Telessaúde Informa dezembrov de 2012

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Nésio de Medeiros Junior aprofunda e explica a saúde cubana página 03 Telessaúde Informa Boletim Informativo mensal do Núcleo de Telessaúde SC telessaude.sc.gov.br [email protected] Dezembro de 2012 página 04 Biodanza e comunidade: uma união que melhora a qualidade de vida Portugal e o Sistema Nacional de Saúde: a lógica portuguesa página 06

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O Telessaúde SC publica o último informativo de 2012! Nele, você confere 2ª edição da reportagem sobre a APS no mundo, que trata do sistema de saúde de Portugal. Em outras sessões você conhece um pouco mais sobre o sistema de saúde cubano, aprende sobre o Programa Brasil Sorridente e sobre a Biodanza, além de conferir as dicas e os destaques de participação do ano.

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Nésio de Medeiros Junior aprofunda e explica a

saúde cubana

página 03

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[email protected] Dezembro de 2012

página 04

Biodanza e comunidade: uma união que melhora a

qualidade de vida

Portugal e o Sistema Nacional de Saúde: a

lógica portuguesapágina 06

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O cirurgião dentista Rafael Se-bold trabalha em UBSs de Floria-nópolis há seis anos. Por ter inicia-do em 2004, justamente quando entrou em vigência o Brasil Sor-ridente, acompanhou desde as primeiras mudanças geradas pela criação do programa. “No come-ço era uma confusão. Ninguém sabia muito bem como ia ser e o que tinha que mudar”, lembra.

Desde então, muitas melho-rias foram feitas: a quantidade de atendimentos odontológicos fei-tos pelo SUS aumentou 15 vezes; o número de consultas passou de 10 para 150 milhões por ano e a cobertura populacional do programa cresceu 400%, passan-do de 18,2 de brasileiros para 92 milhões de pessoas beneficiadas atualmente.

Mais de 64 mil cirurgiões-den-tistas trabalham com o programa,

totalizando 30% dos profissio-nais e consolidando o SUS como o maior empregador da área no Brasil. Fazem parte do programa ainda outros 25 mil trabalhadores que variam de técnicos a auxilia-res em saúde bucal e de próteses dentárias.

Entretanto, ainda estamos lon-ge do objetivo final. A situação considerada ideal é que haja uma proporção justa de uma Equipe

de Saúde Bucal para cada ESF. En-tretanto, em muitos municípios, a realidade é de uma para cada duas ou três ESFs. Isso gera difi-culdade de acesso para o pacien-

te e dificulta o vínculo dos profis-sionais com a comunidade e com seus colegas de trabalho. “Faltam reuniões em equipe, entrosamen-to e planejamento”, sugere Rafael.

Mas e na prática, o que muda?A principal ideia é incluir o ci-

rurgião-dentista e toda a Equipe de Saúde Bucal na Estratégia da Saúde de Família. Parece fácil? Não é. A responsabilidade do pro-fissional, segundo Rafael, passa a ser muito maior: “acostumado a lidar apenas com os problemas bucais, o cirurgião-dentista tem que ampliar a sua visão. O pacien-te não escova os dentes por quê? Ele tem saneamento básico, água encanada, emprego? Tem acesso a escova e pasta de dente?”

É um incentivo que o governo faz ao profissional, para que ele desenvolva um novo olhar sobre todo o processo saúde e doença e sua forma de trabalhar. Recen-temente, o Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, assinou duas portarias para expandir as ações de promoção, prevenção e recu-peração da saúde bucal dos bra-sileiros: a primeira libera R$ 7,4 milhões para a confecção de pró-teses dentárias nos Laboratórios Regionais de Próteses Dentárias (LRPD) em 18 estados e a outra credencia 106 Centros de Espe-cialidades Odontológicas (CEOs) para o atendimento a pessoas com deficiência.

