau e nas que se seguiram da construção civil. A greve dos bombeiros, o fato mais importante da luta de classes nestes dois anos foi aproveitado pelo PSOL, as correntes e os mandatos do RJ, mas nacionalmente não houve política nem iniciativas. Não houve iniciativas nacionais frente aos fatos da luta de classes mundial - revolução nos países árabes, por ex. – salvo alguma declaração e os debates da secretaria internacional. Nas atuais e reiteradas crise de corrupção também não existem análises e propostas para que o partido as divulgue e multiplique na sociedade e no seu local de intervenção. Raríssimas são as oportunidades que a executiva nacional ou alguma executiva estadual ou ainda menos Diretório, reúna-se para discutir um fato político ou da luta de classes e como o partido pode intervir. Cada vez mais o partido funciona apenas durante as eleições. 3 – O partido deixou de ter militantes, pois estes estão organizados centralmente nas suas correntes internas, e pouquíssimos são os filiados que se reúnem com regularidade e sustentam financeiramente o partido. O resto são filiados utilizados pelas correntes majoritárias para dirimir disputas internas ao mais puro estilo petista. A filiação, um ato formal exigido pela legislação burguesa, eleva-se a categoria militante, e por decisão das correntes majoritárias do partido, tem o poder de eleger direção, programa, tática e estratégia. Para a atual e anterior direção, tem o mesmo valor um militante que constrói quotidianamente o PSOL intervém nas lutas e nos processos de sua categoria ou setor, contribui com o partido e pertence a uma instancia regular, que aquele que simplesmente assina uma ficha! Desta forma, os dois anos entre os congressos, desatam uma corrida às filiações e disputas em torno de filiar ou não 500 ou mil neste ou naquele estado, contestadas por quem tem nessa

Page 8: Tese da CST - 3º Congresso do PSOL 2011

conjuntura a hegemonia no controle do aparelho legal do partido. Ao invés de buscar avançar na aplicação do critério militante que estabelecia nosso estatuto, se pretende avançar nos mecanismos de controle para evitar a fraude uma vez que milhares de filiados serão literalmente “levados” a se filiar em plenárias que jamais se repetirão, pois seu único objetivo é disputar a correlação de forças interna. Nosso próximo congresso terá, mais uma vez, estas características. Por isso, o desafio que temos é o de recuperar o partido militante e amplo que define nosso estatuto. Capaz de crescer com milhares e milhares de filiados que expressam sua simpatia com o PSOL e de organizar seus militantes nos termos do estatuto: reunindo ao menos uma vez por mês no núcleo e contribuindo mensalmente com um mínimo de acordo com sua possibilidade. 4- Não é menor a discussão que temos a fazer sobre as eleições de 2012. Elas acontecerão num marco político, social e econômico diferente daquele de 2008 e 2010. Um contexto que avaliamos como mais favorável para as lutas do povo, e com maiores oportunidades para os socialistas revolucionários. E possível e necessário avançar na inserção institucional sempre a serviço de fortalecer as lutas da nossa classe, da juventude, do povo, a serviço de uma estratégia de construção do PSOL como alternativa socialista de luta pelo poder operário e popular. Qualquer tática e política de alianças devem assim se subordinar a esta estratégia. Em momentos de decadência do regime e da política “tradicional”, quando dia a dia se expõem as entranhas podres dos partidos da ordem, seus vínculos de subserviência ao capital e sua corrupção desenfreada levando dinheiro público para seus luxos particulares, o partido tem a obrigação de se apresentar com força como porta voz de uma nova política, completamente diferente de tudo o que ali está, levantando um programa de ruptura com a atual política econômica e o atual regime político, em consonância com as reivindicações operárias e populares e com uma política de alianças de acordo com nossa proposta. Infelizmente, em setores do partido ainda está muito presente a velha cultura de buscar aliados sem base no programa, nos acordos políticos e programáticos. Busca-se pelo contrário quem pode ajudar a ter algum segundo a mais na TV ou votos para alcançar uma eleição. Desta forma Randolfe

