Informativo Telessaúde Novembro 2010

4
Telessaúde Informa Boletim Informativo mensal do Núcleo de Telessaúde SC Edição de novembro de 2010 Telessaúde SC discute sexualidade e o corpo da mulher www.telessaude.sc.gov.br Contato: [email protected] Há cinco anos foi lançada no Brasil a Política de Direitos Sexuais e de Direitos Reprodutivos. Segundo informações do Ministério da Saúde, essa política compreende direitos baseados na liberdade de todo casal decidir de forma livre e responsável sobre a possibilidade de ter filhos. “Também prevê o direito de gozar do mais elevado padrão de saúde sexual e reprodutiva, incluindo também seu direito de tomar decisões sobre a reprodução, livre de discriminação, coerção ou violência. Além da garantia da liberdade de orientação sexual e a dupla proteção às DST/Aids e a gestação não planejada” (Ministério da Saúde). Essa política foi responsável, por exemplo, pelo estímulo à adoção de boas práticas na atenção obstétrica e neonatal, o que contribuiu para os avanços na área ao longo dos últimos anos. Mas essa política não foi a única conquista no campo da saúde da mulher no Brasil. As políticas públicas para a mulher foram instituídas no país nas primeiras décadas do século 20, mas se limitaram às demandas relativas à gravidez e ao parto. Em 1984, o Ministério da Saúde elaborou o Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher (PAISM). O PAISM incorporou as propostas de descentralização, hierarquização e regionalização dos serviços, bem como a integralidade e a equidade da atenção, incluindo ações educativas, preventivas, de diagnóstico, tratamento e recuperação. Nesse mês, as webconferências do Telessaúde SC vão discutir a saúde da mulher, sua sexualidade e corpo. E como homenagem às mulheres, publicamos o poema abaixo, de Adélia Prado. Com licença poética Quando nasci um anjo esbelto, desses que tocam trombeta, anunciou: vai carregar bandeira. Cargo muito pesado pra mulher, esta espécie ainda envergonhada. Aceito os subterfúgios que me cabem, sem precisar mentir. Não sou tão feia que não possa casar, acho o Rio de Janeiro uma beleza e ora sim, ora não, creio em parto sem dor. Mas o que sinto escrevo. Cumpro a sina. Inauguro linhagens, fundo reinos -- dor não é amargura. Minha tristeza não tem pedigree, já a minha vontade de alegria, sua raiz vai ao meu mil avô. Vai ser coxo na vida é maldição pra homem. Mulher é desdobrável. Eu sou. (Adélia Prado) Fonte: Portal Educacional do Estado do Paraná - Pré-Natal: Em 20 anos, o percentual de grávidas que nunca consultaram um médi- co caiu de 26% para 1,3% (Pesquisa Na- cional de Demografia e Saúde - PNDS). - Aleitamento materno: 43% das crianças são amamentadas na primeira hora de vida no Brasil. (PNDS) - Partos: Em 76% das gestações de 2006, o parto foi realizado no SUS. Desde 1984, houve grande redução no número de par- tos domiciliares no meio rural, passando de 19,8% para 3,5%. - Pacto Nacional para Enfrentamento da Violência contra as Mulheres: Os re- cursos do Pacto são conveniados com es- tados e municípios para: consolidação da Lei Maria da Penha , estruturação da rede de atendimento às mulheres vítimas de violência, combate a exploração sexual e tráfico de mulheres , direitos humanos das mulheres em situação de prisão, promoção dos direitos sexuais e reprodutivos, enfren- tamento a feminização da AIDS e outras DSTs. Conquistas no campo da saúde da mulher Em 2008, o MS ofereceu cerca de um bilhão de preservativos, a maior distribuição feita por um governo no mundo. (MS)

description

Saúde da mulher, dicas para melhorar o acesso no portal ao serviço Segunda Opinião Formativa, informes e programação das webconferências do mês.

Transcript of Informativo Telessaúde Novembro 2010

Page 1: Informativo Telessaúde Novembro 2010

Telessaúde InformaBoletim Informativo mensal do Núcleo de Telessaúde SC

Edição de novembro de 2010

Telessaúde SC discute sexualidade e o corpo da mulher

www.telessaude.sc.gov.brContato: [email protected]

Há cinco anos foi lançada no Brasil a Política de Direitos Sexuais e de Direitos Reprodutivos. Segundo informações do Ministério da Saúde, essa política compreende direitos baseados na liberdade de todo casal decidir de forma livre e responsável sobre a possibilidade de ter filhos. “Também prevê o direito de gozar do mais elevado padrão de saúde sexual e reprodutiva, incluindo também seu direito de tomar decisões sobre a reprodução, livre de discriminação, coerção ou violência. Além da garantia da liberdade de orientação sexual e a dupla proteção às DST/Aids e a gestação não planejada” (Ministério da Saúde). Essa política foi responsável, por exemplo, pelo estímulo à adoção de boas práticas na atenção obstétrica e neonatal, o que contribuiu para os avanços na área ao longo dos últimos anos.

