Telessaúde - USP...Atualidades Brasileiras em Telemedicina e Telessaúde Editora e Jornalista...

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Disciplina de Telemedicina da Faculdade de Medicina da USP

Responsável: Prof. Dr. György Miklós Böhm ([email protected])

Coordenador-geral: Prof. Dr. Chao Lung Wen ([email protected])

Atualidades Brasileiras em Telemedicina e Telessaúde

Editora e Jornalista responsável: Vanessa Haddad - mtb 27728 ([email protected])

Projeto gráfico: Design com Arte (www.designcomarte.com.br) | Design: Mirella Sato

Impressão: WGraf |Tiragem: 10.000

Contato: (11) 3062-8784 ([email protected])

Sites: www.dim.fm.usp.br | www.estacaodigitalmedica.com.br | www.projetohomemvirtual.com.br

Para assinar Atualidades Brasileiras em Telemedicina e Telessaúde,acesse o site www.estacaodigitalmedica.com.br

Atualidades Brasileiras em Telemedicina eTelessaúde é uma moderna publicação quetem por objetivo divulgar os conceitos atuaisde Telemedicina, promover a formação de no-vos talentos por meio da difusão das linhas depesquisas dos diversos centros de Telemedicinado país, compartilhar experiências na área,destacar os avanços nacionais e internacio-nais. Acima de tudo, tem o propósito de criar

um ambiente de integração entre os diferentes grupos para a consoli-dação da Telemedicina brasileira. Para que isto vá além da publica-ção, todos os assinantes que cadastrarem-se no sitewww.estacaodigitalmedica.com.br poderão ter acesso a uma co-munidade permanente de Telemedicina na Internet.

O informativo está estruturado para contemplar diferentes assuntos,

com linguagem simples e direta, especialmente adequada pela edi-

tora deste informativo, facilitando o acompanhamento das açõesbrasileiras pelos diversos núcleos de Telemedicina, profissionais e em-presas.

A moderna Telemedicina deve ser vista como uma importante redeestratégica de ação e decisão colaborada e multiprofissional, com afinalidade de proporcionar qualidade de vida para a população ecriar uma “Cadeia Produtiva de Saúde”. Para alcançar estes objeti-vos, as tecnologias precisam ser submetidas a uma avaliação acadê-mica para mensuração de seus efetivos benefícios, assim como seudesempenho, tempo de obsolescência, ciclo de renovação, requisi-tos de treinamentos, entre outras características.

Estes testes são as propostas de atividades do Centro de Inovação ePesquisa em Soluções de Telessaúde (CIPS-Telemed), um centro commodernos recursos e um laboratório de prova tecnológica integrada

com o maior Complexo Hospitalar da América Latina, que contou

com o apoio do Banco Alfa.

Este centro tem infra-estrutura para oferecer a “Residência de desenvol-vimento de softwares e soluções de Telemedicina” para profissionais daárea de tecnologia, e especialização no uso de tecnologia para os pro-fissionais de saúde. Convidamos todos os interessados a participaremda publicação e do CIPS-Telemed, um dos mais completos campos deprova tecnológica e pesquisa de Telessaúde no país.

Prof. Dr. Chao Lung Wen - Professor associado e Coordenador-geralda Disciplina de Telemedicina da Faculdade de Medicina da USP

Carta ao leitor

O Banco Alfa apoiou

o Projeto de Modernizaçãoda Infra-estrutura de

Telemedicina da Faculdadede Medicina da USP

Conteúdo

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Artigo: Telemedicina eTelessaúde – estratégias elogísticas apoiadas por tecnologia

I Curso de Formação emTelemedicina

Oficina de Telemedicinae Telessaúde

Workshop da RedeUniversitária de Telemedicina

Série Geração Saúde

Pólo de Telemedicinada Amazônia

Reunião sobre reembolsodos serviços prestados viaTelemedicina e Telessaúde

Cursos de graduaçãoe pós-graduação emTelemedicina

Inscrições abertas paraEstágio UniversitárioMultiprofissional

Revisão de artigo:Teleducação em Odontologia

Telecomunicação Interativafaz parte da educaçãomédica na Inglaterra

Participe da ComunidadeBrasileira de Telemedicinae Telessaúde

Olho Virtual é distribuídoem congresso com granderepercussão

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Artigo da Edição

Telemedicina e TelessaúdeUma abordagem sob a visão de estratégia de saúde apoiada por tecnologia

Telemedicine and TelehealthAn approach with the outlook of health strategy supported by technology

Chao Lung WenProfessor associado e coordenador-geral da Disciplina de Telemedicina da Faculdade de Medicina da USPAssociate professor and coordinator of the Discipline of Telemedicine of the Faculty of Medical Sciences of USP

SummaryThis article approaches the necessity of incorporating the use of Telemedicine into daily medical practice and itsimportance for society in order to improve medical care. As an union of technology and health, Telemedicine must beseen as Logistic Strategy of promoting the welfare and/or improvement of processes through the use of computerscience and telecommunication technologies. Any action taken in Telemedicine needs adequacy by training a team ofhuman resources, logistics of access to the health services, strategic plan, among others. In Brazil it is already possibleto have Telemedicine at low cost based on the Internet due to the economical heterogeneity and diversetelecommunication structure.

Não é muito fácil especificar qual foio evento que marcou o início daTelemedicina (TM), pois ele dependeda referência adotada pelos autores,uma vez que, num período de tempobastante próximo, ocorreram diver-sos experimentos relacionados ao usoda tecnologia com finalidades médi-cas. Alguns autores consideram quea primeira aplicação foi realizadapela National Aeronautics and SpaceAdministration (NASA), no início de1960, por causa do programa devôos espaciais e o desenvolvimentode sofisticadas tecnologias detelemetria biomédica, sensores remo-tos e comunicações espaciais3.

Existem muitas definições para aTelemedicina, e elas podem mudarsegundo suas aplicações e caracte-rísticas, e com o surgimento e incor-poração de novas tecnologias. Deli-mitar as áreas de atuação da TM étão complexo quanto definir todas asáreas que a informática pode ser apli-cada. Porém, estabeleceu-se algumascaracterísticas básicas da Teleme-dicina3:

1. Distância física entre comunida-des: as que necessitam e a que pro-

vê o serviço médico.2. Uso da tecnologiapara realizar a assistên-cia, em substituição àpresença física.

3. Disponibilidade deequipe médica e de pro-fissionais de saúde paraprestar o serviço.

4. Disponibilidade deprofissionais das áreasde tecnologia responsáveis pelo de-senvolvimento e manutenção da infra-estrutura de TM.

5. Sistematização do processo deteleassistência com desenvolvimentode protocolos de dados clínicos.

6. Estruturação de segurança, quali-dade e sigilo dos dados e serviçosoferecidos por meio da TM.

Tendo por base estas características,podemos dizer que a Telemedicinanão é uma atividade exclusivamen-te médica, mas é o resultado daunião de profissionais de saúde ede tecnologia, formando uma im-portante sinergia para o desenvol-

vimento de atividades que visampromover a saúde.

Nesta última década, a Telemedicinadeu um grande salto, devido àmelhoria das tecnologias de eletrô-nica, informática e telecomunicação.

Estas melhorias contribuíram paraque a TM obtivesse maior qualidadefuncional e concomitante redução decustos.

Vários países vêm tendo expressivocrescimento sustentado no uso daTelemedicina. Entre eles podemos ci-tar os EUA, países escandinavos, Ca-nadá, Austrália, entre outros. Alémda Nasa e das Forças Armadas Ame-ricanas, a conexão entre a Groelân-

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dia e a Dinamarca para obtenção deserviços de saúde é um exemplo daincorporação da Telemedicina naprática médica diária.

Diversos fatores estão envolvidos naconsolidação da Telemedicina nestespaíses. Além do aspecto tecnológicoe da capacitação humana, fatorescomo a regulamentação jurídica equestões relacionadas com reembol-so foram e estão sendo importantespara definir a sustentabilidade da TM.

Do ponto de vista tecnológico, pode-mos agrupar a TM em três grandesconjuntos: (1) em instituições queusam tecnologias de ponta, nas quaissão utilizados modernos recursos queenvolvem telemonitoragem, telecon-ferência, biometria e telerrobótica; (2)em instituições que empregam médiatecnologia. No caso do Brasil, pode-ríamos exemplificar o acesso à Internetde banda larga sob o ponto de vistade telecomunicação; (3) em institui-ções que usam as tecnologias de lar-ga abrangência, acessíveis por gran-de parte da sociedade na região naqual está sendo implementada a TM.

Embora, durante a segunda metadeda década de 90, a teleconferênciatenha sido adotada como importan-te recurso para prover a TM nos paí-ses desenvolvidos (EUA, Europa Oci-dental, Austrália, entre outros), diver-sos trabalhos publicados a partir de1999 têm abordado o uso da web ede tecnologias mais simples (e-mail)para fins de interconsulta médica ecapacitação de médicos generalis-tas. Estes fatos demonstram o gran-de potencial da Internet.1,2,3,4,5,6

Devido à heterogeneidade nos aspec-tos social, econômico, de saúde e es-trutura de telecomunicação, é de sepressupor que, no Brasil, a Teleme-dicina de baixo custo baseada naInternet poderá ser a melhor alternati-va e ter a maior rapidez de imple-

mentação. Quando aplicada em es-cala nacional, a Telemedicina de lar-ga abrangência é uma forma eficien-te para universalização da promoçãoda saúde.

Algumas consideraçõesSob o ponto de vista de atuação,podemos agrupar a TM em três gran-des conjuntos:

1. Teleducação – desenvolvimento deprogramas educacionais baseados emtecnologia para atualização profissio-nal, treinamento de profissionais não-médicos, informação e motivação dapopulação geral para prevenção dedoenças (apoio a campanhas de saú-de e ao Programa de Saúde da Famí-lia), bem como para atividades de gra-duação e pós-graduação em medici-na e ciências da saúde.

2. Teleassistência/Vigilância Epide-miológica – desenvolvimento de ativi-dades para disponibilizar segunda opi-nião a distância para, por exemplo, asunidades de atendimento básico, pri-mário ou secundário; a realização detriagens de pacientes a distância; oapoio ao diagnóstico e tomada de de-cisão. Sistemas podem ser desenvolvi-dos para permitir a associação das ati-vidades assistenciais com base de da-dos para gestão de informação eacompanhamento epidemiológico.

3. Pesquisa Mul-t icêntr ica/Co-munidades Virtu-ais: integraçãode diversos cen-tros de pesquisa,permitindo aotimização detempo e custospor meio doc o m p a r t i l h a -mento de dadose padronizaçãode formas de es-tudo.