aliou-se ao PTB do AP. Assim, já apareceram os que acalentam o sonho de ter Marina no PSOL pelos seus 20 milhões de votos, sem importar sua adesão histórica ao tucanato nem seu posterior entusiasmo pela política econômica de Lula, jamais abandonado. Não é base programática minimamente séria afirmar que pode ser nossa aliada, pois defende “desenvolvimento econômico sustentável com responsabilidade social". Defesa do meio ambiente é incompatível com a exploração que do meio ambiente fazem as multinacionais das quais Marina foi aliada e defensora. Da mesma forma que não se podem buscar aliados em eventuais discórdias nas fileiras do PT ou do PCdoB ou do PSB, partidos comprometidos até o tutano com a atual ordem e o atual regime do poder econômico e da corrupção. Como defender uma aliança com o PC do B por exemplo, quando eles hoje são o partido do agronegócio? Neste sentido, o congresso terá a responsabilidade de definir com clareza que nenhum partido da base do governo, nem da falsa oposição da velha direita poderá ser aliado eleitoral do PSOL, sendo que eventuais rupturas com esta decisão será severamente penalizada.

Lista para assinatura da tese da CST no 3º Congresso do PSOL

Babá (Diretório Nacional PSOL) Silvia Santos (Executiva Nacional PSOL) Douglas Diniz Fernandes (Diretório Nacional PSOL) Michel Oliveira (Diretório Nacional PSOL) Welington Cabral (Diretório Nacional PSOL e Sindicato dos Químicos de SJC e região/SP) Pedro Rosa (Sintuff/RJ e Diretor da Fasubra) Rosi Messias (Executiva Estadual PSOL RJ) Neide Rocha Cunha Solimões (Executiva Nacional da CONDSEF e Coord. Geral do SINTSEP/PA Manuel Iraola - (Executiva PSOL SP) Silaedson Juninho (Diretório Estadual PSOL/RJ) Nancy de O. Galvão ( Pres.D.M. São José dos Campos/SP) Dorinaldo Malafaia - Diretório PSOL/AP e Presidente do Sindisaúde/AP João Rosa (Pres. DM Jacareí/SP) Julieta Lui - (Pres. D.M São Carlos/SP) Demetrius Vicente Marcelino - Aparecida/SP Arissemilson dos Santos (Cebola) - (Sindicato dos Químicos de São José dos Campos/SP) Claudinei Lunardelli - (Sindicato dos Químicos de São José dos Campos/SP) Davi Paulo Junior (Sindicato dos Químicos de São José dos Campos/SP) Décio A. de Oliveira - (Núcleo Jacareí/SP) Jéferson N. Pereira - (Sindicato dos Químicos de São José dos Campos/SP)