Mas essa política não foi a única conquista no campo da saúde da mulher no Brasil. As políticas públicas para a mulher foram instituídas no país nas primeiras décadas do século 20, mas se limitaram às demandas relativas à gravidez e ao parto. Em 1984, o Ministério da Saúde elaborou o Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher (PAISM). O PAISM incorporou as propostas de descentralização, hierarquização e regionalização dos serviços, bem como a integralidade e

a equidade da atenção, incluindo ações educativas, preventivas, de diagnóstico, tratamento e recuperação.

Nesse mês, as webconferências do Telessaúde SC vão discutir a saúde da mulher, sua sexualidade e corpo. E como homenagem às mulheres, publicamos o poema abaixo, de Adélia Prado.

Com licença poética

Quando nasci um anjo esbelto,desses que tocam trombeta, anunciou:

vai carregar bandeira.Cargo muito pesado pra mulher,

esta espécie ainda envergonhada.Aceito os subterfúgios que me cabem,

sem precisar mentir.Não sou tão feia que não possa casar,acho o Rio de Janeiro uma beleza e

ora sim, ora não, creio em parto sem dor.

Mas o que sinto escrevo. Cumpro a sina.

Inauguro linhagens, fundo reinos-- dor não é amargura.

Minha tristeza não tem pedigree,já a minha vontade de alegria,

sua raiz vai ao meu mil avô.Vai ser coxo na vida é maldição pra

homem.Mulher é desdobrável. Eu sou.

(Adélia Prado)

Fonte: Portal Educacional do Estado do Paraná

- Pré-Natal: Em 20 anos, o percentual de grávidas que nunca consultaram um médi-co caiu de 26% para 1,3% (Pesquisa Na-cional de Demografia e Saúde - PNDS).- Aleitamento materno: 43% das crianças são amamentadas na primeira hora de vida no Brasil. (PNDS)- Partos: Em 76% das gestações de 2006, o parto foi realizado no SUS. Desde 1984, houve grande redução no número de par-tos domiciliares no meio rural, passando de 19,8% para 3,5%.

- Pacto Nacional para Enfrentamento da Violência contra as Mulheres: Os re-cursos do Pacto são conveniados com es-tados e municípios para: consolidação da Lei Maria da Penha , estruturação da rede de atendimento às mulheres vítimas de violência, combate a exploração sexual e tráfico de mulheres , direitos humanos das mulheres em situação de prisão, promoção dos direitos sexuais e reprodutivos, enfren-tamento a feminização da AIDS e outras DSTs.

Conquistas no campo da saúde da mulher

Em 2008, o MS ofereceu cerca de um bilhão de preservativos, a maior distribuição feita por um governo no mundo. (MS)

Page 2: Informativo Telessaúde Novembro 2010

Equipes destaqueParabenizamos estes municípios pelo empenho e participação nas atividades oferecidas pelo Telessaúde!Destaques de participação nas webconferências:1º - Lages, Santa Terezinha do Progresso e Planalto Alegre2º - Porto União e IraniDestaque de participação na segunda opinião formativa: 1º - Lages2º - Pouso Redondo e São José do Cedro.

Telessaúde InformaBoletim Informativo mensal do Núcleo de Telessaúde SC

Edição de novembro de 2010www.telessaude.sc.gov.br

Contato: [email protected]

CBIS discute ações de Telemedicina e TelessaúdeO XII Congresso Brasileiro de Infor-

mática em Saúde (CBIS) foi realizado em Porto de Galinhas (PE) dos dias 18 a 22 de outubro. O objetivo do CBIS 2010 foi apresentar o estado atual do desenvolvi-mento das tecnologias da informação e das comunicações em saúde no Brasil e no mundo, além de discutir os melhores cami-nhos para sua utilização no Brasil, visando contribuir para um sistema de saúde mais integral e de qualidade.

Os profissionais dos núcleos de Tele-medicina e Telessaúde de Santa Catari-na, Harley Wagner, Heitor Tognoli e Luiz Felipe Nobre representaram o Núcleo no Congresso. Eles participaram de várias pa-

lestras e do tutorial de planejamento em Educação à Distância (EaD).