Programa une Saúde bucal e da FamíliaBrasil Sorridente, como foi chamado, integra equipes e quer rever processos de trabalho

“O cirurgião-dentista tem que

ampliar sua visão”

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Nésio de Medeiros Junior é brasileiro, mas passou seis anos e meio em solo cubano, estudando medicina e fala um pouco sobrecomo o Sistema de lá funciona

TI - Como funciona a Saúde Pública em Cuba?Nésio de Medeiros Junior - Fizparte do meu internato numaPoliclínica no município de Playa, num bairro pobre da periferia de Havana. Lá, a população tem um médico de família para cada 1.500 habitantes. No consultório,uma vez a cada 15 dias, há interconsulta com pediatria e medicina interna. Uma vez por semana, o consultório abre das13 até às 20h para que os trabalhadores possam se consultar. Na Policlínica, a população tem interconsulta com geriatria, oftalmologia, obstetrícia, dermatologia. Ao lado, fica o Centro de Reabilitação Integral: fisioterapia, fisiatria, acupuntura e psicologia gratuita para a comunidade. O impressionante é que o médico de família resolvia a grande maioria dos casos sem necessitar da interconsulta. Os médicos, residentes e internos da área de saúde compartilham o plantão diário. Por noite, eram de 80

a 130 atendimentos. Se não houvesse o plantão ali mesmo, no bairro, todos estes pacientes iriam para aonde? Para o plantão do hospital.TI - Você tem alguma experiência em que precisou usá-lo? Como foi o atendimento?

Nésio de Medeiros Junior - Duas semanas antes da data provável de parto do meu filho, tive uma crise terrível de Cólico Nefrítico. Fiquei internado na minha sala de medicina interna. Fui muito bem atendido: diariamente uma estudante do terceiro ano vinha, me interrogava, me examinava fazia a minha evolução; um interno e um residente revisavam o trabalho do estudante antes do especialista passar pela minha cama com todos os estudantes para revisar diariamente o meu caso. Recebi todo o tratamento

gratuito e com qualidade. Fui atendido com acupuntura e foi tudo ótimo.TI - Existem diferenças muitogritantes do sistema brasileiro?Ou semelhanças, talvez?Nésio de Medeiros Junior - No desenho formal, acredito que existam muitas semelhanças. Inclusive, acredito que no papel o nosso sistema é até mais avançado. No entanto, a realidade é outra. A diferença mais gritante é que um país pobre, bloqueado economicamente, que perdeu 70% do seu PIB nos anos 90, consegue universalizar o direito à saúde e ter índice de 4.9 de mortalidade infantil, enquanto nós, potência econômica mundial, gigante latino-americano, ainda estamos beirando os 19 por mil nascidosvivos.

A semelhança é que aqui e lá existem muitos profissionais de saúde e gente da população preocupada em lutar pela consolidação de um sistema de saúde universal, que funcione para todos. No Brasil tem muita gente preocupada em promover, prevenir e curar a saúde do povo. Por isso, aqui também pode funcionar, porque tem gente que quer e que luta por isso. Lá foi necessária uma Revolução para mudar o Sistema. No Brasil, o SUS é uma realidade que pode ir sendo implementada nos municípios onde podemos reunir gente comprometida e com vontade política de mudar.

Cuba: parâmetros e desafios para o BrasilCuba é um dos únicos países totalmente socialistas e cujo Sistema de Saúde é eficaz, realmente Universal e Gratuito

“Acredito que, no papel, o nosso sistema é até mais avançado”

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Comunidade em sintonia com a BiodanzaParticipantes do Grupo de Biodança da Costeira do Pirajubaé relatam suas experiências

A gente tem aquela timidez, por ser criada pelo pai e pela mãe, não poder fazer isso, não poder fazer aquilo, e depois casar, ter um marido, não poder fazer algumas coisas. E hoje, aqui, a gente sente uma liberdade, uma liberdade de carinho, de afeto. Uma liberdade do fundo do coração da gente, vem lá da alma. É lindo, lindo. Isso aqui é maravilhoso. Quem quiser, quem não conhece, venha participar! Eu tomava doze tipos de remédio todo dia pela manhã, para depressão, pressão alta, colesterol e mais problemas. A biodanza me faz tão bem, que hoje eu só tomo seis!