A Telemedicina, mais do que um re-curso tecnológico para proporcionaratividades a distância, adquireefetividade quando está associada aum plano estratégico de saúde e vin-culada a um processo de logística dedistribuição de serviços de saúde.

A vinculação da TM com estratégiasestá na necessidade dela estarinserida dentro de um plano globalde ação, considerando-se fatorescomo tempo (momento) e espaço(local geográfico). Isso significa quedeve haver uma contextualização daTelemedicina ao momento que a re-gião na qual será implantada estáatravessando e às características geo-gráficas desta região. Inserir aTelemedicina numa estratégia signi-fica colocá-la numa posição exclusi-va e valiosa, envolvendo um variadoconjunto de atividades. Deve havero reconhecimento de que a estraté-gia influencia e é influenciada pelaação de outros fatores ao longo dotempo. Portanto, deve estar em cons-tante avaliação e adequação.

O termo logística foi empregado naárea militar para designar estratégi-as de abastecimento de seus exérci-tos nos fronts de guerra, com o intui-to de que nada lhes faltassem. ATelemedicina deve levar em conside-ração, de um modo figurado, este

Artigo da Edição

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1. Akker TW, Reker CHM, Knol A, Post J, Wilbrink J, VeenJPW. Teledermatology as a tool for communicationbetween general practitioners and dermatologists. J.Telemed. Telecare 2001; 7:193-98.

2. Barnard CM, Goldyne ME. Evaluation of anasynchronous teleconsultation system for diagnosis of skincancer and other skin diseases. Telemed. J. e-Health2000; 6(4):379-84.

3. Bashshur RL, Reardon TG, Shannon GW.Telemedicine: a new health care delivery system. Annu.Rev. Public. Health 2000; 21:613-37.

4. Chao LW, Cestari TF, Bakos L, Oliveira MR, Miot HA,Böhm GM. Evaluation of an Internet-based tedermatologysystem. J. Telemed. Telecare 2003; 9(S1):9-12.

5. Kuchenbecker J, Dick HB, Schmitz K. Use of Internettechnologies for data acquisition in large clinical trials.Telemed. J. e-Health 2001; 7(1):73-6.

6. Taleb AC, Böhm GM, Avila M, Chao LW. The efficacyof telemedicine for ophthalmology triage by a generalpractitioner. Journal of Telemedicine and Telecare, 2005;11:S1:83-85.

Referências

Artigo da Edição

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aspecto, pois ocorrerão situações emque a TM por si só será apenas umaetapa intermediária para solucionarum determinado problema, necessi-tando adicionalmente de umalogística que possa prover ao públi-co-alvo acesso a serviços de saúde,para a solução definitiva. Exemplo:encaminhamento dos pacientes paraserviços médicos especializados e/ouhospitais ou necessidade de entregade materiais e medicamentos para oslocais atendidos.

Não é possível simplesmente impor-tar a Telemedicina e aplicá-la. Quais-quer ações de Telemedicina necessi-tam de adequação, treinamento daequipe de recursos humanos, logísticade acesso a serviços de saúde, entreoutras atividades.

Estes aspectos mostram a necessida-de de se agregar conceitos adicio-nais para as características atuais daTM. A aplicação e efetiva implanta-ção da Telemedicina deve acontecercom uma avaliação criteriosa dosdiversos fatores que podem agregarvalor a uma determinada atividade.Caso contrário, a Telemedicina difi-cilmente encontrará suporte funcio-nal a médio e longo prazo. A inte-gração entre a estratégia e logísticapermitirá a aplicação eficiente da

Telemedicina na prática diária.A Telemedicina pode ser vista comoestratégia de logística para promo-ver o bem-estar e/ou melhoria de pro-cessos por meio do uso de tecno-logias de informática e telecomuni-cação.

Atualmente, diversos recursos permi-tem viabilizar a Telemedicina de bai-xo custo. No Brasil já existem redesde telecomunicação que poderiamser interconectadas para facilitar asações. São exemplos a RNP, RUTE,SIVAM/SIPAM, redes governamentaisestaduais, Rede Giga, entre outras.As linhas digitais, linhas DSL, TV acabo e outras infra-estruturas de te-lecomunicação podem formar umacapilaridade de comunicação paraefetiva implantação da Telemedicina.Por outro lado, a atual difusão e po-pularização das videoconferênciascom equipamentos dedicados permi-tirá que os importantes centros hos-pitalares do Brasil possam conectar-se entre si por uma Telemedicina dealta performance e on-line.

Cada centro poderá cobrir as uni-dades básicas de saúde da sua re-gião por meio da Telemedicina demédio e baixo custo, aumentandoseu raio de ação e organizando oprocesso de atendimento médico

segundo a complexidade. Esta é aproposta do Projeto Estação DigitalMédica – Estratégia de Implantaçãoe Ampliação de Telemedicina noBrasil, desenvolvido por um grupoformado por 9 instituições (Facul-dade de Medicina da USP, Facul-dade de Medicina da UFMG, Fa-culdade de Saúde Pública da USP,Instituto de Biofísica da UFRJ, Fa-culdade de Odontologia da USP/Bauru - FOB, Hospital de Clínicasde Porto Alegre, IEP do HospitalSírio-Libanês, Universidade do Es-tado do Amazonas - UEA e InstitutoTecnológico de Aeronáutica, sob acoordenação da primeira).

As características importantes desteprojeto são: a difusão da Teleme-dicina, o desenvolvimento de ativi-dades de prevenção de doenças(programas de orientação para apopulação e treinamento de agen-tes comunitários de saúde, por meiode vídeos explicativos com uso dosrecursos da computação gráfica doProjeto Homem Virtual), e o apoioàs comunidades carentes e popula-ções isoladas por meio dos EstágiosUniversitários Multiprofissionais emsinergia com os Programas de Saú-de da Família do Ministério da Saú-de, de Atenção Básica e InternatoRural.

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Telemedicina e Telessaúde em Expansão

I Curso de Formação em Telemedicina

Difusão de conhecimento e capacitaçãopara a prática da teleassistência e teleducação

A Faculdade de Medicina da USP desenvolveu o Curso de Formação em Telemedicina, cuja pri-

meira edição aconteceu entre os dias 1 e 17 de feverei-ro, com participação de representantes de 22 institui-ções de diferentes estados brasileiros. O grande inte-resse pelo curso levou a um aumento do número de va-gas, das 40 previstas para 70, distribuídas entre médi-cos, gestores, técnicos e outros profissionais das áreasde saúde, tecnologia e educação.

O conteúdo e o modelo do curso foram criados pelaDisciplina de Telemedicina da FMUSP. É uma ação estra-tégica, que faz parte da proposta da disciplina de forta-lecer a Telemedicina no Brasil. Nesse contexto, o cursocumpre o papel de difusão de conhecimentos, troca deexperiências e integração de instituições.

Outro objetivo é incentivar a criação de núcleos deTelemedicina nas instituições participantes. O curso ca-pacita em requisitos essenciais para a implementaçãode tais estruturas, como o manuseio das tecnologias exis-tentes e a compreensão da amplitude da Telemedicina esuas perspectivas no Brasil.Com esta visão, foram preparadas aulas teóricas e prá-

ticas, com carga horária equivalente a 60 horas, dividi-das entre aprendizado virtual e presencial. Inicialmente,os alunos cumpriram a parte virtual, construída com basenos princípios da Teleducação Interativa. Já a partepresencial aconteceu de 13 a 17 de fevereiro, na Facul-dade de Medicina da USP.

O sistema utilizado para aprendizado a distância foi oCybertutor que, por meio da Internet, dá acesso a aulasem diferentes formatos, sejam textos, vídeos ou uma com-binação de ambos. A interação, neste caso, foi feita porintermédio de listas de discussão nos temas abordados.O Cybertutor permitiu aos professores o acompanha-mento da evolução dos alunos em seus estudos.

Durante o treinamento presencial, os participantes co-nheceram o moderno parque tecnológico da Disciplinade Telemedicina da FMUSP, sua estrutura de telecomuni-cação e as soluções desenvolvidas para a prática daTelemedicina e Telessaúde. Eles puderam vivenciar asaplicações das diferentes tecnologias disponíveis, desdeaquelas de baixo custo e larga abrangência, como aInternet, até as tecnologias de ponta, como a videocon-ferência.

Aulas práticas incluíram participação

em videoconferência e treinamento no

uso de sistemas baseados na web,

como o Cyberambulatório e Cybertutor

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Abordagem prática e contextualizada

Confira os principais tópicos do programa:

� Panorama da Telemedicina no Brasil e no mundo� Aspectos éticos e legais da teleassistência

e teleducação� Formas de sustentabilidade em

Telemedicina e Telessaúde� Telemedicina de larga abrangência -

Cyberambulatório� Uso da Telemedicina em pesquisas multicêntricas� Recursos de Teleducação Interativa: Cybertutor,

Tutor Online, listas de discussão,videostreaming e Sala de Aula do Futuro

� Teleassistência e segunda opinião formativa� Telepropedêutica� Teoria e prática da videoconferência, incluindo

media training para melhor comunicação� Projeto Homem Virtual e o impacto dos

objetos de aprendizagem na educaçãoe prevenção de doenças

� Tecnologias móveis – áudio e videoconferênciasbaseadas em sistema wireless

� Voz sobre IP� Fotografia digital

O curso criado pela Disciplina de Telemedicinada FMUSP apresenta uma visão ampla das

ações brasileiras e mundiais, bem como aborda ques-tões éticas, legais e de viabilidade e manutenção deprojetos. Também permite a familiarização com di-versos recursos tecnológicos e as soluções desen-volvidas pela Faculdade de Medicina da USP.

O curso continua a ser oferecido pelaDisciplina de Telemedicina da FMUSP,para difusão de conhecimento eincentivo à criação de novos centros deteleducação e teleassistência no país.Instituições e profissionais interessadospodem entrar em contato pelo telefone(11) 3062-8784 ou e-mail:[email protected]

I Curso de Formação em Telemedicina

Telemedicina e Telessaúde em Expansão

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Interação entre participantes vai continuar!

Um dos pontos fortes do I Cursode Formação em Telemedicina da

FMUSP foi a oportunidade de debatee troca de experiências. Esta interaçãoterá continuidade por meio de uma co-munidade virtual permanente sobreTelemedicina eTelessaúde, que tambémestará aberta aos participantes dos pró-ximos cursos e demais interessados.Saiba como associar-se na página 26.