O encontro foi importante pois pos-sibilitou que nossos profissionais ti-vessem contato com ações realizadas em outros países, como por exemplo o Canadá, que foi representado pelo dr. Kendall Ho, professor da Universidade Columbia Britânica (de Vancouver, Ca-nadá). No momento, os dois países estu-dam formas de parcerias e intercâmbio.

“O evento contribuiu para entender-mos o contexto nacional e os avanços na área de Telessaúde e Telemedicina no mundo”, completa o médico Heitor Tognoli.

Equipe de Saúde da Família de Lages. Fi-

cou em primeiro lugar tanto em participação nas webconferências,

quanto na segunda opinião formativa.

Lages possui uma infra-estrutura moderna e

povo hospitaleiro, o que rendeu à cidade o título

de capital nacional do turismo rural.

A equipe de Saúde da Família de Santa Terezi-nha do Progresso é primeiro lugar pelo segundo mês consecutivo em participação nas webs.

Entre os dias 9 e 11 de outubro os profissionais Richard de Martini e Thia-go Coelho, da equipe do Telemedicina de Santa Catarina, estiveram no Rio de Janeiro para participar do 39º Congres-so Brasileiro de Radiologia. O evento, com público estimado em três mil pes-soas, teve como pontos de discussão os sistemas de imagens médicas como os Raios-X, a Tomografia Computadoriza-da, o Ultrassom e a Ressonância Magné-tica. Além disso, o Congresso também tratou de outros assuntos relacionados à área como radiologia geral, biópsia de mama e radiologia cardíaca.

Equipe SC no Rio

A Equipe de Saúde da Família de Planalto Alegre também ficou em primeiro lugar em participação nas webs. Antes, a cidade fazia parte do município de Caxambu do Sul, se emancipou em 1991 e virou município em 01/01/1993.

Page 3: Informativo Telessaúde Novembro 2010

Telessaúde InformaBoletim Informativo mensal do Núcleo de Telessaúde SC

Edição de novembro de 2010www.telessaude.sc.gov.br

A Segunda Opinião Formativa é uma das principais ferramentas do Telessaú-de SC. Ela foi criada para auxiliar todos os profissionais que atuam na Atenção Primária à Saúde (APS) do Estado. Ela tem como objetivo auxiliá-los nas dúvi-das e dificuldades que surgem no dia-a-dia do trabalho.

Para participar da Segunda Opinião Formativa, basta acessar com seu login e senha o site do Telessaúde (telemedici-na.ufsc.br/rctm). Mas com as mudanças recentes no portal, muitas pessoas têm dúvidas quando tentam acessar o servi-ço. Preparamos esse material para escla-recer os questionamentos mais comuns dos profissionais da APS.

1. Se você não está cadastrado: o primeiro passo é enviar email para [email protected], com os seguintes dados: nome completo, e-mail pessoal, CPF, profissão, município, unidade de saúde e equipe de saúde. Em pouco tempo você vai receber no seu e-mail o login e a senha (se você já está ca-dastrado, não precisa fazer essa etapa).

2. Para entrar no acesso restrito do site: Basta entrar no site www.tele-medicina.ufsc.br/rctm e inserir seu login e sua senha nos espaços indicados pela seta vermelha abaixo.

3. Para trocar a senha: basta clicar no ícone ‘MEUS DADOS’ (no canto su-perior direito da tela) e fazer a alteração da senha, conforme figura abaixo.

4. Para acessar a Segunda Opinião Formativa: Na área restrita do portal você clicará no ícone ‘SEGUNDA OPI-NIÃO’ (seta vermelha abaixo).

5. Para escrever a pergunta: Após seguir o passo anterior, observe que uma aba se abre do lado esquerdo da tela. Clique em enviar pergunta e abra a aba em seguida.

Depois disso é só preencher os cam-pos para registrar a sua pergunta. Se quiser anexar algum arquivo ou foto é só clicar em ‘PROCURAR’ e depois em ‘ENVIAR DÚVIDA’.

Após o envio da dúvida os nossos te-leconsultores terão 72h úteis para res-ponder a pergunta e registrá-la no portal para sua consulta.

No portal do Telessaúde você encon-tra um tutorial que ajuda a tirar essas e outras dúvidas de como enviar pergun-tas. Na página principal, você também pode encontrar um vídeo sobre a Segun-da Opinião Formativa, que se baseia na importância da ferramenta e em como elaborar as perguntas.

Participe! A Segunda Opinião For-mativa é feita para você.

