Tendências e o que esperar para 2016?

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24 Rm-Revismarket - 2015 E 2016? “Para 2016 espero, sinceramente, as mesmas dificuldades dos últimos anos. No entanto, espero e desejo um ligeiro aumento do consumo privado, algo que aliás já se começou a vislumbrar nos últimos meses deste ano. O maior desafio para o futuro é a capacidade de adaptação às circunstâncias”. Pedro Amaral , Country Manager da Tristar “Para 2016 antevejo alguma instabilidade política, espero que com reduzido impacto económico. O maior desafio para o futuro é expandir o negócio em contraciclo e ambiente político presumivelmente desfavorável”. Joaquim Barros Guerreiro, CEO do Grupo LISCIC/ LISTOPSIS “Esperamos que, em 2016, se continue a verificar a mesma tendência dos anos mais recentes. Temos observado uma inversão da conjuntura económica menos favorável, com sinais positivos de retoma. Acreditamos que 2016 nos vai trazer números ainda melhores, o que se refletirá no aumento de negócios para as empresas que conseguiram sobreviver graças à qualidade dos produtos e serviços que oferecem. O maior desafio para o futuro é fazer crescer a riqueza em Portugal, através de empresas inovadoras que apostam na excelência dos seus produtos e serviços”. Paulo Pereira, diretor operacional da Alvo “Para 2016 espero que a economia nacional se mantenha no bom caminho, que tenha um crescimento sustentável. E que a marca Gateway continue a ganhar quota de mercado e notoriedade no sector da segurança eletrónica. O maior desafio para o futuro é conseguir que o volume de negócios continue a crescer, enfrentando os desafios do mundo global em que vivemos atualmente, com a nossa preocupação constante em servir bem e em oferecer inovação aos nossos clientes”. Carlos Truta, diretor geral da Gateway Portugal “Espero um ano de crescimento. Espero, mais uma vez, aumentar a faturação e o número de colaboradores. O maior desafio para o futuro é continuar a ser competitivo e a inovar cada vez mais”. Paulo Domingues, CEO da Creative Minds “Para 2016, mantendo-se a estabilidade económica e política do país, é nossa convicção que a tendência positiva do mercado de pequeno doméstico se manterá. O maior desafio para o futuro será, certamente, voltar a subir o valor do mercado. Em geral, no mercado de pequenos domésticos, assistimos a uma quebra do preço médio de venda, com o aumento das atividades promocionais. Este decréscimo de preço é ainda mais evidente em algumas categorias, como, por exemplo, as máquinas de café. Sendo assim, o desafio para os fabricantes e parceiros da distribuição será criar maior valor no mercado”. Patrícia Parracho, diretora de marketing da SEB Portugal Tema de Capa

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No meio da acelerada mudança no mundo do retalho e da tecnologia, algumas tendências, contudo, despontam para guiar as empresas ao longo de 2016. Veja o que predizem a Daymond Worldwide e a Forrester Research sobre o próximo ano e o que pensa o painel de leitores que participaram no artigo.

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E 2016?“Para 2016

espero, sinceramente, as mesmas dificuldades dos últimos

anos. No entanto, espero e desejo um ligeiro aumento do consumo privado,

algo que aliás já se começou a vislumbrar nos últimos meses deste ano. O maior

desafio para o futuro é a capacidade de adaptação às circunstâncias”.

Pedro Amaral , Country Manager da Tristar

“Para 2016 antevejo alguma instabilidade política,

espero que com reduzido impacto económico. O

maior desafio para o futuro é expandir o negócio em

contraciclo e ambiente político presumivelmente desfavorável”.