Nesta primeira edição do curso, oambiente favorável à expressão de idéi-as foi enriquecido pela diversidade deinstituições participantes. Estiveram pre-sentes profissionais de faculdades, uni-versidades, hospitais e núcleos deTelemedicina, bem como representan-tes do governo brasileiro e integrantesdo Projeto Estação Digital Médica.

Governo:� Ministério da Saúde� Ministério da Educação

Instituições Educacionais:� Universidade Estadual de Montes

Claros (UNIMONTES - MG)� Universidade da Cidade de São Paulo (UNICID - SP)� Universidade Estadual Paulista (UNESP - SP)� Santa Casa de São Paulo� Faculdade de Odontologia da USP� Faculdade de Odontologia de Bauru (FOB - USP)� Escola de Enfermagem da USP� Universidade do Sagrado Coração (USC - Bauru)� Universidade de Campinas (UNICAMP – SP)

Complexo Hospital das Clínicas/FMUSP:� Departamento de Obstetrícia e Ginecologia� Instituto de Psiquiatria

Conheça as instituições que participaram do evento:

� Instituto de Radiologia� Grupo de Dor� Laboratório de Microbiologia

Projeto Estação Digital Médica:� Faculdade de Odontologia de Bauru e Hospital

de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais� Faculdade de Saúde Pública da USP� Faculdade de Medicina da Universidade

Federal de Minas Gerais� Instituto Tecnológico de Aeronáutica� Instituto de Biofísica da Universidade

Federal do Rio de Janeiro� Hospital de Clínicas de Porto Alegre� Faculdade de Medicina da Universidade

do Estado do Amazonas� Instituto de Ensino e Pesquisa do

Hospital Sírio-Libanês de São Paulo

Participaram do curso médicos, profissionais de saúde,

gestores e técnicos, representando 22 instituições

I Curso de Formação em Telemedicina

Telemedicina e Telessaúde em Expansão

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I Curso de Formação em Telemedicina

Evento marca primeira fase do Projeto Estação Digital Médica

O I Curso de Formação em Telemedicina foi deci-sivo para as atividades do Projeto Estação Digi-

tal Médica – Estratégia de Implementação e Am-pliação da Telemedicina no Brasil. O projeto, quereúne oito instituições sob a coordenação da Faculdadede Medicina da USP, receberá quase cinco milhões dereais do Programa Institutos do Milênio do CNPq (Con-selho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnoló-gico), neste e nos próximos dois anos.

Representantes de todas as instituições que integram oprojeto estiveram presentes no curso (veja lista de partici-pantes - pág. 8). Eles adquiriram conhecimento e capa-citação para o cumprimento da primeira fase do projeto,que visa implantar, em cada instituição, um centro detecnologia. Estruturados, estes oito centros terão papelfundamental na prática da Telemedicina e Telessaúde, sejapermitindo a comunicação entre profissionais de saúdeem locais geograficamente distantes (sem necessidade dedeslocamento físico), seja com o desenvolvimento de sis-temas e softwares que garantam a transmissão, a confiden-cialidade e a veracidade dos dados dos pacientes.

Ao final do curso, a Faculdade de Medicina da USPentregou para cada instituição participante do proje-to um aparelho de videoconferência Tandberg 6000MXP, que permite comunicação simultânea entre atéseis locais diferentes. Durante o evento, os represen-tantes destas instituições conheceram as aplicações eaprenderam a utilizar este equipamento, assim comoas demais tecnologias que podem ser empregadaspara a promoção da saúde, como máquinas fotográ-ficas digitais, Internet, voz sobre IP, wireless, entre ou-tras.

Os equipamentos de videoconferência, adquiridos coma verba liberada pelo CNPq, serão muito utilizados emações de Teleducação Interativa (cursos, treinamentos,discussões clínicas, aulas...) e de teleassistência formativa(segunda opinião de um médico especialista sobre o casode determinado paciente, fornecida para o médicogeneralista ou profissional de saúde que acompanha estepaciente). As videoconferências também permitirão reu-niões entre as instituições para discussão da evoluçãodo projeto.

O Projeto Estação DigitalMédica - Estratégia de Im-plementação e Ampliaçãoda Telemedicina no Brasilé vencedor do ProgramaInstitutos do Milênio do Mi-nistério da Ciência eTecnologia, que patrocina

pesquisas científicas por meio da formação de gruposde pesquisadores de diversas regiões do país. ATelemedicina é uma das áreas consideradas prioritáriaspelo ministério, que alocou para o projeto a maior ver-ba em comparação aos recursos destinados às outras

Ações para consolidação da Telemedicina no Brasil

33 propostas aprovadas em 2005, em diferentes áreasde conhecimento.

Para alcançar seu objetivo, o Projeto Estação Digital Mé-dica propõe variadas ações. Entre elas estão a realiza-ção de cursos e pesquisas multicêntricas, elaboração dematerial educacional para atividades de TeleducaçãoInterativa, desenvolvimento de núcleos para segundaopinião formativa a distância, formação de ligas acadê-micas (grupos de estudantes da graduação) para estudoe aplicação da Telemedicina, promoção de estágios uni-versitários multiprofissionais em regiões carentes, uso deobjetos de aprendizagem (como o Projeto Homem Vir-tual) e Telehomecare.

Telemedicina e Telessaúde em Expansão

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I Curso de Formação em Telemedicina

Impressões sobre o evento

“Constatei, de forma satisfatória, amotivação e segurança demonstradaspela funcionária da Faculdade de Saú-de Pública da USP após sua participa-ção no curso. A capacitação emTelemedicina proporcinou uma signi-

ficante diferença em sua formação profissional e lhepermitiu a aplicação imediata das técnicas e dos con-ceitos, expostos e discutidos no evento, no Departa-mento de Informática da FSP, onde trabalha”.

Representantes de todas as instituições que integram o Projeto Estação Digital Médica participaram do I Curso de Formação em Telemedicina da FMUSP. Eles ressaltaram a importância do evento para a execução do projeto,

com destaque para a variedade e relevância dos assuntos abordados, o fortalecimento das relações institucionais eo treinamento prático no uso das tecnologias. Veja alguns depoimentos:

Cláudio de Souza – coordenador do Centro deTecnologia em Saúde da Faculdade de Medicinada Universidade Federal de Minas Gerais

“O ponto alto do curso é a diversi-dade de temas, com destaque para aabordagem de aspectos éticos,tecnológicos e práticos. A iniciativa éexcelente, pois as instituições de saú-de brasileiras precisam ter profissio-

nais com formação em Telemedicina”.

“Estou convencido de que o curso foiimprescindível para os pesquisadoresparticipantes da Estação Digital Médica.Todos saíram mais preparados para ospróximos passos do projeto. E houve umimportante intercâmbio entre as institui-ções, que terá continuidade com a co-

munidade virtual sobre Telemedicina e Telessaúde”.

Pedro Elias de Souza – coordenador doPólo de Telemedicina da Amazônia

“Um dos grandes benefícios do cursofoi a troca de experiências com os cole-gas das instituições participantes do Pro-jeto Estação Digital Médica, bem comoo contato com outros profissionais inte-ressados em Telemedicina”.

Rosângela Simões Gundim – coordenadora deTelemedicina do Instituto de Ensino e Pesquisa doHospital Sírio-Libanês, de São Paulo.

“O curso incluiu os mais variadostemas, proporcionando uma visãoabrangente do assunto. A estrutura-ção da Telemedicina na nossa insti-tuição está sendo especialmente ba-seada no treinamento prático, que foioferecido de forma extremamente organizada. Tam-bém ampliamos nosso leque de contatos para tro-ca de conhecimentos e serviços”.

Nicolle Gollo Mazzotti – residente do Serviçode Dermatologia e pesquisadora do Laboratóriode Telemedicina Aplicada do Hospital deClínicas de Porto Alegre

“Acho que o curso foi muito bem plane-jado, com conteúdo abrangente, apresen-tado de forma clara e objetiva. Por ser ex-tremamente prático, intensificou a troca deexperiências e informações entre os gru-pos envolvidos no Projeto Estação DigitalMédica. A iniciativa de criar uma comuni-

dade virtual é muito importante para discutir os padrões aserem adotados na Telemedicina brasileira”.Luiz Jorge Fagundes - responsável clínico

pelo Ambulatório de DST do Centro de SaúdeGeraldo de Paula Souza da Faculdade deSaúde Pública da USP

Henrique Gandra – professor assistente doInstituto de Biofísica da Universidade Federal do Riode Janeiro – Área de Informática Aplicada ao Ensino

Telemedicina e Telessaúde em Expansão

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Oficina de Telemedicina e Telessaúde

Ministérios e gestores públicos debatemações integradas em Telemedicina

Aumentar a participação do governo em pro- gramas de promoção de saúde por meio da tecno-

logia. Este foi o propósito da Oficina de Telemedicinae Telessaúde, que aconteceu em Brasília nos dias 20 a22 de março, sob a coordenação da Disciplina deTelemedicina da Faculdade de Medicina da USP e como apoio do Ministério da Saúde. O evento reuniu pes-quisadores, professores, médicos e gestores públicos, querepresentaram universidades, hospitais, secretarias mu-nicipais de saúde e os ministérios da Saúde, Educação eDefesa. A oficina incluiu relatos das experiências brasi-leiras em Telemedicina e Telessaúde, apresentação deprojetos, demonstração das aplicações de cadatecnologia e treinamento no uso de videoconferência.

Em pauta, o trabalho cooperado

Durante a oficina, foram organizados debates a fim deintegrar as várias instâncias governamentais no planeja-mento e implementação de programas de saúde que al-cancem as regiões remotas do país, beneficiando as po-pulações carentes. “Nosso objetivo é somar esforços emparcerias entre governo e universidades, sem sobreposiçãode atuações, para que haja total aproveitamento dos re-cursos disponíveis”, afirma Ana Estela Haddad, coorde-nadora geral de ações estratégicas em educação na saú-de, do Departamento de Gestão da Educação na Saúde,pertencente ao Ministério da Saúde.