Page 9: Tese da CST - 3º Congresso do PSOL 2011

Luis Henrique de Barros - (Núcleo Químico de São José dos Campos/SP) Luis Sanches - (Núcleo Químico Taubaté/SP) Marcos Antonio Valva - (Núcleo São Jose dos Campos/SP) Moacir F. Neves - (Sindicato dos Químicos de São José dos Campos/SP) Reginaldo de Medeiros - (Nucleo Jacarei/SP) Ricardo Ventura Diretor - Sindicato Alimentação Jacareí/SP Suzete Chaffin (Núcleo - Jacareí/SP) Antonio Marmo da Cunha Oliveira - Taubaté/SP Alexsandro de Castro Costa - (DM e oposição municipários Guarulhos/SP Mariza Rodrigues Lopes - Guarulhos/SP Davi Reichter Jr - Guarulhos/SP José Carlos Januário – Guarulhos/SP João Soares Silva – Guarulhos/SP João Tadeu Senna – Guarulhos/SP Rogério Gomes Moreira – Guarulhos/SP Tânia Regina da Silva – Guarulhos/SP Manuel José de Alencar Filho – Presidente do DM/Guarulhos/SP Falcão – Guarulhos/SP Chico do Santa Lídia – Guarulhos/SP David Reichter Junior – Guarulhos/SP Alexandre Scridelli – Guarulhos/SP Jehnifer Couraceira Oliveira. Gilmarcos Erik Murari - São José do Rio Preto/SP Fabio Calixto de Oliveira- Diretor Sindicato dos Correios São Paulo/SP Allan Christhyans - São José do Rio Preto/SP Marcelo Augusto Estevam - São José do Rio Preto/SP Ana Maria Amorim - Quimicos SJC/SP Paulo Lourenço - (Núcleo Químico de São José dos Campos/SP) Silvia Letícia Luz - Delegada Sindical SINTEPP - Belém – PA Andrea Solimões - Delegado Sindical SINTEPP - Belém – PA Andre Tavares - Delegado Sindical SINTEPP - Belém – PA Carlos Alberto Ramos - Delegado Sindical SINTEPP - Belém – PA Carlos Moreira - Delegado Sindical SINTEPP - Belém – PA Iara Ionara Costa- Delegada Sindical SINTEPP - Belém – PA Mirian Sodré - Delegada Sindical SINTEPP -Belém – PA José Maria Costa- Delegado Sindical SINTEPP - Belém – PA Cedicio Vasconcelos Monteiro- Coordenadora de Política Sindical SINTSEP/PA Antônia Sheila Melo - Belém – PA Mariza das Mercês M. Santos - Belém – PA Agnaldo Barbosa da Silva - Coord. Aposentados SINTSEP/PA - Belém – PA Emanoel Lima Viteli - Coord. Jurídico do SINTSEP/PA - Belém – PA Eduardo Magno Teixeira - Dir. SINDTIFES / Coord. Politica Sindical do SINTSEP/PA Miguel Ângelo da Costa Oliveira - Coord. de Aposentado do SINTSEP/PA- Belém – PA Maria da Consolação Rodrigues - Coord. de Finanças do SINTSEP/PA - Belém – PA

Francisca Campos de Queiros - Coord. Jurídica do SINTSEP/PA Eduardo Santos - Belém – PA Maria José Maciel de Melo - Belém – PA Cosme José Simite - Belém – PA Maryzaura Lima Nascimento - Belém – PA Francisco Pereira Lopes - Belém – PA Katia Rosangela Taveres de Souza - Belém – PA Afonso Celso Modesto - Belém – PA Maria Eloisa - Conselho Fiscal do SINDTIFES - Belém – PA Ivonilde Pinheiro - Belém – PA Elenice do Socorro Lisboa- Belém – PA Carolina Lopes - Diretora do SINDTIFES - Belém – PA Manoel do Lago - Diretor do SINDTIFES - Belém Sergio Gonçalves Lima - Diretor do SINDTIFES - Belém – PA Celso Ricardo - Diretor do SINDTIFES - Belém – PA Marcio Lima Amaral - Presidente do SINTRAM - Ananindeua – PA Reginaldo Cordeiro - Diretor do SINTRAM - Ananindeua – PA Delson Lima - Diretor do SINTRAM - Ananindeua – PA Mauro Silva - Diretor do SINTRAM - Ananindeua – PA Elton Diogenes - Diretor do SINTRAM - Ananindeua – PA José Iran - Diretor do SINTRAM - Ananindeua – PA Marcio Lima - Diretor do SINTRAM - Ananindeua – PA Marcelo Lourinho - Diretor do SINTRAM - Ananindeua – PA Ronildo Pantoja - Ananindeua – PA Julio Cesar de Jesus Costa - Marabá – PA Joyce Cordeiro - Marabá – PA Alberto Brito - Marabá – PA Elho Araujo - Marabá – PA Luiz Henrique - Marabá – PA Jorge Messias Flexa - Santarém – PA Edilane Cabral - - Santarém – PA Walter Ferreira - Santarém – PA Regina Maria Brito - Santarém – PA Railana Freitas - Santarém – PA Alexandre Brito - Santarém – Pa Duylho ALeixo - Maracanã – PA Tailson Furtado Silva –DCE UFPA - Belém - PA Bento Luiz Verloet Machado –DCE UFPA - Belém - PA Talison Rege Furtado Silva –DCE UFPA - Belém - PA Natasha Freire Machado –DCE UFPA - Belém - PA Fabiano da Silva Pereira – Belém - PA Bernard da Trindade Bahia Freire – Belém - PA Pedro Henrique Tavares – Belém - PA Zaraia Guará Ferreira –DCE UFPA - Belém - PA Francisco das Chagas Ribeiro Junior – Belém - PA Angélica Albuquerque da Silva– Belém - PA Gabriel Antunes Luz da Cunha– Grêmio Ulisses Guimarães - Belém - PA Fabio Moroni Cardoso de Oliveira– Belém - PA José Maria da Conceição Ferreira– Belém - PA Rayssa Freire Machado – Belém - PA Elton Pires Magalhães – Grêmio Ulisses Guimarães - Belém - PA Raphael Castro – Ananindeua - PA Rogério Henrique Lobato Guimarães –DCE UNAMA - Belém - PA Emilly Nair de Souza Miranda –DCE UNAMA - Belém - PA