”O que percebi de mudança?

Viver a vida com alegria! Aqui aprendi muitas coisas: a poder me expressar, a dar limite pra mim. Me ajuda a cuidar da saúde, a ter qualidade de vida. Ela me dá a possibilidade de oferecer um abraço, um beijo. De aceitar um carinho ou aquele abraço espontâneo.

“”

“Sônia da Silva, 58 anos, há 2 anos no grupo

Manoel Antônio Machado, 64 anos, há dois anos no grupo

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Reportagem FotográficaReportagem: Gisele Damian e Marina Veshagem Fotos: Thaine Machado

A Biodanza é uma técnica de desenvolvimento humano que usa a música, o movimento e o grupo para gerar mudanças na forma de sentir, pensar, agir e viver. O grupo de Biodanza do CS da Costeira do Pirajubaé, na capital, é conduzido pela médica Elizabeth Chraim. Ele existe desde 2008 e acontece semanalmente, com duração de 2h. Quer conhecer mais sobre a Biodanza? Acesse a webconferência do dia 21/11 no nosso portal (http://telessaude.sc.gov.br), na aba “Webconferência”.

Eu vivia olhando pro chão, não conseguia interagir com as pessoas. Achava que era feia e diferente de todo mundo. Agora eu sou uma pessoa extremamente alegre e agradecida pela vida. A biodanza me fez ficar segura de mim, ter um eixo, ver quem eu sou e pra quê eu estou aqui. Antes, quando eu ia falar o que eu pensava, eu gritava, era grosseira. Hoje eu falo o que eu penso de uma maneira tranquila, sincera. Eu entendo, eu aceito a opinião do outro.

Eu estava passando por uma fase difícil com a minha mãe, que tinha Mal de Alzheimer. A biodanza me deu uma força muito grande. Isso aqui é um remédio para a nossa vida, para o dia a dia, para termos mais paciência, sabermos lidar com as pessoas.

“”

Arlene Vieira Barbosa, 44 anos, há quatro anos no grupo

Edília Cecília Mendes, 58 anos, há três anos e meio no grupo

Como funciona?

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Mesmo em período de recessão, com reflexos severos na saúde, o Sistema Nacional de Saúde português apresenta resultados muito superiores aos nossos: 90% da população de Portugal tem acesso ao seu médico de família, enquanto no Brasil são apenas 54,86%

Saúde em Portugal: efeitos da crise

Portugal é o 1º país na redu-ção da mortalidade infan-til, o 5 º na evolução da es-

perança de vida e é o melhor na redução da mortalidade por AVC entre 1980 e 2009. Para Gustavo Gusso, professor de medicina de família e comunidade na USP e um dos grandes conhecedores do Sistema Nacional de Saúde (SNS) Português — o que equiva-le ao nosso SUS —, parte destes dados pode ser explicado pelo

fato de que lá a maior parte do financiamento é público: “talvez por isso, a cultura das pessoas de procurar um generalista é maior. A grande diferença é que aqui grande parte do financiamento é privado, e é esse sistema que dita as regras e hábitos, como o de ir direto a um especialista”, explica.

Tanto lá quanto aqui, os siste-mas estão longe da perfeição. Im-pulsionado pela crise, o SNS tem uma dívida que se arrasta por

anos e que leva o governo a alegar a insustentabilidade do Serviço. Entre-tanto, segundo o jornal português Correio da Manhã, ela representa ape-nas 0,5% da dívida total do país.

Um estudo reali-zado pela Escola de Portugal de Saú-de Pública foi fei-to levando-se em conta a realidade sócioeconômica do país e da União Europeia. Intitula-do “Da depressão da crise, para a go-vernação prospec-tiva da saúde”, o estudo, publicado

em 2011, traz à tona as principais insatisfações de quem trabalha na área. Dentre elas, como é de se esperar, estão os cortes financei-ros que chegaram a totalizar 13% no último ano.