Dentro desta proposta de cooperação, foi discutida arealização de trabalhos conjuntos de teleassistência eteleducação, com o aproveitamento de infra-estruturase projetos governamentais já existentes. Entre eles, fo-

Oficina gerou reflexões conjuntas sobre o uso datecnologia para melhorar a qualidade de vida das

populações mais pobres do Brasil

ram citados o Projeto Rondon, coordenado pelos Mi-nistérios da Defesa e Educação; a Rede Universitáriade Telemedicina (RUTE), do Ministério da Ciência eTecnologia; bem como as redes de telecomunicaçãodo SIPAM (Sistema de Proteção da Amazônia), vincu-lado à Casa Civil da Presidência da República e doPrograma GESAC (Governo Eletrônico – Serviço deAtendimento ao Cidadão) do Ministério das Comuni-cações. “É possível integrar estas iniciativas do gover-no ao Estágio Universitário Multiprofissional do Proje-to Estação Digital Médica, em sincronização com aspolíticas estabelecidas pelo Ministério da Saúde. Comoresultado, teremos um programa interministerial de pro-moção de saúde, inclusão digital e resgate social, en-volvendo os estudantes em ações de cidadania”, ex-plica o Prof. Dr. Chao Lung Wen, coordenador-geralda Disciplina de Telemedicina da Faculdade de Medi-cina da USP.

O desenvolvimento de trabalhos conjuntos entre órgãos gover-namentais e privados é uma das atribuições da Comissão Per-manente de Telessaúde, instituída pelo Ministério da Saúde (por-taria no. 561/GM, publicada no Diário Oficial da União do dia17 de março, seção 1, pág. 59). Constituída por representantesdos Ministérios da Saúde, Ciência e Tecnologia, Comunicações,Educação e Defesa, do Conselho Federal de Medicina, da OPASe de oito instituições de ensino superior, a comissão tambémserá responsável pela avaliação e acompanhamento de proje-tos, entre outras atividades.

Ministério da Saúde incentiva integração

Telemedicina e Telessaúde em Expansão

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Telemedicina em Expansão

Atenção primária é foco de projeto de Telemática e Telemedicina

Apresentado durante a Oficina de Telemedicina eTelessaúde, o projeto Telemática e Telemedicina emapoio à atenção primária à saúde no Brasil somaexperiências de diferentes instituições a fim de melhorara qualidade do atendimento daatenção básica no SUS. Coorde-nada pelo Ministério da Saúde, aproposta foi elaborada pela Facul-dade de Medicina da USP, Univer-sidade Federal de Minas Gerais,Sociedade Brasileira de Medicinade Família e Comunidade e Bireme– Biblioteca Virtual em Saúde daOrganização Pan-Americana deSaúde, com apoio da FundaçãoOswaldo Cruz e do Departamen-to de Gestão da Educação na Saú-de (DEGES), pertencente ao Minis-tério da Saúde.

A idéia é ampliar a capacitaçãodas equipes do Programa de Saúde da Família (PSF).Para isso, será criada uma rede de comunicação a dis-tância, que permitirá a integração destas equipes comos gestores de serviços públicos e instituições de ensinosuperior das áreas de Medicina, Odontologia e Enfer-magem. Entre as estratégias definidas no projeto, está o

Ministério da Saúde

Secretaria de Gestão do Trabalho e Educação na Saúde

Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos

Secretaria de Atenção à Saúde

Coordenação Geral de Recursos Humanos

Ministério da Educação

Secretaria de Educação Superior - Núcleo de Apoio

ao Projeto Rondon

Secretaria de Educação a Distância

Ministério da Defesa

Secretaria de Estudos e de Cooperação/ Projeto Rondon

Secretarias Municipais de Saúde

Belo Horizonte

Porto Alegre

Florianópolis

fornecimento de segunda opinião especializada a dis-tância, por meio de sistemas baseados na Internet. “Essesuporte é importante, pois muitos profissionais do PSFnão querem fixar-se nas regiões mais remotas do país

por sentirem-se isolados,sem o apoio de especialis-tas”, afirma Ana EstelaHaddad, do DEGES.

Outra ação prevista é o usoda Teleducação Interativapara formação dos profis-sionais em diferentes temasde atenção básica à saú-de. “Será uma educaçãocontextualizada e por de-manda, ou seja, de acor-do com as características enecessidades de cada re-gião”, explica Ana Estela.

O projeto prevê ainda a criação da Biblioteca Virtual emAtenção Primária à Saúde, que fornecerá informações dequalidade de maneira sistematizada, como auxílio nosprocessos de tomada de decisão clínica, de formação ede gestão. Na primeira fase do projeto, todas estas açõesserão aplicadas em nove pólos em todo o país.

Instituições Acadêmicas

Faculdade de Odontologia da USP

Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto - USP

Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto

Universidade Federal de Minas Gerais

Universidade do Estado do Amazonas

Universidade Federal do Amazonas

Universidade Federal de Santa Catarina

Hospitais

Hospital das Clínicas - FMUSP

Hospital Universitário de Brasília

Instituição Internacional

Bireme – Biblioteca Virtual em Saúde (OPAS –

Organização Pan-Americana de Saúde)

Participantes da Oficina de Telemedicina e Telessaúde:

Projeto capacitará os profissionais doPrograma de Saúde da Família, que hojeatende 100 milhões de brasileiros

Oficina de Telemedicina e Telessaúde

Telemedicina e Telessaúde em Expansão

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Telemedicina e Telessaúde em Expansão

Workshop da Rede Universitária de Telemedicina

Debate sobre integração de projetos marca lançamentoda Rede Universitária de Telemedicina

Nos dias 24 e 25 de abril foi lançada, no Rio de Janeiro, a Rede Universitária de Telemedicina

– RUTE, financiada pelo Ministério da Ciência eTecnologia e pela FINEP, com apoio da Associação Bra-sileira dos Hospitais Universitários (Abrahue). A RUTEestá sob a coordenação da Rede Nacional de Ensino ePesquisa (RNP), que oferecerá sua infra-estrutura deconectividade, bem como dará o suporte necessáriopara que os hospitais participantes possam desenvol-ver atividades integradas.

O lançamento aconteceu com um workshop na Acade-mia Brasileira de Ciências, do qual participaram repre-sentantes das 20 instituições que fazem parte da novarede, entre elas o complexo Hospital das Clínicas/Fa-culdade de Medicina da USP. Estiveram presentes o se-cretário de Gestão do Trabalho e da Educação na Saú-de do Ministério da Saúde, Francisco Eduardo de Cam-pos, o subsecretário de coordenação das Unidades dePesquisa do Ministério da Ciência e Tecnologia, AvílioFranco, o presidente da Abrahue, Natalino Salgado Fi-lho e o coordenador-geral de Informação e Tecnologiado Datasus, Francisco Torres Troccoli.

Na abertura do evento, o diretor-geral da RNP, NelsonSimões, ressaltou a importância de criar uma rede decolaboração entre os serviços de Telemedicina existen-tes no país. “Vamos proporcionar a realização de traba-lhos cooperados entre as faculdades e hospitais univer-sitários, visando a melhoria da educação em saúde e daqualidade do atendimento para as populações caren-tes”, completou Luiz Ary Messina, coordenador da RUTE.Por fim, José Luiz Ribeiro, coordenador da Redecomep –Redes Comunitárias de Educação e Pesquisa, explicoucomo a RUTE poderá beneficiar-se desta estrutura, queviabiliza a formação de redes metropolitanas de altacapacidade para instituições de ensino e pesquisa.

Ações conjugadas em benefício da saúdeO destaque do encontro foi a discussão, realizada nodia 25, sobre a integração dos projetos e ações emTelemedicina e Telessaúde, assim como sua junção cominiciativas governamentais. Coordenado pelo Prof. Dr.György Miklós Böhm, chefe da Disciplina de Teleme-dicina da FMUSP e pelo Prof. Dr. Aldo von Wangenheim,

da Universidade Federal de Santa Catarina, o debateocorreu após a exposição de casos de sucesso no de-senvolvimento e aplicação da teleassistência eteleducação.

Foram apresentados os projetos Estação Digital Médi-ca, coordenado pela Faculdade de Medicina da USP;Ação Nacional e Permanente de Controle da Hanseníase,da FMUSP; Telemática e Telemedicina em Apoio à Aten-ção Primária à Saúde no Brasil, sob coordenação doMinistério da Saúde; e BHTelessaúde, da UniversidadeFederal de Minas Gerais. Houve ainda a apresentaçãoda Rede Catarinense de Telemedicina (UFSC), do Pólode Telemedicina da Amazônia (UEA) e da série GeraçãoSaúde, produzida pela TV Escola, do Ministério da Edu-cação.

O Prof. Dr. Chao Lung Wen, responsável-executivo peloProjeto Estação Digital Médica, propôs o planejamentode trabalhos cooperados com a RUTE. “Possuímos açõesconsolidadas que podem auxiliar as instituições a de-senvolverem planos sustentáveis a médio e longo prazo,com o uso da Telemedicina. Há ainda a possibilidadede sincronizar estes esforços com as atividades dos Mi-nistérios da Saúde e Educação”, sugeriu.

Prof. Dr. György Böhm: “O entrosamento

entre as diversas ações nacionais é mais do

que necessário: é uma obrigação; sua

ausência seria negar a essência da Telemática”

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Telemedicina em ExpansãoTelemedicina e Telessaúde em Expansão

Workshop da Rede Universitária de Telemedicina

Estação Digital Médica e RUTE podem at

Cada uma das instituições da RUTE apresentou, durante oworkshop de lançamento da rede, suas atividades e infra-estrutura

em Telemedicina, assim como propostas de integração. A Disciplina deTelemedicina da Faculdade de Medicina da USP sugeriu a execução deatividades conjuntas entre os participantes do Projeto Estação Digital Mé-dica e da RUTE. “As duas redes têm muitas metas em comum, o quetorna a união fundamental para potencializar as ações e serviços emTelemedicina e Telessaúde”, explica o Prof. Dr. Chao Lung Wen, respon-sável-executivo pelo projeto e coordenador-geral da Disciplina deTelemedicina da FMUSP.

O Projeto Estação Digital Médica – Estratégia de Implementação e Amplia-ção da Telemedicina no Brasil envolve oito instituições públicas e privadas,coordenadas pela Faculdade de Medicina da USP, com o objetivo deestruturar uma rede logística de comunicação e desenvolvimento de solu-ções tecnológicas para aplicação da Telemedicina (veja pág. 9).

Para efetivar a união da Estação Digital Médica e RUTE, o professor Wendefendeu o trabalho cooperado entre as duas redes no projeto Telemáticae Telemedicina em apoio à Atenção Primária à Saúde no Brasil, coorde-nado pelo Ministério da Saúde. O projeto visa a capacitação das equipesdo Programa de Saúde da Família, o que vai de encontro com as decla-rações feitas durante o evento pelo secretário Francisco Eduardo de Cam-pos, do Ministério da Saúde, que insistiu na priorização dos programasde atenção básica pelos hospitais participantes da RUTE.