Page 10: Tese da CST - 3º Congresso do PSOL 2011

Max da Costa Alves – Belém - PA Eduardo Oliveira de Macedo Rodrigues – DCE UNAMA Belém - PA Alexandre Martins Pacheco – DCE UNAMA - Belém – PA Adriano Tadeu Soares Abbade – Belém - PA Gilson Luís Mendonça Pantoja – Belém - PA Denis Vale Moraes Rêgo de Melo – Belém - PA Júlia Bastos Borges – Belém - PA Júlio Ricardo da Silva de Araújo – Belém - PA Felipe Melo dos Santos – Belém/ PA Virgílio Alberto Moura – Belém – PA Abdik Araújo dos Santos – Belém - PA Samantha Caldas – Belém - PA Gabriel Macedo Rodrigues – Belém - PA Zarah Marinho Trindade – Belém - PA Rodrigo Rocha - Belém – PA Gabriela Oliveira - PSOL/Amapá Cássia Evangelista - PSOL/Amapá Randerson Lobato - PSOL/Amapá Chayenne Farias - PSOL/Amapá Maria Léia de Araújo Moraes Nunes - PSOL/Amapá Clíbia Torres De Carvalho - PSOL/Amapá Vanusa Alves De Jesus - PSOL/Amapá Elzo Caldas Netto - PSOL/Amapá Etevaldo Nunes - PSOL/Amapá Joana Lustosa - PSOL/Amapá Rogério Coelho Serrão - PSOL/Amapá Claudemir Teixeira Oliveira – Bancários/PSOL Maranhão Joivaldo Sousa Lopes IFMA – PSOL Maranhão Rafael Carlos Araújo da Silva Araújo- Comissão Provisória do PSOL Codó Maranhão André Vinicius – Educação – PSOL Maranhão Denise de Jesus Albuquerque - Comissão Provisória PSOL/ Maranhão Cleumir Pereira leal - Comissão Provisória PSOL Imperatriz/Maranhão Clistenes Mendonça - PSOL Maranhão Isaías Castelo Branco - Rodoviários – São Luiz/Maranhão Marcus Queiroz (PSOL/AM) Gelsimar Gonzaga (Presidente do DM Itaocara – RJ e Sindicato dos Municipários de Itaocara) Rogério Lima Araújo (PSOL Bom Jesus) Claudia Gonzalez (Executiva PSOL Niterói – RJ) Adolfo Santos – Rio de Janeiro Marco Antonio Pelaes Costa (DM/ PSOL Niterói – RJ) Natalia Silva Pereira – Niterói – RJ Ciane Rodrigues (DCE/UFF) Rafael Lazari (DCE/UFF) Renato Reis (DCE/UFF) Vanessa Baptista – Niterói – RJ Andre Tertuliano – Niterói – RJ Bernardo Aires – Niterói – RJ Mariana Borzino – Niterói – RJ Sanzia Rodrigues – Niterói – RJ Rafael Bianco – Niterói – RJ Claudia Pessi Teixeira – Niterói – RJ Eloisa Mendonça Lino – Núcleo Sindical PSOL/RJ Regina Celia Rangel – Núcleo Sindical PSOL/RJ Arlene Carvalho – Núcleo Sindical PSOL/RJ Francisco Paula De Matos – Núcleo Sindical PSOL/RJ Judson Maciel – Núcleo Sindical PSOL/RJ Renato Martelleto – Núcleo Sindical PSOL/RJ Marcos Antonio – Núcleo Sindical PSOL/RJ