Dicas para facilitar acesso no portal ao serviço Segunda Opinião Formativa

Page 4: Informativo Telessaúde Novembro 2010

Telessaúde InformaBoletim Informativo mensal do Núcleo de Telessaúde SC

Edição de novembro de 2010www.telessaude.sc.gov.br

Contato: [email protected]

Workshops de outubro: Sexualidade e o corpo da mulher03/11 - 14h Damark Molin HannibalTema: “Orientações sobre a utiliza-ção da atividade física ou exercícios físicos no tratamento e prevenção da depressão e ansiedade”Resumo: Essa webconferência abor-dará a utilização da atividade física e o exercício físico nas estratégias de prevenção e no tratamento da depres-são e ansiedade, com foco nas ações da Equipe de Saúde da Família.

03/11 - 15h Thais Titon de SouzaTema: “Abordagem da obesidade na Atenção Básica: qualificando a aten-ção à saúde da mulher”Resumo: Atualmente, nem toda a ideia de risco relacionado ao excesso de peso está envolvida com o binômio saúde/doença, uma vez que engordar pode significar deixar de ter um corpo socialmente aceitável. No intuito de qualificar a atenção à mulher com ex-cesso de peso, minimizando o sofri-mento advindo desta condição e de-mais riscos relacionados, nesta web serão discutidos aspectos de contex-tualização da obesidade e apresenta-das orientações relacionadas ao con-sumo alimentar, assim como outras ferramentas que podem ser utilizadas na Atenção Básica.

10/11 - 14h Fernanda Alves Carvalho de MirandaTema: “Saúde urogenital feminina sob a perspectiva da fisioterapia”Resumo: A incontinência urinária fe-

minina (IU) é definida pela Sociedade Internacional de Continência como a perda involuntária de urina, que cau-sa problemas sociais ou de higiene. Muitas mulheres apresentam esse distúrbio, porém nem sempre decla-ram isso durante consultas médicas, por vergonha ou por desconhecerem que se trata de um distúrbio tratável e principalmente evitável. Intencionan-do a promoção da saúde da mulher, esse problema será apresentado e discutido sob a perspectiva da fisiote-rapia, propondo uma intervenção da equipe de saúde na Atenção Básica a ser levada em grupos e até mesmo orientações individuais às usuárias.

10/11 - 15h Aline Aparecida FoppaTema: “Uso racional de contracepti-vos hormonais e contraceptivos de emergência”Resumo: A webconferência abordará o uso de anticoncepcionais e contra-ceptivos de emergência. Serão dis-cutidas suas diferenças, particulari-dades e cuidados que envolvem sua administração.

17/11- 14h Milia SimieliTema: “Exames citopatológicos”Resumo: Essa webconferência abor-dará questões sobre a realização do exame citopatológico e a interpreta-ção/entrega do exame a usuária.

17/11 - 15h Amanda KliemannTema: “Sexualidade feminina ”

Resumo: Essa webconferência abor-dará a sexualidade feminina, enfo-cando os aspectos emocionais, ne-cessidades, características culturais e a abordagem dessas questões na Atenção Básica.

24/11 - 14h Gisele Damian AntonioTema: “Práticas integrativas e com-plementares na APS: uma estratégia promissora para ‘desmedicalização’ no âmbito do SUS”Resumo: A oferta das práticas inte-grativas e complementares na APS é um jeito de pensar saúde que cultiva a “democracia e ecologia de saber”. Esta estratégia pode ser promisso-ra no manejo da medicalização e na construção da integralidade em um SUS prudente para um cuidado à saúde decente. Essa webconferência aborda o processo de “desmedicali-zação” e sua relação com as Práticas Integrativas e Complementares na APS.

24/11 - 15h Ronaldo ZontaTema: “Medicalização na saúde da mulher”Resumo: A webconferência trata do tema da medicalização da mulher, discutindo o processo de medicaliza-ção social do ciclo de vida, menopau-sa, prevenção de câncer e sofrimento psíquico. Aborda formas das Equipes de Saúde da Família responderem às principais demandas de saúde da mu-lher que chegam à APS.

A partir desse mês, o Telessaúde SC abre espaço para a sua participação! Você que tem dúvidas, sugestões, críticas ou elogios, pode escrever para nós que seu comentário será publicado no informativo do mês seguinte. A sua participa-ção é muito importante para nós. Contribua como puder para fortalecermos o Telessaúde, uma ferramenta feita para você.

Expediente

Redação, edição e diagramação: Marina Veshagem Apoio de reportagem e revisão: Rafael Carvalho Supervisão de conteúdo: Luise Lüdke