Durante o workshop, o Prof. Dr. György MiklósBöhm, chefe da Disciplina de Telemedicina daFaculdade de Medicina da USP, colocou à dispo-sição das demais entidades da RUTE os sistemasde teleassistência e teleducação desenvolvidospelo Centro de Inovação e Pesquisa em Solu-ções de Telessaúde da FMUSP (CIPS-Telemed),assim como seu parque tecnológico.“Os recursos do centro permitirão a criação,implementação e validação de novos modelos”,destacou. O professor disponibilizou ainda a pu-blicação Atualidades Brasileiras em Telemedicinae Telessaúde para compartilhamento de informa-ções, artigos e casos de sucesso pelos membrosda RUTE.Além da infra-estrutura, a Disciplina de Teleme-dicina da Faculdade de Medicina da USP ofere-

Telemedicina – FMUSP: infra-estrutura e experiência

ciplina de Telemedicporte técnico tambélos participantes da emprego de sistemamentou.

O próximo treinamedias 5 e 6 de agostodenação do Prof. DBiofísica da UFRJ, o tação Digital Médica

Acesse o sitewww.estacaoe conheça as participantes Estação Digita

ceu à RUTE sua experiência na formação de pro-fissionais e estudantes para a implementação euso das tecnologias em favor da saúde. A FMUSPjá organizou três cursos de capacitação prática eteórica em Telemedicina e Telessaúde, com parti-cipantes de todas as regiões do país: no Con-gresso Internacional de Telemedicina e Telessaúde,em São Paulo (23 a 26 de outubro de 2005); naFaculdade de Medicina da USP (01 a 17 de feve-reiro de 2006) e na Oficina de Telemedicina eTelessaúde, em Brasília (20 a 22 de março de2006). “Sempre nos preocupamos em oferecercursos de formação, ajudando médicos, técni-cos e profissionais de saúde na estruturação denúcleos de tecnologia. Tais cursos podem ser es-tendidos às instituições da RUTE”, afirmou o Prof.Dr. Chao Lung Wen, coordenador-geral da Dis-

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uar juntas em projetos de impacto social

Uma das propostas de integração apre-sentada pela Faculdade de Medicina daUSP é a participação da RUTE naANAPEC Hanseníase – Ação Nacionale Permanente de Controle da doença.

O plano desenvolvido pela Disciplinade Telemedicina da FMUSP baseia-senos processos da Cadeia Produtiva de

Saúde. “Este é um conceito que revelaa amplitude da Telemedicina e a im-portância de sua aplicação de manei-ra estratégica, com ações direcionadase o estabelecimento de uma logísticapara prover serviços de forma susten-tável”, explica o professor Wen. Nestecontexto, a ANAPEC Hanseníase abran-ge desde a prevenção até a reabilita-ção física e reintegração social das pes-soas seqüeladas. “Trata-se de um con-junto de ações que já estão em anda-mento e podem expandir-se com a par-ticipação das instituições da RUTE, oque certamente contribuirá para tirar oBrasil do segundo lugar mundial no nú-mero de casos da doença”.

Importantes componentes da CadeiaProdutiva de Saúde fazem parte daANAPEC-Hanseníase. Dentre eles, oProjeto Homem Virtual, cujo título so-bre Hanseníase foi concebido comoprodução de domínio público, permi-tindo sua utilização em larga escala portodas as entidades interessadas em pro-mover educação e prevenção. Outraação é a série Geração Saúde, produ-zida pela TV Escola, da Secretaria deEducação a Distância do Ministério daEducação, em parceria com a Discipli-na de Telemedicina da FMUSP e a PUC

Cadeia produtiva de saúde: Telemedicinapara controle da Hanseníase

do Rio de Janeiro (veja págs 16 e 17).Destinada aos estudantes do ensinomédio da rede pública, a série abordaa Hanseníase em um de seus capítu-los, orientando sobre o reconhecimen-to de manchas suspeitas, formas decontágio e tratamento.

A ANAPEC Hanseníase engloba ain-da o uso do Cyberambulatório parasegunda opinião a distância baseadana Internet; realização de videocon-ferências para debates entre centros deexcelência; transmissão de cursos pelaInternet para treinamento de profissio-nais de saúde na reabilitação de pes-soas com seqüelas da doença; envol-vimento de estudantes universitáriosem trabalhos com a população (Pro-jeto Jovem Doutor, ligas de Teleme-dicina e Estágio Universitário Multipro-fissional); criação de uma rede de vi-gilância epidemiológica; entre outrasações.

cina. “Nossa unidade de su-m poderá ser consultada pe-RUTE, no caso de dúvidas no

as e equipamentos”, comple-

ento está agendado para oso, no Rio de Janeiro, sob coor-Dr. Walter Zin, do Instituto de

qual faz parte do Projeto Es-a.

digitalmedica.com.brinstituiçõesda RUTE e do Projetoal Médica

O Homem Virtual sobre Hanseníase édistribuído gratuitamente para açõesde educação e prevenção

Saiba mais na próxima ediçãosobre a Cadeia Produtiva de Saúdee Estratégias de Sustentabilidade

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Telemedicina em ExpansãoAções Governamentais em Telessaúde

Série Geração Saúde

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Vídeos produzidos pelo Ministério da Educa

Ensinar aos adolescentes como cuidar da saúde,motivando-os a desenvolver hábitos que gerem

prevenção e diagnóstico precoce de doenças. Maisdo que isso: incentivar os jovens a multiplicarem oconhecimento adquirido e a tornarem-se agentestransformadores do meio em que vivem. Estes sãoalguns dos objetivos da série Geração Saúde, pro-dução resultante de parceria entre a TV Escola daSecretaria de Educação a Distância do Ministério daEducação, a Universidade de São Paulo (Disciplinade Telemedicina da Faculdade de Medicina da USP)e a PUC do Rio de Janeiro.

A série Geração Saúde é um conjunto de programasaudiovisuais, transmitidos via satélite para escolasda rede pública, dentro da programação da TV Es-cola. Os episódios unem dramatização, entrevistase o Projeto Homem Virtual da Disciplina deTelemedicina da FMUSP, em linguagem simples e comsituações comuns ao universo dos jovens. Eles “tra-duzem” o conhecimento científico em saúde para osalunos do ensino médio, proporcionando aprendi-zado e conscientização por meio da identificaçãocom o cotidiano dos personagens.

Os primeiros sete programas da série foram lança-dos no dia 18 de abril, no Ministério da Educação,em Brasília, com a presença do chefe da Disciplinade Telemedicina da Faculdade de Medicina da USP,Prof. Dr. György Miklós Böhm, do secretário de Edu-cação a Distância, Ronaldo Mota, do ministroFernando Haddad, do reitor da PUC do Rio de Ja-neiro, Padre Jesús Hortal Sánchez (foto, da esquerdapara a direita), entre outras autoridades. Durante a

solenidade, oministro Fer-nando Haddadelogiou a inici-ativa e incenti-vou sua conti-nuidade.

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ção motivam adolescentes a cuidar da saúde

Homem Virtual para compreensão rápida

O conteúdo científico da série, de autoria de dermatologistas vinculados àDisciplina de Telemedicina da FMUSP, com apoio de uma estrategista decomunicação, permeia todos os programas: está presente nasdramatizações e nas entrevistas com especialistas, e é transmitido de ma-neira muito clara pelo Homem Virtual. “As imagens dinâmicas em 3D doHomem Virtual são desenvolvidas para permitir a visualização de proces-sos mais complexos do corpo humano, garantindo o entendimento ememorização por parte dos adolescentes”, explica o Prof. Dr. Chao LungWen, coordenador da Disciplina de Telemedicina da FMUSP. Foram pro-postos os seguintes temas para os próximos programas da série: SaúdeBucal, Fonação, Sexualidade e Doenças Sexualmente Transmissíveis.

A série Geração Saúde também é inovadora por estimular a interatividade eparticipação de professores e alunos. Foram desenvolvidos vídeos de pré-

exibição, que mostram aos profes-sores os objetivos do capítulo e su-gerem atividades para serem reali-zadas depois da exibição do progra-ma aos alunos. Muitas destas ativi-dades encontram-se no site do Mi-nistério da Educação (http://portal.mec.gov.br/seed), que temuma área destinada à série, produ-zida pela PUC – RJ, com jogoseducativos, quiz, informações cien-tíficas, dicas e o Homem Virtual.

Os alunos podem também criarseus próprios vídeos e roteiros, apartir das histórias e imagens dis-ponibilizadas no site. “Não quere-mos espectadores passivos, masque produzam a partir do queaprenderam, gerando benefíciospara suas famílias e a comunida-de”, afirma Carmen Moreira deCastro Neves, diretora do Depar-

tamento de Produção e Capacitação em Programas de Educação a Dis-tância do MEC. “Este é um novo conceito: a pedagogia da autoria, queconvida o professor e o aluno a participar”, explica. Os programas sãoproduzidos ainda em um modelo que pode ser potencializado pelos recur-sos da TV Digital.

Equipe responsável pelo conteúdo

científico da série Geração Saúde:

Dematologistas: Hélio Amante Miot,

Maurício Paixão, Danielle Bertino,

Andrea Godoy, Jayme de Oliveira Filho,

Cyro Festa Neto e

Maria Angela Bianconcini Trindade

Estrategista de Comunicação:

Vanessa Haddad

Coordenadores-gerais:

Prof. Dr. Chao Lung Wen e

Prof. Dr. György Miklós Böhm

Cenas da série Geração Saúde.

O primeiro episódio apresenta

o ambiente e os personagens.

Os capítulos seguintes abordam os

temas Saúde da Pele, Acne, Vida

Saudável com o Sol, Manchas da Pele,

Câncer de Pele e Hanseníase

O Homem Virtual permite aoadolescente visualizar asestruturas da pele e as alteraçõesprovocadas pelas doenças

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Série Geração de Saúde

É um prazer muito grande estaraqui no Ministério da Educação paraparticipar do lançamento de uma ini-ciativa tão louvável como esta deuma série educativa da TV Escolachamada Geração Saúde. A Facul-dade de Medicina da USP sente-sehonrada em colaborar ativamentedeste programa através de sua Disci-plina de Telemedicina.

Talvez, senhor ministro Haddad, nãoseja fora de propósito dizer algumaspalavras sobre a teleducação, que étantas vezes mal entendida, sobretu-do em países em desenvolvimento.