Walter Bezerra – PSOL Rio de Janeiro Delio – PSOL Rio de Janeiro Jose Mario “Makaiba” – – Núcleo Sindical PSOL/RJ Ana Luiza Azevedo (DCE/Unirio/RJ) Priscila Guedes da Silva (DCE/Unirio/RJ e Diretora da UNE/Oposição) Barbara Sinedino Pinheiro (DCE/Unirio/RJ) José Warley Martins “Dudu” (DCE/Unirio/RJ) Hebert Ekard – (DCE/Unirio/RJ) Thompsom Stellet (DCE/Unirio/RJ) Tatiana Jardim (DCE/Unirio/RJ) Vitor Guimarães Sauvage – Niterói – RJ Maria Jurgleide – Juca (Diretora do Sintrasefe/RJ) Jessé Brandão da Luz – Niterói – RJ Ligia Regina Antunes Martins (Coordenadora Geral do Sintuff/RJ) Izabel Cristina Firmino (Sintuff/RJ) Sandra Maria Guizan (Sintuff/RJ) Heloiza Helena Neves (Sintuff/RJ) Rute Helena Carvalho (Sintuff/RJ) Arenilda Santana Silva (Sintuff/RJ) Nereu Francisco Costa (Sintuff/RJ) Avenir Benedito Pimentel (Sintuff/RJ) Carlos Abreu Mendes (Sintuff/RJ) André Luiz Conceição (Sintuff/RJ) Vera Martins - Niterói – RJ Edmilson Luiz da Conceição (Sintuff/RJ) Wania Ribeiro Santana (Sintuff/RJ) Zeny de Souza Silva (Sintuff/RJ) Izilda Lucia Correa Veiga (Sintuff/RJ) Valcyara Xavier Lima (Sintuff/RJ) Neuza Maria – Niterói – RJ Ludmila Torraca – Niterói – RJ Sonia de Oliveira Guedes – Rio de Janeiro Walney Gomes – Rio de Janeiro Ana Corolina Bitencourt – Rio de Janeiro Caroline Barbosa – Rio de Janeiro Claudio Leitão (Presidente do DM de Cabo Frio/PSOL) Charles Pimenta – Membro do DM PSOL Cabo Frio – RJ Josie Lessa – Cabo Frio – RJ Nivalda Barros (Sintuff/RJ) Vera Regina de Oliveira Ramos (Sintuff/RJ) Jorge Ubirajara Crespo (Sintuff/RJ) Aluisio do Carmo – Niterói – RJ Márcia Chaves – Nova Iguaçu – RJ Jose Sabino – Nova Iguaçu – RJ Renata Mendes – Niterói – RJ Valdenise Pinheiro Ribeiro – PSOL Rio de Janeiro Rodrigo Cosenza – Diretório Municipal PSOL Teresópolis Ludmilla Abade – Niterói – RJ Anna Miragem – Diretório Estadual, Bancária Porto Alegre - RS Diego Vitello – Executiva Estadual, Bancário Porto Alegre - RS Roberto Seitenfus –- Porto Alegre - RS Jorge Nogueira – Comissão de base da PROCERGS Porto Alegre - RS Luis Pércio – Presidente do PSOL Alegrete - RS Carlos Alberto Dias – Presidente do PSOL Rio Grande - RS Bruno Camilo – Diretor do SIMCA(Sindicato dos Municipários de Cachoeirinha) POA-- RS