“A par das responsabilidades intrínsecas ao país na crise em curso, esta teve origem e foi ali-mentada por importantes dis-funções globais e da UE, que por não serem devidamente equa-cionadas, não só comprometem a recuperação das economias e dos sistemas de proteção social dos países “mais periféricos”, mas deixam-nos também vulneráveis a crises semelhantes no futuro”, diz parte do documento.

“Isso pode sim afetar a cober-tura direta, o acesso da popula-ção ao médico generalista. Os últimos dados divulgados pelo governo indicam que cerca de 10% da população, por exemplo, permanece sem ter acesso ao seu medico de familia lá”, comple-menta prof. Gusso. Ainda assim, em comparação com o Brasil, o desempenho de Portugal bei-ra a excelência. Aqui, segundo o relatório de outubro de 2012 di-vulgado pelo Ministério da Saú-de, apenas 54,86% da população tem cobertura da Estratégia de Saúde da Família. Em Santa Cata-rina esse índice é maior e atinge

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70,24% da população.Por já ter um sistema consolidado, a necessidade

de investimentos em Portugal é menor, em relação ao Brasil. Mesmo com os recentes cortes, o gover-no reserva 7,5% do seu PIB anual para a Saúde. En-quanto isso, no Brasil, os investimentos chegam a 8,4%.

De acordo com o vice-presidente da Adminis-tração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARS-LVT), em entrevista ao médico de família bra-sileiro Gabriel Lufchitz — o dono do blog Missão Europa, que divulgamos na edição de outubro —, o desinvestimento na APS não é um fenômeno na-cional, mas sim algo trans-fronteiriço: “percebemos que, investir pouco na APS e nos sistemas públicos de saúde universais é algo meio geral. A única exce-ção que parece confirmar a regra é a do Brasil, onde os governantes continuam a apostar forte num sis-tema universal, centrado nas Equipes de Saúde de Família”.

E o acesso, é gratuito?Não. Cada tipo de consulta possui um preço pa-

drão, tabelado pelo Ministério de Saúde Português. Sendo asssim, um cidadão português deverá pa-gar uma taxa significativa de €5,00 para consultas de rotina ou previamente agendadas e o governo subsidia o restante. Já os estrangeiros ou pessoas que residam em Portugal, mas que não têm ainda a sua situação legalizada, podem recorrer a consul-tas do Centro de Saúde da área onde moram, desde que tenham consigo o seu passaporte. Só de por-te do documento é que serão inscritos na consulta de Atendimento Complementar, mediante o paga-mento de uma taxa de €32,20 euros.

Para serviços de urgência polivalente, por exem-plo, são €147,00; para urgências médico-cirúrgicas, €108 e, para serviços básicos de urgência, o preço é de €51.

Modelos de estruturas do serviços

Divididos em dois modelos, os Cuidados de Saúde Primários (CSO), em Portugal, são divididos em dois modelos. O mais recente deles foi estrutu-rado em agrupamentos de Centro de Saúde. Tais grupos são os chamados Unidades Locais de Saú-de (ULS),

O outro modelo é formado também por agru-pamentos, mas não vinculados a nenhuma ULS. São chamados de ACES (Agrupamento de Centros de Saúde), dentro dos quais existem Equipes bas-tante parecidas com a nossa Saúde da Família. São chamadas Unidades de Cuidados em Saúde Perso-nalizados (UCSP) e Unidadades de Saúde Familiar (USF). Foram implantadas por decreto já em 2006.

“As Unidades ou equipes de saúde são forma-das basicamente por médicos, enfermeiros e se-cretários clínicos. Não há agentes comunitários de saúde como no Brasil, embora existam alguns profissionais auxiliares com a função de prestar cuidados domiciliários a pacientes em situação de dependência”, explica Gabriel Lufchitz.

