"Teixeira Gomes passou por aqui?"
-
Upload
rita-correia -
Category
Documents
-
view
215 -
download
1
description
Transcript of "Teixeira Gomes passou por aqui?"
Teixeira
Gomes
Passou por aqui?
Vem conhecer Portimão através de Teixeira Gomes!
Exposição realizada por: Carlos Sequeira, Naliana Oliveira, Miguel Correia e Rita Correia, do 12º ano, turma E
Teixeira Gomes Passou por aqui?
Teixeira
Gomes
Passou por aqui?
Vem conhecer Portimão através de Teixeira Gomes!
No âmbito da área de projeto, o nosso grupo decidiu desenvolver o
tema “Teixeira Gomes passou por aqui?”. O objetivo principal do
nosso trabalho é dar a conhecer à comunidade escolar o legado de
Manuel Teixeira Gomes, o nosso patrono.
Assim, através da leitura das suas obras, selecionamos alguns
excertos, nos quais são mencionados vários locais da cidade de
Portimão.
Decidimos comparar a realidade descrita na sua obra com aquela
em que nos movimentamos. Para isso, recorremos a fotografias do
passado de Portimão e a um registo fotográfico, por nós realizado,
centrado na atualidade. Por vezes, questionámo-nos: “Teixeira
Gomes passou por aqui?”.
Esperamos que esta exposição possa manter vivo o legado do nosso
patrono, dando a conhecer melhor a nossa cidade.
Exposição realizada por: Carlos Sequeira, Naliana Oliveira, Miguel Correia e Rita Correia, do 12º ano, turma E
Legenda 1 Legenda 2
in Regressos , 1935
que lhe serve de fundo, e tendo fronteira uma pitoresca aldeia, em forma de
pirâmide, que se chama Ferragudo.”
“Portimão, onde eu nasci (vai já em três quartos de século) não se vê o
mar: fica recolhida na bacia do Rio Arade, encostada quase às faldas da serra,
Legenda 1 Legenda 2
O Rio todo escorrendo em vivo sangue (…)”.
“Janeiro – Extraordinário, este céu ao pôr-do-sol! Todo coberto de uma
colgadura de púrpura que parece arrastar-se por cima da ponte, mas rasgada a
espaços sobre um fundo longínquo de porcelana verde.
in Regressos , 1935
Legenda 1 Legenda 2
“Na Praia da Rocha – A atmosfera estava tão cristalmente, tão
etereamente pura, que tudo parece pegado em esmalte:
os rochedos, o mar, os campos, as manchas de translúcido sinople das
alfarrobeiras (…)”
in Regressos , 1935
Legenda 1 Legenda 2
qual correm legiões de monstros de brancos e velocíssimos.”
“Na rocha – Ao tempo chuvoso, ou aos últimos dias de chuva torrencial,
sucedeu uma ventania de noroeste, com um sólido céu de porcelana, sobre o
in Regressos , 1935
Legenda 1 Legenda 2
brandamente no aveludado azul celeste escuríssimo.”
“À noite, na ponte, com a lua cheia, o ar sereno, uma grande paz na água
do rio, o sossego, e pequenas nuvens, farrapos de caxemira branca, a deslizar
in Regressos , 1935
Legenda 1 Legenda 2
“A caminho de Alvor como esta paisagem, tão minha conhecida, hoje me
parece tão nova!”
in Regressos , 1935
Legenda 1 Legenda 2
colossal encanudado sem consistência onde o oiro alterna com tiras de púrpura.”
“O corte dos rochedos que cercam a Praia do Vau arranja-lhe um
in Regressos , 1935
Legenda 1 Legenda 2
caiaques arribados (…)”
“O rio, em Ferragudo e na pequena enseada do convento, coalhado de
in Regressos , 1935
com estatuários do Arade e das Rias de Alvor e, a norte a
Legenda 1 Legenda 2
perspectiva circular das serras que fecham o Algarve, imponentes, e até
importunas, quase, nas altíssimas ondulações da Fóia e da Picota (…)”
“E nos vastos horizontes, familiares, mas duma tão perpétua novidade,
abrangendo no mar faiscante o recorte sinuoso da costa, lá da ponta do altar às
rochas do cabo,
in Gente Singular, 1909
Legenda 1 Legenda 2
copadíssima alfarrobeira, que ali imperava escoltada por oliveiras!”
“As minhas belas sestas dormidas no terreiro da Igreja, debaixo de uma
in Gente Singular, 1909
Legenda 1 Legenda 2
poente, dirigiu-se para fora da vila, cortando por um atalho e passando rente ao
cemitério.”
“O monstro seguiu, com efeito, a Rua do Colégio, - atravessou o largo do
pelourinho, a Rua dos Surradores, e, como foi atraído pela frouxa claridade do
in Gente Singular, 1909
Legenda 1 Legenda 2
depois correr ao mar, por largo canal, entre duas fortalezas desmanteladas.”
“A avó morava em Ferragudo, alvejante aldeola levantada em pirâmides,
sobre íngreme rochedo, no outro lado do Rio, que ali forma vasta bacia para
in Inventário de Junho, 1899
Teixeira
Gomes
Passou por aqui?
“Teixeira Gomes passou por aqui?” | ano letivo: 2010/2011
Exposição realizada por: Carlos Sequeira, Naliana Oliveira, Miguel Correia e Rita Correia, do 12º ano, turma E
Referências bibliográfias:1. Gomes, Manuel Teixeira (1991). Miscelância. 3ª Edição. Lisboa: Bertrand Editora 2. Gomes, Manuel Teixeira (1988). Gente Singular. 4ª Edição. Lisboa: Bertrand Editora 3. Gomes, Manuel Teixeira (1991). Regressos. 4ª Edição. Lisboa: Bertrand Editora 4. Gomes, Manuel Teixeira (1989). Cartas a Columbano. 3ª Edição. Lisboa: Bertrand Editora 5. Gomes, Manuel Teixeira (1993). Carnaval Literário. 3ª Edição. Lisboa: Bertrand Editora 6. Gomes, Manuel Teixeira (2009). Obras Completas Volume I: Inventário de Junho; Cartas sem Moral Nenhuma; Agosto Azul. Edição Comemorativa. Lisboa: Impressa Nacional-Casa da Moeda/Câmara Municipal de Portimão 7. Gomes, Manuel Teixeira (2009). Obras Completas Volume II: Maria Adelaide. Edição Comemorativa. Lisboa: Impressa Nacional-Casa da Moeda/Câmara Municipal de Portimão 8. Gomes, Manuel Teixeira (1942). Londres Maravilhosa e outras páginas dispersas. Lisboa: Seara Nova 9. Ferreira, Vítor Wladimiro (Introdução, selecção de textos literários e de imagens). Manuel Teixeira Gomes Agenda 2010. Lisboa 2009: INCM/DMK/SCI10. Ventura, Maria da Graça; Marques, Maria da Graça. Cidades e Vilas de Portugal: Portimão. 1ª Edição. Lisboa 1993: Editorial Presença