Joaquim Barros Guerreiro, CEO do Grupo LISCIC/

LISTOPSIS

“Esperamos que, em 2016, se continue a verificar a mesma tendência dos anos mais recentes. Temos

observado uma inversão da conjuntura económica menos favorável, com sinais positivos de retoma. Acreditamos que 2016 nos vai trazer números ainda melhores, o que

se refletirá no aumento de negócios para as empresas que conseguiram sobreviver graças à qualidade dos produtos e

serviços que oferecem. O maior desafio para o futuro é fazer crescer a riqueza em Portugal, através de empresas inovadoras

que apostam na excelência dos seus produtos e serviços”.Paulo Pereira, diretor operacional da Alvo

“Para 2016 espero que a economia nacional se mantenha no bom caminho, que tenha um crescimento sustentável. E que a marca Gateway continue a ganhar

quota de mercado e notoriedade no sector da segurança eletrónica. O maior desafio para o futuro é conseguir que o volume de negócios continue a crescer, enfrentando os desafios do mundo global em que vivemos atualmente, com a nossa preocupação constante em servir bem e

em oferecer inovação aos nossos clientes”.Carlos Truta, diretor geral da

Gateway Portugal

“Espero um ano

de crescimento. Espero, mais

uma vez, aumentar a faturação

e o número de colaboradores.

O maior desafio para o futuro é

continuar a ser competitivo e a

inovar cada vez mais”.

Paulo Domingues,

CEO da Creative Minds

“Para 2016, mantendo-se a estabilidade

económica e política do país, é nossa convicção que a tendência positiva do

mercado de pequeno doméstico se manterá. O maior desafio para o futuro será, certamente, voltar a subir o valor do mercado. Em geral, no mercado de pequenos domésticos, assistimos a uma quebra do preço médio de venda, com o aumento das atividades promocionais. Este

decréscimo de preço é ainda mais evidente em algumas categorias, como, por exemplo, as

máquinas de café. Sendo assim, o desafio para os fabricantes e parceiros da distribuição será

criar maior valor no mercado”.Patrícia Parracho, diretora de

marketing da SEB Portugal

Tema de Capa

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“Espero que 2016 seja o

melhor ano dos últimos cinco. O maior desafio para o futuro é não perder o que

se construiu nos últimos anos, ao mesmo tempo que colocamos

Portugal no mapa da Europa. Existem todas as condições para tal, nas

mais variadas áreas da economia”.Gonçalo Ferreira, diretor geral

da Dell Portugal

“Em 2016 é expectável a continuação do caminho de recuperação económica,

algum alívio financeiro das famílias a nível de impostos, no entanto, também uma inflação

elevada. No final, aquilo que todos esperamos é o crescimento económico do país. O

mercado de linha branca obterá melhores receitas e vamos presenciar a introdução mais

frequente de novidades tecnológicas nos eletrodomésticos, com o propósito de obter

mais ganhos ecológicos e melhores rendimentos dos produtos. O maior desafio para o futuro é continuar a satisfazer o crescente nível de

exigência e de expectativas dos clientes, através da renovação e reinvenção da nossa oferta”.

Luís Meireles, diretor de marketing da António Meireles

“Para 2016 espero um ano onde os

mercados vão mexer e muitas restruturações vão ver a luz do dia! O

maior desafio para o futuro é formar as pessoas para que possam voltar a ser

produtivas, nesta nova realidade”.Miguel Relva, Account Director

da Mindshare

“Para 2016 espero que haja uma consciencialização dos consumidores

na compra dos produtos e que privilegiem a compra de produtos com

representações oficiais em Portugal e no comércio tradicional. O maior

desafio para o futuro é ter um meio de comunicação e marketing fortes online,

sem que se torne um pesadelo para os consumidores para orientá-los para

a compra no comércio tradicional e online”.

Anabela Carvalho, responsável comercial e de marketing da Rodolfo

Biber em Portugal

“Tornar o negócio de retalho físico mais atraente, potenciando a experiência de compra do cliente, ao nível do serviço e comodidade. É determinante estar onde o nosso cliente está. Nesta medida, a aposta no canal online em geral, que não é ainda muito forte em Portugal, é um desafio

concreto para o presente e futuro imediato. Dar a hipótese ao cliente de encomendar online, recolher na loja ou

em outro local qualquer, recebendo a sua encomenda no mesmo dia, são metas a atingir brevemente. Tornar a Staples Omnichannel é a nossa grande