Gabriel Lufchitz conta, em seu blog, que o mo-delo ainda é motivo de discórdia entre muitas pes-soas. Principalmente entre os médicos, a aceitação é baixa. “Alguns problemas são bastante eviden-tes, como quando serviços de especialidades mé-dicas resolvem não funcionar/colaborar com as unidades de cuidado primário”, completa.

Link interessanteComo no Brasil, em Portugal há um site chamado “Portal da Saúde”, com mais informaçõeshttp://www.portaldasaude.pt/portal

Relembre a primeira reportagem da série: http://migre.me/c9sYd

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Fim de 2012 traz alguns bons resultadosHá ainda muitas equipes em pro-

cesso de implementação das orien-tações propostas nas teleconsul-torias para fortalecimento da APS , mas das 700 teleconsultorias re-alizdas, as teleconsultoras Inajara, Gisele, Cláudia e Luana destacam algumas consquistas neste um ano de trabalho:

• Arroio 30, Araranguá, Urussan-ga, Içara, Laguna, Canelinha 1 e 2: ações para saúde mental;

• Cocal do Sul: palestras temá-ticas para homens na sala de espera (Novo Horizonte), orga-nização do processo de traba-lho das ESF, interação gestão e equipe, melhoria da rede de informática para as equipes.

• Concórdia: estudo e organiza-ção do atendimento a pacien-tes em uso crônico de psico-trópicos, ginástica laboral para equipe, atualização e mudança de dinâmica com grupos, muti-rões/dias D para organizar de-mandas e atualizar cadastros e atenção a grupos prioritários;

• Corupá, equipe 1e 3: cuidado com cuidador, educação per-manente e protocolo de pueri-cultura em parceria com pedia-tra;

• Florianópolis: elaboração do memento terapêutico de plan-tas medicinais;

• Herval D’Oeste: projeto para reduzir cães e gatos no municí-pio, articulação com empresas locais – saúde do trabalhador;

• Imbituba: grupo de caminhada e atenção diferenciada em saú-de do homem, a partir de diag-nóstico local por ACS’s;

• Itajaí: grupos de artesanato para promoção de saúde com

parceria das ACS;• Ipira, Vargem Bonita, Maravilha:

implantação do acolhimento da demanda espontânea e or-ganização da agenda;

• Joaçaba: articulação para orga-nização de grupos e ações em saúde do homem;

• Maravilha: nova dinâmica com grupos de saúde mental e HI-PERDIA; ações educativas com plantas medicinais em parce-ria equipe/ACS e comunidade e implantação do acolhimento da demanda espontânea;

• Petrolândia: reorganização e mudança da dinâmica de tra-balho com grupos, em parceria ESF/NASF a partir da participa-ção dos usuários;

• Piratuba: organização de ofici-na de culinária pelas ACS’s com a nutricionista;

• Pouso Redondo, Imbituba, Ma-ravilha, Xaxim, Alto Bela Vista, Araranguá, Concórdia: proces-so de trabalho do NASF;

• Presidente Castello Branco: ela-boração dos protocolos para atendimento de criança 0 a 12 anos e pré-natal e ações com plantas medicinais;

• Presidente Getúlio: novas práti-cas em campanhas;

• União do Oeste: reuniões de es-tudo organizadas pela equipe fora do horário de trabalho;

• Xavantina, Peritiba, Salto Velo-zo: organização e uso do mapa inteligente para o planejamen-to de ações;

• Xaxim: grupo de pacientes crô-nicos (hiperutilizadores) de dor e grupo de saúde mental com oficinas e fortalecimento da in-teração SF e Nasf;

• Urubici, União do Oeste, Lagu-na, Itaiópolis, Novo Horizonte, São Pedro de Alcântara e Salto Veloso implementaram o Aco-lhimento com Classificação de Risco a partir de Estudo da De-manda. E, por fim, Irani, com gi-nastica elaboral.