Freqüentemente, ouço a suspeita deque teleducação é sinônimo de edu-cação de baixa qualidade e, também,a afirmação de que seu custo-bene-fício a torna proibitivo. Nenhuma des-tas observações é verdadeira; atecnologia digital, expressão com quedesejo reunir a telecomunicação e aciência da computação, quando apli-cada à educação adequadamente,cria uma ferramenta educacional deexcelente qualidade e custo-benefí-cio favorável. Na realidade atecnologia digital não é uma opçãoa mais nos diversos campos de atua-ção governamental: é uma obriga-ção a ser desenvolvida e aplicada ànação brasileira, sob a pena de atra-sarmos o seu destino de ocupar olugar de destaque entre os países aoqual foi destinado pelos próceres dapátria que fixaram a divisa na ban-deira verde-amarela: ordem e pro-gresso.

De certo modo, o que falta à teledu-cação é justamente ordem e progres-so. Não desenvolvemos, ainda, asconjunturas que dessem à teledu-cação a ordem necessária para pros-perar e beneficiar este Brasil imenso.

Contudo há luz no fim do túnel. Umpequeno núcleo de pessoas prepa-radas, eficientes e abnegadas, liga-das a este ministério e o da saúde,trabalha dedicadamente para mudareste cenário e a série educativa Ge-ração Saúde é um exemplo de bomcaminho. E há tanto a fazer! Pensoneste momento no programaFUNDEB, este louvável esforço doGoverno de manter os frutos do en-sino básico, evitar que o cidadão al-fabetizado volte a ser analfabeto.Educar jovens já no mercado de tra-balho e adultos é uma tarefa difícil enecessária no Brasil. Estima-se que opaís possui uma população de 4,5milhões de alunos necessitando estaassistência educacional. E os profes-sores para o FUNDEB? Certamenteexistem, mas em número suficiente?Bem preparados? Não creio. A tare-fa de ensinar adultos e adolescentespara manter as conquistas do ensinobásico é ingrata, árdua e mal-paga.O FUNDEB é um bom exemplo emque a teleducação poderia fazer umgrande serviço complementar à edu-cação presencial, oferecendo altatecnologia didática, uma capila-ridade sem paralelo para alcançar osalunos e professores mais isolados euma liberdade para o aprendizado,pois os usuários podem dispor dateleducação no dia e na hora quemais lhes convém e refiro-me, notembem, tanto ao aprendizado dos alu-nos como ao aperfeiçoamento dosprofessores.

Ministro Fernando Haddad. Que a sé-rie Geração Saúde da TV Escola sejaapenas a ponta de um imenso icebergda teleducação durante a sua gestãoem frente do Ministério da Educação,é o desejo da FMUSP e da Disciplinade Telemedicina que tenho o privilé-gio de aqui representar.

Discurso do Prof. Dr. György Miklós Böhm, professor titular da FMUSP e chefe daDisciplina de Telemedicina, durante o lançamento da série Geração Saúde, em Brasília

Telemedicina em ExpansãoAções Governamentais em Telessaúde

Considerações sobre a teleducação no Brasil

A tecnologia existe, porém falta o pla-nejamento para uma ação educativaholística que norteasse suaabrangência. Assim, por exemplo,vejo com preocupação que os po-deres federais e estaduais fomentamvárias redes independentes para omesmo fim. Na saúde certamente te-mos uma multiplicidade dispersiva:Estação Digital Médica, RUTE,SIPAM, Banco do Brasil e sei láquantas mais. Tanto na saúde comona educação, a diversidade de açõesconvergentes é muito desejável, en-tretanto as batalhas para conquistarhegemonia – e é o que assistimos –geralmente levam a ruína: todos per-dem e preciosos recursos e muitosesforços escoam pelo ralo do des-perdício.

Senhor Ministro, autoridades, minhassenhoras e meus senhores. A TV Es-cola e todos os outros canais de co-municação voltados à educação sãobálsamos para a tristeza que me afli-ge diariamente ao ser bombardeadopelas televisoras. A realidade é quehá excelente utilização da tecnologiadigital para a diversão, o comércio eas notícias; sobretudo para estas úl-timas. De todos os cantos do globo,mesmo dos lugares mais remotos emenos acessíveis, são nos transmiti-das instantaneamente e com altaqualidade mensagens de tragédias,desgraças e cenas de sofrimento. Énos dado o privilégio de comungardestes infortúnios, porém, simultane-amente, encontramo-nos privados deexercer a eficiência da ação.

As imagens da infelicidade gozam doluxo da banda larga, mas a sua as-sistência apenas dispõe a comunica-ção estreita e limitada da rádio ouda telefonia. Esta é também a situa-ção da saúde e da educação.

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Caso de Sucesso

Telemedicina na Amazônia: soluçãopara o isolamento de comunidades e profissionais

Viabilizar a integração regional para promover maisdo que saúde: melhoria da qualidade de vida das

pessoas que moram na Amazônia. Este é o objetivo doPólo de Telemedicina da Amazônia, iniciativa da Uni-versidade do Estado do Amazonas (UEA) e Universidadede São Paulo (Disciplina de Telemedicina – FMUSP), como apoio do Conselho Federal de Medicina e sob coor-denação dos professores Pedro Elias de Souza e CleinaldoCosta (ambos da UEA) e Chao Lung Wen (FMUSP).

A idéia é utilizar as tecnologias disponíveis para cone-xão entre hospitais, postos de saúde, bases das forçasarmadas, universidades, escolas e outras entidades naAmazônia, superando as distâncias e barreiras físicas.“Esta rede de comunicação é essencial para levar as-sistência e educação em saúde às comunidades isola-das, às quais o acesso aos serviços médicos somente épossível com extensas viagens de barco ou avião”, ex-plica o Prof. Cleinaldo Costa. “A Telemedicina nos per-mite prestar uma assistência de maior qualidade aosnossos pacientes, sem perder o senso de humanida-de”, complementa o Prof. Pedro Elias de Souza.

Além da integração regional entre entidades governa-mentais e instituições públicas e privadas de saúde, oPólo de Telemedicina da Amazônia visa a troca de expe-riências com os outros estados. “As universidades doAmazonas desenvolvem importantes trabalhosassistenciais e de pesquisa sobre doenças tropicais. Éfundamental que este conhecimento seja transmitido aprofissionais das demais regiões brasileiras, para o de-senvolvimento de trabalhos cooperados”, ressalta o Prof.Dr. Chao Lung Wen, coordenador da Disciplina deTelemedicina da FMUSP.

AtuaçãoCriado em dezembro de 2004, o Pólo de Telemedicinada Amazônia desenvolve importantes trabalhos na re-gião. A Liga de Telemedicina reúne cerca de 120 estu-dantes da UEA, Universidade Federal do Amazonas

(UFAM) e Universidade Nilton Lins, em atividades de pes-quisa e aplicação de projetos de educação e preven-ção. A educação médica continuada a distância vempermitindo a atualização dos profissionais em temas re-levantes para a região, como Patologia e Traumatologia.E a Telemedicina começa a fazer parte dos internatosrurais da UEA e UFAM, para emprego da tecnologiapelos estudantes de medicina, como ferramenta de pro-moção de saúde, inclusão digital e reinserção social.Todas estas atividades irão expandir-se e consolidar-sepela participação da Universidade do Estado do Ama-zonas no Projeto Estação Digital Médica – Estratégia deImplementação e Ampliação da Telemedicina no Brasil,coordenado pela Faculdade de Medicina da USP.

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Apoio do SipamO Sistema de Proteção da Amazônia tem contri-buído para o sucesso das ações de teleducaçãoe integração regional do pólo, oferecendo suainfra-estrutura para a realização de videocon-ferências e transmissão de cursos por videostrea-ming. É o que acontece nos eventos de Teletrauma,que permitem a 130 cirurgiões de Manaus con-tato via videoconferência com especialistas da Dis-ciplina de Cirurgia do Trauma da FMUSP, paradiscussão de casos clínicos e aprendizado pormeio de demonstrações cirúrgicas. Outra iniciati-va apoiada pelo SIPAM é o curso para médicosgeneralistas do interior do Amazonas, com trans-missões por videostreaming para 61 municípios.

A Telemedicina é

essencial na Amazônia,

cujos habitantes, muitas

vezes, dependem de

longas viagens de barco

ou avião para receber

assistência médica

Antena para transmissão

via satélite do SIPAM:

infra-estrutura para

prover educação e

integração na Amazônia

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Agenda

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I Reunião sobre reembolso dos serviços prestadosvia Telemedicina e Telessaúde e uso da teleducaçãopara recertificação profissional

Data: 14 e 15 de julho de 2006 - 9h00 às 17h00Local: Faculdade de Medicina da USP

Público-alvo:• Gestores do sistema público de saúde - secretarias

municipais e estaduais, hospitais, entre outros• Gestores do sistema privado de saúde – planos e

seguradoras, hospitais, laboratórios, empresas dehomecare, entre outros

• Administradores da indústria farmacêutica• Sociedades de especialidades médicas e entidades de

classe• Médicos, enfermeiros, dentistas e demais

profissionais de saúde• Empresários das áreas de tecnologia, educação,

comunicação, entre outros

Objetivos:• Discutir os aspectos relacionados ao reembolso aosmédicos e profissionais de saúde por serviços realizadospor meio da Telemedicina e Telessaúde, bem como amelhoria da eficiência do atendimento e a sustenta-bilidade destas atividades no país

• Debater a sistematização da segunda opinião especia-lizada a distância, propondo critérios para a definiçãode padrões que garantam a qualidade da teleassistência

• Discutir como a tecnologia pode melhorar a eficiênciafuncional das estruturas de saúde, com exposição dastecnologias existentes e das perspectivas de utilização

• Avaliar os recursos disponíveis para Telessaúde Domi-ciliar e Telehomecare, assim como as tendências decor-rentes do advento da TV Digital e Celular 3G

• Apresentar o Centro de Inovação e Pesquisa em Solu-ções de Telessaúde (CIPS-Telemed) da Faculdade de Me-dicina da USP e disponibilizá-lo para pesquisas de apli-cação de sistemas e modelos tecnológicos direcionadosà saúde

• Constituir um grupo de trabalho permanente paracondução das atividades e debates relacionados aotema em conjunto com os órgãos competentes

Formato:As sessões serão compostas por uma exposição objetivasobre o tema, seguida de debate para consolidação dasprincipais idéias e encaminhamento das conclusões aosórgãos e instituições competentes.

Conteúdo:• Projetos nacionais em Telemedicina apoiados pelosórgãos governamentais• Telemedicina e Telessaúde como estratégia de regula-mentação de serviços de saúde• Aspectos relacionados à ética para segunda opiniãoespecializada e critérios de remuneração• Melhoria da qualidade dos serviços de LaboratóriosClínicos e de Microbiologia por meio da teleconsultoria• Telessaúde Domiciliar - serviço de apoio à recupera-ção dos pacientes em seu domicílio, com acompanha-mento das doenças crônicas e disponibilização, por re-des de TV a cabo e Internet por banda larga, de progra-mas de promoção de saúde, como forma de reduçãode risco de doenças• Tecnologias disponíveis para a prática da Telemedicinae Telessaúde, sua importância e perspectivas• Teleducação Interativa como recurso para a capacita-ção continuada de profissionais de saúde• Importância da implementação de Unidades de Certifi-cação de Competências apoiadas por teletecnologia

Vagas Limitadas !