Page 11: Tese da CST - 3º Congresso do PSOL 2011

Demétrio Maia – Mnicipário POA, Diretório Municipal Porto Alegre - RS Friedelin “Alemão” – Diretório Municipal - Santa Maria - RS Bianca Damacena – Professora Passo Fundo - RS Guido Lucero – Universidade de Passo Fundo - RS Alfredo Santana – Bancário Porto Alegre - RS Fabiano Brunes “Pereira” – Diretor DCE UFRGS Porto Alegre - RS Franco Machado – Diretor DCE UFRGS Porto Alegre - RS Matheus Schneider –Diretor DCE UFRGS Porto Alegre - RS Rodrigo Zucheli – Movimento GLBT Porto Alegre – RS Luany Barros e Xavier - Diretor DCE UFRGS Porto Alegre – RS Stefan Vargas - Diretor DCE UFRGS Porto Alegre – RS Yuri Alves - Diretor DCE UFRGS Porto Alegre – RS Caio Dorsa - Diretor DCE UFRGS Porto Alegre – RS Luciano Robinsom “Cazuza” – Diretor do SINTECT-RS (Sind. Trab. dos Correios Porto Alegre) Candida Jovenal - Universidade de Passo Fundo - RS Vinicius Manoel - Universidade de Passo Fundo - RS Edivaldo Henrique - UNIPAMPA Jaguarão – RS Cristiano Moreira - Oposição Judiciária-RS Adriano da Silva Dias-- Delegado Sindical TEM – DF Angelo Pereira Balbino-DF-Delegado Sindical-SINPRO-DF e Diretório PSOL/DF) Lorena Silva Fernandes-DF Coordenadora CASESO-UnB Osmar Luiz Tonini- DFDelegado Sindical-Sinpro-DF Angélica Sardinha-DF-Delegada Sindical Sinpro-DF Ester Cleane Alves da Silva(PSOL/DF) Claudiana Alves Camelo(PSOL/DF) Luis Alberto Macedo Carvalho Junior (PSOL/DF) Thiago Carvalho Pereira (PSOL/DF) Fábio Félix da Silveira (Executiva Estadual PSOL/DF) Frederico Augusto Frazão(PSOL/GO) Genival Fernandes-Jonte (PSOL/GO) Cristiano Rafael Florêncio - Itapema – SC Rafael da Costa - Itapema – SC Matheus de Mesquita e Pontes - Cáceres – MT Adalberto Cazarin da Silva - Mato Grosso Lucas José de Melo - Catalão/GO 240-Gabriel de Melo Neto - Catalão/GO Werley Valdomiro - Mantenopolis ÉS Sabrina Sena Guimarães - Vitória-ES Raimunda Lima da Cruz - Vitoria –ES Waleska Timóteo da Silva (Sindsmuv/ES) Thiago Lima Peixoto - Serra –ES Rogério Guimarães - Serra – ÉS Willian Silvério - Mantenopolis – ES Maique Ribeiro - Alto Rio Novo – ES Danilo Bianchi Moreira - Ouro Preto – MG Victorine Liguiçano - Ouro Preto – MG Suely Xavier Duarte - Ouro Preto – MG Luiz Fernando Rodrigues - Belo Horizonte - MG Valéria Lúcia - Belo Horizonte - MG Luciano - Belo Horizonte – MG