Campanha feita pelas equipes de Imbituba, sobre a parceria Telessaúde e Telemedicina

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Ajude-nos a melhorar o ser-viço avaliando nossas respos-tas. É fácil, basta preencher as duas perguntas que aparecem no final de cada resposta.

Avaliação

Qual a melhor opção de tra-tamento para casos de Con-juntivite Herpética?

O tratamento da infecção pri-mária é controverso por tratar--se de uma infecção autolimita-da e benigna na grande maioria dos casos. Alguns autores reco-mendam que o tratamento das lesões de pele próximas ao olho, principalmente aquelas com acometimento das pálpebras, seja feito com antiviral tópico lo-cal na pele e no olho, com dosa-gem terapêutica. Lesões exten-sas de pele ou múltiplos focos de acometimento podem ser tratados com antiviral sistêmi-

co. Orientamos que nas outras formas descritas acima excetu-ando a doença ocular primária seja feita uma avaliação pelo of-

talmologista. Isto pelo risco de complicações como úl-cera de córnea e cicatrizes que podem levar a perda progressiva da visão.

A família dos herpesvírus inclui os vírus herpes sim-

ples (HSV), o vírus varicela zoster(VZV), o citomega-lovírus (CMV), o vírus Eps-

tein-Barr (EBV) e os herpesvírus humano 6, 7 e 8. O HSV divide--se em tipo I (causa predomi-nantemente infecção acima da cintura e é transmitido por perdigotos e pelo contato dire-to - por exemplo Herpes labial) e em tipo II (causa predominan-te infecção abaixo da cintura e é uma doença sexualmente transmitida - por exemplo her-pes genital). A infecção ocular causada pelo HSV I é denomina-da de ceratoconjuntivite. A sua apresentação inicial imita uma conjuntivite viral que é mais frequentemente causada pelo adenovírus: sensibilidade ocular a luz, ardência, dor ocular, lacri-mejamento e sensação de areia local. Apesar desta manifesta-ção inicial ser semelhante a uma conjuntivite viral comum o vírus da herpes apresenta diversas formas de acometimento ocular que não se restringem a conjun-tiva apenas: ceratite epitelial in-fecciosa, ceratopatia neurotrófi-

ca, ceratite estromal necrosante, ceratite estromal imune e endo-telite. Todas estas provocadas predominantemente pelo HSV I. A doença ocular primária ma-nifesta-se mais frequentemente como vesículas ao redor o olho, com ou sem envolvimento con-comitante da conjuntiva e da córnea. Estas vesículas ulceram e evoluem para crostas em um prazo médio de sete dias. Quan-do ocorre a rotura das bolhas, o quadro clínico pode ser confun-dido com blefarite bacteriana. Nos casos de blefaroceratocon-juntivite, podemos observar a presença de gânglio pré-auricu-lar, achado este não encontrado na doença recorrente.

Destaque: Segunda Opinião Formativa

Evidências e Referências01. Freitas, D. e cols. Ceratite Herpética.Arq Bras Oftalmol 2001;64:81-6Categoria da Evidência: Grau D de recomendaçãoProfissional solicitante: MédicoDescritores: Conjuntivite viral, Ceratite HerpéticaTeleconsultor: Equipe Telessaú-de SC

Imagem ilustrativa: Conjuntivite Herpética

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Publicado ainda em 2012, essa edi-ção dos Cadernos de Atenção Básica fala sobre o Acolhimento à Demanda Espontâ-nea e ajuda a identi-ficar as queixas mais

comuns na Atenção Básica.O volume I deste Caderno tratou do acolhi-

mento contextualizado na gestão do proces-so de trabalho em saúde na atenção básica, tocando em aspectos centrais a sua imple-mentação no cotidiano dos serviços. Já o vo-lume II apresenta ofertas de abordagem de situações comuns no acolhimento à deman-da espontânea, utilizando-se do saber clínico, epidemiológico e da subjetividade, por meio do olhar para riscos e vulnerabilidades.Mais informações aqui: http://migre.me/bZylg