Inscrições e Informações: Disciplina de Telemedicina da FMUSP

Fone: (11) 3062-8784 - e-mail: [email protected] • www.estacaodigitalmedica.com.br

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Educação e Pesquisa

A Faculdade de Medicina de USP oferece a estudan- tes e pesquisadores a oportunidade de conhecer e

empregar a Telemedicina em suas áreas de atuação. Paraisso, é necessário formação, que é proporcionada pormeio dos cursos de graduação e pós-graduação da Dis-ciplina de Telemedicina da FMUSP. Realizados anualmen-te, os cursos abordam aspectos práticos e teóricos fun-damentais da Telemedicina, preparando os alunos parautilizar tecnologia em atividades de educação, assistên-cia e pesquisa. “Hoje é imprescindível a formação dosestudantes e médicos em Telemedicina, uma vez que elesprecisam conhecer e adotar as tecnologias para melhoriade sua qualidade profisional“ ressalta o Prof. Dr. ChaoLung Wen, coordenador da Disciplina de Telemedicinada FMUSP.

Praticar para aprenderOs cursos são baseados em aulas práticas, as quais per-mitem a interação dos alunos com pessoas capacitadasque lidam com a Telemedicina em seu dia-a-dia: médi-cos, profissionais de saúde, técnicos e comunicadores.Este contato acontece durante treinamentos para o usodos recursos tecnológicos existentes, como videocon-ferência, sistemas de teleducação e teleassistência pormeio da Internet (Cybertutor e Cyberambulatório), foto-grafia digital, sistemas wireless, tecnologias compu-tacionais portáteis, videostreaming, iconografias dinâ-micas tridimensionais desenvolvidas por computaçãográfica (Projeto Homem Virtual), entre outros.

Cursos de graduação e pós-graduação da FMUSPformam estudantes e pesquisadores em Telemedicina

“A tônica dos cursos são as aulas práticas, pois elashabilitam os estudantes para utilização de equipamen-tos e realização de atividades interativas”, afirma o Prof.Dr. Raymundo Soares de Azevedo Neto, co-responsávelpelos cursos de graduação e pós-graduação emTelemedicina da FMUSP. “Os conceitos teóricos são in-troduzidos durante os próprios treinamentos, levando oaluno a compreender os fundamentos das atividades prá-ticas que está realizando”, completa o Prof. Dr. SérgioDaré Júnior, colaborador das atividades de graduação.

Os cursos de graduação são optativos, e estão disponí-veis para estudantes de Medicina, Fisioterapia e Enfer-magem da USP, com carga horária de 60 horas, distri-buídas entre os meses de março e junho. Já os cursos depós-graduação destinam-se a alunos de mestrado edoutorado credenciados pela CAPES (Coordenação deAperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), comcarga de 120 horas. O calendário pode ser consultadono site da FMUSP (http://www.posgrad.fm.usp.br/site).

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Professor Raymundo Azevedo

demonstra a Sala de Aula do Futuro:

uma das soluções de Teleducação Interativa

que são detalhadas pela FMUSP

em seus cursos de Telemedicina

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Educação e Pesquisa

Estágio Universitário Multiprofissional: aprendizado, atençãobásica à saúde e inclusão digital via Telemedicina

Estão abertas as inscrições para o Estágio Universitá-rio Multiprofissional da Faculdade de Medicina da

USP, coordenado pela Disciplina de Telemedicina, comapoio da Liga de Telemedicina. Os estagiários realiza-rão atividades de auxílio às comunidades carentes, comemprego da Telemedicina para promover melhoria daqualidade de vida e inclusão social. Podem inscrever-seestudantes dos cursos de Medicina, Odontologia, Enfer-magem, Nutrição, Arquitetura, Engenharia, Ciências daComputação, Comunicação edemais interessados.

O Estágio Universitário Multi-profissional é uma grandeoportunidade de formaçãocomplementar ao ensino su-perior. Os alunos poderãoaplicar os conhecimentos ad-quiridos na faculdade, desen-volvendo habilidades funda-mentais para a vida profissio-nal, como capacidade de li-derança, planejamento, reso-lução de problemas e traba-lho em equipe. “Os estudan-tes irão empenhar sua forçade trabalho em benefício dapopulação. Mais do que uma ação de voluntariado, oestágio representa um exercício de cidadania”, ressaltao Prof. Dr. Chao Lung Wen, coordenador da Disciplinade Telemedicina da FMUSP.

Dinâmica do estágioDentre as atividades propostas, está o atendimento clí-nico à população, sob a supervisão de professores. Paraisso, os alunos de Medicina receberão treinamento so-bre as patologias geralmente encontradas em ações deatenção primária à saúde. Os casos mais difíceis pode-rão ser encaminhados a especialistas, via Telemedicina,para obtenção de segunda opinião a distância. A Teleme-dicina também será empregada para a realização detrabalhos conjuntos com agentes comunitários de saúdee equipes do Programa de Saúde da Família.

Será tarefa dos estudantes uma ampla análise da comu-nidade visitada. Os futuros nutricionistas e arquitetos irãoverificar as condições alimentares e de moradia quepossam prejudicar a saúde dos habitantes. Em seguida,os estagiários deverão fazer a correlação entre as situa-

ções encontradas e as doenças diagnosticadas, levandoem conta dados sobre educação, longevidade e renda.“A avaliação do impacto destes indicadores ajudará osalunos a estabelecerem ações que possam ser adotadaspela comunidade para melhoria da qualidade de vida”,explica o professor Wen.

O Estágio Universitário Multiprofissional propõe aindaatividades de orientação à população para prevenção

de doenças. Os estudantes se-rão responsáveis por formar,dentro da comunidade visita-da, agentes multiplicadores deinformações sobre saúde. Comeste objetivo, irão prepararmaterial educacional e realizarpalestras. Também poderãoutilizar CDs do Homem Virtuale vídeos educativos, como asérie Geração Saúde, produ-zida pela TV Escola, da Secre-taria de Educação a Distânciado Ministério da Educação.

Equipamentos de acesso àInternet serão doados aos lo-cais visitados. Assim, será possí-

vel dar continuidade aos trabalhos após o término doestágio, por meio da comunicação a distância dos uni-versitários com os agentes multiplicadores. Os mesmosequipamentos permitirão a inclusão digital das comuni-dades, a partir de atividades desenvolvidas pelos alunosde Ciências da Computação. “São importantes açõesde reintegração social, que podem aumentar suaabrangência e mudar a realidade brasileira com oenvolvimento dos Ministérios da Saúde e Educação”,afirma o Prof. Wen.Os conceitos acadêmicos do Estágio UniversitárioMultiprofissional também poderão ser expandidos ao Pro-jeto Rondon, coordenado pelos Ministérios da Defesa eEducação.

Informações:Disciplina deTelemedicina da FMUSPTelefone: (11) 3062-8784telemedicina@telemedicina.fm.usp.brwww.estacaodigitalmedica.com.br

Durante o estágio, os estudantes atenderão as

comunidades carentes, em atividades conjuntas

com o Programa de Saúde da Família

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Revisão de Artigo

Telemedicina para estruturação da teleducação em OdontologiaTelemedicine for structuring of teleducation in Dentistry

Érika SequeiraDoutoranda pela FMUSPPhD student by FMUSP

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Formação e Atualização

SummaryThis is a commented summary of the article written by ZUNDEL, K M. entitled: Telemedicine: history, applications, andimpact on librarianship, published by the magazine Bull Med Libr Assoc 84(1): 71-79, in January of 1996. Theproposal is to reflect about the potentialities of telecommunication and technologies in the health areas.

Palavras-chave: Teleodontologia, teleducação, histórico da TelemedicinaKey words: Teledentistry, teleducation, Telemedicine history

Este artigo permite-nos refletir sobrea evolução exponencial da Teleme-dicina nestes últimos dez anos, perío-do entre a publicação do artigo atéhoje. Já em 1996, existiam iniciati-vas relacionadas à teleassistência eteleducação. Ao longo do tempo,foram ampliadas as ações, devido aogrande crescimento nas aplicaçõesdas telecomunicações em saúde,como o uso da banda larga. Hoje,experiências como a série GeraçãoSaúde da TV Escola, iniciativa da Se-cretaria de Educação a Distância doMinistério da Educação em parceriacom a Disciplina de Telemedicina daFMUSP e PUC do Rio de Janeiro,mostram as potencialidades dateleducação para profissionais e lei-gos. Esta série tem importantes po-tenciais para utilização na TV digitalbrasileira.

Podemos fazer uma análise sobre atemática, por meio de seus ambien-tes de teleassistência, que podem re-duzir o número de viagens para seobter tratamento médico especializa-do, melhorar a coordenação de fun-ções médicas e administrativas comgrandes instituições e estabelecer um

canal de conexão em situações deemergência, quando o acesso aomédico é difícil ou impossível de seobter. A Telemedicina permite assistirou levar cuidado médico a pessoasgeograficamente distantes ou centrosde saúde.

Como exemplo, vale ressaltar o que,segundo a autora, ocorreu em Ohio– USA, onde um projeto noAlzheimer’s Disease Support Centerfoi desenhado para prover informa-ções e suporte a cuidadores de pes-soas com demência, indo de encon-tro às suas necessidades. Ressalta-seque fatores logísticos com freqüên-cia dificultam os esforços doscuidadores. As participações em gru-pos de suporte e orientação à demên-cia, algumas vezes, são dificultadaspor problemas de horário, localiza-ção e situação física. Neste caso, aligação de múltiplos computadorestem o potencial de diminuir algunsdesses problemas.

O projeto utilizou um circuito fecha-do de televisão para levar aoscuidadores informações fundamen-tais sobre as necessidades de um gru-

po específico de pacientes, transmitirlista de discussão ou entrevistas, agru-par histórias interessantes sobre pa-cientes, descrever tecnologias inova-doras ou tratamentos, providenciarmensagens de saúde e testar os co-nhecimentos aprendidos.