ambição, estamos a caminhar neste processo de forma ponderada e é onde nos queremos posicionar em 2016. Continuar a trabalhar para

cimentar a visão da empresa, ou seja, sermos reconhecidos pelo cliente como o lugar certo para encontrar o que necessita para o sucesso do seu negócio, quer se trate de um pequeno

negócio individual, uma grande empresa ou mesmo o Estado. O maior desafio para o futuro é assegurar o crescimento equilibrado em vendas e

rentabilidade do negócio do retalho, desenvolver plataformas online que nos permitam crescer neste canal, criando formas de interligar o

offline com o online, numa perspetiva de comodidade e serviço para o nosso cliente. Manter o posicionamento da Staples como um “one stop spot” ao nível de oferta,

preço e serviço, no mercado nacional e europeu”..João Paulo Peixoto,

diretor geral da Staples Portugal

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Tendências para 2016No meio da acelerada mudança no mundo do retalho e da tecnologia, algumas tendências, contudo, despontam para guiar as empresas ao longo de 2016. Veja o que predizem a Daymond Worldwide e a Forrester Research sobre o próximo ano.

Tema de Capa

algo mais do que um recurso,

através de eletrodomésticos con-

trolados por apps e sensores,

da total personalização através

da impressão 3D e das cozinhas

conectadas. Apesar dos con-

sumidores não começarem a

abraçar totalmente esta tendência

no próximo ano, os retalhistas

já se anteciparam através de

parcerias com fabricantes de

eletrodomésticos, de modo a

compreender as ramificações dos novos produtos conectados.

Com tantos locais onde comprar e

com os consumidores a aderirem

ao online para as compras do

dia a dia, a loja física terá de ser

redefinida. Segundo a Daymond, os retalhistas irão transformar as lojas

para melhor se relacionarem com os

clientes, oferecendo experiências

sensoriais que deem vida à loja e aos produtos, muitas vezes em 3D.

Os operadores de “discount”

irão continuar a sua expansão

global, prediz a Daymon. E os

consumidores irão começar a

recorrer ao “discount”, em primeiro

lugar e só depois aos outros canais

para fazer as suas compras.

Pensar pequeno sobre a experiência do cliente irá destruir os resultados financeiros. De acordo com a Forrester, isso significa executar estratégias multidisciplinares para mudar as operações internas e olhar para as oportunidades de aquisição de ativos de software complementares que ajudem a criar sistemas que transformem os dados do cliente em ações.

As empresas tradicionais irão enfrentar e responder os disruptores, apostando nos seus pontos fortes de diferenciação, como o peso no mercado, capital e grandes quantidades de dados dos clientes. Segundo a Forrester, os processos tornar-se-ão mais ágeis, funcionando ao mesmo ritmo dos clientes e dos disruptores.

Os programas de fidelização irão concentrar-se na participação dos clientes. Diz a Forrester que o relacionamento com o cliente é baseado na personalização e contexto e os investimentos em tecnologia precisam de refletir isso e criar essa relação.

Na atual cultura “always-on”, os

consumidores tentam equilibrar o

excesso de tecnologia e conteúdo

media ilimitado. De acordo com

a Daymon Worldwide, estão

a mergulhar nas suas vidas,

experiências e momentos e

não apenas através dos seus

dispositivos tecnológicas. É cada

vez mais comum o foco nos dois

extremos: por exemplo, passar

a tarde de sábado a ver uma

maratona de séries na televisão e

a manhã de domingo a correr uma

verdadeira maratona. Os retalhistas

já reconheceram esta mudança

e estão a apostar em trazer mais

equilíbrio para a vida dos clientes,

através da criação de programas

e promoções personalizadas aos

seus estilos de vida.

Os consumidores abraçaram a

tecnologia em todos os aspetos

da sua vida, incluindo no modo

como compram e como cozinham.

O papel do digital na cozinha

elevou-se, automatizando muitas

das tarefas que dantes se faziam

manualmente e permitindo aos

consumidores preparar pratos

dignos de chefs na sua própria

casa com toda a facilidade. Para

a Daymond, em 2016 iremos

observar o digital a passar a ser