O 12º Congresso Bra-sileiro de Medicina de Família e Comunidade só ocorre em maio de 2013, mas as inscri-ções já estão abertas. Se você trabalha com

saúde pública e tem interesse em participar, o evento será realizado em Belém do Pará e a ta-bela de preços de inscrições tem valores bem diferenciados para quem o fizer até dia 06 de dezembro.O quê? 12º Congresso Brasileiro de Medicina de Família e ComunidadeQuando? De 30/05 a 02/06 de 2013 Onde? Belém do ParáMais informações: http://www.sbmfc.org.br/congresso2013/

Film

es

Dexter tem apenas 11 anos e uma doença que o diferencia de todas as outras que crianças que ele conhecia: Aids. O garoto cria uma forte amizade com seu vizinho, Erik, que, como ele, sentia-se solitário. O filme conta a longa e difícil jornada que os dois fazem em busca de um médico de Nova Orleans que alegava ter a cura da Aids. Um filme que fala sobretudo de amizade e preconceito, A Cura trata de velhos temas, mas de maneira muito atual.

Eventos

Liv

ros

A Cura (1995)

Entediada em sua nova casa, Caroline Jones um dia encontra uma porta secreta, pela qual tem acesso a uma outra versão de sua própria vida - uma bem parecida com a que leva, exceto por uma coisa: neste outro lado tudo parece ser melhor, inclusive as pessoas com quem convive.

A princípio, Caroline se empolga com a desco-berta, mas logo descobre que há algo de errado quando seus pais alternativos tentam aprisioná--la neste novo mundo.

Coraline e o Mundo Secreto (2009)

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Balanços e destaques deste anoO tempo vai passando, e a cada dia entendemos que ainda há muito o que conquistar e descobrir, não é mesmo? Então, continuaremos a buscar essas conquistas em 2013! Parabéns a todos os municípios que foram destaque de participa-ção nas atividades do Telessaúde SC neste ano. As cidades a seguir receberão cer-tificação com o selo de destaque de 2012.

Extremo-OesteMaravilha, Novo Horizonte, San-tiago do Sul, Iraceminha, Modelo, Planalto Alegre, Santa Terezinha do Progresso, Tigrinhos.Meio-OesteConcórdia, Irani, Vargem Bonita, Videira, Arroio Trinta, Pres. Castello Branco, Arvoredo, Ipira, Lindóia do Sul, Macieira, Seara.Foz do Rio ItajaíBalneário Camboriú, Luiz Alves.

Vale do ItajaíPomerode, Benedi-to Novo, Blumenau, Doutor Pedrinho.NordesteCorupá.Planalto SerranoLages.Planalto NorteCanoinhas, Porto União, Irineópo-lis.

A Educação Permanente é uma política do MS, prevista para ser continuamente desen-volvida pelas equipes de saúde, com o objetivo de transformar e melhorar as práticas e a aten-ção em saúde, preocupando-se com o cotidiano das equipes e dos serviços. Sendo assim, nesta web vamos falar de como ope-racionalizar a educação perma-nente no cotidiano dos serviços de atenção em saúde.

05/12, 15h,web

Charge “Our inner child” ou, numa tradução livre, “Nossa criança interna”, disponibilizada e retirada do blog de Sterve Lim - http://migre.me/c6XdB

O curso para formação de au-riculoterapia será transmitido ao vivo, das 13h30 às 17h30. O pú-blico-alvo são os ACS de Floria-nópolis. O acesso será feito pelo link tvled.egc.ufsc.br/aovivo.

06/12 curso

Expediente: Jornalista Responsável: Marina Veshagem Texto, redação e edição: Camila Garcia Artes Gráficas (capa): Vanessa de Lucca Orientação: Izauria Zardo, Igor Tavares da Silva Chaves, Gisele Damian, Marina Veshagem Revisão: Marina Veshagem Reportagem fotográfica: Thaine Machado