Sistemas como este, apresentado pelaautora, podem ser usados sozinhos oufazer parte de um programainstrucional mais amplo. Deve-se re-conhecer o potencial deste mediadorpara ensinar e entreter pacientes e fa-miliares. Esta tecnologia pode aindareduzir a necessidade de tempo gastocom o ensino individual, e ser atraen-te porque aprende-se por meio derecursos audiovisuais. Promove con-sistência, informação compreendida eincorporação de teorias de aprendi-zado em adultos. Pode também ace-lerar o procedimento de consentimen-to informado e facilitar a avaliação doaprendizado.

Prevenção, unindo assistência e edu-cação, pode proporcionar modifica-ção de comportamento e a reintegra-ção social. O conhecimento deve serrespeitado dentro do cenário da

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Formação e Atualização

Revisão de Artigo

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dificuldade da compreensão do ido-so, atitudes podem ser modificadasem padrões positivos de comporta-mento, o que difere da simples re-tenção da informação sem aplicaçãoprática.

Dentre muitas das finalidades daTelemedicina citadas no artigo, estáa educação dos pacientes, uma apli-cação de extrema importância seme-lhante ao que busco estudar em meuprojeto de pesquisa de doutoramentoAplicação de Modelo EducacionalInterativo como Recurso para Orien-tação e Motivação sobre Saúde Oralem Idosos, no qual um modelo queutiliza recursos iconográficos e de co-municação dirigida pretende avaliarcomo os idosos agregam novos con-ceitos sobre saúde bucal e aplicam

estes conhecimentos em seu dia-a-dia. O modelo multimídia envolve oemprego do Homem Virtual, da Dis-ciplina de Telemedicina da FMUSP,como uma forma simples de comu-nicação e de larga abrangência, parainformar ao idoso sobre sua saúdeoral e como realizar o autocuidado,a fim de promover mudanças decomportamento e melhorar a auto-estima.

O ponto de destaque no artigo é que,desde 1996, já se procurava utilizara televisão como recurso para trans-missão de conhecimentos. Atualmen-te, com a evolução das tecnologiasde TV a Cabo e da TV Digital, é pos-sível desenvolver um completo pro-grama educacional, interativo e on-line, entre os especialistas e os

Érika SequeiraCirurgiã-dentista, formada em 1997, pós-graduada em Gerontologia, especialista em Prótese Dental, iniciou após-graduação na FMUSP em 2005, com projeto de pesquisa intitulado Aplicação de Modelo Educacional

Interativo como Recurso para Orientação e Motivação sobre Saúde Oral em Idosos. O objetivo desteprojeto é o desenvolvimento e aplicação de um modelo educacional interativo por meio da organização deconteúdos sobre saúde oral do idoso e avaliação do impacto sobre a forma de comunicação, compreensão eretenção das informações e orientações oferecidas. Participa desde 2004, das atividades da Disciplina deTelemedicina da FMUSP, entre elas o desenvolvimento do Projeto Homem Virtual em Odontologia, com ostemas Articulação Têmporo-Mandibular e Estrutura Dental, assim como em programas de teleducação(Cybertutor) e de teleassistência (Cyberambulatório), estruturados em conjunto com docentes da Faculdade deOdontologia da Universidade Sagrado Coração (Bauru).

Contato:Disciplina de Telemedicina da FMUSP (11) 3066-7495e-mail: [email protected]

cuidadores. Entende-se que nesteprojeto, os cuidadores poderão serprofissionais especializados ou mem-bros da família.

Concluindo, a comunicação pormeio do uso de tecnologias, aplica-da em programas educacionais,pode gerar uma mudança de atitu-de em relação à saúde, com a ado-ção de comportamentos saudáveis.Os recursos tecnológicos podem fa-cilitar e gerar meios para que oaprendizado seja eficaz. O desen-volvimento de um modelo educaci-onal interativo facilita a retenção deinformação. Faz parte do educar re-fletir sobre uma estratégia de comu-nicação e interação, para que seuimpacto seja mais efetivo na vida daspessoas.

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As faculdades de Medicina da Inglaterra incluíram a Telecomunicação Interativa em sua gradecurricular. De acordo com a revista Telemedicine and e-Health, da Associação Americana de

Telemedicina (ATA – American Telemedicine Association), os novos médicos ingleses precisarãodemonstrar competências vinculadas à Telemedicina. Eles deverão estar aptos a usar os modernossistemas de telecomunicações interativas, compreendendo e aplicando os princípios de gerenciamentode informações médicas e dados clínicos. Confira a íntegra da nota publicada na revista da ATA(volume 11, número 6, dezembro de 2005, página 625):

Telecomunicação Interativa faz parte donovo currículo de ensino médico na Inglaterra

Telemedicina no Mundo

New British Curriculum for Physician Training RequiresCompetence in Interactive Telecommunications

Britain’s new national curriculum for physicianeducation will require training in the use ofmodern interactive telecommunications (IT)systems. The 2-year “foundation programmesyllabus”, as the training curriculum is called,requires new physicians to show competence incommunication and consultation skills, patientsafety, and teamwork, as well as in the moretraditional components of medical training.

Although it covers specific IT competencies underthe general rubric of “appropriate IT skills”, thenew curriculum specifies a number of clinicalareas in which physicians will be expected toshow competence, including the requirement that

physicians understand and apply “the principlesof medical data and information managementand maintenance of updated, accurate, legible,and attributable clinical records”, use of theBritish National Formulary, and computer-basedprescribing.

Professor Sir Alan Craft, Chairman of theAcademy of Royal Medical Colleges, calls thenew curriculum an important accomplishment,pointing out that it heralds a new era in medicaltraining and education in the United Kingdomand that physicians who pass through the systemwill be competent to practice in Britain’s modernhealthcare service.

Educação Médica

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Atividades de Integração

Participe da Comunidade Brasileira de Telemedicina e Telessaúde

1. Informativo Atualidades Brasileiras em

Telemedicina e Telessaúde

Primeira publicação que apresenta de forma simples e obje-tiva os conceitos da Telemedicina e Telessaúde brasileira.Cada edição traz informações importantes para quem de-seja inteirar-se e participar das ações existentes no Brasil.São divulgados os projetos em desenvolvimento, casos desucessos, iniciativas públicas e privadas, linhas de pesqui-sa, artigos, novidades em teletecnologia, agenda de even-tos, notícias mundiais, entre outras atualidades.

Assinatura:

Semestral: R$ 170,00

Anual: R$ 300,00

Informações:

Tel: (11) 3062-8784

e-mail: [email protected]

www.estacaodigitalmedica.com.br

Os representantes dos diversos projetos, redes e demais iniciativas brasileiras de Telemedicina eTelessaúde podem participar de um grupo nacional para difusão de idéias, compartilhamento de

experiências e realização de trabalhos conjuntos. Trata-se da Comunidade Brasileira de Telemedicinae Telessaúde, que oferece os seguintes serviços aos seus asssociados:

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Informativo alia notícias e transmissão de

conhecimentos num formato agradável e de fácil leitura

2. Comunidade Virtual

Website para informações e interação.Você terá acesso a:

• Casos de sucesso, com possibilidade de comunica-ção com os responsáveis

• Listas de discussão em temáticas específicas

• Orientações sobre gestão sustentável de centros deTelemedicina e Telessaúde

• Cursos de treinamento em videoconferência (inclu-indo media training), máquina fotográfica digital, sis-temas Wi-Fi e demais tecnologias com aplicação naárea de saúde

• Capacitação em Teleducação Interativa, com cur-sos de treinamento no uso do Cybertutor, Cyberam-bulatório, Tutor Online, Sala de Aula do Futuro(Conference XP) e Homem Virtual

• Curso de habilitação no emprego do OfficeCommunicator

• Orientações sobre o desenvolvimento em DotNet eXML

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Projeto Homem Virtual

Desenvolvido pela Disciplina de Telemedicina da FMUSP, oOlho Virtual é uma maneira inovadora de representar as es-

truturas oculares e os problemas de visão mais comuns. As ima-gens dinâmicas em 3D mostram a anatomia do olho, os erros derefração (miopia, astigmatismo e hipermetropia) e a presbiopia(vista cansada). Elas foram distribuídas em CD-ROMs para maisde cinco mil oftalmologistas, com apoio da empresa Transitions,durante o Congresso Mundial de Oftalmologia, que aconteceuem São Paulo nos dias 19 a 24 de fevereiro.

Olho Virtual é distribuído em congresso com grande repercussão

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Conheça todos os títulos doProjeto Homem Virtual no sitewww.projetohomemvirtual.com.br

1

1 - Musculatura orbicular do olho2 - Formação da imagem no olho

em pessoas com astigmatismo3 - Relação espacial do olho

com o cérebro

4 - Estruturas internas do olho5 - Estruturas externas do olho6 - Fundo do olho7 - Aparelho lacrimal

2

6

4

5

3

7

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Centro de Inovação e Pesquisa em Soluções de Telessaúde:tecnologia e experiência para suporte à

teleassistência e teleducação

Disciplina de Telemedicina

Faculdade de Medicina da USP

Av.Dr. Arnaldo, 455, 2o. andar - sala 2105

CEP 01246-903 - São Paulo - SP

Discipline of Telemedicine

Faculty of Medical Sciences of USP

Phone: 0 55 11 3062-8784

e-mail: [email protected]

www.projetohomemvirtual.com.br | www.estacaodigitalmedica.com.br | www.dim.fm.usp.br

• Área de pesquisa DotNet e XML paradesenvolvimento de sistemas baseadosna Internet (Cyberambulatório, Cybertutor,Tutor Online, Sistema de Gerenciamentode Créditos Educacionais, Sistema deGerenciamento de Eventos, entre outros)

• Conjunto de equipamentos devideoconferência para diversos ambientes:auditórios, salas menores e mesas,consultórios, centros cirúrgicos, entre outros

• Equipamentos de apoio à interação on-line(câmeras de documento de alta resolução,scanner de raios X, microcâmeras paracirurgia, entre outros)

• Áudio e videoconferência móvel parauso em emergências clínicas

• Infra-estrutura Wi-Fi

• Voz sobre IP e Telefonia XML

• Sala de Aula do Futuro - Conference XP,com recursos de videostreaming

• Webconference com conexão aequipamentos de videoconferênciadedicada e aplicação em Telehomecare

• Laboratório de computação gráficae desenvolvimento de objetos deaprendizagem em 3D

• Ilha de edição de vídeos educacionais

• Laboratório de fotografia e filmagem digital

• Rede dedicada de Telemedicinapara educação e pesquisa

A Faculdade de Medicina da USP convida-lhe a conhecer o CIPS-Telemed:Centro de Inovação e Pesquisa em Soluções de Telessaúde, aberto a parcerias

nacionais e internacionais. Sua infra-estrutura abrange: